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CONTEÚDO ÚTIL PARA COMPREENSÃO DO MERCADO FINANCEIRO

Liquidez

Em contabilidade, corresponde à velocidade e facilidade com a qual um ativo pode ser


convertido em caixa. Por exemplo: ouro é um ativo relativamente líquido, pois pode ser
rapidamente vendido; uma instalação fabril não o é.

Capital de Giro

É a diferença entre os recursos disponíveis em caixa e a soma das despesas e contas a pagar. O
capital de giro é o dinheiro que será usado para manter a estabilidade e segurança do negócio
(“manter a saúde da empresa)”. Por exemplo, as vezes o pagamento da empresa está
demorando e ela tem contas a pagar, então, para não acumular dívidas com juros, ela irá usar o
capital de giro para fazer o pagamento.

Caixa

É a conta que registra os recursos financeiros de uma empresa disponíveis para movimento.

Fluxo de Caixa

É uma métrica importante que indica a quantidade de dinheiro que entra e sai da empresa em
um período determinado. É calculado como a diferença entre as entradas de caixa (receitas) e
as saídas de caixa (despesas). Ajuda a entender a situação financeira da empresa e a avaliar sua
capacidade de gerar caixa a partir das suas atividades operacionais. Além disso, também é útil
para avaliar a capacidade da empresa de honrar suas obrigações financeiras e investir em suas
atividades.

No cálculo do fluxo de caixa operacional (FCO), são consideradas as despesas relacionadas às


atividades normais da empresa, como vendas, produção, gerenciamento, etc. Já no cálculo do
fluxo de caixa livre (FCL), além das despesas do FCO, são consideradas as despesas relacionadas
a investimentos em ativos a longo prazo, amortização e depreciação, e ações de endividamento,
como pagamento de dívidas. O FCL representa o dinheiro disponível para distribuição aos
acionistas ou para novos investimentos.

CDI (Certificado de Depósito Interbancário)

Taxa que os bancos utilizam para emprestar dinheiro entre si.

IPCA (Índice Nacional de Preços no Consumidor Amplo)

É basicamente a inflação.

Dividendo

É a distribuição de parte dos lucros por uma corporação aos seus acionistas.

Amortização

É um processo semelhante à depreciação, mas é usado principalmente para registrar a perda de


valor dos ativos intangíveis, como patentes, marcas registradas e direitos autorais. A
amortização tem o objetivo de refletir a redução do valor dos ativos intangíveis com o tempo,
enquanto são usados na empresa.
É o processo no qual a parte devedora devolve os recursos a quem emprestou o dinheiro, por
meio de pagamentos periódicos. A amortização de parcelas, trata-se de antecipar as parcelas
para reduzir o valor inicial da dívida. Amortizar uma parcela quer dizer que você está adiantando
uma das parcelas, diminuindo o tempo de financiamento e, como ganho adicional, tendo uma
possível redução de seus juros incidentes.

Pagamento = Amortização + Juros

Depreciação

É a perda de valor dos ativos fixos (terremos, equipamento, maquinário, etc) de uma empresa
ao longo do tempo. "Ativo" em geral se refere a um item ou bem que é possuído por uma
empresa e tem valor econômico, ou seja, pode ser vendido ou convertido em dinheiro. A
depreciação é uma forma de contabilizar o uso dos ativos da empresa ao longo do tempo e
reflete o custo da obsolescência ou desgaste dos bens.

Ebitda

É uma sigla que significa “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. Ele
informa o lucro de uma companhia antes de serem descontados o que a empresa gastou em
juros e impostos, e perdeu em depreciação e amortização.

Ebitda = Lucro Operacional Líquido + Depreciações + Amortizações

IPO (Oferta Pública Inicial)

É um tipo de oferta pública em que as ações de uma empresa são vendidas ao público, em geral
numa bolsa de valores, pela primeira vez.

PayBack

Consiste no retorno do capital que foi investido. Está diretamente relacionado com o tempo.
“Após quanto tempo será possível obter o PayBack?”.

Home Broker

É uma plataforma que a corretora fornece ao investidor. Nessa plataforma é possível ter acesso
a todo mercado de ações, sendo possível descobrir quanto está valendo o Ibovespa, o quanto a
bolsa está variando, e o quanto cada ação está valendo. Basicamente trata-se de uma forma
prática para acessar o mercado de ações de forma inteiramente online.

Benchmarking

É um processo de estudo de concorrência, podendo ser uma análise profunda das melhores
práticas usadas por empresas de um mesmo setor que o seu e que podem ser replicadas no seu
empreendimento. Entre seus benefícios estão a redução de custos, aumento na produtividade
e ampliação na margem de lucro.

