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A sarça e a mente corporativa.

Êxodo 3.

A sarça ardia e não se consumia" A sarça ardia no fogo do Senhor, mas não sofria, não foi
destruída.

O Senhor estava na sarça, seu fogo representa seu estado de humor (Hb 12:29), seu
temperamento, o fogo ardia, mas não a destruía, Deus mesmo ardendo em fogo não
comunicou com a sarça sua ira e furor, até chegar Cristo.

Cristo foi o único que tomou o cálice da mão do Pai e bebeu. Na cruz o filho unigênito como
sarça participou das aflições do Pai, compartilhou de suas dores e males levou sobre si o
juízo do Pai o fogo que queima. E depois da Cruz Cristo nos torna participantes de duas
aflições: Flp 1:12-14, Col 1:24-29.

Lições da sarça

A sarça não queimava. Deus é completo em si mesmo e não precisava destruir Moisés para
se revelar através dele, para todos os que estamos em Cristo foram disponibilizados NOVOS
recursos que fazem parte da nova vida que nele temos. Todo ministro, todo filho de Deus
terá um dia no qual será colocado a prova seu temperamento, Deus espera encontrar seu
filho em nosso caráter. Santidade é Cristo em nós. AS TRANSIÇÕES NOS LEVAM A UMA
MAIOR PROFUNDIADE DE CRISTO. A RELIGIÃO TRABALHA OS HOMENS POR FORA, O
EVANGELHO VEM PARA MUDAR-LOS POR DENTRO.

A sarça não queimava. Deus não espera que o ministro seja destruído ou consumido
realizando a obra de seu Senhor. Muitos reclamam da obra do Senhor, porque operam
desde os recursos da sua alma e não do Espírito. Os ministros ardem quando dão mais valor
assim mesmos do que ao que carregam, como Lúcifer (Ez 28:17-). Ardem quando se
supervalorizam e esquecem que sem a presença do Senhor não são nada.

Deus estava ensinando a Moisés que nossa sarça pode arder, mas não pode queimar, isso
equivale a, irai-vos e não pequeis, a 40 anos atrás a sarça dele ardeu e por esse motivo
estava ali pastoreando ovelhas, quarenta anos mais tarde a sarça dele queimou diante da
rocha e não entrou na terra (Deus vai nos avisando, nos mostrando nossas fraquezas para
que nelas busquemos ao Senhor). Quando queimamos e no momento em que deixamos a
justiça dele para dar lugar a nossa, ai erramos.
A sarça sem Deus é apenas um arbusto sem glória alguma, ela arde quando começa a se
sentir importante pelo fogo que nela arde, a sarça deve entender que participa de um
propósito bem maior, que ela é apenas uma peça no tabuleiro de Deus, um sinal. O vaso
barro não pode se gloriar do tesouro, o tesouro sim por ser humilde e aceitar pousar no
barro.
Moisés foi conectado a uma revelação que não começou nele, foi ligado a uma visão
corporativa.

"Eu Sou o Deus de teu Pai, Abraão, Isaque e Jacó"

O trabalho ministerial e a obra do Espírito Santo são corporativos.


Corporação: conjunto de pessoas com a mesma afinidade de ideias ou profissão,
organizadas em associação e sujeitas a um mesmo estatuto. É um grupo de pessoas que
mesmo com diferentes capacidades trabalham para um mesmo fim.

1 Cor 12:4-7, 11-13. Tudo o que recebemos de forma individual é para um fim
corporativo, o que Deus me deu precisa cooperar contigo e o que Deu te deu
precisa cooperar comigo. Ef 2:11-22 trabalhamos para um mesmo fim,
edificamos a partir de uma mesma natureza

