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Editorial ------------------------------------------------------------ p. 05
Luciano Lanzillotti ----------------------------------------------- p. 10
Anna Kusminska ------------------------------------------------- p. 13
Daniel Rodas ------------------------------------------------------ p. 15
Sérgio Inestrosa --------------------------------------------------- p. 22
Vivian Pizzinga ---------------------------------------------------- p. 25
Humberto Pio ----------------------------------------------------- p. 27
Catarina Almeida ------------------------------------------------- p. 30
Gabriela Lages Veloso ------------------------------------------- p. 34
Andreza Andrade ------------------------------------------------- p. 36
Richard Gonçalves ----------------------------------------------- p. 38
Alline Rodrigues -------------------------------------------------- p. 40
Uelson Teixeira ---------------------------------------------------- p. 43
Lucas Araújo ------------------------------------------------------ p. 46
Armstrong Barros Sousa ---------------------------------------- p. 51
Agradecimentos e Contatos ------------------------------------ p. 58
Editorial
O fio da navalha afia
Corte palavra-faca
A Vida fia. Máquina de peito e boca. A Vida afia. Faca na navalha-boca. A Vida pia.
Canto de pássaro toca. A Vida fia. Verso tecido à roca. A Vida cria.
E o tempo renasce em volta. O tempo é gente. Gente que corre a volta. Do corpo-mente.
Corpo que sente e solta. A Vida sente. Dentro da mente e solta: o grito QUENTE
E o morno renasce vivo. Renasce torto. Corta na curva o horto. Renasce rito. Tece na
máquina-corpo. O canto-grito. De hoje: agora ou nunca. O novo agiTU.
Tu é quem pode agir. Só Eu e Tu. NÓS que agita aqui. Agita o CRU. Corpo futuro é nó.
Atado ao TU. Ação de um dedo em nó. O verbo é NU.
E disso. Que é isso e certo. O certo é gente. Agora agir que é tempo. Agora é gente. É
hora é hora é hora. Da nossa gente. Mostrar que a garganta corta. E o corpo sente.
Por isso. Quem vem pra roda. Por isso. Quem roca a roda. Quem roda roçando a roda.
Canta: agora e sempre.
E insiste. No novo agiTU. E corta. Com o novo griTU. Liberta: o corpo-mente. E solta:
O novo espíriTU.
E disso. Se faz o novo. Quebrando. O chão que pisa. Atando. O nó que trisca. Fazendo.
Com quem se arrisca.
Viver: coragem crua. Viver: o sonho nu. Viver: poeta é rua. Viver: é
SUCURU!
Equipe Sucuru
*
* *
Livraria
Luminoso e vital
como o sol.
Íntegro e complexo
como mamífero.
Selfies
II
Instantâneos de lágrimas
sorrisos, pijamas e jantares.
IV
Escorrega no precipício
após se manter na ponta
dos pés em busca de Wi-Fi
para publicar a grande imagem.
VI
VII
Viraliza
VIII
Velório lotado,
caixão aberto,
centenas de fotos.
09.06. Diário de quarentena onze. Dia nove do seis. Não é possível desaparecer
completamente. Quando alguém interage com o mundo, deixa resíduos por toda parte.
A frase original é mais bonita, mas enfim. Eu acreditava que para desaparecer, bastava
se trancar no quarto. Hoje é mais difícil. Tem blogs que nunca consegui deletar. Deixei
meu CPF em algumas notas fiscais. Meu número de celular talvez seja o mesmo para
sempre. Tem gente que se lembra de mim como a segunda na ordem de chamada. Tem
gente que se lembra de mim como a filha dos meus pais. Meus irmãos nunca me
deixariam desaparecer completamente. Ou as paredes da república, onde eu anotei umas
ideias, à caneta. Ou o fisco. Ou a VIVO. A fantasia de se enfiar no mato e nunca mais
ver a cara de um ser humano que seja — isso é sumir, não é desaparecer. Morrer não é
desaparecer, contrariando minhas crenças. Eu tenho uma lista mental de todas as
pessoas que sumiram. Nenhuma desapareceu. Tem como encontrá-las, se eu me esforçar
um pouco. Ainda assim, às vezes tenho a sensação de desaparecer. E muitas vezes tenho
vontade de desaparecer. Mas eu vi um vídeo, há algum tempo, que dizia que 1) não dá,
2) meu corpo precisaria ficar trancado num apartamento por muitos anos, se
putrefazendo, para alguém se dar conta de que eu desapareci. É meio dramático.
