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O CAVALO NA REABILITAÇÃO
ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO
2
Além disso, diversos matérias podem ser utilizados para complementar a terapia
por meio do lúdico, como bolas, chapéus, figuras com velcro, argolas, livros, músicas e
os mais diversos brinquedos que possam ser utilizados na intervenção a fim de
proporcionar mais estímulos motores e/ou cognitivos dependendo do enfoque dado a
terapêutica e as necessidades do praticante.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
CONCLUSÃO
Mediante ao que foi abordado verificamos que a equoterapia é uma ferramenta
eficaz na prática terapêutica em distúrbios neurológicos, sendo inúmeros os benefícios
físicos como a melhora da simetria muscular dos membros inferiores, nas habilidades
3
motoras, no equilíbrio, na força muscular, na movimentação geral, na coordenação entre
região torácia e lombar do tronco, como também a harmonia entre tronco inferior do
praticante e a movimentação no dorso do cavalo quando este está se movimentando ao
passo (GRANADOS; AGIS, 2011). Além disso, é evidente a influência da equoterapia
em aspectos sociais, emocionais e afetivos. Desse modo, fica explicíto a adequabilidade
da equoterapia para pessoas com necessidades especias em decorrência de alterações
neurológicas.
REFERÊNCIAS
GRANADOS, A. C.; AGI´S, I. F. Why children with special needs feel better with
hippotherapy sessions: a conceptual rewiew. The Journal of Alternative and
Complementary Medicine, v. 17, n. 3, p. 191-197, 2011.
HA, Y.; KWON, J.; CHANG, H. J.; LEE, J. Y.; LEE, P. K. W.; KIM, Y. H. Effects of
hippotherapy on pelvic and hip kinematics in children with bilateral spastic cerebral
palsy. Developmental Medicine & Child Neurology (AusACPDM Abstracts), p. 55-
56, 2010.
KWON, J.; CHANG, H. J.; LEE. J. Y.; HA, Y.; LEE, P. K.; KIM, Y. Effects of
hippotherapy on gait parameters in children with bilateral spastic cerebral palsy.
Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, v. 92, n. 5, p. 774-779, 2011.
4
activity and functional ability in children with spastic cerebral palsy. Archives of
Physical Medicine and Rehabilitation, v. 90, n. 6, p. 966-974. 2009.
NERINO, R.; BERTOLO, F.; GUIOT, C.; BERGERO, D.; CONTIN, L.; GARBIN, P.
WBSN for the assessment of the hippotherapy: a case study. International Conference
on Body Sensor Networks, p. 101-106, 2011.
5
Centro Universitário de Brasília
Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento - ICPD
Brasília
2007
RODRIGO MACIEL RAMOS
Brasília
2007
RESUMO
Once established that link, the horse can be used as a transitional object.
The horse has several features, as texture, warmness and vitality, in comprised in
the Winnicott theories, that indicates that the horse may be considered as a
transitional object. The relationship between the human being and horse occurs in
the imagination area too; the horse may be seeing with a magical power, in the
border area between the internal and external world. As the Therapeutic Riding is a
ludical therapy in essence, the playing activities that make possible this relationship
can be a very significant way of reaching and organizing the internal world, because
playing is doing, and when we do something, it becomes real, not being anymore
only an idea, amplifying the real Self. One practiser of Therapeutic Riding that can be
independent in riding a horse, controlling an 400, 500 kilos animal, passing for the
four modalities of horse therapy as hypotherapy, education/reeducation, pre-sportive
and adapted horsemanship, also uses the horse as a perfect transitional object,
passing trough a imaginary control for an effective control of the animal. One child, or
one adult who plays is more healthy, and the horse therapy is a effective way of
reaching a ludical way of life. This discussion is based on the work as psychologist of
Centro Básico de Equoterapia General Carracho, of ANDE-BRASIL, embased with
the theories of Donald Woods Winnicott, englishman, recognized author of diversal
books about human development.
INTRODUÇÃO...................................................................................................6
CONCLUSÃO...................................................................................................41
REFERÊNCIAS................................................................................................44
INTRODUÇÃO
uma práxis que vem sendo realizada durante minhas atividades profissionais, com
levantadas. Neste sentido, esse trabalho pretende ser apenas uma base teórica de
um assunto que nunca será passível de esgotar-se, mas que me daria muito prazer
em aprofundar.
de equoterapia.
portanto terapêutico.