Day Trader

É um investidor do mercado financeiro que busca ganhar dinheiro com operações de curto
prazo, aproveitando-se da volatilidade do mercado. Basicamente, ele busca ganhos financeiros
realizando a compra e a venda de ações ou outros ativos negociados em Bolsa. Ele compra títulos
e vende em menos de um dia.

Swing Trader
É um investidor do mercado financeiro que trabalha com compra e venda de ações a médio
prazo. Ele compra títulos e vende após um ou mais dias.

Small Caps

São empresas consideradas pequenas, com valor de mercado entre R$300 milhões e R$2
bilhões. Essas empresas representam uma porcentagem pouco significante nas bolsas em que
são negociadas, e são mais baratas.

Blue Chips:

São empresas grandes, que vale bilhões. Essas empresas representam uma porcentagem
relevante nas bolsas em que são negociadas, e são mais caras.

Upside

É justamente a previsão do quanto um ativo pode subir dentro de um intervalo de tempo


(potencial de valorização de um ativo).

Downside

É um termo usado para se referir a queda de preços dos ativos.

Down round

É um termo usado para descrever uma rodada de investimento em que o preço das ações da
empresa é menor do que o preço das ações na rodada anterior. Não precisa ser exatamente a
respeito de ações, down round faz referência ao fato de o investidor atribuir um valor menor
que o anterior estabelecido a empresa. Isso significa que os investidores estão valorizando a
empresa em menos do que o valor anteriormente estabelecido. É um evento desfavorável para
os investidores existentes, pois eles podem ver o valor de suas ações diminuir, e pode ser um
indicativo de problemas na empresa, como dificuldades financeiras ou problemas de
performance. Por outro lado, ele pode ser uma oportunidade para novos investidores
adquirirem ações a um preço mais baixo.

Payout

É a porcentagem do lucro de uma empresa, que é distribuída entre os acionistas.

Tag Along

É um mecanismo de proteção a acionistas minoritários caso a companhia passe para as mãos de


outro dono. É comum que quando alguém ou um grupo adquire uma empresa queira ter posse
por total da empresa, incluindo possuir todas, ou a maioria, das ações da mesma. Sempre que a
empresa for vendida, o novo controlador deverá oferecer aos acionistas minoritários, pelo
menos, 80% do valor pago para comprar as ações do bloco de controle (acionistas majoritários).
Ou seja, se o investidor comprou por 100 reais cada ação dos acionistas majoritários, ele será
obrigado a pagar pelo menos 80 reais pelas ações dos acionistas minoritários, caso estes
queiram vender. Nem todas ações tem Tag Along, e a porcentagem pode variar.

Drag Along

Possibilita que um acionista majoritário obrigue os demais acionistas minoritários a aceitarem


uma oferta de terceiros para comprar a empresa inteira. Em outras palavras, o Drag Along
possibilita que pelo menos um acionista majoritário venda uma empresa a terceiros sem
precisar do consentimento efetivo dos acionistas minoritários (estes terão que vender suas
partes obrigatoriamente). Esse mecanismo é usado para garantir uma aquisição total ou uma
fusão completa da empresa, especialmente quando os compradores desejam adquirir o controle
integral de uma organização.

Cash out

É uma opção que permite aos usuários de apostas esportivas ou jogos de azar retirar parte ou
todo o valor de sua aposta antes que o evento esteja concluído. Isso permite que os apostadores
retirem lucros antecipados ou reduzam as perdas potenciais antes do final do evento. Em
investimentos, o cash out é quando um investidor decide vender suas ações ou outros ativos
financeiros antes do vencimento. Isso significa que eles estão retirando seu dinheiro do
investimento e levando seus lucros ou minimizando suas perdas. Alguns sites de apostas e
corretoras de ações também oferecem a opção de "cash out" para negociações de ações,
permitindo que os investidores retirem parte de seus investimentos antes do vencimento.

Buy Side e Sell Side

São termos usados no mercado financeiro para se referir a diferentes perspectivas em relação a
uma transação de compra e venda de ativos financeiros. "Buy side" refere-se a instituições
financeiras, como fundos de investimento, gestoras de ativos e consultorias, que compram
ativos financeiros para investimento em nome de seus clientes ou para garantir seus próprios
lucros. Por outro lado, "sell side" refere-se a instituições financeiras, como corretoras, bancos
de investimento e casas de análise, que vendem ativos financeiros e oferecem serviços de
assessoria aos clientes. O objetivo dessas instituições é lucrar com as transações realizadas e
com os serviços prestados.

