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ESTUDO 1 SEFER HAMITZVOT 1-20:

Este livro. o Sefer Hamitsvót, no qual explicarei por que tais e tais mitsvót devem ser
incluídas nas 613 e por que outras não. Trarei provas de versículos da Torá e das
palavras de nossos sábios explicando-as, e ainda estipularei as regras e fundamentos
nos quais devemos nos apoiar para definir a enumeração de mitsvót. Ao constatar que,
com tais regras, o número de mitsvót contadas perfazem exatamente 613, através de
provas claras e irrefutáveis, o leitor reconhecerá claramente o engano de todos
aqueles que quiseram enumerá-las de forma diferente da que contamos. Assim, não
precisarei ficar esclarecendo para cada pessoa que não admita o seu engano, pois, ao
ler estas regras, as pessoas logo perceberão sua correção e utilidade, dispensando
explicações específicas particulares. Explicarei todas as mitsvót, uma por uma, e as
enumerarei, trazendo provas em todos os casos que houver alguma dúvida ou nos
casos em que uma pessoa menos esclarecida, no tocante às leis da Torá, possa vir a
confundir-se, de modo que acabarei com as falsas associações de ideias, esclarecendo
tudo aquilo em possa haver engano ou dúvida.

No entanto, não é minha intenção esclarecer todos os pormenores de cada mitsvá


nesta obra [isto o Rambam fará no Yad Hachazaká]. Aqui, o objetivo é somente
enumerar adequadamente todas as mitsvót. Nos casos em que eu explicar algo mais
ao enumerar a mitsvá, será apenas para esclarecer melhor a definição de tal mitsvá,
explicando qual é o mandamento específico ou a proibição específica de tal mitsvá e
quando se aplica tal coisa. Depois que ficar esclarecida a enumeração e a definição
destas mitsvót, baseando-se nas provas apresentadas nesta obra, aí então apenas
mencionarei o nome destas mitsvót de forma sucinta, sem maiores explicações, no
início [dos trechos pertinentes] da outra obra mais abrangente [o Mishnê Torá (Yad
Hachazaká) — no qual ele explicará minuciosamente os detalhes e leis de cada mitsvá],
conforme foi mencionado antes.

OS 14 FUNDAMENTOS*
[PARA SE DEFINIR AS 613 MITSVÓT DA TORÁ]

Começarei agora a mencionar os fundamentos – em número de 14 – que nos guiarão


na enumeração dos mandamentos (das 613 mitsvót da Torá). Começarei dizendo que a
soma total dos mandamentos que nos foram ordenados por Deus, conforme consta no
rolo da Torá, é de 613. Deles, 248 correspondem ao número de membros do corpo
humano e são mitsvót assê (mandamentos). 365 correspondem aos dias de um ano
solar e são mitsvót lô taassê (proibições). Este número está mencionado no texto
do Talmud, no final do Tratado de Macot, no qual está dito: "Seiscentos e
treze mandamentos foram ditos a Moisés no Sinai: trezentos e sessenta e cinco
correspondendo aos dias de um ano solar e duzentos e quarenta e oito
correspondendo aos membros do corpo humano". A título de derash (explicação mais
alegórica), eles disseram também, com relação ao fato de que
os mandamentos correspondem ao número de membros o corpo, que é como se cada
membro dissesse à pessoa: "Cumpra um mandamento comigo"; e com relação ao fato
de que as proibições correspondem ao número de dias no ano solar, eles disseram que
é como se cada dia dissesse à pessoa: "Não cometa uma transgressão hoje". O fato de
que eles constituem o número de mandamentos não passou desapercebido a nenhum
dos que se empenhou na enumeração dos mandamentos; mas no processo da
enumeração em si eles contaram [como parte das 613 mitsvót] assuntos que são
produtos de imaginação sem base, como será explicado nesta obra. Isto deveu-se ao
fato de que eles desconheciam estes 14 fundamentos, os quais passarei a explicar.

Primeiro fundamento: Não se deve incluir nesta enumeração


os mandamentos adicionais de autoria rabínica.

Segundo fundamento: Não se deve incluir nesta enumeração o que se pode deduzir


das Escrituras por meio de qualquer um dos 13 princípios exegéticos pelos quais se
interpreta a Torá ou por meio de inclusão.

Terceiro fundamento: Não se deve incluir nesta enumeração mandamentos que


não sejam obrigatórios por todos os tempos (presentes ou futuros).

Quarto fundamento: Não se deve incluir nes

ta enumeração mandamentos que sejam ordens que abranjam todos


os mandamentos da Torá (por não serem mitsvót específicas).

Quinto fundamento: A razão dada para uma mitsvá (mandamento ou proibição) não


deve ser contata como um preceito separado.

Sexto fundamento: Quando uma mitsvá (mandamento ou proibição) contém tanto


uma ordem positiva (mandamento) quanto uma negativa (proibição), cada uma das
partes deve ser contada separadamente: uma entre os mandamentos (mitsvót assê) e
a outra entre as proibições (mitsvót lô taassê).

Sétimo fundamento: Não se deve contar as leis detalhadas de uma mitsvá


(mandamento ou proibição) como se fosse uma mitsvá à parte, e sim, como parte da
mitsvá original.

Oitavo fundamento: Não se deve incluir ente as proibições (mitsvót lô taassê) uma


declaração negativa que exclua um caso particular de um determinado assunto.

Nono fundamento: Esta enumeração não deve ser baseada no número de vezes que


uma determinada mitsvá (mandamento ou proibição/ mitsvát assê ou lô taasê) está
repetido nas Escrituras, mas sim na natureza da ação proibida ou ordenada.

Décimo fundamento: Não se deve contar os atos estipulados como preliminares ao


cumprimento da mitsvá (mandamento ou proibição).

Décimo primeiro fundamento: Não se deve contar separadamente os diversos


elementos que compõem uma só mitsvá (mandamento ou proibição).
Décimo segundo fundamento: Não se deve contar separadamente as etapas sucessivas
na execução de uma mitsvá (mandamento ou proibição).

Décimo terceiro fundamento: Quando uma determinada mitsvá (mandamento ou


proibição) tiver que ser cumprida por vários dias, não se deve contar uma mitsvá
(mandamento ou proibição) por cada dia.

Décimo quarto fundamento: De que forma os tipos de castigo devem ser contados
como mandamentos (mitsvót assê).

Sefer Hamitzvot 1-20:

ESTUDO 2

Fundamentos (Shorashim ou Klalim)*

Eis aqui o resumo dos Fundamentos em português. Convém ler os Fundamentos


(Shorashim ou Klalim) na integra no original (em hebraico).

E agora voltarei a explicar cada um dos fundamentos e trazer provas sobre eles, se
D'us quiser:

Primeiro fundamento: Não se deve incluir nesta enumeração os mandamentos


de autoria rabínica. Na verdade, isso parece óbvio, pois o Talmud diz que 613
mandamentos "foram dadas a Moisés no Sinai" e as mitzvot (mandamentos, costumes
e decretos) de origem rabínica não foram instituídos até datas posteriores. Isto inclui
todos decretos e cercas instituídos pelos sábios, como, por exemplo, acender velas de
Chanucá ou recitar o Halel. Mesmo que a Torá nos ordena (Devarim XVII: 10). E farás
conforme eles (sábio) te indicam" — e é por isso que antes de executar uma Mitsvá
rabínica, dizemos uma bênção na qual agradecemos a D'us que "...nos santificou com
seus mandamentos e nos ordenou...[tal e tal mitsvá]" — isso não transforma os
mandamentos e decretos rabínicos, de todas as épocas em uma mitsvá da Torá.

Segundo fundamento: Não se deve incluir nesta enumeração o que se pode deduzir


das Escrituras por meio de qualquer um dos 13 princípios exegéticos pelos quais se
interpreta a Torá ou por meio de inclusão. Nem toda lei deduzida pelos sábios, por
meio de um dos 13 princípios de interpretação da Torá, pode ser declarada como
sendo um mandamento da Torá. Cada palavra e letra na Torá é exata, e os sábios
extrapolaram muitas leis de uma palavra ou letra a mais do que o estritamente
necessário (ou ausente) ou de uma seqüência particular que a Torá opta por usar. No
entanto, a menos que os sábios digam explicitamente que uma lei específica que eles
derivaram [através de um dos "treze princípios de interpretação da Torá"] é
categorizada como bíblica, isto não é contado como parte das 613. Um exemplo disto
é a obrigação de honrar os sogros, um mandamento derivado de uma palavra extra
(et) em um versículo. Embora a Torá faça uma alusão ao conceito, isto não é
considerado um mandamento bíblico.

Terceiro fundamento: Não se deve incluir nesta enumeração mitsvot que não são


obrigatórias para todas as gerações (passadas e futuras). Por exemplo, as leis sobre a
montagem e desmontagem do Tabernáculo (MIshcán) no deserto do Sinai, ou a
proibição de fazer a guerra contra Amon e Moáv, que se aplicava apenas aos israelitas
quando estavam no deserto.

Quarto fundamento: Não se deve incluir nesta enumeração ordens que


abranjam todos os mandamentos da Torá. Nós não incluímos nesta contagem
mandamentos que são muito abrangentes. Por exemplo :"Guardem (mantenham)
minha aliança"(Êxodo 12:5), ou "e você deve ser um povo Santo para mim" (ibid.
23:23). Esse fundamento exclui qualquer mandamento generalizado de cumprir os
mandamentos. Exemplo: "Meus estatutos guardeis" (Shemot XXIII: 13).
Consequentemente, versículos que não instruem-nos em relação a uma ação
específica, e sim, sobre o imperativo de observar todos os mandamentos da Torá, não
constam nas 613 (como mitsvá).

Quinto fundamento: A razão dada para um mandamento não deve ser contada


como um mandamento por si só. Exemplo: "E do santuário [o Cohen Gadol] não sairá e
não o profanará" (Vaikrá 21:12) – aqui expressa somente a proibição de abandonar o
santuário. Já a possibilidade de profaná-lo, é apenas a causa da proibição. Às vezes, a
Torá nos diz a razão para um mandamento numa linguagem que poderia ser entendida
como um mandamento independente — quando na verdade, é simplesmente a lógica
por trás das palavras que a precedem.

Sexto Fundamento: Quando um mandamento contém tanto uma ordem positiva


quanto uma negativa, cada uma das partes deve ser contada separadamente, uma
entre os mandamentos (mitvót asse) e a outra entre as proibições (mitsvót lo taassê).
Exemplo: Shabat. Temos a proibição de trabalhar e o mandamento de descansar no
Shabat. Por mais que, se você trabalhar no Shabat obviamente você também não terá
descansado – no entanto, estas são consideradas duas mitsvot independentes.

Sétimo fundamento: Não se deve contar as leis detalhadas de um mandamento como


sendo mitsvót a parte. Em vários mandamentos encontramos inúmeros versículos que
abordam suposições e situações diversas, mas quando todos, tratam de um só
assunto, isto constitui apenas uma mitzvá.

Por exemplo, aquele que sem querer alimentos Santos deverá trazer um korbán olé
veyored (um sacrifício a D'us, quando existia o Beit Hamikdash). Se sua situação
financeira permitir, ele deve trazer uma ovelha ou cabra; caso contrário, ele traz dois
pássarinhos; e se ele está completamente empobrecido, ele traz uma oferta de
farinha. Tudo isto, no entanto, é contado como uma só Mitsvá — a Mitsvá de trazer
uma oferta (=um korbán olé veyored) quando este delito foi praticado de forma
involuntária — embora a execução da Mitsvá varia depender da situação econômica
de quem o traz.
ESTUDO 4

Fundamentos (Shorashim ou Klalim)*

Eis aqui o resumo dos Fundamentos em português. Convém ler os Fundamentos


(Shorashim ou Klalim) na integra no original (em hebraico).

Décimo fundamento: Não se deve contar os atos estipulados como preliminares ao


cumprimento do mandamento. Exemplo: "E tomaras a flor da farinha de trigo" (Vaikra,
24: 05) – Apenas o sacrifício de flor de farinha é enumerado na lista das mitsvot. "Que
te tragam azeite de oliveira puro" (Shemot 27: 20) – apenas o acender da Menorá, é
considerado mitsvá, não o trazer do azeite, anteriormente.

Décimo primeiro fundamento: Não se deve contar separadamente os diversos


elementos que compõem um só mandamento. Existem algumas mitsvot que são
compostas, por vários elementos. Exemplo: A mitzvá das quatro espécies de Sucot –
Essa mitsvá é enumerada apenas como uma mitsvá, e não como quatro. Como tal, eles
coletivamente são contados apenas como uma Mitsvá, por mais que a ausência de um
elemento (dos quatro) impeça a realização da mitsvá, mesmo tendo-se os outros
elementos restantes.

Décimo segundo fundamento: Não se deve contar separadamente a etapas sucessivas


na execução de um mandamento. Há casos que a Torá especifica etapas sucessivas da
realização de uma mitsvá. Exemplo: Sacrifícios mencionados no início do livro Vaikra. A
Torá ordena a degolá-lo, que sua pele seja retirada, que seja cortada em pedaços, que
seu sangue seja derramado no mizbeach (altar) e que sua gordura queimada no
mizbeach. Todas essas etapas, no entanto, constituem apenas uma mitsvá.

Décimo terceiro fundamento: Quando um determinado mandamento tiver que ser


cumprido por vários dias, não se deve contar um mandamento por cada dia. Exemplo:
Sacrifício adicional (Mussaf) de Rosh Chodesh – embora a cada Rosh Chodesh (nova
fase da Lua – começo do mês judaico) é realizado esse sacrifício, essa mitsvá é
enumerada apenas uma vez. O mesmo se aplica à mitzvá de sacrifícios diários e a
mitsvá de habitar sete dias na Sucá.

Décimo quarto fundamento: De que forma os tipos de castigo devem ser contados
como mandamentos. Existem quatro penas de morte para certos transgressores, de
acordo com a Torá: Sekilá (lançamento ao solo, na pedra), Serefá (queima
interior), Hereg (decaptação) e Chenek (asfixia), além da pena [física]
de Malkut (chicotadas) – que não envolve pena de morte. Cada punição deve ser
enumerada como uma mitsvá, mesmo que a pena inclua vários tipos de
transgressores, de várias mitsvot. Fica claro que punições que não são executadas pelo
tribunal terrestre, e sim castigos executados pelo tribunal celestial, não são
enumeradas na lista das 613 mitsvot.

ESTUDO 5
Mandamento 1, Proibição 1, Mandamento 2

M. 1 - CRER EM D'US [Emunát Hashém]

A primeira mitsvá (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de crer em D'us, ou


seja, de acreditar que há um Agente Supremo que é o criador de tudo o que existe.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Eu sou Hashém (D'us), teu D'us que te tirei da terra do Egito..." (Shemot/Êxodo, 20:2).

Consta no final do Tratado de Macot: "Seiscentos e treze mandamentos foram


comunicados a Moshé (Moisés) no Sinai, como diz o versículo: 'A TORÁ (lei) que nos
ordenou Moshé (Moisés).' (Devarím/Deuteronômio, 33:4)"; ou seja, ele nos ordenou
obedecer ao número de mandamentos que dão a soma do valor numérico das letras
da palavra TORÁ. [O valor numérico das letras da palavra Torá é: Tav 400; Vav 6; Resh
200; He 5, que dá um total de 611]. Questiona-se, no entanto, que a soma do valor
numérico das letras da palavra TORÁ dá apenas seiscentos e onze, e a resposta, neste
caso, é: "Os dois mandamentos 'Eu sou Hashém (D'us), teu D'us' e 'Não terás outros
deuses diante de Mim' (Shemot/Êxodo, 20:3) foram ouvidos diretamente do próprio
Todo-Poderoso [e não através de Moshé, ou seja, ouvimos dois mandamentos
diretamente de D'us e os outros 611 ouvimos de Moshé]".

Portanto, esclareceu-se que o versículo "Eu sou Hashém (D'us), teu D'us" é um dos 613
mandamentos, e é o que nos ordena a crer em D'us, como explicamos.

P. 1 - NÃO CRER E NEM ATRIBUIR DIVINDADE A OUTRO


QUE NÃO SEJA O D'US ÚNICO

A primeira dentre as proibições (mitsvót lô taassê — do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de crer em ou atribuir divindade a outro que não seja D'us (louvado seja!).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!) [D'us nos ordena na Torá], através de Suas palavras — por mais que não se possa
atribuir palavras (ou fala "física", no sentido humano da coisa) a Seu Ser
transcendental: "Não terás outros deuses diante de Mim" (Shemót/Êxodo, 20:2).

Foi esclarecido no final de Macot que esta proibição é um dos 613 mandamentos, pois
está dito ali: "Seicentos e treze mandamentos foram dados a Moisés no Sinai (...)". Nós
já explicamos este assunto no primeiro mandamento das mitsvót assê.

M. 2 - CRER NA UNICIDADE DE D'US [Yichud Hashém]

A mitsvá número dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de crer na


Unicidade de D'us, ou seja, de acreditar que o Criador de todas as coisas existentes e o
seu primeiro agente [Supremo que deu origem a elas] é Uno.
[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Escuta, Israel! Hashém (D'us) é nosso D'us, Hashém (D'us) é Uno!"
(Devarím/Deuteronômio, 6:4).

Em quase todas as Midrashot (ou 'midrashim': esclarecimentos dos nossos sábios


sobre a Torá) usam as expressões: "[tal mandamentos é] para que declararem a
Unicidade do Nome de D'us ou a Unicidade de D'us (para que acreditem que D'us é
único)", ou algo do gênero. A intenção dos Sábios é ensinar que D'us nos tirou do Egito
e nos fez tudo o que fez não como um mero ato de bondade, e sim, apenas com a
condição de que acreditemos em Sua Unicidade, e esse é o nosso dever.

Em muitos lugares este mandamento (mitsvá) de crer na Unicidade de D'us (que D'us é
único) consta como 'mitsvát yichúd', e os Sábios também o chamam de mandamento
(mitsvá) de 'malchut shamáyim' [aceitar o 'Reino dos Céus', isto é, a autoridade de
D'us], pois eles usam a expressão 'aceitar o jugo do Reino dos Céus', que significa
aceitar [a autoridade de D'us a quem devemos obedecer; aceitar] o fato de que D'us é
único e acreditar n'Ele.
Sefer Hamitzvot 1-20:
ESTUDO 6

M. 3, 4, 9

M. 3 - AMAR A D'US [Ahavát Hashém]

A mitsvá número três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de amar a D'us


(louvado seja!), ou seja, que devemos refletir e meditar sobre Seus mandamentos,
Suas ordens e Suas obras (criaturas, Suas ações e milagres neste mundo), de maneira
que possamos captá-Lo (conhecer Sua grandeza e bondade para conosco) de modo
que nos deleitemos com o prazer máximo ao obter tal concepção d'Ele — e [é assim
que se alcança] este [que] é o amor [a D'us] que nos foi ordenado.

[A FONTE NA TORÁ] Como diz o Sifrí: "Uma vez que dizemos 'E amarás a D'us, teu D'us'
(Devarím/Deuteronômio, 6:5), o estudioso perguntará: 'Como se deve manifestar seu
amor por D'us?' As Escrituras dizem: 'E estarão estas palavras que Eu te ordeno, hoje,
no teu coração' (Devarím/Deuteronômio, 6:6), porque é através disto que você
aprenderá a conhecer Aquele que com Suas palavras criou o universo". Desta forma
ficou claro que através deste ato de meditação você vai alcançar uma concepção do
que é D'us [e como Ele é magnânimo e bondoso contigo] e aí você chegará a um o
estado de prazer e júbilo no qual o amor a D'us será uma consequência necessária.

Os Sábios dizem que este mandamento (mitsvá) também inclui a obrigação de


convocar todos os descendentes de Adão (a humanidade) para que eles também
sirvam a D'us (louvado seja) e acreditem n'Ele. Porque, da mesma forma que você, por
exemplo, exalta e elogia alguém a quem ama, e convoca (convence) as outras pessoas
para amá-lo, se você ama a D'us de verdade de acordo com o que você conseguiu
captar da Sua verdade, sem dúvida convocará os tolos e os ignorantes a procurar o
conhecimento da verdade que você já encontrou.
Como diz o Sifrí: "'E amarás a D'us, teu D'us': isso significa que você deverá fazer com
que Ele seja amado pelos homens, como o fez o teu patriarca Avraham, como foi dito:
'E as almas que haviam 'adquirido' (que convenceram a acreditar no D'us único) em
Haran'" (Bereshít/Gênesis, 12:5). Ou seja, da mesma forma que Avraham, que era
alguém que "amava a D'us" – como a própria Torá o confirma, pois D'us chamou seus
descendentes de: "a semente de Avraham, aquele que Me amava" (Yeshaiáhu/Isaías,
41:8), e por isso mesmo, como ele captou a existência [e bondade] de D'us com toda a
força de seu intelecto (o que despertou seu grande amor por D'us), Avraham fez
questão de convocar a humanidade a acreditar em D'us — do mesmo modo você deve
amá-Lo, de forma tal, que convoque as outras pessoas para que também acreditem
n'Ele.

M. 4 - TEMER A D'US [Yir'át Hashém]

A mitsvá número quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de crer no


temor a D'us (louvado seja!), de maneira a não ficarmos acomodados e
autoconfiantes, e sim, recear que o Seu castigo [quando merecido] pode vir a qualquer
instante. [Obs.: No Yad Hachazacá o Rambam explica o conceito de "Temer a D'us
(Yir'át Hashém)" como temor ou respeito reverencial que se obtém ao refletir sobre a
grandeza de D'us e de Suas obras (Yessode HaTorá 2:1-2)]

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Hashém (D'us), teu D'us, temerás" (Devarím/Deuteronômio, 6:13, 10:20).

A Guemará do Tratado do Talmud de San'hedrin comenta da seguinte forma o


versículo: "Aquele que insultar (nokev) o nome de D'us certamente será morto"
(Vayicrá/Levítico, 24:16) "Talvez a palavra 'nokev' devesse significar 'declarar', já que
encontramos em outro lugar 'Estes homens que foram declarados (nikevu) por nomes'
(Bamidbár/Números, 1:17), provindo a advertência do versículo 'Hashém (D'us), teu
D'us, temerás'". Ou seja, o versículo: "Aquele que insultar o nome de D'us, (...)" deve
ser entendido como significando aquele que simplesmente mencionar o Nome de
D'us, sem louvá-Lo; e se você perguntar: "Que pecado há nisso?", responderemos que
quem o fizer estará abandonando o temor (respeito reverencial) a D'us, porque faz
parte do temor a D'us não pronunciar Seu Nome em vão.

Os Sábios respondem a esta pergunta, e contestam a perspectiva envolvida nela, como


segue: "Primeiro, para que constitua um in

sulto, o Nome deve ser utilizado, e neste caso essa condição está ausente"; ou seja, ele
deve ser culpado de insultar o Nome em Seu Nome, tal como eles dizem: 'Deixe Yossi
castigar Yossi'".

"Além do mais, a advertência que você cita está na forma de um mandamento (mitsvát
assê), e é um princípio aceito que tal tipo de advertência não é válida". Quer dizer, sua
ideia de que a proibição (advertência) contra pronunciar o Nome de D'us em vão
poderia provir do versículo: "Hashém (D'us), teu D'us, temerás" é inadmissível, porque
este versículo é um mandamento (mitsvát assê), e uma proibição não pode ser
baseada em um mandamento (mitsvát assê). Assim, ficou claro que as palavras:
"Hashém (D'us), teu D'us, temerás" são um mandamento Divino (mitsvát assê).

M. 9 - SANTIFICAR O NOME DE D'US [Kidush Hashém]

A mitsvá número nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de santificar o


Nome de D'us, (louvado seja!).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):


"E serei santificado entre os filhos de Israel" (Vayicrá/Levítico, 22:32). O sentido deste
mandamento (mitsvá) é o seguinte: temos o dever de divulgar esta crença verdadeira
(o judaísmo) em público, sem temer danos de qualquer espécie. Mesmo se um tirano
tentar forçar-nos a rejeitar a D'us (louvado seja!), não devemos obedecer e, em vez
disso, devemos preferir a morte; e não devemos sequer enganar o tirano [agindo de
tal forma] fazendo-o crer que O rejeitamos, embora em nossos corações continuemos
a crer em D'us (louvado seja!).

Este é o mandamento (mitsvá) relativo à Santificação do Nome [Kidush Hashém] que


foi imposto a cada um dos filhos de Israel: que devemos estar prontos a morrer nas
mãos de um tirano por nosso amor a D'us (louvado seja!), e por nossa fé em Sua
Unicidade, assim como fizeram Chananiá, Mishael e Azariá na época do perverso
Nabucodonosor [após a destruição do Primeiro Templo, no exílio da Babilônia],
quando ele forçou o povo a prostrar-se diante do ídolo (Daniel, 3:1) e todos assim o
fizeram, inclusive os israelitas, e não havia mais ninguém lá para santificar o Nome
Celestial (D'us), pois estavam todos aterrorizados. Esta foi uma grande vergonha para o
povo de Israel, pois todos eles perderam [o mérito de cumprir] este mandamento
(mitsvá) (exceto Chananiá, Mishael e Azariá).

Este mandamento (mitsvá) só se aplica em ocasiões como aquela, quando todo mundo
estava aterrorizado e era um dever declarar publicamente, naquela ocasião, que D'us é
Um. Hashém (D'us) já havia prometido, através de Yeshaiáhu/Isaías, que o povo de
Israel não seria envergonhado por completo naquele momento difícil, pois entre eles
surgiriam jovens sem medo da morte que derramariam seu sangue e proclamariam a
fé, santificando o Nome [de D'us] publicamente, como Ele nos ordenou através de
Moshé Rabeinu (Moisés, nosso mestre). Essa promessa está nas palavras: "Agora
Yaacóv (Jacó) não ficará envergonhado, nem ficará seu rosto pálido; quando ele ver
que seus filhos, a obra de Minhas mãos, no meio dele, santificam o Meu nome"
(Yeshaiáhu/Isaías, 29:22-23).

O Sifrá diz: "Eu vos tirei da terra do Egito com a condição de que vocês santifiquem o
Meu nome publicamente".

Na Guemará do Tratado do Talmud de San'hedrin está dito: "Um Ben-Nôach é


obrigado a santificar Seu nome, ou não? Ouçam isto: 'Aos Bnei-Nôach foi ordenado
que obedecessem sete mandamentos; mas se a eles foi ordenado que santificassem
Seu nome, então, seriam oito". [Obs:Ben-Nôach – plural: Bnei-Nôach – é o israelita
descendente de Noach/Noé que, de acordo com a Torá, deve obedecer a estes sete
mandamentos de D'us: Estabelecer tribunais de justiça, Não praticar idolatria, Não
blasfemar, Não cometer incesto e adultério, Não matar, Não roubar e Não comer
carne retirada de animais ainda vivos.]

Assim, ficou claro que este é um dos mandamentos obrigatórios para Israel, tendo os
Sábios deduzido este mandamento (mitsvá) das palavras: "Eu serei santificado entre os
filhos de Israel". As leis detalhadas sobre este mandamento (mitsvá) estão expostas no
Tratado do Talmud de San'hedrin, capítulo 7 [pá

Sefer Hamitzvot 1-20:


ESTUDO 7
P. 63, 65, M. 172
P. 63 - NÃO PROFANAR O NOME DE D'US

A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta e três (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de profanar o Nome. Isto é o contrário da santificação do Nome, que
nos é ordenada pelo mandamento (mitsvát assê) 9, e que explicamos ali.

A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não profanareis o nome de Minha santidade" (Vayikrá/Levítico, 22:32).

Este pecado abrange três tipos de ações, duas das quais são possíveis para qualquer
um e a terceira apenas para certas pessoas.

O primeiro tipo de ação, que é possível para qualquer pessoas, é este. Todo aquele que
em época de perseguição é forçado a transgredir um dos mandamentos, se seu
perseguidor tem em mente fazê-lo cometer um pecado de maior ou menor gravidade,
ou todo aquele que for forçado, mesmo sem ser em épocas de perseguição, a cometer
o pecado de idolatria, incesto ou derramamento de sangue, deve fazer o korbán
(sacrifício) sua vida e submeter-se à morte em vez de transgredir, como explicamos em
relação ao mandamento (mitsvát assê) 9. Se ele cometer o pecado e escapar assim da
morte, ele terá profanado o Nome e infringido este "Lô taassê" (proibição); e se isso
acontecer em público, isto é, na presença de dez israelitas, ele estará profanando o
Nome publicamente e pecando contra Suas palavras, (louvado seja!): "Não profanareis
o nome de Minha santidade" e seu crime será muito grave. Mas ele não será punido
com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash],
porque agiu sob coação, e um tribunal só tem o direito de impor pena de malkut
(chicotadas) ou a morte a alguém que tenha pecado intencionalmente, de sua livre
vontade, diante de testemunhas e desafiando uma advertência formal. Como diz o Sifrí
daquele que entrega um filho a Molêch: "'Porei eu a Minha ira contra aquele homem'
(Vayikrá/Levítico, 20:5): os Sábios dizem 'aquele homem', mas não o homem que pecar
sob coação ou sem intenção de fazê-lo, ou devido a uma falsa informação". Assim, foi
esclarecido que aquele que adora ídolos sob pressão não está sujeito à carêt (castigo
Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), e
menos ainda à execução judicial, mas é culpado de ter profanado o Nome.
O segundo tipo de ação, que também é possível a qualquer um, é cometer uma
transgressão que, embora não motivada por cobiça ou desejo de lucro, demonstre
indiferença e relaxamento de comportamento. Um homem que agir dessa forma
também é culpado de profanar o Nome e está sujeito à pena de malkut (chicotadas);
por conseguinte, as Escrituras (Torá) dizem: "E não jurareis em falso em Meu nome,
profanando o nome de vosso D'us" (Vayikrá/Levítico, 19:12), porque ele demonstra
indiferença, embora não obtenha nenhum benefício material.

O tipo de ação possível apenas para certos indivíduos é aquele realizado por um


homem de religiosidade e virtudes conhecidas, que pareça ao povo ser uma
transgressão e ser impróprio de um homem tão devoto, embora na realidade seja algo
permitido. Tal procedimento também é uma profanação do Nome de acordo com os
Sábios, que dizem: "O que constitui uma profanação do Nome? Se, por exemplo, eu
levar carne do açougue e não pagar imediatamente por ela. Rabi Yohanan diz: No
meu caso, andar quatro cúbitos sem a Torá ou sem os tefilin".

Esta proibição também se encontra em outro lugar nas palavras das Escrituras (Torá)
"E não profanarás o nome de teu D'us; Eu sou D'us (Vayikrá/Levítico, 18:21).

As normas deste mandamento estão explicadas em Pessachim e no final de Yoma.

P. 65 - NÃO DEMOLIR CASAS DE ADORAÇÃO AO ETERNO [D'us]

A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de demolir casas de adoração a D'us, de destruir livros de profecia, ou
de apagar os Nomes Sagrados e coisas semelhantes.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não procedereis de modo semelh

ante para com D'us, Vosso D'us" (Devarím/Deuteronômio, 12:4). Ao ordenar-nos


destruir os ídolos, apagar seus nomes e demolir completamente seus templos e altares
[veja mitsvá185], Ele acrescenta a proibição "Não procedereis de modo semelhante
para com D'us, vosso D'us".

O castigo pela transgressão de qualquer pormenor desta proibição – tal como demolir
uma parte qualquer do Santuário, ou o mizbêach (altar), ou algo semelhante, ou
apagar qualquer um dos Nomes de D'us – é a pena de malkut (chicotadas) [só quando
há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

A Guemará, depois de explicar no final de Macot que queimar lenha pertencente ao


Santuário é punível com a pena de malkut (chicotadas), acrescenta: "Esta proibição se
encontra nas palavras: 'E, suas árvores idolatradas, queimareis no fogo (...) Não
procedereis de modo semelhante para com D'us, vosso D'us'"
(Devarím/Deuteronômio, 12:3-4). Assim também, depois de explicar que a penalidade
por apagar o Nome Divino é a pena de malkut (chicotadas), ela continua: "A proibição
se encontra nas palavras 'Fareis perecer os seus nomes daquele lugar. Não procedereis
de modo semelhante para com D'us'" (Devarím/Deuteronômio, 12:3-4).

As normas deste mandamento estão explicadas no quarto capítulo de Shevuot.

M. 172 - ACATAR O QUE DIZEM OS PROFETAS

A mitsvá número cento e setenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


de ouvir todo profeta, que a paz esteja com eles, e a fazer o que quer que ele ordene,
mesmo que isto seja contrário a um ou mais mandamentos, desde que isto
seja temporário e que não represente uma adição ou subtração permanente, como
explicamos na introdução de nosso Comentário sobre a Mishná.

[A FONTE NA TORÁ] O versículo das Escrituras, pelo qual Ele nos impõe isto, (louvado
seja!), é: "A ele ouvireis" (Devarím/Deuteronômio, 18, 15), sobre o qual o Sifrí diz: "'A
ele ouvireis': ainda que ele lhe diga para violar temporariamente um dos
mandamentos impostos pela Torá, você deve atendê-lo". Todo aquele que transgredir
este mandamento (mitsvá) está sujeito à pena de Mitá Bidei Shamayim (morte por
intervenção Divina — D'us encurta sua vida), como estipulado em Suas palavras,
(louvado seja!): "E qualquer homem que não ouvir as minhas palavras, que ele falar
em Meu Nome, Eu lhe pedirei contas" (Devarím/Deuteronômio, 18:19).

Está dito em San'hedrin: "Três pessoas estão sujeitas à Mitá Bidei Shamayim ("morte
por intervenção Divina" — D'us encurta sua vida): aquele que desobedece um profeta,
um profeta que desobedece seu próprio mandamento (mitsvá) e o que oculta sua
profecia". Tudo isto se deduz das palavras: "E qualquer homem que não ouvir (lo
yishmá) as Minhas palavras (...)", lendo-se "lo yishmá" também como "lo yishamá",
"não obedecerá", aplicável ao profeta que desobedecer seu próprio mandamento
(mitsvá), e como "lo yashmia", "não se fará ouvir", aplicável ao profeta que ocultar sua
profecia.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no final de San'hedrin.

Sefer Hamitzvot 1-20:

ESTUDO 8

P. 64, M. 8, 6, 206

P. 64 - NÃO TESTAR SUAS PROMESSAS E ADVERTÊNCIAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de testar Suas promessas e ameaças, (louvado seja!) transmitidas a
nós por Seus profetas, lançando dúvidas sobre elas, depois de saber que aquele que as
enunciou é um verdadeiro profeta.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não experimentareis D'us, vosso D'us" (Devarím/Deuteronômio, 6:16).

M. 8 - ASSEMELHARMO-NOS A D'US (TRILHAR OS CAMINHOS DE D'US)

A mitsvá número oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de assemelhar-nos


a D'us, (louvado seja!), o tanto quanto nos for possível.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E andares por Seus caminhos" (Devarím/Deuteronômio, 28:9). Este mandamento
(mitsvá) foi repetido várias vezes, e disse: "Que andes em todos os Seus caminhos"
(Devarím/Deuteronômio, 11:22).

Com relação a este último versículo, os Sábios comentam o seguinte: "Assim como
[D'us] O Sagrado (louvado seja!) é chamado de Misericordioso (Rachum), você também
deve ser misericordioso; assim como Ele é chamado de Benevolente (Chanun), você
também deve ser benévolo; assim como Ele é chamado de Justo, você também deve
ser justo; assim como Ele é chamado de Piedoso (Chassid), você também deve ser
piedoso".

Esse mandamento (mitsvá) já apareceu sob outra forma em Suas palavras: "Após o
D'us (seguindo a D'us), vosso D'us, andareis" (Devarím/Deuteronômio, 13:5), que os
Sábios explicam como significando que devemos imitar as boas ações e os elevados
atributos pelos quais D'us, (louvado seja!), é figurativamente descrito, uma vez que Ele
é, de fato, sublime de forma imensuravelmente superior a toda essa descrição.

M. 6 - APEGAR-SE AOS SÁBIOS (como forma de apegar-se a D'US)

A mitsvá número seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de juntarmo-nos


e a associarmo-nos com os homens sábios, de estar sempre em sua companhia, de
unirmo-nos a eles e a seguir seus caminhos através de toda forma possível de
companherismo: comendo, bebendo e fazendo negócios, com a finalidade de
assim assemelharmo-nos a eles quanto às suas ações, e de acreditar nos conceitos (ou
princípios) verdadeiros expressos através de suas palavras.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E a Ele se apegar [unir-se a D'us]" (Devarím/Deuteronômio, 10:20) — que estão
repetidas no versículo: "E a Ele te apegarás [te unirás a D'us]"
(Devarím/Deuteronômio, 11:22). Sobre isto foi explicado: "'E a Ele se apegar [unir-se a
D'us]' significa que devemos nos apegar, aproximarmo-nos, dos homens sábios e de
seus discípulos" — assim consta no Sifrí.

Os Sábios também usam as palavras: "E a Ele se apegar [unir-se a D'us]" como prova de
que é nosso dever casarmo-nos com a filha de um homem sábio, de dar nossa própria
filha em casamento a um discípulo de um homem sábio, de beneficiar os homens
sábios e de manter negócios com eles.
Disseram [nossos sábios (Ketuvót 111b)]: "Será possível um ser humano apegar-se
(unir-se) à Presença Divina (unir-se a D'us)? Afinal, está escrito
(Devarím/Deuteronômio, 4:24): 'Pois D'us, teu D'us, é um fogo que consome'!? — o
sentido, deste versículo, é nos ensinar que todo aquele que se casa com a filha de um
sábio... [e que se une aos sábios das formas acima mencionadas, é como se estivesse
se unindo a D'us]".

M. 206 - AMAR O PRÓXIMO [Veahavtá Lereachá Camôcha]

A mitsvá número duzentos e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
amar uns aos outros da mesma forma que amamos a nós mesmos, e que o amor e a
compaixão de alguém por seu irmão de fé deve ser igual ao amor e compaixão que
tem por si mesmo com relação a seu dinheiro, seu corpo e a tudo que possui e deseja.
Tudo aquilo que eu desejar para mim, devo desejar também para ele; e tudo o que eu
não quiser para mim nem para meus amigos, também não devo desejar para ele.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"A

marás o teu próximo como a ti mesmo" (Vayicrá/Levítico, 19:18).

Sefer Hamitzvot 1-20:


ESTUDO 9

M. 207 P. 302, M. 205, P. 303

M. 207 - AMAR O GUER (CONVERTIDO)

A mitsvá número duzentos e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


amar o Guer (convertido).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E amareis o Guer (convertido)" (Devarím/Deuteronômio, 10:19). Embora esse Guer
(convertido) esteja incluído em Israel (faz parte do povo judeu)– de tal forma que as
palavras: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Vayicrá/Levítico, 19:18) se
apliquem também a ele –, a D'us ordenou que lhe seja dedicado um amor maior,
porque ele se converteu à fé e acrescentou um mandamento (mitsvá) especial em seu
favor, assim como fez no caso da advertência quanto a enganá-lo, onde Ele ordena: "E
não enganareis cada um ao seu companheiro" (Vayicrá/Levítico, 25:17) e depois
acrescenta: "O Guer (convertido) não fraudareis" (Shemot/Êxodo, 22:20) [ver lô taassê
251 e 252]. A explicação dada na Guemará é que "Aquele que engana um Guer
(convertido) é culpado de duas violações: 'Não enganareis cada um ao seu
companheiro' e 'O Guer (convertido) não fraudareis'. Também nossa obrigação de
amá-lo está em ambos 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo' e 'Amareis o Guer
(convertido)'". Isto está claro acima de qualquer dúvida, e não conheço ninguém que,
ao enumerar os mandamentos, tenha se enganado a este respeito.
Na maioria dos Midrashot (ou 'midrashim': esclarecimentos dos nossos sábios sobre
a Torá) está explicado que a D'us nos ordenou com relação aos Guerim (convertidos), o
que Ele nos ordenou com relação a Si mesmo ao dizer "E amarás a D'us, teu D'us"
(Devarím/Deuteronômio, 6:5) e "Amareis o Guer (convertido)".

P. 302 - NÃO ODIAR UNS AOS OUTROS

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e dois (do Sefer Hamitsvót) é


a Proibição Divina de odiar uns aos outros.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não odiarás a teu irmão em teu coração" (Vayikrá/Levítico, 19:17), sobre as
quais a Sifrá diz: "Eu falo apenas de rancor no coração". Contudo, se alguém revelar
seu ódio e disser à pessoa que odeia que ele é seu inimigo, ele não violará este "Lô
taassê" (proibição), mas transgredirá "Não te vingarás e nem guardarás ódio"
(Vayikrá/Levítico, 19:18), e também violará o mandamento (mitsvát assê) expresso em
Suas palavras "Amarás o teu próximo com a ti mesmo" (Vayikrá/Levítico, 19:18) [ver
mitsvá 206]. Mas o ódio no coração é o pecado mais grave de todos.

M. 205 - REPREENDER O PECADOR [Hochíach Tochíach Et Amitêcha]

A mitsvá número duzentos e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


repreender quem estiver pecando ou estiver inclinado a cometer um pecado, a fim de
proibi-lo de agir dessa forma e a repreendê-lo. Um homem não pode dizer: "Eu não
vou pecar; e se outra pessoa pecar, isso é um assunto entre ela e D'us". Tal atitude é
contrária à Torá. Somos ordenados a não pecar e não permitir que ninguém de nossa
nação o faça. Se alguém deseja pecar é dever de cada um de nós repreendê-lo e evitar
que ele o faça, ainda que não haja evidência de que ele será castigado por isso.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Repreenderás a teu companheiro..." (Vayicrá/Levítico, 19:17).

Está incluído neste mandamento (mitsvá) repreender aquele que nos tenha ofendido e
não lhe guardar rancor nem nutrir maus pensamentos a seu respeito. Somos
ordenados a repreendê-lo diretamente, para que nada perdure em nosso coração
contra ele. O Sifrá diz: "Como sabemos que mesmo que já o tenhamos repreendido
por quatro ou cinco vezes ainda devemos tornar a repreendê-lo? Porque a Torá diz
'Repreenderás' – ainda que mil vezes. Poder-se-ia pensar que ao repreendê-lo se
poderia humilhá-lo; o Talmud nos ensina [que a Torá diz]: 'E não levarás sobre ti
pecado [ao repreende-lo]'".

Os Sábios explicam que este mandamento (mitsvá) é obrigatório para todos, de forma
que até um subalterno é obrigado a repreender um superior, e mesmo que ele seja
amaldiçoado e insultado, ele não deve desistir nem deixar de fazê-lo até que

batam nele – como disseram aqueles que transcreveram a Tradição: "Até que ele seja
esbofeteado...".
As condições e regulamentos relativos a este mandamento (mitsvá) estão explicadas
em lugares dispersos do Talmud.

P. 303 - NÃO ENVERGONHAR NINGUÉM

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de envergonhar alguém, o que é chamado de "embranquecer a face
de seu companheiro", ou seja, envergonhá-lo em público.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição relativa a este assunto está expressa em Suas palavras
"Repreenderás a teu companheiro e não levarás sobre ti pecado" (Vayikrá/Levítico,
19:17) [ver mitsvá 205].

A Sifrá diz: "De que forma ficamos sabendo que mesmo que alguém tenha repreendido
um homem quatro ou cinco vezes, ele deve continuar a fazê-lo? Pelas palavras das
Escrituras (Torá) 'Repreenderás'. Eu poderia pensar que é assim mesmo quando sua
repreensão transforma seu semblante, por isso as Escrituras (Torá) dizem: 'E não
levarás sobre ti pecado'". O sentido literal do versículo, contudo, é que
somos proibidos de guardar qualquer pensamento sobre seu pecado ou de recordá-lo.

ESTUDO 10

P. 256, 301, 304, 305

P. 256 - NÃO SER RUDE COM CRIANÇAS ÓRFÃS E COM VIÚVAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e cinquenta e seis (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina de tratar de maneira rude as crianças órfãs e as viúvas.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "A nenhuma viúva ou órfão afligireis" (Shemót/Êxodo, 22:21).

Esta proibição inclui o tratamento áspero por palavras ou atos. Devemos falar com eles
de maneira muito gentil e amável, tratá-los tão bem quanto nos for possível, mostrar-
lhes nossa boa vontade em relação a eles e estabelecer para nós mesmos um padrão
superior para lidar com todos estes assuntos. Todo aquele que violar qualquer uma
dessas coisas estará violando este "Lô taassê" (proibição), e O Enaltecido (D'us)
decretou claramente seu castigo em Suas palavras: "Acender-se-á a Minha ira, e
matar-vos-ei com a espada" (Shemót/Êxodo, 22:23).

P. 301 - NÃO BISBILHOTAR

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de bisbilhotar.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não andarás com mexericos (rachil) entre o teu povo" (Vayikrá/Levítico, 19:16),
sobre as quais o Sifrí diz: "Não se deve ser indulgente com um e severo com outro".
Outra interpretação é: "Não deves ser como um vendedor ambulante, que carrega sua
mercadoria de um lugar para outro".

Este "Lô taassê" (proibição) também proíbe a difamação [ver mitsvá 219].

P. 304 - NÃO SE VINGAR UM DO OUTRO

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de vingar-nos um do outro, ou seja, se alguém nos tiver feito algum
mal, não devemos insistir em persegui-lo até que tenhamos retribuído sua maldade ou
que o tenhamos ferido como ele nos feriu.

[A FONTE NA TORÁ] D'us proíbe essas coisas com as palavras "Não te vingarás"
(Vayikrá/Levítico, 19:18).

A Sifrá diz: "Até onde vai o poder de vingança? Se A disser a B: 'Empreste-me sua foice'
e ele recusar, e se no diz seguinte B disser a A: 'Empreste-me sua machadinha, e ele
responder: 'Não a emprestarei a você, da mesma forma que você se recusou a
emprestar-me sua foice', contra esse tipo de conduta está dito: 'Não te vingarás'".
Podemos fazer deduções por analogia a partir deste exemplo para todos os outros
casos.

P. 305 - NÃO GUARDAR RANCOR

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de guardar rancor – isto é, guardar na lembrança um mal que alguém
nos tenha feito e lembrar disso contra ele – mesmo que não nos vinguemos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não te vingarás e nem guardarás ódio" (Vayikrá/Levítico, 19:18).

A Sifrá diz: "Até onde vai o poder de rancor? Se A disser a B: 'Empreste-me sua foice' e
ele recusar, e se no diz seguinte B disser a A: 'Empreste-me sua machadinha, e ele
responder: 'Aqui está ele; eu não sou como você, que não quis emprestar-me sua
foice', sobre esse tipo de conduta está dito: 'Nem guardarás ódio'".

ESTUDO 11

M. 11

M. 11 - O ESTUDO DA TORÁ [Talmud Torá]

A mitsvá número onze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de ensinar e a


estudar a sabedoria da Torá, que é chamada de mitsvá (mandamento) de Talmud Torá.
[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E as inculcarás a teus filhos" (Devarím/Deuteronômio, 6:7)

O Sifrí diz: "'A teus filhos' significa a teus estudantes: verificamos que em todo lugar os
discípulos de um homem são chamados de seus filhos, como está dito em 'E os filhos
dos profetas saíram'" (Melachim/Reis II, 2:3). O Sifrí também diz, no mesmo trecho: "'E
as inculcarás a teus filhos', o que significa que elas devem fluir facilmente de sua boca,
para que quando uma pessoa faça uma pergunta sobre elas, você não vacile em sua
resposta, e responda com presteza".

Este mandamento (mitsvá) está repetido muitas vezes: "E ensina-las-eis"


(Devarím/Deuteronômio, 11:19); "E para que aprendam" (Devarím/Deuteronômio,
31:12). A importância deste mandamento (mitsvá) e a obrigação de cumpri-lo estão
enfatizadas em várias passagens do Talmud.

As mulheres não são obrigadas a obedecer a este mandamento (mitsvá), de acordo


com Suas palavras: "E ensina-las-eis a vossos filhos" (Devarím/Deuteronômio, 11:19)
sobre as quais os Sábios comentam: "'Filhos', mas não filhas", como foi explicado na
Guemará de Kidushin.

ESTUDO 12

M. 209

M. 209 - HONRAR OS ERUDITOS E OS IDOSOS [Vehadárta Pnei Zakén]

A mitsvá número duzentos e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


respeitar os eruditos e a levantar-nos diante deles a fim de honrá-los.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Diante das cabeças brancas te levantarás e honrarás as faces do velho"
(Vayicrá/Levítico, 19:32), sobre as quais O Sifrá diz: "Te levantarás e honrarás –
levantar-se para demonstrar respeito". As normas deste mandamento (mitsvá) estão
explicadas no primeiro capítulo de Kidushin.

Você deve saber que embora este mandamento (mitsvá) para respeitar os eruditos
seja um dever igual para todos, inclusive para um erudito em relação a outro de igual
conhecimento – como dizem os Sábios, "Os eruditos da Babilônia estavam habituados
a levantar-se uns diante dos outros" – isto é especialmente e sobretudo obrigatório
para um discípulo, pois ele deve um respeito muito maior a seu mestre do que a
qualquer outro erudito, assim como ele tem a obrigação de temê-lo (respeitá-lo), pois
os Sábios afirmam claramente que nosso dever para com nosso mestre é maior do que
nosso dever para com nosso pai, a quem as Escrituras nos obrigam a honrar e a temer.
E os Sábios dizem explicitamente: "Seu pai e seu mestre – seu mestre tem prioridade
[pois "teu pai te traz para este mundo e teu mestre te traz para o mundo vinduro..."]".
Os Sábios também deixam claro que um discípulo está proibido de contestar seu
mestre, e por contestar quero dizer se opor à sua decisão, rejeitar sua opinião e
lecionar e instruir sem a sua permissão. Ele também está proibido de brigar e discutir
com ele, e de julgá-lo negativamente, ou seja, atribuir motivações ruins a seus atos ou
palavras, pois é possível que as intenções dele (do mestre) não sejam aquelas. No
capítulo "Chelek" (em San'hedrín), os Sábios dizem: "Discordar de seu mestre é como
discordar da Shechiná [da Presença Divina], como está dito (Bamidbár/Números, 26:9):
'Quando [brigaram contra Moshé e Aharón... quando] brigaram contra a D'us'
(Bamidbár/Números, 26:9) — brigar com seu mestre é como brigar com a Shechiná
[com D'us], como está dito em 'Estas são as águas de Merivá porque brigaram os filhos
de Israel contra D'us' (Bamidbár/Números, 20:13) — queixar-se de seu mestre é como
queixar-se da Shechiná, como está dito: 'Não são sobre nós vossas queixas, senão
contra a D'us' (Shemot/Êxodo, 16:8) — atribuir [maldade] a seu mestre é como atribuir
isso à Shechiná, como está dito: 'E falou o povo contra D'us e contra Moshé (Moisés)'"
(Bamidbár/Números, 21:5).

Tudo isto está perfeitamente claro, pois embora a discussão de Korach, a briga dos
filhos de Israel, e suas acusações e suspeitas fossem na realidade dirigidas contra
Moshé (Moisés), que era o mestre de Israel, as Escrituras os consideram como tendo
sido dirigidas contra D'us. E os Sábios dizem expressamente: "Que o temor a seu
mestre seja como o temor aos Céus [a D'us]".

Tudo o que foi exposto foi deduzido do mandamento (mitsvá) das Escrituras de honrar
o eruditos e os pais, e ficou claro, pela linguagem do Talmud, que [o respeito aos
mestres] não é um mandamento (mitsvá) independente. Você deve compreender isto.

ESTUDO 13

P. 10, 47, 60, 6, 5, 2, 3, 4, 15, M. 186, P. 23, 24

P. 10 - NÃO ESTUDAR AS PRÁTICAS DA IDOLATRIA

A proibição (mitsvát lô taassê) número dez (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina de
interessar-nos pela idolatria ou de estudar suas práticas, ou seja, indagar a respeito de
seus disparates e superstições ensinados pelos seus fundadores, como, por exemplo,
que um espírito pode descer de uma determinada maneira e se comportará de uma
determinada forma; ou que se queimar ketóret (incenso) para uma determinada
estrela e se seu adoradores se colocarem diante dela em uma determinada posição,
ela agirá de uma determinada maneira; e assim por diante. O simples fato de pensar a
respeito desses assuntos e de se informar sobre essas ilusões leva os tolos a
aproximar-se dos ídolos e a adorá-los.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não vos volteis aos ídolos" (Vayikrá/Levítico, 19:4), a respeito do qual diz a
Sifrá: "Se você se voltar para eles, você os endeusará". A Sifrá cita também as palavras
de Rabi Yehudá: "Não vos volteis para vê-los", ou seja, nem sequer olhe para o ídolo
ou estude sua forma de idolatria para não perder nenhum momento sequer com
qualquer coisa relacionada com isso.