Precisamos entender:
Se a minha experiência pessoal não coopera com meu irmão não é do Espírito Santo.
Devemos entender a manifestação do Espírito desde a mente da Escritura e não das minhas
necessidades ou natureza: o Profeta Agabo profetizou pelo Espírito, mas interpretou desde
sua própria natureza que não estava completamente crucificada. Mas Paulo entende que a
palavra é do Espírito, mas a natureza da qual o profeta falava não era. Ó Espírito Santo,
trabalha desde a Natureza de Deus, com a intenção de produzir em nós a mesma essência.
O que tem acontecido com a igreja é que estamos cheios de manifestações, mas não
estamos conectados a uma mesma natureza por causa do entendimento, porque estamos
produzindo coisas fora da natureza do Senhor, por isso existem divisões em todas as áreas,
denominacionais, doutrinárias.
Como podemos edificar se não existe um mesmo entendimento? Um mesmo sentir? Este é
um dos problemas que Paulo desejava corrigir em corinto, corinto era uma Igreja que Deus
usava, mas não era transformado (1Cor 1:10), nessa mesma carta Paulo ensina sobre a
realidade da mente de Cristo, tentando que entendessem que tudo deve partir do mesmo
pensamento, do mesmo plano eterno. Aos Filipenses Paulo ensina sobre termos um mesmo
sentimento (Flp 2:5), Estes são dias de acessarmos o coração do Pai, é o desejo do Pai nos
dar a conhecer o mistério de sua vontade (Ef 1:7-10).

Trabalhamos corporativamente para edificar o corpo de Cristo e não meu


ministério.
Deus não está edificando minha chamada, Deus não está edificando meu
ministério, Deus está edificando a Igreja de Cristo, o corpo de Cristo.
Sem cultivarmos uma visão corporativa, somos ineficazes na obra do ministério
como Apolo, porque vamos pensar que tudo o que ele está fazendo em nossa
vida diz apenas respeito a nós.
Não somos chamados para Deus atender nossas expectativas e sim as dele.
A igreja como organismo vivo existe para servir e manifestar as expectativas de
Deus e não as do mundo nem as nossas.
A graça que nos foi confiada é para atender os interesses de Deus e não os
nossos.
Para avançar na visão corporativa de Deus precisamos deixar algumas coisas
básicas da fé e da cultura do Reino e buscar a perfeição manifestadas na
plenitude do evangelho, Hb 6:1-4, porque são os rudimentos que nos separam.
É interessante perceber que antes de Paulo falar sobre graças ministeriais ele
fala sobre Unidade Divina (Ef 4:1-7).
Trabalhamos para edificar a unidade (João 17:20-21).

Esta é a ideia espiritual do Pai, se revelar através de um corpo, o Cristo corporativo. Nossas
experiências individuais devem produzir a edificação do corpo, a Igreja. A mentalidade do
Pai é familiar, é corporativa.

Por que não entendemos o que Deus fala? Por causa da natureza contrária, Deus fala de
natureza para natureza.

Pensando como sendo um no corpo, mentalidade corporativa.

A Mentalidade corporativa não fala em mim e sim nós. Se preocupa pelo


funcionamento específico em vida, de cada parte para que um todo funcione
em sincronia, este é um dos maiores sinais de que já somos corpo.
Atos 2:42-47

A mente corporativa não pensa; a minha vida pessoal, ninguém tem a ver com
isso, eu também tenho Deus..., a partir do momento que somos um no corpo
corporativo de Cristo tudo o que falarmos ou fizermos é de importância
corporativa. É de importância do todo o corpo. Nosso comportamento
aleatório e alienador do corpo afeta o propósito da corporação de Cristo. João
17:20-23

Minha vida é uma contribuição para que Cristo seja revelado e conhecido?
O Senhor pode fluir livremente através de mim? Se não, o que impede?
Em todo seu ministério Jesus sempre semeou na mente de seus discípulos a
ideia do Um, "ele disse, eu e o Pai somos um".

Devemos operar nele e não para ele...


O motivo Divino dos ministérios.

Relembrar nossa aula passada, e partir da diferença casa e templo:


Efésios 2:20, 1 Pe 2:5

1º "Querendo o aperfeiçoamento dos Santos"...


Na "oikonomia" Divina existe uma dimensão e porção chamada de "KATARTISMO": equipar,
tornar completo, inclui em realizar os ajustes e reparos necessários. A raiz mais antiga de
essa palavra diz respeito a uma parte de algo que precisa de reparos.

Aperfeiçoamento é diferente de edificação, uma edificação pode ser aperfeiçoada, mas são
coisas distintas. É importante destacar que os filhos de Deus passam por esses tempos, ou
pelo menos é esta a vontade do Pai, que sejamos edificados e aperfeiçoados.