***
***
Os três poemas a seguir – o primeiro extraído da coletânea Les Nuits (1837) e os dois
seguintes das Poèsies Nouvelles – estão entre os mais conhecidos do autor, sendo
bastante representativos de sua poética. Em A Cortina da Minha Vizinha (―Le rideau de
ma voisine‖), temos uma cena furtiva, quase que um instantâneo verbal, no qual o eu-
lírico observa, através do balançar suave de uma cortina, o semblante da mulher que
deseja. Tomado de esperanças românticas, o eu-lírico se põe num rápido devaneio, mas
é cortado subitamente pelo choque da realidade: a amada já ama um ―lourdaud‖ (―tolo‖,
―estúpido‖, aqui traduzido pela gíria ―mala‖) qualquer.
Já no segundo poema, Tristeza (―Tritesse‖), há a predominância de um tom vagamente
filosófico/existencial: a tristeza do eu-lírico é marcada pela consciência agridoce da
Verdade, do conhecimento profundo que expõe a fragilidade das ideias e concepções
humanas, sobretudo, quando confrontadas com a imagem divina. A temática amorosa
retorna no terceiro poema, Marie (―Marie‖), onde o eu-lírico se utiliza de alusões
românticas – e simbolicamente eróticas – para descrever a mulher amada, culminando
na imagem intensa e algo panteística do último verso: a Amada, sob a ótica extática do
amado, ―brilha e se confunde com o céu‖. Nos três poemas, portanto, temos como fio
condutor a tensão entre realidade e desejo, verdade e ilusão, macro e micro, através de
elementos que se mesclam numa imagética discursiva aparentemente ingênua, mas
detentora de grande profundidade.
Le Rideau de ma Voisine
Imité de Goethe
Le rideau de ma voisine
Se soulève lentement.
On entr’ouvre la fenêtre :
Si je suis à guetter.
*
Tristeza
Tristesse
Marie
Marie
Várias trilhas
Ao pé da montanha.
Uma lagoa…
O dia se desenrola
Sobre os verdes vales.
4
Anda nas colinas
Toda a tropa a cavalo.
O cheiro de pólvora.
Em vegas e ravinas
Pobreza geral.
Sergio Inestrosa (San Salvador, 1957) é professor de assuntos espanhóis e latino-
americanos no Endicott College, em Beverly, MA. É membro do Conselho Editorial da
Tiberíades, Red Iberoamericana de Poetas y Críticos Literarios Cristianos e da revista
Electrónica Cine y Literatura, com sede em Santiago do Chile. Seu último livro de
poesia foi publicado por Almava (EUA) em novembro de 2019. Antes disso, o mesmo
editor publicou Luna que não para em uma edição bilíngue em espanhol/inglês. Como
estudante da Maestria no México, a Universidade Ibero-americana publicou o livro
Vivir la fiesta, no qual lida com as festividades dos santos padroeiros em um vilarejo
nos arredores da Cidade do México. Em maio de 2019, participou do Festival
Internacional de Poesia de Havana, por ocasião do 500º aniversário da fundação desta
cidade; em outubro do mesmo ano, participou do XXII encontro de poetas ibero-
americanos em Salamanca, dedicado a San Juan De la Cruz.
hiato
no melhor dos mundos possíveis, eu teria acordado feliz e grata, e isso seria uma regra,
não uma exceção. não haveria atrito entre o mundo e eu. todas as coisas, pequenas
colisões da vida, aconteceriam nos tempos certos, nos ritmos ideais. eu estaria à altura
das minhas vontades, das minhas verdades. e poderiam ser poucas, contanto que
precisas. não haveria discrepância entre meus ideais e minhas possibilidades, não
haveria hiato entre a imagem que faço de mim e o corpo que sustento. café nunca me
faria mal, o dia seguinte nunca cobraria a fatura, os relógios seriam brandos, as rupturas,
amenas.
no melhor dos mundos possíveis, não haveria, no fim do dia, essa sensação de que falta
muito para alcançar tudo o que falta, porque tudo o que falta não seria tanto assim e
estaria ao alcance da mão.
[...]