No capítulo "Shoel Adam" [no Tratado do Talmud de Shabat, 149 a] os Sábios dizem:
"O que está escrito abaixo de um quadro ou de uma estátua não deve ser lido no
Shabat. Quanto à estátua em si, não se deve olhá-la nem mesmo durante os dias da
semana, porque foi dito 'Não vos volteis aos ídolos'. Como isto deve ser interpretado?
Rabi Yohanan disse: Não vos volteis ao que vossa própria mente concebe".

A proibição de pensar a respeito dos ídolos está repetida em Suas palavras "Guardai-
vos, não suceda que o vosso coração vos seduza, e vos desvieis e sirvais"
(Devarím/Deuteronômio, 11:16). Quer dizer, se sua mente cometer o erro de pensar
em ídolos, isso o levará a extraviar-se do caminho correto e a adorá-los. Ele ainda diz,
sobre o mesmo assunto, "E quiçá levantes os teus olhos para os Céus, e vendo o Sol, a
Lua e as estrelas (...)" (Devarím/Deuteronômio, 4:19). Ele não proíbe que se levante a
cabeça e se observe os corpos celestiais com os olhos; o que Ele proíbe é que se olhe
com os olhos da mente para aquilo que seus adoradores atribuem a eles. Por isso
também Suas palavras "E não indagues acerca dos seus deuses, dizendo: De que modo
serviam estas nações a seus deuses? Do mesmo modo também farei eu"
(Devarím/Deuteronômio, 12:30) são uma advertência para que não indaguemos a
respeito de suas formas de adoração, ainda que nós próprios não os adoremos, porque
tudo isso voz conduz a segui-los por seus maus caminhos.

Você deve saber que todo aquele que transgredir esta proibição está sujeito à pena de
malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. Isso foi esclarecido no
final do primeiro capítulo do Eruvín, ao mencionar que o castigo de a pena de malkut
(chicotadas) está prescrito na lei das Escrituras (Torá) para aquele que violar as leis de
erúv techumim (sair de certos limites da cidade em Shabat). Para confirmar isso foram
citadas as seguintes palavras das Escrituras (Torá): "Não saia [al yetsê] ninguém de seu
lugar" (Shemót/Êxodo, 16:29); e quando alguém objetou: "É pena de malkut
(chicotadas) o castigo pela violação da proibição expressa por al e não por lo?", foi-lhe
respondido: "Se o castigo pela desobediência da proibição expressa por al não fosse
pena de malkut (chicotadas), o castigo pela desobediência da proibição 'Não vos
volteis (al tifnú) aos ídolos' não seria a pena de malkut (chicotadas)". Isto mostra que a
transgressão desta proibição é punida com a pena de malkut (chicotadas).

P. 47 - NÃO ACEITAR OPINIÕES CONTRÁRIAS ÀS ENSINADAS NA TORÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número quarenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de exercer a liberdade dos pensamentos no que se refere a aceitar
opiniões contrárias às que nos são ensinadas pela Torá; devemos, ao contrário, limitar
nossos pensamentos e levantar uma barreira em torno deles formada pelos
mandamentos e proibições (mitsvót assê e mitsvót lô taassê) da Torá.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não errareis indo atrás de vosso coração e atrás de vossos olhos, atrás dos
quais vós andais errando" (Bamidbár/Números, 15:39), sobre as quais diz o Sifrí: "'E
não errareis indo atrás de vosso coração' – isto significa heresia, pois está escrito: 'E se
eu encontrar mais amargo do que a morte' (Kohelet/Eclesiástico, 7:26). 'E atrás de
vossos olhos' – isto significa prostituição, pois está escrito: 'E Sansão disse a seu pai
(...)' (Shoftím/Juízes, 14:3)". "Prostituição" aqui significa perseguir e pensar
constantemente em prazeres físicos e indulgências.

P. 60 - NÃO BLASFEMAR O GRANDE NOME

A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de blasfemar o grande Nome [de D'us] — louvado seja muitíssimo acima de
todas as palavras blasfemas dos hereges! Isto é o que é chamado de "abençoar o
Nome".

[A FONTE NA TORÁ] As Escrituras (Torá) prescrevem expressamente a pena de sekilá


(morte por lançamento ao solo, na pedra) [quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]
como punição pela desobediência da proibição expressa em Suas palavras, (louvado
seja!): "E aquele que blasfemar o nome real de D'us, certamente será morto; toda a
congregação o castigará com sekilá" (Vayikrá/Levítico, 24:16). Mas as Escrituras (Torá)
não destacam este pecado como uma proibição expressa; ele está incluído na
proibição geral expressa em Suas palavras "Aos juízes não maldigas" (Shemót/Êxodo,
22:27). A Mechílta diz: "Nas palavras das Escrituras (Torá) 'Aquele que blasfemar o
nome real de D'us certamente será morto' ouvimos a penalidade por este pecado, mas
não ouvimos a sua proibição. Por isso, as Escrituras (Torá) dizem 'Aos juízes não
maldigas'". E, de acordo com a Sifrá, "A penalidade pelo Nome Especial é a morte e por
um dos adjetivos é a pena de malkut (chicotadas) [— só quando há advertência prévia
e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash]". A Mechílta diz ainda: "'Aos juízes não maldigas': esta é a proibição contra
blasfemar".

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo de San'hedrin.

Você deve saber que este tipo de proibição, que engloba dois ou três assuntos
específicos, não está incluída na categoria de lav shebiklalut [uma proibição negativa
geral (ver o nono fundamento)], porque as Escrituras (Torá) especificam a punição por
cada transgressão separadamente; consequentemente, sabemos que cada um deles é
proibido e é objeto de um princípio que não se prescreve nenhum castigo; a menos
que uma proibição o tenha precedido, somos obrigados a procurar a proibição, a qual
algumas vezes descobrimos através de uma das leis de interpretação e outras vezes
encontramos em uma passagem que trata de outro assunto, como explicamos na
introdução. Um lav shebiklalut [uma proibição negativa geral (ver o nono
fundamento)]subsiste apenas quando não encontramos nenhuma outra base para a
proibição de qualquer um dos atos em questão, a não ser naquele determinado "Lô
taassê" (proibição), como explicamos no nono fundamento. Contudo, quando nos tiver
sido ensinado que isto ou aquilo é proibido – já que as Escrituras (Torá) dizem que
aquele que fizer uma determinada coisa incorrerá em um determinado castigo –, não
importa se a advertência foi mencionada explicitamente ou se foi deduzida por
raciocínio específico ou geral. Você deve compreender este princípio, pois haverá
muitos mandamentos mais aos quais ele se aplica.

P. 6 - NÃO ADORAR ÍDOLOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número seis (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de adorar ídolos, ainda que de outras formas além das quatro especificadas antes,
desde que aquele ídolo específico seja normalmente adorado dessaspan> maneira,
como, por exemplo, evacuar para Peor ou jogar uma pedra para Merkulis [que eram
adorados com estes estranhos rituais].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem os servirás" (Shemót/Êxodo, 20:5), a respeito das quais a Mechílta diz:
"'Não te prostrarás diante deles, nem os servirás': aqui há dois pecados separados e
independentes – oferecer um sacrifício e prostrar-se". Dessa forma, aquele que jogar
uma pedra para Peor ou evacuar para Merkulis não terá cometido um pecado, pois
essas não são as maneiras comuns de adorá-los, de acordo com Suas palavras,
(louvado seja!): "De que modo serviam estas nações a seus deuses, do mesmo modo
também farei eu" (Devarím/Deuteronômio, 12:30).

A transgressão voluntária a esta proibição é punível com a pena de sekilá (morte por
lançamento ao solo, na pedra) [quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] e a carêt
(castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a
vida), e aquele que a violar involuntariamente deve oferecer um sacrifício.

As normas deste mandamento também estão explicadas no sétimo capítulo de


San'hedrin, onde se lê: "Por que a pena de carêt está mencionada três vezes em
relação à idolatria? A pena está prescrita uma vez para condenar quem pratica
idolatria pela maneira usual, uma vez para condenar quem a pratica pela maneira não
usual e uma vez por praticar o Molêch". Ou seja, aquele que adorar qualquer ídolo,
seja de que forma for, estará sujeito à carêt, caso a maneira de adoração for a usual,
tal como evacuar para Peor, jogar pedras para Merkulis, ou afastar o cabelo diante de
Kemosh. Da mesma forma, aquele que adorar qualquer ídolo de uma das quatro
maneiras especificadas [na proibição 5] está sujeito à carêt, mesmo se a forma de
adoração não for a usual, como, por exemplo, se ele oferecer sacrifícios a Peor ou
prostrar-se diante de Merkulis, o que seria uma forma "não usual" de adoração. A
terceira pena de carêt se aplica àquele que faz com que seus descendentes passem
pelo fogo em sinal de adoração a Molêch, como explicarei [na proibição 7].

P. 5 - NÃO SE CURVAR DIANTE DE UM ÍDOLO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cinco (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de curvar-nos diante de um ídolo, e está claro que o termo "ídolo" significa qualquer
outro objeto de adoração que não D'us.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não te prostrarás diante deles, nem os servirás" (Shemót/Êxodo, 20:5). A
intenção não é de proibir unicamente o ato de curvar-se [para os ídolos], excluindo os
outros; foi mencionada apenas uma forma de adoração, que é a prostração, mas
estamos da mesma forma proibidos de oferecer sacrifícios e de queimar ketóret
(incenso) diante de um ídolo. Todo aquele que fizer uma dessas coisas proibidas para
um ídolo, isto é: que se curvar, oferecer sacrifícios, oferecer uma libação (oferenda de
vinho/ nessech) ou queimar ketóret (incenso) — estará sujeito a pena de sekilá (morte
por lançamento ao solo, na pedra)[— só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

A Mechílta diz: "'Aquele que fizer um korbán (sacrifício) aos deuses, será morto'
(Shemót/Êxodo, 22:19). Ouvimos, desta forma, a penalidade, mas não ouvimos a
advertência. Por isso, as Escrituras (Torá) dizem [em relação aos ídolos]: 'Não te
prostrarás diante deles, nem os servirás' (Shemót/Êxodo, 22:5). [A proibição de]
oferecer sacrifícios [aos ídolos] já estava incluída [na frase: "...nem os servirás"], mas
foi ressaltada, aqui, para ensinar-nos a seguinte lição: oferecer um sacrifício para
idolatria — que é algo que se realiza para servir a D'us — é um pecado, quer seja o
ídolo normalmente adorado dessa forma, quer não. Consequentemente, qualquer
outro ato que é normalmente executado para servir a D'us [se for praticado para os
ídolos] será um pecado, quer seja ele normalmente adorado dessa maneira quer não".

O significado dessas palavras é que todo aquele que realizar diante de um ídolo
qualquer um desses quatro atos de adoração – a saber: 1) curvar-se, 2) oferecer
sacrifícios, 3) queimar ketóret (incenso) e 4) verter uma libação (oferenda de vinho/
nessech), que nós temos a obrigação de realizar a serviço de D'us – estará sujeito à
pena de sekilá (morte por lançamento ao solo, na pedra), mesmo que o ídolo não seja
normalmente adorado daquela maneira. O que se quer dizer pela expressão "não seja
normalmente adorado" é o seguinte: embora alguém não tenha adorado o ídolo da
maneira pela qual ele é costumeiramente adorado, adorá-lo de uma das formas
mencionadas faz com que ele fique sujeito a pena de sekilá (morte por lançamento ao
solo, na pedra) — se ele tiver pecado voluntariamente; e à pena de carêt (castigo
Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida) — se
seu pecado não tiver testemunhas ou se ele não tiver sido punido por isso. Contudo, se
o pecado foi cometido involuntariamente, o pecador deve oferecer um determinado
korbán chatát (sacrifício por pecar inconscientemente). Quem transforma algo em
objeto de idolatria [dizendo, por exemplo: "Tal coisa é meu deus"], também é sujeito a
todas as penas acima citadas.

Esta proibição – ou seja, a proibição de prestar homenagem a um ídolo através de


qualquer uma dessas quatro formas de adoração, mesmo que o ídolo não seja
normalmente adorado assim – está repetida em Suas palavras, (louvado seja!): "E não
oferecerão mais seus sacrifícios aos seirím'" (Vayikrá/Levítico, 17:7), a respeito das
quais a Sifrá diz: "Seirím significa 'demônios'". Na Guemará de Zevachim está explicado
que esta proibição se aplica em especial no caso de alguém que tenha abatido uma
oferenda para um ídolo, mesmo que este ídolo não seja normalmente adorado dessa
forma:
"Como sabemos que se alguém fizer o korbán (sacrifício) de um animal a Merkulis (tipo
de idolatria cuja forma de adoração era jogar-lhe pedras), mesmo assim [é proibido e]
ele deverá ser punido [— com sekilá ou carêt, etc., dependendo do caso]? Porque está
escrito: 'Não oferecerão mais seus sacrifícios aos demônimos'. Aparentemente, seria
uma advertência desnecessária nos proibir de adorar um ídolo do mesmo jeito como o
fazem os idólatras, pois a Torá já nos proíbe isto, no versículo: "[Não diga:] 'De que
modo serviam estas nações a seus deuses, [do mesmo modo também farei eu']"
(Devarím/Deuteronômio, 12:30). Por isso — o versículo "não oferecerão.. aos
demônios" — nos proíbe de servir aos ídolos até mesmo usando outras formas de
adoração que não lhe são comuns (como lhe oferencendo um korbán ao invés de
pedras, etc.)".

Dessa maneira, a transgressão voluntária desta proibição é punida com ambos, o carêt
(castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a
vida) e a pena de sekilá (morte por lançamento ao solo, na pedra), como explicado
acima, e aquele que a transgredir involuntariamente deve oferecer um sacrifício. As
palavras das Escrituras (Torá) relativas a isto são: "Aquele que fizer um korbán
(sacrifício) aos deuses será morto".

As normas deste mandamento também estão explicadas no sétimo capítulo de


San'hedrin.

P. 2 - NÃO FAZER IMAGENS PARA ADORÁ-LAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número dois (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de fazer imagens que venham a ser adoradas, e não há diferença entre fazê-las nós
mesmos ou mandar que outros as façam.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não farás para ti imagem de escultura (...)" (Shemót/Êxodo, 20:4).

Todo aquele que transgredir este "Lô taassê" (proibição) estará sujeito à pena de
malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], seja por ter feito o ídolo
ou por ter mandado que outra pessoa o faça, mesmo que ele não o adore.

P. 3 - NÃO FAZER UM ÍDOLO PARA QUE OUTROS O ADOREM

A proibição (mitsvát lô taassê) número três (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de fazer um ídolo, mesmo que seja para que outros o adorem, e ainda que a pedido de
um idólatra.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem farei vós ídolos para vós mesmos" (Vayikrá/Levítico, 19:4), a respeito das
quais diz a Sifrá: "'Nem fareis vós' — mesmo que seja só para os outros".
Também está dito ali: "Aquele que fizer um ídolo para uso próprio transgride dois
mandamentos negativo". Ou seja, ele transgride a proibição de fazê-lo ele próprio,
ainda que para uso de outros, que está contida neste terceiro mandamento, e também
a proibição de adquirir um ídolo e de guardá-lo, ainda que outra pessoa o tenha feito
para ele, e que está contida no mandamento precedente. Dessa forma, ele está sujeito
à pena de malkut (chicotadas) duas vezes.

As normas deste mandamento e do precedente estão explicadas no Tratado de Avodá


Zará.

P. 4 - NÃO FAZER FIGURAS DE SERES HUMANOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número quatro (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de fazer figuras de seres humanos de metal, pedra, madeira e similares, ainda
que elas não sejam feitas para serem adoradas. A finalidade disso é impedir-nos de
fazer qualquer imagem para que não pensemos — como o fazem as multidões dos
idólatras — que elas possuem poderes sobrenaturais.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não fareis diante de Mim deuses de prata nem deuses de ouro para vós"
(Shemót/Êxodo, 20:23).

Para explicar esta proibição a Mechílta diz: "'Não fareis (...) deuses de prata'; a fim de
que você não diga: vou fazê-los apenas como enfeites, como outros fazem em vários
outros países, as Escrituras (Torá) dizem 'Não fareis (...) para vós'".

A transgressão deste "Lô taassê" (proibição) é punida com a pena de malkut


(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas dete mandamento – que figuras nos é permitido ou proibido confeccionar,


de que forma, e assim por diante – estão explicadas no terceiro capítulo de Avodá
Zará.

Está explicado em San'hedrin que este "Lô taassê" (proibição) – ou seja, Suas palavras
"Não fareis diante de Mim deuses de prata (...)" – também abrange outros aspectos
que vão além dos limites deste mandamento; mas o sentido literal deste versículo é o
que expusemos, como está explicado na Mechílta.

P. 15 - NÃO CONVOCAR PESSOAS PARA A IDOLATRIA

A proibição (mitsvát lô taassê) número quinze (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de convocar pessoas para a prática da idolatria, isto é, convocar e estimular
pessoas a adorar ídolos, ainda que o próprio incitador não os adore e não faça nada
além de convocar outros a fazê-lo.
[A FONTE NA TORÁ] Aquele que iludir uma comunidade é chamado de madíach, de
acordo com Suas palavras, (louvado seja!): "Saíram homens ímpios do meio de ti, e
perverteram (va-yedihu) os moradores da sua cidade dizendo (...)"
(Devarím/Deuteronômio, 13:14). Aquele que iludir um único indivíduo é chamado de
messit, de acordo com Suas palavras, (louvado seja!): "Quando te incitar (yesit'chá) teu
irmão de pai, ou teu irmão de mãe (...) em segredo, dizendo (...)"
(Devarím/Deuteronômio, 13:7). No presente mandamento falamos apenas do
madíach, cuja ação está proibida por Suas palavras, (louvado seja!): "Não seja ouvido
de tua boca" (Shemót/Êxodo, 23:13).

A Guemará de San'hedrin diz: "'Não seja ouvido de tua boca' é a proibição contra o
messit. A isso foi objetado que há uma proibição explícita contra desviar alguém do
bom caminho nas palavras das Escrituras (Torá) "E todo Israel ouvirá e temerá, e não
voltará a fazer uma coisa má como esta" (Shemót/Êxodo, 23:12) e esta é a proibição
contra o madíach". A Mechílta de Rabi Ishmael diz: "'Não seja ouvido de tua boca' é
uma advertência contra o madíach".

O castigo pela transgressão desta proibição é a pena de sekilá (morte por lançamento
ao solo, na pedra) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], como lemos em
San'hedrin: "Aqueles que levarem uma cidade apóstata pelo mau caminho serão
punidos com a pena de sekilá".

As normas deste mandamento estão explicadas no décimo capítulo de San'hedrin.

M. 186 - A LEI DA CIDADE APÓSTATA [Ir Hanidachát]

A mitsvá número cento e oitenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de matar todos os habitantes de uma cidade apóstata e de queimá-la com tudo o que
houver nela.

[A FONTE NA TORÁ] Esta é a lei da cidade apóstata (ir hanidachát), e ela está expressa
em Suas palavras, (louvado seja!): "E queimarás no fogo, a cidade e todo o seu
despojo, inteiramente" (Devarím/Deuteronômio, 13:17).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


San'hedrin.

P. 23 - NÃO RECONSTRUIR UMA CIDADE APÓSTATA

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e três (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de reconstruir uma cidade apóstata.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "E
será um montão de ruína para sempre; não será reconstruída jamais"
(Devarím/Deuteronômio, 13:17). O castigo pela reconstrução de qualquer parte dela –
ou seja, por reedificá-la como ela era antes – é a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no décimo capítulos de San'hedrin.

P. 24 - NÃO TIRAR PROVEITO DOS PERTENCES DE UMA CIDADE APÓSTATA

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de usar ou tirar proveito de bens de uma cidade apóstata.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "E
não haverá na tua mão nenhuma coisa do anátema" (Devarím/Deuteronômio, 13:18).

O castigo por pegar alguma coisa é a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no décimo capítulo de San'hedrin.

ESTUDO 14

P. 16, 17, 18, 19, 20, 21, 26, 28, 27, 29, 14, 8, 9, 7

P. 16 - NÃO TENTAR PERSUADIR UM ISRAELITA A ADORAR ÍDOLOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número dezesseis (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de desencaminhar, ou seja, tentar persuadir um israelita a adorar ídolos. Aquele
que fizer isto será chamado de messit, como foi explicado anteriormente.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "E
não voltará a fazer uma coisa má como esta, no meio de ti" (Devarím/Deuteronômio,
13:12).

A punição pela transgressão desta proibição – ou seja, por desencaminhar um israelita


– é a pena de sekilá (morte por lançamento ao solo, na pedra) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash], como está dito nas Escrituras (Torá): "Mas certamente o
matarás" (Devarím/Deuteronômio, 13:10). E o homem que o messit desejava
desencaminhar é aquele que deverá matá-lo, como Ele claramente enunciou, (louvado
seja!): "A tua mão será a primeira contra ele para o matar" (Devarím/Deuteronômio,
13:10), a respeito de que o Sifrí diz: "Aquele que foi desencaminhado tem por
obrigação matá-lo".

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo de San'hedrin.

P. 17 - NÃO AMAR A PESSOA QUE DESEJA SEDUZI-LO PARA A IDOLATRIA


A proibição (mitsvát lô taassê) número dezessete (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de que, aquele que tiver sido desencaminhado, incitado a praticar a idolatria,
está proibido de amar aquele que procura enganá-lo e está proibido de prestar
atenção ao que ele diz.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "Não
lhe cederás (toveh)" (Devarím/Deuteronômio, 13:9).

O Sifrí diz: "Eu poderia pensar, em virtude do princípio geral 'E amarás o teu próximo'
(Vayikrá/Levítico, 19:18 – ver mitsvá 206), que somos ordenados a amá-lo; por isso as
Escrituras (Torá) dizem 'Não concordes com ele'".

P. 18 - NÃO DIMINUIR NOSSA AVERSÃO PELO ENGANADOR

A proibição (mitsvát lô taassê) número dezoito (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina que quem tiver sido desencaminhado está proibido de diminuir seu ódio pelo
messit. É seu dever incondicional odiá-lo e se ele não o fizer estará infringindo um "Lô
taassê" (proibição).

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "E
não o ouvirás" (Devarím/Deuteronômio, 13:9), que estão explicadas da seguinte
forma: "Como está escrito 'Auxilia-lo-ás' (Shemót/Êxodo, 23:5 – ver mitsvá 202), eu
poderia pensar que somos ordenados a ajudar o messit; por isto as Escrituras (Torá)
dizem: 'E não o ouvirás'".

P. 19 - NÃO SALVAR A VIDA DO ENGANADOR

A proibição (mitsvát lô taassê) número dezenove (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina que quem tiver sido desencaminhado está proibido de salvar a vida do messit se
ele se encontrar em perigo.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "E os
teu olhos não terão piedade dele" (Devarím/Deuteronômio, 13:9), que são explicadas
da seguinte forma: "Uma vez que está escrito 'Não sejas indiferente quando está em
perigo o teu próximo' (Vayikrá/Levítico, 19:16), eu poderia pensar que é proibido ficar
indiferente caso um messit esteja em perigo; por isso as Escrituras (Torá) dizem: 'E os
teus olhos não terão piedade dele'".

P. 20 - NÃO DEFENDER UM ENGANADOR

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
que quem tiver sido desencaminhado está proibido de defender o enganador, e
mesmo que ele tenha conhecimento de algum argumento em seu favor, ele está
proibido de sugeri-lo ao messit ou de expô-lo ele mesmo.
[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "Não
o pouparás" (Devarím/Deuteronômio, 13:9), que são explicadas como significando:
"Você não deve advogar em seu favor".

P. 21 - NÃO OMITIR UMA EVIDÊNCIA QUE SEJA


DESFAVORÁVEL AO ENGANADOR

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e um (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina que quem tiver sido desencaminhado está proibido de omitir qualquer coisa de
que ele tenha conhecimento que seja desfavorável ao messit e que contribua para
puni-lo. É seu dever incondicional odiá-lo, e se ele não o fizer estará infringindo um "Lô
taassê" (proibição).

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "E
nem esconderás a sua culpa" (Devarím/Deuteronômio, 13:9), que são explicadas como
significando: "Se souberes algo desfavorável a ele não se é permitido omiti-lo".

P. 26 - NÃO FAZER PROFECIAS EM NOME DE UM ÍDOLO

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e seis (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina em que um homem fica proibido de profetizar em nome de um ídolo, ou seja,
dizer que D'us lhe ordenou adorar um ídolo ou que o próprio ídolo lhe ordenou a
adorá-lo, prometendo recompensá-lo e ameaçando puni-lo, como pretextam os
profetas de Baal e os de Ashera.

[A FONTE NA TORÁ] As Escrituras (Torá) não contêm uma proibição precisa e específica
a esse respeito, quer dizer, uma proibição contra profetizar em nome de um ídolo, mas
prescrevem um castigo, que é a morte por essa ofensa, através de Suas palavras,
(louvado seja!): "Quem falar em nome de outros deuses, este profeta morrerá"
(Devarím/Deuteronômio, 18:20). Essa morte será por chének (estrangulamento)
[quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash], porque temos uma regra geral de que quando as
Escrituras (Torá) prescrevem a pena de morte sem especificação significa que deve ser
por chének (estrangulamento).

Você já está familiarizado com a regra que expliquei nos 14 fundamentos expostos na
introdução a este trabalho, e que foi estabelecida pelos Sábios pelas palavras "As
Escrituras (Torá) nunca prescrevem uma punição sem antes estabelecer uma
proibição". Aqui a proibição se deriva das palavras "E o nome de outros deuses não
mencionareis" (Shemót/Êxodo, 23:13), pois não é impossível que um único "Lô taassê"
(proibição) sirva como advertência para várias proibições, embora ele não seja um lav
shebiklalut [uma proibição negativa geral (ver o nono fundamento)], já que foi
estabelecido um castigo diferente para cada caso. Darei esclarecimentos sobre este
princípio no momento apropriado.

As normas deste mandamento estão explicadas no décimo primeiro capítulo de


San'hedrin.
P. 28 - NÃO OUVIR AS PROFECIAS DE QUEM
PROFETIZA EM NOME DE UM ÍDOLO

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e oito (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de ouvir as profecias de alguém que profetiza em nome de um ídolo, ou seja,
não devemos entrar em debate com ele nem fazer-lhe perguntas, dizendo-lhe: "Qual é
o teu milagre e que prova tens dele?", como faríamos no caso de alguém que
profetizasse em nome de D'us. Quando ouvirmos uma pessoa profetizando em nome
de um ídolo devemos repreendê-la, pois é nosso dever repreender todo pecador, e
caso ele insista na sua afirmação, devemos aplicar-lhe o castigo que merece, de acordo
com a lei das Escrituras (Torá), sem levar em consideração seus milagres ou suas
provas.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não obedecerás as palavras daquele profeta" (Devarím/Deuteronômio, 13:4).

As normas deste mandamento estão explicadas no décimo primeiro capítulo


San'hedrin.

P. 27 - NÃO FAZER FALSAS PROFECIAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e sete (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de fazer profecias falsas, isto é, de divulgar, em nome de D'us, uma profecia que
Ele, enaltecido seja, não tenha dito ou que tenha dito a outro que não aquele que se
gaba de tê-la ouvido e que diz falsamente que D'us a comunicou a ele.

[A FONTE NA TORÁ] Este "Lô taassê" (proibição) está expresso em Suas palavras: "Mas
o profeta, que propositalmente falar alguma coisa em Meu Nome, que não lhe ordenei
falar" (Devarím/Deuteronômio, 18:20).

Também neste caso o castigo pela desobediência da proibição é o chének


(estrangulamento) [quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]: O Talmud inclui "um falso
profeta" na lista dos transgressores que devem ser estrangulados. Também está
escrito no mesmo lugar: "Há três que estão sujeitos à morte pela mão do homem: 'Que
propositadamente falar alguma coisa em Meu Nome' significa aquele que profetiza o
que ele não ouviu; 'Que não lhe ordenei falar', subentendendo que isso foi ordernado
a outro, significa aquele que profetiza o que não foi dito 'a ele'; "Ou que falar em nome
de outros deuses' significa aquele que profetiza em nome de um ídolo. Com referência
a todos eles está escrito: 'Este profeta morrerá', e toda vez que a pena de morte for
ordenada pelas Escrituras (Torá) sem especificação significa que deve ser por chének
(estrangulamento).

As normas da lei relativas a um falso profeta estão explicadas no décimo primeiro


capítulo San'hedrin.
P. 29 - NÃO TER PIEDADE DE UM FALSO PROFETA

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e nove (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de ter pena de um falso profeta ou de deixar de matá-lo porque ele profetiza
em nome de D'us. Não devemos temer estar cometendo algum pecado, uma vez que
sua falsidade nos foi provada.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não o temerás" (Devarím/Deuteronômio, 18:22), a respeito das quais diz o
Sifrí: "'Não o temerás': não deixe de declará-lo culpado".

As normas deste mandamento estão explicadas na introdução ao nosso Comentário


sobre a Mishná.

P. 14 - NÃO JURAR POR UM ÍDOLO

A proibição (mitsvát lô taassê) número quatorze (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de jurar por um ídolo mesmo estando com idólatras, nem devemos fazê-los
jurar em nome de um ídolo, de acordo com as palavras da Mechílta "Você não deve
levar um pagão a jurar por sua divindade".

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E o nome de outros deuses não mencionareis" (Shemót/Êxodo, 23:13); você
não deve fazer com que o idólatra jure em nome de sua divindade.

No mesmo trecho a Mechílta também diz: "'Não mencionareis' – isso significa que não
se deve fazer um juramento em nome de um ídolo".

Em San'hedrin está dito: "'Não mencionareis' – isto significa que não se deve dizer a
seu amigo 'Espere por mim junto a tal ídolo'".

Todo aquele que transgredir esta proibição – ou seja, que jurar em nome de qualquer
objeto criado que pessoas mal orientadas consideram como divindade, como se fosse
um ser superior (ver mitsvá 7) – está sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando
há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash]. A Guemará de San'hedrin diz o seguinte com relação à
proibição feita pelos rabinos de beijar ou abraçar um ídolo, de varrer o chão diante
dele ou de realizar outros atos semelhantes que indiquem respeito e amor por ele: "O
ofensor não será castigado com malkut por nenhum desses atos, a não ser por fazer
uma promessa ou um juramento em nome de um ídolo".

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo de San'hedrin.

P. 8 - NÃO PRATICAR A FEITIÇARIA DO ÓV

A proibição (mitsvát lô taassê) número oito (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de praticar a feitiçaria de um Óv, o qual, depois de ter queimado um determinado
ketóret (incenso) e realizado um determinado ritual, imagina ouvir uma voz falando de
debaixo de suas axilas, que responde a suas perguntas, sendo que essa prática é
considerada como um tipo de idolatria.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não vos voltareis para as magias" (Vayikrá/Levítico, 19:31), a respeito das quais
a Sifrá diz: "'Óv é o Pitom que fala de debaixo de suas axilas".

Aquele que violar voluntariamente esta proibição – ou seja, que praticar isto ele
próprio e que realizar o ritual – estará sujeito a pena de sekilá (morte por lançamento
ao solo, na pedra) [quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] ou à carêt (castigo Divino
que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), se ele não for
castigado com sekilá; aquele que cometer o pecado involuntariamente deve oferecer
um korbán (sacrifício de) chatát específico.

As normas deste mandamento também estão explicadas no sétimo capítulo de


San'hedrin./p>

P. 9 - NÃO PRATICAR A FEITIÇARIA DO YIDONÍ

A proibição (mitsvát lô taassê) número nove (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de praticar a feitiçaria de um Yidoní, sendo que esta também é uma espécie de
idolatria. O Yidoní coloca na boca um osso de um pássaro chamado yidoa, queima
ketóret (incenso), recita determinadas palavras e cumpre um determinado ritual até
ficar como se tivesse desmaiado e cair em um transe, durante o qual ele prediz o
futuro. Os Sábios dizem; "'Yidoní – aquele que coloca o osso do yidoa em sua boca, o
qual fala por si próprio".

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não vos voltareis para as magias e para as feitiçarias (Yidoní)" (Vayikrá/Levítico,
19:31). Isto não deve ser considerado como um lav shebikhlatut, por que ao falar dos
castigos a serem aplicados Ele separa os dois dizendo Óv ou Yidoní, e ordenanda pena
de sekilá (morte por lançamento ao solo, na pedra) [quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash] e carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com
D'us e encurta a vida), no caso de violação voluntária de cada um deles. Suas palavras
(louvado seja!): "E o homem ou mulher que fizerem magia (Óv) ou feitiçaria (Yidoní)
serão mortos" (Vayikrá/Levítico, 19:31).

Também neste caso aquele que transgredir a proibição involuntariamente deverá levar
uma chatát kevuá (trazer um sacrifício específico de pecado).

As normas deste mandamento também estão explicadas no sétimo capítulo de


San'hedrin.

P. 7 - NÃO ENTREGAR PARTE DE SUA


DESCENDÊNCIA AO RITO DE IDOLATRIA DE MOLÊCH

A proibição (mitsvát lô taassê) número sete (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de colocar uma parte de nossos descendentes nas mãos do ídolo conhecido na época
da entrega da Torá, como Molêch.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E da tua semente (descendência) não entregarás nenhum, para fazê-la passar
pelo fogo, ao Molêch" (Vayikrá/Levítico, 18:21).

Esta forma de idolatria, como está explicado no sétimo capítulo de San'hedrin,


consistia em acender um fogo e abanar suas chamas, quando então o pai entregava
parte de seus descendentes ao sacerdote a serviço daquele ídolo, e [aí então o próprio
pai] fazia com que passasse sobre o fogo de um lado para o outro.

A proibição de tal conduta está repetida em Suas palavras: "Não se achará entre ti,
quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo" (Devarím/Deuteronômio, 18:10).

Aquele que violar voluntariamente esta proibição estará sujeito a pena de sekilá
(morte por lançamento ao solo, na pedra) [quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]
ou à carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e
encurta a vida), se não for castigado com sekilá; aquele que pecar involuntariamente
deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát específico.

As normas deste mandamento também estão explicadas no sétimo capítulo de


San'hedrin.

ESTUDO 15

P. 11, 12, 13, M. 185, P. 25, 22, 48, 50, 51, 30, 33, 31, 32

P. 11 - NÃO ERGUER UM PILAR [MONUMENTO, MATSEVÁ] PARA QUE AS PESSOAS SE


REÚNAM AO SEU REDOR PARA REVERENCIAR

A proibição (mitsvát lô taassê) número onze (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de erguer um pilar que as pessoas se reúnam ao seu redor para reverenciar, mesmo
que ele seja erguido com o propósito de adoração a D'us. A razão disso é que não
devemos, no serviço de D'us, imitar os idólatras, que tinham o hábito de erguer pilares
e colocar seus ídolos sobre eles.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não levantarás para ti matsevá (monumento de idolatria) porque D'us, teu
D'us, odeia" (Devarím/Deuteronômio, 16:22).
A transgressão desta proibição é punida com a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 12 - NÃO ESCULPIR PEDRAS PARA PROSTRAR-SE SOBRE ELAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número doze (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de esculpir pedras para prostrar-nos sobre elas, mesmo se elas tiverem sido feitas a
serviço de D'us. Isto também é condenado para que não imitemos os idólatras, cujo
hábito era colocar uma pedra magnificamente esculpida aos pés de um ídolo e
prostrar-se sobre ela em adoração.

[A FONTE NA TORÁ] [Esta proibição Divina está expressa em] Suas palavras, (louvado
seja!): "Assoalho sagrado de pedras, não poreis em vossa terra para prostrar-vos sobre
ele" (Vayikrá/Levítico, 26:11).

A punição pela transgressão desta proibição é a pena de malkut (chicotadas) [só


quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

A Sifrá diz: "'Não poreis em vossa terra': você está proibido de prostrar-se sobre as
pedras em sua terra, mas pode prostrar-se sobre as pedras no Santuário".

As normas deste mandamento também estão explicadas na Guemará de Meguilá.

P. 13 - NÃO PLANTAR ÁRVORES NO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número treze (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de plantar árvores no Santuário ou junto ao mizbêach (altar) com finalidade de adorno
ou embelezamento, mesmo que seja em adoração a D'us, porque era costume dos
idólatras plantar árvores bonitas e simétricas em honra aos ídolos em suas casas de
adoração.

[A FONTE NA TORÁ] [Esta proibição Divina está expressa em] Suas palavras, (louvado
seja!): "Não plantarás para ti, nenhuma ashera nem árvore junto ao mizbêach (altar)
de D'us, teu D'us" (Devarím/Deuteronômio, 16:21).

A transgressão desta proibição é punida com a pena de malkut (chicotadas) [só


quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas na Guemará de Tamid, na qual foi


esclarecido que é proibido todo tipo de planta no Santuário.

M. 185 - DESTRUIR TODO TIPO DE IDOLATRIA NA TERRA DE ISRAEL


A mitsvá número cento e oitenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de destruir todo tipo de idolatria e seus templos por todas as maneiras possíveis de
destruição e aniquilação: quebrar, queimar, demolir e rasgar, usando para cada objeto
o meio apropriado para que a destruição seja feita o mais completa e rapidamente
possível, pois a intenção é que não reste nem traço dele.

[A FONTE NA TORÁ] Isso está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Com certeza
destruam todos os lugares [onde....adoram seus deuses...]" (Devarím/Deuteronômio,
12:2), e também em: "o que vocês devem fazer é destruir seus altares [de idolatria]
(...)" (Devarím/Deuteronômio, 7:5) e novamente em: "Deves destruir seus altares [de
idolatria]" (Shemot/Êxodo, 34:13).

A Guemará de San'hedrin registra casualmente que a menção de um mandamento


(mitsvát assê) relativo à idolatria provocou a seguinte pergunta: "Como se pode
conceber um mandamento (mitsvát assê) em relação à idolatria?" E o Rabi Chisdá citou
como explicação: "Deves destruir seus altares".

O Sifrí diz: "De que modo se conclui que se cortar uma asherá [árvore de idolatria] e se
ela tornar a crescer [ou se trocarem por outra] dez vezes, deve-se cortá-la novamente?
Pelas palavras da Torá 'Com certeza destruam". Também está dito ali: "'E erradicareis
os seus nomes daquele lugar' (Devarím/Deuteronômio, 12:3): o mandamento (mitsvá)
de destruir [de forma a erradicar toda] a idolatria se aplica apenas na terra de Israel".

P. 25 - NÃO AUMENTAR NOSSA FORTUNA COM


QUALQUER COISA QUE PROVENHA DA IDOLATRIA

A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de aumentar nossa fortuna com qualquer coisa que provenha da idolatria; ao
contrário, devemos fugir dela, de seus templos e de seus pertences.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "E
não trarás abominação à tua casa" (Devarím/Deuteronômio, 7:26).

O castigo por beneficiar-se de algum dos pertences é a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

Foi esclarecido no final de Macot que aquele que acender lenha de ashera [uma árvore
de idolatria — veja proibição 13] está sujeito a duas penas de malkut (chicotadas): uma
por "E não trarás abominação à tua casa" e outra por "E não haverá"
(Devarím/Deuteronômio, 13:18). Isto deve ser observado.

As normas deste mandamento estão explicadas no terceiro capítulo de Avodá Zará.

P. 22 - NÃO TIRAR PROVEITO DE ORNAMENTOS QUE ENFEITARAM UM ÍDOLO


A proibição (mitsvát lô taassê) número vinte e dois (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de tirar proveito de ornamentos com os quais um ídolo tenha sido enfeitado. É
seu dever incondicional odiá-lo, e se ele não o fizer estará infringindo um "Lô taassê"
(proibição).

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "Não
cobiçarás a prata e o ouro que está sobre eles" (Devarím/Deuteronômio, 7:25). A Sifrá
explica que são proibidas as roupas que adornaram um ídolo e baseia essa proibição
em Suas palavras, (louvado seja!): "Não cobiçarás a prata e ouro que está sobre eles".

A punição pela desobediência a esta proibição é a pena de malkut (chicotadas) [só


quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no terceiro capítulo de Avodá Zará.

P. 48 - NÃO FAZER UMA ALIANÇA COM


AS SETE NAÇÕES IDÓLATRAS DE CANAÃ

A proibição (mitsvát lô taassê) número quarenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer uma aliança com os hereges, ou seja, com as sete nações, e
de deixá-los tranquilos em sua heresia. [Estes sete são os povos: Chití, Emorí, Knaaní,
Prizí, Chiví, Yevussí e Guirgashí]

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não farás aliança alguma com elas" (Devarím/Deuteronômio, 7:2).

Já explicamos, ao tratar do mandamento (mitsvát assê) 187 que a guerra contra as


sete nações e os outros mandamentos relativos a elas devem ser incluídos [na lista das
613 mitsvót] e não são de tempo limitado.

As normas deste mandamento estão explicadas no final do Tratado de Macot.

P. 50 - NÃO DEMONSTRAR COMPAIXÃO PARA COM OS IDÓLATRAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número cinquenta (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de demonstrar compaixão para com os idólatras ou de elogiar qualquer coisa
que lhes pertença.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não terás misericórdia deles (lo tehonem)" (Devarím/Deuteronômio, 7:2),
que são tradicionalmente interpretadas como significando: "Não lhes concedereis
nenhuma graça (hen)". E ainda que um idólatra tenha uma boa aparência, somos
proibidos de dizer que "Ele tem boa aparência" ou "Ele tem um belo rosto", como está
explicado em nossa Guemará.
A Guemará de Avodá Zará no Talmud de Jerusalém diz que há um "Lô taassê"
(proibição) que proíbe conceder-lhes alguma graça.

P. 51 - NÃO PERMITIR QUE OS IDÓLATRAS RESIDAM EM NOSSA TERRA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cinquenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de permitir que idólatras residam em nossa terra para que não
aprendamos suas heresias.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não morarão em tua terra, quiçá te façam pecar contra Mim" (Shemót/Êxodo,
23:33). Se algum idólatra desejar permanecer em nossa terra, não devemos permitir
que o faça a menos que ele renegue a idolatria; nesse caso, ele poderá se tornar um
residente. Tal pessoa é conhecida como um guer tosháv, que significa que ele é um
guer (convertido) apenas no sentido de que lhe é permitido residir em nossa terra.
Assim, os Sábios dizem: "Quem é um guer tosháv? De acordo com Rabi Yehudá, é
aquele que renegou a idolatria".

"Contudo, um adorador de ídolos não deve residir entre nós, nem podemos vender-lhe
um imóvel ou alugar a ele: isto é rigorosamente interpretado como significando 'não
permitirás que se fixem (hanaya) na terra'".

As normas deste mandamento estão explicadas em San'hedrin e Avodá Zará.

P. 30 - NÃO ADOTAR OS HÁBITOS E COSTUMES DOS DESCRENTES

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de trilhar os caminhos dos descrentes e de adotar seus costumes, inclusive quanto às
suas roupas e suas reuniões sociais.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não andareis nos costumes da nação que Eu hei de expulsar de diante de
vós" (Vayikrá/Levítico, 20:23) e está repetida em Suas palavras "E não andeis segundo
os seus costumes" (Vayikrá/Levítico, 18:3), a respeito das quais comenta a Sifrá: "Eu
ordenei apenas aquilo que foi estabelecido como costume para eles e seus ancestrais".

A Sifrá diz: "'E não andeis segundo os seus costumes': não sigam seus costumes sociais,
ou seja, as coisas que se transformaram em hábitos para eles, tal como teatros, circos
e arenas – sendo que esses são vários tipos de locais de reunião onde eles se juntam
para a adoração de ídolos. Rabi Meir diz: Esses se referem aos 'costumes dos Amoritas'
enumerados pelos Sábios. Rabi Yehudá ben Betera diz que você não deve se barbear
ao redor da cabeça ou deixar crescer a franja de seus cabelos ou raspar o cabelo de
sua testa".
A punição por qualquer uma dessas ofensas é a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

Esta proibição está repetida sob outra forma, em Suas palavras "Guarda-te não te
unires a elas com receio de que sejas levado a segui-las" (Devarím/Deuteronômio,
12:30), sobre as quais diz o Sifrí: "'Guarda-te' é um "Lô taassê" (proibição); 'Com receio
de que' é um "Lô taassê" (proibição); 'Sejas levado a segui-las' – com receio de que te
compares a elas e sigas seus costumes e elas se transformem em uma armadilha para
ti. Você não deve dizer: Assim como eles se vestem em púrpura, eu me vestirei em
púrpura; assim como eles usam telusin — um tipo de adorno usado pelos soldados —
eu também usarei telusin". E você conhece as palavras do profeta "[...Eu castigarei...]
Todo aquele que estiver vestido com ornamentos de gentios" (Tsefânia, 1:8). A
finalidade de tudo isto é que devemos evitar os idólatras e menosprezar todos os seus
hábitos, até mesmo no tocante às suas roupas.

As normas deste mandamento estão explicadas no sexto capítulo Shabat e também no


Tosséfta desse tratado.

P. 33 - NÃO PRATICAR A VIDÊNCIA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e três (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de praticar a vidência, como fazem as pessoas que dizem: "Como eu interrompi
minha viagem, não terei sucesso"; ou "A primeira coisa que vi hoje foi isso e aquilo:
este será certamente um dia proveitoso para mim". Tais exemplos são extremamente
comuns entre as pessoas de nações atrasadas.

[A FONTE NA TORÁ] Todo aquele que permitir que sua conduta seja influenciada por
presságios estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash], de acordo com Suas palavras, (louvado seja!): "Não se achará entre ti (...)
nem adivinho, nem feiticeiro (menahesh)" (Devarím/Deuteronômio, 18:10). Isso está
repetido nas palavras "Não augurarei (tenahashu)"(Vayikrá/Levítico, 19:26); e o Sifrí
diz: "'Menahesh': como aquele que diz 'O pão caiu de minha boca', 'O bastão caiu da
minha mão', 'Uma cobra passou pela minha direita' ou 'Uma raposa passou pela minha
esquerda'". E na Sifrá lê-se: "'Não augurareis', como fazem aquels que tiram presságios
de uma doninha, ou dos pássaros, ou das estrelas e assim por diante".

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo de Shabat e na


Tosséfta desse tratado.

P. 31 - NÃO FAZER ADIVINHAÇÕES

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e um (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de fazer adivinhações, isto é, fazer uso de qualquer um dos vários meios de
estimular a capacidade de suposição, pois todos aqueles que têm o poder de predizer
o futuro o fazem porque a capacidade de suposição está altamente desenvolvida
neles, e de uma maneira geral ela opera corretamente; consequentemente, eles têm
um pressentimento do que vai acontecer, sendo que alguns deles são superiores a
outros, assim como entre todos os homens alguns superam outros em uma
determinada capacidade da alma.

Contudo, os que têm esses poderes de suposição tentam estimulá-los e ativá-los por
um ou outro meio. Um deles baterá várias vezes no chão com sua bengala, emitirá
gritos estranhos e se concentrará durante um longo período de tempo, até que caia
em um tipo de transe e comece a predizer o futuro. Uma vez eu vi isso no Extremo
Oeste. Outro jogará seixos em um pedaço de pele, olhará para eles por um longo
tempo e então fará a profecia – uma prática comum em todos os lugares que visitei.
Outro ainda jogará um longo cinto de couro no chão, o observará e fará a profecia. O
objetivo de tudo isto é estimular os poderes que ele possui; seu ritual não produz
nenhum efeito em lhe fornecer alguma informação.

É nesse ponto que a maioria das pessoas se engana. Quando algumas predições se
tornam realidade, pensam que essas práticas realmente revelam o futuro e persistem
nesse erro, ao ponto de chegar a acreditar que algumas dessas práticas são a causa
dos acontecimentos que se seguem, tal como os astrólogos costumam acreditar. A
arte da astrologia é, na realidade, semelhante a isto, no sentido de que ambos são
meios de estimular essa capacidade. Portanto, não há dois homens iguais no que se
refere à veracidade de suas profecias, embora muitos possam ser iguais quanto ao seu
conhecimento da arte.

[A FONTE NA TORÁ] Aquele que se envolve com uma destas práticas, ou outras
práticas do mesmo tipo, é chamado de kossem, adivinho. D'us (louvado seja!) diz: "Não
se achará entre ti (...) nem adivinho (kossem kessamim)" (Devarím/Deuteronômio,
18:10). A este respeito o Sifrí diz: "O que é um kossem? Aquele que tomar sua bengala
em suas mãos e disser: 'Devo ou não devo ir?'" É com relação a este tipo de
adivinhação, comum naquela época, que o profeta disse: "Meu povo pede conselho à
sua vara, e sua bengala se manifesta a eles" (Hoshea, 4:12).

Aquele que cometer esta transgressão – ou seja, que praticar adivinhações e fizer
coisas que lhe permitam predizer o futuro – estará sujeito à pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. Isto não se aplica àquele
que consulta o adivinho, embora o ato de consultá-lo seja censurável ao extremo.

As normas deste mandamento estão explicadas em vários trechos na Guemará de


San'hedrin, na Tosséfta de Shabat e no Sifrí.

P. 32 - NÃO ORIENTAR NOSSA CONDUTA PELAS ESTRELAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de orientar nossa conduta pelas estrelas, ou seja, não devemos dizer "Este dia é
favorável para um determinado empreendimento e nós vamos realizá-lo", ou "Este dia
é desfavorável para um determinado empreendimento e não o executaremos".
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não se achará entre ti (...) nem prognosticador (meonen)"
(Devarím/Deuteronômio, 18:10) e está repetida em Suas palavras "E não
prognosticareis (teonenu)" (Vayikrá/Levítico, 19:26), a respeito das quais diz a Sifrá: "'E
não prognosticareis': isto se refere àqueles que predizem os tempos – sendo que a
palavra 'teonenu' é derivada de 'oná' (que significa tempo, época)". Isto significa que
não deverá ser encontrado entre vocês um vidente que decide que um momento é
favorável e outro não.

O castigo pela transgressão desta proibição – ou seja, por aconselhar quanto aos
momentos – é a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].Isto não se aplica àquele que faz a consulta, mas tal tipo de consulta
também está proibida, além de ser uma fraude. Todo aquele que deliberadamente
escolher uma determinada época para fazer algo, baseado em uma previsão de boa
sorte ou sucesso, também deve ser castigado com malkut, porque ele terá realizado
uma ação.

Esta proibição também se estende aos truques de ilusão de ótica. Os Sábios dizem:
"'Meonen' se refere a alguém que engana com ilusões de ótica"; isto inclui um grande
número de truques realizados por prestidigitção, que dão aos homens a ilusão de
verem coisas que não existem. Essas pessoas têm seus truques habituais, como pegar
uma corda e diante dos olhos dos espectadores guardá-la em um canto de seu traje
para então retirar dali uma cobra; ou jogar um anel para cima e depois retirá-lo da
boca de uma das pessoas que estiver diante dele; e há outros truques de mágica
similares, muito populares. Todos os truques desse tipo são proibidos e todo aquele
que os pratica é chamado de enganador; e como seus truques são um tipo de
feitiçaria, sua punição é a pena de malkut (chicotadas). Ele também é um enganador
de pessoas e causa grandes danos ao fazer com que aquilo que não pode realmente
existir pareça possível aos olhos de tolos, homens, mulheres e crianças, habituando-os,
assim, a aceitar como possíveis coisas impossíveis. Isto deve ser observado.

