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Aluna: Aline Batista de Lacera

Curso: Farmácia – Noturno

Trabalho de resumo do artigo: “O USO DE EQUIPAMENTOS DE


PROTEÇÃO INDIVIDUAL ENTRE GRADUANDOS DE CURSOS DA
ÁREA DA SAÚDE E A CONTRIBUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES
FORMADORAS”

Os profissionais de saúde sempre estão expostos aos mais variados


agentes transmissores de doenças como fungos, bactérias, protozoários e
etc. E foi pensando nesses ricos que, em 1996, os Centers for Disease
Control and Prevention (CDC) editaram as novas regras de precaução e
isolamento para esses profissionais. São precauções que devem ser
tomadas na hora do atendimento do paciente, para garantir a segurança
do profissional, do paciente e de todas as pessoas em geral. Os
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são importantes porque são
como uma barreira primária, fazendo com que o profissional não tenha
contato direto com o agente transmissor, assim interrompendo a cadeia
de transmissão. E esses EPIs essenciais são: as luvas, jaleco/avental,
máscara, botas de plástico, óculos protetores, gorro e protetor facial. É
necessário que o profissional use os EPIs de forma extremamente correta
para garantir a máxima proteção possível. A prevenção e a educação
representam desafios no sentido de evitar novas ocorrências e demandam
esforços intensos de formação e informação aos profissionais e alunos dos
cursos da área, visando à prevenção dos acidentes de trabalho, que
culminam sempre em desgaste emocional do profissional, riscos à saúde,
problemas de ordem econômica e social, necessidade de investimentos
financeiros, problemas ético-legais envolvendo os profissionais, pacientes
e a instituição, entre outros.
Foi percebido que alguns alunos da área da saúde não estão dando a
atenção necessária aos EPIs e nem às praticas de proteção, colocando
todos em risco. Com isso, foi objetificado a verificação do uso das EPIs e
identificado se há a contribuição das unidades de ensino para a formação
de futuros profissionais.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, realizado
junto aos alunos do ultimo ano/semestre dos cursos da área da saúde em
instituições de ensino superior do Estado de Goiás. Cursos em que os
alunos tem contato direto com seres humanos e com material biológico
durante suas aulas práticas foram selecionados. Após a identificação dos
cursos de saúde que são reconhecidos pelo MEC (Ministério da Educação
e Cultura) no estado de Goiás, obteve-se 31 cursos funcionando
compostos por: biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia,
fonoaudiologia, medicina, odontologia e terapia ocupacional. Apenas
alunos que se consentiram livremente participaram desse estudo.
Para a obtenção de uma amostra representativa, foi realizado cálculo com
auxílio do Statistical, recurso estatístico do Software Epi-info versão 3.3 de
05 de outubro de 2004, utilizando dados do teste-piloto. Obtivemos uma
amostra de 651 indivíduos, a qual representa 54% do total da população,
com índice de confiabilidade de 95%. A mesma proporção foi atribuída a
cada curso, para que todos tivesse representatividade dentro da amostra.

RESULTADOS E DESCUSSÃO
No resultado podemos ver que as mulheres são a maioria entre os
graduandos e profissionais e mostrou-se que nos últimos anos houve um
processo de feminilização nas profissões.
No resultado podemos ver também que em relação ao uso e conceito das
EPIs, 89,5% dos graduandos apresentaram respostas insuficientes e
apenas 8,9% dos graduandos apresentaram respostas consideradas
satisfatórias.
Descrevendo detalhadamente o resultado foram 89,5% consideradas
insuficientes, 1,2% consideradas insatisfatórias e 0,3% não souberam
responder as questões dadas. Isso nos mostra que essa temática tão
importante dentro da área da saúde está sendo “deixada de lado” pela
maioria dos graduandos e não está sendo aplicada de modo correto pelas
instituições de ensino, demonstrando o déficit no conhecimento
construído durante a graduação.
O resultado mostrou que o EPI mais utilizado pelos graduandos é o jaleco
(93,9%). As luvas tiveram uma boa adesão com 95,6% ao somar o uso
sempre que é de 49,8% com o de situação específica que é de 45,8%. A
luta é importante pois impede o contato direto com fluidos tanto do
paciente quanto a do profissional. Seu uso é de extrema necessidade.
Em relação às máscaras, foi observado uma adesão de 84,5%. 29,3%
disseram usar sempre e 55,2% disseram usar apenas em situações
específicas. Os óculos obtiveram uma baixa adesão de uso com 59,9% de
uso, já que foram calculados os percentuais de uso sempre que foi de
21,4% com o percentual de uso em situações específicas que foi de 38,5%.
Tal negligencia expõe os alunos aos riscos adicionais do manuseio de
material contaminado, com possibilidade de respingos. Os estudos
realizados sobre as PPs entre os profissionais médicos também mostraram
baixa adesão no uso dos óculos. O gorro também apresentou baixa
adesão, já que 31,8% dos graduandos nunca utilizaram ou fazem o uso
raramente deste EPI. Apenas 59,7% dos graduandos usam sempre ou em
situações específicas.
A baixa adesão ao uso dos EPIs está diretamente associada aos vários
fatores que desestimulam o seu uso. Esses fatores são: o desconforto
físico, a indisponibilidade ou inadequação dos EPIs em unidades de saúde.
Apenas 12,9% afirmaram não haver fatores desestimulante para o uso das
EPIs.

CONCLUSÃO
A partir desse estudo, podemos ver que há, de certo modo, o uso das EPIs
entre os graduandos, porém, muitas vezes esse uso é inadequado. É
necessário que haja o conhecimento da importância dos EPIs na vida
desses profissionais e dos pacientes, pois o mal uso deles podem trazer
grandes consequências. Do mesmo modo, é necessário que esse
conhecimento seja posto em prática em todos os momentos e atuações
do profissional. Havendo o uso correto desses equipamentos, o
profissional consegue fazer um bom atendimento, consegue atender as
necessidades de seus pacientes sem pôr em risco a sua saúde e a do
paciente.

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