7
No capitulo dois, disserta-se como uma atitude contratransferencial
No capitulo três, coloca-se que uma vez tendo sido realizada essa
8
CAPÍTULO 1 - UMA BREVE APRESENTAÇÃO DA EQUOTERAPIA
da medicina e, que além disso tem uma denotação pejorativa de que é aquele que
tem paciência.
apenas usaremos o termo praticante, ao invés de paciente, por ser esse um trabalho
9
de pesquisas realizadas se comprovou que ela favorece a alfabetização, a
educativas especiais.
• Hipoterapia
• Educação/Reeducação
• Pré-esportivo
a) hipoterapia
com comprometimento físico ou mental maior, ou até mesmo alguém que não saiba
cavalo, mas usá-lo como instrumento cinesioterapêutico para melhoria das suas
condições físicas e/ou como objeto transicional para seu desenvolvimento pessoal,
10
Necessita de um auxiliar-guia, para conduzir o cavalo. Na maioria dos
b) educação/reeducação
c) pré-esportivo
embora não pratique equitação, mas já está com uma boa autonomia na condução
estão presentes.
11
d) d) prática esportiva adaptada
deste programa, sendo favorável que seja conduzido por uma Associação Nacional
• disfunções sensório-motoras.
• distúrbios:
- evolutivos;
- comportamentais;
- de aprendizagem;
12
- emocionais.
Equoterapia no Brasil tem por objetivo evitar que a Equoterapia prolifere de forma
13
A ANDE-BRASIL preconiza que para a filiação de um centro de
um equitador e um psicólogo.
ANDE-BRASIL.
14
No CBEGC da ANDE-BRASIL, o atendimento é realizado gratuitamente,
cobertos ou não, pistas de terra e de asfalto, um lago artificial, uma equovia, além de
Natureza.
15
CAPÍTULO 2 - O USO DA ACEITAÇÃO INCONDICIONAL,
EQUOTERAPIA
terapêutico.
raros os textos em que comenta essa questão, deixando amplo espaço para
havia uma relação de mão dupla entre as duas partes, cada um transferindo ao
16
Foi a partir de Klein, com a teorização da identificação projetiva e suas
funções, que se tornou possível a utilização dos próprios sentimentos para analisar o
ser diferenciados um do outro, pois, fazem parte de uma mesma relação entre
praticante e terapeuta.
Certamente a ótica do praticante, a forma como ele enxerga o mundo tem profundas
cabendo ao terapeuta além de tomar conta de sua própria lente, limpando-a com
desenvolvimento do praticante.
17
freudismo divergem com relação “a seu lugar no tratamento, seu manejo pelo
considera válido o realismo psíquico, ou seja, para a mente não importa se o fato
ajudar a criar um vínculo mais bem estabelecido, faz com que a contratransferência
seja mais positiva. Essa atitude do terapeuta evita que pensamentos pré-concebidos
atuem durante a sessão, permitindo ao paciente confiar mais no terapeuta, pois nota
18
As relações transferenciais são um interjogo de subjetividades (ABREU,
consideração apenas aquilo que é realizado por um psicanalista, mas por todo
saber.
seu terapeuta uma experiência objetal de sua infância, com os seus primeiros
19
objetos (seio, mãe, pai, irmãos). E “Por isso mesmo, a transferência encerra e recria
inconscientes” (MEURER, 1996, p.840), de tal forma que através deste processo ele
mãe, ficando aqui, claro, o cuidado que o terapeuta tem de ter ao fazer o manejo da
transferenciais consiste em abrir a escuta, deixar que o paciente seja ele mesmo,
Para que, isso se torne uma possibilidade, e mais, para que essa
praticante, passa a mensagem de que não importa como o praticante é, qual sua
que possui, pois, ele tem ali um amigo que o aceitará da forma como ele é, ou
20
melhor, dois, o cavalo também não faz distinção entre pessoas com ou sem
também. Criando um vínculo mais forte, é mais fácil o manejo a transferência para o
processo terapêutico, cabe aqui se perguntar, o que o terapeuta pode fazer com o
seu ódio então, já que com certeza ele não pode ser varrido para debaixo do tapete.
pode estar camuflado um sentimento de ódio, não percebido pela consciência. Ter
consciência de que um possível ódio por seus praticantes está latente é a melhor
não implica em que o terapeuta deixará o praticante fazer o que bem entender,
como bater no cavalo, no terapeuta, puxar a crina, etc. O uso do não, não é proibido
consciente de um possível ódio atuante, toma uma atitude corretiva mas, deixa claro
21
que a sua reprimenda está relacionada ao comportamento inadequado e não à
pessoa do praticante.
observar essa relação (LEVISKY, 1995). Isso tem um interesse maior ainda por
colocar a terapia como processo evolutivo tanto para praticante quanto para o
pessoal.