ESTUDO 16

P. 35, 38, 36, 37, 34, 43, 44, 40, 39, 41, 45, 171

P. 35 - NÃO PRATICAR A ARTE DO ENCANTADOR

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de praticar a arte do encantador (hober), ou seja, dizer palavras de
encantamento que se supõe que tenham determinados efeitos positivos ou negativos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não se achará entre ti (...) nem encantador (hober haber)"
(Devarím/Deuteronômio, 18:10-11), sobre as quais o Sifrí diz: "'Hober haber' significa
um encantador de serpentes ou de escorpiões"; quer dizer, ele recita palavras de
encantamento para que eles – acredita ele – não mordam, ou se ele já tiver sido
mordido, para diminuir a dor.

O castigo pela desobediência desta proibição é a pena de malkut (chicotadas) [— só


quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento também estão explicadas no sétimo capítulo de Shabat.

P. 38 - NÃO TENTAR OBTER INFORMAÇÕES COM OS MORTOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e oito (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de tentar obter informações com os mortos – com aqueles que se pensa que
estão mortos, embora comam e tenham sensações – pensando que, se alguém fizer
determinadas coisas e se vestir de uma determinada maneira, os mortos virão durante
seu sono e responderão às suas perguntas.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não se achará em ti (...) nem quem consulte os mortos (doresh el hametim)"
(Devarím/Deuteronômio, 18:10-11), a respeito das quais a Guemará de San'hedrin diz:
"'Doresh el hametim' significa aquele que se deixa morrer de fome e passa a noite em
um cemitério para que o espírito de um demônio possa descansar nele".

O castigo pela transgressão desta proibição é a pena de malkut (chicotadas) [só


quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 36 - NÃO CONSULTAR UM NECROMANTE QUE USE O ÓV

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e seis (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de consultar um necromante que use o Óv e de tentar obter informações dele.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não se achará entre ti (...) nem necromante (shoel Óv)"
(Devarím/Deuteronômio, 18:10-11).

A desobediência a esta proibição – ou seja, consultar um necromante que se utilize de


um Óv – não é punida com a morte, mas mesmo assim a sua prática é proibida.

P. 37 - NÃO CONSULTAR UM FEITICEIRO QUE UTILIZE DO "YIDOA"

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e sete (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de consultar um feiticeiro que se utilize do yidoa e de tentar obter informações
dele.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não se achará entre ti (...) ou Yidoní" (Devarím/Deuteronômio, 18:10-11). A
Sifrá diz: "'Não vos volteis para as magias (Óv) e para as feitiçarias (Yidoní)'
(Vayikrá/Levítico, 19:31): o Óv, ou seja, o Pitom que fala de debaixo de suas axilas, e o
Yidoní, que fala de dentro de sua boca, são punidos com a pena de sekilá (morte por
lançamento ao solo, na pedra), e aquele que os consulta [e se conduz de acordo com a
orientação do feiticeiro] é punido com a pena de malkut (chicotadas) [em ambos os
casos, só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em
um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 34 - NÃO PRATICAR A FEITIÇARIA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de praticar feitiçaria.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não se achará entre ti (...) nem feiticeiro (mekhashef)"
(Devarím/Deuteronômio, 18:10).

Aquele que deliberadamente desobedecer esta proibição está sujeito a pena de sekilá
(morte por lançamento ao solo, na pedra)[— só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].
Aquele que a transgredir involuntariamente deve levar uma chatát kevuá (trazer um
sacrifício específico de pecado). As Escrituras (Torá) dizem: "Feiticeira não deixarás
viver" (Shemót/Êxodo, 22:17).

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo San'hedrin.

P. 43 - NÃO RASPAR OS CABELOS DAS TÊMPORAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número quarenta e três (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de cortar o cabelo das têmporas.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não cortareis o cabelo de vossa cabeça em redondo" (Vayikrá/Levítico, 19:27).
O objetivo desta proibição também é para que não imitemos os idólatras, porque eles
tinham o costume de raspar apenas o cabelo de suas têmporas. De acordo com isso, os
Sábios julgaram necessário explicar no Tratado de Yevamót que "Barbear toda a
cabeça é considerado como 'arredondar'", para que não se argumente que o objetivo
desta proibição é impedir-nos de raspar os cabelos das têmporas assim como o resto
do cabelo (da cabeça), como fazem os sacerdotes idólatras, mas que raspar todo o
cabelo não é imitação deles. Por esse motivo, os Sábios nos dizem que em
circunstância alguma nos é permitido raspar os cabelos das têmporas, quer se raspe
apenas as têmporas ou todo o cabelo da cabeça; e que cada têmpora é punível com a
pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]., de forma que
aquele que barbear toda sua cabeça deve ser açoitado duas vezes. Apesar disso, não
contamos esta proibição como dois mandamentos, porque há apenas uma negação e
não duas. Se Ele tivesse dito: "Você não deve arredondar o canto direito da cabeça
nem o canto esquerdo", e víssemos que os Sábios prescreveram dois castigos, teria
sido possível considerá-la como dois mandamentos; mas, como é um único assunto
abrangido em uma única expressão, trata-se na realidade de um único mandamento.
Embora esta proibição seja interpretada como abrangendo várias partes do corpo, e
estejamos sujeitos à pena de malkut (chicotadas) por cada uma dessas partes,
separadamente, isso não a transforma necessariamente em mais de um mandamento.

As normas deste mandamento estão explicadas no final do Tratado de Macot. Ele não
é obrigatório para mulheres.

P. 44 - NÃO RASPAR A BARBA

A proibição (mitsvát lô taassê) número quarenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de raspar a barba, que tem cinco partes: o maxilar superior direito, o
maxilar superior esquerdo, o maxilar inferior direito, o maxilar inferior esquerdo e a
ponta da barba.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição completa está expressa nas palavras: "E não raspareis
os cantos de vossa barba" (Vayikrá/Levítico, 19:27), porque todas as partes da barba
estão incluídas no termo "barba". As Escrituras (Torá) não dizem "Nem raspareis vossa
barba", mas sim "Nem raspareis 'os cantos' de vossa barba", significando que não se
deve raspar nem um canto da barba, a qual, de acordo com a Tradição, compõe-se de
cinco "cantos", como explicado acima, e fica-se sujeito a cinco penas de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] se se raspar toda a barba,
ainda que se raspe a barba toda de uma só vez.

A Mishná diz: "Cinco vezes pela barba: duas vezes pelo lado direito, duas vezes pelo
esquerdo e uma vez pela parte inferior. Rabi Eliezer diz: Se ele tirou toda a barba em
um só movimento, ele está sujeito a um único castigo; disso o Talmud conclui:
"Portanto, Rabi Eliezer considera o todo uma única proibição". Assim, temos uma
prova clara que o primeiro sábio { a primeira opinião na Mishná acima] é de opinião
que há cinco proibições, e essa é a lei.

Esse era também um costume dos sacerdotes idólatras, e é sabido que atualmente os
sacerdotes europeus raspam suas barbas.

A razão pela qual isso não deve ser contado como cinco mandamentos é que a
proibição trata de um único assunto em uma única expressão, como explicamos no
mandamento precedente.

As normas deste mandamento estão explicadas no final de Macot. Não é obrigatório


para mulheres.

P. 40 - OS HOMENS NÃO DEVEM USAR ROUPAS OU ADORNOS FEMININOS


A proibição (mitsvát lô taassê) número quarenta (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina em que os homens também estão proibidos de se enfeitarem com adornos
femininos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não usará o homem vestido de mulher" (Devarím/Deuteronômio, 22:5). O
homem que colocar adornos ou trajes sabidos ser de uso exclusivamente feminino
naquela região também é punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

Você deve saber que este costume – ou seja, as mulheres se enfeitarem com adornos
masculinos e os homens com adornos femininos – é algumas vezes adotado com o
intuito de despertar o desejo carnal, como é comum entre as nações, e algumas vezes
com a finalidade de adoração de um ídolo, como está explicado nos livros dedicados a
esse assunto. Também é uma prática comum estipular, com relação à confecção de
determinados talismãs, que se aquele que os fizer for um homem, ele deve usar trajes
femininos e enfeitar-se com ouro, pérolas e coisas desse tipo, e se for mulher, ela deve
usar armadura e rodear-se de armas. Isto é bem sabido daqueles que são
conhecedores do assunto.

P. 39 - AS MULHERES NÃO DEVEM USAR ROUPAS OU ADORNOS MASCULINOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número trinta e nove (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de seguir os costumes dos hereges no que se refere a mulheres usarem roupas
ou adornos masculinos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não haverá traje de homem na mulher" (Devarím/Deuteronômio, 22:5).

Toda mulher que usar um adorno que é sabido ser usado só pelos homens naquela
região está sujeita à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

P. 41 - NÃO FAZER MARCAS EM NOSSOS CORPOS [TATUAGEM]

A proibição (mitsvát lô taassê) número quarenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer qualquer marca – azul, vermelha ou de qualquer outra cor –
em nossos corpos, assim como fazem os idólatras, como é comum entre os Kobtim
[guiptim; talvez os antigos "egípcios"], até hoje.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E escrita de tatuagem não poreis em vós" (Vayikrá/Levítico, 19:28).
O castigo pela desobediência desta proibição é a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no final do Tratado de Macot.

P. 45 - NÃO FAZER CORTES EM NOSSA CARNE

A proibição (mitsvát lô taassê) número quarenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer cortes em nossa carne, como fazem os idólatras.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não fareis cortes em vossa carne (lo titgodedu)" (Devarím/Deuteronômio,
14:1), e também, sob outra forma em Suas palavras: "E incisões (seret) por um morto,
não fareis em vossa carne (Vayikrá/Levítico 19:28).

A Guemará de Yevamót explica que "'Lo titgodedu' é obrigatório pelo seu próprio
contexto, já que o Todo Misericordioso disse "Não vos ferireis por causa do [luto e
sofrimento pelo] morto".

A Guemará de Macot diz: "'Seritá' (cortar, arranhar, com a mão) e 'guedidá' (cortar
com um instrumento) são a mesma coisa". Também está explicado lá que quem o fizer
por causa dos mortos, seja com a mão ou com um instumento, estará sujeito à pena
de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc.,
após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]; na prática da
idolatria, ele estará sujeito ao castigo se o fizer com um instrumento, mas estará isento
se o fizer com a mão, pois no livro dos profetas encontramos o seguinte: "Eles se
cortam (vayitgodedu) de acordo com seus métodos, com espadas e lanças"
(Melachim/Reis I, 18:28).

O Talmud diz que este "Lô taassê" (proibição) também proíbe dividir as pessoas e criar
facções e discórdia, interpretando lo titgodeudu como "Não deveis separar-vos em
facções (agudot)". O verdadeiro significado do versículo, contudo, é, como explicam os
Sábios, "Não vos ferireis por causa dos mortos"; o outro é meramente um derash.

Da mesma forma, o fato de eles dizerem que "aquele que for inflexível em uma
discussão viola um "Lô taassê" (proibição), pois está dito que "Para que não seja como
Kôrach e como sua congregação" (Bamidbár/Números, 17:5), também é um derash,
pois o verdadeiro objetivo do versículo é o de dissuadir. Da forma como os Sábios
explicam o versículo, ele contém uma declaração negativa e não uma proibição, sendo
que a interpretação deles é que D'us declara que todo aquele que no futuro contestar
a autoridade dos Cohanim e reivindicar o sacerdócio para si mesmo não será tragado
pela terra – mas será punido "conforme tinha falado D'us por intermédio de Moisés"
(Bamidbár/Números, 17:5), isto é, com a tsaráat, como quando Ele disse a Moisés:
"Leva, por favor, a tua mão ao teu peito" (Shemót/Êxodo, 4:6) e como está dito a
respeito do Rei Uziá (Divre Hayamim/Crônicas II, 26:16-21).
Para voltar ao assunto deste mandamento, suas normas estão explicadas no final de
Macot, e o castigo pela desobediência desta proibição é a pena de malkut (chicotadas).

P. 171 - NÃO ARRANCAR NOSSO CABELO PELOS MORTOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de arrancar nossos cabelos por causa dos mortos, como fazem os
loucos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não vos fareis raspar a cabeça entre os olhos por causa de um morto"
(Devarím/Deuteronômio, 14:1).

Esta proibição está repetida, com relação aos Cohanim, em Suas palavras "Não farão
calva em sua cabeça" (Vayikrá/Levítico, 21:5), a fim de complementar o enunciado da
lei. Poderíamos argumentar, em virtude das palavras "entre os olhos", que a proibição
se aplica apenas a raspar a testa, por isso Ele diz: "Não farão calva em sua cabeça",
mostrando assim que a proibição se aplica a toda a cabeça assim como à testa. E se Ele
tivesse dito apenas "Não farão calva em sua cabeça" poderíamos argumentar que a
proibição se aplica tanto em relação aos mortos como aos outros, por isso Ele explica
dizendo "por causa de um morto".

Todo aquele que deixar em sua cabeça um buraco de calvície do tamanho de um grão
de feijão, por ter arrancado seus cabelos por causa de um morto, seja ele Cohen ou
israelita, será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash], uma vez por cada buraco de calvície.

Aqui, novamente, o objetivo da repetição em relação aos Cohanim, nas palavras "Nem
a sua barba rasparão e em sua carne não farão incisões" (Vayikrá/Levítico, 21:5), é
para complementar a lei do mandamento, como está explicado no final de Macot.

ESTUDOS 17-19

M. 73

M. 73 - CONFISSÃO [Vidúi]

A mitsvá número setenta e/span> três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de oferecer a fazer a confissão oral dos pecados que tivermos cometido contra a D'us,
(louvado seja!), depois de nos termos arrependido deles. Esta é a maneira de fazer a
confissão: "Oh, D'us, eu pequei, eu cometi injustiça, eu infringi (...)". Deve-se elaborar
a confissão e pedir perdão com toda a eloquência de que se for capaz.

Deve-se notar que mesmo no caso de pecados pelos quais se deve oferecer um dos
sacrifícios anteriormente especificados, através dos quais se obtêm o perdão
prometido por D'us, é preciso também confessar-se [arrependendo-se do erro] no
momento da oferenda.

[A FONTE NA TORÁ] Isto se depreende de Suas palavras, (louvado seja!): "Fala aos
filhos de Israel: Quando homem ou mulher fizer qualquer dos pecados (...) e
confessarão seus pecados que cometeram" (Bamidbár/Números, 5:6-7).

Comentando esse versículo, a Mechílta diz: "Uma vez que está escrito: 'e confessará
aquilo que pecou [asher chata]' (Vayicrá/Levítico, 5:5), deduzimos que a pessoa deve
fazer confissão pelo pecado que cometeu; 'aleha' [sobre ela] significa que deve
confessar sobre a oferenda, junto ao korbán chatát (sacrifício que deve trazer por ter
feito certos pecados graves involuntariamente), ou seja, enquanto o mesmo ainda
estiver vivo, e não depois de abatido. [No entanto, este] versículo não nos diz que o
indivíduo deve confessar-se [a D'us] por qualquer pecado que cometeu, pois ele só
menciona, aqui, [a confissão pelo] pecado de se entrar no Santuário em estado de
impureza" — porque este versículo: "Confessará aquilo que pecou" aparece na
parashát Vayikrá, no trecho das Escrituras que trata da impurificação do Santuário e
dos objetos santificados, assim como [outras transgressões] mencionadas neste
trecho, como explicamos antes. É por isso que a Mechílta diz que deste versículo se
pode deduzir a obrigação de confessar-se apenas no caso de se ter impurificado o
Santuário.

"De que modo você conclui [que a confissão de pecados] se aplica no caso de violação
de qualquer um dos outros mandamentos? Pelas palavras das Escrituras: 'Fala aos
filhos de Israel (...) e confessarão...[os seus pecados que fizerem]". De que modo você
conclui que esta obrigação [da confissão] existe também nos casos [graves] em que se
aplica a pena de carêt [castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma
com D'us e encurta a vida] ou de morte? Pelas palavras 'Seus pecados', ou seja, todos
os seus pecados, estendendo a aplicação às proibições (mitsvót lô taassê). [E as
palavras] 'que fizerem' incluem as transgressões dos mandamentos (mitsvót assê)
[pela transgressão dos quais também deve-se confessar].

A Mechílta diz, no mesmo trecho: "'Qualquer dos pecados do homem': isto significa:
transgressão dos mandamentos relacionados com outros homens, como roubo,
assalto e maledicência. 'Fazendo meílá (sendo falso, fazendo sacrilégio) para D'us': isto
inclui juramento em falso e blasfêmia. 'Será culpada aquela alma': isto estende a
obrigação de confessar-se a todo aquele que estiver sujeito à pena de morte. Poder-
se-ia pensar que isto se aplica mesmo àqueles que estão para ser condenados à morte
em virtude de um falso testemunho; as Escrituras dizem: 'Será culpada aquela alma',
ou seja, a confissão não é obrigatória para aquele que sabe que não cometeu nenhum
delito e contra o qual foi prestado falso testemunho".

Assim, fica claro que em todos os tipos de pecado, sejam eles grande ou pequenos,
inclusive nos casos de transgressões dos mandamentos (mitsvót assê), existe a
obrigação de confessar-se [e arrepender-se do erro].
Como o mandamento (mitsvá) "e confessarão" está mencionado com relação à
obrigação de oferecer um sacrifício, poderia ocorrer-nos a ideia de que a confissão não
é um obrigação por si só, mas apenas algo que está ligado (é um 'acessório') do
sacrifício (korbán). Por isto, os Sábios foram obrigados a explicar na Mechílta da
seguinte forma: "Poder-se-ia pensar que a confissão é necessária quando se oferece
um sacrifício; de que maneira sabemos que ela é necessária mesmo quando não há
uma oferenda? Pelas palavras das Escrituras: 'Fala aos filhos de Israel: (...) e
confessarão'. Poder-se-ia ainda pensar que a confissão só é obrigatória na terra de
Israel; de que modo se conclui que ela também é obrigatória na diáspora? Pelo
versículo 'E confessarão [na terra de seus inimigos] a sua iniquidade, e a iniquidade de
seus pais' (Vayicrá/Levítico, 26:40). E Daniel [que vivia fora de Israel] também disse: 'A
ti, ó D'us, pertence a justiça, e a nós pertence a vergonha'" (Daniel, 9:7).

Fica assim claro, por tudo que dissemos, que a confissão é por si só uma obrigação
independente e é obrigatória ao transgressor por cada pecado que ele cometer, seja
na terra de Israel ou fora dela, quer ele tenha oferecido um sacrifício ou não. Em todos
os casos, ele fica obrigado a confessar, de acordo com Suas palavras, (louvado seja!):
"E confessarão os seus pecados".

O Sifrá diz também: "'E confessará' (Vayicrá/Levítico, 16:21): isso refere-se à confissão
oral".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no último capítulo de Yomá.

ESTUDO 20

M. 73, 10

A Mitzva M.73 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente:

M. 73 - CONFISSÃO [Vidúi]

A mitsvá número setenta e/span> três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de oferecer a fazer a confissão oral dos pecados que tivermos cometido contra a D'us,
(louvado seja!), depois de nos termos arrependido deles. Esta é a maneira de fazer a
confissão: "Oh, D'us, eu pequei, eu cometi injustiça, eu infringi (...)". Deve-se elaborar
a confissão e pedir perdão com toda a eloquência de que se for capaz.

Deve-se notar que mesmo no caso de pecados pelos quais se deve oferecer um dos
sacrifícios anteriormente especificados, através dos quais se obtêm o perdão
prometido por D'us, é preciso também confessar-se [arrependendo-se do erro] no
momento da oferenda.

[A FONTE NA TORÁ] Isto se depreende de Suas palavras, (louvado seja!): "Fala aos
filhos de Israel: Quando homem ou mulher fizer qualquer dos pecados (...) e
confessarão seus pecados que cometeram" (Bamidbár/Números, 5:6-7).
Comentando esse versículo, a Mechílta diz: "Uma vez que está escrito: 'e confessará
aquilo que pecou [asher chata]' (Vayicrá/Levítico, 5:5), deduzimos que a pessoa deve
fazer confissão pelo pecado que cometeu; 'aleha' [sobre ela] significa que deve
confessar sobre a oferenda, junto ao korbán chatát (sacrifício que deve trazer por ter
feito certos pecados graves involuntariamente), ou seja, enquanto o mesmo ainda
estiver vivo, e não depois de abatido. [No entanto, este] versículo não nos diz que o
indivíduo deve confessar-se [a D'us] por qualquer pecado que cometeu, pois ele só
menciona, aqui, [a confissão pelo] pecado de se entrar no Santuário em estado de
impureza" — porque este versículo: "Confessará aquilo que pecou" aparece na
parashát Vayikrá, no trecho das Escrituras que trata da impurificação do Santuário e
dos objetos santificados, assim como [outras transgressões] mencionadas neste
trecho, como explicamos antes. É por isso que a Mechílta diz que deste versículo se
pode deduzir a obrigação de confessar-se apenas no caso de se ter impurificado o
Santuário.

"De que modo você conclui [que a confissão de pecados] se aplica no caso de violação
de qualquer um dos outros mandamentos? Pelas palavras das Escrituras: 'Fala aos
filhos de Israel (...) e confessarão...[os seus pecados que fizerem]". De que modo você
conclui que esta obrigação [da confissão] existe também nos casos [graves] em que se
aplica a pena de carêt [castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma
com D'us e encurta a vida] ou de morte? Pelas palavras 'Seus pecados', ou seja, todos
os seus pecados, estendendo a aplicação às proibições (mitsvót lô taassê). [E as
palavras] 'que fizerem' incluem as transgressões dos mandamentos (mitsvót assê)
[pela transgressão dos quais também deve-se confessar].

A Mechílta diz, no mesmo trecho: "'Qualquer dos pecados do homem': isto significa:
transgressão dos mandamentos relacionados com outros homens, como roubo,
assalto e maledicência. 'Fazendo meílá (sendo falso, fazendo sacrilégio) para D'us': isto
inclui juramento em falso e blasfêmia. 'Será culpada aquela alma': isto estende a
obrigação de confessar-se a todo aquele que estiver sujeito à pena de morte. Poder-
se-ia pensar que isto se aplica mesmo àqueles que estão para ser condenados à morte
em virtude de um falso testemunho; as Escrituras dizem: 'Será culpada aquela alma',
ou seja, a confissão não é obrigatória para aquele que sabe que não cometeu nenhum
delito e contra o qual foi prestado falso testemunho".

Assim, fica claro que em todos os tipos de pecado, sejam eles grande ou pequenos,
inclusive nos casos de transgressões dos mandamentos (mitsvót assê), existe a
obrigação de confessar-se [e arrepender-se do erro].

Como o mandamento (mitsvá) "e confessarão" está mencionado com relação à


obrigação de oferecer um sacrifício, poderia ocorrer-nos a ideia de que a confissão não
é um obrigação por si só, mas apenas algo que está ligado (é um 'acessório') do
sacrifício (korbán). Por isto, os Sábios foram obrigados a explicar na Mechílta da
seguinte forma: "Poder-se-ia pensar que a confissão é necessária quando se oferece
um sacrifício; de que maneira sabemos que ela é necessária mesmo quando não há
uma oferenda? Pelas palavras das Escrituras: 'Fala aos filhos de Israel: (...) e
confessarão'. Poder-se-ia ainda pensar que a confissão só é obrigatória na terra de
Israel; de que modo se conclui que ela também é obrigatória na diáspora? Pelo
versículo 'E confessarão [na terra de seus inimigos] a sua iniquidade, e a iniquidade de
seus pais' (Vayicrá/Levítico, 26:40). E Daniel [que vivia fora de Israel] também disse: 'A
ti, ó D'us, pertence a justiça, e a nós pertence a vergonha'" (Daniel, 9:7).

Fica assim claro, por tudo que dissemos, que a confissão é por si só uma obrigação
independente e é obrigatória ao transgressor por cada pecado que ele cometer, seja
na terra de Israel ou fora dela, quer ele tenha oferecido um sacrifício ou não. Em todos
os casos, ele fica obrigado a confessar, de acordo com Suas palavras, (louvado seja!):
"E confessarão os seus pecados".

O Sifrá diz também: "'E confessará' (Vayicrá/Levítico, 16:21): isso refere-se à confissão
oral".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no último capítulo de Yomá.

M. 10 - LER O SHEMÁ DIARIAMENTE [Keriát Shemá]

A mitsvá número dez (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de ler o Shemá
diariamente, à noite e pela manhã.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E delas falarás sentado em tua casa, andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao
levantar-te" (Devarím/Deuteronômio, 6:7).

As leis referentes a este mandamento (mitsvá) estão explicadas em Berachót, no qual


está demonstrado que a leitura do Shemá [de manhã e à noite] foi ordenada pela Torá.

A Tosséfta diz: "Da mesma maneira que a Torá ordenou um horário determinado para
a leitura do Shemá, os Sábios determinaram um horário para a tefilá (oração)"; ou seja,
os horários da oração não são determinados pela Torá, mas o dever da oração em si é
imposto pela Torá, como já explicamos (na mitsvá 5), e os Sábios determinaram os
horários da oração.

Os Sábios fixaram os horários da oração de maneira a corresponder aos horários em


que os sacrifícios eram trazidos nos tempos dos grandes templos de Jerusalém.

Este mandamento (mitsvá) não é obrigatório para as mulheres.

ESTUDO 21

M. 10, 5

A mitsvá M. 10 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.


M. 10 - LER O SHEMÁ DIARIAMENTE [Keriát Shemá]

A mitsvá número dez (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de ler o Shemá
diariamente, à noite e pela manhã.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E delas falarás sentado em tua casa, andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao
levantar-te" (Devarím/Deuteronômio, 6:7).

As leis referentes a este mandamento (mitsvá) estão explicadas em Berachót, no qual


está demonstrado que a leitura do Shemá [de manhã e à noite] foi ordenada pela Torá.

A Tosséfta diz: "Da mesma maneira que a Torá ordenou um horário determinado para
a leitura do Shemá, os Sábios determinaram um horário para a tefilá (oração)"; ou seja,
os horários da oração não são determinados pela Torá, mas o dever da oração em si é
imposto pela Torá, como já explicamos (na mitsvá 5), e os Sábios determinaram os
horários da oração.

Os Sábios fixaram os horários da oração de maneira a corresponder aos horários em


que os sacrifícios eram trazidos nos tempos dos grandes templos de Jerusalém.

Este mandamento (mitsvá) não é obrigatório para as mulheres.

M. 5 - SERVIR A D'US [Avodát Hashém]

A mitsvá número cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de servir a D'us,
(louvado seja!).

[A FONTE NA TORÁ] Esta mitsvá está repetida várias vezes nas Escrituras, como foi dito
em: "E servireis a D'us, vosso D'us" (Shemot/Êxodo, 23:25); "e a Ele servireis"
(Devarím/Deuteronômio, 13:5); "e a Ele servirás (Devarím/Deuteronômio, 6:13); "e
servi-Lo" (Devarím/Deuteronômio, 11:13).

Embora este mandamento (mitsvá) deveria estar excluído da lista das 613 mitsvót por
ser uma "ordem não específica e abrangente" — conforme foi explicado no quarto
fundamento — está aqui mencionado por incluir um mandamento (mitsvá) específico,
que é a obrigação de fazer tefilá (oração) [para D'us].

O Sifrí diz: "Servi-Lo (Devarím/Deuteronômio, 11:13) significa oração". Os Sábios


também dizem: "'Servi-Lo' significa estudar a lei". Na Mishná de Rabi Eliezer, filho de
Rabi Yossi Ha-Galili, está dito: "De que maneira ficamos sabendo que a oração é
obrigatória? Através do versículo 'Hashém (D'us), teu D'us, temerás, e a Ele servirás'"
(Devarím/Deuteronômio, 6:13). Os Sábios também dizem: "'Servi-Lo' através de Sua
Torá e 'servi-Lo' em Seu Santuário", o que significa que devemos aspirar a rezar no
Templo ou voltados em sua direção, como disse claramente [o rei] Salomão
(Melachim/Reis I, 8:30).
ESTUDOS 22-25

M. 5

A mitsvá M. 5 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 5 - SERVIR A D'US [Avodát Hashém]

A mitsvá número cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de servir a D'us,
(louvado seja!).

[A FONTE NA TORÁ] Esta mitsvá está repetida várias vezes nas Escrituras, como foi dito
em: "E servireis a D'us, vosso D'us" (Shemot/Êxodo, 23:25); "e a Ele servireis"
(Devarím/Deuteronômio, 13:5); "e a Ele servirás (Devarím/Deuteronômio, 6:13); "e
servi-Lo" (Devarím/Deuteronômio, 11:13).

Embora este mandamento (mitsvá) deveria estar excluído da lista das 613 mitsvót por
ser uma "ordem não específica e abrangente" — conforme foi explicado no quarto
fundamento — está aqui mencionado por incluir um mandamento (mitsvá) específico,
que é a obrigação de fazer tefilá (oração) [para D'us].

O Sifrí diz: "Servi-Lo (Devarím/Deuteronômio, 11:13) significa oração". Os Sábios


também dizem: "'Servi-Lo' significa estudar a lei". Na Mishná de Rabi Eliezer, filho de
Rabi Yossi Ha-Galili, está dito: "De que maneira ficamos sabendo que a oração é
obrigatória? Através do versículo 'Hashém (D'us), teu D'us, temerás, e a Ele servirás'"
(Devarím/Deuteronômio, 6:13). Os Sábios também dizem: "'Servi-Lo' através de Sua
Torá e 'servi-Lo' em Seu Santuário", o que significa que devemos aspirar a rezar no
Templo ou voltados em sua direção, como disse claramente [o rei] Salomão
(Melachim/Reis I, 8:30).

ESTUDO 26

M. 26, 12

M. 26 - A OBRIGAÇÃO DOS COHANIM


DE ABENÇOAR OS ISRAELITAS [Bircát Cohanim]

A mitsvá número vinte e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através do
qual os Cohanim são ordenados a abençoar os israelitas todos os dias.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Assim abençoareis os filhos de Israel; dir-lhes-ei: que D'us te abençoe e te guarde.
Que D'us faça resplandecer o Seu rosto sobre ti, e te agracie. Tenha D'us misericórdia
de ti, e ponha em ti a paz" (Bamidbár/Números, 6:23-26).

As normas detalhadas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no último capítulo


de Meguilá e de Taanit, e no sétimo capítulo do Tratado do Talmud de Sotá.
M. 12 - O TEFILIN DA CABEÇA [Tefilin Shel Rosh]

A mitsvá número doze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através do qual
D'us nos ordena o uso do tefilin da cabeça.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E serão por marca entre os teus olhos" (Devarím/Deuteronômio, 6:8).

Este mandamento (mitsvá) está repetido quatro vezes (Shemot/Êxodo, 13:9 e 13:16;
Devarím/Deuteronômio 6:8 e 11:18).

ESTUDO 28

M. 15, 18

M. 15 - A MEZUZÁ

A mitsvá número quinze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino do feitio da


mezuzá (fixá-la nas portas).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E as escreverás nos umbrais de tua casa e em teus portões" (Devarím/Deuteronômio,
6:9). Este mandamento (mitsvá) está repetido novamente na Torá
(Devarím/Deuteronômio, 11:20).

Todas as suas leis estão explicadas no terceiro capítulo de Menachót.

M. 18 - OBTER UM ROLO DA TORÁ [Ketivát Sefer Torá]

A mitsvá número dezoito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de que todo
varão entre nós tenha um rolo da Torá (o Pentateuco em pergaminho) para si mesmo.
Se ele o transcrever de próprio punho, isto será muito apreciado e, de preferência, é
assim que deve ser feito, pois os Sábios dizem (Menachót, 30a): "Se ele o transcrever
de próprio punho, será considerado pelas Escrituras como se ele o tivesse recebido
[direto de D'us] do Monte Sinai". Se ele próprio não puder fazê-lo, ele é obrigado a
comprar um, ou a contratar alguém que o transcreva por ele.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E agora escrevei para vós este cântico" (Devarím/Deuteronômio, 31:19). Contudo,
como não é permitido transcrever alguns trechos dela [Guitin, 60a], as palavras: "este
cântico" devem necessariamente significar a Torá completa, o que inclui "este
cântico".

A Guemará de San'hedrin diz (21b): "Raba diz: Ainda que seus pais lhe tenham deixado
um rolo da Torá, ele deverá transcrever o seu próprio, como está dito, 'E agora,
escrevei para vós este cântico'. Abayé objetou: Será que transcrever um rolo da Torá
em seu próprio nome — porque ele não deve se vangloriar daquele escrito por seus
pais — é apenas uma obrigação do rei e não da pessoa comum? A resposta a isto foi:
Isso [a mitsvá do rei de Israel escrever uma Torá para si mesmo] só obriga o rei a
transcrever dois rolos de Torá [para si mesmo, em vez de um só], pois nos foi ensinado
que 'Ele (o rei) escreverá para si o traslado desta lei' (Devarím/Deuteronômio, 17:18) o
que significa que ele deve transcrever para si mesmo duas cópias". Ou seja, a diferença
entre o rei e uma pessoa comum é que cada homem deve transcrever uma Torá para si
mesmo, mas o rei deve transcrever duas, como está explicado no segundo capítulo de
San'hedrin.

As regras para a transcrição de um rolo da Torá e as condições relativas a isto estão


explicadas no terceiro capítulo de Menachót, no início de Baba Batra e em Shabat.

ESTUDO 29

M. 17 - UM REI DEVE TRANSCREVER O ROLO DA TORÁ

A mitsvá número dezessete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de que todo
rei de nossa nação que ocupar o trono real transcreva um rolo da Torá para si mesmo,
do qual ele não deve se separar.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E quando se sentar sobre o trono de seu reino, escreverá para si o traslado desta lei"
(Devarím/Deuteronômio, 17:18).

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no segundo capítulo de


San'hedrin.

ESTUDO 30

M. 14 - OS TSITSIT

A mitsvá número quatorze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino do feitio dos
tsitsit.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Façam para eles tsitsit sobre as bordas de suas vestes, pelas suas gerações; e porão
sobre os tsitsit da borda, um cordão [fio] azul celeste" (Bamidbár/Números, 15:38).

Este não é contado como dois mandamentos, embora seja regra entre nós que o [fio]
azul não prejudica a validade dos [fios] brancos, nem o branco invalida o azul. A razão
disso aparece no Sifrí: "Poder-se-ia pensar que estes são dois mandamentos – o
mandamento (mitsvá) do [fio] azul e o mandamento (mitsvá) dos [fios] brancos; por
esse motivo a Torá estabelece 'E será para vós por tsitsit (Bamidbár/Números, 15:39),
mostrando, assim, que se trata de um mandamento (mitsvá) e não de dois".
Este mandamento (mitsvá) não é obrigatório para mulheres, como está explicado no
início de Kidushin. Todas as leis deste mandamento (mitsvá) estão explicadas em
Menachót [pág 38a em diante].

ESTUDOS 31-33

M. 19 - DAR GRAÇAS A D'US APÓS AS REFEIÇÕES [Bircát Hamazón]

A mitsvá número dezenove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de dar graças
a D'us, (louvado seja!), após cada refeição.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "E comerás e te fartarás, e louvarás a D'us, teu D'us"
(Devarím/Deuteronômio, 8:10).

A Tosséfta diz: "Ficamos sabendo que dar graças após uma refeição é um mandamento
(mitsvá) imposto pela Torá através do versículo 'E comerás e te fartarás, e louvarás a
D'us, teu D'us'".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas em vários trechos do Tratado


do Talmud de Berachót.

ESTUDO 34

M. 19, 215

A mitsvá M. 19 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 19 - DAR GRAÇAS A D'US APÓS AS REFEIÇÕES [Bircát Hamazón]

A mitsvá número dezenove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de dar graças
a D'us, (louvado seja!), após cada refeição.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "E comerás e te fartarás, e louvarás a D'us, teu D'us"
(Devarím/Deuteronômio, 8:10).

A Tosséfta diz: "Ficamos sabendo que dar graças após uma refeição é um mandamento
(mitsvá) imposto pela Torá através do versículo 'E comerás e te fartarás, e louvarás a
D'us, teu D'us'".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas em vários trechos do Tratado


do Talmud de Berachót.

M. 215 - A LEI DA CIRCUNCISÃO [BRIT MILÁ]


A mitsvá número duzentos e quinze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
sermos circuncidados.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!)
a Avraham: "Será circuncidado, entre vós, todo varão" (Bereshít/Gênesis, 17:10). A
Torá decreta explicitamente a pena de carêt [castigo Divino que afeta profundamente
a conexão da alma com D'us e encurta a vida] para aquele que violar este
mandamento (mitsvát assê), com as palavras, (louvado seja!): "E o varão incircunciso,
que não circuncidar a carne de seu prepúcio, essa alma será cortada"
(Bereshít/Gênesis, 17:14).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no décimo nono capítulo de


Shabat e no quarto capítulo de Yevamót. A obrigação de circuncidar um filho recai
sobre o pai e não sobre a mãe, como está explicado em Kidushin.

M. 154 - DESCANSAR NO SHABAT

A mitsvá número cento e cinquenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de descansar [cessar o trabalho] no Shabat.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E no sétimo dia descansarás" (Êxodos, 34,21), e está repetido várias vezes; o
Enaltecido nos diz que descansar de todo trabalho é uma obrigação aplicável a nós, a
nosso gado e a nossos empregados.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Shabat e no Tratado do Talmud de Yom Tov (Beitsá).

ESTUDO 35

M. 215
A mitsvá M. 215 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 215 - A LEI DA CIRCUNCISÃO [BRIT MILÁ]

A mitsvá número duzentos e quinze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


sermos circuncidados.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!)
a Avraham: "Será circuncidado, entre vós, todo varão" (Bereshít/Gênesis, 17:10). A
Torá decreta explicitamente a pena de carêt [castigo Divino que afeta profundamente
a conexão da alma com D'us e encurta a vida] para aquele que violar este
mandamento (mitsvát assê), com as palavras, (louvado seja!): "E o varão incircunciso,
que não circuncidar a carne de seu prepúcio, essa alma será cortada"
(Bereshít/Gênesis, 17:14).
As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no décimo nono capítulo de
Shabat e no quarto capítulo de Yevamót. A obrigação de circuncidar um filho recai
sobre o pai e não sobre a mãe, como está explicado em Kidushin.

ESTUDOS 39, 40

P. 320 - NÃO TRABALHAR NO SHABAT

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer qualquer trabalho no Shabat [o que inclui 39 tipos de
trabalho proibidos no Shabat. Ver Mishnê Torá Hilchot Shabat, 7:1].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não farás nenhuma obra" (Shemót/Êxodo, 20:10). As Escrituras (Torá)
prescrevem expressamente a pena de carêt (castigo Divino que afeta profundamente a
conexão da alma com D'us e encurta a vida), pela desobediência deste "Lô taassê"
(proibição), se ela não chegar ao conhecimento do Tribunal; mas se houver o
depoimento de testemunhas, o castigo será a morte por pena de sekilá [morte por
lançamento na pedra, quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. Isto se aplica à
transgressão voluntária; aquele que pecar involuntariamente deve oferecer um korbán
(sacrifício de) chatát específico [ver mitsvá 69].

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Shabat.

ESTUDOS 41, 42

P. 322 - NÃO CASTIGAR DURANTE O SHABAT


A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e dois (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de aplicar o castigo de um malfeitor no Shabat.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não acendereis fogo em todas as vossas habitações no dia de sábado"
(Shemót/Êxodo, 35:3), cujo significado é: "Não queime o réu que deve ser queimado";
e a mesma lei se aplica a todas as outras formas de execução. A Mechílta diz: "'Não
acendereis fogo'. Acender fogo, que está incluído entre os tipos de trabalho proibidos
no Shabat, foi especialmente destacado para ensinar-nos que assim como as leis do
Shabat não podem ser transgredidas nem mesmo no caso especificamente
mencionado de execução pelo fogo, elas também não podem ser transgredidas no
caso de qualquer uma das formas de execução judicial".

No Talmud lemos que acender o fogo está destacado porque é um "Lô taassê"
(proibição) [a punição por sua transgressão é só a pena de malkut (chibatadas) — e
não carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e
encurta a vida), e nem a pena capital de sekilá — como no caso dos outros trabalhos],
mas o parecer aceito é que isso está destacado porque a execução de cada tipo
diferente de trabalho acarreta uma penalidade separada, como está explicado ali.
Na Guemará de Jerusalém lemos: "'Em todas as vossas habitações': Rabi Ilai, em nome
de Rabi Ianai, comenta: 'Em todas as vossas habitações': desta forma ficamos sabendo
que os tribunais não devem julgar no Shabat".

ESTUDOS 43, 44

P. 321 - NÃO VIAJAR NO SHABAT

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de viajar no Shabat.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não saia ninguém de seu lugar no sétimo dia" (Shemót/Êxodo, 16:29). A
Tradição fixa o limite além do qual é proibido ir em dois mil cúbitos (=duas mil amá,
cerca de 960m) além dos limites da cidade; nem um cúbito a mais. É permitido ir até
dois mil cúbitos em qualquer direção. A Mechílta diz: "'Não saia ninguém de seu lugar':
isto é, além de dois mil cúbitos".

A Guemará de Eruvín diz: "Aplica-se a pena de malkut (chicotadas) [só quando há


advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash] pela transgressão da lei de erúv techumím [de limites da
cidade] pois está prescrita pela lei das Escrituras (Torá)". As normas deste
mandamento estão explicadas nesse tratado.

ESTUDOS 45-47

M. 155 - PROCLAMAR A SANTIDADE DO SHABAT

A mitsvá número cento e cinquenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de recitar determinadas palavras no início e no final do Shabat, mencionando a
grandeza e a alta nobreza do dia, e a diferença desse dia em relação aos dias da
semana que o precedem e o sucedem.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Estejas lembrado do dia de sábado para santificá-lo" (Shemot/Êxodo, 20:8): ou seja,
comemorá-lo proclamando sua santidade e sua grandeza. Este é o mandamento
(mitsvá) de Kidush, santificação. O Mechílta diz: "'Estejas lembrado do dia de sábado
para santificá-lo': santificá-lo com uma bênção". E os Sábios dizem explicitamente:
"recorda-o sobre o vinho [fazendo Kidush]", e também: "Santifica-o na sua chegada e
na sua partida", referindo-se à havdalá [ritual que marca o final do Shabat], que faz
parte de recordar o Shabat, como nos foi ordenado.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no final de Pessachim e em


vários trechos de Berachot e de Shabat.

ESTUDO 48
P. 320

P. 320 - NÃO TRABALHAR NO SHABAT

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer qualquer trabalho no Shabat [o que inclui 39 tipos de
trabalho proibidos no Shabat. Ver Mishnê Torá Hilchot Shabat, 7:1].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não farás nenhuma obra" (Shemót/Êxodo, 20:10). As Escrituras (Torá)
prescrevem expressamente a pena de carêt (castigo Divino que afeta profundamente a
conexão da alma com D'us e encurta a vida), pela desobediência deste "Lô taassê"
(proibição), se ela não chegar ao conhecimento do Tribunal; mas se houver o
depoimento de testemunhas, o castigo será a morte por pena de sekilá [morte por
lançamento na pedra, quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. Isto se aplica à
transgressão voluntária; aquele que pecar involuntariamente deve oferecer um korbán
(sacrifício de) chatát específico [ver mitsvá 69].

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Shabat.

ESTUDO 49

P. 321

P. 321 - NÃO VIAJAR NO SHABAT

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de viajar no Shabat.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não saia ninguém de seu lugar no sétimo dia" (Shemót/Êxodo, 16:29). A
Tradição fixa o limite além do qual é proibido ir em dois mil cúbitos (=duas mil amá,
cerca de 960m) além dos limites da cidade; nem um cúbito a mais. É permitido ir até
dois mil cúbitos em qualquer direção. A Mechílta diz: "'Não saia ninguém de seu lugar':
isto é, além de dois mil cúbitos".

A Guemará de Eruvín diz: "Aplica-se a pena de malkut (chicotadas) [só quando há


advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash] pela transgressão da lei de erúv techumím [de limites da
cidade] pois está prescrita pela lei das Escrituras (Torá)". As normas deste
mandamento estão explicadas nesse tratado.

ESTUDO 50

M. 165, P. 329, M. 164, P. 196


M. 165 - DESCANSAR NO DIA DE YOM KIPUR

A mitsvá número cento e sessenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de descansar [cessar] do trabalho de todos os tipos nesse dia.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "'Shabat Shabaton' é para vós" (Vayicrá/Levítico, 16:31).

Já explicamos várias vezes que foi dito que a expressão "Shabaton", descanso solene,
constitui um mandamento (mitsvát assê).

P. 329 - NÃO TRABALHAR EM YOM KIPUR

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e nove (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de trabalhar em Yom Kipur.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): relativas a esse dia, "Nenhum trabalho fareis" (Vayikrá/Levítico, 23:31).

Aquele que transgredir voluntariamente este "Lô taassê" (proibição) estará sujeito à
carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta
a vida), como determinam as Escrituras (Torá); aquele que pecar involuntariamente
deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát específico.

As normas deste mandamento estão explicadas nos Tratado de Betsá, Meguilá e


outros.

M. 164 - JEJUAR NO DIA DE YOM KIPUR

A mitsvá número cento e sessenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de jejuar no décimo dia de Tishrei.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Afligireis vossas almas (...)" (Vayicrá/Levítico, 16:29), que o Sifrá interpreta desta
forma: "'Afligireis vossas almas': aflição com relação àquilo de que dependa a vida, ou
seja, abstinência de comer e beber".

A Tradição também proíbe lavar-se, untar-se, usar sapatos de couro e manter relações
conjugais, e diz que devemos cessar todas essas atividades porque, como foi dito,
"Shabat solene é para vós, e afligiresi vossas almas" (Vayicrá/Levítico, 16:31), o que
equivale a dizer que é obrigatória a abstinência tanto de trabalho de toda espécie
como de alimentação e cuidados com o corpo, e é por isto que se usa a expressão
"Shabat Shabaton" – "um Shabat de descanso solene".
O Sifrá diz: "De que forma concluímos que é proibido lavar-se, untar-se, e manter
relações conjugais em Yom Kipur?" Pelas palavras de Sifrá: "Shabat solene"; ou seja,
devemos abster-nos de todas estas coisas a ponto de que elas nos aflijam.

P. 196 - NÃO COMER DURANTE UM YOM KIPUR

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa e seis (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer durante Yom Kipur.

[A FONTE NA TORÁ] A Torá não contém nenhuma proibição expressa a esse respeito,
mas ela menciona o castigo – a saber, que aquele que comer nesse dia estará sujeito à
carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta
a vida), – em Suas palavras "Porque toda alma que não se afligir neste mesmo dia, será
banida de seu povo" (Vayikrá/Levítico, 23:29). Consequentemente, sabemos que é
proibido comer durante Yom Kipur.

No início de Keritút aquele que comer em Yom Kipur está incluído entre aqueles que
estão sujeitos à carêt e está explicado que há um "Lô taassê" (proibição) toda vez que
se fica sujeito à carêt, exceto nos casos do korbán Pessach (sacrifício de Pessach) e da
circuncisão. Assim sendo, fica claro que comer em Yom Kipur é um "Lô taassê"
(proibição); consequentemente aquele que o transgredir voluntariamente será punido
com a carêt e aquele que o violar involuntariamente, com um korbán (sacrifício de)
chatát específico, de acordo com o que está explicado no início de Keritút e no Tratado
de Horayot: que esta obrigação se aplica apenas aas mitsvót lô taassê (proibições),
uma vez que com relação a quem é obrigado a levar uma chatát kevuá (trazer um
sacrifício específico de pecado)., Ele diz, (louvado seja!): "Por fazer um dos
mandamentos de D'us, daqueles que são de não fazer" (Vayikrá/Levítico, 4:27).

A Sifrá diz: "'Porque toda a alma que não se afligir neste mesmo dia será banida do seu
povo'. Isto determina o castigo por deixar de afligir a alma, mas não apresenta
nenhuma proibição explícita com relação a afligir-se nesse dia. Não havia necessidade
de que as Escrituras (Torá) enunciassem o castigo acarretado pelo fato de trabalhar
(Vayikrá/Levítico, 23:30), porque isso se deduz através de um kal vachomer [dedução
do menos grave para o mais grave]. Se deixar de afligir a alma em Yom Kipur é algo que
deva ser punido, conclui-se que certamente a execução de um trabalho, que está
determinada com relação às Festas (Yom Tov) e Shabatot, deve ser punida. Então, por
que está expresso o castigo decorrente do fato de trabalhar? Para que se derive dele a
proibição relativa à aflição da alma: assim como o castigo por trabalhar está precedido
por uma proibição, o castigo por afligir a alma também está precedido por uma
proibição". Dessa forma, explicamos o que havíamos prometido explicar.

As normas deste mandamento estão explicadas no final do Tratado de Yomá.

ESTUDO 51

M. 159, P. 323, M. 160, P. 324


M. 159 - DESCANSAR NO PRIMEIRO DIA DE PESSACH

A mitsvá número cento e cinquenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de descansar [cessar o trabalho] no primeiro dia de Pessach.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"O primeiro dia, de santa convocação, será para vós" (Vayicrá/Levítico, 23:7).
Inicialmemnte, você deve saber que toda vez que a D'us ordenou "uma santa
convocação", isso é interpretado como significando que o dia deve ser santificado, o
que quer dizer que nenhum tipo de trabalho deve ser feito nele, a não ser o que se
relaciona com comida, como está explicado nas Escrituras.

Nós já nos referimos ao fato de que foi dito que as palavras: "Shabaton", "descanso
solene" constituem um mandamento (mitsvát assê), como se Ele tivesse dito
"descansa" ou "descansarás", que são maneiras de impor a abstenção do trabalho.
Todos os dias das "épocas determinadas", ou seja, das Festas (Yom Tov), são chamados
de "Shabat de D'us" (Vayicrá/Levítico, 23, 38).

Está afirmado em vários trechos do Talmud que "há um mandamento (mitsvát assê) e
uma proibição (mitsvát lô taassê) com relação às Festas (Yom Tov)"; quer dizer, abster-
se do trabalho durante todas as Yom Tov é um mandamento (mitsvát assê), e executar
trabalhos proibidos durante uma Festa (Yom Tov) é uma proibição (mitsvát lô taassê).
De acordo com isto, todo aquele que fizer um trabalho proibido estará violando a
ambos, um mandamento (mitsvát assê) e uma proibição (mitsvát lô taassê).

As normas deste mandamento (mitsvá), ou seja, descansar [cessar as atividades de


trabalho], estão explicadas no Tratado do Talmud de Yom Tov (Beitsá).

P. 323 - NÃO TRABALHAR NO PRIMEIRO DIA DE PESSACH

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de trabalhar no primeiro dia de Pessach.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nenhum trabalho será feito neles" (Shemót/Êxodo, 12:16) [ver também
Vayikrá/Levítico, 23:7].

M. 160 - DESCANSAR NO SÉTIMO DIA DE PESSACH

A mitsvá número cento e sessenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


descansar [cessar o trabalho] no sétimo dia de Pessach.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"O sétimo dia, de santa convocação é..." (Vayicrá/Levítico, 23:8).

P. 324 - NÃO TRABALHAR NO SÉTIMO DIA DE PESSACH


A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e quatro (do Sefer Hamitsvót)
é a Proibição Divina de trabalhar no sétimo dia de Pessach.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nenhum trabalho será feito neles" (Shemót/Êxodo, 12:16) [ver também
Vayikrá/Levítico, 23:8] ou seja, no primeiro e no sétimo dia.

ESTUDO 52

M. 162, P. 325, M. 163, P. 326

M. 162 - DESCANSAR NO DIA DE SHAVUOT

A mitsvá número cento e sessenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de descansar [cessar o trabalho] no dia de Shavuot.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E proclamareis nesse mesmo dia, e haverá para vós convocação de santidade"
(Vayicrá/Levítico, 23:21).

P. 325 - NÃO TRABALHAR EM ATSÉRET

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e cinco (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de trabalhar em Atséret, isto é, Shavuot.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nenhum trabalho servil fareis" (Vayikrá/Levítico, 23:21).

M. 163 - DESCANSAR NO DIA DE ROSH HASHANÁ

A mitsvá número cento e sessenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de descansar [cessar o trabalho] no primeiro dia de Tishrei.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"No sétimo mês [Tishrei, a partir de Nissán], será para vós descanso solene"
(Vayicrá/Levítico, 23:24).

