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“Sempre é uma companhia” – Manuel da Fonseca (1953)

Identificação das personagens Caracterização


Antes da telefonia Depois da telefonia
Preguiçoso, improdutivo, sonolento, bêbado, bate Mais animado e feliz, com mais vontade de
na mulher; tem nome e alcunha típica do Alentejo; a trabalhar, muda no relacionamento com a
António Barrasquinho (Batola) sua indumentária é própria do homem alentejano. A mulher.
morte de Rata agudiza a sua solidão.

Expedita, trabalhadora, incansável, é ela quem abre a mulher recua na sua intransigência e comunica
a venda e atende os clientes, voltando depois para a ao marido que aceita a telefonia. Antes, esta
Mulher de Batola lida da casa; dotada de um sossego único, personagem ameaçara sair de casa caso ele
característica advinda da sua possibilidade de por e ficasse com o aparelho e Batola convence-se que
dispor do governo da casa e do negócio. tem de abdicar do rádio para que tal não
aconteça.

Era mendigo e viajante, uma espécie de mensageiro. Quando deixou de poder viajar, suicidou-se.
Quando Batola o escutava a tarde inteira, parecia
Rata que também ele havia viajado pelo mundo.

Figurinhas metaforicamente apresentadas com gado O convívio entre os habitantes de Alcaria


e que vivem em casas «tresmalhadas»: «o rebanho renasceu, motivo pelo qual o sentimento de
Homens de Alcaria
que se levanta com o dia, lavra, cava a terra, ceifa e isolamento dissipou. A alegria voltou à aldeia e
recolhe vergado pelo cansaço e pela noite. Mais com ela a noção de passagem do tempo se
nada que o abandono e a solidão.» Têm falta de alterou também.
esperança numa vida melhor.

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