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FISIOLOGIA NEUROLÓGICA

COMPORTAMENTOS

HIPOTÁLAMO, HOMEOSTASIA E
COMPORTAMENTOS

1
ÍNDICE

MOTIVAÇÃO 3

O HIPOTÁLAMO 4

TERMORREGULAÇÃO 5

SEDE 6

FOME 6

SEXO E PRAZER 6

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MOTIVAÇÃO
Motivação pode ser definida como “impulso interior”, o que nos leva a
comportamentos motivados. Por exemplo, comemos e bebemos devido a um impulso
interior decorrente de necessidades corporais, no caso a fome e a sede. A fome é,
portanto, um estado motivacional, enquanto sua consequência- o ato de comer- é um
dos comportamentos motivados provocados por ela.

Estados motivacionais

Podemos identificar três classes de estados motivacionais:

1- Motivações elementares: em geral, conferem vantagem adaptativa ao


garantirem a sobrevivência do indivíduo e são provocados por forças fisiológicas
bem definidas. Podemos citar como exemplo a regulação da temperatura
corporal dos mamíferos.
2- Motivações complexas: essas são executadas sem determinação biológica
identificável, como o fato de sermos motivados a estudar e a trabalhar pelo
desejo de ascensão social. De maneira geral, a motivação para tais
comportamentos é subjetiva.
3- Motivações cujas forças fisiológicas reguladoras não são muito bem definidas:
podemos citar como exemplo o sexo, uma vez que, nesse caso, um anseio leva a
atitudes que visam a conquista do almejado potencial parceiro sexual.

OBS: O comportamento sexual, em sua origem biológica tem o objetivo de reprodução,


ou seja, visa a garantir a sobrevivência da espécie. No entanto, sabemos que nem
sempre a procriação é o determinante principal do ato sexual, já que muitas vezes o
estado motivacional pode ser exclusivamente a busca pelo prazer.

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O HIPOTÁLAMO
O hipotálamo localiza- se no diencéfalo, o qual possui a capacidade de receber
informações dos órgãos que controla. Pode-se dizer que o hipotálamo funciona como
ordenador dos comportamentos motivados, mantendo relação com:

1- áreas corticais de controle (encarregam-se dos estados motivacionais em seu


domínio subjetivo)
2- sistemas motores somáticos (comandam os comportamentos correspondentes
com movimentos voluntários
3- sistemas eferentes neurais e humorais que executam ações fisiológicas
reguladoras (como o sistena nervoso autônomo, o sistema endócrino e
indiretamente o imunitário)

Nesse sentido, tendo em posse informações sobre o organismo, o hipotálamo


ativa o sistema nervoso autônomo e o sistema endócrino, emitindo através deles
comandos, com o objetivo de que os órgãos e tecidos realizem os ajustes fisiológicos
necessários. Além disso, o hipotálamo tem a capacidade de ativar regiões neurais que
provocam comportamentos motivados.

Fig1. Hipotálamo

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!Fique ligado!

• O feixe prosencefálico medial e o fascículo longitudinal dorsal trazem grande parte da


informação que o hipotálamo usa para orientar comportamentos motivados.
• O hipotálamo recebe também uma projeção com origem na retina e no tálamo visual,
que se dirige ao núcleo supraquiasmático, compondo o “relógio hipotalâmico (circuito
que informa sobre as variações de luz ambiente e sincroniza sua atividade com o ciclo
dia-noite)
• O hipotálamo recebe também informações do sistema límbico, composto por áreas
que interpretam e respondem aos estímulos de caráter emocional. O hipotálamo utiliza
essas informações para realizar os ajustes fisiológicos necessários em eventos que
geram em nós emoções.
• Além da informação neural, o hipotálamo usa sinais químicos circulantes para modular
os ajustes fisiológicos e os comportamentos motivados.

TERMORREGULAÇÃO
A termorregulação refere-se à manutenção da estabilidade da temperatura
corporal, o que é essencial aos seres humanos para garantir a configuração apropriada
das macromoléculas e a eficácia das reações enzimáticas. Levando-se em consideração
que o nosso organismo tem um ponto de ajuste de aproximadamente 37 °C, cabe ao
hipotálamo monitorar as possíveis oscilações em torno dessa temperatura e, assim,
comandar os ajustes compensatórios necessários.
Além disso, a temperatura pode gerar comportamentos motivados. Por
exemplo, quando a temperatura ambiente é mais fria ou mais quente, temos as
sensações de frio ou calor (os estados motivacionais), o que nos leva a adotar
iniciativas, como colocar um casaco ou ligar o aparelho de ar-condicionado, os quais
são comportamentos motivados.

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SEDE
O ser humano possui mecanismos de regulação do equilíbrio hidrossalino (como
por exemplo a produção e secreção de hormônio antidiurético - ADH), bem como
existem estados motivacionais capazes de produzir comportamentos de ingestão de
líquido e sal.
Um desses estados motivacionais é a sede, mas além dele temos o chamado
apetite salino, o qual é caracterizado como a necessidade de ingerir alimentos
contendo sal. Dessa forma, esses estados motivacionais, incitam à busca por água e à
ingestão de alimentos contendo sal diariamente.

FOME
A fome é um estado motivacional que provoca a busca de alimento. Geralmente
tem caráter antecipatório, visto que deve-se prever a necessidade futura de alimento e,
com isso, buscá- lo.
A fome provoca também uma série de ajustes fisiológicos automáticos capazes
de atender às demandas energéticas do organismo, o que denominamos homeostasia
alimentar, a qual envolve tanto o equilíbrio das fontes de energia metabólica do
organismo, quanto de outras substâncias químicas indispensáveis aos processos
metabólicos.

SEXO E PRAZER
Originalmente, o impulso sexual favorece a reprodução pois consegue
aproximar o macho da fêmea, criando condições para que ocorra o ato sexual e, com
isso, para que a sobrevivência da espécie seja garantida. No entanto, o sexo adquiriu
para os seres humanos grande importância como fonte de prazer. Nesse sentido,
apesar de o prazer também contribuir para a reprodução, nota-se que o lado prazeroso
do sexo tornou- se independente do objetivo reprodutivo.

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Sabe-se que o comportamento sexual depende da interação entre sinais neurais
e químicos provenientes de todo o corpo, integrados pelo hipotálamo com a
participação de outras regiões. Já o prazer (o qual também pode ser obtido por outros
comportamentos, até mesmo pelo ato de comer) depende do sistema mesolímbico, o
qual responde a estímulos reforçadores positivos gerando um estado motivacional
complexo que nos faz repetir comportamentos para obter mais e mais prazer.
Pode- se dizer, portanto, que o sexo e a busca pelo prazer são impulsos muito
complexos, os quais sofrem regulação provenientes do hipotálamo e de outras outras
regiões neurais, através da interação entre hormônios, neurotransrnissores e atividade
neuronal.

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