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Outra educação é possível.

Capítulo 9: Tigres e leões.

Fabiana e Viviane
As pedagogias alternativas surgem na contramão das pedagogias tradicionais pois as
concebem como uma forma de manter o privilégio de classes.

Todavia, há defensores das pedagogias tradicionais que defendem a disciplina, a


autoridade e o esforço.

As pedagogias alternativas, por sua vez, não entendem que o estabelecimento de


limites significa estabelecer sanções/punições.
Um dado da realidade é a constatação da presença de crianças “mimadas” (pg. 189) tanto
em escolas tradicionais quanto em escolas alternativas.

O sistema educacional do passado deu certo porque “educou muito para poucos e pouco
para muitos”.

Os defensores da meritocracia consideram que a aprovação de todos faz com que sobrem
diplomados. Isso significa dizer que, independente da perspectiva de que se olha, quem
nasceu pobre morrerá pobre.
Este cenário educacional coloca em evidência a necessidade da busca por novas
soluções. As pedagogias alternativas surgiram com o intuito de desenvolver e
descobrir respostas para variados problemas apontados pelo sistema educacional
atual.

Educação livre, Maria Montessori, Freinet, etc., concebem que as crianças


apresentam ritmos e motivações diferentes, isto é, possuem suas especificidades, o
que as tornam únicas.
A distinção de idades de crianças em um mesmo grupamento motivam as crianças
menores a aprenderem com os mais velhos, de modo a consolidar os vossos
conhecimentos, isto é, as crianças encontram a oportunidade de experimentar sem
ter medo de errar.
Para quem vem de casa já desmotivado a escola pode se apresentar como mais útil.
Assim como, o professor que não motiva, desmotiva o seu aluno. O que isso significa
dizer?
“Não se trata de transformar escolas em circos, mas também não em prisões. Aqueles que
acreditam que as crianças não trabalham se não houver reconhecimento do mérito ou medo do
castigo por trás disso, é porque não conheceram mais modalidades de ensino do que aquela que
lhes foi ministrada - um ambiente pouco educativo, aliás, é aquele em que se tem que aprender
porque outros querem.” (pg. 195).

Na prática houve professores que confundiram os termos igualdade com uniformidade. Houve
professores que entenderam que adaptar a aprendizagem ao contexto significa baixar o nível para
que todos os alunos pudessem acompanhar.
Assim, quem queria aprender se viu com aulas repetitivas; os que não, boicotavam as
aulas, fazendo com que os professores perdessem boa parte da energia na tentativa
de manter a ordem.

Além disso, os professores passaram a ser obrigados a realizar trabalhos


burocráticos (relatórios de avaliação, cronogramas, avaliação, cronogramas,
relatórios individualizados, etc.).

Os professores são esmagados por montanhas de formulários e relatórios para


preencher. A ideia é aumentar a eficiência, mas na prática tudo isso afeta
negativamente o dia a dia dos professores.
Freinet já deixava claro - era uma de suas “invariantes pedagógicas”- que reagimos
com rejeição ao que nos é imposto.
A maioria de nós teve a infância roubada. No final das contas o que valia era acertar
as respostas e fazer o dever de casa todos os dias.

É necessário vislumbrar a possibilidade de uma educação na qual os que


encontram-se mais adiantados não fiquem entediados e os que têm mais
dificuldades tenham o direito de ter o seu ritmo e a oportunidade de aprender.
Devemos ter em mente que a educação começa em casa.
O discurso da
meritocracia
funciona na
educação?
“É urgente buscar novas soluções. Nenhuma das “novas” pedagogias é perfeita, mas
todas trabalharam para desenvolver respostas para muitos dos problemas colocados
pelo sistema atual.”
No final do século XIX houve uma ascensão das teorias pedagógicas mais avançadas
da época, movimento que não se limitou às classes mais abastadas, mas atingiu
também escolas públicas, mas essas experiências foram extintas com a guerra civil
espanhola.

A autora se posiciona contra um certo dogmatismo, quando confunde, por exemplo,


a liberdade com a ausência de limites.
Uma bolha?
O que
entendemos por
mundo real?
Afinal, outra
educação é
possível?

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