Cabe aqui uma breve apresentação desse brilhante cientista. Mauss, foi
Strauss, tendo sido contemporrâneo deste último (CAILLE, 1998). O fato de seu
trabalho não ter tido a divulgação que merecia na época pode ter se dado pelo
22
zeitgeist do século passado (o século XX foi o século da competitividade, enquanto
observado que, quando um membro de uma tribo dava algo a alguém de outra tribo,
que, se houvesse uma recusa na recepção do presente, estava se dizendo que essa
Para Mauss (1950), ao se dar algo a alguém, isso exige que ele dê outra
coisa de igual valor ou superior em troca, senão será considerado inferior, essa
retribuição tende a ser mais importante ainda se a dádiva for ofertada sem intenção
23
O praticante, então, não tem opção, se quiser ter acesso ao cavalo, tem
de ser amigo do terapeuta, pois os dois estão interligados. Para ser amigo do
deixar ser montado, utilizado, não julga quem o está montando por sua aparência
física, mas mais pelas suas habilidades de equitador. É sabido que um cavalo pode
jogar um cavaleiro inapto ao chão se sentir que esse não o domina, mas que é
educação eqüestre, são utilizados animais mansos, que aceitam bem a montaria.
provavelmente está trazendo de seu círculo familiar, já que a criança desde que
nasce é sujeitada a uma série de manipulações que nada tem a ver com o amor
incondicional.
“bem”, ganha-se em troca alguma outra coisa de seu interesse. Ao entrar na escola,
aprende a trocar “bom” comportamento por notas e mais tarde vai trocar força de
ciclo, trazendo à tona outro ciclo, muito mais saudável, onde “eu oferto algo à você
24
(minha confiança), e espontaneamente você, me oferta algo em troca (sua
continuar gostando de você mesmo que não me dê nada em troca”. E isso é algo
seguir com maior fluidez. Isso condiz com que Carl Rogers (1977, p. 63) propunha
para que benefícios psíquicos, cognitivos e físicos que se alcançam ali se estendam
25
Mas mais do que isso, o manejo deve continuar durante o resto do
26
CAPÍTULO 3 - O CAVALO COMO OBJETO TRANSICIONAL E
DO BRINCAR
atuando com alegria, traz para a terapia um caráter lúdico excepcional, pois a
diversos.
ajustes tônicos, equilibrando-se a cada passo que o cavalo executa. Cada passo do
trabalho padrão de Equoterapia, que dura cerca de trinta minutos, o cavaleiro terá
divertido andar à cavalo. Deve-se dizer que dentro do campo da reabilitação física é
27
Imagine isso, na reabilitação de uma pessoa com algum tipo de paralisia
viável, mais seguro e num ambiente controlado, mas não se obteve sucesso com tal
Livro das Dietas (apud ANDE-BRASIL, 2002), para regenerar a saúde e preservar o
uma máquina não foi e nem será superado por ela como instrumento terapêutico,
transicional.
objeto transicional.
relação do bebê com um objeto, geralmente o seio, não sendo nem um objeto
interno, nem um objeto externo, mas a ilusão que o bebê cria da sua relação com
ele, se assim for permitido por uma mãe suficientemente boa, que possibilita ao
28
Se, no início essa fantasia surge do seio, os objetos transicionais
posteriores serão uma referência a ele, sugerindo-se um objeto pelo qual a criança
tem particular afeição, como um urso de pelúcia, uma fralda, o dedo, e que age
zona erógena oral, através do seio, e posteriormente dos dedos, punhos, chupeta,
entre outros, e como depois a zona erógena passa a ser mais catexizada em outras
áreas do corpo, dando origem à fase anal e à fase fálica, e também, é sabido que a
maioria dos bebês acaba por desenvolver uma espécie de relação especial com
algum objeto, seja um boneco, um bichinho de pelúcia, uma fralda, etc. Para
Winnicott (1988), haveria uma relação direta entre esses dois conjuntos de
fenômenos, fator que não havia sido estudado por outros pesquisadores
psicanalíticos.
