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Teste 11.

º ano
novembro 2020

Proposta de correção
Grupo I
EDUCAÇÃO LITERÁRIA

A
1. Neste excerto, o orador tece uma crítica particular aos peixes voadores.
De facto, os “Voadores”, porque têm maiores barbatanas do que os outros peixes, tentam voar, mas a
tentativa de entrar no ar, elemento que não é o seu, leva-os ao fogo, isto é, à morte. De facto, a sua
ousadia, presunção e excessiva vaidade têm como consequência a sua destruição (“Todas as velas para eles
são redes como peixe, e todas as cordas laços como ave.”).
Concluindo, os voadores têm uma vida efémera por causa da sua ambição despropositada.
2. As frases de caráter proverbial são abrangentes e atemporais.
Na verdade, os dois aforismos (“Quem quer mais do que lhe convém perde o que quer e o que tem” e
“Quem pode nadar e quer voar, tempo virá que não voe nem nade”) constituem máximas de vida,
alertando para o facto de a ambição, o capricho e a vaidade poderem originar a desgraça, a perdição e,
inclusivamente, a morte.
Em suma, estas frases servem de aviso contra determinados tipos de comportamento prejudiciais para
quem os evidencia.
3. Padre António Vieira serve-se da apóstrofe a Santo António para estabelecer a diferença de atitudes do
santo e dos homens.
Assim, Vieira estabelece um paralelo entre a ação de Santo António e as atitudes dos homens seus
contemporâneos, enaltecendo as virtudes do primeiro (“Oh Alma de António, que só vós tivestes asas, e
voastes sem perigo, porque soubestes voar para baixo, e não para cima”) e criticando os vícios e defeitos
dos segundos. A bondade e a humildade de Santo António contrastavam com a ambição e a desumanidade
que os colonos do Maranhão exerciam sobre os índios.
Concluindo, este recurso expressivo destaca, pela positiva, a bondade do santo, que contrasta com a
maldade dos homens.

4. A frase apresentada tem um sentido metafórico.


Efetivamente, esta metáfora destaca o facto de os Voadores quererem mais do que aquilo que são e,
por isso, a sua presunção levou-os à morte quando estavam livres do fogo. Ao contrário da borboleta, não
têm capacidade de se metamorfosear e, por isso, não se renovam.
Em conclusão, esta analogia pretende criticar a pretensão dos voadores.

B
5. A alegoria associa-se ao “Sermão de Santo António (aos Peixes)”, pois Vieira toma os peixes como
metáfora dos vícios dos homens.
Efetivamente, a repreensão aos peixes deve ser entendida como uma crítica direta aos homens, que são,
durante o discurso, equiparados àqueles por causa da sua atitude (“Eis aqui Voadores do mar, o que sucede
aos da terra, para que cada um se contente com o seu elemento.”).
Quando fala aos peixes, na verdade, é aos homens que se dirige, e assim, com a repreensão daqueles, o
pregador destaca defeitos que abundam nos seres humanos, tais como a ambição desmedida, que os
conduz à perdição.
Concluindo, o sermão é uma sátira social, que se serve da alegoria para criticar os defeitos dos homens.
(123 palavras)

OU
B
5. Estas estrofes constituem uma das reflexões do Poeta, presentes no final dos Cantos. de Os
Lusíadas.
Teste 11.º ano
novembro 2020

Nestas estâncias, o Poeta critica o poder corruptor do dinheiro, como é visível nos exemplos que
seleciona: “Este rende munidas fortalezas; / Faz trédoros e falsos os amigos; / Este a mais nobres faz fazer
vilezas, / E entrega Capitães aos inimigos; / Este corrompe virginais purezas”.
Concluindo, o Poeta, numa perspetiva didática, denuncia a degradação moral da sociedade do seu
tempo ao realçar a valorização do dinheiro enquanto fonte de corrupção.

6. Esta reflexão do Poeta é muito abrangente, na medida em que é realçado o caráter omnipresente do
dinheiro na sociedade em geral e nos vários grupos sociais em particular.
Assim, a crítica do sujeito ao poder corruptor do dinheiro alarga-se pelos exemplos que seleciona.
Efetivamente, demonstra que desde os pobres aos ricos ninguém escapa à sua sedução e até os religiosos
não são imunes ao seu fascínio: “Até os que só a Deus omnipotente / Se dedicam, mil vezes ouvireis / Que
corrompe este encantador, e ilude”.
Em suma, o Poeta enumera detalhadamente todos os grupos sujeitos a serem corrompidos pelo “vil
metal”: amigos, inimigos, nobres, chefes militares, homens de ciência, homens das leis, reis e religiosos.

Grupo II
LEITURA / GRAMÁTICA

Item
1. C
2. A
3. D
4. A
5. B
6. A
7. D
8. Modificador de nome apositivo.
9. Sujeito.
10. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

Grupo III

ESCRITA
 Estruturação temática e discursiva (ETD)
 Correção linguística (CL)

Tópicos:
 Descrição
 máscara e chapéu:
 ambiente noturno/escuro;
 silhueta das pessoas: um polícia e um ladrão (anonimato);
 (…)
 Juízos de valor
 a máscara encobre a identidade dos corruptos;
 a corrupção como fenómeno social, político e económico presente na sociedade;
• a ambição desmedida dos homens poderá ser um dos fatores conducentes a atos de corrupção,
• a corrupção presente em diversas áreas da sociedade, desde a banca, às grandes empresas, à política e à
justiça;
•impunidade;
• (…)

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