Você está na página 1de 14

25/11/2022

Obturação dos Canais Objetivos da aula


Radiculares  Importância e o momento adequado para
Princípios e técnicas realizar a obturação dos canais
radiculares;

 Materiais e técnicas obturadoras bem


como as suas indicações.

Profª Rayana D Khoury

1 2

Tratamento Endodôntico Obturação endodôntica


Diagnóstico
Abertura coronária
Promover o selamento
Esvaziamento
do sistema de canais
Odontometria radiculares
Preparo biomecânico

Obturação
Selamento Coronário

3 4

Complexidade do Sistema de Canais


Objetivos da obturação Radiculares
1. Preenchimento dos espaços vazios propícios para a
proliferação de micro-organismos remanescentes

Weng et al., 2009 (JOE — Volume 35, Number 5, May 2009)

5 6
25/11/2022

Complexidade do Sistema de Canais


Radiculares Objetivos da obturação
1. Preenchimento dos espaços vazios propícios para a
proliferação de micro-organismos remanescentes

• Micro-organismos remanescentes -> fracasso do tratamento endodôntico a longo


prazo.
• Preenchimento adequado e definitivo do canal elimina espaços vazios
• Micro-organismos confinados: sucumbem pela ausência de substratos
• Micro-organismos quiescentes: podem proliferar e causar dano aos tecidos
perirradiculares
• Selamento satisfatório: impede a entrada de fluidos teciduais no canal e o tráfego
de saída de micro-organismos e seus produtos para os tecidos perirradiculares.
Hargreaves e Cohen, 2011 Lopes e Siqueira Jr., 2010

7 8

Objetivos da obturação Finalidade antimicrobiana

2. Manter o estado de desinfecção obtido com o preparo


biomecânico e uso da medicação intracanal

• Dificultando a infiltração
• Impede reinfecção por
bactérias patogênicas.

9 10

Objetivos da obturação Finalidade biológica


Material inerte e anti-séptico, de modo que não interfira e,
se possível, estimule o processo de reparo apical e
periapical, que deve ocorrer após o tratamento
endodôntico.

3. Oferecer condições para a reparação periapical sem


causar danos aos tecidos

Holland et al. 2007 Toia, CC

11 12
25/11/2022

A obturação consiste no preenchimento da porção


modelada do canal com materiais que promovam um
selamento tridimensional e estimulem ou não
Limite Apical de
interfiram no processo de reparo.”
Soares, Goldberg, 2002 Obturação
Proximidades do forame,
junto ao limite CDC

13 14

Limite Apical de Limite Apical de


Obturação Obturação 1 a 2 mm

Biopulpectomia

1 a 2 mm do ápice radiográfico

Lopes e Siqueira Jr., 2010

15 16

Limite Apical de
Obturação 1 mm

68% 94% 76%


Necropulpectomia
0 – 2 mm
> 2 mm

1 mm do ápice radiográfico

17 18
25/11/2022

Momento ideal de Não obturar...


obturação
Sem odor
Seco
Sem dor Dor ou Edema

19 20

Não obturar... Não obturar...

Fístula ativa
Dor a percussão Sangramento e/ou
ou palpação Secreção

21 22

Biopulpectomia Quando obturar? Necropulpectomia Quando obturar?


Pode ser realizada na mesma sessão,
Urgência porém, depende de fatores....

Complexidades Habilidade Profissional


Anatômicas

Sobre-instrumentação
Sangramento
persistente

Na 1ª sessão ou
Sempre a partir da
a partir da 2º
2ª sessão
Lopes e Siqueira, 2010

23 24
25/11/2022

Materiais Materiais
Obturadores Obturadores

25 26

Requisitos para o material obturador Requisitos para o material obturador


Boa tolerância tecidual; Plástico no momento de inserção, tornando-se
Ser reabsorvido no periápice em casos de
extravasamento; sólido;
Não desencadear reposta imune nos tecidos Facilidade de inserção;
Propriedades periapicais; Propriedades
Possuir bom escoamento
Biológicas Estimular ou permitir deposição de tecido fibroso de
reparação;
Físico-químicas Possuir boa viscosidade e aderência;
Estimular deposição de tecido mineralizado a nível Propiciar bom tempo de trabalho;
foraminal;
Não ser mutagênico ou carcinogênico; Não sofrer contrações;
Ter ação antimicrobiana. Permitir selamento mais hermético possível;