chamou de objeto transicional, como algo que não é o seio da mãe, mas que remete
tranqüilidade, acalmando-lhe como citado acima,e agindo como uma defesa contra a
ansiedade.
objetos que permanecem num estado fronteiriço, do não-eu, mas que também não é
reconhecido como um objeto interno. Winnicott (1975) sugere que os padrões dos
29
fenômenos transicionais surgem por volta dos quatro e seis aos oito e doze meses
de idade.
vida, e uma psicoterapia, para atingir seus objetivos acaba acessando em algum
no desenvolvimento do praticante.
Ser, trará como resultado alguém que pode desenvolver atividades como “arte,
p.407), possibilitando uma ponte entre o que é subjetivo, e o que pode ser percebido
objetivamente.
seio da mãe, mas representar o seio, inaugura a capacidade do bebê de lidar com o
simbolismo, já que o bebê sabe que o cobertor não é o seio da mãe, sendo capaz de
através de uma mãe que permita a seu filho que crie um objeto transicional,
30
desenvolvimento saudável, se essa mãe também permitir-se ir se adaptando cada
trabalhado pelo terapeuta, por ter algumas características que remetem aos
a exemplo dos bichinhos de pelúcia. Ele é macio e quentinho, como um seio, uma
(1975).
acalmando o praticante a exemplo do que sua mãe fazia quando era apenas um
bebê, ou em alguns casos ainda faz, porque indica-se a equoterapia para pessoas a
31
O terapeuta pode facilitar o encantamento do praticante pelo cavalo,
permitindo a ele criar uma relação com o cavalo da maneira que quiser, de forma
praticante.
relevante papel, até pela dificuldade de se encontrar em tais casos uma mãe que
Explica-se, supõe-se que toda mãe espere que seu filho nasça belo,
descartáveis, em produtos para bebês ou que aparecem na TV, em revistas, etc. Até
hoje, não se conhece o relato de uma mãe que esperava que seu filho fosse
Observo na prática clínica, que em tal situação duas coisas são mais
especiais que geralmente nasce com a saúde debilitada, o que leva a uma mãe
criança como ela é, fruto da incapacidade de gerar um filho saudável, sendo isso
um ataque violento ao ego, o que poderia causar uma mãe não suficientemente boa.
32
Nesses casos, o cavalo pode então, estar proporcionando a criação de
objeto especial, que lhe trazia um conforto, uma proteção, era um amigo, mas que
um ser encantado, com poderes e atitudes projetadas nele, o cavalo pode vir a falar,
praticante. A literatura infantil tem diversos exemplos de como pode atuar um objeto
Calvin.
33
Isso é o objetivo de um objeto transicional, permitir ao praticante,
estima, pois se o praticante tem em conta própria que é um grande cavaleiro, mas o
cavalo não executa seus comandos, sua auto-estima que era exarcebada tende a
diminuir. Por outro lado, se um praticante possui uma auto-estima baixa, ao dar-se
conta de que consegue fazer com que um cavalo, um ser enorme, pesando algo
entre 400 a 600 quilos, forte, musculoso, execute alguns comandos seus, sua auto-
(WINNICOTT, 1975).
domínio sobre o cavalo, até o efetivo controle deste, pode-se dizer que ele
34
Para isso também foi necessário que se desenvolvesse no praticante o
seu verdadeiro Self, pois o animal só atende aos comandos que lhe são dados com
clareza de intenção.
Se esse caminho foi trilhado pode-se dizer que a terapia teve sucesso,
ser encantado, que age sob domínio mágico do praticante, passando pela desilusão,
até a descatexização do objeto, o cavalo passando a ser cada vez mais apenas um
caminho fizeram o mesmo papel que uma mãe suficientemente boa faz com seu
bebê, para Winnicott (1975), “a principal tarefa da mãe (após propiciar oportunidade
o brincar.