Smart Money

É um termo usado para descrever um grupo de investidores experientes que são percebidos
como tendo conhecimento privilegiado e acesso a oportunidades de investimento exclusivas.
Esses investidores são frequentemente considerados como tendo um senso mais apurado sobre
a direção futura do mercado financeiro.

P/E

É a razão entre o preço de mercado da ação e o lucro por ação.

P/S

É o resultado da divisão do preço da ação pela receita anual por ação.

Taxa de Câmbio

É uma relação entre moedas de dois países que resulta no preço de uma delas medido em
relação à outra.

Trade-Off

Que significa nada mais do que escolher uma coisa em detrimento de outra. Um país que precisa
elevar os juros para conter a inflação faz um “trade-off”.

Turnaround
No mundo dos negócios, ele tem um sentido focado nesse meio e significa recuperação de
empresas. Envolve uma reestruturação completa do negócio, para que ele possa se readaptar à
sua realidade.

Ticket Médio

É o valor médio gasto por cliente em compras dos produtos da empresa. Ele é calculado
dividindo o total de vendas (receita) pelo número de compras feitas (se o cliente comprar vários
produtos de uma vez será considerado apenas 1 compra feita).

Diferença entre Banco e Financeira

Bancos oferecem conta corrente e rede de agências, o que não ocorre nas financeiras. As
financeiras podem emitir LCs (Letras de Câmbio) e RDBs (Recibos de Depósito Bancário). Já os
bancos oferecem outras opções, como CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCIs (Letra de
Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio), entre outros.

CMV (Custo de Mercadoria Vendida)

O CMV inclui todos os custos diretos associados à produção das mercadorias, como matérias-
primas, mão de obra e despesas de produção. Ele não inclui os custos indiretos, como despesas
gerais e administração. Acompanhar o CMV ajuda a empresa a identificar quais produtos são
mais rentáveis e quais precisam ser revistos para melhorar a margem de lucro.

M&A (Mergers and Acquisitions)

É uma atividade que compõe algumas áreas do mercado financeiro, especialmente a banca de
investimento e a gestão de private equity. Nesta atividade, os profissionais prestam assessoria
a empresas que desejam adquirir ou vender outras empresas, ajudando-as a avaliar e negociar
as condições do acordo, além de garantir a conformidade com regulamentos e leis aplicáveis.
Os profissionais que trabalham em M&A precisam ter habilidades analíticas, de comunicação e
de negociação, além de conhecimento profundo dos mercados financeiros e das leis e
regulamentos aplicáveis. A área de M&A é altamente competitiva e exige que os profissionais
possam trabalhar sob pressão, gerenciar projetos complexos e lidar com múltiplas partes
interessadas.

RENDA FIXA
Trata-se de um tipo de investimento no qual a rentabilidade do investimento é devido a um
índice estabelecido. Esse índice faz com que seja possível estimar com mais precisão o valor dos
ganhos. É o tipo de investimento mais seguro e menos rentável. É classificado em 3 tipos:

o Prefixado: é possível saber exatamente quanto irá render após um período, pois a taxa sobre
o investimento é fixa.
o Pós-fixado: investimento vai render junto com algum índice (taxa Selic, IPCA, CDI, etc...).
o Híbrido: o investimento terá um retorno com juros fixos pré-estabelecidos no momento da
compra do título e juros variáveis que serão devidos a algum índice.

Poupança

Banco usa seu dinheiro disponível basicamente. É possível fazer o resgate do dinheiro a qualquer
momento. O rendimento é calculado mensalmente, o que quer dizer que se o investidor fizer o
resgate antes de determinado dia do mês não obterá os rendimentos.
Tesouro Direto (Títulos Públicos)

Investidor “empresta” dinheiro para o governo. O Tesouro Selic visa o curto prazo, o Tesouro
Prefixado o médio prazo e o Tesouro IPCA+ o longo prazo.

LC (Letra de Câmbio)

“Empresta” dinheiro para uma financeira a qual irá utilizar o dinheiro para fazer empréstimos a
pessoas física e jurídicas que firmaram algum contrato de financiamento.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

Investidor “empresta” dinheiro para o banco.

LCI (Letras de Crédito Imobiliário)

São títulos usados para captar recursos financeiros destinados a empréstimos para o setor
imobiliário.

CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários)

É idêntico ao LCI, só que não é um título que é emitido por instituições financeiras, mas sim por
instituições securitizadoras, não possuindo garantia do FGC e sendo menos segura.

LCA (Letras de Crédito do Agronegócio)

São títulos usados para captar recursos financeiros para os participantes da cadeia do
agronegócio.

CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio)

É idêntico ao LCA, só que não é um título que é emitido por instituições financeiras, mas sim por
instituições securitizadoras, não possuindo garantia do FGC e sendo menos segura.

Debêntures

“Empresta” dinheiro para uma empresa privada que precisa pagar uma dívida ou que irá iniciar
um projeto e precisa captar dinheiro para isso. É uma das formas mais antigas de captação de
recursos pelas empresas.

RENDA VARIÁVEL
Investimento estará sujeito a ser influenciado por uma série de fatores externos, sendo difícil de
prever os ganhos futuros. É menos seguro, mas com possibilidade de maior rentabilidade.

Ação: compra de uma parcela de uma empresa. A empresa é obrigada a dividir parte dos lucros
com os acionistas, sendo por meio disso possível receber uma porcentagem dos lucros igual a
porcentagem de ação do sob posse do acionista. Sendo assim é possível o acionista optar por
ser mais passivo e ficar obtendo rentabilidade em cima dos lucros da empresa ou o acionista
pode ser mais ativo, estando frequentemente realizando compras e vendas de ações para obter
maiores ganhos. Só se tem que pagar IR na hora de vender a ação, e caso o total de vendas for
maior que R$20.000 em menos de um mês.

Tipos de ações:

o Ações ordinárias (ON): esse tipo garante a quem investiu o direito a voto e à participação
nas decisões da companhia. Essa participação, mais próxima da administração do negócio
depende da quantidade de ações ordinárias que um investidor possui. Desse modo, os
grandes acionistas conseguem influenciar muito mais os direcionamentos da empresa do
que os pequenos investidores.

o Ações preferenciais: dão preferência no recebimento de valores, como distribuição de


lucros. Um acionista preferencial receberá dividendos e outras compensações primeiro do
que quem possui ações ordinárias da mesma empresa. Na extinção da empresa os
detentores deste tipo de ação têm prioridade na restituição do capital em caso de falência.

o Units: certificado de depósito de ações (Unit) é, na verdade, um pacote composto por ativos
de diferentes espécies, como ações ON e PN. Isso significa que quando uma pessoa adquire
a Unit, está comprando uma composição de ações dentro de um único produto.

Tipos de acionistas:

o Acionista controlador: escolhido por meio de votação na assembleia geral, é quem possui o
controle da empresa. Além de ser titular de direitos de sócio, o acionista controlador tem a
maioria dos votos nas decisões da assembleia geral, e seu objetivo é orientar o
funcionamento dos órgãos da companhia;

o Acionista majoritário: é o investidor que possui mais de 50% de ações de uma companhia.
Com isso, tem direito a voto e controle acionário (ou seja, controle da empresa);

o Acionista minoritário: este tipo de acionista não detém a maior parte das ações da empresa,
mas possui informações sobre ela e pode votar em decisões importantes.

Nome da ação:

Cada ação é composta pelo seguinte código: ABCD(N). Os quatro primeiros termos são letras
que fazem referência a empresa da qual a ação pertence. Cada empresa possui seu próprio
código de letras. O significado de cada número é o seguinte:

o Final (N=3): Ações Ordinárias;


o Final (N=4): Ações Preferenciais;
o Final (N=11/32/33/34/35): BDRs e Units.

Algumas das ações mais conhecidas pelo investidor brasileiro incluem:

o Vale (VALE3)
o Bradesco (BBDC4)
o Petrobras (PETR4)
o Ambev (ABEV3)
o JBS (JBSS3)
o Magazine Luiza (MGLU3)

Fundos Imobiliários (FIIs)

Investe basicamente em uma propriedade e o investidor terá como retorno parte do aluguel
daquela propriedade. A propriedade não são casa comuns, mas sim shoppings, edifícios, etc...

Fundos de Investimento

É um fundo administrado por algumas pessoas que captam dinheiro de outras pessoas e utilizam
para fazer investimentos. Então basicamente você dá seu dinheiro para outras pessoas
especializadas investirem por você. Cada fundo de investimento tem uma descrição falando em
qual tipo de investimentos as pessoas irão fazer (tipo só investir em ação, ou só investir em
renda fixa).