27 28

Estado Sólido Estado Plástico


Requisitos para o material obturador • Cones de guta- • Óxido de zinco e eugenol
percha • Hidróxido de cálcio
• Núcleo plástico • Ionômero de vidro
revestido com • Resinosos
guta-percha ou • Silicone
Não se solubilizar no interior do canal radicular; resina • Extratos vegetais
• Cones de resina • Silicato de cálcio
Propriedades Possuir pH próximo ao neutro;
• Biocerâmicos
Físico-químicas
Ser radiopaco;
Não manchar as estruturas dentais;
Ser de fácil remoção.

29 30
25/11/2022

Cones de Guta -Percha

Composição:
- Guta-percha (19 a 20%) nas formas alfa e beta;
- Óxido de zinco (60 a 75%) - confere rigidez e atividade
antibacteriana aos cones;
- Sulfato de bário (1,5 a 17%) – radiopacificador;
- Resinas, ceras e corantes (1 a 4%).

Padronizados / Principais Secundários / Acessórios

Souza et al. 2009

31 32

Padronizados/Principais Padronizados/Principais
Diâmetro: 15-40 / 45-80
Conicidade: 0.02 /mm
Comprimento: 28 mm

Lopes e Siqueira Jr., 2010

33 34

Cones para sistemas de instrumentação automatizados


Secundários/Acessórios

Conicidades e Diâmetros
variáveis
R7/B7 ou F (Fine)

Acompanham a conicidade
de instrumentos rotatórios
(ex: 0.04 ; 0.06 ; 0.08 )

35 36
25/11/2022

Os cones de guta-percha devem ser


conservados em local fresco e protegidos
da luz, o que possibilitará sua longevidade.

Caso contrário, ficarão quebradiços e não deverão ser


utilizados na obturação dos canais radiculares

Souza et al. 2009

37 38

Cimentos À base de Óxido de Zinco e Eugenol


Mais utilizados::
 Selamento satisfatório
À base de Óxido de Zinco/Eugenol
À base de Resinas Plásticas  Boa radiopacidade
À base de Hidróxido de Cálcio  Baixa solubilidade
À base de Ionômero de Vidro
 Atividade antibacteriana
Silicone  Citotóxico (eugenol)
Extratos vegetais  Tempo de trabalho: 24 h
Silicato de cálcio
Biocerâmicos  Tempo de endurecimento: 40 h

39 40

À base de Resinas Plásticas

 À base de resina do tipo epoxiaminas Obturação:


 Sob a forma de pasta/pasta
etapas
prévias e
 Excelente escoamento
 Boa capacidade seladora apical

Tempo de trabalho : 4
horas a 23°C
 Excelente comportamento histológico
 Atividade antibacteriana satisfatória
técnicas
Tempo de endurecimento:  Maior capacidade adesiva
8 horas a 37°C.

41 42
25/11/2022

Importância da Limpeza final Limpeza final para obturação

Remoção da camada residual

Lopes e Siqueira Jr., 2010

43 44

Limpeza final para obturação Desinfecção dos cones de guta-percha


Álcool iodado
(álcool 70% e iodo a 0,3%) 3 min
Hipoclorito de sódio a 0,5% 30min

Hipoclorito de sódio a 1,0% 20min

Hipoclorito de sódio a 2,5% 10 min

Hipoclorito de sódio a 5,25% 45seg a


1min

Lavagem final com solução salina estéril

Gomes et al., 2005

45 46

Separar para Separar para desinfecção:

1 cone = diâmetro do batente


desinfecção 01 cone do mesmo diâmetro cirúrgico do canal

01 cone de numeração maior


1 cone > diâmetro do batente
1 cone < diâmetro do batente 01 cone de numeração menor

Cones secundários

Qual cone principal utilizar?