Nós já mencionamos que foi dito que as palavras: "Shabaton, descanso solene"
constituem um mandamento (mitsvát assê).

P. 326 - NÃO TRABALHAR EM ROSH HASHANÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e seis (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de trabalhar no dia de Rosh Hashaná.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!), relativas a esse dia, "Nenhum trabalho servil fareis" (Vayikrá/Levítico, 23:25).
ESTUDO 53

M. 166, P. 327, M. 167, P. 328, 199

M. 166 - DESCANSAR NO PRIMEIRO DIA DE SUCOT

A mitsvá número cento e sessenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de descansar [cessar o trabalho] no primeiro dia da festa de Sucót.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "No primeiro dia haverá santa convocação" (Vayicrá/Levítico, 23:35).

P. 327 - NÃO TRABALHAR NO PRIMEIRO DIA DE SUCOT

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e sete (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de trabalhar no primeiro dia de Sucot.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!), relativas a esse dia, "Nenhum trabalho servil fareis" (Vayikrá/Levítico, 23:35).

M. 167 - DESCANSAR NO DIA DE SHEMINÍ ATSÉRET

A mitsvá número cento e sessenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de descansar [cessar o trabalho] no oitavo dia da festa de Sucót.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "No oitavo dia, haverá santa convocação para vós" (Vayicrá/Levítico,
23:36).

Você deve saber que a mesma lei se aplica a cada um dos seis dias, durante os quais
somos obrigados a descansar [primeiro e sétimo de Pessach, Shavuót, Rosh Hashaná,
primeiro e oitavo dia de Sucót], e que nenhum deles está sujeito a algum tipo de
restrição que não se aplique aos outros. Também podemos preparar comida em cada
um deles. Portanto, as mesmas regras com relação ao descanso se aplicam a todas as
Festas (Yom Tov). Todas as normas a esse respeito estão explicadas no Tratado do
Talmud de Yom Tov (Beitsá).

Contudo, deve ser ressaltado que o descanso imposto em Shabat e em Yom Kipur
acarreta todas as abstinências e muitas outras mais, já que nestes dois dias não
podemos preparar comida. Há outras coisas que nos são permitidas em um dia de
festa e que nos são proibidas no Shabat, embora não estejam relacionadas com a
preparação de comida, como está explicado no Tratado do Talmud de Yom Tov
(Beitsá).

P. 328 - NÃO TRABALHAR EM SHEMINI ATSÉRET


A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e vinte e sete (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de trabalhar em Shemini Atséret.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!), relativas a esse dia, "Nenhum trabalho servil fareis" (Vayikrá/Levítico, 23:36).

Vocês devem saber que todo aquele que fizer qualquer tipo de trabalho em qualquer
desses dias estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash], a menos que o trabalho seja relativo ao preparo do alimento necessário,
como dizem as Escrituras (Torá), referindo-se a um deles, "Salvo o que é para comer
para toda alma, isto só será feito para vós" (Shemót/Êxodo, 12:16). O mesmo se aplica
em relação ao resto das Festas (Yom Tov).

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Betsá.

P. 199 - NÃO COMER CHAMETS DEPOIS


DA METADE DO DÉCIMO QUARTO DE NISSAN/p>

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa e nove (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de comer chamets (alimento levedado) depois da metade do
décimo quarto dia de Nissan.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não comerás nela levedo" (Devarím/Deuteronômio, 16:3), nas quais a palavra
"nela" se refere ao cordeiro de Pessach, que devemos abater no décimo quarto dia "ao
anoitecer". De acordo com isso, Suas palavras são: "Não comereis chamets [levedura e
alimentos levedados como pão, etc] a partir da hora do abate".

Na Guemará de Pessachim lemos: "Como ficamos sabendo que aquele que come
chamets (alimento levedado) a partir das seis horas transgride um "Lô taassê"
(proibição)? Pelo versículo 'Não comereis nela levedo'". No mesmo tratado também
lemos: "Todos concordam que o chamets (alimento levedado) é proibido pelas
Escrituras (Torá) a partir das seis horas [do inicio do dia] em diante". Esse é o texto que
encontramos em todos os textos corretos que foram lidos perante os mais sábios
talmudistas [gueonim]. Esse tratado também dá a seguinte razão para a proibição de
comer chamets (alimento levedado) na sexta hora: "Os Sábios estabeleceram uma
proteção para uma proibição das Escrituras (Torá)".

Aquele que transgredir ao comer chamets (alimento levedado) depois da metade do


dia será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no início de Pessachim.

ESTUDO 54
M. 156, P. 197, 198

M. 156 - ERRADICAR O CHAMETS [ALIMENTOS COM


LEVEDURA] NA VÉSPERA DE PESSACH [BIÚR CHAMETS]

A mitsvá número cento e cinquenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de erradicar o chamets [alimentos com levedura] de nossas propriedades no
décimo quarto dia de Nissan.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Mas ao primeiro dia [já na véspera] erradiquem [tashbitu] todo seór [levedo,
levedura] de vossas casas" (Shemot/Êxodo, 12:15). Os Sábios também o chamam de
biur [destruição, queima], ou seja, biur chamets [destruição ou queima dos alimentos
levedados, como pão, cerveja, etc.].

A Guemará de San'hedrin no Talmud de Jerusalém diz: "O chamets [na véspera de


Pessach] envolve ambos um mandamento (mitsvát assê) e uma proibição (mitsvát lô
taassê): o mandamento (mitsvát assê) é queimá-lo, como está escrito: 'erradiquem
[tashbitu] todo seór [levedo, levedura] de vossas casas' e a proibição (mitsvát lô
taassê), como está escrito: 'Levedura [seór] não será encontrada em vossas casas'"
(Shemot/Êxodo, 12:19).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no início de Pessachim.

P. 197 - NÃO COMER CHAMETS DURANTE PESSACH

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa e sete (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer chamets (alimento levedado) durante Pessach.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não comerei coisa levedada" (Shemót/Êxodo, 13:3).

A transgressão voluntária desta proibição será punida pela carêt (castigo Divino que
afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), de acordo com o
que está claramente expresso em Suas palavras "Pois todo aquele que comer coisa
levedada, será banida aquela alma de Israel" (Vayikrá/Levítico, 12:15). Aquele que a
transgredir involuntariamente é obrigado a levar um korbán chatát (sacrifício por
pecar inconscientemente).

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Pessachim.

P. 198 - NÃO COMER NADA QUE CONTENHA CHAMETS DURANTE PESSACH

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa e oito (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer qualquer coisa que contenha uma mistura de chamets
(alimento levedado), mesmo que não seja pão, como por exemplo cutách [uma
conserva levedada, chamets, composta de leite azedo, crostas de pão e sal], todo tipo
de condimento e similares.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nenhuma coisa levedada comereis" (Shemót/Êxodo, 12:20), sobre as quais diz
a Mechílta: "Isto inclui o cutách da Babilônia, a cerveja de Meda e o vinagre de Edôm.
Eu poderia pensar que o castigo é causado por eles; por isso, as Escrituras (Torá)
dizem: 'De todo aquele que comer levedura, será banida aquela alma' (Shemót/Êxodo,
12:19), ou seja, por comida levedada, mas não por comida com uma mistura de
levedo. Por que então essas coisas foram mencionadas? Porque são uma
desobediência a um "Lô taassê" (proibição)".

Está explicado no Tratado de Pessachim que embora tais coisas sejam proibidas e
comê-las seja proibido, aquele que as comer não estará sujeito à pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] a menos que ele coma o
equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28g] de chamets
(alimento levedado) dentro do tempo em que se comeria um "práss" [meio pão — o
tempo que se leva para consumir a medida de três ovos (Mishná Torá, Chamets e
Matsá 1:6)]; de outra forma ele não será culpado.

ESTUDO 55

P. 200, 201, M. 158

P. 200 - NÃO PODE SER VISTO CHAMETS EM


NOSSAS MORADIAS DURANTE PESSACH

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de que se veja chamets (alimento levedado) em qualquer uma das nossas
moradias durante os sete dias [de Pessach].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não será vista por ti coisa levedada, e não será visto contigo fermento, em
todo o teu território" (Shemót/Êxodo, 13:7).

Essas não são duas proibições, relativas a dois assuntos diferentes, mas sim referem-se
a um único tópico. O Talmud explica: "As Escrituras (Torá) iniciam com seór (levedo) e
terminam com chamets [alimentos levedados como pão, etc] para ensinar-nos que
seór e chamets são a mesma coisa". Quer dizer, não há diferença entre o levedo e
aquilo que é levedado.

Aquele que transgredir, guardando chamets (alimento levedado) em seu poder, não
estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] a
menos que ele tenha comprado chamets (alimento levedado) durante Pessach e tenha
adquirido direito a ele, realizando dessa forma um ato específico relacionado com ele.
Pelas palavras da Tosséfta: "Aquele que guardar chamets (alimento levedado) durante
Pessach e aquele que permitir que diversas sementes cresçam em seu vinhedo, não
estará sujeito à pena de malkut (chicotadas)".

P. 201 - NÃO POSSUIR CHAMETS DURANTE PESSACH

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de ter chamets (alimento levedado) em nossa posse, ainda que ele
não esteja visível ou mesmo que ele tenha sido deixado com alguém.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Sete dias levedura não será encontrada em vossas casas" (Shemót/Êxodo,
12:19). Também por esta proibição o castigo será pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash], desde que haja um ato envolvido, como
mencionamos, de acordo com os princípios estabelecidos no Tratado de Shevuot. Os
Sábios dizem explicitamente, em vários lugares: "Transgride-se 'não será visto' e 'não
será encontrado'".

No início do Tratado de Pessachim estão explicadas as normas desses dois


mandamentos, bem como as coisas proibidas por Suas proibições "Não será visto por ti
fermento, em todo o teu território" (Shemót/Êxodo, 13:7) e "Levedura não será
encontrada em vossas casas". Está explicado ali que cada um desses mitsvót lô taassê
(proibições) obtém alguma coisa a mais do outro, e que aquele que permitir que
chamets (alimento levedado) fique em seu poder durante Pessach transgride dois
mandamentos: "não será visto" e "não será encontrado".

M. 158 - COMER MATSÁ (PÃO NÃO LEVEDADO/ÁZIMO)


NA NOITE DO DÉCIMO QUINTO DIA DE NISSAN

A mitsvá número cento e cinquenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de comer matsá (pão não levedado/ázimo) na noite do décimo quinto dia de
Nissan, quer tenha o cordeiro de Pessach [Korbán Pessach] sido oferecido ou não.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Pela noite, comereis matsót (pães não levedados/ázimos)" (Shemot/Êxodo, 12:18),
sobre as quais comentam:"'Pela noite, comereis matsót (pães não levedados/ázimos)':
as Escrituras apresentam isto como uma obrigação (mitsvá)".

Está explicado em Pessachim que comer matsá (pão não levedado/ázimo) é


obrigatório na primeira noite (da festividade), e opcional depois disto [contanto que
não se coma chamets — alimentos levedados].

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Pessachim.

ESTUDO 56
M. 157, Texto da Hagadá (de Pessach), M 170

M. 157 - NARRAR O ÊXODO DO EGITO

A mitsvá número cento e cinquenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de narrar a história do êxodo do Egito, com toda a eloquência de que formos
capazes, na noite do décimo quinto dia de Nissan. Deverá ser elogiado aquele que
discorrer sobre este tema, contando a miséria que nos impuseram os egípcios e os
sofrimentos que eles nos causaram; e sobre a maneira como a D'us Se vingou deles,
agradecendo-Lhe, (louvado seja!), por todo o bem com que Ele nos brindou; como foi
dito, "Todos aqueles que narram prolongadamente a saída do Egito merecem ser
louvados".

[A FONTE NA TORÁ] Nas Escrituras este mandamento (mitsvá) está expresso em Suas
palavras, (louvado seja!): "E contarás a teu filho naquele dia" (Shemot/Êxodo, 13:8).
Sobre isto foi comentado: "'E contarás a teu filho': poder-se-ia pensar que se deve
contar a história do primeiro dia do mês em diante; por isso a Torá diz 'Naquele dia'. As
palavras 'Naquele dia' poderiam ser interpretadas como significando durante o dia; por
isso a Torá diz 'Por isto' – uma expressão que não seria usada a não ser no momento
em que a matsá (pão não levedado/ázimo) e as ervas amargas (marór) estivessem
diante de você". Portanto, é uma obrigação contá-la somente depois do anoitecer [da
noite de Pessach].

O Mechílta diz: "Como foi dito que 'E será quando te perguntar teu filho amanhã (...)"
(Shemot/Êxodo, 13:14) poder-se-ia pensar que você deve narrar a história a seu filho
apenas se ele lhe perguntar. Por isso, as Escrituras dizem: 'Contarás a teu filho' –
mesmo que ele não pergunte. Novamente poder-se-ia pensar que isto só se aplica
àquele que tiver um filho; de que forma concluímos que ele se aplica também a quem
estiver só ou entre pessoas estranhas? Pelas palavras das Escrituras: 'E disse Moshé
(Moisés) ao povo: Recordai este dia'" (Shemot/Êxodo, 13:3); ou seja, D'us nos mandou
que recordassemos, tal como ele nos ordenou com as palavras: "Estejas lembrado do
dia de Shabat [sábado] para santificá-lo" (Vayicrá/Levítico, 20:8).

Você já está familiarizado com as palavras (do texto da Hagadá): "Mesmo se fôssemos
todos eruditos, homens com conhecimentos, versados na lei, ainda assim seria nossa
obrigação narrar a saída do Egito".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no final de Pessachim.

Texto da Hagadá (de Pessach) [Este texto (de 147A até 150B) só é relevante para ser
lido em hebraico]

M. 170 - OUVIR O SHOFAR NO DIA DE ROSH HASHANÁ


A mitsvá número cento e setenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
ouvir o som do shofar no primeiro dia de Tishrei [Rosh Hashaná].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "Dia de toque do shofar, será para vós" (Bamidbár/Números, 29:1).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratato de Rosh Hashaná.


Ele não é obrigatório para mulheres.

ESTUDO 55

P. 200, 201, M. 158

P. 200 - NÃO PODE SER VISTO CHAMETS EM


NOSSAS MORADIAS DURANTE PESSACH

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de que se veja chamets (alimento levedado) em qualquer uma das nossas
moradias durante os sete dias [de Pessach].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não será vista por ti coisa levedada, e não será visto contigo fermento, em
todo o teu território" (Shemót/Êxodo, 13:7).

Essas não são duas proibições, relativas a dois assuntos diferentes, mas sim referem-se
a um único tópico. O Talmud explica: "As Escrituras (Torá) iniciam com seór (levedo) e
terminam com chamets [alimentos levedados como pão, etc] para ensinar-nos que
seór e chamets são a mesma coisa". Quer dizer, não há diferença entre o levedo e
aquilo que é levedado.

Aquele que transgredir, guardando chamets (alimento levedado) em seu poder, não
estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] a
menos que ele tenha comprado chamets (alimento levedado) durante Pessach e tenha
adquirido direito a ele, realizando dessa forma um ato específico relacionado com ele.
Pelas palavras da Tosséfta: "Aquele que guardar chamets (alimento levedado) durante
Pessach e aquele que permitir que diversas sementes cresçam em seu vinhedo, não
estará sujeito à pena de malkut (chicotadas)".

P. 201 - NÃO POSSUIR CHAMETS DURANTE PESSACH

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de ter chamets (alimento levedado) em nossa posse, ainda que ele
não esteja visível ou mesmo que ele tenha sido deixado com alguém.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Sete dias levedura não será encontrada em vossas casas" (Shemót/Êxodo,
12:19). Também por esta proibição o castigo será pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash], desde que haja um ato envolvido, como
mencionamos, de acordo com os princípios estabelecidos no Tratado de Shevuot. Os
Sábios dizem explicitamente, em vários lugares: "Transgride-se 'não será visto' e 'não
será encontrado'".

No início do Tratado de Pessachim estão explicadas as normas desses dois


mandamentos, bem como as coisas proibidas por Suas proibições "Não será visto por ti
fermento, em todo o teu território" (Shemót/Êxodo, 13:7) e "Levedura não será
encontrada em vossas casas". Está explicado ali que cada um desses mitsvót lô taassê
(proibições) obtém alguma coisa a mais do outro, e que aquele que permitir que
chamets (alimento levedado) fique em seu poder durante Pessach transgride dois
mandamentos: "não será visto" e "não será encontrado".

M. 158 - COMER MATSÁ (PÃO NÃO LEVEDADO/ÁZIMO)


NA NOITE DO DÉCIMO QUINTO DIA DE NISSAN

A mitsvá número cento e cinquenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de comer matsá (pão não levedado/ázimo) na noite do décimo quinto dia de
Nissan, quer tenha o cordeiro de Pessach [Korbán Pessach] sido oferecido ou não.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Pela noite, comereis matsót (pães não levedados/ázimos)" (Shemot/Êxodo, 12:18),
sobre as quais comentam:"'Pela noite, comereis matsót (pães não levedados/ázimos)':
as Escrituras apresentam isto como uma obrigação (mitsvá)".

Está explicado em Pessachim que comer matsá (pão não levedado/ázimo) é


obrigatório na primeira noite (da festividade), e opcional depois disto [contanto que
não se coma chamets — alimentos levedados].

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Pessachim.

ESTUDO 56

M. 157, Texto da Hagadá (de Pessach), M 170

M. 157 - NARRAR O ÊXODO DO EGITO

A mitsvá número cento e cinquenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de narrar a história do êxodo do Egito, com toda a eloquência de que formos
capazes, na noite do décimo quinto dia de Nissan. Deverá ser elogiado aquele que
discorrer sobre este tema, contando a miséria que nos impuseram os egípcios e os
sofrimentos que eles nos causaram; e sobre a maneira como a D'us Se vingou deles,
agradecendo-Lhe, (louvado seja!), por todo o bem com que Ele nos brindou; como foi
dito, "Todos aqueles que narram prolongadamente a saída do Egito merecem ser
louvados".

[A FONTE NA TORÁ] Nas Escrituras este mandamento (mitsvá) está expresso em Suas
palavras, (louvado seja!): "E contarás a teu filho naquele dia" (Shemot/Êxodo, 13:8).
Sobre isto foi comentado: "'E contarás a teu filho': poder-se-ia pensar que se deve
contar a história do primeiro dia do mês em diante; por isso a Torá diz 'Naquele dia'. As
palavras 'Naquele dia' poderiam ser interpretadas como significando durante o dia; por
isso a Torá diz 'Por isto' – uma expressão que não seria usada a não ser no momento
em que a matsá (pão não levedado/ázimo) e as ervas amargas (marór) estivessem
diante de você". Portanto, é uma obrigação contá-la somente depois do anoitecer [da
noite de Pessach].

O Mechílta diz: "Como foi dito que 'E será quando te perguntar teu filho amanhã (...)"
(Shemot/Êxodo, 13:14) poder-se-ia pensar que você deve narrar a história a seu filho
apenas se ele lhe perguntar. Por isso, as Escrituras dizem: 'Contarás a teu filho' –
mesmo que ele não pergunte. Novamente poder-se-ia pensar que isto só se aplica
àquele que tiver um filho; de que forma concluímos que ele se aplica também a quem
estiver só ou entre pessoas estranhas? Pelas palavras das Escrituras: 'E disse Moshé
(Moisés) ao povo: Recordai este dia'" (Shemot/Êxodo, 13:3); ou seja, D'us nos mandou
que recordassemos, tal como ele nos ordenou com as palavras: "Estejas lembrado do
dia de Shabat [sábado] para santificá-lo" (Vayicrá/Levítico, 20:8).

Você já está familiarizado com as palavras (do texto da Hagadá): "Mesmo se fôssemos
todos eruditos, homens com conhecimentos, versados na lei, ainda assim seria nossa
obrigação narrar a saída do Egito".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no final de Pessachim.

Texto da Hagadá (de Pessach) [Este texto (de 147A até 150B) só é relevante para ser
lido em hebraico]

M. 170 - OUVIR O SHOFAR NO DIA DE ROSH HASHANÁ

A mitsvá número cento e setenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


ouvir o som do shofar no primeiro dia de Tishrei [Rosh Hashaná].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "Dia de toque do shofar, será para vós" (Bamidbár/Números, 29:1).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratato de Rosh Hashaná.


Ele não é obrigatório para mulheres.

ESTUDO 57
M. 168

M. 168 - MORAR NUMA CABANA DURANTE OS DIAS DE SUCOT

A mitsvá número cento e sessenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de morar em uma cabana [com cobertura de folhagem] por sete dias durante toda a
festa.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "Nas cabanas habitareis por sete dias" (Vayicrá/Levítico, 23:42).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Sucá. Ele não é obrigatório para mulheres.

ESTUDO 58

M. 169

M. 169 - PEGAR UM LULAV EM SUCOT

A mitsvá número cento e sessenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de pegar um ramo de tamareira [Luláv] e a alegrar-nos com ele diante de D'us
durante sete dias.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E tomareis para vós, no primeiro dia... [o fruto da árvore formosa (Etróg), palmas de
tamareira (Luláv) e ramos de murta (Hadassim) e de salgueiro de ribeiras (Aravót), e
vos alegrareis diante de D'us vosso D'us por sete dias)" (Vayicrá/Levítico, 23:40).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no terceiro capítulo do


Tratado do Talmud de Sucá. Lá está explicado que é apenas no Santuário que este
mandamento (mitsvá) é obrigatório por sete dias; nos outros lugares ele é obrigatório
apenas no primeiro dia, de acordo com a Torá. Ele não é obrigatório para mulheres.

ESTUDO 59

M. 171

M. 171 - DAR MEIO SHEKEL ANUALMENTE

A mitsvá número cento e setenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


de dar meio shekel [tipo de moeda de prata] todos os anos [ao Beit Hamicdash].

[A FONTE NA TORÁ] Ele está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Darão cada
um o resgate de sua alma a D'us" (Shemot/Êxodo, 30:12), e "Isto darão"
(Shemot/Êxodo, 30:13-14). É claro que este mandamento (mitsvá) não é obrigatório
para mulheres, porque as Escrituras dizem: "Cada um que passa para o número dos
que são contados [para o exército]".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no tratado que lida


especificamente com este assunto, a saber, o Tratado de Mishná de Shekalim. Lá está
explicado que o mandamento (mitsvá) é obrigatório apenas durante a existência do
Santuário.

ESTUDO 60

M. 171, 153

A mitsvá M. 171 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 171

M. 171 - DAR MEIO SHEKEL ANUALMENTE

A mitsvá número cento e setenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


de dar meio shekel [tipo de moeda de prata] todos os anos [ao Beit Hamicdash].

[A FONTE NA TORÁ] Ele está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Darão cada
um o resgate de sua alma a D'us" (Shemot/Êxodo, 30:12), e "Isto darão"
(Shemot/Êxodo, 30:13-14). É claro que este mandamento (mitsvá) não é obrigatório
para mulheres, porque as Escrituras dizem: "Cada um que passa para o número dos
que são contados [para o exército]".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no tratado que lida


especificamente com este assunto, a saber, o Tratado de Mishná de Shekalim. Lá está
explicado que o mandamento (mitsvá) é obrigatório apenas durante a existência do
Santuário.

M. 153 - CALCULAR MESES E ANOS [KIDUSH HACHÔDESH]

A mitsvá número cento e cinquenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino através do qual o Enaltecido nos ordena quanto ao cálculo dos meses e dos
anos.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) da santificação de Rosh Chodesh


(início do mês, na Lua Nova) e está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Este
mês seja para vós, princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2). Para explicar isto,
consta [no Talmud]: "Este testemunho será entregue a vocês", ou seja, este
mandamento (mitsvá) não está na mão de todos, como é o caso do Shabat da Criação
[do mundo], o qual todas as pessoas ["calculam", pois] contam seis dias ["domingo,
segunda, (...) sexta-feira..."] e descansam no sétimo. Não cabe a cada um de nós, ao
ver a Lua Nova, que indica o Rosh Chodesh (o início do mês judaico), decidir que esse
dia é o primeiro do mês, nem fixar o primeiro dia do mês baseado em cálculos
aprendidos, nem intercalar um mês [a mais] baseados em uma primavera tardia ou em
outras considerações que mereçam ser levadas em conta.

Esse dever [ de calcular o calendário da Torá] nunca deve ser cumprido por ninguém a
não ser o Grande Tribunal, e deve ser executado na terra de Israel e em nenhum outro
lugar. Portanto, como não existe nenhum Grande Tribunal hoje em dia, a [mitsvá da]
observação [da Lua Nova com objetivo de calcular o calendário] cessou atualmente
entre nós, assim como cessou a oferenda de sacrifícios porque o Templo não existe
mais.

Neste ponto, enganaram-se os descrentes, que aqui no Oriente são chamados de


caraítas; e até alguns que seguem os Rabinos, mas que não conseguiram perceber o
significado deste ponto e começaram a tatear na mais densa escuridão a este respeito.

Vocês devem saber que os cálculos que fazemos hoje em dia, e pelos quais podemos
determinar as luas novas (início do mês) e as festividades, só podem ser feitos na terra
de Israel. No entanto, em um caso de emergência, e na ausência dos Sábios da terra de
Israel, é permitido a um Tribunal (Beit Din Samuch) que recebeu sua ordenação na
terra de Israel que intercale um mês [de Adar a mais] no ano e determine o inicio do
mês (luas novas) mesmo estando fora da terra de Israel, como o Talmud registra que
Rabi Akíva fez em certa ocasião. Esse procedimento, contudo, está repleto de grandes
dificuldades [é bastante complexo], e é sabido que quase sempre isto foi feito na terra
de Israel, e que foram eles [os sábios do Beit Din Samuch], quando estiveram reunidos,
que sempre determinaram os Rosh Chodesh (as luas novas, inicio do mês) e
intercalaram um mês [a mais] nos anos, de acordo com os métodos corretos.

Um grande e fundamental princípio de nossa fé, que não pode ser conhecido ou
entendido corretamente a não ser através de reflexão profunda, é que quando, hoje
em dia, estando fora da terra de Israel, calculamos pela tabela de ano bissexto que
temos em mãos e determinamos que um dia é de Rosh Chodesh (início do mês, na Lua
Nova) e outro é de Yom Tov (festa), nós o fazemos não com base em nosso próprio
cálculo, e sim porque o Grande Tribunal da terra de Israel já designou esse dia como o
primeiro do mês, ou como um dia de festa [Yom Tov]. Esse dia se tornou o primeiro dia
do mês ou um dia de festa porque eles assim o decretaram, quer tenha sido sua
decisão baseada em cálculos ou na observação [e isso, essa "tabela", nos foi
transmitida por eles, e baseados nestes cálculos deles é que nós fazemos nosso
calendário].

Isso está de acordo com a nossa Tradição, que interpreta o versículo: "Estas são as
solenidades de D'us, as santas convocações que proclamareis no tempo determinado"
(Vayicrá/Levítico, 23:4) como significando: "Eu não conheço outras solenidades a não
ser essas", ou seja, aquelas que foram declaradas [pelo Beit Din] como sendo
"solenidades", mesmo que isso tenha sido feito involuntariamente, ou sob coação, ou
por engano [pelo Beit Din, mas é isso que tem validade], como a Tradição nos diz. Hoje
nós fazemos cálculos apenas para saber qual dia foi fixado [como Rosh Chodesh, etc]
pelos habitantes da terra de Israel [pelo Beit Din Samuch de Israel], pois é por este
método e não pela observação [atual] da Lua Nova que eles o determinam e
estabelecem atualmente. É na decisão deles que nós confiamos e não nos nossos
próprios cálculos, que nada mais são do que constatações [do que eles já calcularam].
Isto deve ser bem compreendido.

Darei uma explicação adicional sobre este assunto. Suponhamos, por exemplo, que os
habitantes da terra de Israel desaparecessem – que D'us nos livre de tal coisa, pois Ele
nos prometeu que não tirará e nem apagará da terra o remanescente da nação – e que
não houvesse mais Tribunal lá, e que fora da Terra [de Israel] não houvesse mais
nenhum tribunal que tivesse sido habilitado na terra de Israel: nesse caso nossos
próprios cálculos não nos seriam de nenhuma utilidade, porque não devemos fazer
cálculos fora da Terra [de Israel], nem intercalar ou fixar Rosh Chodesh baseados nas
luas novas, a não ser sob as condições mencionadas, como explicamos, pois "De Tsion
sairá a lei" (Yeshaiáhu/Isaías, 2:3). Se alguém em sã consciência examinar o que o
Talmud diz a este respeito, chegará à conclusão de que nossa interpretação está
correta e não deixa dúvidas.

Nas Escrituras há indicações que estabelecem um fundamento para os princípios em


que nos baseamos para reconhecer as luas novas e os anos com um Adar a mais
[Meubarím]. Baseado em um desses trechos, mais especificamente, "E guardarás este
estatuto em seu Moed (data, comemoração), de ano em ano" (Shemot/Êxodo, 13:10),
foi dito: Isto nos ensina que não devemos acrescentar nenhum mês a não ser na época
do ano próxima às comemorações [perto de Pessach]". Foi dito ainda: "De que modo
concluímos que só devemos acrescentar um dia ao mês ou santificar o Rosh Chodesh
(início do mês, na Lua Nova) durante o dia? Pelas palavras das Escrituras 'miyamim
yamima' — durante o dia". Sobre as palavras das Escrituras "Este mês seja para vós,
princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2) foi dito: "Você calcula um ano pelos meses,
mas não pelos dias", significando que o que se deve acrescentar é um mês completo.
Também foi dito, a respeito das palavras: "Um mês de dias" (Bamidbár/Números,
11:21): "Você calcula um mês pelos dias, não pelas horas"; e também foi explicado que
o versículo: "Cuide do mês da primavera [e faça o Pessach]" (Devarím/Deuteronômio,
16:1) nos ensina que em nossos anos devemos levar em consideração as estações do
ano, e que, portanto eles devem ser anos solares [de modo que Pessach seja sempre
na primavera].

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no primeiro


capítulo de San'hedrin, no Tratado do Talmud de Rosh Hashaná e também em
Berachot.

ESTUDOS 61-65

M. 153

A mitsvá M. 153 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 153 - CALCULAR MESES E ANOS [KIDUSH HACHÔDESH]


A mitsvá número cento e cinquenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento
Divino através do qual o Enaltecido nos ordena quanto ao cálculo dos meses e dos
anos.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) da santificação de Rosh Chodesh


(início do mês, na Lua Nova) e está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Este
mês seja para vós, princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2). Para explicar isto,
consta [no Talmud]: "Este testemunho será entregue a vocês", ou seja, este
mandamento (mitsvá) não está na mão de todos, como é o caso do Shabat da Criação
[do mundo], o qual todas as pessoas ["calculam", pois] contam seis dias ["domingo,
segunda, (...) sexta-feira..."] e descansam no sétimo. Não cabe a cada um de nós, ao
ver a Lua Nova, que indica o Rosh Chodesh (o início do mês judaico), decidir que esse
dia é o primeiro do mês, nem fixar o primeiro dia do mês baseado em cálculos
aprendidos, nem intercalar um mês [a mais] baseados em uma primavera tardia ou em
outras considerações que mereçam ser levadas em conta.

Esse dever [ de calcular o calendário da Torá] nunca deve ser cumprido por ninguém a
não ser o Grande Tribunal, e deve ser executado na terra de Israel e em nenhum outro
lugar. Portanto, como não existe nenhum Grande Tribunal hoje em dia, a [mitsvá da]
observação [da Lua Nova com objetivo de calcular o calendário] cessou atualmente
entre nós, assim como cessou a oferenda de sacrifícios porque o Templo não existe
mais.

Neste ponto, enganaram-se os descrentes, que aqui no Oriente são chamados de


caraítas; e até alguns que seguem os Rabinos, mas que não conseguiram perceber o
significado deste ponto e começaram a tatear na mais densa escuridão a este respeito.

Vocês devem saber que os cálculos que fazemos hoje em dia, e pelos quais podemos
determinar as luas novas (início do mês) e as festividades, só podem ser feitos na terra
de Israel. No entanto, em um caso de emergência, e na ausência dos Sábios da terra de
Israel, é permitido a um Tribunal (Beit Din Samuch) que recebeu sua ordenação na
terra de Israel que intercale um mês [de Adar a mais] no ano e determine o inicio do
mês (luas novas) mesmo estando fora da terra de Israel, como o Talmud registra que
Rabi Akíva fez em certa ocasião. Esse procedimento, contudo, está repleto de grandes
dificuldades [é bastante complexo], e é sabido que quase sempre isto foi feito na terra
de Israel, e que foram eles [os sábios do Beit Din Samuch], quando estiveram reunidos,
que sempre determinaram os Rosh Chodesh (as luas novas, inicio do mês) e
intercalaram um mês [a mais] nos anos, de acordo com os métodos corretos.

Um grande e fundamental princípio de nossa fé, que não pode ser conhecido ou
entendido corretamente a não ser através de reflexão profunda, é que quando, hoje
em dia, estando fora da terra de Israel, calculamos pela tabela de ano bissexto que
temos em mãos e determinamos que um dia é de Rosh Chodesh (início do mês, na Lua
Nova) e outro é de Yom Tov (festa), nós o fazemos não com base em nosso próprio
cálculo, e sim porque o Grande Tribunal da terra de Israel já designou esse dia como o
primeiro do mês, ou como um dia de festa [Yom Tov]. Esse dia se tornou o primeiro dia
do mês ou um dia de festa porque eles assim o decretaram, quer tenha sido sua
decisão baseada em cálculos ou na observação [e isso, essa "tabela", nos foi
transmitida por eles, e baseados nestes cálculos deles é que nós fazemos nosso
calendário].

Isso está de acordo com a nossa Tradição, que interpreta o versículo: "Estas são as
solenidades de D'us, as santas convocações que proclamareis no tempo determinado"
(Vayicrá/Levítico, 23:4) como significando: "Eu não conheço outras solenidades a não
ser essas", ou seja, aquelas que foram declaradas [pelo Beit Din] como sendo
"solenidades", mesmo que isso tenha sido feito involuntariamente, ou sob coação, ou
por engano [pelo Beit Din, mas é isso que tem validade], como a Tradição nos diz. Hoje
nós fazemos cálculos apenas para saber qual dia foi fixado [como Rosh Chodesh, etc]
pelos habitantes da terra de Israel [pelo Beit Din Samuch de Israel], pois é por este
método e não pela observação [atual] da Lua Nova que eles o determinam e
estabelecem atualmente. É na decisão deles que nós confiamos e não nos nossos
próprios cálculos, que nada mais são do que constatações [do que eles já calcularam].
Isto deve ser bem compreendido.

Darei uma explicação adicional sobre este assunto. Suponhamos, por exemplo, que os
habitantes da terra de Israel desaparecessem – que D'us nos livre de tal coisa, pois Ele
nos prometeu que não tirará e nem apagará da terra o remanescente da nação – e que
não houvesse mais Tribunal lá, e que fora da Terra [de Israel] não houvesse mais
nenhum tribunal que tivesse sido habilitado na terra de Israel: nesse caso nossos
próprios cálculos não nos seriam de nenhuma utilidade, porque não devemos fazer
cálculos fora da Terra [de Israel], nem intercalar ou fixar Rosh Chodesh baseados nas
luas novas, a não ser sob as condições mencionadas, como explicamos, pois "De Tsion
sairá a lei" (Yeshaiáhu/Isaías, 2:3). Se alguém em sã consciência examinar o que o
Talmud diz a este respeito, chegará à conclusão de que nossa interpretação está
correta e não deixa dúvidas.

Nas Escrituras há indicações que estabelecem um fundamento para os princípios em


que nos baseamos para reconhecer as luas novas e os anos com um Adar a mais
[Meubarím]. Baseado em um desses trechos, mais especificamente, "E guardarás este
estatuto em seu Moed (data, comemoração), de ano em ano" (Shemot/Êxodo, 13:10),
foi dito: Isto nos ensina que não devemos acrescentar nenhum mês a não ser na época
do ano próxima às comemorações [perto de Pessach]". Foi dito ainda: "De que modo
concluímos que só devemos acrescentar um dia ao mês ou santificar o Rosh Chodesh
(início do mês, na Lua Nova) durante o dia? Pelas palavras das Escrituras 'miyamim
yamima' — durante o dia". Sobre as palavras das Escrituras "Este mês seja para vós,
princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2) foi dito: "Você calcula um ano pelos meses,
mas não pelos dias", significando que o que se deve acrescentar é um mês completo.
Também foi dito, a respeito das palavras: "Um mês de dias" (Bamidbár/Números,
11:21): "Você calcula um mês pelos dias, não pelas horas"; e também foi explicado que
o versículo: "Cuide do mês da primavera [e faça o Pessach]" (Devarím/Deuteronômio,
16:1) nos ensina que em nossos anos devemos levar em consideração as estações do
ano, e que, portanto eles devem ser anos solares [de modo que Pessach seja sempre
na primavera].
Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no primeiro
capítulo de San'hedrin, no Tratado do Talmud de Rosh Hashaná e também em
Berachot.

ESTUDOS 61-65

M. 153

A mitsvá M. 153 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 153 - CALCULAR MESES E ANOS [KIDUSH HACHÔDESH]

A mitsvá número cento e cinquenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino através do qual o Enaltecido nos ordena quanto ao cálculo dos meses e dos
anos.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) da santificação de Rosh Chodesh


(início do mês, na Lua Nova) e está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Este
mês seja para vós, princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2). Para explicar isto,
consta [no Talmud]: "Este testemunho será entregue a vocês", ou seja, este
mandamento (mitsvá) não está na mão de todos, como é o caso do Shabat da Criação
[do mundo], o qual todas as pessoas ["calculam", pois] contam seis dias ["domingo,
segunda, (...) sexta-feira..."] e descansam no sétimo. Não cabe a cada um de nós, ao
ver a Lua Nova, que indica o Rosh Chodesh (o início do mês judaico), decidir que esse
dia é o primeiro do mês, nem fixar o primeiro dia do mês baseado em cálculos
aprendidos, nem intercalar um mês [a mais] baseados em uma primavera tardia ou em
outras considerações que mereçam ser levadas em conta.

Esse dever [ de calcular o calendário da Torá] nunca deve ser cumprido por ninguém a
não ser o Grande Tribunal, e deve ser executado na terra de Israel e em nenhum outro
lugar. Portanto, como não existe nenhum Grande Tribunal hoje em dia, a [mitsvá da]
observação [da Lua Nova com objetivo de calcular o calendário] cessou atualmente
entre nós, assim como cessou a oferenda de sacrifícios porque o Templo não existe
mais.

Neste ponto, enganaram-se os descrentes, que aqui no Oriente são chamados de


caraítas; e até alguns que seguem os Rabinos, mas que não conseguiram perceber o
significado deste ponto e começaram a tatear na mais densa escuridão a este respeito.

Vocês devem saber que os cálculos que fazemos hoje em dia, e pelos quais podemos
determinar as luas novas (início do mês) e as festividades, só podem ser feitos na terra
de Israel. No entanto, em um caso de emergência, e na ausência dos Sábios da terra de
Israel, é permitido a um Tribunal (Beit Din Samuch) que recebeu sua ordenação na
terra de Israel que intercale um mês [de Adar a mais] no ano e determine o inicio do
mês (luas novas) mesmo estando fora da terra de Israel, como o Talmud registra que
Rabi Akíva fez em certa ocasião. Esse procedimento, contudo, está repleto de grandes
dificuldades [é bastante complexo], e é sabido que quase sempre isto foi feito na terra
de Israel, e que foram eles [os sábios do Beit Din Samuch], quando estiveram reunidos,
que sempre determinaram os Rosh Chodesh (as luas novas, inicio do mês) e
intercalaram um mês [a mais] nos anos, de acordo com os métodos corretos.

Um grande e fundamental princípio de nossa fé, que não pode ser conhecido ou
entendido corretamente a não ser através de reflexão profunda, é que quando, hoje
em dia, estando fora da terra de Israel, calculamos pela tabela de ano bissexto que
temos em mãos e determinamos que um dia é de Rosh Chodesh (início do mês, na Lua
Nova) e outro é de Yom Tov (festa), nós o fazemos não com base em nosso próprio
cálculo, e sim porque o Grande Tribunal da terra de Israel já designou esse dia como o
primeiro do mês, ou como um dia de festa [Yom Tov]. Esse dia se tornou o primeiro dia
do mês ou um dia de festa porque eles assim o decretaram, quer tenha sido sua
decisão baseada em cálculos ou na observação [e isso, essa "tabela", nos foi
transmitida por eles, e baseados nestes cálculos deles é que nós fazemos nosso
calendário].

Isso está de acordo com a nossa Tradição, que interpreta o versículo: "Estas são as
solenidades de D'us, as santas convocações que proclamareis no tempo determinado"
(Vayicrá/Levítico, 23:4) como significando: "Eu não conheço outras solenidades a não
ser essas", ou seja, aquelas que foram declaradas [pelo Beit Din] como sendo
"solenidades", mesmo que isso tenha sido feito involuntariamente, ou sob coação, ou
por engano [pelo Beit Din, mas é isso que tem validade], como a Tradição nos diz. Hoje
nós fazemos cálculos apenas para saber qual dia foi fixado [como Rosh Chodesh, etc]
pelos habitantes da terra de Israel [pelo Beit Din Samuch de Israel], pois é por este
método e não pela observação [atual] da Lua Nova que eles o determinam e
estabelecem atualmente. É na decisão deles que nós confiamos e não nos nossos
próprios cálculos, que nada mais são do que constatações [do que eles já calcularam].
Isto deve ser bem compreendido.

Darei uma explicação adicional sobre este assunto. Suponhamos, por exemplo, que os
habitantes da terra de Israel desaparecessem – que D'us nos livre de tal coisa, pois Ele
nos prometeu que não tirará e nem apagará da terra o remanescente da nação – e que
não houvesse mais Tribunal lá, e que fora da Terra [de Israel] não houvesse mais
nenhum tribunal que tivesse sido habilitado na terra de Israel: nesse caso nossos
próprios cálculos não nos seriam de nenhuma utilidade, porque não devemos fazer
cálculos fora da Terra [de Israel], nem intercalar ou fixar Rosh Chodesh baseados nas
luas novas, a não ser sob as condições mencionadas, como explicamos, pois "De Tsion
sairá a lei" (Yeshaiáhu/Isaías, 2:3). Se alguém em sã consciência examinar o que o
Talmud diz a este respeito, chegará à conclusão de que nossa interpretação está
correta e não deixa dúvidas.

Nas Escrituras há indicações que estabelecem um fundamento para os princípios em


que nos baseamos para reconhecer as luas novas e os anos com um Adar a mais
[Meubarím]. Baseado em um desses trechos, mais especificamente, "E guardarás este
estatuto em seu Moed (data, comemoração), de ano em ano" (Shemot/Êxodo, 13:10),
foi dito: Isto nos ensina que não devemos acrescentar nenhum mês a não ser na época
do ano próxima às comemorações [perto de Pessach]". Foi dito ainda: "De que modo
concluímos que só devemos acrescentar um dia ao mês ou santificar o Rosh Chodesh
(início do mês, na Lua Nova) durante o dia? Pelas palavras das Escrituras 'miyamim
yamima' — durante o dia". Sobre as palavras das Escrituras "Este mês seja para vós,
princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2) foi dito: "Você calcula um ano pelos meses,
mas não pelos dias", significando que o que se deve acrescentar é um mês completo.
Também foi dito, a respeito das palavras: "Um mês de dias" (Bamidbár/Números,
11:21): "Você calcula um mês pelos dias, não pelas horas"; e também foi explicado que
o versículo: "Cuide do mês da primavera [e faça o Pessach]" (Devarím/Deuteronômio,
16:1) nos ensina que em nossos anos devemos levar em consideração as estações do
ano, e que, portanto eles devem ser anos solares [de modo que Pessach seja sempre
na primavera].

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no primeiro


capítulo de San'hedrin, no Tratado do Talmud de Rosh Hashaná e também em
Berachot.

ESTUDOS 61-65

M. 153

A mitsvá M. 153 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 153 - CALCULAR MESES E ANOS [KIDUSH HACHÔDESH]

A mitsvá número cento e cinquenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino através do qual o Enaltecido nos ordena quanto ao cálculo dos meses e dos
anos.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) da santificação de Rosh Chodesh


(início do mês, na Lua Nova) e está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Este
mês seja para vós, princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2). Para explicar isto,
consta [no Talmud]: "Este testemunho será entregue a vocês", ou seja, este
mandamento (mitsvá) não está na mão de todos, como é o caso do Shabat da Criação
[do mundo], o qual todas as pessoas ["calculam", pois] contam seis dias ["domingo,
segunda, (...) sexta-feira..."] e descansam no sétimo. Não cabe a cada um de nós, ao
ver a Lua Nova, que indica o Rosh Chodesh (o início do mês judaico), decidir que esse
dia é o primeiro do mês, nem fixar o primeiro dia do mês baseado em cálculos
aprendidos, nem intercalar um mês [a mais] baseados em uma primavera tardia ou em
outras considerações que mereçam ser levadas em conta.

Esse dever [ de calcular o calendário da Torá] nunca deve ser cumprido por ninguém a
não ser o Grande Tribunal, e deve ser executado na terra de Israel e em nenhum outro
lugar. Portanto, como não existe nenhum Grande Tribunal hoje em dia, a [mitsvá da]
observação [da Lua Nova com objetivo de calcular o calendário] cessou atualmente
entre nós, assim como cessou a oferenda de sacrifícios porque o Templo não existe
mais.
Neste ponto, enganaram-se os descrentes, que aqui no Oriente são chamados de
caraítas; e até alguns que seguem os Rabinos, mas que não conseguiram perceber o
significado deste ponto e começaram a tatear na mais densa escuridão a este respeito.

Vocês devem saber que os cálculos que fazemos hoje em dia, e pelos quais podemos
determinar as luas novas (início do mês) e as festividades, só podem ser feitos na terra
de Israel. No entanto, em um caso de emergência, e na ausência dos Sábios da terra de
Israel, é permitido a um Tribunal (Beit Din Samuch) que recebeu sua ordenação na
terra de Israel que intercale um mês [de Adar a mais] no ano e determine o inicio do
mês (luas novas) mesmo estando fora da terra de Israel, como o Talmud registra que
Rabi Akíva fez em certa ocasião. Esse procedimento, contudo, está repleto de grandes
dificuldades [é bastante complexo], e é sabido que quase sempre isto foi feito na terra
de Israel, e que foram eles [os sábios do Beit Din Samuch], quando estiveram reunidos,
que sempre determinaram os Rosh Chodesh (as luas novas, inicio do mês) e
intercalaram um mês [a mais] nos anos, de acordo com os métodos corretos.

Um grande e fundamental princípio de nossa fé, que não pode ser conhecido ou
entendido corretamente a não ser através de reflexão profunda, é que quando, hoje
em dia, estando fora da terra de Israel, calculamos pela tabela de ano bissexto que
temos em mãos e determinamos que um dia é de Rosh Chodesh (início do mês, na Lua
Nova) e outro é de Yom Tov (festa), nós o fazemos não com base em nosso próprio
cálculo, e sim porque o Grande Tribunal da terra de Israel já designou esse dia como o
primeiro do mês, ou como um dia de festa [Yom Tov]. Esse dia se tornou o primeiro dia
do mês ou um dia de festa porque eles assim o decretaram, quer tenha sido sua
decisão baseada em cálculos ou na observação [e isso, essa "tabela", nos foi
transmitida por eles, e baseados nestes cálculos deles é que nós fazemos nosso
calendário].

Isso está de acordo com a nossa Tradição, que interpreta o versículo: "Estas são as
solenidades de D'us, as santas convocações que proclamareis no tempo determinado"
(Vayicrá/Levítico, 23:4) como significando: "Eu não conheço outras solenidades a não
ser essas", ou seja, aquelas que foram declaradas [pelo Beit Din] como sendo
"solenidades", mesmo que isso tenha sido feito involuntariamente, ou sob coação, ou
por engano [pelo Beit Din, mas é isso que tem validade], como a Tradição nos diz. Hoje
nós fazemos cálculos apenas para saber qual dia foi fixado [como Rosh Chodesh, etc]
pelos habitantes da terra de Israel [pelo Beit Din Samuch de Israel], pois é por este
método e não pela observação [atual] da Lua Nova que eles o determinam e
estabelecem atualmente. É na decisão deles que nós confiamos e não nos nossos
próprios cálculos, que nada mais são do que constatações [do que eles já calcularam].
Isto deve ser bem compreendido.

Darei uma explicação adicional sobre este assunto. Suponhamos, por exemplo, que os
habitantes da terra de Israel desaparecessem – que D'us nos livre de tal coisa, pois Ele
nos prometeu que não tirará e nem apagará da terra o remanescente da nação – e que
não houvesse mais Tribunal lá, e que fora da Terra [de Israel] não houvesse mais
nenhum tribunal que tivesse sido habilitado na terra de Israel: nesse caso nossos
próprios cálculos não nos seriam de nenhuma utilidade, porque não devemos fazer
cálculos fora da Terra [de Israel], nem intercalar ou fixar Rosh Chodesh baseados nas
luas novas, a não ser sob as condições mencionadas, como explicamos, pois "De Tsion
sairá a lei" (Yeshaiáhu/Isaías, 2:3). Se alguém em sã consciência examinar o que o
Talmud diz a este respeito, chegará à conclusão de que nossa interpretação está
correta e não deixa dúvidas.

Nas Escrituras há indicações que estabelecem um fundamento para os princípios em


que nos baseamos para reconhecer as luas novas e os anos com um Adar a mais
[Meubarím]. Baseado em um desses trechos, mais especificamente, "E guardarás este
estatuto em seu Moed (data, comemoração), de ano em ano" (Shemot/Êxodo, 13:10),
foi dito: Isto nos ensina que não devemos acrescentar nenhum mês a não ser na época
do ano próxima às comemorações [perto de Pessach]". Foi dito ainda: "De que modo
concluímos que só devemos acrescentar um dia ao mês ou santificar o Rosh Chodesh
(início do mês, na Lua Nova) durante o dia? Pelas palavras das Escrituras 'miyamim
yamima' — durante o dia". Sobre as palavras das Escrituras "Este mês seja para vós,
princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2) foi dito: "Você calcula um ano pelos meses,
mas não pelos dias", significando que o que se deve acrescentar é um mês completo.
Também foi dito, a respeito das palavras: "Um mês de dias" (Bamidbár/Números,
11:21): "Você calcula um mês pelos dias, não pelas horas"; e também foi explicado que
o versículo: "Cuide do mês da primavera [e faça o Pessach]" (Devarím/Deuteronômio,
16:1) nos ensina que em nossos anos devemos levar em consideração as estações do
ano, e que, portanto eles devem ser anos solares [de modo que Pessach seja sempre
na primavera].

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no primeiro


capítulo de San'hedrin, no Tratado do Talmud de Rosh Hashaná e também em
Berachot.

ESTUDOS 61-65

M. 153

A mitsvá M. 153 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 153 - CALCULAR MESES E ANOS [KIDUSH HACHÔDESH]

A mitsvá número cento e cinquenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino através do qual o Enaltecido nos ordena quanto ao cálculo dos meses e dos
anos.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) da santificação de Rosh Chodesh


(início do mês, na Lua Nova) e está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Este
mês seja para vós, princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2). Para explicar isto,
consta [no Talmud]: "Este testemunho será entregue a vocês", ou seja, este
mandamento (mitsvá) não está na mão de todos, como é o caso do Shabat da Criação
[do mundo], o qual todas as pessoas ["calculam", pois] contam seis dias ["domingo,
segunda, (...) sexta-feira..."] e descansam no sétimo. Não cabe a cada um de nós, ao
ver a Lua Nova, que indica o Rosh Chodesh (o início do mês judaico), decidir que esse
dia é o primeiro do mês, nem fixar o primeiro dia do mês baseado em cálculos
aprendidos, nem intercalar um mês [a mais] baseados em uma primavera tardia ou em
outras considerações que mereçam ser levadas em conta.

Esse dever [ de calcular o calendário da Torá] nunca deve ser cumprido por ninguém a
não ser o Grande Tribunal, e deve ser executado na terra de Israel e em nenhum outro
lugar. Portanto, como não existe nenhum Grande Tribunal hoje em dia, a [mitsvá da]
observação [da Lua Nova com objetivo de calcular o calendário] cessou atualmente
entre nós, assim como cessou a oferenda de sacrifícios porque o Templo não existe
mais.