Vivian Pizzinga escreve e tem doutorado em Saúde Coletiva (IMS/Uerj). Nas letras,
lançou Ruído nos Dentes (Urutau, 2022, poemas), A Primavera Entra Pelos Pés, 2015, e
Dias Roucos e Vontades Absurdas, 2013 (Oito e meio, contos). Integra coletâneas e
revistas literárias, como Cada um por si e Deus Contra Todos (Tinta Negra, 2016),
Escriptonita (Patuá, 2016), Revista Lavoura. Foi finalista do concurso Cuéntame um
cuento, da Universidade de Salamanca em parceria com o Museu da Vida (Fiocruz), de
2020, e do gênero Crônicas do Prêmio Off-Flip 2022.
Chinelada
cronos castiga
extremidades
frio nos pés é
fato recente
sapateira
não abre
mofo toma conta
fungo come couro
ele isolado
a sola hidrolisada
apela pela
nesga de sol
pantufa é
tendência mas
já não compra
supérfluo
as meias
zen
número suficiente para
emprestar ao par
Inventário da mochila
Permeável
Humberto Pio nasceu em Mantena – MG, em 1972, e vive em São Paulo. É poeta,
arquiteto e professor. Publicou os livros Talagarça (Editora Reformatório, 2021)
e Coágulo (Editora Reformatório, 2019) - vencedor do Prêmio Maraã de Poesia 2018.
Integra diversas coletâneas e revistas literárias.
pálpebras
não gosto de me banhar no escuro, esperar em meio a penumbra que a água cintilante
me cobrisse, da cabeça, aos ombros, até os pés. não sei se não gosto ou tenho medo,
acho que tenho medo, não entendo muita coisa nessa minha cabeça enraizada. meu
possível medo não tem relação direta com demonologia na ausência de luz, tem com o a
cor da minha cabeça.
dentro dos meus olhos existe um tom de preto jamais esquecido por mim, um tom
escuro e espesso, um tom adocicado como as palmas das mãos e ensaboado com cheiro
de erva doce, um tom que me dá medo. fechando os olhos, deixando as pálpebras
caírem finalmente sobre a derme molhada e observando em silêncio o tom rico de preto
sem luz. a ausência de cor. a ausência. creio que tenha medo da falta de cor, da ausência
me perseguindo como um cachorro raivoso, aguardando pacientemente o momento em
que meus globos fecharei e ele me devorará. a falta com coleira amarela, devorando
meus olhos.
uma vez exausta de tanta ausência me agarrei em um pincel velho, no fundo do armário
da cozinha, lavei a sujeira para fora de suas cerdas, escavei um vidro de tinta amarela na
estante da sala dos meus tempos de estudante e enfiei o pincel ali dentro, a tinta já
vencida parecia engolfada, vomitada e pouco brilhosa. o aspecto da cor não me deixou
enjoada, era melhor que o preto a me cercar piscada após piscada. puxando meu cílio
com força suficiente para despregar a pele do meu olho esquerdo, enfiei, devagarinho as
cerdas finas do pincel sobre minha pálpebra e espalhei. o ardor do material tóxico
arrepiou uma trilha de pelos em meu braço, meus dedos tremeram e não vacilaram, o
medo da falta era mais forte que a dor do novo. o novo e suas faltas. tenho a mesma
sensação quando me olham, quando esticam seus olhos escuros até meu rosto e os
repousam ali, sinto uma ausência danada, como se estivesse sendo observada por um
punhado de pernas ambulantes e nenhuma alma. também não acredito em alma,
essência, essas coisas espirituais me deixam sem graça.
tenho uma timidez imensa quando se trata de deus, deus e seu grandioso amor grandioso
perdão e onipresença e onipotência e tudo de grande que ele possuí, me sinto com seis
anos perto de deus, enfiada naquela cadeira de madeira que meu tio me deu de presente
para ler, eu arrastava a coisa pesada até quintal e ficava lá sozinha segredando as
palavras do meu livro para o chão. acho que não gosto de ser olhada, mas também gosto
quando me detalham. detalham com os olhos, sem esticar eles, mexendo pouco a
cabeça, sustentando meus olhos nos seus, me sinto em letras garrafais. me sinto
versificada, metrificada e com rimas marcadas. estou começando a achar que também
tenho medo de ser olhada, é que eu tenho tanta coisa feia guardada atrás das minhas
pálpebras foscas, não quero que vejam essas coisas, detesto a ideia de ser desvendada.
