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25/11/2022

PATOLOGIAS ENDODÔNTICAS

ALTERAÇÕES PULPARES Patologias Patologias


PROFA. DRA. GLEYCE OLIVEIRA SILVA
Pulpares Periapicais

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Características do complexo dentina-polpa DENTINA


Revisão...

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DENTINA DENTINA
Permeabilidade e sensibilidade
Túbulo dentinário
Teoria hidrodinâmica da sensibilidade
da dentina:
Prolongamento dos
Estímulos externos causam Odontoblastos
movimento do fluido dentinário em
direção externa ou interna, com
consequente distorção mecânica e
ativação das fibras nervosas sensoriais. Fibras nervosas –
delta A
• Quanto mais próximo da polpa
densidade e o diâmetro dos túbulos
aumentam.

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DENTINA Dentina
POLPA
Polpa
Estruturas da polpa
Cardoso FGR

Dentina Reacional • Fibras Nervosas


• Vasos Sanguíneos
• Fibras de tecido conjuntivo
Dentina Secundária • Substância fundamental amorfa
• Células (Odontoblastos, fibroblastos,
células mesenquimais indiferenciadas)
• Células de defesa (linfócitos, plasmócitos,
Dentina Primária
macrófagos)

Polpa

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POLPA POLPA
Inervação

Estímulo sensorial DOR

Fibras Fibra Aδ Fibra C


Mielinização Mielinizada Não mielinizada

Localização das terminações Junção dentina polpa Distribuída por toda a polpa

Características da dor Dor aguda Dor localizada com ardência

Limiar de estimulação Baixo Alto

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POLPA
Funções da polpa dentária
Formativa Formar dentina durante a vida

Propagação do Impulso Nervoso


Nutritiva Nutrir todos os elementos vitais do complexo
dentina polpa

Transmissão de dor e controle dos vasos


Nervosa sanguíneos

Defesa contra estímulos agressivos (Dentina


Defensiva e Inflamação)

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MECANISMOS DE DEFESA DA POLPA


Agressão
Dentina Esclerose
reacional dentinária

Estímulos de BAIXA intensidade e LONGA duração


Consolaro, A

Formação de dentina reacional

Esclerose dentinária
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Processo
Inflamatório
GBPD

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Agressão
Consequências da Formação
Dentina Reacional

Estímulos de ALTA intensidade e CURTA duração Cohen, S., Burns, RC

Consolaro, A eficiência do fluido dentinário Áreas de hialinização

Colapso dos prolongamentos odontoblásticos celularidade, do número de vasos e nervos

Formação de tratos mortos


componente fibroso Nódulos pulpares
Dentina reacional

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MECANISMOS DE DEFESA DA POLPA Processo Inflamatório

Processo Inflamatório

Livro: Lopes e Siqueira

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ETIOLOGIA DAS PATOLOGIAS ETIOLOGIA DAS PATOLOGIAS


ENDODÔNTICAS ENDODÔNTICAS
BIOLÓGICOS MICRORGANISMOS
Cárie

FÍSICOS

QUÍMICOS
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VIAS DE CONTAMINAÇÃO ETIOLOGIA DAS PATOLOGIAS


ENDODÔNTICAS
• Materiais Forradores
• Materiais Restauradores
• Medicamentos
Livro: Lopes e Siqueira Livro: Lopes e Siqueira

Exposição Pulpar

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Google Imagens Livro: Lopes e Siqueira Google Imagens

Túbulos Dentinários Periodonto

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ETIOLOGIA DAS PATOLOGIAS


ENDODÔNTICAS Alterações Pulpares
• Iatrogênicos: preparo • Patológico: abrasão,
• Traumas
cavitário atrição, erosão

Aspectos Microscópicos
http://3.bp.blogspot.com/_/tooth_trauma2.jpg Mondelli, 1998 Google Imagens

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CÁRIE DE ESMALTE

• Alterações vasculares localizadas


• Presença de exsudato seroso
• Infiltrado inflamatório (PMN)

• Quadro inflamatório focal sem manifestação clínica


Consolaro, A

• Migração de MN (devido falta de interação dos PMN com agente agressor)


Assintomático • Deposição de dentina reacional
• Polpa preservada

EVOLUÇÃO EVOLUÇÃO

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PERSISTÊNCIA DO AGENTE AGRESSOR

