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A) Apenas a I, a II e a III.
B) Apenas a I, a II e a IV.
C) Apenas a I e a II.
D) A I, a II, a III e a IV.
11. Quando do exame psíquico em pacientes em SMC, o que deve ser descrito?
A) Apenas as alterações presenciadas durante a entrevista.
B) As reações da família do paciente em seu ambiente doméstico.
C) A história clínica do paciente e os transtornos hereditários familiares.
D) Apenas os transtornos hereditários familiares.
12. Com relação às funções psíquicas, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as
assertivas apresentadas a seguir.
( ) A atenção é a capacidade de o indivíduo direcionar e focalizar sua consciência e
atividade mental para determinado estímulo ou objeto.
( ) A orientação é a capacidade de um indivíduo estimar sobre o tempo, o espaço e
as pessoas, incluindo ele próprio.
( ) A memória é o processo pelo qual se adquire conhecimento sobre o mundo.
( ) A crítica é a manifestação de resposta emocional de alguém aos diversos eventos
internos e externos, memórias, ideias e reflexões.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
A) V — F — V — F
B) V — V — F — F
C) F — F — V — V
D) F — V — F — V
A) Apenas a I e a II.
B) Apenas a III e a IV.
C) Apenas a I, a II e a III.
D) A I, a II, a III e a IV.
■ CASO CLÍNICO
E.F.M., 35 anos , cisgenero, feminina, branca, viúva, evangélica , natural de Poços de
Caldas, trabalhadora da área de saúde em nível técnico, compareceu à consulta na
UBS próxima a sua casa, onde nunca havia se consultado antes, relatando estar se
sentindo desanimada, chorosa, triste e “revoltada com as pessoas ao seu redor”. A
paciente relata o motivo da consulta: “Não sinto alegria de viver.” Refere desejo em
ser referenciada ao psiquiatra.
Durante a consulta com seu MFC, a paciente diz que esse quadro clínico teve início
há três meses, quando seu marido, com quem foi casada por seis anos, faleceu de
distrofia muscular progressiva. Desde então, ela passou a ter dificuldades pontuais
no trabalho, sem prejuízo de suas funções como um todo.
“Doutor, não consigo mais fazer nada do que fazia antes sem me sentir triste. Minha
vida está uma droga. Me sinto um lixo humano.”, diz ela. As dificuldades em dormir
à noite e o pouco apetite passaram a ocorrer durante a semana.
16. Com base no caso clínico apresentado, o MFC deveria
A) fechar o diagnóstico de depressão e referenciar a paciente ao psiquiatra.
B) iniciar sertralina na dosagem de 100mg ao dia.
C) concluir o diagnóstico de luto patológico e iniciar lorazepan na dosagem de 2mg à
noite e referenciar a paciente para o serviço de psicologia.
D) problematizar a situação de vida pela qual a paciente está passando, orientar
sobre possíveis causas de seu sofrimento e manter seu diagnóstico em aberto,
pactuando nova consulta em intervalo de tempo breve.
17. Caso, durante o segmento da paciente, opte-se pelo uso de medicação, a mais
indicada dentre as listadas a seguir seria
A) sertralina, 50mg.
B) venlafaxina, 75mg.
C) lítio, 300mg.
D) lorazepan, 2mg.
■ CONCLUSÃO
As pessoas que apresentam SMC constituem boa parte das demandas nos serviços
de APS de todo o mundo. Dessa forma, os MFCs devem estar preparados para lidar
com esse tipo de enfermidade. Mais uma vez, reforçam-se os princípios da APS,
como o favorecimento do acesso e o cuidado coordenado, integral e longitudinal,
como estratégicos no enfrentamento de tal questão. Além das questões vinculadas
aos serviços de saúde em si, percebe-se a grande influência de fatores, sobretudo de
ordem socioeconômica (desemprego, má habitação, violência e baixa renda, entre
outros) na prevalência dos TMCs. Nesse sentido, especialmente nos países em
desenvolvimento, tem-se na imensa desigualdade social o caldo propício para a
perpetuação do SMC na população. Assim, fazem-se necessárias ações de cunho
intersetorial, no sentido de se reduzir (ou quiçá abolir) as grandes disparidades
sociais. Mais uma vez, o MFC, como recurso da comunidade a qual assiste, pode
suscitar reflexões junto a esta (por meio de grupos de discussão locais, nas mídias
sociais, nas rádios e TVs locais e nos conselhos de saúde, entre outros) no sentido de
empoderá-la para lidar melhor com suas fragilidades e fortalecer sua resiliência para
superá-las. A utilização racional dos recursos disponíveis, por meio de uma avaliação
clínica judiciosa e do uso criterioso das ferramentas terapêuticas (medicamentosas e
não medicamentosas), contribui para o manejo adequado das situações de
enfermidade, melhorando a qualidade de vida das pessoas (em termos relacional,
laboral e familiar, entre outros). A pedra angular para o MFC ter êxito no segmento
de seus pacientes será a utilização dos princípios da abordagem centrada na pessoa,
em consonância com os pressupostos do paradigma da integralidade biopsicossocial
e da interdisciplinaridade no compartilhamento de informações e decisões.