ETF (Exchange-Traded Fund)

É um tipo de fundo de investimento negociado em bolsa, ou seja, é possível comprar e vender


cotas de um ETF como se fosse uma ação. Um ETF pode conter diferentes tipos de
investimentos, como ações, títulos, commodities, moedas e outros ativos financeiros. Isso
permite aos investidores obter exposição a diferentes classes de ativos em um único fundo, o
que pode ajudar na diversificação da sua carteira de investimentos.

Os ETFs são criados de forma a abrangerem ativos de empresas que possuem algo em comum,
seja por pertencerem ao mesmo setor (tecnologia/saúde/energia/etc), por cobrir mercados
internacionais, como a bolsa de valores de Tóquio ou de Londres, ou por abranger empresas de
tamanhos comuns (grande/média/pequena), além de outras semelhanças que podem ser de
interesse na elaboração de um ETF. Dessa forma, é possível escolher um ETF que se adequa aos
objetivos e ao perfil de risco do investidor. Em geral, um ETF pode conter ações de diferentes
empresas, oferecendo aos investidores exposição a um amplo leque de ativos financeiros, ao
invés de concentrar-se em apenas um tipo de ativo ou em empresas específicas (reduz os riscos).
Não é possível comprar nem vender ativos individuais de um ETF.

Cada ativo individualmente pode ter seu próprio desempenho e seu próprio índice de
referência, mas o ETF em si acompanha o desempenho de um índice específico, como o Índice
S&P 500 ou o Índice MSCI Emerging Markets. Assim, a rentabilidade do ETF será conduzida por
um determinado índice. O índice atua como uma referência para o ETF, orientando sua
composição de ativos e, consequentemente, sua rentabilidade. No entanto, a rentabilidade do
ETF é determinada pela performance de sua carteira de ativos como um todo, e não somente
pelos índices dos ativos individuais que a compõem.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
FGC (Fundo Garantidor de Crédito)

Administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, permitindo


recuperar, até um limite máximo de R$250.000, os depósitos ou créditos mantidos em uma
instituição financeira, em caso de sua falência ou liquidação. Portanto órgão basicamente
protege o investidor, de modo que se o banco ou empresa quebrar o investidor receberá todo
dinheiro investido de volta.

Os seguintes investimentos são protegidos pelo FGC:

o Poupança
o CDB
o RDBs
o LCI e LCA
o LC
o LH

Os seguintes investimentos estão isentos de IR:

o Poupança
o LCI e LCA
o Debêntures de pessoa física
o CRI e CRA
o Fundos imobiliários

Bolsa de Valores

É o mercado onde são negociadas ações de empresas, títulos de renda fixa, commodity e outros
ativos. Quando um investidor decide comprar uma ação e existe outro investidor querendo
vendê-la, a Bolsa é o ponto de encontro entre eles e onde é realizado o negócio. O papel da
Bolsa nessas negociações é servir como um ambiente seguro para que elas aconteçam, além de
garantir que:

o O investidor que vende uma ação receba por elas.


o As ações vendidas vão para o investidor que as comprou.
o As ações fiquem guardadas em um espaço seguro, a CBLC, companhia que faz parte do
grupo BM&F Bovespa.

Imposto de Renda Regressivo

Trata-se de um modelo de tributação onde as alíquotas cobradas vão variar a depender do


tempo que o dinheiro fica aplicado. Quanto maior o tempo de investimento, menor será a
porcentagem de imposto a ser paga. IR Regressivo é cobrado principalmente sobre
investimentos de renda fixa, mas pode ocorrer em investimentos de renda variável também. É
um tipo de alíquota apenas para pessoas físicas.

A seguinte tabela é para IR sobre renda fixa:

A seguinte tabela é para IR sobre renda variável:


IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)

A cobrança do IOF só acontece quando o investidor resgata a sua aplicação em menos de 30


dias. Ocorre apenas sobre investimentos de renda fixa.

O IR e o IOF não tem nada haver um com o outro. Ambos são alíquotas cobradas em cima do
rendimento, e não em cima do investimento. Ao se fazer o resgate de um investimento de renda
fixa, primeiro será cobrado o IOF sobre o rendimento e depois o IR sobre o rendimento que
restar.
B3 (Bovespa)