Aperfeiçoamento é refinar ou lapidar ou dar acabamento em algo que já existe.


É interessante que o texto sagrado usa termos usados na construção civil.
Na construção civil a parte final de uma obra é chamada de acabamento, é aproximar algo
que foi projetado em uma planta, num projeto, levar esse algo ao modelo. (Lembrar as
aulas passeadas)

No mercado das pedras preciosas, os diamantes são extraídos das rochas de forma bruta,
são diamantes e tem o seu devido valor, mas estão em sua forma original bruta e devem
ser lapidados para alcançarem o seu maior esplendor de beleza e cumprir um de seus
propósitos que é encantar as pessoas. Cada pedra tem sua luz e sua beleza própria.

Da mesma forma os filhos de Deus os salvos, são aperfeiçoados para alcançarem seu maior
potencial nos propósitos eternos do Pai.

E devemos entender que mesmo sendo participantes de um mesmo corpo que é Cristo e de
um mesmo propósito, cada um de nós como pedras vivas temos um valor individual, e uma
função neste propósito eterno.

Esta individualidade não pode ser entendida como "eu sou especial ou eu tenho mais valor
que o restante dos membros do corpo " não, a beleza individual que flui em nós é uma
expressão do Cristo todo inclusivo, isto é que nele está tudo incluído. Col 3:10-11, (morto
não tem imagem própria). Col 1:18-19. 1Cor 12:4-14. Rm 11:36

Somos aperfeiçoados não para mostrar a outros vaidosamente como sabemos


ou entendemos dos assuntos de Deus ou quanto conhecemos de sua
profundidade, somos aperfeiçoados para expressar com maior perfeição a vida
do Pai distribuída em cada um de nós segundo o propósito eterno.

Um aperfeiçoado ainda não está completo e sim melhorando, os Santos


trilham um caminho constante aperfeiçoamento até chegarmos a perfeição
em plenitude Divina.

Jesus como filho foi aperfeiçoado: Hebreus 5:7-9.


Três coisas que são aperfeiçoadas nos Santos:
O temor.
A obediência.
O entendimento.

Um ponto de encontro geracional

Êxodo 3

Moises é um recuperador do propósito; vocês não são escravos, são nação de Deus!

A existência do ministério profético, evidencia, que as coisas saíram do desenho Divino.

Em um tempo de facilidades e coisas rápidas, Deus nos chama para estes momentos de
reflexão e alinhamento para tratar de assuntos difíceis onde desenvolvemos aquilo que
Deus está nos dando para este ciclo.

Verso 5: não te chegues para cá!


A presença de Deus sem pureza gera juízo.
Moises precisava entregar sua sandália ao remidor.
É Deus que nos dá acesso a ele por intermédio da revelação.
A revelação é de uma pessoa. Não se trata da iluminação de um versículo e sim revelação
de sua pessoa, de quem ele é, e de seus planos.

Verso 6: “e Moises encobriu o seu rosto”


Quando não entendemos a graça que está operando em nosso tempo, colocamos um véu
em aquilo que está sendo dado por Deus, e assim nós privamos de disfrutar aquilo que está
sendo revelado, Deus queria terminar com os véus de Moises, e ele insistia em esconder-se,
a 40 anos que ele andava escondido em véus. Neste ponto Deus estava lhe dando acesso,
mas ele não entendeu. Existe um véu sobre todos os que não entendem, ( 2Cor 3:13-18)
devemos orar para que Deus dê entendimento (Col 1:9-12) .

Deus se apresentou a Moises como o Deus de Abraão Isaque e Jacó, isto é, o Deus pessoal
que se revelou aos três para um mesmo propósito. A revelação é pessoal com finalidades
corporativas, isto é, tudo o que de Deus recebo não termina em mim, deve beneficiar
outros. Todos devemos transbordar de Cristo para que tenhamos o que dar a nossos irmãos
e aos que tem fome e sede. O melhor que podemos dar é Cristo.

