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contextualização histórico-literária

- séc. XVI - avanços científicos e tecnológicos


- descobrimentos marítimos - surgiu ao Homem um novo mundo
- época de transição para o renascimento

natureza / características gerais

- narrativa em verso
- epopeia - género literário da antiguidade clássica que exalta os feitos de um povo e
imortaliza os seus heróis; combina o real com o maravilhoso
- narração in media res - começa a meio da história
- protagonistas - herói individual (vasco da gama), herói coletivo (povo português)

estrutura externa

- 10 cantos (em média 110 estâncias cada)


- esquema rimático - abababcc
- estrutura estrófico - oitavas
- estrutura métrica - decassilábico

estrutura interna

- proposição - o que se propõe cantar


- invocação - procura de inspiração (tágides, ninfas do tejo)
- dedicatória - dedicação da epopeia a d. sebastião
- narração - história que o poeta conta

- plano da viagem - narração da história de vasco da gama à índia


- plano da mitologia/do maravilhoso - intervenção dos deuses na história
- plano da história de portugal - histórias e acontecimentos verídicos
- plano do poeta - considerações pessoais (narrado na 1ª pessoa)

imaginário épico

- matéria épica - viagem de vasco da gama, feitos históricos dos portugueses


- sublimidade do canto - narração dos feitos grandiosos dos portugueses num tom
grandíloco
- mitificação do herói - exaltação das características heroicas e divinização dos
portugueses, recompensa dada aos portugueses (ilha dos amores)

Reflexões do poeta

surgem no fim dos cantos e na sequência de um acontecimento que os motivou


avaliações do estado de portugal

reflexão do canto I - a fragilidade da vida humana


- ponto de partida: ciladas organizadas por Baco que a armada portuguesa sofrera
- reflexão sobre os limites da condição humana - efemeridade e insegurança da vida
humana, perante as ameaças que tem de enfrentar (tempestades no mar, a guerra e
o engano)
- dado os limites da condição humana, o Homem tem de reconhecer a sua
vulnerabilidade e necessita de proteção - “um bicho da terra tão pequeno”

reflexão do canto V - as artes e as letras


- ponto de partida: fim da narrativa de vasco da gama ao rei de melinde
- crítica ao desprezo das artes e das letras
- reflexão sobre a importância da cultura e literatura para glorificar e imortalizar os
feitos do povo português

reflexão do canto VII - queixa sobre os infortúnios de camões


- ponto de partida: chegada ao porto de calecute, contacto entre portugueses e
nativos, nova invocação às ninfas do tejo e do mondego
- reflexão autobiográfica: falta de reconhecimento, desânimo
- crítica à ambição desmedida

reflexão do canto VIII - o poder corruptor do dinheiro


- ponto de partida: vasco da gama é preso em calecute e impedido de ir à sua nau;
apenas é libertado a troco de um resgate
- poder corruptor e efeito negativo da dinheiro/ouro

reflexão do canto IX - imortalidade e caminho para a fama


- ponto de partida: marinheiros portugueses na ilha dos amores
- o verdadeiro caminho para a fama/imortalidade implica o domínio do ócio, refreio da
cobiça e ambição, leis equitativas e luta contra os infiéis

reflexão do canto X - lamentações e profecia de futuras glórias nacionais


- ponto de partida: chegada da armada de vasco da gama a portugal
- lamentações do poeta pela falta de reconhecimento da pátria - o seu canto não é
apreciado
- exorta o rei d. sebastião que continue a grandiosidade de portugal
- mostra disponibilidade em escrever as futuras glórias

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