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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA

A IDEIA DO DIREITO EM HEGEL COMO FRUTO DA LIBERDADE E DA


TOTALIDADE
(Deve expressar o objeto central do estudo)

PEDRO DE OLIVEIRA SILVINO FERNANDES

Vitória-ES, 12 de fevereiro de 2023


SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO x(
INTRODUÇÃO x (número da página)
PROBLEMÁTICA FILOSÓFICA x
OBJETIVOS x
HIPÓTESES x
JUSTIFICATIVA x
PLANO DE TRABALHO x
REVISÃO TEÓRICA x
METODOLOGIA x
CRONOGRAMA x
REFERÊNCIAS x
I- IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título: “A IDEIA DO DIREITO EM HEGEL COMO FRUTO DA LIBERDADE E DA


TOTALIDADE”.

Proponente: Pedro de Oliveira Silvino Fernandes, bacharel em Direito pela Universidade


Federal Fluminense, advogado.

Possível professor para orientação: Daniel Arruda Nascimento.

II - INTRODUÇÃO
O objetivo posto em questão é a Filosofia do Direito de Hegel, assim como a filosofia de Hegel
e sua Lógica no geral, principalmente a teoria do Estado. Especialmente de sua obra “Filosofia
do Direito”, onde são traçadas as questões mais profundas acerca da história do Direito, da
Moral e da Razão, como também o pensamento e a teoria do Estado hegeliana.
Correlacionando tal postulação de Hegel como Aganbem na teoria do Absoluto “-se”, a reflexão
do conceito do pensamento que retorna a si.
III - PROBLEMÁTICA FILOSÓFICA

Partindo de toda a lógica hegeliana, será analisado o conceito, tanto da vontade livre como do
Direito em si e para si. E na materialidade do conceito de Direito, porém partindo de Hegel, o
desenvolvimento da ideia e da própria investigação filosófica no geral e jurídica. A vontade
como sensação imediata e a vontade como razão, a imediata mediação.
A teoria do Estado de Hegel, derivada da ideia de vontade, de moral e de espírito absoluto, o
próprio desenlace da razão enquanto fruto do pensamento e não pensamento como fruto da
razão, mas o espírito na sua verdadeira forma e conteúdo dialéticos.
Por fim o entendimento da totalidade, do Direito, do conceito em si, da Ideia e da História,
como também da Política, e todas as determinações da totalidade, a particularização do
universal.
A totalidade hegeliana concebida no caso como o Todo, aquilo que verdadeiramente é, no qual
não se pode pensar na verdade sem isso, não só a verdade absoluta do conceito imanente
hegeliano, mas a verdade como um Todo, também a verdade que se fala no jurídico.
E a ligação com Aganbem que a partir do “-se” entende o absoluto hegeliano como uma finitude
infinita, desvencilhando a superação da metafísica daquilo que é propriamente metafisico, ou
seja, o conceito que se reflete no outro e retorna a si mesmo.

IV - OBJETIVOS

a) Objetivo Geral:
O objetivo da pesquisa é o entendimento do ápice da filosofia e da ciência política e lógica,
Com objetivo, assim como próprio Hegel, de crítica da crítica.

b) Objetivos Específicos:

1. Estudo da ideia de Direito, a respeito do conceito em si e para si, e também da


mentalidade jurídica, no sentido científico, a respeito da totalidade da sociedade.
2. Estudo de teoria do Estado e teoria Política prussiana.
3. Crítica da crítica, e desenvolvimento do conceito de Direito e Política, visando combinar
os dois, em uma totalidade.

V - DESENVOLVIMENTO TEÓRICO DO TEMA

A Ideia do Direito, desde os iluministas como a Ideia de Liberdade e a história do conceito de


liberdade e de Direito e o estudo do Direito como uma ciência social no campo da filosofia
política, demanda toda uma argumentação lógica e uma historicidade da consciência no seu
caminho do saber e, como diz Hegel, o saber absoluto. A própria razão, não como sendo um
limitador do pensamento, mas como uma infinitude, representada até na ideia finita de vontade
e de “livre-arbítrio”, tendo em vista que são contrários.
Esquematizando, seria a vontade livre como fruto da totalidade, da moral, da política e do
Direito, e o Estado como fruto da razão e do pensamento
A totalidade enquanto visão do Todo e a relação de Aganbem com o Saber Absoluto do “-se”,
o entendimento completo do conceito e a verdade.
Ao contrário do pensamento liberal, que vê o Estado com a perspectiva negativa, Hegel o vê
com a positividade. Para Hegel, o Estado deve ter forças plenas não só para poder abstrair as
vontades particulares do indivíduo mas para expressar essa vontade particular no universal.
Assim os indíviduos tem perante o Estado tanto direitos que devem ser usufruídos quanto
deveres que devem ser cumpridos.
Assim também Aganbem faz uma crítica tenaz ao fator contratualista do liberalismo político, a
noção de que o Estado democrático liberal é uma solução consensual. Pois isto pressupõe a vida
como um mero elemento do contrato, perdendo a questão do que é a própria vida humana,
mesmo nas democracias liberais.
Como diz o professor Daniel:
NASCIMENTO, D. A. Do fim da experiência ao fim do jurídico: percurso de Giorgio
Agamben. São Paulo: LiberArs, 2012, p. 168: Se a relação de bando é o elemento originário da
constituição jurídica, uma força que liga os pólos da exceção soberana, quais sejam, a vida nua
e o poder soberano, “é estrutura de bando que devemos aprender a reconhecer nas relações
políticas e nos espaços públicos em que ainda vivemos. Mais íntimo que toda a interioridade e
mais externo que toda a estraneidade é, na cidade, o banimento da vida sacra [...] E, se, na
modernidade, a vida se coloca sempre mais claramente no centro da
política estatal ( que se tornou, nos termos de Foucault, biopolítica), se, no nosso tempo, em um
sentido particular mas realíssimo, todos os cidadãos apresentam-se virtualmente como homine
sacri , isto somente é possível porque a relação de bando constituída desde a origem a estrutura
própria do poder soberano” nesta linha de argumentação, temos que, sendo a relação de exceção
a origem mesmo do princípio de soberania, sendo o conceito de soberania ainda um dos
principais alicerces do edifício jurídico-político da modernidade, toda relação política guarda a
memória de uma estrutura de abandono, tonada evidente com o exame da situação do homo
sacer. O que resta da relação soberana, a vida nua, se alastra por todo o universo político.
Estamos diante do conceito de vida nua.
E dessa forma a presente tese tem em vista, realizar uma crítica da crítica, desenvolvendo as
teorias através da lógica hegeliana, e do desenvolvimento do conceito na história, conservando
e elevando a um novo patamar, o conceito de Direito e de Política.
VI - JUSTIFICATIVA

A justificativa do tema passa pela cientificidade da investigação e do saber jurídico, como


também a própria pedagogia jurídica. Já que a ciência positiva do Direito tem em vista dizer o
que é de Direito (HEGEL), acaba se encerrando na aparência tanto do fenômeno jurídico,
quanto do político e filosófico. Então a pesquisa tem como iniciativa a crítica da crítica, e
perpassar a ciência meramente positiva do direito, e não só, mas o estudo voltado aos manuais
que não possui crítica.
Colocando na ordem do dia a totalidade enquanto conceito fundamental para o entendimento
da ordem jurídica e dos conceitos jurídicos. Correlacionando o Direito à todos os campos do
saber, sobretudo da filosofia, da política e da investigação profunda no geral.
O Direito lida com a busca pela verdade, com a busca pelo que é verdadeiramente real, e a
busca pela verdade torna o presente trabalho pertinente, para que se possa investigar a
investigação, e colocar conceitualmente e através da Lógica a própria ideia de verdade e
realidade, tão massacrada nos últimos tempos.
Vejo com isso uma concordância temática com a pesquisa do professor Dianiel Nascimento,
que é um estudioso de Aganbem, e analista do cenário político atual às luzes dos conceitos na
história.
Aganbem analisa o liberalismo politico sob a categoria de biopolítica presente em Foucalt, e
trabalha a ideia de como o Estado abandona a vida do indivíduo, a partir do momento que a
assume.

A evidência de tal constatação está no próprio Lattes do professor com fiversas publicações
sobre Giorgio Aganbem como as citadas.

REVISÃO TEÓRICA

A principal obra estudada em questão é a Filosofia do Direito de Hegel. Não foram consultadas
bibliografias secundárias, apenas a Filosofia do Direito, que tem como ponto de partida a Ideia
de Direito e a ideia do direito na história, assim como a vontade livre e a razão.
Foram examinadas a lógica da obra hegeliana, do seu ponto de partida que é a Ideia do Direito
à História, retornando à vontade para alcançar a vontade livre, que é a vontade racional e fruto
do conceito, determinada pela moral, direito, política e a totalidade.

CRONOGRAMA
(Quando e quais atividades serão realizadas ao longo curso?). Apresentar o planejamento
temporal das atividades a serem realizadas durante o período de duração do curso (2 anos). O
cronograma identifica a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra. Algumas
ações podem ser executadas simultaneamente enquanto outras dependem da realização da etapa
anterior.
Exemplo:
ETAPAS PERÍODOS
Cursar disciplinas obrigatórias Mar./2018 a Jul./2018
Cursar disciplinas eletivas Ago./2018 a Dez./2018
Levantamento bibliográfico Set./2018 a Set./2019
Defesa do pré-projeto Set./2019
Coleta de dados Out./2019 a Dez./2019
Tabulação e análise dos dados Dez./2019 e Jan./2020
Revisão e redação final Fev./2020
Defesa da dissertação Mar./2020

REFERÊNCIAS
Hegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831. Princípios da filosofia do direito /
G.W.F. Hegel; tradução. Orlando Vitorino. - São Paulo : Martins Fontes, 1997.
CLAUSEWITZ, Carl von. Da Guerra. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
AGAMBEN , G. . AGAMBEN, GIORGIO. -SE: O ABSOLUTO DE HEGEL E O EREIGNIS
DE HEIDEGGER. PENSANDO - REVISTA DE FILOSOFIA, [S. l.], v. 12, n. 27, p. 117-
128, 2022. DOI: 10.26694/pensando.v12i27.10600. Disponível em:
https://periodicos.ufpi.br/index.php/pensando/article/view/3568. Acesso em: 12 fev. 2023.
Junior, J. D. (2016). A crítica de Hegel e Agamben ao liberalismo político. Revista Ágora
Filosófica, 16(1), 38–57. https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2016.v1n1.p38-57

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