A necessidade de um ponto de encontro geracional. Êxodo 3:15-16, as transições conectam


as gerações a um mesmo proposito. Deus repete o verso 6. Deus lhe dá mais uma
oportunidade de acessá-lo. Quando falamos de um ponto de encontro geracional, não
falamos de um lugar ou de algum ambiente no qual pessoas de diferentes idades se
ajuntam, (temos mal-entendido o assunto dos ambientes, os ambientes são lugares de
abastecimento, toda manifestação é para edificar e aperfeiçoar, mas fora deles
manifestamos), os ambientes são receptores do ponto de encontro. No caso de Moises, seu
ambiente foi junto da sarça ao pé do monte.

Nosso ponto de encontro não é físico, não é um lugar, não é uma placa, não é um
ambiente, é uma pessoa, Cristo. Nosso ponto de encontro é uma medida de revelação que
dele temos recebido, Ef 2:11-22.
Nosso ponto de encontro geracional é espiritual, numa medida de entendimento, não
apenas no entendimento de um versículo e sim em uma natureza revelada, a natureza
Divina.

O perigo de não ministrar a partir de uma medida de revelação geracional, de não


acompanhar as transições.

Atos 10:9-15, 18:24-26.

Mesmo Apolo tendo algumas porções não se encontrou geracional-mente com Priscila e
Áquila, porque não existia em Apolo uma mesma medida de entendimento. (Atos 18:24-
26). Em Priscila e Áquila operava o conhecimento pleno, “epignosis”. (são dias de precisão
espiritual). Precisamos nos encontrar numa medida de entendimento 1 Cor 1:10-13. O
desafio do discipulado, que expressa o que tem e não o que diz.

Lições de Apolo e Pedro: podemos ser de oração e não entender o mover de Deus da
época. Podemos ter virtudes e não cooperar com aquilo que Deus está fazendo hoje,
porque não esperamos o mover do Espirito.

Podemos viver muitos encontros sociais com diversas gerações, conhecendo


muitas pessoas, mas nosso ponto de encontro geracional é Cristo.

Para os que somos do Novo Pacto nosso ponto de encontro é na Cruz. Nela
recebemos a nova natureza e podemos mesmo sendo muitos, encontrar-nos
em um mesmo ponto geracional, uma mesa um cálice, um corpo, uma
edificação!
Não podemos edificar corretamente sem ter este ponto de encontro, é
impossível. O ponto de encontro conecta gerações ao mesmo propósito eterno
de Deus. Porque tendo diferentes medidas o assunto é o mesmo. Deus não
tem muitos assuntos, o assunto do Pai é seu Filho sendo manifestado na vida
dos salvos, através do corpo a Igreja, convergindo a ele todas as coisas.

Moisés tinha a árdua tarefa de conectar gerações a um mesmo propósito,


nunca se tratou de dar-lhes de comer e sim os levar ao monte, que não era um
lugar e sim uma realidade espiritual, Êx 3:12, Hb 12:21-24 (a visão), Gl 4:22-31
(os de cima geram pelo Espirito).
Moisés seria o instrumento intermediador para as coisas novas que Deus
estava trazendo sobre a descendência de Israel, porém deveria se encontrar
com o propósito em um ponto geracional. O ponto de encontro une gerações
em um mesmo propósito espiritual e Divino.

Moisés não podia se manifestar ao povo falando das novas revelações Divinas,
mesmo sendo portador de novas porções e medidas, isto é importante, porque
Moises trouxe fundamentos importantíssimos sobre o mistério escondido,
Cristo e assuntos eternos. Mesmo assim Deus lhe deu uma medida de
revelação que iria conectá-lo com gerações. (uma palavra que todos
entenderiam).

Moisés se encontra com esta nova geração onde os pais ficaram, nas porções
que já tinham recebido, e dali começa a edificar o novo. (Deus não nos chamou
para encher de informação de Deus o povo e sim edificar e aperfeiçoar,
estamos cheios de versículos bíblicos). Onde paramos? Que assunto está
pendente? As ferragens estão bem amarradas?

É possível termos um Dom, uma Unção, uma porção de Cristo, estarmos no


tempo perfeito da vontade Divina e mesmo assim não cumprir o propósito. Por
quê? Porque não a um ponto de encontro geracional espiritual de
entendimento onde nos encontramos.
Quando falamos do Deus de Abraão Isaque e Jacó falamos dos primórdios da
revelação de Deus, das primícias divinas entregues ao povo.

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