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Civil Law e a segurança Jurídica

A partir do estudo da história do direito é possível compreender o atual funcionamento do


sistema jurídico nacional e dos institutos que o compõem. Conforme será analisado no presente
trabalho, a partir de um estudo histórico-bibliográfico, As tradições civil law e common law
objetivam a segurança jurídica para uma melhor aplicação do direito.

O conceito de Civil Law, usada nos países de língua inglesa, refere-se ao sistema legal que
tem origem ou raízes no Direito da Roma antiga e que, desde então, tem-se desenvolvido e se
formado nas universidades e sistemas judiciários da Europa Continental, desde os tempos
medievais; portanto, também denominado sistema Romano-Germânico. (VIEIRA, 2007, p. 270)

As tradições civil law e common law constituem os principais sistemas de justiça. Contudo,
no presente estudo, É interessante observar que ambos sofreram influência do direito romano em
sua formação, mas reagiram a esta interferência de maneira distinta. Ademais, os dois sistemas têm
como objetivo a segurança jurídica, entretanto, o civil law almeja a segurança por meio de leis, ao
passo que, o common law a busca por meio de precedentes judiciais. Atualmente, verifica-se a
aproximação entre os dois sistemas, com a constante troca de informações, principalmente em
razão da globalização judicial, ocorre uma influência mútua que provoca reflexos nos ordenamentos
jurídicos de diversos países, inclusive no Brasil. Desta forma, esta retomada histórica é indispensável
para entender as alterações que estão ocorrendo no direito brasileiro

“[...] a lei passou a ser vista como expressão legítima da vontade do povo e o juiz devia decidir com
base nos textos de direito positivo e nada mais. Não se falava em interpretação, esta palavra devia
ser, como se dizia, effacé de nosdictionnaires” (WAMBIER, 2010, p. 33).

Ademais, a Corte de Cassação não apenas adquiriu o semblante de órgão jurisdicional, como passou
a constituir o tribunal de cúpula do sistema, sobrepondose aos tribunais ordinários. A sua função se
tornou a de ditar e a assegurar a interpretação correta da lei, evitando-se que os tribunais inferiores
consolidassem interpretações equivocadas. Assim, a Corte chega a estágio que não mais controle
não jurisdicional das interpretações judiciais. Há, agora, preocupação em fixar, através do próprio
judiciário, a unidade de direito, ou mais precisamente para aquela época, a uniformidade da
interpretação da lei no país e nos vários tribunais inferiores (MARINONI, 2010, p. 61).

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