• Infiltrado inflamatório polimorfonuclear

• Reagudecimento do processo inflamatório • Derramamento de enzimas lisossomais


proteolíticas
Maior proximidade das bactérias com a polpa
• Focos de liquefação tecidual (devido intensa atividade
• Exsudação plasmática (Vasos dilatados e engurgitados)
neutrolítica)

• Camada odontoblástica desorganizada • Microabcessos pulpares

Consolaro,
EVOLUÇÃO EVOLUÇÃO
A Consolaro, A

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EVOLUÇÃO SEM EXPOSIÇÃO PULPAR EVOLUÇÃO COM EXPOSIÇÃO PULPAR


• Penetração bacteriana e de seus produtos • Fragilização da dentina decorrente da cárie
• Acumulo de mediadores químicos inflamatórios • Drenagem do pus
• Presença de ulcera pulpar (restos necróticos, rede de fibrina, PMN formando uma
PAREDES INELÁSTICAS DA CAVIDADE PULPAR DOR pesudomembrana suportada por tecido de granulação)

• Derramamento de enzimas proteolíticas

A: zona infectada com necrose na Superfície


pulpar exposta

NECROSE PULPAR POR LIQUEFAÇÃO B: zona de exudação com denso infiltrado de


PMN, linfócitos, que mascaram o edema e vaso
dilatação

C: zona granulomatosa de irritação

D: tecido pulpar intacto


VALERA,
MC

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EVOLUÇÃO

REPARO Tratamento conservador

MANUTENÇÃO Sintomático Assintomático

Ação constante da saliva e microbiota


NECROSE GRADUAL E LENTA bucal na polpa

Tecido de granulação exuberante - CONSTITUIÇÃO: Camargo, CH

PÓLIPO PULPAR ultrapassando os limites da câmara


Ricutti, D

pulpar (pacientes jovens) Tecido de Granulação


50% Casos - revestimento epitelial estratificado pavimentoso

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Alterações Pulpares Aspectos clínicos

http://www.oralmed-df.com.br/imagens/especialidades/Endodontia01.jpg http://www.oralmed-df.com.br/imagens/especialidades/Endodontia01.jpg http://www.oralmed-df.com.br/imagens/especialidades/Endodontia01.jpg

Livro: Lopes e Siqueira

POLPA NORMAL POLPA ALTERADA POLPA NECROSADA

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Sintomatologia

Exame Clínico

Exame Radiográfico

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TESTES DE SENSIBILIDADE PULPAR


A dor é a única modalidade sensorial reconhecida pelo dente. • Cloreto de etila, com gás refrigerante (tetrafluoretano ou
diclorodifluormetano) ou com dióxido de carbono (neve carbônica),
Os testes térmicos – que são capazes de provocá-la – são os mais usados com o que se caracterizam por apresentar temperaturas entre –31 °C e –55
objetivo de avaliar a sensibilidade da polpa. °C.
• Estimula as terminações nervosas a partir das alterações vasculares .

• Indica vitalidade pulpar do dente através de resultados positivos e


negativos.
Presença ou ausência de dor • Ação sobre as fibras nervosas A delta.
Momento do início da dor
Quais os dados que podemos obter? • Instruir o paciente:
Duração da dor • 1. Levante a mão ao sentir sensibilidade
Cessa após a remoção do estímulo? • 2. Abaixe logo que a sensibilidade passar

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• Bastão de guta-percha

• Realizar isolamento relativo


• Instruir o paciente:
• Secar dentes com gaze
Imagens google • 1. Levante a mão ao sentir sensibilidade
• Aplicar gás no cotonete ou • 2. Abaixe logo que a sensibilidade passar
bolinha de algodão (menor que o Imagens google

tamanho da coroa dental)


• Realizar isolamento relativo
• Aplicar na região mais cervical (não encostar na
gengival) • Secar dentes com gaze
• Remover assim que o paciente levantar a mão • Aplicar vaselina na superfície dental
• O tempo de aplicação não deve exceder 5 segundos • Aquecer o bastão de guta-percha na lamparina
• Testar os dentes vizinhos e o suspeito
• Repetir, se necessário, após 5 minutos