47 48
25/11/2022

Seleção do cone principal


Critérios de Seleção do
cone Principal 1º Visual 3º Radiográfico
VISUAL 2º Tátil

Tátil Radiográfico

49 50

Exemplo 1 Adaptação do cone principal Exemplo 2 Adaptação do cone principal

1mm 1mm

CT : 20 mm CT : 20 mm

51 52

Exemplo 2 Adaptação do cone principal Exemplo 3 Adaptação do cone principal

1mm

CT : 20 mm CT : 20 mm

53 54
25/11/2022

Exemplo 3 Adaptação do cone principal Adaptação do cone principal

Lopes e Siqueira Jr., 2010

Cone de Corte com Corte com


Guta-Percha Lâmina Tesoura

CT : 20 mm
Lopes e Siqueira , 2010

55 56

Adaptação do cone principal

Instrumentação + irrigação

Remoção de interferências e
raspas de dentina no terço apical

Melhorar o batente apical

Imagem da Internet

57 58

Limite apical de obturação Técnicas de obturação


Além Aquém

Condensação lateral

Cone único

Termoplastificada

59 60
25/11/2022

Condensação lateral ativa e passiva Condensação lateral ativa e passiva

ATIVA PASSIVA - Indicada para maioria dos casos


- Cones secundários podem não preencher todo
espaço
- Risco de fraturas e trincas no dente (uso de
espaçador)
- Cuidado para o espaçador não remover o cimento
inserido
inserção de cones
uso de espaçadores - Risco de deslocamento do cone principal
secundários de modo
ou Lima #30
passivo

61 62

Condensação lateral ativa


Manipulação do cimento

63 64

Condensação lateral ativa e passiva


Radiografia
para Lamparina ou
Maçarico Calcadores de Paiva
verificação da
condensação
lateral

65 66
25/11/2022

Condensação vertical associada a cond. lateral

Radiografia
final

Aquecido Frio

67 68

Condensação lateral ativa “De nada adiantarão os cuidados de assepsia, execução de


uma técnica atraumática, o preparo biomecânico cuidadoso,
se a obturação for defeituosa”
Bevilacqua

Gentileza da Profa. Flávia Cardoso

69 70

Cone único Cone único


 Simplicidade da técnica
 Menor risco de deslocamento
do cone
 Necessidade de maior
conicidade do preparo
 Risco de travamento antes do
batente apical
 Maior linha de cimento

71 72
25/11/2022

Cone único Termoplastificada

- Técnica híbrida modificada


- Injeção de guta-percha termoplastificada

RX inicial

Prova dos cones

RX final

73 74

Acoplar o condensador ao micromotor


Guta condensor Penetrar em movimento no sentido horário até 2/3 do canal radicular

- Compactadores semelhantes a lima Hedströen


- Complementa técnica da condensação lateral
IMPORTANTE
- Para correções na obturação
- Casos de reabsorção interna

75 76

Injeção de guta-percha termoplastificada


CUIDADOS
 Aparelhos específicos
- Necessidade de treinamento prévio para inserção de guta
percha plastificada
- Pode gerar extravasamento de guta-percha
 Pode gerar
para região apical - Cuidado com ápices abertos!
extravasamento de guta
- Fratura do condensador percha
 Cuidado com ápices
abertos!

77 78
25/11/2022

Condensação
Lateral
Termoplastificada SELAMENTO PROVISÓRIO
(A) CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO

Cone Único
(B) Coltosol

79 80

Importância do selamento coronário


Importância da obturação

Momento da obturação

Seleção dos materiais obturadores


Limpeza final do canal radicular

Desinfecção de cones
Seleção eeprova
Seleção provados
doscones
cones

Técnicas dedeobturação
Técnicas obturação
Restauração coronária de boa qualidade aumenta significativamente a probabilidade
de sucesso. Selamento coronário
Selamento coronário
Ng, et al 2011

81 82

Você também pode gostar