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Sempre é uma Companhia

Neste conto, a ação anda em torno de 2 personagens:

Batola e a sua mulher.

O leitor acompanha de perto o drama pessoal e íntimo destas duas


figuras, mas lê também acerca de angústias e outros problemas do Rata e de
outras personagens da história.

Batola:

• Estatura média

• Atarracado, pernas tortas e cara redonda

• Preguiçoso, passivo

• Agressivo quando bebe

• Frustrado

• Não consegue superar a situação existencial em que se encontra

• Tem uma loja com a mulher

Mulher do Batola:

• O narrador não lhe atribui um nome pelo que se entende que não nutre

grande afeto por ela e que o papel que desempenha é mais importante

que a sua identidade

• Alta e séria

• Rosto ossudo e olhos negros

• Dinâmica, determinada, trabalhadora


Relação Matrimonial entre Batola e a Mulher:

• Fria e distante

• Violenta

• Vazio de sentimentos, coexistência

• Silêncio e tensão

Rata:

• Vive na miséria

• Amigo de Batola

• Fonte de novidades porque saía frequentemente da aldeia ao contrário do

imobilismo de Batola

• Doença

• Estagnação

• Suicídio

Os trabalhadores agrícolas levam uma vida de trabalho e parecem não ter


forma de ultrapassar as suas difíceis condições. São tratados como animais.

Vendedor de Telefonias:

• Inteligente e perspicaz

• Elegante e afável

• Cativante, convincente e calculista

Espaço físico, psicológico e sociopolítico:

• Alcaria, interior Alentejano

• Anos 40 do século XX
• A ação incide na casa das duas principais personagens

• Espaço claustrofóbico

• Grande pressão

• Vidas vazias, carenciadas e principalmente rotineiras

• Narrador omnisciente

• Narrador tem acesso ao pensamento e às angústias do protagonista

• Localidade rural

• Uma aldeia parada no tempo

• Pobreza e atraso cultural

Solidão e convivialidade:

• A existência da telefonia introduz a convivialidade na aldeia

• A primeira parte é marcada pela solidão. A relação fria entre Batola e a


mulher. Todos os aspetos negativos foram de certa forma quebrados
pelas conversas com o Rata, mas este contacto termina quando o mesmo
se suicida.

• O modo de vida da população altera-se quando Batola adquire uma


telefonia, o que permitiu a aldeia ter conhecimento das notícias do país e
do Mundo. Por isso, juntavam-se na loja de Batola e da mulher com esse
objetivo.

Peripécia Inicial e Final

Inicialmente o narrador apresenta os traços principais do protagonista.


Em certo momento da história Batola demora a aviar uma criança que tinha ido
comprar café com o intuito que a mulher tratasse disso. Conclui-se, aqui, que a
inércia e a frustração minam Batola e que a relação é pautada pela frieza e pelo
ressentimento.

No final, onde ocorre o desenlace da ação, a mulher recua na sua


intransigência e comunica ao marido que aceita a telefonia. Antes, esta
personagem ameaçara sair de casa caso ele ficasse com o aparelho e Batola
convence-se que tem de abdicar do rádio para que tal não aconteça.

A alteração da atitude da mulher de Batola tem consequências na sua relação e


na comunidade:

• Habitantes continuarão a conviver

• Poderão escutar notícias do exterior

• Ânimo do marido

• Casal aproximou-se

• Ressurgiram afetos

• Partilha.

Conto:

• Extensão breve

• Ação como unidade evidente, sem ações secundárias

• Número limitado de personagens

• Maior concentração de tempo e espaço

Problemáticas:

• Solidão

• Pobreza
• Mundo rural

• Alentejo

• Violência domestica

• Alcoolismo

• Inovação tecnológica

• As condições de vida

• Suicídio

• Depressão

• A mulher

• Fatores de socialização

• Conhecimento

• Evolução do papel da mulher

• Família

• Condições de trabalho

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