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POLPA NORMAL
Aspectos clínicos
• Aplicar na região mais cervical (não encostar na gengival)
• Remover assim que o paciente levantar a mão
• O tempo de aplicação não deve exceder 5 segundos •Estimulada ao frio declínio rápido (limitada
• Testar os dentes vizinhos e o suspeito ao momento do teste)
• Repetir, se necessário, após 5 minutos
•Tecido de coloração vermelho “vivo”
• Só usar se o teste frio for inconclusivo
• Variação de temperatura inerente a técnica •Sangramento de coloração vermelho “vivo”
• Temperatura alta pode lesionar polpa
•Resistência ao corte
Lopes e Siqueira, 2015
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POLPA ALTERADA
Polpa Alterada Patologias Pulpares

Reversível
PULPITE REVERSÍVEL
- Pela Inflamação
Irreversível
PULPITE DE TRANSIÇÃO
- Pela Reabsorção Interna

PULPITE IRREVERSÍVEL
- Pelo Envelhecimento Precoce

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PULPITE REVERSÍVEL PULPITE DE TRANSIÇÃO


HIPEREMIA
• Dor provocada localizada
Limitada ao momento do teste Google Imagens
Inicial Dor localizada, estimulada, com declínio lento
• Estimulada pelo frio (fibras delta-A)

• Exame clínico: Restauração ou lesão de cárie extensa


sem exposição pulpar Dor espontânea, localizada e intermitente
Avançada

• Radiográfico: Restauração ou lesão de cárie extensa sem


exposição pulpar
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• Palpação e percussão: Negativos Cessa com uso de analgésicos


TRATAMENTO CONSERVADOR ou
TRATAMENTO CONSERVADOR DA POLPA
RADICAL DA POLPA - BIOPULPECTOMIA

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PULPITE IRREVERSÍVEL PULPITE IRREVERSÍVEL


SINTOMÁTICA SINTOMÁTICA
• Dor espontânea, difusa e as vezes reflexa • Exame clínico: Restauração ou lesão de cárie extensa.
Inicial
(fibras delta- A e C)

EXACERBADA COM FRIO • Radiográfico: Restauração ou lesão de cárie extensa.


Pode ter leve espessamento do espaço ocupado pelo
ligamento periodontal.
Avançada • Dor pulsátil, excruciante, lenta, lancinante e
espontânea • Palpação: Negativo.
(fibras C)

EXACERBADA COM CALOR • Percussão: Pode estar presente nos casos avançados.
ALÍVIO COM FRIO
MAL COMBATIDA COM ANALGÉSICOS FORP-USP

TRATAMENTO RADICAL DA POLPA - BIOPULPECTOMIA

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PULPITE IRREVERSÍVEL
ASSINTOMÁTICA HIPERPLASIA PULPAR
• Dor: Ausente (resposta aos estímulos térmicos pode
ser normal). • Paciente jovens
Lopes e Siqueira

• Exame clínico: Exposição pulpar traumática ou cárie FO-USP • Dor: Ausente


extensa com exposição pulpar.
• Exame clínico: Pólipo pulpar
• Radiográfico: Restauração ou lesão de cárie extensa,
geralmente com exposição pulpar. • Radiográfico: Câmara pulpar exposta

• Palpação e Percussão: Negativos.


TRATAMENTO RADICAL - BIOPULPECTOMIA
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OU
TRATAMENTO RADICAL DA POLPA - BIOPULPECTOMIA CONSERVADOR DA POLPA - PULPOTOMIA Lopes e Siqueira

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ENVELHECIMENTO PRECOCE ENVELHECIMENTO PRECOCE

Clinicamente...
- Sangramento reduzido
- Sensibilidade dentária reduzida aos testes - Polpa fibrosa

- Presença de desgastes Camargo, CH

- Sintomatologia anterior às restaurações presentes


- Redução da cavidade pulpar
- Anamnese - Relato de traumatismo
- Tratamento ortodôntico - Perda de radiolucidez homogênea
- Tratamento cirúrgico

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REABSORÇÃO INTERNA Necrose pulpar

• História prévia: Cárie, Restaurações profundas


Condições intrínsecas da polpa

Camargo, CH
e Traumas Google Imagens
Intensidade do agente agressor
• Exame clínico: Ausência de sinais ou mancha
rósea na coroa
PULPITE IRREVERSÍVEL
• Radiográfico: Reabsorção dentinária em canal
radicular ou câmara pulpar
 Fim dos processos metabólicos

Camargo, CH

Camargo, CH
 Perda de vitalidade, estrutura e defesas naturais
TRATAMENTO RADICAL DA POLPA
BIOPULPECTOMIA
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