arranje outro mistério para ser desvendado, eu não.
mas também tenho essa sensação estridente na beirinha da minha pele que me impede
de não escrever, essa coceira arrastada pelas minhas mãos que não me deixam parar,
essa fraqueza que me atinge as pernas quando penso em um par de palavras juntas, não
sou escritora, colocar duas frases juntas não é escrever. escrever é enfiar sangue e alma
e olhos sem pálpebras em um papel branco e observar enquanto ele cria vida e voa
através do céu sem nuvens e chora e ama e vive e enoja qualquer um que tentar possuí-
lo, e eu certamente não faço isso, não tenho tal coisa como uma alma e forças para parir
a vida sobre o papel.
tenho pavor a ser publicada, a ser impressa, a ser lida, a não ser lida. tenho pavor a
escrever, me sinto aterrorizada encarando uma folha ofício, como quem encara seu
criador. deve ser terror o que me toca debaixo dos braços, me ergue e me puxa como
uma marionete em direção ao lápis, me empurrando para um abismo mortal e eu sou
constantemente aterrorizada pelas palavras que escrevo, cada uma, voltando para mim
na escuridão atrás das minhas pálpebras. não quero ser escrita e quando vejo, já me
escrevi e desenscrevi vinte vezes e mais dez que não risquei. passei borracha sobre
meus dedos na esperança que eles desaparecessem, se eles se forem eu não poderei
retornar ao vício que possuo por juntar sílabas e tentar sufocá-las com significados que
eu não tenho.
certa vez minha avó me disse que escritores são pessoas que amam demais, amam tanto,
tanta coisa, que não sabem conter esse amor e o derramam sobre o papel, deve ter sido
sobre seus lábios rachados, dentro dos cabelos brancos, sobre os joelhos quebrados,
deve ter sido dentro da minha avó que percebi que não era escritora, mesmo com meu
caderninho inseparável, com meu lápis azul como o céu, com meu coração desritmado,
eu não escrevia derramando amor nesse mundo, eu traçava palavras com dor e lágrimas
e tanto ódio que as folham sempre pareciam machucadas. eu não tinha amor sobrando
para dedicar as minhas palavras, pra ser sincera eu contava meu amor nos dedos, em
dois deles, eu possuía muito pouco para conseguir cogitar a ideia de compartilhar. mas
também não quero ser escritora, escritores são todos tristes e fodidos e mentalmente
abalados e profundamente estúpidos e altamente perigosos, não quero isso, não que eu
tenha escolha, mas se tivesse, não iria querer. prefiro ser debilmente mortal,
ignorantemente tímida enquanto coloco duas e duas palavras juntas e leio elas para o
sol.
queria saber por que deus não me encheu de um tiquinho de amor extra para eu colocar
nas palavras, queria ter tido amor suficiente para sair amando tudo como os escritores,
não quero ser escritora, odeio essa palavra, escritora. odeio. mas também odeio a
ausência dela. ausências em geral me deixam agoniada sabe? como fincar seu pé na
areia molhada da praia e não conseguir sair. o não estar me causa terror, sou terrível
com pessoas indo embora, não sei aceitar a partida de alguém, seja por um momento,
seja para sempre. aeroportos me causam enjôos, encerramento de ciclos me causam
dores e palavras finais me arranham o rosto. prefiro não ter as chegadas, abro mão delas,
não quero essas coisas em minha vida, esses organismos vivos me conversando e
olhando e tocando e arrancando-me sensações e afeto, apenas para se transformarem em
ausência um dia. também odeio a ausência das palavras, essa falta de sílabas suficientes
para exemplificar exatamente o que se passa atrás dos meus olhos.
odeio o preto das minhas pálpebras, certa vez tentei pintar o escuro delas com tinta
amarela. já lhe contei essa história?
Meu nome é Catarina Almeida, sou educadora, tenho vinte e um anos, sou do Recife e
escrevo porque dói e dói porque escrevo.
(Re)viver
Agendas cheias de
compromissos vazios
indiferentes ao mundo
e consciências. A arte –
preocupações e dinheiro
ausências veladas
Andreza Andrade é paulista, escreve desde a infância, faz trilha e acampa. É mestre
em Literatura e Vida Social pela UNESP, pedagoga, gestora educacional, cursa Pós-
graduação em Educação e Direitos Humanos pela UFABC. Tem poemas publicados em
Antologias, e em diversas revistas, é autora de Um Tanto Mais Que Hoje (editora
Libertinagem 2021), e colunista na Revista Cassandra.