Neste ponto, enganaram-se os descrentes, que aqui no Oriente são chamados de


caraítas; e até alguns que seguem os Rabinos, mas que não conseguiram perceber o
significado deste ponto e começaram a tatear na mais densa escuridão a este respeito.

Vocês devem saber que os cálculos que fazemos hoje em dia, e pelos quais podemos
determinar as luas novas (início do mês) e as festividades, só podem ser feitos na terra
de Israel. No entanto, em um caso de emergência, e na ausência dos Sábios da terra de
Israel, é permitido a um Tribunal (Beit Din Samuch) que recebeu sua ordenação na
terra de Israel que intercale um mês [de Adar a mais] no ano e determine o inicio do
mês (luas novas) mesmo estando fora da terra de Israel, como o Talmud registra que
Rabi Akíva fez em certa ocasião. Esse procedimento, contudo, está repleto de grandes
dificuldades [é bastante complexo], e é sabido que quase sempre isto foi feito na terra
de Israel, e que foram eles [os sábios do Beit Din Samuch], quando estiveram reunidos,
que sempre determinaram os Rosh Chodesh (as luas novas, inicio do mês) e
intercalaram um mês [a mais] nos anos, de acordo com os métodos corretos.

Um grande e fundamental princípio de nossa fé, que não pode ser conhecido ou
entendido corretamente a não ser através de reflexão profunda, é que quando, hoje
em dia, estando fora da terra de Israel, calculamos pela tabela de ano bissexto que
temos em mãos e determinamos que um dia é de Rosh Chodesh (início do mês, na Lua
Nova) e outro é de Yom Tov (festa), nós o fazemos não com base em nosso próprio
cálculo, e sim porque o Grande Tribunal da terra de Israel já designou esse dia como o
primeiro do mês, ou como um dia de festa [Yom Tov]. Esse dia se tornou o primeiro dia
do mês ou um dia de festa porque eles assim o decretaram, quer tenha sido sua
decisão baseada em cálculos ou na observação [e isso, essa "tabela", nos foi
transmitida por eles, e baseados nestes cálculos deles é que nós fazemos nosso
calendário].

Isso está de acordo com a nossa Tradição, que interpreta o versículo: "Estas são as
solenidades de D'us, as santas convocações que proclamareis no tempo determinado"
(Vayicrá/Levítico, 23:4) como significando: "Eu não conheço outras solenidades a não
ser essas", ou seja, aquelas que foram declaradas [pelo Beit Din] como sendo
"solenidades", mesmo que isso tenha sido feito involuntariamente, ou sob coação, ou
por engano [pelo Beit Din, mas é isso que tem validade], como a Tradição nos diz. Hoje
nós fazemos cálculos apenas para saber qual dia foi fixado [como Rosh Chodesh, etc]
pelos habitantes da terra de Israel [pelo Beit Din Samuch de Israel], pois é por este
método e não pela observação [atual] da Lua Nova que eles o determinam e
estabelecem atualmente. É na decisão deles que nós confiamos e não nos nossos
próprios cálculos, que nada mais são do que constatações [do que eles já calcularam].
Isto deve ser bem compreendido.

Darei uma explicação adicional sobre este assunto. Suponhamos, por exemplo, que os
habitantes da terra de Israel desaparecessem – que D'us nos livre de tal coisa, pois Ele
nos prometeu que não tirará e nem apagará da terra o remanescente da nação – e que
não houvesse mais Tribunal lá, e que fora da Terra [de Israel] não houvesse mais
nenhum tribunal que tivesse sido habilitado na terra de Israel: nesse caso nossos
próprios cálculos não nos seriam de nenhuma utilidade, porque não devemos fazer
cálculos fora da Terra [de Israel], nem intercalar ou fixar Rosh Chodesh baseados nas
luas novas, a não ser sob as condições mencionadas, como explicamos, pois "De Tsion
sairá a lei" (Yeshaiáhu/Isaías, 2:3). Se alguém em sã consciência examinar o que o
Talmud diz a este respeito, chegará à conclusão de que nossa interpretação está
correta e não deixa dúvidas.

Nas Escrituras há indicações que estabelecem um fundamento para os princípios em


que nos baseamos para reconhecer as luas novas e os anos com um Adar a mais
[Meubarím]. Baseado em um desses trechos, mais especificamente, "E guardarás este
estatuto em seu Moed (data, comemoração), de ano em ano" (Shemot/Êxodo, 13:10),
foi dito: Isto nos ensina que não devemos acrescentar nenhum mês a não ser na época
do ano próxima às comemorações [perto de Pessach]". Foi dito ainda: "De que modo
concluímos que só devemos acrescentar um dia ao mês ou santificar o Rosh Chodesh
(início do mês, na Lua Nova) durante o dia? Pelas palavras das Escrituras 'miyamim
yamima' — durante o dia". Sobre as palavras das Escrituras "Este mês seja para vós,
princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2) foi dito: "Você calcula um ano pelos meses,
mas não pelos dias", significando que o que se deve acrescentar é um mês completo.
Também foi dito, a respeito das palavras: "Um mês de dias" (Bamidbár/Números,
11:21): "Você calcula um mês pelos dias, não pelas horas"; e também foi explicado que
o versículo: "Cuide do mês da primavera [e faça o Pessach]" (Devarím/Deuteronômio,
16:1) nos ensina que em nossos anos devemos levar em consideração as estações do
ano, e que, portanto eles devem ser anos solares [de modo que Pessach seja sempre
na primavera].

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no primeiro


capítulo de San'hedrin, no Tratado do Talmud de Rosh Hashaná e também em
Berachot.

ESTUDO 66

M. 153, 59

A mitsvá M. 153 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 153 - CALCULAR MESES E ANOS [KIDUSH HACHÔDESH]


A mitsvá número cento e cinquenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento
Divino através do qual o Enaltecido nos ordena quanto ao cálculo dos meses e dos
anos.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) da santificação de Rosh Chodesh


(início do mês, na Lua Nova) e está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Este
mês seja para vós, princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2). Para explicar isto,
consta [no Talmud]: "Este testemunho será entregue a vocês", ou seja, este
mandamento (mitsvá) não está na mão de todos, como é o caso do Shabat da Criação
[do mundo], o qual todas as pessoas ["calculam", pois] contam seis dias ["domingo,
segunda, (...) sexta-feira..."] e descansam no sétimo. Não cabe a cada um de nós, ao
ver a Lua Nova, que indica o Rosh Chodesh (o início do mês judaico), decidir que esse
dia é o primeiro do mês, nem fixar o primeiro dia do mês baseado em cálculos
aprendidos, nem intercalar um mês [a mais] baseados em uma primavera tardia ou em
outras considerações que mereçam ser levadas em conta.

Esse dever [ de calcular o calendário da Torá] nunca deve ser cumprido por ninguém a
não ser o Grande Tribunal, e deve ser executado na terra de Israel e em nenhum outro
lugar. Portanto, como não existe nenhum Grande Tribunal hoje em dia, a [mitsvá da]
observação [da Lua Nova com objetivo de calcular o calendário] cessou atualmente
entre nós, assim como cessou a oferenda de sacrifícios porque o Templo não existe
mais.

Neste ponto, enganaram-se os descrentes, que aqui no Oriente são chamados de


caraítas; e até alguns que seguem os Rabinos, mas que não conseguiram perceber o
significado deste ponto e começaram a tatear na mais densa escuridão a este respeito.

Vocês devem saber que os cálculos que fazemos hoje em dia, e pelos quais podemos
determinar as luas novas (início do mês) e as festividades, só podem ser feitos na terra
de Israel. No entanto, em um caso de emergência, e na ausência dos Sábios da terra de
Israel, é permitido a um Tribunal (Beit Din Samuch) que recebeu sua ordenação na
terra de Israel que intercale um mês [de Adar a mais] no ano e determine o inicio do
mês (luas novas) mesmo estando fora da terra de Israel, como o Talmud registra que
Rabi Akíva fez em certa ocasião. Esse procedimento, contudo, está repleto de grandes
dificuldades [é bastante complexo], e é sabido que quase sempre isto foi feito na terra
de Israel, e que foram eles [os sábios do Beit Din Samuch], quando estiveram reunidos,
que sempre determinaram os Rosh Chodesh (as luas novas, inicio do mês) e
intercalaram um mês [a mais] nos anos, de acordo com os métodos corretos.

Um grande e fundamental princípio de nossa fé, que não pode ser conhecido ou
entendido corretamente a não ser através de reflexão profunda, é que quando, hoje
em dia, estando fora da terra de Israel, calculamos pela tabela de ano bissexto que
temos em mãos e determinamos que um dia é de Rosh Chodesh (início do mês, na Lua
Nova) e outro é de Yom Tov (festa), nós o fazemos não com base em nosso próprio
cálculo, e sim porque o Grande Tribunal da terra de Israel já designou esse dia como o
primeiro do mês, ou como um dia de festa [Yom Tov]. Esse dia se tornou o primeiro dia
do mês ou um dia de festa porque eles assim o decretaram, quer tenha sido sua
decisão baseada em cálculos ou na observação [e isso, essa "tabela", nos foi
transmitida por eles, e baseados nestes cálculos deles é que nós fazemos nosso
calendário].

Isso está de acordo com a nossa Tradição, que interpreta o versículo: "Estas são as
solenidades de D'us, as santas convocações que proclamareis no tempo determinado"
(Vayicrá/Levítico, 23:4) como significando: "Eu não conheço outras solenidades a não
ser essas", ou seja, aquelas que foram declaradas [pelo Beit Din] como sendo
"solenidades", mesmo que isso tenha sido feito involuntariamente, ou sob coação, ou
por engano [pelo Beit Din, mas é isso que tem validade], como a Tradição nos diz. Hoje
nós fazemos cálculos apenas para saber qual dia foi fixado [como Rosh Chodesh, etc]
pelos habitantes da terra de Israel [pelo Beit Din Samuch de Israel], pois é por este
método e não pela observação [atual] da Lua Nova que eles o determinam e
estabelecem atualmente. É na decisão deles que nós confiamos e não nos nossos
próprios cálculos, que nada mais são do que constatações [do que eles já calcularam].
Isto deve ser bem compreendido.

Darei uma explicação adicional sobre este assunto. Suponhamos, por exemplo, que os
habitantes da terra de Israel desaparecessem – que D'us nos livre de tal coisa, pois Ele
nos prometeu que não tirará e nem apagará da terra o remanescente da nação – e que
não houvesse mais Tribunal lá, e que fora da Terra [de Israel] não houvesse mais
nenhum tribunal que tivesse sido habilitado na terra de Israel: nesse caso nossos
próprios cálculos não nos seriam de nenhuma utilidade, porque não devemos fazer
cálculos fora da Terra [de Israel], nem intercalar ou fixar Rosh Chodesh baseados nas
luas novas, a não ser sob as condições mencionadas, como explicamos, pois "De Tsion
sairá a lei" (Yeshaiáhu/Isaías, 2:3). Se alguém em sã consciência examinar o que o
Talmud diz a este respeito, chegará à conclusão de que nossa interpretação está
correta e não deixa dúvidas.

Nas Escrituras há indicações que estabelecem um fundamento para os princípios em


que nos baseamos para reconhecer as luas novas e os anos com um Adar a mais
[Meubarím]. Baseado em um desses trechos, mais especificamente, "E guardarás este
estatuto em seu Moed (data, comemoração), de ano em ano" (Shemot/Êxodo, 13:10),
foi dito: Isto nos ensina que não devemos acrescentar nenhum mês a não ser na época
do ano próxima às comemorações [perto de Pessach]". Foi dito ainda: "De que modo
concluímos que só devemos acrescentar um dia ao mês ou santificar o Rosh Chodesh
(início do mês, na Lua Nova) durante o dia? Pelas palavras das Escrituras 'miyamim
yamima' — durante o dia". Sobre as palavras das Escrituras "Este mês seja para vós,
princípio dos meses" (Shemot/Êxodo, 12:2) foi dito: "Você calcula um ano pelos meses,
mas não pelos dias", significando que o que se deve acrescentar é um mês completo.
Também foi dito, a respeito das palavras: "Um mês de dias" (Bamidbár/Números,
11:21): "Você calcula um mês pelos dias, não pelas horas"; e também foi explicado que
o versículo: "Cuide do mês da primavera [e faça o Pessach]" (Devarím/Deuteronômio,
16:1) nos ensina que em nossos anos devemos levar em consideração as estações do
ano, e que, portanto eles devem ser anos solares [de modo que Pessach seja sempre
na primavera].
Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no primeiro
capítulo de San'hedrin, no Tratado do Talmud de Rosh Hashaná e também em
Berachot.

M. 59 - TOCAR TROMBETAS ESPECIAIS NO SANTUÁRIO [CHATSOTSERÓT]

A mitsvá número cinquenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


fazer soar trombetas especiais do Santuário ao oferecer qualquer um dos sacrifícios
das Festas.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E também no dia de vossa alegria, nas vossas solenidades fixas, e nos princípios de
vossos meses, tocareis as trombetas sobre vossos korbanót olá (sacrifícios-queimados-
por-inteiro) (...)" (Bamidbár/Números 10:10). Os Sábios dizem explicitamente que este
é o mandamento (mitsvá) das trombetas.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Sifrí, em Rosh Hashaná e


Taaniot, uma vez que somos ordenados a tocar as trombetas em épocas de dificuldade
e infortúnios, quando clamamos por D'us, (louvado seja!), de acordo com Suas
palavras: "E quando estiverdes em guerra em vossa terra contra o adversário que vos
oprime, [tocareis as trombetas]" (Bamidbár/Números, 10:9).

ESTUDO 67

M. 59

A mitsvá M. 59 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 59 - TOCAR TROMBETAS ESPECIAIS NO SANTUÁRIO [CHATSOTSERÓT]

A mitsvá número cinquenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


fazer soar trombetas especiais do Santuário ao oferecer qualquer um dos sacrifícios
das Festas.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E também no dia de vossa alegria, nas vossas solenidades fixas, e nos princípios de
vossos meses, tocareis as trombetas sobre vossos korbanót olá (sacrifícios-queimados-
por-inteiro) (...)" (Bamidbár/Números 10:10). Os Sábios dizem explicitamente que este
é o mandamento (mitsvá) das trombetas.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Sifrí, em Rosh Hashaná e


Taaniot, uma vez que somos ordenados a tocar as trombetas em épocas de dificuldade
e infortúnios, quando clamamos por D'us, (louvado seja!), de acordo com Suas
palavras: "E quando estiverdes em guerra em vossa terra contra o adversário que vos
oprime, [tocareis as trombetas]" (Bamidbár/Números, 10:9).
ESTUDO 68

M. 59, Leis de Meguilá e Chanucá cap. 1-2 (do Mishnê Torá)

A mitsvá M. 59 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 59 - TOCAR TROMBETAS ESPECIAIS NO SANTUÁRIO [CHATSOTSERÓT]

A mitsvá número cinquenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


fazer soar trombetas especiais do Santuário ao oferecer qualquer um dos sacrifícios
das Festas.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E também no dia de vossa alegria, nas vossas solenidades fixas, e nos princípios de
vossos meses, tocareis as trombetas sobre vossos korbanót olá (sacrifícios-queimados-
por-inteiro) (...)" (Bamidbár/Números 10:10). Os Sábios dizem explicitamente que este
é o mandamento (mitsvá) das trombetas.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Sifrí, em Rosh Hashaná e


Taaniot, uma vez que somos ordenados a tocar as trombetas em épocas de dificuldade
e infortúnios, quando clamamos por D'us, (louvado seja!), de acordo com Suas
palavras: "E quando estiverdes em guerra em vossa terra contra o adversário que vos
oprime, [tocareis as trombetas]" (Bamidbár/Números, 10:9).

LEIS DE MEGUILÁ E CHANUCÁ

Nelas estão incluídas duas mitsvót asse (mandamentos) rabínicos (instituídos por
nossos sábios) e que não estão incluídos na enumeração [das 613 mitsvót da Torá]. A
explicação destas duas mitsvót encontra-se nestes capítulos.

Primeiro Capítulo

1. É uma mitsvá ordenada pelos rabinos (nossos sábios) ler a Meguilá Ester na
época apropriada. É sabido que isso foi decretado pelos profetas.
Todo mundo é obrigado a participar desta leitura: homens, mulheres, convertidos e
escravos libertos. Crianças também devem ser treinadas para lê-la. Mesmo os
sacerdotes (Cohanim) devem deixar seu serviço no Templo e vir para ouvir a leitura da
Meguilá.

2. Da mesma forma, o estudo de Torá também deve ser deixado para se ouvir a
leitura da Meguilá. Certamente, isso se aplica a outras mitsvót da Torá: a observância
de todas elas é substituída pela leitura da Meguilá. Não há nada que tenha prioridade
sobre a leitura da Meguilá, exceto o enterro de um Met-Mitsvá (um cadáver que não
tenha ninguém para cuidar dele). A pessoa que encontrar um cadáver deve enterrá-lo
e, em seguida, ler a Meguilá.
É possível cumprir esta obrigação lendo ou ouvindo outra pessoa lendo, desde que
escute de uma pessoa que é obrigada a ouvir a leitura. Por esse motivo, se o leitor for
menor de idade ou mentalmente incapacitado, aquele que ouve sua leitura não
cumpriu sua obrigação.

3. É uma mitsvá ler a Meguilá inteira e lê-la tanto à noite como durante o dia.
Qualquer hora da noite é apropriada para a leitura noturna, assim como qualquer hora
do dia é apropriada para a leitura diurna.
Antes da leitura de durante a noite, deve-se recitar três bênçãos. São elas :

a) Bendito és Tu, D'us, nosso Senhor, rei do universo, que nos santificou com seus
mandamentos e nos ordenou para ler a Meguilá.

b) Bendito és Tu, D'us, nosso Senhor, rei do universo, que fez milagres para nossos
antepassados, naqueles dias, nesta época.

c) Bendito és Tu, D'us, nosso Senhor, rei do universo, que nos concedeu a vida e
permitiu-nos chegar a esta ocasião.

Durante o dia, não se deve recitar a bênção final.

Em lugares onde é costume recitar uma bênção após a leitura, a seguinte bênção deve
ser recitada:

Bendito és Tu, D'us, nosso Senhor, rei do universo, que luta nossas batalhas, defende
nossos direitos, vinga o mal feito a nós, castiga por nós os nossos opressores e retribui
devidamente a todos nossos inimigos mortais. Bendito és Tu, D'us, que cobra a
recompensa em favor de Seu povo de Israel de todos os seus opressores, D'us que
salva.

4. Qual o momento apropriado para a Meguilá ser lida? Os sábios ordenaram


muitos horários diferentes para sua leitura, como implícita por Ester, 9:31: para
confirmar estes dias de Purim nos seus nomeados momentos. Estes estão os dias em
que é lida a Meguilá:
Todas as cidades, seja em Erets Yisrael (=a terra de Israel)ou na diáspora, que fora
cercada por um muro no momento de Joshua bin Nun (sucessor de Moshe Rabeinu),
devem ler a Meguilá no décimo quinto dia de Adar. Isso se aplica até mesmo quando
um muro não rodeia a cidade neste momento. Esta cidade é chamada de "crach" —
‫כרך‬.

Todas as cidades que não eram cercadas por uma parede na época de Joshua bin Nun
devem ler a Meguilá no décimo quarto dia de Adar. Isso se aplica mesmo quando há
um muro ao redor da cidade neste momento. Esta cidade é chamada de "ir" — ‫עיר‬.

5. Na capital de Shushan (onde ocorreu a história de Purim), a Meguilá é lida no


décimo quinto dia de Adar, embora ela não tenha sido rodeada por um muro na época
de Yehoshua bin Nun (Josué),, porque o milagre ocorreu dentro dela, e naquela época,
os judeus de Shushan comemoraram naquele dia, como consta em Ester, 9:18. "E eles
[os judeus de Shushan] descansaram no décimo quinto dia de Adar."
Por que o assunto foi relacionado à época de Yehoshua bin Nun (Josué)? Para honrar
as cidades de Erets Yisrael (=a terra de Israel)que estavam em ruínas na época do
milagre de Purim. Embora estejam em ruínas, atualmente, isto lhes permitiriam ler a
Megilá no décimo quinto dia, como fazem os habitantes de Shushan, uma vez que
certas cidades de Israel foram cercadas por muro na época de Yehoshua Bin Nun.
Assim, a comemoração do milagre de Purim incluiria uma lembrança de Erets Yisrael.

6. Os Sábios ordenaram que os habitantes das aldeias que se reuniam nas


sinagogas apenas às segundas e quintas-feiras poderiam ler a Meguilá mais cedo, no
dia quando eles se reunissem nas sinagogas.
O que está implícito? Se o décimo quarto dia de Adar cai na segunda ou na quinta-
feira, a Meguilá é lida naquele dia. Se ele cair em um dia diferente desses, nós lemos
em uma data anterior, na segunda ou na quinta-feira que está mais próxima ao décimo
quarto dia de Adar.

7. O que está implícito? Se o décimo quarto dia de Adar cai no domingo, a


Meguilá é lida na quinta-feira anterior, décimo primeiro dia de Adar. Se o décimo
quarto dia cair na terça-feira, a Meguilá é lida antes, na segunda-feira, o décimo
terceiro dia. Se o décimo quarto dia cair na quarta-feira, a Meguilá é lida antes, na
segunda-feira, o décimo segundo dia.
Sempre que a licença for concedida para ler a Meguilá antes do décimo quarto dia de
Adar, a mesma não deve ser lida com menos de dez pessoas presentes.

8. Em uma aldeia onde os judeus não se reúnem para ler a Torá às segundas e
quintas-feiras, a Meguilá deve ser lida apenas no décimo quarto dia de Adar. Quando
uma cidade não tem dez pessoas com nenhuma outra ocupação que não seja
frequentar a sinagoga para propósitos comunitários, então a cidade é considerada
uma vila, e a Meguilá é lida antes, no dia em que as pessoas se reúnem na sinagoga.
Se uma cidade não possui dez homens adultos, e não há outra solução, eles são
considerados como os habitantes de uma cidade grande e leem a Meguilá apenas no
décimo quarto dia.

9. Quando a leniência acima – que é possível ler a Meguilá mais cedo, nos dias em
que as pessoas reúnem-se na sinagoga – se aplica? Quando Israel tem um reinado
propriamente dito. Na era atual, no entanto, a Meguilá é lida apenas em seus
momentos adequados, o décimo quarto dia de Adar e o décimo quinto dia. Os
habitantes das aldeias e cidades leem no décimo quarto dia, e os habitantes das
cidades muradas leem no décimo quinto dia.
10. As seguintes regras se aplicam quando um habitante de uma cidade sem muro
viaja para uma cidade murada, ou um habitante de uma cidade murada viaja para uma
cidade sem muro:
Se sua intenção era voltar para casa para o dia da leitura da Meguilá, mas foi impedido
de retornar, ele deve ler a Meguilá de acordo com o dia em que ela é lida em sua casa.
Se sua intenção era não voltar para casa após o dia da leitura da Meguilá, ele deveria
ler a Meguilá juntamente com o povo do lugar que está visitando.
Esta regra se aplica a todas essas casas adjacentes a uma cidade murada que são vistas
juntamente com ela: se não há mais de dois mil cúbitos entre eles, elas são
considerados parte da cidade murada, e seus habitantes devem ler a Meguilá no
décimo quinto dia.

11. Quando existe uma dúvida e não se sabe se uma cidade tinha sido cercada por
uma parede na época do Joshua bin Nun ou se ela foi cercada depois, seus habitantes
devem ler a Meguilá no dia e na noite de ambos os dias: o décimo quarto e décimo
quinto dia de Adar. Eles devem recitar a bênção só ao ler no décimo quarto dia, uma
vez que este é o momento quando a Meguilá é lida na maioria dos lugares no mundo.
12. Quando a Meguilá foi lida no primeiro mês de Adar e, posteriormente, o
Tribunal de Justiça (San'hedrin) proclamou um ano com dois Adar, a Meguilá deve ser
lida novamente no segundo mês de Adar em seu momento adequado.
13. A Meguilá não deve ser lida no Shabat. Este é um decreto, promulgado para
que a Meguilá não seja transportada na via pública no Shabat. Já que todo mundo é
obrigado a ler a Meguilá, mas nem todo mundo é capaz de lê-la, assim, há a
possibilidade que esse erro ocorra.
Por esse motivo, se o momento apropriado para ler a Meguilá cair no sábado,
podemos lê-la mais cedo, no dia anterior ao sábado. Deve-se comentar as leis de
Purim nesse sábado para comemorar o fato de que se trata de Purim.

14. O que está implícito? Quando o décimo quarto dia de Adar cai no sábado, os
habitantes das cidades sem muro devem ler a Meguilá antes, na sexta-feira. Os
habitantes das cidades muradas devem lê-la em seu momento adequado, no domingo.
Quando o décimo quinto dia cai no sábado, os habitantes das cidades muradas devem
ler a Meguilá antes, na sexta-feira, décimo quarto dia. Os habitantes das cidades sem
muro devem ler também nesse dia, pois este é o momento oportuno para que eles
leiam. Assim, neste caso, todo mundo lê no décimo quarto dia.

Segundo Capítulo

1. Quando uma pessoa lê a a Meguilá na sequência incorreta, ela não cumpriu


com a sua obrigação. Se uma pessoa participar da leitura, esquecer um versículo e ler o
versículo seguinte, for para trás e ler o versículo que ele omitiu e, em seguida, ter lido
um terceiro versículo, ela não cumpriu com sua obrigação: porque ela leu um versículo
em sequência incorreta. O que ela deve fazer em vez disso? Ela deve começar desde o
segundo versículo, o versículo que ela esqueceu, e continuar lendo a Meguilá em sua
ordem adequada.
2. Se alguém encontrar uma congregação que já leu metade da Meguilá, não deve
pensar , "lerei a última metade juntamente com esta congregação e, em seguida,
voltarei a ler a primeira metade", pois está lendo na sequência incorreta. Em vez disso,
a pessoa deve ler a Meguilá inteira, do começo ao fim, na sequência correta.
Quando uma pessoa lê uma parte e faz uma pausa e, em seguida, continua a leitura,
uma vez que ele leu na ordem, ela cumpre com sua obrigação, embora a pausa tenha
sido grande o suficiente para terminar toda a Meguilá.
3. Uma pessoa que lê a Meguilá de cor, não cumpriu com sua obrigação. Uma
pessoa que fala um idioma diferente do hebraico e ouve a Meguilá lida e escrita em
hebraico, cumpre com sua obrigação, embora ela não entenda o que está sendo lido.
Da mesma forma, se a Meguilá for escrita em grego, uma pessoa que a ouve, mesmo
que fale hebraico, cumpre sua obrigação, apesar de ela não entender o que está sendo
lido.
4. Se, no entanto, ela for escrita em aramaico ou em outro idioma, aquele que
ouve esta leitura cumpre com sua obrigação somente quando ele entender essa língua
e somente quando a Meguilá for escrita nessa língua.
Por outro lado, se a Meguilá for escrita em hebraico e for lida em aramaico para uma
pessoa que entende essa língua, a sua obrigação não foi cumprida, pois está sendo lida
de cor. E uma vez que o leitor não possa cumprir com sua obrigação, não é possível
que a pessoa que ouça deste leitor cumpra com sua obrigação.

5. Uma pessoa que estava lendo a Meguilá sem a intenção desejada não cumpriu
com sua obrigação. O que está implícito? Se alguém estava escrevendo uma Meguilá,
explicando-a, ou examinando-a – se ele teve a intenção de cumprir com sua obrigação
com esta leitura, esta leitura é válida. Se ele não teve essa intenção, ele não cumpriu
com sua obrigação. Se alguém ler enquanto estiver cochilando, ele cumpre sua
obrigação, uma vez que ele não estava adormecido.
6. Quando a instrução de que uma pessoa pode cumprir com sua obrigação
através da leitura ao escrever uma Meguilá é aplicável? Quando ela tem a intenção de
cumprir com sua obrigação de lê-la do pergaminho que está copiando. Se, no entanto,
ela tem a intenção de cumprir com sua obrigação através da leitura da Meguilá, que
está sendo escrita no momento, ela não cumpriu com sua obrigação, pois só é possível
cumprir com a obrigação apenas pela leitura de um rolo de pergaminho que estava
totalmente escrito no momento da leitura.
7. Se o leitor da Meguilá a leu de uma forma não tão correta – cometendo
pequenos erros gramaticais –, foi válido, pois não devemos ser tão rigorosos na leitura.
Se o leitor a leu, em pé ou sentado – foi válido, mesmo em público. Porém, a priori,
não deve ser lida sentado, e sim, de pé, em honra ao público.

Se duas pessoas a leram ao mesmo tempo – foi válido aos leitores e aos ouvintes.

8. Nós não devemos ler a Meguilá em público de um pergaminho que contenha


outros escritos sagrados. Se assim foi feito, não valeu, a menos que as partes do
pergaminho no qual está escrita sejam maiores ou menores do que as do restante do
rolo, para que haja uma distinção.
Uma leitura individual, por outro lado, pode ser feita através de um rolo de
pergaminho, mesmo que a parte que contenha a Meguilá não seja maior ou menor do
que o restante do rolo; e assim cumpre com sua obrigação.

9. A Meguilá pode ser escrita somente com dio [tinta preta feita a base de
plantas], em um gvil ou klaf [tipos de pergaminho] como um rolo de Torá. Se ela for
escrita com suco de noz de galha ou vitríolo é aceitável, mas se ela for escrita com
outros tons, não é aceitável.
Ela deve ser escrita em pergaminho pautado, como um rolo de Torá. O pergaminho
não necessita, contudo, ser processado com a intenção de ser usado para a mitsvá. Se
ela for escrita em papel ou em couro de animal que não foi processado, ou se ela for
escrita por um gentio ou por um não crente, não é aceitável.

10. As seguintes regras aplicam-se quando as letras de uma Meguilá são borradas
ou apagadas: se um rastreamento das letras é perceptível, a Meguilá é aceitável,
mesmo que a maioria das letras tenham sido gastas. Se nenhum traço das letras é
perceptível, a Meguilá é aceitável se a maioria de suas cartas estiverem intactas. Caso
contrário, não é aceitável.
Se o escriba omitiu certas letras ou versículos e o leitor leu-as de cor, ele cumpriu com
sua obrigação.

11. A Meguilá deve ser costurada – ou seja, todos os pergaminhos que compõem a
Meguilá devem ser associados como um único rolo de pergaminho. Ela deve ser
costurada somente com nervos de animais, trabalhados, como um rolo de Torá. Se for
costurada com outro material, é inaceitável.
Não é necessário, no entanto, costurar todo o comprimento do pergaminho com
nervos de animais, como um rolo de Torá é costurado. Uma costura de três pontos em
uma extremidade do pergaminho, três pontos no meio e três pontos na outra
extremidade, é aceitável. Esta leniência é aceita, porque a Meguilá é referida como
uma epístola , como consta em Ester, 9:29.

12. O leitor deve ler os nomes dos dez filhos de Haman e a palavra "asseret " (Ester,
9:7-10) em um só fôlego, para mostrar ao público que eles foram pendurados e mortos
simultaneamente.
É um costume judaico universalmente aceito que quando o leitor da Meguilá a lê, ele a
dobra como uma epístola (para mostrar o milagre). Quando é concluída a leitura,
enrola-se toda a Meguilá e recita-se a bênção posterior.

13. Nestes dois dias, o décimo quarto e décimo quinto de Adar, é proibido realizar
discursos fúnebres e jejuns. Estas proibições aplicam-se a todas as pessoas e a todos os
lugares, tanto os habitantes das cidades muradas que comemoram apenas o décimo
quinto dia e os habitantes das cidades sem muro que comemoram apenas o décimo
quarto.
Em um ano bissexto (que possua dois Adar) é proibido discursos fúnebres e jejuns
nestas duas datas: no primeiro dia de Adar, bem como no segundo. Quando os
habitantes das aldeias leem a Meguilá antecipadamente, na segunda ou na quinta-
feira anterior a Purim, estão autorizados a realizar discursos fúnebres e jejuns no dia
que leram a Meguilá. Porém, estão proibidos de realizar discursos fúnebres e jejuns
nestas duas datas, mesmo que não tenham lido a Meguilá nas datas mencionadas.

14. É uma mitsvá para os habitantes das aldeias e cidades sem muro, considerar o
décimo quarto dia de Adar – e para os habitantes das cidades muradas considerar o
décimo quinto dia de Adar – como um dia de alegria e festividade, através de envio de
porções de alimentos aos queridos amigos e doação de presentes aos pobres.
É permitido trabalhar nestes dias. No entanto, não é adequado fazê-lo. Nossos Sábios
declararam: "Quem trabalha em Purim nunca vai ver um sinal de bênção nesta
atividade."

Se os habitantes das aldeias lerem a Meguilá mais cedo, em uma segunda ou quinta-
feira e darem presentes monetários aos pobres no dia em que a leram, eles cumpriram
com sua obrigação. Alegria e festividades do feriado de Purim, por outro lado, devem
ser realizados somente no décimo quarto dia (para cidades sem muralhas e aldeias). Se
elas são realizadas mais cedo, os participantes não cumpriram com sua obrigação.
Uma pessoa que realiza a refeição de Purim à noite não cumpriu com a sua obrigação.

15. Como deve ser comemorada esta refeição? Devemos comer carne e preparar
uma festa tão atraente como permitam nossos meios. Devemos beber vinho até que
nos tornemos embriagados e adormeçamos.
Da mesma forma, estamos obrigados a enviar duas porções de carne ou dois outros
cozidos ou dois outros alimentos para um amigo, como implícitos por Ester, 9:22: "(...)
envio de porções de alimentos de um para outro" – ou seja, duas porções para um
amigo. Quem envia porções para muitos amigos é louvável. Se não se tiver os meios
para enviar comida para um amigo, deve-se trocar aquelas refeições com outro, cada
um deve enviar ao outro o que ele tinha preparado para a festa de Purim, e desta
forma cumprir a mitsvá de enviar presentes de comida para um amigo.

16. Cada um é obrigado a distribuir a caridade para os pobres no dia de Purim. Pelo
menos, dar a cada um de dois pobres um presente, seja ele dinheiro, pratos cozidos ou
outros alimentos, como implícito por Ester, 9:22 "(...) presentes aos pobres" – ou seja,
dois presentes para duas pessoas pobres.
Nós não devemos ser discriminatórios em selecionar os destinatários destes presentes
de Purim. Em vez disso, deve-se dar a quem estende sua mão. Dinheiro dado para ser
distribuído em Purim não deve ser usado para outros fins de caridade.

17. É preferível para uma pessoa ser mais generosa com suas doações para os
pobres do que ser em sua preparação da festa de Purim ou no envio de porções para
seus amigos. Pois não há felicidade maior e mais esplêndida do que agradar os
corações dos pobres, dos órfãos, das viúvas e dos convertidos.
Aquele que traz felicidade ao coração desses indivíduos infelizes assemelha-se a
presença divina, que 57:15 de Yeshayáhu/Isaías descreve como tendo a tendência para
reviver o espírito do humilde e reviver aqueles com corações partidos.

18. Todos os livros dos profetas e todos os escritos sagrados serão anulados na era
messiânica, com exceção do livro de Ester. Ele continuará a existir, bem como os cinco
livros da Torá e as halachot da Lei Oral, que nunca serão anuladas.
Embora todas as lembranças das dificuldades sofridas pelo nosso povo serão anuladas,
como consta em 65:16 de Yeshayáhu/Isaías: "As dificuldades antigas serão esquecidas
e para eles serão escondidos de meus olhos", a comemoração dos dias de Purim não
será anulada, como consta no [Livro de] Ester, (9:28): "E estes dias de Purim não vão
passar (=deixar de ser comemorados) entre os judeus, nem deixará sua lembrança de
(acompanhar) suas sementes".
ESTUDO 69

Continuação das leis de Meguilá e Chanucá cap. 3-4, M. 213

LEIS DE CHANUCÁ - Terceiro Capítulo

1. Na era do Segundo Templo, os reis gregos (=helenistas) fizeram decretos contra


o povo judeu, [tentando] anular a sua fé e recusando-se a permitir-lhes observar a
Torá e seus mandamentos. Eles estenderam suas mãos contra propriedades e filhas
dele (=do povo judeu); eles entraram no Santuário, fizeram estragos dentro dele e
impurificaram as coisas sagradas.
Os judeus sofreram grandes dificuldades por causa deles, pois eles os oprimiram
muito, até que o D'us dos nossos antepassados teve misericórdia deles, os resgatou de
suas mãos e os salvou [dos reis gregos] — os filhos dos Chashmonaím, os cohanim
guedolim (sacerdotes), conseguiram se sobrepor a eles, os mataram e salvaram os
judeus de suas mãos.

Eles nomearam um rei dos cohanim e a soberania retornou a Israel por mais de 200
anos, até a destruição do Segundo Templo.

2. Quando os judeus conseguiram se sobrepor aos seus inimigos e os destruíram,


eles entraram no Santuário; isso ocorreu no vigésimo quinto de Kislev. Eles não
puderam localizar nenhum azeite puro (=que não foi impurificado pelos gregos) no
Santuário, com exceção de um único jarro. Ele continha azeite suficiente para manter
as luzes [da Menorá] acesas por apenas um dia. Eles acenderam o arranjo das velas [na
Menorá que permaneceu aceso] por oito dias, até que eles conseguiram triturar
(=espremer) azeitonas e produzir [mais] azeite puro
3. Foi por isso que os sábios daquela geração ordenaram que estes oito dias, que
começam a partir do vigésimo quinto de Kislev, devem ser comemorados como dias de
alegria e de louvor a D'us (=Halel). Velas devem ser acesas à noite na entrada das casas
em cada uma dessas oito noites para divulgar e revelar o milagre.
Estes dias são chamados de "Chanucá". É proibido fazer homenagens fúnebres
(póstumas) e jejuns nestes dias, como nos dias de Purim. Acender as velas [de
Chanucá] nestes dias é uma Mitsvá derabanán (=de nossos sábios; rabínica), como o é
a leitura da Meguilá.

4. Quem tem a obrigação de ler a Meguilá, também tem a obrigação de acender


as velas de Chanucá. Quem acende as velas de Chanucá, na primeira noite, recita três
bênçãos. Elas são: "Bendito és Tu, D'us, nosso D'us, rei do universo, que nos santificou
com seus mandamentos e nos ordenou acender a luminária de Chanucá"; "...que fez
milagres para nossos antepassados...."(=sheassá nissim lavotenu); "... que concedeu-
nos a vida, nos sustentou..." (=shehecheyánu).
Quando uma pessoa que não recitou uma bênção [pelo acendimento de a sua própria
luminária (candelabro) de Chanucá] vê velas de Chanucá acesas, ele deve recitar as
duas últimas bênçãos: sheassá nissim lavotenu ("...que fez milagres para nossos
antepassados...."), e shehecheyanu ("... que concedeu-nos a vida, nos sustentou...").
Nas noites subsequentes, quem acende as luminárias [de Chanucá] deve recitar duas
bênçãos e aquele que vê [velas de Chanucá acesas] deve recitar uma, pois só se recita
a bênção de shehecheyanu na primeira noite.

5. Em cada um destes oito dias, recita-se o Halel por completo e antes de sua
recitação, deve-se dizer a bênção: "... que nos santificou com seus mandamentos e nos
ordenou completar o Halel". Isto aplica-se tanto na recitação individual quanto na
[recitação] comunitária.
Mesmo que a leitura do Halel é uma Mitsvá instituída pelos sábios, recita-se a bênção
afirmando que [D'us] nos santificou com seus mandamentos e nos ordenou" [realizar
esta mitsvá], da mesma forma que se recita esta benção ao realizar-se a leitura da
Meguilá e ao fazer o Eruv, pois esta benção deve ser recitada ao realizar-se toda
obrigação definitiva estabelecida pelos nossos sábios.

Por outro lado, caso uma obrigação tenha sido estabelecida pelos sábios por causa de
uma dúvida - por exemplo, extrair o dízimo do dmai (=alimento sobre o qual paira
dúvida se dele foi extraído anteriormente o maasser) – neste caso não se recita uma
bênção. Então por que uma bênção é recitada sobre o segundo dia do Yom Tov [fora
de Israel], já que os sábios o instituíram somente por uma questão de dúvida (=pois
talvez este seja o dia correto do Yom Tov)? Isso nos foi ordenado para que [o segundo
dia de Yom Tov] não seja tratado com desdém (=não seja desrespeitado).

6. Não é somente em Chanucá que a recitação do Halel é uma lei rabínica, e sim,
em todos os dias que se completa a recitação do Halel a obrigação de fazê-lo é um
decreto rabínico.
Há dezoito dias durante o ano quando é uma Mitsvá recitar o Halel por completo. Eles
são: os oito dias de Sucot, os oito dias de Chanucá, o primeiro dia do Pessach e a festa
de Shavuot. Halel não é recitado em Rosh Hashaná e Yom Kipur, uma vez que são dias
de teshuvá (arrependimento), reverência e temor (=a D'us), e não são dias de alegria
adicional. Os sábios não ordenam a recitação do Halel em Purim, porque a leitura da
Meguilá já cumpre a função do Halel (= já é o louvor a D'us).

7. Em lugares onde as festas são celebradas por dois dias (=fora de Israel), o Halel
é recitado em 21 dias: os nove dias de Sucot, os oito dias de Chanucá, os dois primeiros
dias do Pessach e os dois dias de Shavuot.
Em contraste, a recitação do Halel em Rosh Chodesh é um costume e não um mitsvá. E
este costume é observado somente em comunidade. Para enfatizar que se trata de um
costume, certas passagens são "puladas" (omitidas) quando ele é lido. Uma bênção
não deve ser recitada sobre esta leitura, uma vez que uma bênção não é recitada
sobre um cost ume.

Uma pessoa rezando sozinha não deve recitar nada do Halel em Rosh Chodesh. Se, no
entanto, ele começou a recitar [o Halel], ele deve concluí-lo, omitindo as passagens
que a comunidade costuma "pular"ao lê-lo.

Da mesma forma, nos outros dias de Pessach, o Halel é lido com a mesma omissão de
certas passagesde Rosh Chodesh.
8. E como se "pula' (=o que deve ser omitido)? Recita-se o Halel desde o começo
até a frase "Chalamish lemayno mayim". Em seguida, "pula-se" [um trecho] e começa-
se a recitar "Hashém zecharanu yevarech", continuando até o "Haleluka". Em seguida,
pula-se [um trecho] e começa-se a recitar "Má ashiv l'ashém, continuando até
"Haleluka". Depois, "pula-se" [mais um trecho] e começa-se a recitar "Min hametsar
karati Ká", continuando até a conclusão do Halel.
Este é o costume comum. Outros omitem outras passagens de acordo com um padrão
diferente.

9. Durante o dia todo pode-se recitar o Halel. Uma pessoa que lê o Halel na
seqüência incorreta não cumpriu com a sua obrigação. Se uma pessoa lê e pausa e
volta a ler, mesmo se ele pause por um tempo suficiente para completar o Halel
inteiro, ele cumpre a sua obrigação.
Os dias quando o Halel completo é recitado, a pessoa poderia fazer uma interrupção
entre um capítulo e o outro. Dentro de um único capítulo, no entanto, não se pode
fazer uma interrupção. Nos dias em que se lê Halel "pulando"certos trechos, pode-se
fazer uma interrupção até mesmo no meio de um capítulo.

10. Todo o dia em que se recita o Halel completo, deve-se fazer uma benção antes
do Halel. Nos lugares onde é costume recitar uma benção depois [do Halel], uma
bênção deve ser recitada aí então.
Que bênção é recitada?

"Que todas as Tuas obras louvem a Ti, D'us, nosso D'us, e que os justos e os piedosos,
que fazem a sua vontade, e toda a Tua nação, a casa de Israel, com júbilo irão louvar o
Teu nome. Pois é bom Te louvarmos, Ó D'us e é agradável fazer canticos ao Teu nome.
Tanto no mundo espiritual quanto no mundo físico, Tu és o Todo-Poderoso. Bendito és
Tu, D'us, o rei que é exaltado e elogiado, que é glorificado e que é Vivo e Existente
[para sempre]. Ele sempre reinará, por toda eternidade."

11. Há lugares que seguem o costume de repetir cada verso de "od'cha ki anitani"
(Salmos 118:21) até a conclusão da Halel. Cada versículo é lido duas vezes. Em lugares
onde essa repetição é habitual, os versos devem ser repetidos. Em lugares onde é
habitual não repetir, não deve-ser repetir.
12. Este é o costume segundo a qual o Halel era recitado nos dias dos primeiros
sábios: Após recitar a bênção, um adulto começa recitando o Halel e diz, "Haleluka".
Todas as pessoas respondiam "Haleluka".
Ele então lia: "Halelu avdei Hashém" e todas as pessoas respondiam, "Haleluka". Ele,
em seguida, lia: "Halelu et shem Hashém" e todas as pessoas respondiam: "Haleluka".
Ele então lia: "Yehi shem Hashém mevorach meatá vead olam" e todas as pessoas
respondiam, "Haleluka".

Da mesma forma após cada trecho do Halel, as pessoas respondiam "Haleluka". Até
que, no total, em todo o Halel, as pessoas respondiam "Haleluka" 123 vezes — um
sinal para lembrar-se disto: [123 é o número de] anos de [vida de] Aharon.
13. Também é habitual que, quando o leitor atinge o início de cada capítulo, o povo
repete a linha que ele recitou. Como assim? Quando ele recita a linha "Betset Yisrael
miMitsrayim", todas as pessoas repetiam esta linha: "Betset Yisrael miMitsrayim".
O leitor, em seguida, recitava "Bet Yiaacov meam loez" e todas as pessoas respondiam,
"Haleluka". Eles continuam a responder "Haleluka" após cada trecho até que o leitor
lia, "Ahavti ki yishma Hashém et koli tachanunai", e aí todos voltavam a repetir "Ahavti
ki yishma Hashém..." Da mesma forma, quando o leitor lia "Halelu et Hashém kol
goim", as pessoas repetima e respondiam, "Halelu et Hashém kol goim".

14. O leitor deve ler, "Ána Hashém hoshía na" e as pessoas devem repetir "Ána
Hashém hoshía na", embora não seja o início de um capítulo. Ele, em seguida, lê "Ána
Hashém hatslícha na" e eles devem repetir "Ána Hashém hatslícha na". Ele lê "Baruch
haba..." e eles respondem "Baruch haba...."
Se a pessoa que está lendo que o Halel for um menor, um escravo ou uma mulher, as
pessoas devem repetir [após a sua leitura], palavra por palavra, todo o Halel. Este é
costume inicial e deve-se aderir a ele. Atualmente, no entanto, tenho visto costumes
diferentes em todos os lugares, em relação à leitura do Halel e à forma das pessoas
responde-lo, e um costume não se assemelha ao outro.

Quarto Capítulo

1. Quantas velas devem ser acesas em Chanucá? A Mitsvá é que uma única vela
seja acesa em cada casa, independentemente de se há muitos membros da família na
casa, ou se somente uma pessoa vive lá.
Uma pessoa que queira caprichar e fazer a Mitsvá de forma bela e conscienciosa, deve
acender velas por cada membro da família (= do lar), seja masculino ou feminino.

Uma pessoa que é ainda mais conscienciosa na realização desta Mitsvá do que este e
observa a Mitsvá da forma mais desejável, deve acender velas por por cada membro
da família (= do lar), uma vela para cada indivíduo, seja masculino ou feminino, na
primeira noite. Em cada noite subsequente, ele deve adicionar uma vela para cada um
dos membros da família (= do lar).

2. Como assim? Quando existem dez membros em uma família, na primeira noite
acende-se dez velas, na segunda noite - vinte, na terceira noite - trinta, até que na
oitava noite, acende-se oitenta velas.
3. É costume comum em todas as nossas cidades, na Espanha, que todos os
membros do lar acendem uma única vela na primeira noite e vão adicionando uma
nova vela em cada noite, até que, na oitava noite, oito velas são acesas. Esta prática é
seguida independentemente de se há muitos membros do lar ou se há apenas uma
pessoa.
4. Quando uma lamparina tem duas aberturas [com dois pavios separados], ela
pode ser usada por dois indivíduos.
As seguintes regras se aplicam quando alguém preenche uma tigela com óleo e a
rodeia com mechas: se a cobriu com um utensílio, cada uma das mechas [ou pavios] é
considerada como uma vela separada. Se não a cobriu com um utensílio, considera-se
tudo como se fosse uma grande fogueira e não serve nem mesmo como uma única
vela.

5. As velas de Chanucá não devem ser acesas antes do por do sol, e sim, devem
ser acesos no pôr do sol. Não deve-se acende-las nem mais tarde e nem mais cedo.
Se esqueceu-se ou até mesmo se propositadamente não as acendeu no por do sol,
pode-se acender depois até quando já não houver qualquer transeunte no mercado
(=nas ruas).

Quanto tempo dura isso? Cerca de meia hora ou um pouco mais do que isso. Se deste
horário, não deve-se mais acende-las.

Deve-se colocar azeite suficiente na lamparina (ou candelabro) de Chanucá de modo


que fique acesa até que não haja mais qualquer transeunte no mercado (= na rua). Se
ele a acendeu e ela apagou-se, ele não precisa acende-la uma segunda vez. Se ela
permaneceu acesa até depois que que já não há transeuntes no mercado(na rua), se
quiser, ele pode apaga-la ou removê-la.

6. Todos os óleos e todos os pavios são aceitáveis para serem utilizados como
velas de Chanucá, mesmo os óleos que não são bem absorvidos pelo pavio e mesmo os
pavios que não retêm muito bem a chama. Mesmo nas noites de Shabat (=sexta-feira à
noite) de Chanucá, é permitido utilizar óleos e pavios que estão proibidos de serem
usado para as velas de Shabat [para acender as velas de Chanucá].
A razão para isto é o fato de ser proibido utilizar a luz das velas de Chanucá para fins
próprios tanto no Shabat quanto em qualquer dia da semana. É proibido usar a sua luz
até mesmo para inspecionar ou contar moedas.

7. É uma Mitsvá colocar o candelabro de Chanuka no exterior da entrada para a


casa, dentro do palmo que está mais próximo da porta do lado esquerdo da entrada de
casa, para que assim o mezuzá estará no seu lado direito e a luz de Chanucá no lado
esquerdo.
Quando uma pessoa vive em um apartamento [acima do nível da rua], ela deve colocar
o candelabro de Chanucá em uma janela próxima ao domínio público. Se uma pessoa
coloca um candelabro de Chanucá a mais de vinte amót (=cerca de 9,60m) acima do
solo, sua ação é irrelevante (=ela não cumpriu sua mitsvá) porque a luz não atrai a
atenção [dos transeuntes] a essa altura.

8. Em tempos de perigo, uma pessoa pode colocar um candelabro de Chanucá


dentro de sua casa; mesmo se ele acende-lo em sua mesa, é suficiente.
É preciso que a pessoa também tenha, dentro de sua casa, uma outra vela [ou fonte de
luz] para uso próprio (=para utilizar em suas atividades mundanas). Se há uma fogueira
[ou lareira acesa] na casa, uma vela adicional não é necessária. Para uma pessoa de
prestígio que não usa normalmente a luz de uma fogueira, uma vela adicional é
necessária.

9. Velas de Chanucá que foram acesas por um surdo-mudo, uma pessoa


mentalmente incapaz, um menor ou um gentio é irrelevante (= a mitsvá não é válida).
Elas devem ser acesas por alguém que tem a obrigação de acende-las [e estes
elementos acima citados são isentos].
Se acendeu as velas de Chanuka dentro de casa, e, em seguida levou o candelabro
aceso e o colocou na entrada de sua casa a mitsvá também não é válida. O candelabro
de Chanucá deve ser aceso no local correto./p>

Se uma pessoa acende uma vela e fica segurando-a parado no lugar, também não foi
válido, pois quem o vê [não entenderia que trata-se da vela de Chanucá, e sim,]
pensará que tal pessoa está usando a vela para suas próprias necessidades.

