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Síntese das reflexões dos poetas

Na epopeia “Os lusíadas” encontramos vários planos tais como o plano da história de
Portugal, o plano do maravilhoso e no que vamos centrar esta síntese o Plano do Poeta, mais
especificamente as reflexões do mesmo.

Estas reflexões servem basicamente para o poeta refletir acerca do Povo Português e da sua
cultura, afeição a bens materiais, a sua coragem, esforço e valentia ao longo da história de Portugal.
O poeta ao longo das suas reflexões revela também a sua perspetiva em relação a fases do império
português e ao patrimônio dominante no país.

O poeta critica a sociedade do seu tempo de várias formas, como os limites da condição
humana, canto I, da estância 105-106, os perigos que enfrenta o povo português (o herói), tão
pequeno perante as forças na natureza (o vento, o mar, as tempestades etc.), do poder da guerra e
das traições dos inimigos. Camões questiona-se a si próprio como é que um “bicho tão pequeno”
conseguiria alcançar grandes feitos sem atentar contra a ira divina.

No Canto V, da estância 98-100, o poeta critica a falta de cultura dos portugueses, e


repreende os que desprezam a poesia, comparando o “agora” e a antiguidade, dos grandes poetas e
das histórias por eles contadas, realçava também ainda, que “os grandes” da antiguidade protegiam
os poetas ou então eles próprios alastravam a cultura pelo império.

Já no canto VI, o poeta reflete sobre a fama e a glória, se o homem será capaz de triunfar se
desprezar as “honras e o dinheiro” que normalmente vem com a fama, e vencer a ganância. Ele
soma aos obstáculos para alcançar a fama e a glória (“imortalidade”), “viver na sombra dos seus
antepassados” (v5-6, est95), “os luxos e requintes supérfluos” (v7-8, est95), “os manjares, os
passeios, os apetites” (est96). Mas refere o que poderia fazer para alcançar a fama e glória e assim
ser imortalizado, tais como “a busca esforçada” (v1-2, est97), a disponibilidade para a guerra” (v3
est97), “as navegações árduas por regiões inóspitas, a custa de sofrimento” (v3-8 est97) e “a vitória
sobre limitações pessoais” (v1-4 est98). Ele adverte que apenas a honra e a glória alcançadas por
mérito próprio poderão ser valorizadas.

Continuando no canto VII as suas reflexões o poeta queixa-se da ingratidão de que é vítima.
Ele que sonhava em ser coroado com a coroa de louros dos poetas, vê-se votado ao esquecimento e
á pior sorte, não lhe reconhecendo (aqueles que têm o poder para o fazer), o seu valor á pátria. Mais
do que a injustiça sentida, o poeta lamenta sobretudo a indiferença e insensibilidade das pessoas ao
valor que lhe é dado nos Lusíadas.

No canto VIII, faz uma crítica ao exercício do poder, o acesso desonesto ao poder é referido,
realçando a ambição o interesse pessoal e a simulação, e ainda relata o mau exercer do poder pois
roubava o povo e o pagamento do trabalho era injusto.

No canto VII, ainda critica também o valor dos bens materiais, os vícios provocados pela
ambição do ouro, que eram a traição, a corrupção, a censura e a tirania.

Espero que goste professora 😊 Sónia Lamas 10ºA

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