É a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada na cidade de São Paulo. Ela intermedia a venda de
ações (faz a ponte na relação comprador/vendedor). Só as empresas mais notáveis fazem parte
da B3. Os critérios para uma empresa estar listada na B3 são os seguintes:

o Ser uma empresa de capital aberto: a empresa deve ter ações negociadas em bolsa, o
que significa que o capital da empresa é dividido em ações e vendido a investidores;
o Ter uma estrutura sólida: a empresa precisa ter uma equipe administrativa e financeira
estável e ser financeiramente saudável, com resultados consistentes e bons índices de
rentabilidade;
o Transparência financeira: a empresa deve apresentar relatórios financeiros
regularmente e de forma clara e objetiva, permitindo que os investidores possam avaliar
sua saúde financeira;
o Compliance regulatório: a empresa deve cumprir todas as regulamentações e leis
aplicáveis às empresas de capital aberto, incluindo as normas da Bolsa de Valores de
São Paulo;
o Liquidez: as ações da empresa devem ter volume de negociação suficiente para que os
investidores possam comprar ou vender ações com facilidade.

Ibovespa (Índice Bovespa)

É o principal índice da B3 e serve para medir o desempenho das ações mais negociadas pelos
investidores em um determinado período. Abrange apenas as empresas de capital aberto mais
valorizadas da B3. Quanto maior a empresa, maior a participação dela nesse índice. O Ibovespa
é medido em pontos. Quando essa pontuação sobe, e a maioria das ações que compõem o índice
valorizaram. Já quando o Ibovespa cai, é sinal de que a maior parte das ações negociadas na
Bolsa desvalorizaram.

O Ibovespa é formado por uma carteira teórica das ações mais negociadas na Bolsa brasileira.
Além disso, essa composição é reavaliada a cada quatro meses, podendo ocorrer entrada e saída
de ações. Isso significa que uma empresa pode fazer parte do Ibovespa em um quadrimestre,
mas no próximo não, caso a ação de uma outra empresa, que estava fora do Ibovespa, tenha
tido um volume de negociação maior.

Taxa Selic

É a taxa básica de juros da economia. Ela mede os juros que você paga por empréstimos e os
juros sobre investimentos em renda fixa. Se a taxa Selic estiver baixa quer dizer que os juros
sobre empréstimos estarão mais baixos e a rentabilidade sobre investimentos de renda fixa é
menor.

É a principal ferramenta que o Banco Central para controlar o volume de recursos em circulação.
Por isso, quando a economia está aquecida e os preços começam a subir a ponto de minar a
meta de inflação, a Selic é elevada. Com juros mais altos, fica mais caro tomar crédito – e não só
para os consumidores, como também para as empresas e o próprio governo. Isso desestimula o
consumo e ajuda a controlar os preços.

A medida oposta é tomada em períodos em que a inflação está controlada ou abaixo da meta.
Quando há espaço, a Selic diminui, o que estimula o consumo e ajuda a aquecer a economia.
De modo geral, uma elevação da Selic beneficia os investimentos de renda fixa, que oferecem
uma remuneração baseada em juros. É o caso dos títulos públicos do governo federal, dos
tradicionais CDBs emitidos pelos bancos, das letras de crédito, das debêntures, entre outras
opções. Todos esses papéis tendem a ter uma rentabilidade maior em tempos de Selic em alta.
Do mesmo jeito, quando a taxa é reduzida, o mesmo acontece com o retorno deles.

Se, em dado momento, a Selic estiver em – digamos – 8% ao ano e a inflação a 5%, a


rentabilidade real será de aproximadamente 3%. Mas se os juros caírem para 5% anuais e a
inflação, para 1%, o investidor terá um retorno real maior: de 4%.

o Uma Selic mais baixa costuma impulsionar o consumo. Se as pessoas consomem mais,
as empresas tendem a vender mais os seus produtos. Com resultados melhores, as
ações dessas companhias tendem a distribuir mais dividendos e também a se valorizar.
Já quando a Selic aumenta, a atividade econômica em geral acaba arrefecendo, assim
como os resultados das empresas.
o Ao mesmo tempo em que estimula o consumo, a Selic baixa também reduz o custo do
crédito para as empresas. Isso facilita investimentos, por exemplo, na expansão das
instalações ou outros projetos que as permitam crescer. Empresas que crescem tendem
a apresentar melhores resultados, o que, novamente, beneficia suas ações. Se, por
outro lado, a Selic aumenta, todo esse movimento fica prejudicado.

Entre outros índices conhecidos pelo investidor brasileiro, estão:

o Dow Jones Industrial Average (DJIA) - um dos índices mais antigos e conhecidos dos
Estados Unidos, que mede o desempenho de 30 grandes empresas americanas;
o S&P 500 - um índice que mede o desempenho de 500 das maiores empresas
americanas, incluindo setores como tecnologia, saúde e financeiro;
o IBrX - um índice que mede o desempenho das maiores empresas listadas na B3, com
base em fatores como liquidez e capitalização de mercado;
o Índice Small Caps - um índice que mede o desempenho de empresas de pequeno e
médio porte listadas na B3.