Quando uma lanterna [luminária] ficou acesa todo o dia, até o final do Shabat, [para
utiliza-la como vela de Chanucá] deve-se apagá-la, recitar as bençãos e acende-la de
novo, pois é o acender que faz a mitsvá, e não a sua colocação no local adequado.

É permitido acender uma vela de Chanucá de outra vela de Chanucá.

10. Quando um pátio tem duas entradas de duas direções diferentes, requer dois
candelabros de Chanucá, para que os transeuntes de um lado [que não verem as luzes
de Chanucá] não digam "ele não colocou velas de Chanucá". Se, no entanto, duas
entradas para um pátio estão localizadas no mesmo lado, é suficiente a luz de chanucá
em apenas uma delas.
11. Um hóspede, cuja família acende por ele em seu lar, não precisa acender as
velas de Chanucá na casa onde ele está temporariamente hospedado. Se, no entanto,
ele não tem nenhuma casa em que as velas de Chanucá estão sendo acesas para ele,
então ele deve acende-las no local onde está hospedado. Ele deve contribuir com
azeite para o proprietário do seu alojamento.
Se ele está hospedado em uma residência privada, por mais que estejam acendendo
por ele em seu lar [de origem], ele deve acender as velas de Chanucá na residência em
que se encontra, por causa da impressão [negativa] criada nas mentes dos transeuntes
[caso vejam que ele não acende].

12. A Mitsvá das velas de Chanucá é muito querida. A pessoa deve ser muito
cuidadosa na sua observância para divulgar o milagre e, assim, aumentar o nosso
louvor a D'us e nossa expressão de agradecimento pelos milagres que Ele fez para nós.
Mesmo se uma pessoa não tem recursos para alimentar-se, exceto o que ele recebe de
caridade, ele deve penhorar ou vender suas vestimentas e comprar azeite e
candelabro para acender suas velas.
13. Quando uma pessoa tem apenas uma única Prutá (=moeda de pouco valor) e
ele precisa cumprir ambas as mitsvot de Kidush (santificar o dia de Shabat com o
vinho) e as velas de Chanucá, ele deve dar prioridade à compra do azeite para as velas
de Chanucá sobre compra do vinho para recitar o kidush. Uma vez que ambas estas
mitsvot são rabínicas, na origem, é preferível dar prioridade para o acendimento das
velas de Chanucá, que é uma recordação [e comemoração] do milagre.
14. Se uma pessoa tem a oportunidade de cumprir apenas um das duas mitsvot,
acender as velas de Shabat para a sua casa ou as velas de Chanucá - ou,
alternativamente, as velas de Shabat para a sua casa ou o Kidush – acender as velas de
Shabat tem prioridade, uma vez que gera paz dentro de casa.
A paz é de primordial importância, tal como aprende-se da Mitsvá que requer que o
Nome de Dús seja apagado (=no caso da Sotá) para criar a paz entre um marido e sua
esposa. A paz é grande, pois a Torá inteira foi dada para trazer a paz para o mundo,
como consta (em Mishle/Provérbios 3:17): "Seus caminhos são agradáveis e todos as
sua trilhas são de paz".

M. 213 - A LEI DA CONSAGRAÇÃO PELO CASAMENTO [KIDUSHÍN]

A mitsvá número duzentos e treze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


desposar uma mulher através de uma cerimônia de kidushin [compromisso marital]:
seja dando-lhe alguma coisa, ou entregando-lhe uma certidão de consagração pelo
casamento, ou por relação carnal.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) relativo à cerimônia da


consagração pelo casamento [KIDUSHÍN]. Está dito o seguinte: "Quando um homem
tomar uma mulher e maritalmente relacionar-se com ela (...)"
(Devarím/Deuteronômio, 24:1) nos ensina que ela torna-se sua esposa através da
relação marital. "E tendo ela saído da sua casa, poderá ir tornar-se mulher [de
outro]..." (Devarím/Deuteronômio, 24:2) nos ensina que, assim como sua partida
(divórcio) se faz atraves de um documento [ver mitsvá 222], ela pode tornar-se esposa
de um homem também atraves de um documento [de casamento]. E aprendemos que
uma mulher pode tornar-se sua esposa através de dinheiro pelas Suas palavras
relativas à serva hebreia "Sem dar dinheiro" (Shemot/Êxodo, 21:11), a respeito das
quais diz o Talmud: "Este senhor não recebe dinheiro, mas há outro senhor que recebe
dinheiro [por ela], que é seu pai [no caso de um casamento de uma menor]". Contudo,
a consagração pelo casamento ordenada pela Torá é a da relação marital, como
explicado em vários trechos dos Tratados talmúdicos de Ketuvót, Kidushin e Nidá.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no tratado que lida
especificamente com este assunto, que é o Tratado do Talmud de Kidushin.

Os Sábios dizem especificamente que a consagração pelo casamento, feita através da


relação marital [biá], é a ordenada pela Torá. Assim, fica claro que o mandamento
(mitsvá) de KIDUSHÍN (casamento) é deoráita (está nas Escrituras).

ESTUDO 70

M. 213

A mitsvá M. 213 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

Continuação das leis de Meguilá e Chanucá cap. 3-4, M. 213

LEIS DE CHANUCÁ - Terceiro Capítulo

1. Na era do Segundo Templo, os reis gregos (=helenistas) fizeram decretos contra


o povo judeu, [tentando] anular a sua fé e recusando-se a permitir-lhes observar a
Torá e seus mandamentos. Eles estenderam suas mãos contra propriedades e filhas
dele (=do povo judeu); eles entraram no Santuário, fizeram estragos dentro dele e
impurificaram as coisas sagradas.
Os judeus sofreram grandes dificuldades por causa deles, pois eles os oprimiram
muito, até que o D'us dos nossos antepassados teve misericórdia deles, os resgatou de
suas mãos e os salvou [dos reis gregos] — os filhos dos Chashmonaím, os cohanim
guedolim (sacerdotes), conseguiram se sobrepor a eles, os mataram e salvaram os
judeus de suas mãos.

Eles nomearam um rei dos cohanim e a soberania retornou a Israel por mais de 200
anos, até a destruição do Segundo Templo.

2. Quando os judeus conseguiram se sobrepor aos seus inimigos e os destruíram,


eles entraram no Santuário; isso ocorreu no vigésimo quinto de Kislev. Eles não
puderam localizar nenhum azeite puro (=que não foi impurificado pelos gregos) no
Santuário, com exceção de um único jarro. Ele continha azeite suficiente para manter
as luzes [da Menorá] acesas por apenas um dia. Eles acenderam o arranjo das velas [na
Menorá que permaneceu aceso] por oito dias, até que eles conseguiram triturar
(=espremer) azeitonas e produzir [mais] azeite puro
3. Foi por isso que os sábios daquela geração ordenaram que estes oito dias, que
começam a partir do vigésimo quinto de Kislev, devem ser comemorados como dias de
alegria e de louvor a D'us (=Halel). Velas devem ser acesas à noite na entrada das casas
em cada uma dessas oito noites para divulgar e revelar o milagre.
Estes dias são chamados de "Chanucá". É proibido fazer homenagens fúnebres
(póstumas) e jejuns nestes dias, como nos dias de Purim. Acender as velas [de
Chanucá] nestes dias é uma Mitsvá derabanán (=de nossos sábios; rabínica), como o é
a leitura da Meguilá.

4. Quem tem a obrigação de ler a Meguilá, também tem a obrigação de acender


as velas de Chanucá. Quem acende as velas de Chanucá, na primeira noite, recita três
bênçãos. Elas são: "Bendito és Tu, D'us, nosso D'us, rei do universo, que nos santificou
com seus mandamentos e nos ordenou acender a luminária de Chanucá"; "...que fez
milagres para nossos antepassados...."(=sheassá nissim lavotenu); "... que concedeu-
nos a vida, nos sustentou..." (=shehecheyánu).
Quando uma pessoa que não recitou uma bênção [pelo acendimento de a sua própria
luminária (candelabro) de Chanucá] vê velas de Chanucá acesas, ele deve recitar as
duas últimas bênçãos: sheassá nissim lavotenu ("...que fez milagres para nossos
antepassados...."), e shehecheyanu ("... que concedeu-nos a vida, nos sustentou...").
Nas noites subsequentes, quem acende as luminárias [de Chanucá] deve recitar duas
bênçãos e aquele que vê [velas de Chanucá acesas] deve recitar uma, pois só se recita
a bênção de shehecheyanu na primeira noite.

5. Em cada um destes oito dias, recita-se o Halel por completo e antes de sua
recitação, deve-se dizer a bênção: "... que nos santificou com seus mandamentos e nos
ordenou completar o Halel". Isto aplica-se tanto na recitação individual quanto na
[recitação] comunitária.
Mesmo que a leitura do Halel é uma Mitsvá instituída pelos sábios, recita-se a bênção
afirmando que [D'us] nos santificou com seus mandamentos e nos ordenou" [realizar
esta mitsvá], da mesma forma que se recita esta benção ao realizar-se a leitura da
Meguilá e ao fazer o Eruv, pois esta benção deve ser recitada ao realizar-se toda
obrigação definitiva estabelecida pelos nossos sábios.

Por outro lado, caso uma obrigação tenha sido estabelecida pelos sábios por causa de
uma dúvida - por exemplo, extrair o dízimo do dmai (=alimento sobre o qual paira
dúvida se dele foi extraído anteriormente o maasser) – neste caso não se recita uma
bênção. Então por que uma bênção é recitada sobre o segundo dia do Yom Tov [fora
de Israel], já que os sábios o instituíram somente por uma questão de dúvida (=pois
talvez este seja o dia correto do Yom Tov)? Isso nos foi ordenado para que [o segundo
dia de Yom Tov] não seja tratado com desdém (=não seja desrespeitado).

6. Não é somente em Chanucá que a recitação do Halel é uma lei rabínica, e sim,
em todos os dias que se completa a recitação do Halel a obrigação de fazê-lo é um
decreto rabínico.
Há dezoito dias durante o ano quando é uma Mitsvá recitar o Halel por completo. Eles
são: os oito dias de Sucot, os oito dias de Chanucá, o primeiro dia do Pessach e a festa
de Shavuot. Halel não é recitado em Rosh Hashaná e Yom Kipur, uma vez que são dias
de teshuvá (arrependimento), reverência e temor (=a D'us), e não são dias de alegria
adicional. Os sábios não ordenam a recitação do Halel em Purim, porque a leitura da
Meguilá já cumpre a função do Halel (= já é o louvor a D'us).

7. Em lugares onde as festas são celebradas por dois dias (=fora de Israel), o Halel
é recitado em 21 dias: os nove dias de Sucot, os oito dias de Chanucá, os dois primeiros
dias do Pessach e os dois dias de Shavuot.
Em contraste, a recitação do Halel em Rosh Chodesh é um costume e não um mitsvá. E
este costume é observado somente em comunidade. Para enfatizar que se trata de um
costume, certas passagens são "puladas" (omitidas) quando ele é lido. Uma bênção
não deve ser recitada sobre esta leitura, uma vez que uma bênção não é recitada
sobre um cost ume.

Uma pessoa rezando sozinha não deve recitar nada do Halel em Rosh Chodesh. Se, no
entanto, ele começou a recitar [o Halel], ele deve concluí-lo, omitindo as passagens
que a comunidade costuma "pular"ao lê-lo.

Da mesma forma, nos outros dias de Pessach, o Halel é lido com a mesma omissão de
certas passagesde Rosh Chodesh.

8. E como se "pula' (=o que deve ser omitido)? Recita-se o Halel desde o começo
até a frase "Chalamish lemayno mayim". Em seguida, "pula-se" [um trecho] e começa-
se a recitar "Hashém zecharanu yevarech", continuando até o "Haleluka". Em seguida,
pula-se [um trecho] e começa-se a recitar "Má ashiv l'ashém, continuando até
"Haleluka". Depois, "pula-se" [mais um trecho] e começa-se a recitar "Min hametsar
karati Ká", continuando até a conclusão do Halel.
Este é o costume comum. Outros omitem outras passagens de acordo com um padrão
diferente.

9. Durante o dia todo pode-se recitar o Halel. Uma pessoa que lê o Halel na
seqüência incorreta não cumpriu com a sua obrigação. Se uma pessoa lê e pausa e
volta a ler, mesmo se ele pause por um tempo suficiente para completar o Halel
inteiro, ele cumpre a sua obrigação.
Os dias quando o Halel completo é recitado, a pessoa poderia fazer uma interrupção
entre um capítulo e o outro. Dentro de um único capítulo, no entanto, não se pode
fazer uma interrupção. Nos dias em que se lê Halel "pulando"certos trechos, pode-se
fazer uma interrupção até mesmo no meio de um capítulo.

10. Todo o dia em que se recita o Halel completo, deve-se fazer uma benção antes
do Halel. Nos lugares onde é costume recitar uma benção depois [do Halel], uma
bênção deve ser recitada aí então.
Que bênção é recitada?

"Que todas as Tuas obras louvem a Ti, D'us, nosso D'us, e que os justos e os piedosos,
que fazem a sua vontade, e toda a Tua nação, a casa de Israel, com júbilo irão louvar o
Teu nome. Pois é bom Te louvarmos, Ó D'us e é agradável fazer canticos ao Teu nome.
Tanto no mundo espiritual quanto no mundo físico, Tu és o Todo-Poderoso. Bendito és
Tu, D'us, o rei que é exaltado e elogiado, que é glorificado e que é Vivo e Existente
[para sempre]. Ele sempre reinará, por toda eternidade."

11. Há lugares que seguem o costume de repetir cada verso de "od'cha ki anitani"
(Salmos 118:21) até a conclusão da Halel. Cada versículo é lido duas vezes. Em lugares
onde essa repetição é habitual, os versos devem ser repetidos. Em lugares onde é
habitual não repetir, não deve-ser repetir.
12. Este é o costume segundo a qual o Halel era recitado nos dias dos primeiros
sábios: Após recitar a bênção, um adulto começa recitando o Halel e diz, "Haleluka".
Todas as pessoas respondiam "Haleluka".
Ele então lia: "Halelu avdei Hashém" e todas as pessoas respondiam, "Haleluka". Ele,
em seguida, lia: "Halelu et shem Hashém" e todas as pessoas respondiam: "Haleluka".
Ele então lia: "Yehi shem Hashém mevorach meatá vead olam" e todas as pessoas
respondiam, "Haleluka".

Da mesma forma após cada trecho do Halel, as pessoas respondiam "Haleluka". Até
que, no total, em todo o Halel, as pessoas respondiam "Haleluka" 123 vezes — um
sinal para lembrar-se disto: [123 é o número de] anos de [vida de] Aharon.

13. Também é habitual que, quando o leitor atinge o início de cada capítulo, o povo
repete a linha que ele recitou. Como assim? Quando ele recita a linha "Betset Yisrael
miMitsrayim", todas as pessoas repetiam esta linha: "Betset Yisrael miMitsrayim".
O leitor, em seguida, recitava "Bet Yiaacov meam loez" e todas as pessoas respondiam,
"Haleluka". Eles continuam a responder "Haleluka" após cada trecho até que o leitor
lia, "Ahavti ki yishma Hashém et koli tachanunai", e aí todos voltavam a repetir "Ahavti
ki yishma Hashém..." Da mesma forma, quando o leitor lia "Halelu et Hashém kol
goim", as pessoas repetima e respondiam, "Halelu et Hashém kol goim".

14. O leitor deve ler, "Ána Hashém hoshía na" e as pessoas devem repetir "Ána
Hashém hoshía na", embora não seja o início de um capítulo. Ele, em seguida, lê "Ána
Hashém hatslícha na" e eles devem repetir "Ána Hashém hatslícha na". Ele lê "Baruch
haba..." e eles respondem "Baruch haba...."
Se a pessoa que está lendo que o Halel for um menor, um escravo ou uma mulher, as
pessoas devem repetir [após a sua leitura], palavra por palavra, todo o Halel. Este é
costume inicial e deve-se aderir a ele. Atualmente, no entanto, tenho visto costumes
diferentes em todos os lugares, em relação à leitura do Halel e à forma das pessoas
responde-lo, e um costume não se assemelha ao outro.

Quarto Capítulo

1. Quantas velas devem ser acesas em Chanucá? A Mitsvá é que uma única vela
seja acesa em cada casa, independentemente de se há muitos membros da família na
casa, ou se somente uma pessoa vive lá.
Uma pessoa que queira caprichar e fazer a Mitsvá de forma bela e conscienciosa, deve
acender velas por cada membro da família (= do lar), seja masculino ou feminino.

Uma pessoa que é ainda mais conscienciosa na realização desta Mitsvá do que este e
observa a Mitsvá da forma mais desejável, deve acender velas por por cada membro
da família (= do lar), uma vela para cada indivíduo, seja masculino ou feminino, na
primeira noite. Em cada noite subsequente, ele deve adicionar uma vela para cada um
dos membros da família (= do lar).

2. Como assim? Quando existem dez membros em uma família, na primeira noite
acende-se dez velas, na segunda noite - vinte, na terceira noite - trinta, até que na
oitava noite, acende-se oitenta velas.
3. É costume comum em todas as nossas cidades, na Espanha, que todos os
membros do lar acendem uma única vela na primeira noite e vão adicionando uma
nova vela em cada noite, até que, na oitava noite, oito velas são acesas. Esta prática é
seguida independentemente de se há muitos membros do lar ou se há apenas uma
pessoa.
4. Quando uma lamparina tem duas aberturas [com dois pavios separados], ela
pode ser usada por dois indivíduos.
As seguintes regras se aplicam quando alguém preenche uma tigela com óleo e a
rodeia com mechas: se a cobriu com um utensílio, cada uma das mechas [ou pavios] é
considerada como uma vela separada. Se não a cobriu com um utensílio, considera-se
tudo como se fosse uma grande fogueira e não serve nem mesmo como uma única
vela.

5. As velas de Chanucá não devem ser acesas antes do por do sol, e sim, devem
ser acesos no pôr do sol. Não deve-se acende-las nem mais tarde e nem mais cedo.
Se esqueceu-se ou até mesmo se propositadamente não as acendeu no por do sol,
pode-se acender depois até quando já não houver qualquer transeunte no mercado
(=nas ruas).

Quanto tempo dura isso? Cerca de meia hora ou um pouco mais do que isso. Se deste
horário, não deve-se mais acende-las.

Deve-se colocar azeite suficiente na lamparina (ou candelabro) de Chanucá de modo


que fique acesa até que não haja mais qualquer transeunte no mercado (= na rua). Se
ele a acendeu e ela apagou-se, ele não precisa acende-la uma segunda vez. Se ela
permaneceu acesa até depois que que já não há transeuntes no mercado(na rua), se
quiser, ele pode apaga-la ou removê-la.

6. Todos os óleos e todos os pavios são aceitáveis para serem utilizados como
velas de Chanucá, mesmo os óleos que não são bem absorvidos pelo pavio e mesmo os
pavios que não retêm muito bem a chama. Mesmo nas noites de Shabat (=sexta-feira à
noite) de Chanucá, é permitido utilizar óleos e pavios que estão proibidos de serem
usado para as velas de Shabat [para acender as velas de Chanucá].
A razão para isto é o fato de ser proibido utilizar a luz das velas de Chanucá para fins
próprios tanto no Shabat quanto em qualquer dia da semana. É proibido usar a sua luz
até mesmo para inspecionar ou contar moedas.

7. É uma Mitsvá colocar o candelabro de Chanuka no exterior da entrada para a


casa, dentro do palmo que está mais próximo da porta do lado esquerdo da entrada de
casa, para que assim o mezuzá estará no seu lado direito e a luz de Chanucá no lado
esquerdo.
Quando uma pessoa vive em um apartamento [acima do nível da rua], ela deve colocar
o candelabro de Chanucá em uma janela próxima ao domínio público. Se uma pessoa
coloca um candelabro de Chanucá a mais de vinte amót (=cerca de 9,60m) acima do
solo, sua ação é irrelevante (=ela não cumpriu sua mitsvá) porque a luz não atrai a
atenção [dos transeuntes] a essa altura.

8. Em tempos de perigo, uma pessoa pode colocar um candelabro de Chanucá


dentro de sua casa; mesmo se ele acende-lo em sua mesa, é suficiente.
É preciso que a pessoa também tenha, dentro de sua casa, uma outra vela [ou fonte de
luz] para uso próprio (=para utilizar em suas atividades mundanas). Se há uma fogueira
[ou lareira acesa] na casa, uma vela adicional não é necessária. Para uma pessoa de
prestígio que não usa normalmente a luz de uma fogueira, uma vela adicional é
necessária.

9. Velas de Chanucá que foram acesas por um surdo-mudo, uma pessoa


mentalmente incapaz, um menor ou um gentio é irrelevante (= a mitsvá não é válida).
Elas devem ser acesas por alguém que tem a obrigação de acende-las [e estes
elementos acima citados são isentos].
Se acendeu as velas de Chanuka dentro de casa, e, em seguida levou o candelabro
aceso e o colocou na entrada de sua casa a mitsvá também não é válida. O candelabro
de Chanucá deve ser aceso no local correto./p>
Se uma pessoa acende uma vela e fica segurando-a parado no lugar, também não foi
válido, pois quem o vê [não entenderia que trata-se da vela de Chanucá, e sim,]
pensará que tal pessoa está usando a vela para suas próprias necessidades.

Quando uma lanterna [luminária] ficou acesa todo o dia, até o final do Shabat, [para
utiliza-la como vela de Chanucá] deve-se apagá-la, recitar as bençãos e acende-la de
novo, pois é o acender que faz a mitsvá, e não a sua colocação no local adequado.

É permitido acender uma vela de Chanucá de outra vela de Chanucá.

10. Quando um pátio tem duas entradas de duas direções diferentes, requer dois
candelabros de Chanucá, para que os transeuntes de um lado [que não verem as luzes
de Chanucá] não digam "ele não colocou velas de Chanucá". Se, no entanto, duas
entradas para um pátio estão localizadas no mesmo lado, é suficiente a luz de chanucá
em apenas uma delas.
11. Um hóspede, cuja família acende por ele em seu lar, não precisa acender as
velas de Chanucá na casa onde ele está temporariamente hospedado. Se, no entanto,
ele não tem nenhuma casa em que as velas de Chanucá estão sendo acesas para ele,
então ele deve acende-las no local onde está hospedado. Ele deve contribuir com
azeite para o proprietário do seu alojamento.
Se ele está hospedado em uma residência privada, por mais que estejam acendendo
por ele em seu lar [de origem], ele deve acender as velas de Chanucá na residência em
que se encontra, por causa da impressão [negativa] criada nas mentes dos transeuntes
[caso vejam que ele não acende].

12. A Mitsvá das velas de Chanucá é muito querida. A pessoa deve ser muito
cuidadosa na sua observância para divulgar o milagre e, assim, aumentar o nosso
louvor a D'us e nossa expressão de agradecimento pelos milagres que Ele fez para nós.
Mesmo se uma pessoa não tem recursos para alimentar-se, exceto o que ele recebe de
caridade, ele deve penhorar ou vender suas vestimentas e comprar azeite e
candelabro para acender suas velas.
13. Quando uma pessoa tem apenas uma única Prutá (=moeda de pouco valor) e
ele precisa cumprir ambas as mitsvot de Kidush (santificar o dia de Shabat com o
vinho) e as velas de Chanucá, ele deve dar prioridade à compra do azeite para as velas
de Chanucá sobre compra do vinho para recitar o kidush. Uma vez que ambas estas
mitsvot são rabínicas, na origem, é preferível dar prioridade para o acendimento das
velas de Chanucá, que é uma recordação [e comemoração] do milagre.
14. Se uma pessoa tem a oportunidade de cumprir apenas um das duas mitsvot,
acender as velas de Shabat para a sua casa ou as velas de Chanucá - ou,
alternativamente, as velas de Shabat para a sua casa ou o Kidush – acender as velas de
Shabat tem prioridade, uma vez que gera paz dentro de casa.
A paz é de primordial importância, tal como aprende-se da Mitsvá que requer que o
Nome de Dús seja apagado (=no caso da Sotá) para criar a paz entre um marido e sua
esposa. A paz é grande, pois a Torá inteira foi dada para trazer a paz para o mundo,
como consta (em Mishle/Provérbios 3:17): "Seus caminhos são agradáveis e todos as
sua trilhas são de paz".
M. 213 - A LEI DA CONSAGRAÇÃO PELO CASAMENTO [KIDUSHÍN]

A mitsvá número duzentos e treze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


desposar uma mulher através de uma cerimônia de kidushin [compromisso marital]:
seja dando-lhe alguma coisa, ou entregando-lhe uma certidão de consagração pelo
casamento, ou por relação carnal.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) relativo à cerimônia da


consagração pelo casamento [KIDUSHÍN]. Está dito o seguinte: "Quando um homem
tomar uma mulher e maritalmente relacionar-se com ela (...)"
(Devarím/Deuteronômio, 24:1) nos ensina que ela torna-se sua esposa através da
relação marital. "E tendo ela saído da sua casa, poderá ir tornar-se mulher [de
outro]..." (Devarím/Deuteronômio, 24:2) nos ensina que, assim como sua partida
(divórcio) se faz atraves de um documento [ver mitsvá 222], ela pode tornar-se esposa
de um homem também atraves de um documento [de casamento]. E aprendemos que
uma mulher pode tornar-se sua esposa através de dinheiro pelas Suas palavras
relativas à serva hebreia "Sem dar dinheiro" (Shemot/Êxodo, 21:11), a respeito das
quais diz o Talmud: "Este senhor não recebe dinheiro, mas há outro senhor que recebe
dinheiro [por ela], que é seu pai [no caso de um casamento de uma menor]". Contudo,
a consagração pelo casamento ordenada pela Torá é a da relação marital, como
explicado em vários trechos dos Tratados talmúdicos de Ketuvót, Kidushin e Nidá.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no tratado que lida
especificamente com este assunto, que é o Tratado do Talmud de Kidushin.

Os Sábios dizem especificamente que a consagração pelo casamento, feita através da


relação marital [biá], é a ordenada pela Torá. Assim, fica claro que o mandamento
(mitsvá) de KIDUSHÍN (casamento) é deoráita (está nas Escrituras).

ESTUDOS 71-73

P. 355

P. 355 - NÃO CHEGAR-SE A UMA MULHER ANTES DO CASAMENTO

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e cinco (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se a uma
mulher sem estar devidamente casado com ela.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não haverá mulher destinada à prostituição dentre as filhas de Israel"
(Devarím/Deuteronômio, 23:18), e aparece sob outra forma em Suas palavras,
(louvado seja!): "Não profanarás a tua filha para fazê-la prostituta" (Vayikrá/Levítico,
19:29), sobre as quais a Sifrá diz: "'Não profanarás a tua filha para fazê-la prostituta' se
refere a alguém que entregue sua filha solteira à luxúria ou a uma mulher que se
entregue à luxúria".
Deixem que eu explique porque Ele repete este mandamento dessa forma e o que a
repetição acrescenta. Nós já havíamos recebido Sua lei, (louvado seja!): segundo a qual
um homem que seduzir ou forçar uma moça não está sujeito a nenhum castigo a não
ser a pagar uma multa em dinheiro e a casar-se com a moça, como determinam as
Escrituras (Torá) (Devarím/Deuteronômio, 22:28-29 e Shemót/Êxodo, 22:15-16). De
acordo com isso, poderíamos pensar que, uma vez que envolve apenas uma
penalidade em dinheiro, este caso é como qualquer outro que envolve dinheiro e que,
assim como uma pessoa é livre de dar seu dinheiro a quem quiser ou de liberar uma
pessoa de uma importância que lhe é devida, assim também seria permitido que
alguém deixasse que um homem se chegasse a sua filha solteira e renunciasse ao
pagamento em dinheiro, uma vez que isso – ou seja, os cinquenta shekalim de prata –
pertencem ao pai da moça por direito; ou que alguém desse sua filha a um homem em
troca de uma soma em dinheiro. Qualquer ideia desse tipo está impedida pela
proibição "Não profanarás a tua filha para fazê-la prostitua" porque o dinheiro está
prescrito apenas nos casos de sedução ou força, e fazer tal coisa de mútuo acordo é
totalmente ilegal. A razão para isso está em Suas palavras: "Para que a terra não seja
entregue à prostituição e que não se encha a terra de pensamentos maus"
(Vayikrá/Levítico, 19:29). Sedução e força são raros, mas se tal conduta fosse permitida
e legalizada, a impudicícia se tornaria comum. Esta é uma bela e adequada explicação
do versículo em questão, e está em harmonia com os ensinamentos de nossos Sábios e
com as prescrições da Torá.

A contravenção a esta proibição relativa às moças solteiras será punida com a pena de
malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas em Ketuvót e Kidushin.

ESTUDOS 74, 75

P. 262

P. 262 - NÃO PRIVAR UMA SERVA HEBREIA QUE SE DESPOSOU

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e sessenta dois (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que o proprietário de uma serva hebreia que a tenha desposado
fica proibido de privá-la – e por isso quero dizer diminuir sua comida, roupas ou
direitos conjugais – de maneira tal a causar-lhe dor e sofrimento.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Sua manutenção, seu vestuário, e o seu direito conjugal não lhe diminuirá"
(Shemót/Êxodo, 21:10).

Este "Lô taassê" (proibição) também se aplica a todo aquele que se casar com uma
israelita para que não a prive de nenhuma dessas três coisas a fim de causar-lhe dor e
infelicidade. Por Suas palavras, (louvado seja!) relativas a uma serva hebreia,
proibindo-nos de diminuir sua comida, suas roupas ou seu direitos conjugais, e pelo
fato de acrescentar "Trata-la-á como se tratam as filhas" (Shemót/Êxodo, 21:9) ficamos
sabendo que "Como se tratam as filhas" significa que não devemos diminuir sua
comida, roupas ou direitos conjugais. Isso está estipulado na Mechílta: "O que este
texto nos ensina com relação a 'Como se tratam as filhas'? Ele serve para esclarecer
outro texto, mas na realidade ele é autoexplicativo". Também está dito ali: "'Sheerá'
significa seu alimento; 'kessutá', sua roupa, no sentido literal; 'onatá', seus direitos
conjugais".

ESTUDOS 76, 77

M. 212

M. 212 - FRUTIFICAR E MULTIPLICAR [Priá Ureviyá]

A mitsvá número duzentos e doze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


frutificar-nos e multiplicar-nos para perpetuar a espécie.

[A FONTE NA TORÁ] Esta é a lei da multiplicação; ela está expressa em Suas palavras,
(louvado seja!): "Frutificai e multiplicai" (Bereshít/Gênesis, 1:28). O Talmud diz que por
ocasião do casamento com uma virgem, o noivo está dispensado de recitar o Shemá,
"porque ele estará ocupado cumprindo um mandamento (mitsvá) [de PRIÁ UREVIYÁ]".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no sexto capítulo de Yevamót.


Ele não se aplica às mulheres: o Talmud diz explicitamente que "O dever de frutificar e
multiplicar-se recai sobre o homem, não sobre a mulher.

ESTUDOS 78, 79

M. 222

M. 222 - A LEI DO DIVÓRCIO [Guerushín/Guitín]

A mitsvá número duzentos e vinte e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
através do qual somos ordenados quanto a que se desejarmos divorciar-nos de uma
mulher o façamos unicamente através de um documento de divórcio.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Escrever-lhe-á uma carta de divórcio" (Devarím/Deuteronômio, 24:1).

As normas deste mandamento (mitsvá), que é a lei do divórcio, estão explicadas por
inteiro no tratado que lida especificamente com este assunto, que é o Tratado do
Talmud de Guitin.

ESTUDOS 80, 81

P. 356
P. 356 - NÃO TORNAR A CASAR-SE COM A ESPOSA DE QUEM
SE DIVORCIOU, DEPOIS QUE ELA TENHA SE CASADO NOVAMENTE

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e seis (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de tornar a casar-se
com a esposa de quem ele se divorciou se ela tiver estado casada com outro.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não poderá seu primeiro marido, que a despediu, tornar a tomá-la, para que
seja sua mulher, depois que foi contaminada" (Devarím/Deuteronômio, 24:4).

A contravenção a esta proibição será punida com a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas em várias passagens em Yevamót.

ESTUDO 82

P. 356, M. 216

A mitsvá P. 356 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

P. 356

P. 356 - NÃO TORNAR A CASAR-SE COM A ESPOSA DE QUEM


SE DIVORCIOU, DEPOIS QUE ELA TENHA SE CASADO NOVAMENTE

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e seis (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de tornar a casar-se
com a esposa de quem ele se divorciou se ela tiver estado casada com outro.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não poderá seu primeiro marido, que a despediu, tornar a tomá-la, para que
seja sua mulher, depois que foi contaminada" (Devarím/Deuteronômio, 24:4).

A contravenção a esta proibição será punida com a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas em várias passagens em Yevamót.

M. 216 - A LEI DO CASAMENTO LEVIRATO [Yevúm]


A mitsvá número duzentos e dezesseis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de que um cunhado tome por esposa a viúva de seu irmão quando este tiver morrido
sem deixar descendentes.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "O irmão de seu marido estará com ela" (Devarím/Deuteronômio,
25:5).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Yevamót.

ESTUDO 83

M. 217

M. 217 - CHALITSÁ

A mitsvá número duzentos e dezessete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual a mulher de um irmão falecido fica ordenada a executar [o ritual de]
Chalitsá em seu cunhado, se ele não se casar com ela.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E lhe descalçará o sapato do pé..." (Devarím/Deuteronômio, 25:9).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no tratado que lida


especificamente com este assunto, que é o Tratado do Talmud de Yevamót.

Você já está familiarizado com a regra estabelecida de que "O dever de casar-se com a
esposa de um irmão falecido tem prioridade sobre o dever da Chalitsá. É por esse
motivo que o tratado é chamado Yevamót, embora ele inclua ambas as leis do
casamento levirato [Yevúm] e as de Chalitsá.

ESTUDO 85

M. 220, 218, P. 358, M. 219, P. 359

M. 220 - A LEI SOBRE O SEDUTOR [Mefatê]

A mitsvá número duzentos e vinte (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual somos ordenados quanto à lei sobre o sedutor.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E quando enganar um homem a uma virgem (...)" (Shemot/Êxodo, 22:15).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no terceiro e no quarto


capítulo de Ketuvót.
M. 218 - UM VIOLADOR DEVE CASAR-SE COM
A MOÇA QUE VIOLENTOU [Ôness]

A mitsvá número duzentos e dezoito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual um homem é obrigado a casar-se com a moça que ele tiver violentado.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E ela lhe será por mulher, porquanto a afligiu, e não a poderá despedir por todos os
seus dias" (Devarím/Deuteronômio, 22:29). A Guemará de Macot afirma que a
proibição (mitsvát lô taassê) relativa à violação, que é "E não a poderá despedir por
todos os seus dias", é uma proibição (mitsvát lô taassê) precedida por um
mandamento (mitsvá), e assim disseram [os sábios]: "Afinal, isso é uma proibição
(mitsvát lô taassê) precedido por um mandamento (mitsvát assê)". Portanto, fica claro
que as palavras: "E ela lhe será por mulher" constituem um mandamento (mitsvát
assê) [ver lô taassê 358].

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no terceiro e no quarto


capítulo de Ketuvót.

P. 358 - NÃO SE DIVORCIAR DA MULHER QUE


SE VIOLENTOU E COM A QUAL SE FOI OBRIGADO A CASAR

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e oito (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de divorciar-se da
mulher que ele violentou.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Ela lhe será por mulher (...) e não a poderá despedir por todos os seus dias"
(Devarím/Deuteronômio, 22:29).

Este "Lô taassê" (proibição) está precedido pelo mandamento (mitsvát assê 218) "Ela
lhe será por mulher", e isso está exposto na Guemará de Macot, que prossegue assim:
"Um violentador israelita que tiver se divorciado de sua mulher poderá casar-se
novamente com ela sem ficar sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash]; mas se ele for um Cohen, ele será açoitado e não poderá
casar-se novamente com ela".

Vocês devem saber que, se um israelita se divorciar de uma mulher com quem foi
obrigado a casar-se, e ela morrer antes que ele torne a se casar com ela, ou se ela se
casar com outro — ele será punido com a pena de malkut (chicotadas), pois não terá
cumprido o mandamento (mitsvát assê) em questão [ficar casado com ela], isto está
de acordo com o princípio aceito de kiyemo velo kiyemo [se ainda houver uma
possibilidade de cumprir a mitsvá, ele não estará sujeito à punição, mas se não houver
mais nenhuma possibilidade de cumpri-la, ele estará sujeito à punição].
As normas deste mandamento estão explicadas no terceiro e quarto capítulos de
Ketuvót.

M. 219 - A LEI SOBRE AQUELE QUE DIFAMA SUA ESPOSA [Motsí Shem Rá]

A mitsvá número duzentos e dezenove (do Sefer Hamitsvót) é o mandamento Divino


(mitsvá) que estabelece a lei relativa a um homem que difamar [sua esposa virgem,
com quem casou e em seguida acusou falsamente de infidelidade
(Devarím/Deuteronômio, 22:14)].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento (mitsvá) ordena que ele seja punido com
malkut (chicotadas) [quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] e que fique com essa
mulher, uma vez que com relação a isso foi dito: "E lhe será por mulher, não a poderá
despedir, por todos os seus dias" (Devarím/Deuteronômio, 22:19) [ver lô taassê 359].

A Guemará de Macot afirma que este é uma proibição (mitsvát lô taassê) precedido
por uma mitsvát assê (mandamento), assim como no caso do violentador.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no terceiro e no quarto


capítulo de Ketuvót.

P. 359 - NÃO SE DIVORCIAR DE UMA MULHER DEPOIS DE TÊ-LA CALUNIADO

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e nove (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de divorciar-se de sua
mulher depois de tê-la caluniado.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): (que são usadas neste caso também) "Não a poderá despedir, por todos os seus
dias" (Devarím/Deuteronômio, 22:19).

Este "Lô taassê" (proibição) também está precedido pelo mandamento (mitsvát assê)
que está em Suas palavras "E lhe será por mulher" (Devarím/Deuteronômio, 22:19)
[ver mitsvá 219]. Portanto, se ele se divorciar dela, estará sujeito à pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], assim como quem for
culpado de forçar uma mulher, de acordo como que está explicado no final do Tratado
de Macot.

Ali, e no terceiro e no quarto capítulos de Ketuvót, as normas deste mandamento


estão explicadas.

ESTUDO 86

M. 223, P. 104
M. 223 - A LEI SOBRE A MULHER SUSPEITA DE ADULTÉRIO [Sotá]

A mitsvá número duzentos e vinte e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
através do qual somos ordenados quanto à lei de Sotá, da mulher suspeita de ter
cometido adultério [— por ter se ficado reclusa com um suspeito, mesmo após
advertência do marido (com testemunhas em ambos os casos)].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"O homem, quando se desviar sua mulher (...)" (Bamidbár/Números, 5:12).

As normas deste mandamento (mitsvá) – a maneira pela qual ela deve ser forçada a
beber [as "águas amargas" (mayim hamarím)] e a levar seu sacrifício, e as outras
condições – estão explicadas no tratado que lida especificamente com este assunto,
que é o Tratado do Talmud de Sotá.

P. 104 - NÃO MISTURAR AZEITE DE OLIVA COM A MINCHÁT SOTÁ (OFERENDA QUE
CONTÉM FARINHA DE UMA MULHER SUSPEITA DE ADULTÉRIO)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de misturar azeite de azeitona com a minchát Sotá (oferenda que
contêm farinha de uma mulher suspeita de adultério).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): (louvado seja!): "Não derramarás sobre sobre ela azeite" (Bamidbár/Números,
5:15).

A punição por oferecer a minchá (oferenda que contém farinha) é a pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

ESTUDO 87

P. 105, 330, 331, 332, 333, 334

P. 105 - NÃO COLOCAR LEVONÁ (OLÍBANO/GOMA-RESINA) SOBRE A MINCHÁT SOTÁ


(MINCHÁ (OFERENDA QUE CONTÉM FARINHA) DE UMA MULHER SUSPEITA DE
ADULTÉRIO)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de colocar levoná (olíbano/goma-resina) sobre a Minchá (oferenda que contêm
farinha) de uma mulher suspeito de adultério.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não porá sobre ela levoná (olíbano/goma-resina)" (Bamidbár/Números, 5:15),
a respeito das quais o Sifrí diz: "Isto significa que aquele que puser levoná
(olíbano/goma-resina) em tal tipo de oferenda transgredirá um "Lô taassê" (proibição),
pois o que se aplica ao azeite se aplica também ao levoná (olíbano/goma-resina)".
Portanto, a transgressão da proibição se pune também pela pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

A Mechílta diz: "'Não derramará sobre ela azeite, nem porá sobre ela levoná
(olíbano/goma-resina)': isto significa que há duas proibições diferentes".

P. 330 - NÃO COMETER INCESTO COM SUA MÃE

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um homem fica proibido de cometer incesto com sua mãe.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Tua mãe é ela, não descobrirás sua nudez" (Vayikrá/Levítico, 18:7).

A contravenção a esta proibição será punida com carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida). Se testemunhas
depuserem contra o transgressor ele será castigado com sekilá, caso tenha pecado
deliberadamente, se o tiver feito involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán
(sacrifício de) chatát específico.

P. 331 - NÃO COMETER INCESTO COM A ESPOSA DE SEU PAI

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um homem fica proibido de cometer incesto com a esposa de
seu pai.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez da mulher de teu pai não descobrirás" (Vayikrá/Levítico, 18:8).

A contravenção a esta proibição será punida com carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida). Se testemunhas
depuserem contra o transgressor ele será morto por pena de sekilá [morte por
lançamento na pedra, quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], caso tenha pecado
deliberadamente, se o tiver feito involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán
(sacrifício de) chatát específico.

Ficou dessa forma claro para vocês que o homem que cometer incesto com sua mãe
será passível de punição (capital), uma vez por ser ela sua "mãe" e outra vez por ser
ela "esposa de seu pai", quer seja durante a vida de seu pai ou depois de sua morte,
como está explicado em San'hedrin.

P. 332 - NÃO COMETER INCESTO COM SUA IRMÃ


A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e dois (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um homem fica proibido de cometer incesto com sua irmã.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez de tua irmã, filha de teu pai ou filha de tua mãe (...) não descobrirás sua
nudez" (Vayikrá/Levítico, 18:9).

Aquele que deliberadamente transgredir este mandamento está sujeito à carêt


(castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a
vida); se o violar involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán (sacrifício de)
chatát específico.

P. 333 - NÃO COMETER INCESTO COM A FILHA


DA ESPOSA DE SEU PAI SE ELA FOR SUA IRMÃ

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e três (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um homem fica proibido de cometer incesto com a filha da
esposa de seu pai, se ela for sua irmã.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai, tua irmã ela é, não
descobrirás sua nudez" (Vayikrá/Levítico, 18:11).

O objetivo desta proibição é fazer da filha da esposa do pai uma relação proibida
separada, para que aquele que cometer incesto com sua irmã por parte de pai, se a
mãe dela for casada com o pai dele, seja culpado duas vezes: porque ela é sua irmã e
porque ela é filha da esposa de seu pai, assim como um homem que comete incesto
com sua mãe é culpado duas vezes: porque ela é sua mãe e porque ela é a esposa de
seu pai, como explicamos. Isso aparece no seguinte trecho do segundo capítulo de
Yevamót: "Nossos Sábios nos ensinaram: Um homem que comete incesto com sua
irmã, que também é a filha da esposa de seu pai, é culpado por ambos, porque ela é
sua irmã e é a filha da esposa de seu pai. Rabi Yossi bem Yehudá disse que ele é
culpado apenas por ser ela sua irmã, mas não por ser filha da mulher de seu pai. Por
que motivo eles (os sábios) dissem isso? Observem, diriam eles, que está ecrito 'Nudez
de tua irmã, filha de teu pai (...)' (Vayikrá/Levítico, 18:9); qual é a finalidade das
palavras 'Nudez da filha da mulher de teu pai, gerada de teu pai (...)'? É para declarar
que ele é culpado por ser ela ambas, sua irmã e filha da mulher de seu pai".

Aquele que violar esta proibição cometendo incesto com uma irmã cuja mãe esteja
casada com seu pai está sujeito à carêt (castigo Divino que afeta profundamente a
conexão da alma com D'us e encurta a vida), mas apenas se seu pecado tiver sido
deliberado. Se ele tiver pecado involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán
(sacrifício de) chatát específico.

P. 334 - NÃO COMETER INCESTO COM A FILHA DE SEU FILHO


A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e quatro (do Sefer Hamitsvót)
é a Proibição oibição Divina um homem fica um homem fica proibido de cometer
incesto com a filha de seu filho.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez da filha de teu filho (...) não descobrirás (Vayikrá/Levítico, 18:10).

ESTUDO 88

P. 336, 335, 337, 338, 339

P. 336 - NÃO COMETER INCESTO COM SUA FILHA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e seis (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um homem fica proibido de cometer incesto com sua
própria filha.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição não está explicitamente enunciada na Torá; as


Escrituras (Torá) não dizem "Não descobrirás a nudez de tua filha". O motivo dessa
omissão é que a proibição é evidente, pois uma vez que o incesto com a filha de um
filho ou com a filha de uma filha é proibido, é óbvio que o incesto com uma filha é
proibido.

A Guemará de Yevamót diz: "Chegou-se ao princípio que fundamenta a proibição com


a filha por interpretação, pois Rabá disse: 'Rabi Isaac bem Abdmei me disse que
ficamos sabendo da existência da lei pelo fato de que hená (elas) e zimá (maldade)
aparecem ambos em dois trechos relacionados'". Quer dizer, ao proibir o incesto com
a filha de um filho e com a filha de uma filha, as Escrituras (Torá) dizem: "Pois tua
nudez são elas (hená)" (Vayikrá/Levítico, 18:10); e ao proibir de chegar-se a uma
mulher e à sua filha, ou a uma mulher e à filha de seu filho, ou a uma mulher e à filha
de sua filha, está dito: "Elas (hená) são parentes próximas; mau pensamento (zimá) é"
(Vayikrá/Levítico, 18,17). Assim como na proibição de chegar-se a uma mulher e à filha
do filho dela ou à filha da filha dela, também está proibido chegar-se à filha dela, de
forma que a proibição de chegar-se à filha de um filho ou à filha de uma filha inclui a
proibição de chegar-se a sua própria filha. Além disso, as Escrituras (Torá) dizem, com
relação ao castigo: "E um homem que tomar uma mulher e a sua mãe, obra de
pensamento mau (zimá) é; no fogo queimarão a ele e a elas" (Vayikrá/Levítico, 20:14);
e chegar-se a uma mulher e à filha do filho dela ou à filha da filha dela também é
punido pelo fogo, porque a palavra hená foi usada nos dois casos.

Na Guemará de Keritút lemos: "Nunca trate um guezerá shavá levianamente, pois,


observe, o mandamento da filha é um dos mais importantes da Torá, e ele nos foi
ensinado pelas Escrituras (Torá) apenas através de um guezerá shavá, isto é, através
do aparecimento da palavra hená em dois trechos relacionados, e da palavra zimá em
dois outros". Observem que a expressão é "ele nos foi ensinado", e não "nós o
aprendemos", porque todas essas coisas nos foram transmititdas pela Tradição através
do Emissário e elas constituem a explicação tradicional, como explicamos na
introdução à nossa obra, o Comentário sobre a Mishná". A razão pela qual as Escrituras
(Torá) não o mencionam explicitamente é apenas porque ele pode ser deduzido
através de um guezerá shavá. É isso o que o Talmud quer dizer com as palavras: "Ele
nos foi ensinado pelas Escrituras (Torá) apenas através de um guezerá shavá"; e a
referência à filha como "um dos mais importantes mandamentos da Torá" é o
bastante.

Por todo o exposto, ficou claro que o incesto com uma filha, com a filha de uma filha,
ou com a filha de um filho é punido com fogo. Se ninguém tiver conhecimento da
transgressão ou se não houver evidências concretas contra o transgressor, ele estará
sujeito à carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e
encurta a vida), caso o tenha feito voluntariamente. Aquele que cometer alguma
dessas transgressões involuntariamente deverá oferecer um korbán (sacrifício de)
chatát específico.

P. 335 - NÃO COMETER INCESTO COM A FILHA DE SUA FILHA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um homem fica proibido de cometer incesto com a filha de
sua filha.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Ou filha de tua filha, não descobrirás a nudez, porque tua nudez são elas"
(Vayikrá/Levítico, 18:10).

P. 337 - NÃO CHEGAR-SE A UMA MULHER E A SUA FILHA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e sete (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um homem fica proibido chegar-se a uma mulher e a sua
filha.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez de uma mulher e de sua filha não descobrirás" (Vayikrá/Levítico, 18:17).

Aquele que violar esta proibição – sendo uma das mulheres sua esposa – está sujeito a
morrer no fogo, se a prova contra ele for evidenciada. Ele está sujeito à carêt (castigo
Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), se a
transgressão for voluntário, mas se pecou involuntariamente ele deverá oferecer um
korbán (sacrifício de) chatát específico.

P. 338 - NÃO CHEGAR-SE A UMA MULHER E À FILHA DO FILHO DELA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e oito (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um homem fica proibido chegar-se a uma mulher e à filha
do filho dela.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): abençoado seja Ele, "E à filha de seu filho" (Vayikrá/Levítico, 18:17). Também
neste caso o transgressor será queimado e punido com carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), se tiver pecado
deliberadamente, e oferecerá um korbán (sacrifício de) chatát específico se o tiver
feito involuntariamente.

P. 339 - NÃO CHEGAR-SE A UMA MULHER E À FILHA DA FILHA DELA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e trinta e nove (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um homem fica proibido chegar-se a uma mulher e à filha
da filha dela.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E à filha de sua filha" (Vayikrá/Levítico, 18:17). O transgressor será punido com
carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta
a vida), e morrerá queimado se tiver pecado deliberadamente; se tiver pecado
involuntariamente ele deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát específico.

ESTUDO 89

P. 340, 341, 342, 343, 344, 345

P. 340 - NÃO COMETER INCESTO COM A IRMÃ DE SEU PAI

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um homem fica proibido de cometer incesto com a irmã de
seu pai.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez da irmã de teu pai não descobrirás" (Vayikrá/Levítico, 18:12). O
transgressor está sujeito à carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão
da alma com D'us e encurta a vida), se tiver pecado deliberadamente, e se o tiver feito
involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát específico.

P. 341 - NÃO COMETER INCESTO COM A IRMÃ DE SUA MÃE

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e um (do Sefer Hamitsvót)


é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de cometer incesto com a irmã
de sua mãe.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez da irmã de tua mãe não descobrirás" (Vayikrá/Levítico, 18:13). Quem
transgredir este mandamento deliberadamente está sujeito à carêt (castigo Divino que
afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), e quem pecar
involuntariamente deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát específico.
P. 342 - NÃO CHEGAR-SE À ESPOSA DO IRMÃO DE SEU PAI

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e dois (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se à esposa
do irmão de seu pai.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não te chegarás a sua mulher; ela é tua tia" (Vayikrá/Levítico, 18:14). O
transgressor deste mandamento está sujeito à carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), se tiver pecado
voluntariamente, e se o tiver feito involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán
(sacrifício de) chatát específico.

P. 343 - NÃO CHEGAR-SE À ESPOSA DE SEU FILHO

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e três (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se à esposa
de seu filho.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez de tua nora não descobrirás" (Vayikrá/Levítico, 18:15). O transgressor
será punido com a pena de sekilá (morte por lançamento ao solo, na pedra) [— só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash]; mas se a prova contra ele não tiver sido
evidenciada, ou se ninguém souber da transgressão, a pena é carêt (castigo Divino que
afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), se ele tiver
pecado voluntariamente; se o tiver feito involuntariamente, ele deverá oferecer um
korbán (sacrifício de) chatát específico.

P. 344 - NÃO CHEGAR-SE À ESPOSA DE SEU IRMÃO

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e quatro (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se à esposa
de seu irmão.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez da mulher de teu irmão não descobrirás" (Vayikrá/Levítico, 18:16). O
transgressor deste mandamento está sujeito à carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), se tiver pecado
voluntariamente, e se o tiver feito involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán
(sacrifício de) chatát específico.

