Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
1. A posição os comunistas sobre as eleição burguesas e a dos revisionistas e
demais oportunistas
2. O papel dos reformistas, revisionistas e oportunistas no atual momento
político, como também dos partidos comuns da ordem: As candidaturas
em si
3. Sobre a base e as implicações que se dão essas eleições para a reação e
para a revolução
4. Objetivos e tarefas para a campanha de boicote ativo
Introdução
Mais do que nunca, as forças a reação e contrarrevolução, que compreendem os
partidos oportunistas como também os partidos comuns da velha ordem, apregoam
sobre a “democrática” eleição que está por vir, que pelo que se espera dos dois lados
que convergem na defesa desta velha ordem putrefata, dê um fim ao atual momento
de instabilidade política que vive à nação vítima de um Golpe de Estado das classe
dominantes retrógradas em conluio com o imperialismo norte-americano ainda em
curso.
O presente documento tem como objetivo elucidar tais questões que se colocam na
ordem do dia dos partidários do boicote ativo à farsa eleitoral, desmembrar e explicar
tudo que o envolve como também as movimentações dos partidos da ordem, tanto os
tradicionais quanto os oportunistas, e quais são suas posições à respeito, para servir de
suporte à conferência. Como também quais as tarefas dos comunistas frente à essas
movimentações da reação e dos defensores da velha ordem, desde o conteúdo à que se
refere o boicote até as palavras de ordem que devem ser confeccionadas, o estilo de
trabalho de denúncia e agitação que deve ser realizado não apenas se reduzindo ao
denuncismo pequeno-burguês, mas uma agitação política intensa pelo boicote ativo e
pela Revolução Agrária de Nova Democracia que é a Revolução Proletária no
Campo. Se as palavras de ordem devem ser “Rebelar-se é justo!”, “Eleição é
Farsa!”, “Viva a Revolução” e “Não Votar” ou outras palavras de ordem, que
coloquem em prática a agitação.
Para que não reduzamos a mero denuncismo das eleições burguesas (crítica
comum entre a pequena burguesia e que em si não é novidade nenhuma) ou mesmo à
crítica genérica e inconseqüente ao processo eleitoral e o Estado (praticada sempre
pelo anarquismo) é preciso enfocar o problema das eleições partindo da nossa
realidade concreta, porém sob a orientação geral da teoria revolucionária científica e
com base na experiência histórica da luta de classes do proletariado internacional. Só
assim podemos tomar toda a campanha de agitação e propaganda de acordo com a
presente etapa e fase de nossa revolução, assim como os objetivos que ela encerra, a
fim de fundir a torrente de massas que crescentemente repudiam as eleições podres e
corruptas com o movimento revolucionário em desenvolvimento.
Não é necessário afirmar que não pode haver democracia para a maioria sob
a ditadura burguesa que caracteriza o capitalismo, menos ainda na ditadura da grande
burguesia e do latifúndio a serviço do imperialismo que oprimem a imensa maioria da
nação, que caracteriza o capitalismo burocrático dos países coloniais e semicoloniais.
Entretanto nossos revisionistas, em seu frenesi eleitoreiro, chegam ao cúmulo da
estupidez em matéria de política e vulgarização mais baixa em teoria, ao dizer que
somente há ditadura quando não há eleições, Estado democrático de direito, etc.
E além desses existe o Bolsonaro, que não faz parte exatamente do bloco do
neocolonialismo, e que apesar de estar estipulando sua própria candidatura a muito
tempo, já desde passadas eleições presidenciais como 2014, também não é certo que
se candidate. O partido em que este estava fazendo parte, que inclusive mudou de
nome de Partido Ecológico Nacional para Patriotas, na pessoa de seu presidente e de
sua base se desentendeu com o candidato e Bolsonaro acabou saindo do Patriotas, que
visa agora Joaquim Barbosa. Mas Bolsonaro foi para o Partido Social Liberal,
atualmente conhecido por ser o partido do coletivo “Livres” ligado ao Students For
Liberty, Think Thank liberal americano, e que segue a ideologia social liberal pró-
imperialista. A chegada de Bolsonaro fez com que o Livres se desligasse do PSL, que
inclusive é dirigido pelo filho do presidente da sigla. Bolsonaro tem um discurso
reacionário, genocida, anticomunista e protofascista aberto, o que tornaria caso fosse
eleito presidente a farsa da democracia burguesa e das eleições mais
escancaradamente fascista e inimiga do povo. Isso desagrada as classes dominantes
nativas e o imperialismo norte-americano, que sustenta a farsa “democrática” de
susposto respeito aos direitos fundamentais, mesmo em um país que segundo a ONG
Global Witness o Brasil é o país com mais mortes de trabalhadores do campo por
motivos políticos, dado que coloca por si só em cheque o discurso de “democracia”.
Por isso as classes dominantes nativas lacaias do imperialismo, colocam em seus
veículos de mídia, o Bolsonaro e o Lula como dois “extremos” que decorrem da atual
“polarização” política que tem o país. Como se a própria mídia através da revolução
colorida desde 2013 (ocasionada pelo oportunismo de esquerda e de direita) do Golpe
que vivemos, e da Lava-Jato não tivesse criado o Bolsonaro, figura entreguista e pró-
imperialista e defensora do Estado de Israel, com discursos anticomunistas
esquizofrênicos que até poucos anos atrás eram considerados um completo delírio,
histórico, sociológico, figuras como Pondé e os Guias Politicamente Incorretos, e
Olavo de Carvalho que tem um alcance grande por incrível que pareça mesmo com
delírios terraplanistas e de um planeta “jovem”, defesa da ditadura militar fascista que
aconteceu nos protestos pró-impeachment assim como também do entreguismo aos
EUA e bandeiras do Estado de Israel. Ainda que na prática política, Bolsonaro ainda
seja considerado inofensivo, até mesmo nas eleições pois tem uma grande rejeição
que dispara cada vez mais e tem acontecido eventos em universidades como na UERJ
com Sara Winter e outras em que bandos de neonazistas e setores considerados
progressistas dos estudantes se chocam mais ou menos violentamente e até uma
situação envolvendo o NovaCultura na época em que o Klaus ainda fazia parte da
organização também na UERJ. Todos esses acontecimentos devem ser ressaltados e
discutidos e aprofundados pela organização para que possamos ter uma atuação
prática integral.
Sob a direção dos revolucionários o povo desenvolve suas lutas contra o velho Estado,
impulsionando uma revolução democrática burguesa de novo tipo, através da
Revolução Agrária, no objetivo de destruir as três montanhas que oprimem o povo e a
nação: o latifúndio, a grande burguesia e o imperialismo, para passar assim
ininterruptamente ao socialismo.
– De que estas eleições não decidem nada a favor do povo, de que sua realização serve
somente a encobrir a dura realidade das massas e renovar toda a velha ordem,
buscando outorgar através de um sistema manipulado que seguirá gerenciando a
exploração e repressão contra as massas.
II) Organizar como resposta imediata e consciente das massas o boicote ativo,
propagandeando a necessidade da revolução e da violência revolucionária sintetizada
na consigna do Rebelar-se é justo! Eleição é Farsa! Viva a Revolução! Não
Votar! ou outros à serem discutidos, como único caminho para as massas
transformarem a sociedade, afirmando:
– De que as massas almejam participar todos os dias e não apenas um dia, como
afirma explicitamente a própria campanha eleitoral (de que passado o dia das eleições,
somente após quatro anos) defendendo o direito de rebelião e do exercício do poder
político pelas massas em todas as esferas políticas, econômicas, sociais e culturais.
Contrapor à reforma das velhas instituições do velho Estado e a “renovação e
alternância” dos partidos em seus gerenciamentos a superioridade das genuínas
organizações das massas e da construção, passo a passo, de novas formas de poder
que se baseiam nas embrionárias Assembléias do Poder Popular-APP, legítimos
órgãos de poder das massas. APP organizadas desde o campo e em perspectiva nos
bairros, distritos, municípios, onde o povo exerça seu poder de forma direta incluindo
a escolha de seus representantes para as futuras Assembléias de nível Regional e
Nacional.