Última Memória de nós
então, me aproximei,
chego com uma taça,
me sirvo a vontade,
sem sorriso.
Então,
Plantarei
No jardim do horror
Mesmo sabendo que florescerá
Um falso amor
MON CHER
Um segredo quase saiu da minha boca. Mal pude controlar a vontade de falar.
O segredo não pertencia a mim, era de minha tia.
Quase solto...
Quase falo...
Mas ficou no quase, não tive coragem de contá-lo.
Caro leitor será se devo lhe contar? Ou escondê-lo no mais seguro possível.
Penso... Você que está a ler essa náusea já pensou em revelar um segredo que não
é seu?
Caro leitor, leitora... Conto-te o que nunca ouvirdes de ninguém.
Minha tia é casada, têm filhos e cachorros, anda sempre bem arrumada e
perfumada; mal sabe seu marido o que ela faz; dorme com um homem cada noite, um
mais rico que outro é daí que vêm suas joias e perfumes. Madalena sempre menciona
que trabalha muito... acho que você já entendeu no que ela trabalha.
Madalena é viciada na riqueza dos outros; ela mesma é incapaz de fazer a sua.
Seu marido mais tolo que todos os homens que já tive o desprazer de conhece, ele
nem sabe falar imagine pensar; vive de casa para o trabalho. Senhor leitor posso te
contar outro segredo que nem passa pela sua cabeça, o marido de Madalena trabalha
num bordel, servi mesas e vez ou outra vai para um quarto com uma mulher, já lhe
passou pela cabeça que ambos são infiéis ao casamento que juraram amor eterno.
Madalena é louca por dinheiro, seu marido viciado em mulheres. Eles possuem
vida dupla, dão bons exemplos aos filhos, porem fazem tudo o que querem escondidos
na calada da noite e na máscara que vestem de dia.
Pedro, Paulo André, Constantino... Homens? Não. Imaginações.
Carlos, Mário... Homens? Sim. Ricos... Os quais Madalena nunca esquece, e
como poderia esquecer se eles lhe dão tudo até a roupa do corpo.
Caro leitor! Curioso?
Madalena é uma mulher como outras tantas, tontas, conta, reponta.
Revelo-te aqui quem é Madalena, minha tia, trabalha em um bordel o mais caro da
cidade de Londres, foi lá que a conheci em sua outra vida. Vestido provocante, decote
explícito... Ela olhou para mim afastei-me rapidamente do lugar que estava, me escondi
no escuro da noite. Sempre vou vê-la dança...
Ela nunca saberá que sempre a observo dançar e fazer um culto ao diabo e um
louvor aos homens, que a chamam de dama da noite senhora do dia.
Caro leitor! Revelo-te aqui minha identidade, sou filho adotivo de Madalena, o
seu sangue não corre dentro de minhas veias.
há poesia em nós.
há poesia pura.
Amante
Almas gêmeas,
almas perplexas,
de tanto acreditar,
perdi as esperanças.
ou meio sentimento,
meio amor ou meia dor,
eu me amo.
Infância
Ainda criança,
O tempo voa,
as fantasias acabam,
Não por você ter partido, querido, mas por ter feito do meu amor
Chorei sim.
Chorei infinitamente.
sentimentos,
pois perdi meu último suspiro nas dores que ele plantou
em mim.
Aqui, estou,
vivendo loucamente
Meu nome é Lucas Ferreira de Araújo, 20 anos, de São Luís do Maranhão. Sou
formado no curso Técnico de Meio Ambiente pelo Instituto Federal do Maranhão (2020
– 2021). Estou no terceiro período do curso de Comunicação Social/Jornalismo da
Universidade Federal do Maranhão.
Companheira, só, solitária, solidão
Minha companheira,
* *
Agradecemos:
A Eva Wilma Rodas Ramalho e Fernando Antônio Ramalho de Amorim – pelo apoio de
sempre;
Contatos
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Envie seu texto em formato word (letra Times 12) para o nosso e-mail:
revistasucuru@gmail.com. Responderemos o mais breve possível.
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VIVA A SUCURU!
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