35
A psicoterapia se efetua na sobreposição de duas áreas do brincar, a do
paciente (praticante) e do terapeuta. A psicoterapia trata de duas pessoas
que brincam juntas. Em conseqüência, onde o brincar não é possível, o
trabalho efetuado pelo terapeuta é dirigido então no sentido de trazer o
paciente (praticante) de um estado em que não é capaz de brincar para um
estado em que o é.
intermediária entre o interno e o externo, permite-se que ele se expresse, que ele
faça, crie, interaja. Pode existir alguém que nunca foi estimulado a brincar, mas não
habilidade de brincar, é mais saudável, sabe lidar melhor com situações de conflito,
é mais bem humorado, em suma, está orientado pelo seu verdadeiro Self.
transicional, é uma ótima ferramenta para se estimular a arte do brincar. Ainda mais
36
Nada impede que o guia, participe da brincadeira também, aliás é até
terapeuta ou os terapeutas.
não importa se num dia foi um e depois foi outro. Para ele um cavalo é um cavalo.
o que algumas vezes gera dificuldades para a equipe, pois, um cavalo pode
são indiferentes, para ele o que importa é o cavalo. Mas a equoterapia costuma ser
teoria do brincar onde descreve que, o objeto transicional surge da atitude da mãe
de orientar seu bebê a descobrir um objeto, para o qual ele já está pronto para
encontrar.
será por várias vezes repudiado, e encontrado novamente, numa ação oscilatória
mágico confrontada com o controle que tem do real começa se formar a sua
37
personalidade, tendo sempre por pano de fundo, o relacionamento, o amor e a
uma capacidade própria de aceitar ou não idéias que não são suas e está preparado
O terapeuta lhe apresenta o cavalo, que só será montado se aceito pelo praticante,
a aproximação é sucessiva e pode durar o tempo que for necessário para que o
sua confiança lhe apresentam seu novo amigo, o praticante. Os dois estabelecerão
38
Passadas as dificuldades iniciais, a dificuldade da criação do vínculo, o
falar em casos, onde existem problemas da fala, ou seja, se solta mais, se dispondo
mais ao brincar.
cavalo.
medos, receios, seus perigos internos projetados no mundo externo, podendo com
uma escuta atenta por parte terapeuta, que facilita o processo, vir a obter triunfo
da ludicidade, então algo de positivo está acontecendo além dos resultados físicos
esperados pois, o brincar é por si mesmo uma terapia (WINNICOTT, 1975, p. 74).
39
resultados específicos de sua área, não realize ali uma terapia verdadeiramente,
pois não está enxergando o praticante como um todo, um ser biopsicosocial, mas se
que um terapeuta é aquele que cuida do Ser em sua integridade, o que o diferencia
do trabalho do técnico.
integral, aliás esse é o sentido de se ter uma equipe multidisciplinar, que trabalhe de
consequentemente demonstrar que se importa com ele. Busca-se aqui uma atitude
mais humana durante uma terapia, se é que uma sessão sem uma atitude humana
40
dinâmico, articulações, etc. Já existem diversos estudos relatando como a
cavalo for visto como um objeto transicional e o encontro equoterápico ocorrer sob
equoterápico.
uma ótica que só enxergue sua deficiência, síndrome, doença ou transtorno, o ser
humano está mais além, não necessita só adquirir uma melhor postura, executar
praticante desenvolver também seu lado afetivo, sua criatividade, sua alegria, seu
41
CONCLUSÃO
com um público de portadores de necessidades especiais, que por muitas vezes tem
vezes pela própria família, é e sabem muito bem as pessoas que trabalham com
seu potencial se na maioria das vezes sua produção fica aquém do que é
de uma melhora, por mais comprometido que seja, esse sentimento, dito
42
só se confia em quem lhe deposita confiança, cabendo ao terapeuta ofertar primeiro
sua confiança.
biopsicossociais e até mesmo afetiva, podendo trazer um novo animo para a vida de
alguém.
sisudo, com uma postura de quem tem poucos amigos, ou pouco aberto ao outro
43
incondicional, confiança, alegria, dando a oportunidade ao praticante de aceitar o
Uma vez criada essa situação, essa atitude do terapeuta ainda é válida
pois ele vai auxiliar o praticante a experimentar e tirar o melhor proveito de seu
cinesioterapêutico.
desafia o cavaleiro a ser seu líder, o que só é possível através de atitudes firmes e
imaginação.
será o espaço de ponte entre o que seu mundo interior, subjetivo, imaginário, e o
44
REFERÊNCIAS
CREMA, Roberto. Saúde e Plenitude: um caminho para o ser. São Paulo. Editora
Summus, 1995.