Valuation

É um método usado para a determinação do valor justo de uma empresa. O valuation é uma das
principais ferramentas usadas por analistas do mercado financeiro. Para recomendar em qual
empresa da Bolsa vale mais a pena investir, eles acompanham o desempenho das companhias
e calculam com frequência o valuation de cada uma delas. Depois que o valuation aponta o valor
da empresa, basta dividir esse número pelo total de ações emitidas no mercado. O resultado
será o valor justo da ação. Embora pareça simples, o valor justo de uma ação é sempre
aproximado, assim como o valuation. Por exemplo: se uma empresa tem muita atenção da mídia
e das redes sociais, pode ter seu valor mais alto do que os cálculos puros mostram.

O valuation é, portanto, utilizado na análise fundamentalista para estimar o valor de uma


empresa. Esse modelo nos dá a sensibilidade de como cada variável afeta o negócio. A ideia é
desenvolver uma crítica sobre o que pode trazer upsides ou downsides para a empresa, ou seja,
se a empresa está muito exposta ao dólar, ao PIB ou a outras variáveis. Trabalhando com essas
variáveis torna-se possível ter uma noção de quanto um cenário de estresse poderia afetar o
valor justo da empresa. No dia a dia de um mercado o preço de uma ação oscila conforme as
pressões compradoras ou vendedoras daquele papel, mas o valor dela no fundamento tem a ver
com o negócio em si e toda a história que ronda aquele case, e é nesse princípio que o investidor
fundamentalista precisa focar, afinal as ações vão oscilar, mas tendo esse valor justo em mente,
a chance de o papel convergir é muito alta.

Principais métodos de calcular o Valuation:

Valuation por Fluxo de Caixa Descontado: é uma metodologia usada para avaliar o valor
presente de uma empresa ou projeto futuro baseado nas previsões de seu fluxo de caixa futuro.
O objetivo é avaliar quanto dinheiro uma empresa ou projeto espera gerar no futuro e quanto
isso equivale ao valor presente. Os passos para fazer o Valuation de Fluxo de Caixa Descontado
incluem:

1. Previsão do fluxo de caixa futuro: Estime o quanto de dinheiro uma empresa ou projeto
espera gerar nos próximos anos.
2. Taxa de desconto: Escolha uma taxa de desconto para aplicar ao fluxo de caixa futuro. A taxa
de desconto usada para calcular o fluxo de caixa descontado é uma taxa que reflete o custo
de oportunidade de um investimento, ou seja, o que o investidor poderia ter ganho
investindo em outro ativo de risco semelhante. A taxa de desconto usada pode incluir uma
componente que represente a inflação esperada.
3. Desconto do fluxo de caixa futuro: Aplique a taxa de desconto a cada previsão de fluxo de
caixa futuro para chegar ao valor presente de cada previsão.
4. Soma dos valores presentes: Some todos os valores presentes para chegar ao valor total do
projeto ou empresa. “Valores presentes” se refere ao fluxo de caixa futuro de cada ano
descontado pela taxa (fluxo de caixa futuro foi passado para o presente e se tornou uma
estimativa de valor que corresponde ao presente – estimou o valor atual da empresa).

O resultado é um valor presente estimado que pode ser comparado com o preço de mercado
da empresa ou projeto. Se o valor presente estimado for maior que o preço de mercado, isso
sugere que o projeto ou empresa está sendo subvalorizado e pode ser uma boa oportunidade
de investimento. Se o valor presente estimado for menor que o preço de mercado, isso sugere
que o projeto ou empresa está sendo supervalorizado e pode não ser uma boa oportunidade de
investimento

Valuation por Múltiplos: é uma técnica de avaliação de empresas que consiste em determinar
o valor de uma empresa baseado em métricas financeiras comparáveis, como o lucro por ação
(P/E), o fluxo de caixa livre por ação (FCF/P), ou o valor patrimonial por ação (BV/P). A ideia é
comparar o desempenho financeiro da empresa em questão com o de outras empresas do
mesmo setor ou do mercado como um todo, a fim de obter uma estimativa do seu valor justo
de mercado.

Para calcular o valuation por múltiplos, você precisa seguir os seguintes passos:

Suponha que você queira avaliar a empresa XYZ e deseje utilizar o múltiplo P/E.

