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FICHAMENTO 1
18-19- Paulo Freire afirma que para pensar certo, é preciso formarmos um caráter de
20 professor, de matriz, baseado no exercício educativo, que só é possível
utilizando da ética e da criticidade, pois não podemos sermos seres
formadores, longe da ética, muito menos, não podemos ser ingênuos A
importância do pensamento crítico-coerente é a chave da docência, e não basta
apenas pregarmos o que ensinamos, é necessário a prática de forma ativa dos
valores éticos e morais, para se trabalhar um pensamento rigoroso e acima de
tudo, da própria vivência. Para termos essa rigorosidade, acima de tudo
precisamos confrontar e rejeitar qualquer forma de discriminação e
preconceito, dessa forma alcançando um melhor resultado do desenvolvimento
dos conhecimentos do educando, como podemos ver na fala do autor: ´´A
tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo como ser humano a
irrecusável prática de inteligir, desafiar o educando com quem se comunica e a
quem comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado``.
(p.18-19-20)
21-22- Um dos conhecimentos mais importantes que está atrelado à criticidade, para
23-24 Freire, é o conhecimento do reconhecimento, dos gestos, que devem ser
analisados pelos professores, de forma epistemológica, para se obter um
melhor resultado, na relação de aprendizagem com os educandos, de forma a
analisar na prática, os níveis de confiança e insegurança que varia de aluno
para aluno, e reconhecer, assim, a maior dificuldade de uns, em relação aos
outros, de forma a agir, para que a relação do saber se torne, de fato, uma
possibilidade para todos, pois essa representação de respeito, com o ser
humano que você está ensinando, faz toda a diferença, podemos notar isso na
fala do autor: ´´Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na
vida de um aluno um simples gesto do professor. O que pode um gesto
aparentemente insignificante valer como força formadora ou como
contribuição à do educando por si mesmo``. (p.21-22-23-24)
FICHAMENTO 2
37-38- No sétimo tópico, Paulo Freire, retoma suas experiências, afirmando seu ponto
39 de que a educação deve ser feita em um ambiente de harmonia, alegria e
esperança, para que se tenha um clima pedagógico agradável, e
principalmente, porque, por ser um professor, pesquisador, e também ser
humano, temos total direito de ficarmos mal, diante de toda injustiça e
discriminações, a qual trabalhamos a criticidade, mas também, de todo modo,
por ser professor, não podemos perder as esperanças, e servir, dessa forma de
exemplo, para os educandos, pois, além disso, ser desesperançoso, não faz
parte da natureza dos próprios seres humanos. É possível analisar essa situação
na fala do autor: ´´Por tudo isso me parece uma enorme contradição que uma
pessoa progressista, que não teme a novidade, que se sente mal com as
injustiças, que se ofende com as discriminações, que se bate pela decência,
que luta contra a impunidade, que recusa o fatalismo cínico e imobilizante,
não seja criticamente esperançosa``. (p.37-38-39)
40-41- ´´É a partir deste saber fundamental: mudar é difícil mas é possível, que vamos
42-43 programar nossa ação político-pedagógica, não importa se o projeto com o
qual nos comprometemos é de alfabetização de adultos ou de crianças, se de
ação sanitária, se de evangelização, se de formação de mão-de-obra técnica``.
Neste ponto, o autor, nos revela, o caráter transformador que a tarefa
pedagógica pode ter na vida dos alunos, dos seres humanos de modo geral, e
como essa mudança pode mudar o ponto de vista do educando que está sendo
recebido por gestos de compreensão, obtendo uma nova perspectiva de
esperança e de conhecimento, através do ensino, da capacidade e da
rigorosidade, com qual o educador se habilita a transpassar para o mundo
pedagógico. (p. 40-41-42-43)
44-45- Paulo Freire encerra seu capítulo, recapitulando a importância da curiosidade,
46 pois a prática docente, não existe sem a busca pela novidade, por aprender
algo a mais, até mesmo por criar novas dúvidas, só assim é possível existir um
desenvolvimento das práticas de aprendizagem, e apenas o professor, de fato
capaz, consegue estimular o aluno a praticar o mesmo estímulo da curiosidade
e da pesquisa, obtendo portanto, um senso crítico mais apurado, baseado na
epistemologia científica, no senso de busca por um conhecimento autônomo,
como notamos na análise do próprio autor: ´´A construção ou a produção do
conhecimento do objeto implica o exercício da curiosidade, sua capacidade
crítica de “tomar distância” do objeto, de observá-lo, de delimitá-lo, de
cindi-lo, de "cercar” o objeto ou fazer sua aproximação metódica, sua
capacidade de comparar, de perguntar``. (44-45-46)