ROGERS, Carl; ROSENBERG, Rachel. A pessoa como centro. São Paulo. Ed.
Universidade de São Paulo, 1977.
45
ROUDINESCO, Elisabeth; PLON, Michel. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 1998.
46
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM
PRATICANTES AUTISTAS
EFEITOS DA EQUOTERAPIA EM
PRATICANTES AUTISTAS
Tese apresentada ao curso de Pós-
graduação em Patologia, na área de
concentração “Patologia Geral”, da
Universidade Federal do Triângulo
Mineiro, como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre
Orientador: Prof.Vicente
Prof.Vicente de Paula Antunes
Antunes Teixeira
e ao Professor Vicente.
5
A Deus
Em especial:
Geral.
Geral.
Apoio Financeiro
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA.......................................................................................................................IV
AGRADECIMENTO ................................................................................................................V
LISTA DE TABELA.................................................................................................................. XV
RESUMO.................................................................................................................................... XVIII
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 24
2 OBJETIVOS .............................................................................................. 32
4 RESULTADOS .......................................................................................... 40
5 DISCUSSÃO ............................................................................................. 51
6 CONCLUSÃO............................................................................................ 56
8 ANEXOS ................................................................................................... 66
14
Comunicação
Mentais III-R e IV
I: Iniciado
P: Progressão
S: Superação
E: Evolução
PR: Permaneceram
15
LISTA DE TABELA
LISTA DE FIGURAS
Resumo
19
RESUMO
sessão de Equoterapia.
ganho da auto-estima.
Abstract
22
ABSTRACT
development, there are dysfunctions in level of the physical, social and linguistic
people. The use of the horse for treatment, besides its cinesioterapic function,
After approved for the Ethics commit of UFTM, we analyzed 9 autistic children
and language; 10) numeric areas and basic numeric concepts; 11) emotional
Used test: Treatment and Education of Autistic Children and with Deficiency of
number 1 was also used when the child presented D (Development) and 2 for
stayed with the same ability degree it was significantly superior. As the
point out that that evolution is variable in accord with the phase of each child's
the self-esteem.
1 Introdução
25
O Autismo clássico, com início antes dos três anos de idade, pode ser
2004).
identificação cada vez mais cedo, a partir dos 18 meses de idade. (BARON-
(FREIRE, 1999).
uso e de descrição de seus benefícios, hoje ainda existem poucos estudos que
para o corpo e mente humanos. O termo passou então a ser usado para
2004).
tempo de atenção;
imitação;
técnicas de equitação;
2005).
DIAS, 2002).
2000).
1.1 Hipótese
a) Neuropsicomotora;
c) Comunicação.
31
2 Objetivos
32
efeitos relacionados:
1) Ao desenvolvimento perceptivo;
2) A percepção auditiva;
3) A percepção tátil;
4) A percepção espacial;
5) A percepção temporal;
8) A coordenação Manual;
3 Material e Métodos
34
1101.
esclarecimento - ANEXO I
estudo proposto.
entre 8 a 17 anos.
35
avaliada não é uma área validada pelo teste. Sendo esta acrescida pelos
alcançada - SI
com rampa de acesso, objetos lúdicos, áreas com pisos variados (cimentado,
areia, terra batida, grama, pedra brita). Foram utilizados dois cavalos treinados
guias.
realização da pesquisa.
37
Smirnov.