1. Determine o lucro por ação (EPS) da empresa XYZ. Suponhamos que o lucro líquido da
empresa seja de 10 milhões e que haja 1 milhão de ações em circulação, então o EPS seria
de 10/1 = 10.
2. Identifique o P/E médio das empresas semelhantes ao setor da empresa XYZ. Suponhamos
que o P/E médio seja de 15.
3. Calcule o valuation por múltiplos. Multiplique o EPS (10) pelo P/E médio (15) para obter o
valor de 150 milhões. O valuation por múltiplos concluiu que a empresa XYZ tem um valor
de 150 milhões.
Aonde investir?

Os setores mais perenes e seguros são o de alimentos, elétrico, saneamento básico, financeiro,
saúde e petróleo/derivados. É importante sempre ter preferência por empresas consolidadas
no mercado e que reúnam, dentre outras, as seguintes características:

o Crescimento do negócio nos últimos 5 anos;


o Tag Along de 80% ou mais;
o Histórico de endividamento;
o Histórico de lucratividade, rentabilidade e pagamento de dividendos;
o Qualidade da Governança;
o Porcentagem de Payout;
o Preço da ação.

Perfis dos investidores

o Conservador: é o que gosta de tomar menos risco ao aplicar seu dinheiro. São pessoas
que não estão muito dispostas a perder e buscam ganhos no longo prazo. Investimentos
de renda fixa, como CDB’s e o Tesouro Direto são opções que costumam atrair os
conservadores. O perfil conservador é o mais recomendado para aqueles que estão
começando os seus primeiros investimentos;
o Moderado: é de investidores que geralmente já têm um maior conhecimento do
mercado financeiro. Esse perfil já aceita algum tipo de risco em seus aportes em busca
de uma maior rentabilidade. Em sua carteira geralmente há Fundos Imobiliários e
algumas ações, mas ele também não abre mão da sua segurança e mantém parte dos
seus investimentos em renda fixa;
o Arrojado: é aquele que não tem medo de tomar riscos ao investir. Os investidores
arrojados são, geralmente, aqueles que já possuem bastante experiência no mercado e
um patrimônio maior e mais estabelecido. O arrojado está disposto a perder dinheiro
em busca de uma grande rentabilidade e não tem medo de colocar a maioria do seu
capital em renda variável.

Tipos de empresas

o LTDA (Sociedade Limitada): neste tipo de negócio, acontece a união de pessoas, dos
sócios, que levam suas qualidades pessoais para o empreendimento. É estabelecido no
contrato social quanto vale cada cota e a participação de cada sócio. Essa participação
previamente acordada é que limita tanto o que o sócio irá lucrar como sua
responsabilidade quanto a dívidas da empresa.
o SA (Sociedade Anônima): como o próprio nome já anuncia, a união é dos capitais e não
são consideradas as características pessoais do investidor. Neste caso, as cotas dos
sócios são chamadas de ações, que podem ser negociadas no mercado financeiro. As
ações podem pertencer a pessoas ou a empresas.
o CIA (Sociedade em Nome Coletivo): é um tipo societário onde todos os sócios são
solidários e todos respondem ilimitadamente pelas dívidas da sociedade, ou seja, a
dívida da sociedade pode atingir os bens dos sócios. Essa sociedade é constituída,
necessariamente, por pessoas físicas. A administração desta sociedade cabe
exclusivamente aos sócios, não podendo um terceiro exercer este papel administrativo.

Áreas para se trabalhar no mercado financeiro


o Banca de investimento: os profissionais da banca de investimento ajudam as empresas
a captar recursos no mercado financeiro, através de ofertas públicas de ações (IPOs),
emissões de dívida, fusões e aquisições (M&A), entre outras.
o Gestão de ativos: a gestão de ativos envolve a administração de carteiras de
investimentos para clientes individuais ou institucionais, com o objetivo de maximizar o
retorno e minimizar o risco.
o Análise financeira: os analistas financeiros avaliam a saúde financeira das empresas, a
fim de fornecer informações e recomendações a investidores e outras partes
interessadas.
o Trading: os traders compram e vendem ativos financeiros, tais como ações, títulos e
moedas, com o objetivo de maximizar o lucro para sua empresa ou para seus clientes.
o Private equity: o private equity envolve o investimento em empresas não cotadas em
bolsa, com o objetivo de obter retornos significativos através da aquisição,
reestruturação e eventual venda dessas empresas.
o Gestão de risco: os profissionais da gestão de risco ajudam as empresas a identificar,
avaliar e gerenciar os riscos financeiros aos quais estão expostas.

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