P. 345 - NÃO CHEGAR-SE À IRMÃ DE SUA ESPOSA


ENQUANTO ESTA ÚLTIMA FOR VIVA
A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e cinco (do Sefer
Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se à irmã
de sua esposa enquanto esta viver.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E a mulher com sua irmã não tomarás" (Vayikrá/Levítico, 18:18). Aquele que
transgredir este mandamento voluntariamente está sujeito à carêt (castigo Divino que
afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida); aquele que pecar
involuntariamente deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát específico.

ESTUDO 90

P. 348, 349, 350, 351

P. 348 - OS HOMENS NÃO PODEM DEITAR-SE COM ANIMAIS

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e oito (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de se deitar com um
animal, macho ou fêmea.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E com qualquer animal não te deitarás" (Vayikrá/Levítico, 18:23). O
transgressor voluntário está sujeito à morte por pena de sekilá [morte por lançamento
na pedra, quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em
um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], e se não for castigado com sekilá, à carêt
(castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a
vida). Se ele pecou involuntariamente, deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát
específico.

P. 349 - AS MULHERES NÃO PODEM DEITAR-SE COM ANIMAIS

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e nove (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que as mulheres ficam proibidas de se deitarem
com um animal.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem a mulher se porá diante de um animal para se juntar com ele"
(Vayikrá/Levítico, 18:23). Esse é um mandamento independente, não incluído no
precedente, uma vez que as Escrituras (Torá), ao proibir os homens de se deitarem
com animais, não impõem a mesma proibição às mulheres, na ausência de um "Lô
taassê" (proibição) específico a elas. Assim, no princípio de Keritút, lemos: "Há trinta e
seis ofensas pelas quais a Torá prescreve carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida)", e a enumeração delas
que se segue inclui as cometidas por um homem que se deita com um animal e por
uma mulher que se deita com um animal, embora sejam enumeradas apenas
categorias gerais, como explicamos em nosso Comentário. Dessa foram, fica claro que
esta proibição é um mandamento independente, e deve ser incluída na lista das
mitsvót lô taassê (proibições).

Aquela que violar este mandamento voluntariamente está sujeita a pena de sekilá
(morte por lançamento ao solo, na pedra) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash];
se a prova não for evidenciada, ela está sujeita à carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), se tiver pecado
voluntariamente. Se tiver pecado involuntariamente, deverá oferecer um korbán
(sacrifício de) chatát específico.

P. 350 - UM HOMEM NÃO PODE CHEGAR-SE A OUTRO


HOMEM [PROIBIÇÃO DE RELAÇÕES HOMOSSEXUAIS]

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se a um varão.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E com um homem não te deitarás como se fosse uma mulher"
(Vayikrá/Levítico, 18:22), e aparece também em outro lugar, em Suas palavras "Nem
haverá destinado à pederastia dentre os filhos de Israel" (Devarím/Deuteronômio,
23:18). Este "Lô taassê" (proibição) está repetido para dar maior força e não para
dirigir a proibição à vítima. As palavras das Escrituras (Torá) "E com um homem não te
deitarás" estipulam a advertência às duas partes.

A Guemará de San'hedrin diz que é Rabi Yishmael que considera "Nem haverá
destinado à pederastia [relações homossexuais] dentre os filhos de Israel" como a
proibição dirigida à vítima. Consequentemente, "Aquele que cometer pederastia
ativamente e que também permitir que o ofendam dessa forma, de maneira
negligente, está sujeito, de acordo com o ponto de vista de Rabi Ishmael, a duas
penalidades; mas Rabi Akíva diz que isso é desnecessário porque "E com um homem
não te deitarás (lo tishcav) como se fosse mulher" pode ser lido como "Não serás
deitado (lo tishachev)". Portanto, aquele que cometer pederastia e também permitir
que o ofendam dessa forma, de maneira negligente, estará sujeito a uma penalidade
apenas, pois lo tishcáv (não te deitarás) e lo tishachev (não serás deitado) são um
único mandamento, e na opinião de Rabi Akíva o objetivo de "Nem haverá destinado à
pederastia" é apenas para reforçar o mandamento, da mesmo forma que a fim de
reforçar "não cometerás adultério" (Shemót/Êxodo, 20:14), que é, como já explicamos,
a proibição da mulher de outro homem, temos "E com a mulher de teu companheiro
não te deitarás para dar sêmen" (Vayikrá/Levítico, 18:20).

Há muitos casos deste tipo, como explicamos no nono fundamento.

O transgressor deste mandamento será punido com a pena de sekilá (morte por
lançamento ao solo, na pedra) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. Se ele não for
castigado com sekilá, estará sujeito à carêt (castigo Divino que afeta profundamente a
conexão da alma com D'us e encurta a vida), se o pecado tiver sido voluntário; se ele o
tiver cometido involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát
específico.

P. 351 - UM HOMEM NÃO PODE CHEGAR-SE AO [TER RELAÇÕES COM O] SEU PAI

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e um (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se ao [ter
relações com o] seu pai.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "A nudez de teu pai (...) não descobrirás" (Vayikrá/Levítico, 18:7). Também
neste caso o transgressor está sujeito a pena de sekilá (morte por lançamento ao solo,
na pedra) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento
em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. Assim, um homem que se chegar a
seu pai será culpado [condenável] duas vezes: por ser um varão e por ser seu pai.

A Guemará de San'hedrin explica que Suas palavras "A nudez de teu pai (...) não
descobrirás" se referem na realidade ao pai. A isso se objetou o seguinte: "Mas não
sabemos disso através do versículo 'E com homem não te deitarás como se fosse
mulher'?" (Vayikrá/Levítico, 18:22), ao que se respondeu: "Isso nos ensina que se
incorre em uma penalidade dupla. Rabi Yehudá disse que um pagão que cometer
pederastia [relação homossexual] com seu pai incorre em uma penalidade dupla". Para
explicar isso eles dizem ali: "Essas palavras de Rabi Yehudá se referem supostamente a
um judeu que cometer tal ofensa., inconscientemente, e aos sacrifícios que deverá
oferecer; já o termo 'pagão' é um eufemismo". Quer dizer, aquele que
inconscientemente se chegar a seu pai deverá oferecer dois sacrifícios de pecado, da
mesma forma que aquele que inconscientemente se chegar a duas mulheres
proibidas; mas se ele não for seu pai, ele deverá oferecer apenas um korbán chatát
(sacrifício por pecar inconscientemente).

ESTUDO 91

P. 352, 347, 346

P. 352 - UM HOMEM NÃO PODE CHEGAR-SE


AO [TER RELAÇÕES COM O] IRMÃO DE SEU PAI

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e dois (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se ao [ter
relações com o] irmão de seu pai.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nudez do irmã de teu pai não descobrirás" (Vayikrá/Levítico, 18:14). Portanto,
aquele que involuntariamente se chegar ao irmão de seu pai deverá oferecer dois
sacrifícios de pecado, como explicamos no caso de seu pai. Na Guemará de San'hedrin
lemos: "Todos concordam que aquele que cometer pederastia com seu tio paterno
incorre em uma penalidade dupla, pois as Escrituras (Torá) dizem: 'Nudez do irmão de
teu pai não descobrirás".

Vocês devem saber que toda vez que eu usar a expressão "a prova for evidenciada" eu
quero dizer que deve haver duas ou mais testemunhas qualificadas que tenham feito
uma advertência, e que tenham apresentado a prova diante de um Tribunal
qualificado de vinte e três juízes, e que isto se aplica apenas enquanto estiverem em
vigor as leis da pena capital [na época do Beit Hamikdash, etc. (ver Hilchot San'hedrin
14:11)].

Está claro que, no caso de todos os delitos carnais mencionados, as Escrituras (Torá)
estabelecem explicitamente a penalidade de carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), porque após enumerá-
las elas dizem: "Aquele que fizer alguma destas abominações, serão banidas as almas
que o fizerem" (Vayikrá/Levítico, 18:29) [quando não há provas para condenar à pena
de morte]. Da mesma foram, toda vez que afirmamos que uma ofensa desse tipo
acarreta a morte por sentença judicial, essa penalidade também está prescrita nas
Escrituras (Torá). Mas quanto ao modo de execução, que em alguns casos está
determinada que seja pela pena de sekilá (morte por lançamento ao solo, na pedra),
em outros pela pena de chének (estrangulamento), e em outros pela pena de Serefá
(fogo interior). Há casos em que isso nos foi transmitido pela Tradição (através dos
sábios) e, em outros, isto está explicitamente nas Escrituras (Torá).

As normas das leis relativas a todos esses delitos carnais estão explicadas nos Tratado
des San'hedrin e Keritút, e em vários trechos de Yevamót, Ketuvót e Kidushin.

Está explicado no início de Keritút que no caso de qualquer pecado cuja penalidade é a
morte — se cometido voluntariamente, e a oferta de korbán (sacrifício de) chatát
específico — se cometido involuntariamente, a pessoa de cuja culpa se tem dúvidas
deverá oferecer um korbán Ashám Talúi (sacrifício condicional por receio de ter feito
certos pecados – veja mitsvá 70). O termo "korbán (sacrifício de) chatát específico
[kavua]" significa que o sacrifício deve ser sempre de rebanho, isto é, uma ovelha ou
uma cabra.

Se vocês observarem todas as mitsvót lô taassê (proibições) e examinarem os castigos


relativos a cada uma delas, vocês perceberão que, no caso de cada pecado no qual se
aplica a pena de carêt, se cometido voluntariamente, e a oferta de um korbán chatát
(sacrifício por pecar inconscientemente), se cometido involuntariamente, o sacrifício
referido é um korbán (sacrifício de) chatát específico [kavúa], com a exceção de dois
pecados, pelos quais a pena é carêt - se cometidos voluntariamente, e korbán Olê
Veyorêd (sacrifício de maior ou de menor valor) – se cometidos involuntariamente, em
vez de um korbán (sacrifício de) chatát específico [mitsvá 72]. Esse dois pecados são: a
profanação do Santuário e a profanação de suas Santidades. Por "profanação do
Santuário" eu quero dizer a entrada de uma pessoa impura no campo do Santuário
(azará) e por "profanação de suas Santidades" eu quero dizer que uma pessoa que
tenha se tornado impura coma a carne das oferendas consagradas [bassar kodesh].
Da mesma forma, ficará claro para vocês que pela violação de qualquer "Lô taassê"
(proibição), cuja penalidade é carêt se cometida voluntariamente, fica-se obrigado a
oferecer um korbán chatát (sacrifício por pecar inconscientemente) se ela tiver sido
cometida involuntariamente, exceto no caso da blasfêmia, a qual acarreta carêt, se
cometida voluntariamente, mas não obriga a um korbán chatát se cometida
involuntariamente.

Ficará também claro para vocês que todos aqueles que estiverem sujeitos à morte por
uma das quatro formas de execução judicial estarão sujeitos à carêt — se o Tribunal
não os executar ou não souber de suas transgressões, exceto em dez casos, nos quais
as pessoas ficam sujeitas à morte por sentença judicial, mas não à carêt, a saber: quem
desviar outrem do caminho certo [Messít — mitsvá 15]; quem desencaminhar outras
pessoas do caminho certo [Madíach — proibição 16]; no caso de um falso profeta
[Navi sheker — proibição 27]; quem profetizar em nome de um ídolo [proibição 26];
um ancião que menosprezar a decisão do Supremo Tribunal [zaken mamrê —
proibição 312]; um filho teimoso e rebelde [ben sorer umorê — proibição 195]; quem
raptar um israelita [proibição 243]; um assassino [proibição 289]; quem bater em seu
pai ou em sua mãe [proibição 319] e quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe [proibição
318]. Em cada um desses casos, se a prova for evidenciada, ele será morto; mas se o
Tribunal não souber de sua transgressão ou não tiver podido condená-lo à morte, ele
se expôs à morte, mas não corre o perigo de carêt.

Vocês devem conhecer e lembrar-se desses princípios.

P. 347 - NÃO CHEGAR-SE À ESPOSA DE OUTRO HOMEM

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e sete (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de chegar-se [ter
relações] à esposa de um outro homem.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E com a mulher de teu companheiro não te deitarás para dar sêmen"
(Vayikrá/Levítico, 18:20).

A punição pela violação deste mandamento varia de acordo com as circunstâncias. Se


a mulher for casada [eshet ish] ou "noiva" [naará meorassá, comprometida
legalmente, ou seja, está no estágio anterior à consumação do casamento, mas
legalmente, pela Torá, já é considerada esposa] — em ambos os casos elas ficam
sujeitas à pena de sekilá (morte por lançamento ao solo, na pedra) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash], como determinam as Escrituras (Torá)
(Devarím/Deuteronômio, 22:23-24). Se ela for a filha de um Cohen, ela é condenada à
pena capital de Serefá [fogo interior] e o homem à pena capital de chének
[estrangulamento]. Se ela for a filha de um israelita (não Cohen), ambos estão sujeitos
à pena de morte por chének (estrangulamento) [e todos os casos citados só quando
havia testemunhas e advertência, etc, na época do Beit Hamikdash].
Tudo isso se aplica se a prova for evidenciada [ou seja, quando há testemunhas e
advertência, etc], caso contrário, o homem fica sujeito à carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida). Também neste caso
tudo isso se aplica se o pecado tiver sido cometido voluntariamente pelo homem, mas
ele o cometeu involuntariamente, ele deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát
específico.

A proibição desta transgressão aparece em outro lugar, nos Dez Mandamento, em


Suas palavras "Não cometerás adultério" (Shemót/Êxodo, 20:14), que significam que
não se deve chegar-se à esposa de outro homem. Nas palavras da Mechílta: "Por que
foi dito 'Não adulterarás'? Porque nas palavras 'Certamente serão mortos, o adúltero e
a adúltera' (Vayikrá/Levítico, 20:10) ouvimos a penalidade, mas não ouvimos a
proibição. Por essa razão as Escrituras (Torá) dizem: '"Não cometerás adultério'". Da
mesma forma, o Sifrá diz: "'O homem que cometer adultério com a mulher de outro
homem, que adulterar com a mulher de seu próximo' (Vayikrá/Levítico, 20:10):
ouvimos aqui a penalidade, mas não ouvimos a proibição. Por essa razão as Escrituras
(Torá) dizem: 'Não adulterarás' a ambos, ao homem e à mulher". Eles não encontraram
a proibição nas palavras "E com a mulher de teu companheiro não te deitarás para dar
sêmen" porque essa proibição não inclui ambos, o adúltero e a adúltera, mas é dirigida
apenas ao adúltero. Da mesma forma, no que se refere às relações proibidas em geral,
eles tiveram que aplicar a proibição também à mulher, e por isso lemos na Sifrá:
"'Nenhum de vós se chegará (...) para descobrir sua nudez' (Vayikrá/Levítico, 18:6)
proíbe ambos, o homem através da mulher e a mulher através do homem".

A Guemará de San'hedrin diz: "Todos estão incluídos nos termos 'adúltero' e 'adúltera',
mas as Escrituras (Torá) excluem a filha de um Cohen, ensinando que ela deve ser
condenada a pena capital de Serefá, e a moça noiva [naará meorassá], ensinando que
ela deve ser condenada a pena capital de sekilá".

Nós explicamos este assunto na introdução ao presente trabalho.

P. 346 - NÃO UNIR-SE A UMA MULHER MENSTRUADA [Nidá]

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e quarenta e seis (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um homem fica proibido de unir-se a uma
mulher menstruada durante o período de sua impureza, ou seja, durante os sete dias
completos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E a mulher na impureza de sua menstruação não te chegarás"
(Vayikrá/Levítico, 18:19); e enquanto ela não tiver feito uma imersão [em um mikvê
(banho ritual)] depois de completados os sete dias, ela será considerada menstruada
[nidá].

O transgressor voluntário deste mandamento está sujeito à carêt (castigo Divino que
afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida); aquele que pecar
involuntariamente deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát específico.
ESTUDO 92

P. 52, 53, 55, 54, 354, 360, 361

P. 52 - NÃO SE UNIR PELO MATRIMÔNIO A HEREGES

A proibição (mitsvát lô taassê) número cinquenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de unir-nos pelo matrimônio a hereges.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não te aparentarás com eles" (Devarím/Deuteronômio, 7:3). O termo
"aparentarás" [hit'chatnut] é explicado da seguinte forma: "Tua filha não darás a seu
filho, e sua filha não tomarás para teu filho. Está exposto claramente no Tratado de
Avodá Zará que "A Torá proíbe a união pelo matrimônio".

O castigo pela desobediência desta proibição varia de acordo com as circunstâncias. Se


um homem mantiver publicamente um relacionamento com uma mulher pagã, aquele
que o matar quando ele estiver cometendo a transgressão estará desse modo
aplicando o castigo que Pinchas aplicou a Zimri. Por isso, a Mishná diz: "Se um homem
coabitar com uma mulher pagã, ele será punido por kanaím (zelosos)". Isto, contudo,
só é permitido sob certas condições, ou seja, quando a transgressão for feita
abertamente, e enquanto o ato estiver acontecendo, como naquele caso [de Pinchas e
Zimri (Bamidbár/Números, 25:7).].

Contudo, quando o ato não for cometido publicamente ou não for punido pelos
kanaím naquele momento, o transgressor está sujeito à carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), embora isto não esteja
prescrito pela Torá. Aparece no Talmud a pergunta: "E se os fanáticos não o punirem?"
E a resposta é que ele está sujeito à carêt como consta nas palavras das Escrituras
(Torá): "Pois Yehudá tinha profanado a santidade de D'us que o amava, e tinha se
casado com a filha de um D'us estranho. D'us destruirá o homem que fizer isso, o
mestre e o aprendiz" (Mal'áchi/ Malaquias, 2:11-12). Está dito: "Isto mostra que ele
está sujeito à carêt". Portanto, quando ficar provado que um homem teve relação com
uma mulher pagã diante de testemunhas, apesar de ter sido categoricamente
advertido, ele está sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash] pela autoridade da Torá. Você deve observar isso.

A lei a respeito de todos esses assuntos está explicada em Avodá Zará e San'hedrin.

P. 53 - NÃO SE UNIR PELO MATRIMÔNIO


A UM HOMEM AMONITA OU MOABITA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cinquenta e três (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina do casamento com um varão Amonita ou Moabita, mesmo depois que
ele tenha se tornado guer (convertido).
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não entrará nenhum Amonita e nem Moabita para a congregação de D'us"
(Devarím/Deuteronômio, 23:4).

O castigo pela contravenção desta proibição é a pena de malkut (chicotadas) [— só


quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash], ou seja, se um homem Amonita ou Moabita guer
(convertido) se casar com uma mulher israelita, ambos estão sujeitos à pena de malkut
(chicotadas), de acordo com a lei das Escrituras (Torá).

As normas deste mandamento estão explicadas no oitavo capítulo de Yevamót e no


final de Kidushin.

P. 55 - NÃO AFASTAR OS DESCENDENTES DOS EGÍPCIOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número cinquenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de afastar os egípcios e de recusarmos a unir-nos a eles pelo
matrimônio depois que eles tiverem se tornado guerím (convertidos).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem abominarás o egípcio" (Devarím/Deuteronômio, 23:8).

As normas destes dois mandamentos – relativas aos egípcios e aos Edomím


(descendentes de Essáv) – estão explicadas no oitavo capítulo de Yevamót e no final de
Kidushin.

P. 54 - NÃO EXCLUIR OS DESCENDENTES DE ESAÚ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cinquenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de excluir os descendentes de Esaú [Essáv, irmão gêmeo do nosso
patriarca Yaacóv] depois que eles tiverem se tornado guerím (convertidos), ou seja, de
recusarmos a unirmo-nos a eles pelo matrimônio.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não abominarás o Edomí (descendente de Essáv), porque é teu irmão"
(Devarím/Deuteronômio, 23:8).

P. 354 - UM MAMZER NÃO PODE CHEGAR-SE A UMA ISRAELITA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e quatro (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina em que um mamzêr fica proibido de chegar-se a uma
israelita.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não entrará mamzêr na congregação de D'us" (Devarím/Deuteronômio, 23:3).
A contravenção a esta proibição será punida com a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no oitavo capítulo de Yevamót e no


final de Kidushin.

P. 360 - UM HOMEM INCAPAZ DE PROCRIAR


NÃO PODE CASAR-SE COM UMA ISRAELITA

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e sessenta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um homem que tiver sofrido um acidente que o tenha
privado do poder da procriação está proibido de casar-se com uma mulher israelita.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não entrará aquele que tem os testículos trilhados e aquele cujo derrame de
sêmen é deficiente na congregação de D'us" (Devarím/Deuteronômio, 25:2). Se um
homem assim chegar-se a [tiver relações com] uma mulher israelita depois do Kidushin
[quando torna-se legalmente casado] ele será punido com a pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]..

As normas deste mandamento estão explicadas no nono capítulo de Yevamót.

P. 361 - NÃO CASTRAR

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e sessenta e um (do Sefer Hamitsvót)


é a Proibição Divina de castrar um macho de qualquer que seja a espécie, homem ou
animal.

[A FONTE NA TORÁ] Ela está expressa nas últimas palavras do versículo: "De testículos
machucados, ou moídos, ou deprendidos, ou cortados, não oferecereis a D'us, nem
fareis estas coisas na terra" (Vayikrá/Levítico, 22:24), que a Tradição explica como
significando: "Nem fareis isso a vós mesmos".

A contravenção a esta proibição, ou seja, a castração de qualquer espécie, é punida


com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

No capítulo "Shemona Sheratsim" [Shabat, 110b] lemos: "Como sabemos que a


castração de um homem é proibida? Através do versículo 'Nem fareis estas coisas na
terra', portanto, não fareis isso a vós mesmos. Mesmo se alguém castrar depois que
um outro já o tenha feito, ele será culpado. Rabi Chiya ben Abun diz, em nome do Rabi
Yochanan: Todos concordam que se alguém preparar [um korbán minchá] levedado
depois que alguém já o tenha preparado levedado [ainda assim ele] é culpado, porque
está dito: 'Não será cozido levedado' (Vayikrá/Levítico, 6:10) e 'não será preparada
com fermento' (Vayikrá/Levítico, 2:11). Se alguém castrar depois que outro já tenha
castrado, ele [também] será culpado, porque está dito: 'De testículos machucados, ou
moídos, ou desprendidos, ou cortados (...)'. Se alguém é culpado por cortá-los,
imaginem o quanto não o será por despedaçá-los! Isso é para ensinar-nos que se
alguém cortá-los depois de outro despedaçá-los, ele será culpado [passível de
punição]".

As normas deste mandamento estão explicadas em várias passagens em Shabat e


Yevamót.

ESTUDO 93

P. 161, 162, M. 38, P. 160, 158, 159

P. 161 - UM COHEN GADOL NÃO PODE CASAR-SE COM UMA VIÚVA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e sessenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que o Cohen Gadol (e apenas ele) fica proibido de casar-se com
uma viúva.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Viúva ou divorciada, ou profana ou prostituta, a estas não tomará"
(Vayikrá/Levítico, 21:14).

Na Guemará de Kidushin se encontra a razão pela qual Ele proíbe novamente o Cohen
Gadol de casar-se com uma mulher divorciada, uma chalalá ou uma zoná. É que se um
Cohen Gadol se chegar a uma mulher que seja ao mesmo tempo viúva, divorciada,
chalalá e zoná, ele será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash]. quatro vezes, enquanto que um Cohen comum será punido
apenas três. No mesmo trecho lemos: "se com uma viúva, uma mulher divorciada e
profana, e uma meretriz" – que será explicado como significando uma única mulher
que seja todas essas coisas – ''e se elas forem nessa ordem, ele é culpado por cada
relação".

O significado das palavras "Se elas forem nessa ordem" é que as desqualificações
devem ter acontecido à mulher na ordem em que foram mencionadas no versículo, ou
seja, que primeiro ela tenha se tornado uma viúva, depois uma divorciada, depois uma
chalalá, e finalmente uma zoná. Somos levados a confirmar que isso é assim, porque
desejamos que ele fique sujeito à pena de malkut (chicotadas) quatro vezes por ter-se
chegado a uma mulher em uma ocasião.

É um princípio aceito que uma proibição não vigora sobre algo que já está proibido por
uma outra proibição, a menos que ela seja um issur mossif [Uma proibição adicional,
ou seja, uma proibição que se aplica a mais tipos de pessoas], um issur colel [Uma
proibição adicional, ou seja, uma proibição que se aplica a mais tipos de coisas.], ou
um issur bevat achát [Uma proibição simultânea, ou seja, duas proibições que entram
em vigor ao mesmo tempo], como explicamos no lugar apropriado em nosso
Comentário sobre a Mishná de Keritút; e cada uma delas só será um issur mossif
apenas se elas ocorrerem nessa ordem, como está ali exposto. Contudo, se várias
mulheres estiverem envolvidas – como, por exemplo, se ele se chegar a uma mulher
viúva, a uma outra que for chalalá, a uma outra que for zoná e a uma outra que for
divorciada – não há dúvidas de que ele está sujeito à pena de malkut (chicotadas)
expor cada uma delas separadamente.

Você pode objetar e argumentar o seguinte: "Uma vez que é um princípio aceito que
não se fica sujeito à pena de malkut (chicotadas) pela violação de um lav shebiklalut
[uma proibição negativa geral (ver o nono fundamento)], por que ele ficaria sujeito à
pena de malkut (chicotadas) por cada violação separadamente, já que elas são todas
proibidas por um único "Lô taassê" (proibição) ?" A resposta é que o objetivo de
repetir a proibição que impede o Cohen Gadol de casar-se com uma mulher
divorciada, com uma zoná ou com uma chalalá é exatamente o de deixar claro que
nesse caso ele está sujeito à mesma regra que um Cohen comum, e é punido com a
pena de malkut (chicotadas) separadamente. Sabemos que um Cohen comum está
sujeito à pena de malkut (chicotadas) por cada violação pelo fato de que uma delas foi
mencionada especificamente, a saber, "Nem mulher divorciada de seu marido não
tomarão" (Vayikrá/Levítico, 21:7), o que demonstra que há um castigo separado para
cada transgressão; assim como ele está sujeito à pena de malkut (chicotadas) por
causa de apenas uma mulher que for divorciada, visto que esta proibição foi
especificamente mencionada, assim também ele está sujeito à pena de malkut
(chicotadas) por apenas uma que for zoná, e por apenas uma que for chalalá. Esse é o
significado das palavras da Guemará de Kedushim "Assim como uma mulher divorciada
é diferente de uma zoná e de uma chalalá, em relação a um Cohen comum, ela
também é diferente em relação ao Cohen Gadol".

Também está explicado ali que caso haja várias mulheres envolvidas, há uma
penalidade de malkut (chicotadas) por cada violação separadamente, sem levar em
conta se [as desqualificações] ocorreram na ordem acima mencionada ou não.

Ficou, assim, claro que a proibição de chegar-se a cada uma delas constitui um "Lô
taassê" (proibição) separado, e consequentemente sua violação acarreta uma pena de
malkut (chicotadas) por cada uma delas separadamente.

Também está explicado ali que um Cohen comum não está sujeito à pena de malkut
(chicotadas) por cada uma das violações, a menos que ele tenha se casado com a
mulher e se tenha, por conseguinte, chegado a ela. Isto está exposto no Talmud da
seguinte forma: "Se ele se chegar a ela, ele está sujeito à pena de malkut (chicotadas);
se ele não se chegar a ela, ele não o estará, pois as Escrituras (Torá) dizem: 'A estas
não tomará (...) e não profanará (...) (Vayikrá/Levítico 21:14-15), que significam: Por
que ele não as tomará? Para que possa não profanar".

As normas destes quatro mandamentos [proibições 158 a 161] estão explicadas por
completo em Yevamót e Kidushin.

P. 162 - UM COHEN GADOL NÃO PODE CHEGAR-SE A UMA VIÚVA


A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e sessenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina em que um Cohen Gadol fica proibido de chegar-se a uma viúva,
mesmo sem casar-se com ela.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não profanará sua semente entre seu povo" (Vayikrá/Levítico, 21:15).

Esta é a explicação para isso. Um Cohen comum é proibido de casar-se [com uma zoná,
uma chalalá ou uma mulher divorciada] através da proibição "Não tomarão"
(Vayikrá/Levítico, 21:7), sendo que "tomarão" significa tomar por esposa, mas ele não
fica sujeito a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].
até que se chegue a ela, como explicamos antes. Se ele se chegar a ela fora do
casamento – embora ele seja proibido de fazê-lo e seja avisado para não fazê-lo, pois
além de tudo ele ainda prejudica a categoria sacerdotal dela – ele também não fica
sujeito à pena de malkut (chicotadas) pois isso não está explicitamente proibido.
Contudo, no caso do Cohen Gadol, as Escrituras (Torá) mencionam duas proibições: a
primeira é "A estas não tomará (Vayikrá/Levítico, 21:14), e a segunda é "E não
profanará sua semente": a qual proíbe de chegar-se a ela até mesmo fora do
casamento.

A Guemará de Kidushin diz: "Rabá admite, com relação a um Cohen Gadol com uma
viúva, que se ele viver com ela sem casar-se, está sujeito à pena de malkut (chicotadas)
pois o Todo Misericordioso diz: 'Não profanará sua semente', e ele a terá profanado".
Também está dito, no mesmo lugar: "Se um Cohen Gadol viver com uma viúva ele
estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) duas vezes, uma por causa de 'A estas não
tomará' e outra por causa de 'Não profanará'". O motivo pelo qual isto está
mencionado no caso de uma viúva é que ela foi especificamente proibida apenas para
um Cohen Gadol, sendo permitida aos Cohanim, mas se ele se chegar a ela, ele a
profana e faz com que ela não possa mais se casar com um Cohen comum. Mas, com
relação às três mulheres – a saber, a mulher divorciada, a zoná e a chalalá –, a lei é a
mesma que no caso do Cohen comum, ou seja, que cada uma delas está desde o início
proibida a todos os Cohanim e a única razão para a repetição da proibição no caso do
Cohen Gadol é a que foi explicada.

M. 38 - A OBRIGAÇÃO DO COHEN GADOL


DE CASAR-SE APENAS COM UMA VIRGEM

A mitsvá número trinta e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através do
qual o Cohen Gadol é ordenado a casar-se com uma virgem.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E ele, mulher em sua virgindade, tomará" (Vayicrá/Levítico, 21:13).

[Nossos sábios] disseram explicitamente (Ketuvót 30a): "Rabi Akíva afirmava que até
mesmo um filho nascido da trangressão de um mandamento (mitsvát assê) é
considerado um mamzêr (que está proibido de casar-se com alguém que não seja
mamzêr)", e como exemplo disso citam o caso de um Cohen Gadol que tenha um
relacionamento com uma mulher que não seja virgem. A regra é a seguinte: toda
proibição (mitsvát lô taassê) que é consequência de um mandamento (mitsvát assê)
tem a força de um mandamento (mitsvát assê). Assim, fica claro que isto é um
mandamento (mitsvát assê). E o Talmud diz ainda, mais adiante (Horayot, 11b): "O
Cohen Gadol é obrigado a casar-se com uma virgem".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no sexto capítulo de Yevamót,


em vários trechos de Ketuvót e de Kidushin.

P. 160 - UM COHEN NÃO PODE CASAR-SE COM UMA MULHER DIVORCIADA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e sessenta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina um Cohen fica proibido de casar-se com uma mulher divorciada.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem mulher divorciada de seu marido tomarão" (Vayikrá/Levítico, 21:7).

P. 158 - UM COHEN NÃO PODE CASAR-SE COM UMA ZONÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina um Cohen fica proibido de tomar uma zoná como esposa.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Mulher prostituta (zoná) ou profana não tomarão" (Vayikrá/Levítico, 21:7). Se
um Cohen se chegar a uma zoná ele estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 159 - UM COHEN NÃO PODE CASAR-SE COM UMA CHALALÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta e nove (do Sefer Hamitsvót)
é a Proibição Divina um Cohen fica proibido de tomar uma chalalá [filha de um Cohen
que teve relações com alguém que lhe é proibido casar-se] como esposa.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Mulher prostituta (zoná) ou profana (chalalá) não tomarão" (Vayikrá/Levítico,
21:7). Se um Cohen se chegar a uma chalalá ele estará sujeito à pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

ESTUDO 94

P. 353, M. 149

P. 353 - NÃO TER INTIMIDADES COM UMA PARENTA


A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e cinquenta e três (do Sefer
Hamitsvót) é a Proibição Divina de procurar prazer no contato com qualquer parenta
que esteja na categoria das mulheres proibidas, mesmo que seja apenas através de
abraços, beijos e coisas assim.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição de tal conduta está expressa em Suas palavras


(louvado seja!): "Nenhum de vós se chegará a aquele que lhe é próximo por carne,
para descobrir sua nudez" (Vayikrá/Levítico, 18:6), que tem o mesmo significado que
se Ele tivesse dito: "Vocês não devem se aproximar deles de forma tal que possa
conduzir a uma relação proibida". Sobre isso a Sifrá diz: "'Se chegará (...) para descobrir
sua nudez' proíbe apenas o fato de chegar-se a ela (intimamente); de que forma fico
sabendo que é proibido 'aproximar-se'? pelas palavras das Escrituras (Torá): 'E à
mulher na impureza de sua menstruação não te chegarás' (Vayikrá/Levítico, 18:19).
Contudo, isto proíbe apenas aproximar-se de uma mulher menstruada e chegar-se a
ela; de que forma fico sabendo que as duas proibições se aplicam a todas as mulheres
das categorias proibidas? Pelas palavras 'Se chegará a aquele que lhe é próximo por
carne'".

A Sifrá diz também: "'Serão banidas as almas que o fizerem' (Vayikrá/Levítico, 18:29).
Por que foi dito isto? Porque pelas palavras 'Se aproximar' eu poderia pensar que se
fica sujeito à carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com
D'us e encurta a vida), pela simples 'aproximação. Por isso as Escrituras (Torá) dizem:
'Que o fizerem' mas não as almas que simplesmente se aproximarem delas".

A proibição de tal conduta indecente aparece novamente nas palavras "Para não fazer
nenhum dos costumes abomináveis" (Vayikrá/Levítico, 18:30). Mas o versículo
contendo as duas proibições, a saber, "Segundo as obras da terra do Egito, na qual
estivestes, não fareis, e segundo as obras da terra de Canaã, à qual Eu vos levo, não
fareis" (Vayikrá/Levítico, 18:3) nos proíbe não apenas a práticas dos "costumes
abomináveis", mas proíbe também os atos abomináveis específicos que Ele expõe nos
versículos seguintes. Portanto, estas duas proibições são de extensão global e cobrem
todas as categorias proibidas, bem como nos proíbem de fazer "Segundo as obras da
terra do Egito (...) e segundo as obras da terra de Canaã", que englobam todos os seus
costumes, tanto os de libertinagem como os de agricultura, os de criação de gado e os
de vida social. Depois Ele passa a explicar que essas "obras" que Ele proíbe de praticar
são relações ilícitas com este e aquele, como fica claro pelas palavras que concluem o
relato: "Porque todas estas abominações fizeram os homens da terra que estavam
antes de vós" (Vayikrá/Levítico, 18:27).

A Sifrá diz: "Eu poderia pensar que não devemos construir nossas casas nem plantar
vinhedos da maneira como o fazem as outras nações; por isso as Escrituras (Torá)
dizem: 'Não andeis segundo os seus costumes (Vayikrá/Levítico, 18:3), que significam
que o decreto se aplica apenas aos costumes que eles e seus ancestrais prescreveram
por lei". Diz também: "O que costumavam eles fazer? Um homem se casava com um
homem, uma mulher se casava com uma mulher, e uma mulher se casava com dois
homens". Portanto, fica claro que essas duas mitsvót lô taassê (proibições) – a saber,
"Segundo as obras da terra do Egito (...) não farei e segundo as obras da terra de Canaã
(...) não fareis" – proíbem em termos gerais todas as relações ilícitas e são seguidos por
proibições específicas relativas a cada uma das relações proibidas individualmente [ver
mitsvá 38].

Nós mesmos já explicamos todas as normas deste mandamento em nosso Comentário


sobre a Mishná, no sétimo capítulo de San'hedrin, no qual explicamos que são punidas
com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

Também é importante para vocês saberem que o fruto [criança nascida] de uma
relação pela qual se está sujeito à carêt é chamado de "mamzêr". D'us chamou tal
fruto de "mamzêr", e quer o pecado tenha sido cometido voluntária ou
involuntariamente, seu fruto será "um mamzer". A única exceção é o fruto da relação
com uma mulher menstruada; nesse caso, esse fruto não será um mamzer, mas será
chamado de "filho de uma mulher menstruada". Isto está explicado no quarto capítulo
de Yevamót.

M. 149 - PROCURAR OS SINAIS DE PUREZA


DETERMINADOS NO GADO E NOS ANIMAIS

A mitsvá número cento e quarenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de procurar certos sinais de pureza em animais domésticos e selvagens, ou seja,
que eles ruminem o alimento e tenham o casco totalmente fendido, pois isso faz deles
alimento permitido. Procurar esses sinais nos animais é um mandamento (mitsvát
assê), expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Estes são os animais que comereis"
(Vayicrá/Levítico, 11:2).

[A FONTE NA TORÁ] O Sifrá diz: "'Esses comereis' (Vayicrá/Levítico, 11:3): apenas


'esses' podem ser comidos, e não os animais impuros"; quer dizer, todo animal que
tiver estes sinais é alimento permitido, e o animal que não os tiver é proibido. Temos
aqui uma proibição (mitsvát lô taassê) derivada de um mandamento (mitsvát assê),
que tem força de um mandamento (mitsvát assê), de acordo com o princípio que
explicamos. É por essa razão que depois dessa sentença o Sifrá diz: "Sei apenas que há
um mandamento (mitsvát assê); de que modo eu concluo que também há uma
proibição (mitsvát lô taassê)? Porque o Talmud diz: 'O camelo, [que rumina e não tem
casco fendido...'" (Vayicrá/Levítico, 11:4) — como explicarei nas proibições (mitsvót lô
taassê 172).

Portanto, ficou claro que Suas palavras: "Esses comereis" são um mandamento
(mitsvát assê), cujo significado é, como expliquei, que somos obrigados a procurar
esses sinais em todo animal, seja ele doméstico ou selvagem, e só então ele estará
permitido para o consumo. O que o mandamento (mitsvá) prescreve é a observação
deste procedimento.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas nos Tratados talmúdicos de


Bechorot e Chulín.
ESTUDO 95

M. 150, 151, 152, P. 172, 174

M. 150 - PROCURAR OS SINAIS DE PUREZA DETERMINADOS NOS PÁSSAROS

A mitsvá número cento e cinquenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


procurar os sinais de pureza nos pássaros, pois apenas alguns deles são alimento
permitido. No caso dos pássaros, os sinais não estão estipulados na Torá, mas foram
obtidos através de estudo. Quando examinamos todos os tipos declarados
individualmente proibidos, encontramos certos elementos comuns a todos eles e esses
são os sinais dos pássaros impuros [em geral, aves de rapina e pássaros selvagens].
Este mandamento (mitsvá), de examinar os pássaros e determinar que um é puro e o
outro é impuro, é um mandamento (mitsvát assê).

[A FONTE NA TORÁ] O Sifrí diz: "'Toda ave pura, podereis comer'


(Devarím/Deuteronômio, 14:11): este é um mandamento (mitsvát assê). Ficou claro,
portanto, o que nós assinalamos acima".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud Chulín.

M. 151 - PROCURAR OS SINAIS DE


PUREZA DETERMINADOS NOS GAFANHOTOS

A mitsvá número cento e cinquenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual somos ordenados quanto aos sinais de pureza também nos
gafanhotos. Eles estão descritos na Torá com as seguintes palavras: "Que tem pernas
por cima dos pés" (Vayicrá/Levítico, 11:21).

[A FONTE NA TORÁ] A explicação que demos sobre o mandamento (mitsvá) anterior


também é válida para este. O versículo das Escrituras que se refere a ele é: "De todo o
réptil alado (...) deles comereis estes..." (Vayicrá/Levítico, 11:21-22).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no terceiro capítulo do


Tratado do Talmud de Chulín.

M. 152 - PROCURAR OS SINAIS DE PUREZA DETERMINADOS NOS PEIXES

A mitsvá número cento e cinquenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino através do qual somos ordenados quanto aos sinais [de pureza] nos peixes.

[A FONTE NA TORÁ] Estes estão expressos na Torá, em Suas palavras: "Isto comereis
de tudo o que está nas águas (...)" (Vayicrá/Levítico, 11:9). A Guemará de Chulín diz
explicitamente: "Aquele que come um peixe impuro viola um mandamento (mitsvát
assê) e uma proibição (mitsvát lô taassê)", já que de Suas palavras: "Isto comereis" eu
concluo que outros peixes não devem ser comidos, e uma proibição (mitsvát lô taassê)
derivada de um mandamento (mitsvát assê) tem força de mandamento (mitsvát assê).
Fica, portanto, claro que as palavras: "Isto comereis" são um mandamento (mitsvát
assê). Isto significa, como eu disse, que somos ordenados a decidir, baseados nesses
sinais, que um peixe é alimento permitido e outro não é, como as Escrituras dizem
claramente: "E fareis separação entre o animal puro e o impuro" (Vayicrá/Levítico,
20:25).

A separação só pode ser feita através dos sinais, e, portanto, os sinais de cada uma das
quatro categorias – animais domésticos e selvagens, pássaros, gafanhotos e peixes –
constituem um mandamento (mitsvá) separado e diferente. Já mostramos que cada
um deles foi considerado como um mandamento (mitsvát assê).

As normas deste mandamento (mitsvá) – a saber, o mandamento (mitsvá) referente


aos sinais dos peixes – também estão explicadas no terceiro capítulo do Tratado do
Talmud de Chulín.

P. 172 - NÃO COMER UM ANIMAL IMPURO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer um animal impuro, doméstico ou selvagem.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Estes não comereis dos que ruminam (...): o camelo, e a lebre, e o coelho (...) e
o porco" (Devarím/Deuteronômio, 14:7-8).

As Escrituras (Torá) não proibiram explicitamente que se coma outros animais


impuros, mas pelas Suas palavras "E todo animal de casco fendido, e que tem a unha
separada em dois de cima até embaixo, e que rumina, entre os animais, esses
comereis" (Devarím/Deuteronômio, 14:6) [ver mitsvá 149] sabemos que todos os que
não possuam essas duas características [casco fendido com unha separada em dois de
cima até embaixo e que rumina] não são alimento permitido. Contudo, este é o caso
de um "Lô taassê" (proibição) derivado de uma mitsvát assê (mandamento), o qual, de
acordo com o princípio aceito que a infração de um "Lô taassê" (proibição) deste tipo
não é punida com a pena de malkut (chicotadas).

Mas, através de um kal vachomer [dedução do menos grave para o mais grave]
deduzimos que estamos proibidos de comer outros animais impuros ou selvagens e
que estamos sujeitos à pena de malkut (chicotadas) por comê-los, pois dizemos: se
comer um porco ou um camelo, que tem uma das duas características do animais
puros, se é punível com a pena de malkut (chicotadas), conclui-se [então, por kal
vachomer] que comer outros animais domésticos ou selvagens que não tenham
nenhuma dessas características [do animais puros] também é punível com a pena de
malkut (chicotadas).

Agora observem as palavras da Sifrá a este respeito: "'Esses comereis' – 'esses' podem
ser comidos, mas os animais impuros não podem ser comidos. Isso me apresenta
apenas uma mitsvát assê (mandamento); de que forma fico sabendo que também há
um "Lô taassê" (proibição) ? Pelas palavras das Escrituras (Torá): 'Mas estes não
comereis dos que ruminam' (Vayikrá/Levítico, 11:4-7). Isso me diz apenas que 'esses'
são alimentos proibidos; como fico sabendo com relação a todos os outros animais
impuros? Eu o concluo por analogia: se esses, que têm uma das características do
animal puro são alimento proibido, não é lógico pensar que tenham nenhuma dessas
características? Dessa forma, fica estabelecido que o camelo, a lebre, o coelho e o
porco são proibidos explicitamente pelas Escrituras (Torá), enquanto que outros
animais impuros o são por força de um kal vachomer [dedução do menos grave para o
mais grave]. Fica também estabelecido que o mandamento (mitsvát assê) vem das
Escrituras (Torá), enquanto o "Lô taassê" (proibição) relativo a eles é derivado de um
kal vachomer.

Entretanto, esse kal vachomer é meramente utilizado para estabelecer algo que as
Escrituras (Torá) deixaram claro, como no caso da filha [ver proibição 336], que
explicaremos no local apropriado. Portanto, aquele que comer o equivalente ao
tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28cm3] de carne de um animal impuro
doméstico ou selvagem estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) de acordo com a
Torá. Você deve compreender isso.

P. 174 - NÃO COMER NENHUMA AVE IMPURA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de comer uma ave impura.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): relativas a essas espécies, "E isto abominareis das aves: não serão comidas"
(Vayikrá/Levítico, 11:13).

Comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28cm3] de sua
carne é punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

As normas deste e dos dois mandamentos anteriores estão explicadas no terceiro


capítulo de Chulín.

ESTUDO 96

P. 173, 175, 176, 177, 178

P. 173 - NÃO COMER UM PEIXE IMPURO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer um peixe impuro.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): relativas a esses tipos de peixe, "E abominação serão para vós; de sua carne não
comereis" (Vayikrá/Levítico, 11:11).

Comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28cm3] de sua
carne é punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

P. 175 - NÃO COMER NENHUM INSETO ALADO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer qualquer inseto alado, tais como moscas, abelhas, vespas e
insetos similares.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E todo animal rastejante alado, impuro será para vós: não serão comidos"
(Devarím/Deuteronômio, 14:19), sobre os quais o Sifrí diz: "'Todo animal rastejante
alado (...)' é um "Lô taassê" (proibição)".

Comê-los será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

P. 176 - NÃO COMER NADA QUE RASTEJE SOBRE A TERRA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer qualquer coisa que rasteje sobre a terra, tais como vermes,
escaravelhos e coleópteros, que são chamados "coisas que rastejam sobre a terra".

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E todo animal rastejante que se move sobre a terra é abominação, não será
comido" (Vayikrá/Levítico, 11:41).

Comer qualquer uma dessas coisas será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 177 - NÃO COMER NENHUMA CRIATURA


RASTEJANTE QUE SE REPRODUZA EM MATÉRIA DETERIORADA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer qualquer criatura rastejante que se reproduza em matéria
deteriorada ou desfeita, mesmo que ela não pertença a nenhuma espécie
característica e não seja resultante da união de um macho e uma fêmea.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não façais impuras vossas almas com todo animal rastejante que se arrasta
sobre a terra" (Vayikrá/Levítico, 11:44), sobre as quais a Sifrá diz: "'Todo animal
rastejante que se arrasta sobre a terra' – ainda que ele não se reproduza".

Esta é a diferença ente Suas expressões "Todo o animal rastejante que se move sobre
a terra" (Vayikrá/Levítico, 11:41) e "Todo animal rastejante que se arrasta sobre a
terra". A criatura que se move tem o poder de gerar seres semelhantes e se multiplica
sobre a terra, enquanto que as criaturas que se arrastam se reproduzem em matéria
deteriorada ou desfeita e não têm o poder de gerar seres como elas.

Também neste caso comê-las é punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando
há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

P. 178 - NÃO COMER CRIATURAS VIVAS


QUE SE REPRODUZAM EM SEMENTES OU FRUTAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer criaturas vivas que se reproduzam em sementes ou frutas,
uma vez que elas tenham saído da semente ou da fruta e se movam sobre elas; mesmo
se as encontrarmos depois em nossa comida somos proibidos de comê-las, e aquele
que o fizer será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Todo animal rastejante que se move sobre a terra, não os comereis porque
abominação são eles" (Vayikrá/Levítico, 11:42), sobre as quais a Sifrá diz: "Isto inclui
também os que estiveram sobre a terra e que tornaram a entrar [na semente ou na
fruta]".

ESTUDO 97

P. 179, 180, 188

P. 179 - NÃO COMER NENHUMA ESPÉCIE DE CRIATURA RASTEJANTE

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer qualquer espécie de criatura rastejante, seja ela um ser
alado, ou que rasteje na água ou sobre e terra.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não tornei abomináveis vossas almas com nenhum animal rastejante que se
move e não vos façais impuros com eles e não sejais impuros por eles"
(Vayikrá/Levítico, 11:43).
Esta é uma proibição separada, cuja transgressão é punida com a pena de malkut
(chicotadas) [— só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] e ela é semelhante a um
issur colel. De acordo com isso, aquele que comer qualquer tipo de animal que se
arrasta sobre a terra é punido com a pena de malkut (chicotadas) duas vezes: uma por
causa da proibição "E todo o animal rastejante que se move sobre a terra é
abominação, não será comido" (Vayikrá/Levítico, 11:41) e outra por causa da proibição
"Não torneis abomináveis vossas almas com nenhum animal rastejante que se move".
Da mesma forma, aquele que comer qualquer tipo de animal rastejante alado será
punido com a pena de malkut (chicotadas) duas vezes: uma por causa da proibição "E
todo animal rastejante alado, impuro será para vós: não serão comidos"
(Devarím/Deuteronômio, 14:19), e outra por causa da proibição "Não torneis
abomináveis vossas almas (...)". Além disso, aquele que comer um inseto que tenha
asas e que também se arraste pelo chão e que, dessa forma, seja ao mesmo tempo um
animal rastejante alado e um animal que se move pelo chão, será punido com a pena
de malkut (chicotadas) quatro vezes. Se além disso, o inseto também se arrastar na
água, quem comê-lo será punido seis vezes: a quinta vez por ser um peixe impuro, a
respeito do qual está dito: "De sua carne não comereis" (Vayikrá/Levítico, 11:11) e a
sexta por causa de "Não torneis abomináveis vossas almas (...)". Esta última abrange
também tudo o que se arrasta dentro da água, uma vez que não temos nenhum
versículo proibindo que se coma animais que rastejem na água a não ser o que diz:
"Não torneis abomináveis vossas almas com nenhum animal rastejante que se move".
De acordo com esses princípios, a Guemará de Macot diz: "Se alguém comer uma
enguia ele está sujeito à pena de malkut (chicotadas) por quatro vezes; se comer uma
formiga, por cinco vezes; se comer um marimbondo, por seis vezes".

Entretanto, todas as vezes que ouvi alguém interpretar esse trecho, ou seja, "Se
alguém comer uma enguia (...)" e que li os livros que consultei a esse respeito, a
interpretação foi invariavelmente a acima mencionada. E ela é uma interpretação
incorreta, sustentável apenas se os princípios verdadeiros claramente estabelecidos no
Talmud fossem derrubados. Porque se você examinar o que dissemos acima, você vai
chegar à conclusão de que, baseado no "Lô taassê" (proibição) "Não torneis
abomináveis vossas almas com nenhum animal rastejante que se move", eles
determinam pena de malkut (chicotadas) por três vezes; mas está demonstrado que
esse ponto de vista está errado, pois em circunstância alguma alguém pode ser punido
duas vezes por causa de uma proibição, como está explicado na Guemará de Chulín e
como nós próprios já explicamos em diversas ocasiões, e como ilustraremos com
exemplos a seguir.

