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Os locais de deambulação escolhidos pelo nosso grupo são, na sua larga maioria, no centro histórico e

cultural de Lisboa. Zonas como o chiado, o bairro alto e o terreiro do paço englobam todo o tipo de
pessoas e classes sociais. Desde os mais pobres, doentes, trabalhadores, crianças, idosos até aos mais
abastados. E o mais curioso nesta pequena "viagem" que fizemos foi ver a tristeza nos olhos de cada um
dos indivíduos com quem nos cruzámos que, apesar de viverem numa cidade aparentemente cheia e
movimentada, parecem sozinhos, presos nas suas rotinas e nos seus sonhos. No olhar de cada lisboeta,
conseguimos ver também a saudade: uns dos tempos que já viveram, e outros de tempos que por
incrível que pareça, nunca sequer vivenciaram. Por essas razões, o título do nosso poema é "Saudade de
um Tempo". Por fim, salientamos que não escolhemos a zona moderna da cidade pois, embora seja
também muito ativa, espelha uma pequena parte do espetro social e económico, refletindo
maioritariamente o estilo de vida da classe média-alta, e não a essência da nossa capital.

1o verso - a palavra "firme" assim como "cerrada" remetem para a escuridão que já está instalada e
assente na cidade

2o verso - "ninfas" referem-se às ninfas do Tejo / Tágides (intertextualidade com invocação dos
Lusíadas) ; espíritos associados à natureza (tema este que vou desenvolver na prox estrofe)

3o verso - "ecoando" (preceção auditiva) na cidade de natureza vazia (antítese/contradicao com o verso
passado)

4o verso - perceção auditiva

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1o verso - referência à natureza (remete à vitalidade, energia e ânimo); "aromas" (preceção olfativa);
"verdejantes" (preceção visual)

2o verso - "brotam" (sair do solo, tal como as plantas); "agora" (presente); "campos" (natureza); "cinzas
edificações" (espaço opressivo e destrutivo, industrialização excessiva)

3o verso - "semeada" (referência à natureza)

4o verso - "saudade" (palavra que existe exclusivamente em Portugal); "símbolo de vida" saudade
remete para o passado distante / passado é que eram repletos de vida e nao o presente

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1o verso - "distante" (longínqua); "distinta" (diferente); da cidade "épica" do passado

2o verso - "gentes" (personagem "épica" coletiva dos Lusiadas - povo) "Taprobana" (verso 4, Proposicao
dos Lusiadas)

3o verso - "evoca-se" (relembra-se); em terra urbana (no presente, na Lisboa industrializada e


urbanizada)
4o - cidade esta que se resume à música (fado) que mura os seus problemas. fado = destino, futuro desta
populacao nao está nas suas maos, mas sim no destino e na fortuna.

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