Resultados
40
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 1 8 4 0 0
I 0 0 10 0 0
P 0 0 9 4 0
S 0 0 0 0 0
SI 0 0 0 0 0
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 11 17 22 22 21
I 0 0 1 0 18
P 0 0 0 0 4
S 0 0 0 0 2
SI 0 0 0 0 8
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 30 32 5 0 0
I 0 6 5 0 0
P 0 0 7 0 0
S 0 0 0 0 0
SI 0 0 0 0 5
Perguntas
120 108
Permaneceu
Evoluiu
100
80
60 49
41
40 28
18
8
20
0
Percepção Auditiva Desenv. na Equot Emocional
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 118 4 0 0 0
I 0 5 3 0 0
P 0 0 4 1 0
S 0 0 0 0 0
SI 0 0 0 0 0
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 38 8 0 0 0
I 0 11 7 0 0
P 0 0 3 2 0
S 0 0 0 3 0
SI 0 0 0 0 0
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 66 27 4 0 0
I 0 15 10 0 0
P 0 0 4 0 0
S 0 0 0 0 0
SI 0 0 0 0 0
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 19 9 1 0 0
I 0 16 7 0 0
P 0 0 7 3 0
S 0 0 0 0 1
SI 0 0 0 0 0
Perguntas Permaneceu 18
18 Evoluiu 16
16
14
12
10
10
7
8
5 5 5
6 4
4
2
0
Percepção Temporal Desenvolvim. Perceptivo Percepção Espacial Percepção Tátil
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 54 6 0 0 0
I 0 5 3 0 0
P 0 0 8 3 0
S 0 0 0 0 0
SI 0 0 0 0 2
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 83 34 4 0 0
I 0 12 10 3 0
P 0 0 6 2 0
S 0 0 0 0 0
SI 0 0 0 0 26
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 20 4 1 0 0
I 0 4 0 0 0
P 0 0 4 6 0
S 0 0 0 0 0
SI 0 0 0 0 78
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 71 27 2 1 0
I 0 13 4 0 0
P 0 0 9 5 0
S 0 0 0 0 1
SI 0 0 0 0 47
2º Avaliação
1º Avaliação NI I P S SI
NI 99 9 1 0 0
I 0 6 1 0 0
P 0 0 1 0 0
S 0 0 0 0 0
SI 0 0 0 0 0
140
49
Perguntas
140 Permaneceu
127 Evoluiu
120 106 106
100
80 69
53
60
40
40
20 12 11 11
0
Desenv. Verbal Coord. manual Desenv. motric Hábit. independ Áreas numéricas
0,05).
50
5 Discussão
51
com autismo que participaram desde trabalho tiveram em alguma das áreas
pode contribuir para uma marcha mais independente, pois sobre o cavalo tem-
novos ajustes posturais para que ele continue a se manter posicionado sobre o
nosso estudo.
E JOHNSON, 2005).
estável.
acadêmicas que atinjam esse público, pois no Brasil, com o advento da filosofia
(GOMES, 2007).
54
6 Conclusão
55
36 sessões.
evolução.
Espacial e Tátil. Porém, vale ressaltar que essa evolução é variável de acordo
7 Referências Bibliográficas
58
100, 2003.
99 – 100, 1982.
Campinas, 1996.
1998.
60
248, 1999.
v, 1. p, 1 – 363, 2005.
61
23. HAAG, G.; TORDJMAN, S.; DUPRAT, A.; URWAND, S.; JARDIN, F.;
354 2004.
62
Deficiência, 1999.
equoterapia, 2004.
2000.
5 – 7, 1999.
p. 6 – 13, 2004.
64
de 2008.
40. SPRADLIN, J.E.; BRADY, N.C. Early chidhood autis and stimulus
8 Anexos
66
TERMO DE ESCLARECIMENTO
Você poderá obter todas as informações que quiser e poderá retirar seu consentimento a
qualquer momento, sem prejuízo no atendimento. Pela participação no estudo, não
haverá recebimentos de valor em dinheiro, mas terá a garantia de que todas as despesas
necessárias para a realização da pesquisa não serão de sua responsabilidade. Não será
mencionado o nome do paciente e os resultados obtidos serão expressos em letras ou
números.
67
Uberaba,............./ ................../................
____________________________________ _______________________
______________________________ _________________________________
Em caso de dúvida em relação a esse documento, você pode entrar em contato com o
AVALIAÇÃO
Aluno (a):
Desenvolvimento Perceptivo NI I P S
1 Segue com vista a trajetória de um objeto (perto – longe)
2 Discrimina intensidade da luz (dia – noite – claro – escuro)
3 Conhece as formas dos objetos e agrupa
4 Discrimina as cores primárias ( branco, preto, vermelho, azul, verde,
amarelo)
5 Discrimina as cores secundárias. Quais?
6 Percebe o que falta em figuras
7 Identifica semelhança entre pares
8 Identifica diferença nos pares
Percepção Auditiva
Discrimina sons produzidos:
1 Pelo próprio corpo
2 Por instrumentos
3 Por animais
4 Localiza de onde vem o som
Percepção Tátil
1 Partes do corpo, Quais?
2 Objetos. Quais?
3 Quente – frio
4 Formas geométricas
5 Discrimina objetos por sua textura (áspero, suaves, rugosos, lisos)
6 Discrimina diferentes sabores (doce, amargo, salgado)
7 Discrimina odores (agradável, desagradável)
Percepção Espacial
Discrimina:
1 Dentro - fora
2 Fechar - abrir
3 Grande - pequeno
4 Alto - baixo
5 Acima - abaixo
6 Cheio - vazio
70
7 Perto - longe
8 Curto - comprido
9 Igual - diferente
10 Largo - estreito
11 Princípio - fim
12 Direita - fim
Percepção Temporal
1 a) Dia - noite
6 f) Mês
7 g) Ano
Percepção Temporal
Discrimina no relógio:
9 As horas em ponto
10 As meias-horas
11 Os quartos de horas
12 Os minutos
13 Os segundos
DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE NI I P S SI
2 Controla a cabeça
3 Mantém-se sentado
4 Engatinha
5 Põe-se de pé
6 Caminha
7 Corre
8 Salta
9 Lança objetos
11 Marcha
12 Andar em um pé só
13 Faz um quatro
HÁBITOS DE INDEPENDÊNCIA NI I P S SI
1 Come sozinho
2 Usando colher
3 Usando garfo
4 Usando faca
5 Controla esfíncteres
6 a) durante o dia (urinário, anal)
7 b) durante a noite (urinário, anal)
8 Calça chinelos
9 Assoa com um lenço
10 Desabotoa
11 Usa o W.C. de forma independente
12 Veste roupas. Quais?
13 Escova os dentes
14 Corta as unhas
15 Usa normas de cortesia com os demais (cumprimenta, despede-se,
desculpa-se, responde a perguntas)
16 Anda sozinho pelas ruas
72
COORDENAÇÃO MANUAL NI I P S SI
A Mantém objetos na mão
B Domina os movimentos das mãos
C Pressão
D Força
Precisão
1 Coordena os movimentos viso-manuais
2 Pressão
3 Força
4 Precisão
5 Coordenação grafo-manual (pré-escrita)
6 Realiza traços livres: com as mãos, com os dedos (horizontal,
vertical, inclinado, curvas, espiral, cruzados, saltos, paralelas, etc.
7 Realiza traços com instrumentos: grosso (pincéis, giz)
8 Finos (lápis, caneta)
9 Precisão
10 Preenche espaços de forma geométrica
11 Preenche espaços fechados por moldes
12 Preenche espaço fechado por linhas
13 Une ponto previamente dispostos
14 Traça linhas
15 Reproduz figuras geométricas
9 De quantas peças
12 Encontra deifrenças
1 Supera os medos
2 Supera as trivialidades
extrínseca
para parar
1 Medo do cavalo
3 Segura no cepilho
Especialidades.
Brasileiro de Equoterapia
76
Hippotherapy Autism
35 artigos 13040 artigos
Hippotherapy Autism
3 artigos 77 artigos
Hippotherapy Autism
1 artigos 11124 artigos
Grubits Freire, H. B.
Programa de Equoterapia da Universidade Católica Dom Bosco
PROEQUO-UCDB
Campo Grande / MS - Brasil
Freirejb@terra.com.br
INTRODUÇÃO:
MÉTODO:
RESULTADOS:
DESENVOLVIMENTO PERCEPTIVO
• quente – frio---------------------------------------------------------------------
--iniciou
DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE
HÁBITOS DE INDEPENDÊNCIA
ESQUEMA CORPORAL
COORDENAÇÃO MANUAL
• Supera os medos------------------------------------------progrediu
• Reage equilibradamente à frustração------------------progrediu
• Comporta-se de forma correta, sem necessidade de motivação
• extrínsica---------------------------------------------------progrediu
• Mostra um estado emocional regular. Quais condutas inadequadas
demonstra com mais freqüência? (impaciência, choro, caprichos)---------
melhorou
• Integra-se bem no grupo-------------------------------------------progrediu
• Mostra-se membro ativo no grupo-------------------------------progrediu
LINGUAGEM
SOCIALIZAÇÃO
K
E2.
F
0 50 100
A B C D E F GH I J L MN OP QR S T
39 6 56 6 6 61417844393978115017 447844 0
E2.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS