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Trabalho-“Sempre é uma companhia”

A aldeia de Alcaria era uma aldeia como muitas outras na sua época, pouco desenvolvida e onde
não se passava nada.

As suas gentes viviam com poucos recursos ou nenhuns, cada pessoa desenvolvia o seu estado
emocional.

As famílias viviam isoladas nas suas vidas , os homens iam trabalhar de sol a sol, regressavam já
era noite e depois de jantar iam-se logo deitar, as mulheres tratavam da lida da casa.

A família BATOLA tinha um pequeno negócio que era a sua venda, mas que não tirava a solidão
comum a toda a aldeia pois os clientes eram poucos.

Apesar deterem a venda BATOLA não saia de casa para ir trabalhar como os outros homens,
tornando-se um encostado, conflituoso frustrado e um alcoólico, já sua mulher era muito ativa,
trabalhava na venda, cuidava da casa e era ela que tomava as principais decisões , apesar de ser
uma mulher agredida e mal tratada pelo marido era calma e serena.

Na aldeia houve um habitante que era um bom comunicador e lutador, pois era um mendigo que
ia de aldeia em aldeia muitas delas distantes e assim trazia noticias que faziam com que o BATOLA
o recordasse pois ele era a maneira de BATOLA ter contacto com o exterior.

A interação da aldeia era pouco, pois os seus habitantes pouco conversavam uns com os outros,
fazendo com que não houve-se novidades exteriores e a solidão continuava, pois. Rata o mendigo
já falecido, já não trazia novidades exteriores á aldeia que faziam BATOLA sonhar, pois essas
histórias traziam-lhe alegria.

Com essas novidades permitia-lhe sentir uma liberdade que o tirava da solidão por momentos.
Esta interação social era única e restrita, mas houve um dia em que a interação do BATOLA e dos
habitantes da aldeia mudou.

Surgiu na aldeia duas famílias num carro, que eram estranhas, mas trouxeram novidades, com
uma maneira diferente de se vestir e principalmente deu a conhecer ao BATOLA que tinham algo
que lhe iria fazer companhia, alegria e noticias do exterior.

Claro que BATOLA ficou todo entusiasmado com a novidade que os estranhos lhe apresentaram,
pois quis logo comprá-la pois ele odiava o isolamento e a solidão em que vivia.

A mulher de BATOLA não aceitou a decisão do companheiro, pois teve que haver da parte do
vendedor uma proposta que fizesse com que ela aceita-se “ficar um mês á experiência”. Com a
vinda desse aparelho mal ela sabia que a sua vida ia mudar, o negocio cresceu, o BATOLA ficou
mais calmo e conversador, a vida familiar entre eles mudou muito e os habitantes da aldeia
deixaram de ter a sua rotina habitual á noite, pois já não era trabalho , casa, passou a ser trabalho,
casa, jantar e ir á venda para ouvir e conversar as novidades antes de ir para a cama.

Pois com toda esta movimentação e adesão fez com que a mulher de BATOLA fica-se rendida á
novidade, pois estava terminando o período de experimentação do aparelho, rendida á novidade,
autorizando assim a compra do mesmo. Mas falando de uma maneira muito subtil como se ele é
que tivesse a decisão final.

“Olha ……… se tu quisesses, a gente ficava com o aparelho.”

Sempre é uma companhia neste deserto”.

Depois de tudo isto, alterar a vida de BATOLA e da aldeia, ele passou a ser uma pessoa mais
comunicativa e afável fazendo também com que a sua vida familiar melhora-se ao ponto de
respeitar e amar a esposa da sua vida.

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