A verdadeira interpretação, que não admite dúvidas e que não vai enganá-lo, é a
seguinte. Aquele que comer uma criatura alada que rasteja tanto na água quanto
sobre a terra estará sujeito apenas a três castigos por a pena de malkut (chicotadas):
uma por ser uma criatura rastejante alada, a cujo respeito há uma proibição específica;
outra por ser uma criatura que rasteja sobre a terra contra a qual também há uma
proibição específica; e outra por causa de "Não torneis abomináveis vossas almas",
que proíbe comer criaturas que rastejam na água, abrangidas pela expressão "Nenhum
animal rastejante que se move" que está na proibição "Nãospan> torneis abomináveis
vossas almas". Mas se alguém comer um animal que se arrasta apenas sobre a terra,
ou uma criatura rastejante alada, ou uma que se arrasta apenas na água, o castigo em
cada caso será a pena de malkut (chicotadas) pela desobediência referente a cada
proibição, sendo que no último caso a proibição está expressa em "Não torneis
abomináveis vossas almas com nenhum animal rastejante que se move". O simples
fato de que esta proibição também abrange a criatura que rasteja sobre a terra não
nos sujeita a duas penas de malkut (chicotadas) por uma criatura desse tipo, pois ainda
que houvesse mil proibições expressas relativas às criaturas que rastejam sobre a
terra, ainda assim seríamos castigados com malkut (chicotadas) uma única vez por tê-
las desobedecido mil vezes: "Não comereis insetos que rastejam sobre a terra", "Não
comerás insetos que se movem sobre a terra", estaríamos sujeitos a uma única pena
de malkut (chicotadas). Vocês já viram aqueles que apresentaram esta doutrina
incorreta afirmar que aquele que usar shaatnez (vestes feitas com lã e linho) estará
sujeito a duas penas de malkut (chicotadas) por que isso está expressamente proibido
por duas mitsvót lô taassê (proibições)? Eu nunca os vi defender tal opinião, ao
contrário, eles achariam estranho se outra pessoa o fizesse. Todavia, eles não acham
estranha sua própria opinião quando dizem que o caso de uma criatura que rasteja
sobre a terra ou de uma criatura rastejante alada é punível com dois a pena de malkut
(chicotadas): uma pela proibição da criatura comida e outra por causa da proibição:
"Não torneis abomináveis vossas almas"! Isso não passaria desapercebido nem mesmo
a um surdo.

Voltarei agora ao assunto que comecei a explicar.

Se acontecesse que um inseto nascesse em uma determinada semente ou fruta e


saísse dela, aquele que o comesse estaria sujeito à pena de malkut (chicotadas),
mesmo que esse inseto nunca chegasse a tocar o chão, porque há uma proibição
específica com relação a ele, como explicamos ao tratar do mandamento precedente.
Se ele caísse no chão e aí se movesse, aquele que o comesse estaria sujeito a duas
penas de malkut (chicotadas): uma por causa de "De todo o animal rastejante que se
move sobre a terra, não os comereis porque abominação são eles" (Vayikrá/Levítico,
11:42) e uma por causa do "E não façais impuras vossas almas com todo animal
rastejante que se arrasta sobre a terra" (Vayikrá/Levítico, 11:44). Se, além disso, o
inseto fosse do tipo que se reproduz, estaria sujeito a três penas de malkut
(chicotadas): duas pelas razões acima mencionadas e a terceira por causa de "E todo o
animal rastejante que se move pela terra é abominação, não será comido"
(Vayikrá/Levítico, 11:41). Se além de tudo isso o inseto fosse alado, estaria sujeito a
uma quarta pena de malkut (chicotadas) por causa de "E todo o animal rastejante
alado, impuro será para vós: não serão comidos" (Devarím/Deuteronômio, 14:19). E
caso o inseto, além de ser alado, ainda se arrastasse na água, como fazem muitas
espécies, ele estaria sujeito a cinco penas de malkut (chicotadas) sendo a quinta por
causa de uma criatura que se arrasta na água, que está abrangida na proibição
expressa em Suas palavras "Não torneis abomináveis vossas almas com nenhum
animal rastejante que se move e não vos façais impuros com eles e não sejais impuros
por eles. E se, finalmente, ainda por cima a criatura gerada fosse também uma ave, se
sujeitaria a seis penas de malkut (chicotadas) por causa de "E isto abominareis das
aves: não serão comidas, porque elas são uma abominação" (Vayikrá/Levítico, 11:13).
Você não deve ficar surpreso de que um pássaro nasça de uma fruta podre, já que
frequentemente vemos pássaros maiores do que uma pequena noz que se geraram de
alimentos decompostos. Não deve achar estranho que uma criatura seja ambos, uma
ave (inseto) impura e um animal (inseto) rastejante alado, pois não é impossível que
uma criatura possua ao mesmo tempo as qualidades e características tanto de uma
ave como de um animal rastejante alado. Dessa forma, você vai encontrar
comentaristas anteriores contando entre essas seis penas de malkut (chicotadas) uma
em virtude de uma criatura que é ao mesmo tempo um peixe impuro e um animal que
se arrasta na água. Isso é correto e eu não vou constestá-lo, porque é possível que
uma criatura seja ambos, um peixe e um animal que se arrasta na água, assim como é
possível que uma criatura seja ambos, uma ave e um animal que se arrasta na água, ou
uma ave e um animal rastejante alado, de forma que haveria quatro punições por
comê-lo. A enguia é ambos, uma ave, um animal rastejante alado, e uma criatura que
se arrasta tanto na terra como na água; consequentemente, ela sujeita a quatro penas
de malkut (chicotadas). A formiga mencionada é um inseto alado, gerado de frutas
podres, que não se reproduz e acarreta um castigo por ser uma criatura rastejante que
sai do alimento, um por ser uma criatura que rasteja sobre a terra, um por ser uma
criatura que se move sobre a terra, um por ser uma criatura rastejante alada e um por
ser uma criatura que se arrasta na água. A vespa, que também nasce de matéria em
decomposição é, além disso, uma ave e uma criatura rastejante alada.

Não é impossível que a vespa, a formiga e outros tipos de criaturas voadoras e


rastejantes nasçam de materiais ou frutos em decomposição, mas as massas, que
desconhecem as ciências naturais, não pensam assim. Como eles veem que a maioria
dos seres animados são gerados através da união de um macho e uma fêmea, eles
imaginam que isso deve ser assim com relação a todos os seres vivos.

Lembre e compreenda esse assunto, porque ele é "uma palavra dita apropriadamente"
(Mishle/Provérbios 25:11).

Eu expliquei a vocês os princípios através dos quais você pode decidir, depois de
analisá-los, que por comer um inseto a pessoa está sujeita a um determinado número
de penas de malkut (chicotadas) enquanto que por comer um outro, está sujeita a um
número menor de penas de malkut (chicotadas).

Pelos versículos citados, ficará claro para você que aquele que comer um inseto vivo
inteiro de qualquer tamanho estará sujeito a ser castigado e não devemos perguntar
se o inseto era do tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28cm3]. Mesmo se
alguém comer um mosquito, ele estará sujeito a três penas de malkut (chicotadas) um
por ser uma criatura que rasteja sobre a terra, um por ser uma criatura que se move
sobre a terra e um por ser uma criatura rastejante alada.

Também nos dizem: "Aquele que prender suas fezes peca contra "Não tornareis
abomináveis vossas almas". Aquele que beber em um "copo de chifre" [instrumento
usado pra a se fazer sangria] de cirurgião, no qual ele recebe o sangue, peca contra
'Não tornareis abomináveis vossas almas'". Isso se aplica também a comer imundícies
ou coisas repulsivas ou tomar líquidos pelos quais a maioria das pessoas tenha
aversão; todas essas coisas são proibidas. Entretanto, não se está sujeito à pena de
malkut (chicotadas) por essas coisas, uma vez que o significado literal do texto se
refere apenas aos seres rastejantes. Mas elas acarretam um macat mardut
[procedimento punitivo de um Beit Din].

Assim, ficou claro, através de toda esta discussão, que o versículo "Não tornareis
abomináveis vossas almas" é a única fonte de onde deduzimos a proibição de comer
criaturas que se arrastam na água, já que não há nenhum "Lô taassê" (proibição)
específico que se refira a isso, a não ser este. Isto deve ser entendido.

P. 180 - NÃO COMER NEVELÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer um animal que morreu por si.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não comereis nenhum animal que morreu por si (Nevelá)"
(Devarím/Deuteronômio, 14:21).

Comer a quantidade correspondente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de


28cm3] de Nevelá é punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

P. 188 - NÃO COMER A CARNE DE UM BOI APEDREJADO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer a carne de um boi que tenha sido castigado com sekilá,
mesmo que ele tenha sido abatido antes de ser castigado com sekilá, porque uma vez
que a sentença foi pronunciada ele passou a ser alimento proibido, mesmo se ele tiver
sido abatido de acordo com os requisitos rituais.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não será comida a sua carne" (Shemót/Êxodo, 21:28); e a Mechílta diz: "Se os
proprietários de um boi que está sendo conduzido a pena de sekilá (morte por
lançamento ao solo, na pedra) [quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] o abaterem de
acordo com os ritos, antes de seu pena de sekilá [morte por lançamento na pedra,
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash], sua carne será, mesmo assim, alimento proibido.
Esse é o significado de "Não será comida da sua carne".

Aquele que comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de
28g] de sua carne será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].
ESTUDO 98

P. 181, 182, 184, 185, 183

P. 181 - NÃO COMER TREFÁ (OU TAREF)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer trefá (ou taref).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Carne dilacerada no campo não comereis" (Shemót/Êxodo, 22:30).

O significado literal do texto é o que está exposto na Mechílta: "As Escrituras (Torá)
falam dos casos comuns e mencionam os lugares onde o animais são provavelmente
dilacerados". Contudo, tradicionalmente o versículo também é interpretado da
seguinte forma: "Qualquer carne que estiver no campo é trefá (ou taref), portanto não
deveis comê-la". Isso significa que qualquer carne que tenha sido levada para fora de
seus limites legais se torna trefá (ou taref); portanto, se a carne dos Kadshei Kadashim
(sacrifícios com grande grau de santidade – não se comia ou só na área interna do Beit
Hamicdash) for levada para FORA DA ÁREA DO BEIT HAMICDASH (SANTUÁRIO), ou a
carne dos Kadashim Kalim (sacrifícios com pequeno grau de santidade – podia-se
comer em toda Jerusalém) para fora dos muros de Jerusalém, ou a carne do korbán
Pessach (sacrifício de Pessach) para fora da companhia [chaburá; o grupo que se
reuniu para comer o korbán Pessach (sacrifício de Pessach)], ou se a cria puser sua
pata dianteria para fora [e depois a recolher novamente, durante o trabalho de parto],
como está explicado no quarto capítulo de Chulín, em cada um destes casos a carne é
chamada trefá (ou taref) e aquele que comer o equivalente ao tamanho de uma
azeitona dela [kezait, cerca de 28cm3] estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash], de acordo com as Escrituras (Torá). Da mesma
foram, carne arrancada de um animal vivo é chamada trefá (ou taref) e aquele que a
comer estará sujeito à pena de malkut (chicotadas). A Guemará de Chulín diz: "'Carne
dilacerada do campo não comereis' se refere à carne de um animal vivo e também a
carne de um animal que foi dilacerado por animais selvagens".

As proibições deste mandamento e do precedente estão repetidas com relação aos


Cohanim em Suas palavras "Do animal que morre por si ou dilacerado por outros
animais não comerá para não impurificar-se por causa deles" (Vayikrá/Levítico, 22:8).
O motivo pelo qual a proibição está repetida no caso deles é que, uma vez que as
Escrituras (Torá) lhe ordenam que comam de um pássaro de korbán chatát (sacrifício
por pecar inconscientemente) que foi abatido por meliká [ver proibição 112] – um
método que, se fosse usado para abater carne comum certamente não seria válido,
pois ele transforma a carne em Nevelá – poderia ocorrer-nos que eles podem comer,
como alimento comum, até mesmo meliká ou um que tenha sido abatido por shechitá
de maneira inadequada; por isso, as Escrituras (Torá) explicam que eles continuam a
ser como os israelitas no que se refere à advertência contra comer Nevelá ou trefá (ou
taref). Esta é a explicação dada pelos Sábios, que também mencionam este versículo
com relação a outra lei, que não é relevante neste trabalho.

Mas o animal doméstico ou selvagem que comprovadamente tiver se tornado trefá


(ou taref), de acordo com um dos métodos aceitos de interpretação, é alimento
proibido, mesmo que ele tenha sido abatido segundo os rituais; e aquele que o abater
segundo os rituais e comer sua carne será punido com a pena de malkut (chicotadas)
de acordo com a lei rabínica.

As coisas que transformam em trefá (ou taref) estão explicadas no terceiro capítulo de
Chulín. As normas deste e dos nove mandamentos precedentes estão explicadas neste
mesmo capítulo, no último capítulo de Macot e no primeiro capítulo de Bechorot.

P. 182 - NÃO COMER UM MEMBRO DE UM ANIMAL VIVO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer um membro de uma criatura viva, ou seja, cortar um
membro de um animal vivo e comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou
kezait, cerca de 28cm3] na sua condição natural [isto é, junto com as veias e os
tendões – embora em outras proibições as veias e os tendões não cheguem ao
tamanho de uma azeitona ou kezait, cerca de 28cm3]. E ainda que não haja mais do
que uma porção ínfima de carne nele, aquele que a comer será punido com a pena de
malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

[A FONTE NA TORÁ] A proibição está expressa em Suas palavras "Não comerás


enquanto a alma está junto à carne" (Devarím/Deuteronômio, 12:23), a respeito das
quais o Sifrí diz: "'Não comerás enquanto a alma está junto à carne' se refere a um
membro de uma criatura viva". O versículo é interpretado da mesma maneira na
Guemará de Chulín, na qual também lemos: "Aquele que comer um membro de uma
criatura viva, e também a carne de uma criatura viva, é culpado duas vezes". A razão
disso é que há duas proibições, das quais a primeira é "Não comerás enquanto a alma
está junto à carne", que proíbe comer um membro, e a segunda é "Carne dilacerada
no campo não comereis" (Shemót/Êxodo, 22:30), que proíbe comer a carne de uma
criatura viva, como explicamos.

Esta proibição aparece novamente, sob outra forma, em Suas palavras a Noé,
proibindo-o de comer um membro de uma criatura viva: "Porém, a carne com sua
alma e seu sangue, não comereis" (Bereshit/Gênesis, 9:4).

P. 184 - NÃO COMER SANGUE

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de comer sangue.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E sangue não comereis" (Vayikrá/Levítico, 7:26). Ela aparece várias vezes nas
Escrituras (Torá) (Vayikrá/Levítico, 3:17 e 17:14) e está declarado expressamente que o
castigo por sua contravenção voluntária é a carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida): "Todo aquele que
comer dele será banido" (Vayikrá/Levítico, 17:14). Aquele que infringir
involuntariamente deverá oferecer um korbán (sacrifício de) chatát específico.

As normas deste mandamento estão explicadas no quinto capítulo de Chulín.

P. 185 - NÃO COMER GORDURA DE UM ANIMAL PURO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer a gordura de um animal puro.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Todo sebo de boi e de carneiro e de cabra, não comereis" (Vayikrá/Levítico,
7:23). Ela aparece mais uma vez nas Escrituras (Torá) (Vayikrá/Levítico, 3:17) e a pena
de carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e
encurta a vida), está explicitamente prescrita em caso de transgressão voluntária. Se
alguém a infringir involuntariamente deve oferecer um korbán (sacrifício de) chatát
específico.

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo de Chulín.

P. 183 - NÃO COMER GUID HANASHÉ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer os tendões encolhidos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Por isso não comem os filhos de Israel o tendão encolhido" (Bereshit/Gênesis,
32:33). Todo aquele que comer o tendão todo, ainda que ele seja pequeno, ou o
equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28cm3], será punido
com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo de Chulín.

ESTUDO 99

P. 187, 186, 189, 190, 191, 192

P. 187 - NÃO COMER CARNE COZIDA EM LEITE

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer carne em leite. Ela está expressa na repetição de Suas
palavras "Não cozinharás cabrito com o leite de sua mãe" (Shemót/Êxodo, 24:26), cujo
objetivo é proibir-nos de comer.
A Guemará de Chulín diz: "Aquele que cozinhar carne no leite estará sujeito à pena de
malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], e aquele que comer dela
estará sujeito à pena de malkut (chicotadas)". E a Guemará de Macot diz: "Aquele que,
em um dia de festa (Yom Tov) cozinhar o tendão da coxa no leite e o comer estará
sujeito a cinco penas de malkut (chicotadas): um por comer o tendão, um por cozinhar
[em Yom Tov, sem necessidade], um por cozinhar carne no leite, um por comer carne
no leite e um por acender o fogo". Diz ainda: "Troque 'acender o fogo' por 'lenha que
pertence ao Santuário'; quanto à proibição necessária, ela está expressa no texto "Suas
árvores idolatradas queimareis no fogo (...) Não procedereis de modo semelhante para
com D'us, vosso D'us" (Devarím/Deuteronômio, 12:3-4).

A Guemará de Chulín diz: "O Misericordioso expressa a proibição de comer pelo termo
'cozinhar' porque assim como se fica sujeito à pena de malkut (chicotadas) por
cozinhar, também se fica sujeito à pena de malkut (chicotadas) por comer". E no
segundo capítulo de Pessachim lemos o seguinte, com relação à carne ao leite: "Comer
não está mencionado especificamente para mostrar-nos que podemos ficar sujeitos à
pena de malkut (chicotadas)] por causa de comida, até mesmo se não a usarmos da
maneira convencional". Isto deve ser lembrado.

Neste ponto é conveniente que eu chame a atenção para um princípio importante,


que não mencionei até agora.

Suas palavras "Não cozinharás cabrito com leite de sua mãe" aparecem três vezes na
Torá (Shemót/Êxodo, 23:19 e 34:19; e Devarím/Deuteronômio, 14:21), e de acordo
com aqueles que transcrevem a Tradição, cada uma dessas proibições tem um objetivo
diferente: "Uma", dizem eles, "proíbe comê-la, outra proíbe tirar algum proveito disso,
e a outra proíbe de cozinhá-la".

Alguém poderia argumentar o seguinte: "Por que você conta a proibição de comer e a
proibição de cozinhar como dois mandamentos, e não conta a proibição de tirar
proveito disso como um terceiro mandamento?" Essa pessoa deve ser informada que a
proibição de tirar proveito disso não pode ser contada propriamente como um
mandamento separado porque essa e a proibição de comer são da mesma natureza, já
que comer é uma forma de tirar proveito. Toda vez que disser, com relação a
determinada coisa, seja comendo ou de qualquer outra forma. Isto está expresso pelos
Sábios da seguinte forma: "Toda a vez que as Escrituras (Torá) disserem 'Isso não deve
ser comido, Não deveis comer, Não deves comer', compreende-se a proibição de
comer de tirar proveito, a menos que as Escrituras (Torá) declarem expressamente que
não é assim, como no caso do Nevelá, cujo uso Ele permite explicitamente ao dizer:
"Ao peregrino incircunciso que está em tuas cidades o darás, e o comerá"
(Devarím/Deuteronômio, 14:21).

De acordo com este princípio, não é correto contar-se a proibição de comer e de tirar
proveito dela como dois mandamentos; e se contássemos dois mandamentos no caso
da carne cozida com leite, deveríamos ter feito a mesma coisa nos casos chamets
(alimento levedado), de orlá [fruto proibido de uma arvore antes dela completar três
anos, que é proibido] e de Kilêi Hakérem [um vinhedo no qual se colocou, juntamente
com as sementes de uvas, outras espécies de sementes, como as de trigo ou as de
vegetais — o que é proibido], contando a proibição de tirar proveito como um
mandamento independente em si, em cada um desses quatro casos. Entretanto, como
neles contamos apenas a proibição de comer, porque ela inclui a proibição de tirar
proveito, como explicamos, fazemos o mesmo no caso da carne no leite.

Resta apenas uma pergunta. Pode ser perguntado por que as Escrituras (Torá) tiveram
que mencionar a terceira proibição no caso de carne no leite, a fim de proibir-nos de
tirar proveito disso, como explicamos, se a proibição de tirar proveito se deduz, como
foi explicado, da proibição de comer. A resposta é que, na realidade, as Escrituras
(Torá) não dizem, com referência à carne no leite, "Não deveis comê-la", o que
proibiria ambos de comer e tirar proveito dela; consequentemente, era necessário que
houvesse um outro mandamento para proibir que se tirasse proveito.

Nós já mencionamos a razão pela qual o Misericordioso não escreveu "comer" no caso
da carne no leite, que é que toda vez que "comer" for mencionado não se é culpado a
menos que se sinta prazer com isso. Se, contudo, alguém devesse abrir a boca e
engolir comida proibida, ou comê-la enquanto estivesse quente demais e como
resultado queimasse a garganta com ela, causando-lhe dor ao engoli-la, ou em
qualquer caso semelhante, ele estaria isento. As únicas exceções são da carne no leite
e o de Kilêi Hakérem, como explicaremos posteriormente; nesses casos ele é culpado
por comer, mesmo que não sinta prazer com isso. Você deve compreender e lembrar-
se de todos esses princípios.

As normas deste mandamento estão explicadas no oitavo capítulo de Chulín.

P. 186 - NÃO COZINHAR CARNE NO LEITE

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de cozinhar carne no leite.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não cozinharás cabrito com o leite de sua mãe" (Shemót/Êxodo, 23:19). Aquele
que cozinhar carne no leite será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando
há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash], mesmo que ele não a coma, como está explicado em vários
trechos do Talmud.

P. 189 - NÃO COMER PÃO FEITO COM GRÃOS DE NOVA CEIFA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e oitenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer pão feito com grãos da nova ceifa antes do final do décimo
sexto dia de Nissan.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E pão, e farinha feita de grãos das espigas verdes, torrada no forno, e grãos
verdes de cereais não comereis" (Vayikrá/Levítico, 23:14).

Aquele que comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de
28g] disso será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

P. 190 - NÃO COMER GRÃOS DA NOVA CEIFA TORRADOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer grãos da nova ceifa torrados antes do final do décimo sexto
dia de Nissan.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E pão, e farinha feita de grãos das espigas verdes, torrada no forno, e grãos
verdes de cereais não comereis" (Vayikrá/Levítico, 23:14).

Aquele que comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de
28g] disso será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

P. 191 - NÃO COMER GRÃOS VERDES DE CEREAIS

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer grãos verdes de cereais antes do final do décimo sexto dia
de Nissan.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E pão, e farinha feita de grãos das espigas verdes, torrada no forno, e grãos
verdes de cereais não comereis" (Vayikrá/Levítico, 23:14).

Já nos referimos às palavras do Talmud: "Aquele que comer do pão e da farinha feita
de grãos de espigas verdes, torrada no forno, e dos grãos verdes de cereais será
culpado por cada um deles separadamente" e também já explicamos isto em detalhes
no nono fundamento, que prefacia este trabalho, e aos quais você deve se reportar.

As normas da lei sobre a nova ceifa estão explicadas no sétimo capítulo de Menahot e
em diversos trechos de Sheviít, Maasserot e Chalá.

P. 192 - NÃO COMER ORLÁ

A/span> proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa e dois (do Sefer
Hamitsvót) é a Proibição Divina de comer orlá.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Por três anos vos será proibido; não se comerá" (Vayikrá/Levítico, 19:23).

Aquele que comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de
28g] disso será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Orlá.

A proibição contra comer orlá fora da terra de Israel está expressa em uma lei dada a
Moisés no Sinai. O texto da Torá proíbe comê-los apenas na terra de Israel.
ESTUDO 100

P. 193, 153, 194, M. 146

P. 193 - NÃO COMER KILÊI HAKÉREM

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer Kilêi Hakérem.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): relativas a eles, "Para que não se profane (pen tikdash) o produto com o que
haja a mais na semente que semeares" (Devarím/Deuteronômio, 22:9), sobre as quais
a Tradição diz: "'Pen tidkash – pen tudak esh' (para que não seja consumido pelo
fogo)", ou seja, é proibido tirar-se algum proveito disso. Já nos referimos ao princípio
de que "Toda vez que as Escrituras (Torá) dizem 'guarda-te (hishamer), ou 'para que
não' (pen), ou 'não' (al) há um "Lô taassê" (proibição)".

O segundo capítulo de Pessachim, depois de estabelecer que "Os artigos proibidos pela
Torá não acarretam pena de malkut (chicotadas) [— só quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash] a não ser na sua maneira habitual de consumo", ou seja, que só se fica
sujeito ao castigo por se ter comido um alimento proibido se se sentiu prazer em
comê-lo. Diz ainda: "Abayé disse: Todos concordam que se deve impor a pena de
malkut (chicotadas) no caso de um Kilêi Hakérem, mesmo que não de acordo com seu
uso habitual. Qual é a razão? Porque não se menciona 'comer' neste caso", uma vez
que as Escrituras (Torá) dizem apenas pen tikdash – isto é, "pen tukad esh (para que
não seja consumido pelo fogo)".

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Kiláim. De acordo com


as Escrituras (Torá), este mandamento também só se aplica na terra de Israel.

P. 153 - NÃO COMER TÉVEL

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta e três (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de comer tével, isto é, um produto (que cresceu na terra de Israel)
do qual não se tenha separado a terumá (parte da colheita dada ao Cohen) e os
maasserót (dízimos).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não profanarão as santidades dos filhos de Israel, que eles separarem
(yarimu) para D'us" (Vayikrá/Levítico, 22:15).

A transgressão desta proibição – ou seja, comer o tével, é punida com a Mitá Bidei
Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida), como se pode
deduzir do fato de que aqui Ele diz: "Não profanarão", e de que no caso da terumá
(parte da colheita dada ao Cohen), Ele diz igualmente: "As santidades dos filhos de
Israel não profanareis" (Bamidbár/Números, 18:32). A referência à "profanação" em
ambos os casos indica que aqui, assim como no caso da terumá (parte da colheita dada
ao Cohen), a penalidade é a morte, como explicamos.

A Guemará de San'hedrin diz: "De que forma sabemos que aquele que comer tével
está sujeito à pena de morte? Pelo versículo 'Não profanarão as santidades dos filhos
de Israel'. O versículo se refere àquilo que ainda vai ser oferecido, e a identidade da lei
se conhece pelo uso da palavra 'profanação' neste caso bem como no da terumá
(parte da colheita dada ao Cohen)". A expressão "aquilo que ainda vai ser oferecido"
significa que é como se Ele tivesse dito: "Não deves profanar as santidades que as
pessoas 'ainda vão separar' para D'us". É por isso que Ele diz, (louvado seja!): "et asher
yarimu" (que eles separarão", usando o verbo no futuro. No versículo seguinte a este,
Ele diz: "A fim de que não levem sobre si delito de culpa comendo as suas santidades"
(Vayikrá/Levítico, 22:16).

A Guemará de Macot diz: "Eu poderia pensar que se é culpado apenas por comer o
tével do qual nenhuma contribuição foi separada ainda. Mas e no caso da terumá
guedolá (parte da colheita dada ao Cohen) ter sido separada, mas a terumát maassêr
(dizimo que o Levi dá de seu maassêr ao Cohen) ainda não, ou quando o maassêr
rishón (primeiro dízimo do Levi) tiver sido separado, mas o maassêr sheni (segundo
dízimo) não, ou ainda o maassêr aní (dízimo dos pobres), de que forma tomamos
conhecimento da proibição de comer esses produtos? Através dos seguintes textos
instrutivos: 'Mas não te será permitido comer em tuas cidades o dízimo de teus cereais
(...)' (Devarím/Deuteronômio, 12:17); e mais adiante está dito: 'A fim de que os comam
e se fartem' (Devarím/Deuteronômio, 26:12). Assim como neste último, no versículo
anterior faz-se referência ao maassêr aní (dízimo do pobre), e o Misericordioso ordena
'Não te será permitido comer'".

Contudo, tudo isto se refere apenas à pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash]. O castigo de morte só é decorrente da terumá guedolá
(parte da colheita dada ao Cohen) e da terumát maassêr (dizimo que o Levi dá de seu
maassêr ao Cohen). Pois aquele que comer do maassêr rishón (primeiro dízimo do
Levi) antes que a terumát maassêr tenha sido retirada dele está sujeito à pena de
morte, de acordo com Suas palavras, (louvado seja!) aos Leviím, ao ordenar-lhes que
separassem um maassêr do maassêr (dízimo do dízimo, "E as santidades dos filhos de
Israel não profanareis e não morrereis" (Bamidbár/Números, 18:32). Esta é a proibição
de comer do maassêr rishón (primeiro dízimo do Levi) que ainda é tével (do qual não
se tirou a terumá guedola) e sua violação acarreta a pena de morte, como está
explicado no Tratado de Demai.

O essencial de todo este debate é o seguinte: aquele que comer tével do qual ainda
não se tenha separado a terumá guedolá (parte da colheita dada ao Cohen) e da
terumát maassêr (dizimo que o Levi dá de seu maassêr ao Cohen) está sujeito à morte,
e a proibição está expressa nas palavras "Não profanarão as santidade dos filhos de
Israel (...)", como explicamos ao tratar deste mandamento. Aquele que comer tével
depois de ter separado as terumót, mas antes de separar todos os maassêrot
(dízimos), está sujeito à pena de malkut (chicotadas) e a proibição está expressa nas
palavras "Mas não te será permitido comer em tuas cidades o dízimo de teus cereais
(...)". Você deve se lembrar disso e não se enganar a esse respeito.

As normas relativas ao tével (alimento da terra de Israel do qual não se tirou terumá e
maassêr) estão explicadas em vários trechos dos Tratados de Demai, Terumot e
Maasserot.

P. 194 - NÃO BEBER YAIN NESSECH [vinho usado para idolatria]

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e noventa e quatro (do Sefer Hamitsvót)
é a Proibição Divina de beber yêin nessech (isto é, oferenda de vinho que foi usada
para adoração de ídolos).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição não está enunciada explicitamente nas Escrituras
(Torá) (Torá); mas elas dizem, a respeito da idolatria: "De cujos sacrifícios comiam a
gordura e de cujas libações bebiam o vinho" (Devarím/Deuteronômio, 32:38), e isso
demonstra que a proibição que se aplica a sacrifícios oferecidos a um ídolo se aplica da
mesma forma ao vinho de libação (nessech).

Você já está familiarizado com o princípio, frequentemente mencionado no Talmud, de


que é proibido tirar proveito de yêin nessech, sob pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

Encontramos a prova de que o yêin (ou yáin) nessech é uma das proibições da
Toráspan>, e que essa proibição deve ser contada entre as mitsvót lô taassê
(proibições), na Guemará de Avodá Zará:

"Rabi Yochanán e Rabi Shimón ben Lakish declararam: Todas as coisas proibidas pela
Torá quando misturaram-se com algo permitido, se são duas coisas da mesma espécie
ou misturaram-se duas coisas de espécies diferentes, o que era permitido só torna-se
proibido se houver tal quantidade da coisa proibida que passe o seu sabor para o que
era permitido. [Por exemplo: Um líquido não kasher misturou-se com um kasher. Se a
quantidade do não kasher nesta mistura for razoável (acima de 1/60 do kasher), a
ponto de passar um pouco do seu sabor para o kasher — aí toda a mistura deixa de ser
kasher. Se a quantidade for menor, aí toda a mistura continua sendo kasher].

Exceto no caso de Tével (alimento da terra de israel do qual não se tirou terumá e
maassêr) e do Yain Nessech, pois, nesses casos, se misturaram-se duas coisas da
mesma espécie [por exemplo: yaín nessech com vinho kasher] — mesmo se o Tevel ou
Yaín Nessech forem só um pingo, uma quantidade ínfima, toda a mistura fica proibida.
Se misturam-se duas coisas de espécies diferente [por exemplo: Yaín Nessech e leite],
aí o permitido só torna-se proibido se a quantidade do Tevel ou do Yaín Nessech
transmitir seu sabor à mistura [se for acima de 1/60 do kasher]."

[Como Rabi Yochanán e Rabi Shimón ben Lakish consideraram Yaín Nessech como
parte das "coisas proibidas pela Torá"] isso é uma prova clara de que a proibição do
Yain Nessech está nas Escrituras (Torá).

Da mesma forma no Sifrí, em uma descrição do erro do povo de Israel, em Shitim, ao


praticar a prostituição com as filhas de Moáv (Bamidbár/Números, 25:1), lemos:
"Entraram; uma garrafa de vinho amonita estava junto dela, e naquela época o vinho
pagão ainda não havia sido proibido a Israel. Ela disse a ele: 'Você gostaria de beber
(...)?'" As palavras "naquela época o vinho feito por um pagão ainda não havia sido
proibido a Israel" prova acima de qualquer dúvida que depois ele foi proibido [pela
Torá].

As afirmações do Talmud de que a proibição de vinho pagão está entre as dezoito


regras prescritas e de que "O caso do yain nessech é diferente, visto que os Sábios
impuseram maior restrição a esse respeito", se referem, na realidade, apenas ao vinho
feito por um pagão, não ao yain nessech (vinho usado como oferenda num ritual de
idolatria) que está proibido pelas Escrituras (Torá). E você conhece a máxima dos
rabinos: "Há três tipos de vinho (...)".

As normas deste mandamento estão explicadas nos últimos capítulos de Avodá Zará.

M. 146 - SHECHITÁ

A mitsvá número cento e quarenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de matar os animais de uma maneira determinada, antes de comer sua carne, pois só
assim ela será alimento permitido.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Farás a shechitá (abate ritual) do teu gado, e do teu rebanho, (...) como te ordenei"
(Devarím/Deuteronômio, 12:21), a respeito das quais diz o Sifrí: "'Farás a shechitá
(abate ritual)': tal como as oferendas consagradas devem ser abatidas de uma maneira
determinada, assim também os animais abatidos como alimento devem ser abatidos
dessa maneira. 'Como te ordenei' nos ensina que Moshé (Moisés) foi ordenado quanto
ao [corte] do esôfago e da traqueia [como parte principal do abate, shechitá], e quanto
ao requerimento de que, nos pássaros, corte-se [pelo menos] a maior parte de um
deles [ou o esôfago ou a traqueia] e que, nos animais, corte-se [pelo menos] a maior
parte de ambos [do esôfago e da traqueia]".

Todas as normas e leis sobre este mandamento (mitsvá) estão explicadas no tratado
que lida especificamente com este assunto, que é o Tratado do Talmud de Chulín.

ESTUDO 101

P. 101

P. 101 - NÃO FAZER A SHECHITÁ (ABATE RITUAL)


DE A MÃE E SEU FILHOTE NO MESMO DIA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e um (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de fazer a shechitá (abate ritual) de a mãe e seu filhote no mesmo dia, seja para
serem usados como sacrifício ou como simples alimento.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!):, (louvado seja!): "A ela e a sua cria não degolareis no mesmo dia"
(Vayikrá/Levítico, 22:28).

A punição por fazer a shechitá (abate ritual) de transgredindo esta proibição é a pena
de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc.,
após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão detalhadamente explicadas no quinto capítulo de


Chulín.

ESTUDO 102

M. 147

M. 147 - COBRIR O SANGUE DE PÁSSAROS E ANIMAIS ABATIDOS

A mitsvá número cento e quarenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de cobrir o sangue de um pássaro ou animal [selvagem puro — chaya] depois
de abatido.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Derramará o seu sangue e o cobrirá com o pó [da terra]" (Vayicrá/Levítico, 17:13).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no sexto capítulo de Chulín.

ESTUDO 103

P. 306
P. 306 - NÃO PEGAR O NINHO TODO DE UM PÁSSARO

A proibição (mitsvát lô taassê) número trezentos e seis (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina, quando estivermos caçando, de pegar o ninho todo de um pássaro,
com a mãe e os filhotes.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não tomarás a mãe estando com os filhos" (Devarím/Deuteronômio, 22:6).

Este é um "Lô taassê" (proibição) justaposto a uma mitsvát assê (mandamento), a


saber. "Deixarás ir livremente a mãe" (Devarím/Deuteronômio, 22:7) [ver mitsvá 148].
Se não se obedecer o mandamento (mitsvát assê) relacionado, deixando a mãe sair, e
caso a mãe morra antes de ser liberta, ele será punido com a pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no final de Chulín.

ESTUDO 104

M. 148

M. 148 - LIBERAR A MÃE QUANDO


SE PEGAR SEUS FILHOTES [SHILUACH HAKAN]

A mitsvá número cento e quarenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de expulsar a ave-mãe do ninho [quando formos pegar os ovos ou os filhotes].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Mas deixarás ir livremente a mãe, e os filhos poderás tomar para ti"
(Devarím/Deuteronômio, 22:7).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no último capítulo de Chulín.

ESTUDO 105

P. 61

P. 61 - NÃO VIOLAR UM SHEVUÁT BITÚI

A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de violar uma shevuát bitúi.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não jurareis em falso em Meu Nome" (Vayikrá/Levítico, 19:12).
O termo "shevuát bitúi" significa um juramento através do qual juramos fazer ou não
fazer algo que a lei não ordene nem proíba. Devemos cumprir um juramento desse
tipo e as palavras "Não jurareis em falso em Meu Nome" nos proíbem de violá-lo.

A Guemará de Shevuot diz: "O que é um shevuát sheker? Jurar o contrário. Isto foi
corrigido para: Jurar e inverter"; ou seja, jurar fazer alguma coisa e fazer o contrário
daquilo que se jurou.

A Guemará explica no terceiro capítulo de Shevuot e também no Tratado de Temurá


que shevuát sheker (um falso juramento) é o não cumprimento de uma shevuát bitúi.
Essa explicação está exposta da seguinte forma: "Esse falso juramento, de que tipo é
ele?" quer dizer, de acordo com o contexto, o que se quer dizer por um falso
juramento que não acarreta nenhuma ação? "Devemos dizer que significa jurar não
comer de depois fazê-lo? Mas neste caso a ação foi realizada. Devemos, então,
concluir que o que se quer dizer é jurar comer e não comer. Mas existe uma
penalidade de a pena de malkut (chicotadas) [— só quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].? Seguramente foi-nos dito (...)".

O castigo pela transgressão voluntária desta proibição é a pena de malkut (chicotadas);


se alguém a transgredir involuntariamente, deve oferecer um korbán Olê Veyorêd
(sacrifício de maior ou de menor valor), como explicamos no mandamento (mitsvát
assê) 72. Isto baseia-se na seguinte passagem do terceiro capítulo de Shevuot: "Este é
uma shevuát bitúi, por cuja violação voluntária fica-se sujeito à pena de malkut
(chicotadas); se ela for violada inconscientemente, deve-se oferecer korbán Olê
Veyorêd (sacrifício de maior ou de menor valor)". As normas deste mandamento estão
explicadas nessa passagem.

Quando afirmei que o castigo pela transgressão voluntária deste mandamento é a


pena de malkut (chicotadas), você deve saber que eu quis dizer que há um pecado
punido com a pena de malkut (chicotadas), mesmo que ele não tenha sido cometido
deliberadamente. Toda vez que você me ouvir afirmar que uma determinada
transgressão é punível com a pena de malkut (chicotadas) – quer seja no que precede
ou no que se segue – você deve saber que isto se aplica unicamente a um pecado
cometido voluntariamente, na presença de testemunhas, e desafiando uma
advertência formal, como está explicado no Tratado de San'hedrin em relação a
determinadas testemunhas e à advertência formal. Aquele que pecar sem querer ou
sob coação, ou em virtude de uma falsa informação, em circunstância alguma estará
sujeito à pena de malkut (chicotadas) ou à carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), e menos ainda à
execução judicial. Isto se aplica a todos os mandamentos, e deve ser registrado.

No caso de alguns mandamentos, nós realmente afirmamos que a violação voluntária


é punível com a pena de malkut (chicotadas) ou a morte, porque o mesmo pecado
cometido involuntariamente acarreta oferta de um sacrifício. A razão disso é que nem
todos os pecados cometidos involuntariamente acarretam a oferta de um sacrifício.
Mas toda vez que a penalidade por uma transgressão for pena de malkut (chicotadas),
a carêt ou a execução judicial não se fica sujeito à punição, a menos que o pecado
tenha sido cometido na presença de testemunhas e desafiando-se uma advertência
formal. É sabido que o único objetivo da advertência formal é para que se possa fazer a
distinção entre a violação por ignorância ou proposital.

Você deve conhecer este princípio, e não espere que eu torne a repeti-lo.

ESTUDO 106

P. 62

P. 62 - NÃO FAZER UM SHEVUÁT SHAV

A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer um shevuát shav (um juramento em vão).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não jurarás em nome de D'us, teu D'us, em vão" (Shemót/Êxodo, 20:7). Ela nos
proíbe de jurar que um objeto existente é o que de fato ele não é, ou que algo
impossível existe, ou de jurar violar qualquer um dos mandamentos da Torá. Da
mesma forma, jurar um fato evidente, que nenhuma pessoa instruída negaria ou
questionaria, como por exemplo jurar-se por D'us que tudo aquilo que for degolado
morrerá, isso também é um caso de tomar o nome de D'us em vão. Nas palavras da
Mishná: "O que é um shevuát shav? Jurar o contrário dos fatos conhecidos pelo
homem".

A punição pela transgressão deliberada desta proibição é a pena de malkut


(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]; aquele que a transgredir
involuntariamente está isento, assim como todos os demais que forem culpados de
transgredir um "Lô taassê" (proibição), como explicamos anteriormente. Está dito em
Shevuot que o castigo por um shevuát shav é a pena de malkut (chicotadas) se a
ofensa for deliberada, e que não há punição se ela for inconsciente. As normas deste
mandamento estão ali explicadas.

ESTUDO 107

P. 248, 249

P. 248 - NÃO NEGAR NOSSAS DÍVIDAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e quarenta e oito (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina de negar nossas dívidas ou aquilo que tenha sido
confiado a nós.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não enganareis" (Vayikrá/Levítico, 19:11), que se referem, como está
explicado, às transações de dinheiro.

A Sifrá diz: "Pelas palavras 'E negou e jurou em falso (...)" (Vayikrá/Levítico, 5:22),
ficamos sabendo do castigo. De que forma ficamos sabendo da proibição? Pelas
palavras das Escrituras (Torá) "Não enganareis".

Vocês já sabem que aquele que negar algo que ele tiver em depósito está
desqualificado como testemunha, mesmo que ele não o tenha feito sob juramento,
porque ele terá transgredido Suas palavras, (louvado seja!): "Não enganareis".

As normas deste mandamento estão explicadas em vários trechos do Tratado de


Shevuot.

P. 249 - NÃO JURAR EM FALSO AO NEGAR UMA DÍVIDA

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e quarenta e nove (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina de jurar em falso ao negar uma dívida nossa.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não mentireis cada um ao seu companheiro" (Vayikrá/Levítico, 19:11). Por
exemplo: aquele que negar falsamente ter recebido algo em custódia transgride Seu
mandamento, abençoado seja Ele, "Não enganareis" (Vayikrá/Levítico, 19:11); se a isso
ele acrescentar um falso juramento, ele transgride o mandamento "Não mentireis".

A Sifrá diz: "'Não mentireis cada um ao seu companheiro': qual é a finalidade disto?
Pelas palavras 'E jurou em falso (...)'" (Vayikrá/Levítico, 5:22) conhecemos o castigo;
mas como ficamos sabendo da proibição? Pelas palavras das Escrituras (Torá) "Não
mentireis".

As normas deste mandamento estão explicadas no quinto capítulo do Tratado de


Shevuot, no qual fica claro que aquele que juram em falso ao negar uma dívida
transgride duas mitsvót lô taassê (proibições): "Não jurarei em falso em Meu nome"
(Vayikrá/Levítico, 19:12) e "Não mentireis cada um ao seu companheiro".

ESTUDO 108

M. 7

M. 7 - JURAR EM NOME DE D'US [Shevuá Bishmó Hagadól]

A mitsvá número sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de jurar


exclusivamente em Seu Nome, (louvado seja!), toda vez que nos for solicitado
confirmar ou negar alguma coisa sob juramento, porque fazendo isto nós O estaremos
exaltando, honrando e Lhe atribuindo grandeza.
[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E pelo Seu nome jurarás" (Devarím/Deuteronômio, 6:13; 10:20), que os Sábios
explicam assim: "A Torá diz 'Em Seu nome jurarás' e também consta 'Não jurarás em
Nome de D'us, teu D'us, em vão'" (Shemot/Êxodo, 20:7) — da mesma forma que
estamos proibidos de fazer um juramento sem necessidade, e isto é uma mitsvá
(proibição/mitsvát lô taassê número 62), assim também somos ordenados a fazer um
juramento quando necessário, e isto é uma mitsvá (mandamento/mitsvát assê)".

É por esta razão que não é permitido jurar por nenhuma entidade criada, tal como os
anjos ou as estrelas, exceto quando o juramento é implícito (se jura por D'us, mas Seu
nome não é citado de forma direta) como, por exemplo, quando se jura pela"realidade
do Sol", quando a intenção é dizer: "pela realidade do D'us [criador] do Sol". É assim
que nossa nação jura pelo nome de Moshé Rabeinu (Moisés, nosso mestre) – honrado
seja seu nome – como se aquele que jura estivesse dizendo "pelo D'us de Moshé
(Moisés)" ou "por Aquele que mandou Moshé (Moisés)". Mas, quando aquele que
jurar não tiver a intenção de dizer isso dessa forma e jurar por um ente criado,
acreditando que essa entidade contém em si própria uma verdade (realidade) tal que
se possa jurar por ela, ele estará cometendo um pecado ao colocar alguma outra
entidade em pé de igualdade com [D'us,] "o Nome Celestial". A Tradição (Sucá, 45b)
nos diz, a esse respeito: "Aquele que coloca o Nome Celestial (D'us) em pé de
igualdade com algum outro ente criado, é erradicado da face da terra".

Este é o sentido e significado do versículo: "Pelo Seu Nome jurarás": Você deve
acreditar somente em D'us e só deve considerar a Ele como a verdade, pela qual vale a
pena e seria digno fazer juramento.

Consta no início do Tratado do Talmud de Temurá (3b): "De que modo ficamos
sabendo que podemos nos comprometer por um juramento para cumprir um
mandamento? Pelo versículo 'E pelo Seu Nome jurarás'".

ESTUDOS 109, 110

M. 94

M. 94 - CUMPRIR TODOS OS COMPROMISSOS ORAIS

A mitsvá número noventa e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


cumprir toda obrigação que assumirmos através de palavras – todo juramento,
promessa, oferenda ou equivalente.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"O que sair de teus lábios, guardarás" (Devarím/Deuteronômio, 23:24). Embora os
Sábios tenham analisado minuciosamente este versíulo e tenham explicado cada
palavra separadamente, o sentido global de tudo o que eles dizem é que este é um
mandamento (mitsvát assê) que obriga o homem a cumprir todo compromisso que ele
tenha assumido verbalmente, e que deixar de fazê-lo é transgredir uma proibição
(mitsvát lô taassê). Isto será explicado quando eu tratar das proibições (mitsvót lô
taassê [157]).

O Sifrí diz: "'O que sair dos teus lábios...' — é um mandamento (mitsvát assê)". Você
sabe, porém, que não se pode derivar nenhum mandamento (mitsvá) a partir das
simples palavras: "O que sair dos teus lábios", portanto, o significado delas deve ser o
que mencionei como significado literal das Escrituras, ou seja, que um homem tem a
obrigação de cumprir o que seus lábios tenham proferido. Esse mandamento (mitsvá)
também se encontra em outro trecho em Suas palavras, (louvado seja!): "Como tudo
que saiu de sua boca, assim fará" (Bamidbár/Números, 30:3).

As normas destes mandamentos estão explicadas em vários trechos de Shevuot e de


Nedarim, no final de Menachót e também no Tratado de Mishná de Kinim; ou seja, foi
deixado claro que devemos ser corretos no cumprimento de qualquer obrigação a que
tenhamos nos comprometido, e de que forma podemos ser absolvidos se tivermos
dúvidas quanto ao que nos tenhamos imposto.

ESTUDO 111

P. 157

P. 157 - NÃO DEIXAR DE CUMPRIR UMA OBRIGAÇÃO ORAL,


MESMO QUE NÃO SE TENHA FEITO UM JURAMENTO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de infringir uma obrigação à qual tenhamos nos comprometido
oralmente, ainda que sem ter feito um juramento. O que se tem em mente aqui é um
voto, como quando alguém diz:"se isto ou aquilo acontecer", ou "Se eu fizer isto ou
aquilo", não tocareis em nada que cresce "no mundo", ou "nesta cidade", ou "em um
determinado tipo", como, por exemplo, vinho, ou leite, ou peixe, ou algo assim; ou
ainda se alguém disser: "Eu renunciarei meus direitos conjugais", ou se fizer qualquer
outro tipo de promessa que envolva uma obrigação do tipo das que estão citadas
como exemplo no Tratado de Nedarim.

[A FONTE NA TORÁ] Se alguém fizer isso, ele será obrigado a cumprir essa promessa
[ver mitsvá 94] e estará proibido de quebrar sua palavra, de acordo com Suas palavras,
(louvado seja!): "Não profanará (yachel) a sua palavra" (Bamidbár/Números, 30:3), que
são interpretadas como significando: "Não fará as suas palavras profanas" (chulin), ou
seja, ele não deixará de cumprir o que ele se comprometeu a fazer. Nas palavras da
Guemará de Shevuot: "Os votos estão sob a proibição 'Não profanará a sua palavra'".

No Sifrí lemos: "'Não profanará' nos diz que se transgride duas proibições – 'Não
profanará' e 'Não demorarás em pagá-lo' (Devarím/Deuteronômio, 23:22)". Quer dizer,
se alguém tiver prometido um sacrifício ou algo semelhante, como, por exemplo, uma
doação para o tesouro do Templo, ou para a caridade, ou para uma sinagoga ou
similar, e não tiver cumprido sua promessa até depois da passagem dos três festivais,
ele será culpado por ambos 'Não demorarás em pagá-lo' e 'Não profanará'. E alguém
que cometer uma transgressão ao fazer algo que ele se comprometeu a fazer é punido
com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas em detalhe no Tratado de Nedarim.

ESTUDO 112

M. 95

M. 95 - A REVOGAÇÃO DE PROMESSAS [HAFARÁT NEDARIM]

A mitsvá número (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de aplicar as leis


relativas à revogação de promessas. Este mandamento (mitsvá), contudo, não significa
que sejamos obrigados a revogar as promessas em todos os casos. Você deve entender
que a mesma coisa se aplica a todas as leis que eu enumerar: um mandamento
(mitsvá) não nos obriga necessariamente a fazer uma determinada coisa, mas estipula
como devemos tratar do assunto em questão de acordo com as leis.

[A FONTE NA TORÁ] Evidentemente, está explícito nas Escrituras que um marido e um


pai podem fazer a revogação [de promessas da esposa e filha] e estão indicados os
procedimentos para isso. A Tradição também autoriza um sábio a liberar alguém de
uma promessa ou de um juramento, baseado em Suas palavras: "Não profanará a sua
palavra" (Bamidbár/Números, 30:2), ou seja, "Ele não pode revogar [absolver] sua
promessa, mas os outros podem absolvê-lo por ele". De uma maneira geral, não há
base escrita [explicitamente na Torá] para isso, e [os sábios] dizem: "As regras sobre
liberar alguém de uma promessa pairam no ar e não têm nada de concreto para apoiá-
las, a não ser a verdadeira Tradição [Oral]".

As normas destes mandamentos estão explicadas no tratado que trata


especificamente deste assunto, que é o Tratado do Talmud de Nedarim.

ESTUDO 113

M. 95, 92, P 209

A mitsvá M. 95 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 95

M. 95 - A REVOGAÇÃO DE PROMESSAS [HAFARÁT NEDARIM]

A mitsvá número (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de aplicar as leis


relativas à revogação de promessas. Este mandamento (mitsvá), contudo, não significa
que sejamos obrigados a revogar as promessas em todos os casos. Você deve entender
que a mesma coisa se aplica a todas as leis que eu enumerar: um mandamento
(mitsvá) não nos obriga necessariamente a fazer uma determinada coisa, mas estipula
como devemos tratar do assunto em questão de acordo com as leis.

[A FONTE NA TORÁ] Evidentemente, está explícito nas Escrituras que um marido e um


pai podem fazer a revogação [de promessas da esposa e filha] e estão indicados os
procedimentos para isso. A Tradição também autoriza um sábio a liberar alguém de
uma promessa ou de um juramento, baseado em Suas palavras: "Não profanará a sua
palavra" (Bamidbár/Números, 30:2), ou seja, "Ele não pode revogar [absolver] sua
promessa, mas os outros podem absolvê-lo por ele". De uma maneira geral, não há
base escrita [explicitamente na Torá] para isso, e [os sábios] dizem: "As regras sobre
liberar alguém de uma promessa pairam no ar e não têm nada de concreto para apoiá-
las, a não ser a verdadeira Tradição [Oral]".

As normas destes mandamentos estão explicadas no tratado que trata


especificamente deste assunto, que é o Tratado do Talmud de Nedarim.

M. 92 - O NAZIR DEVE DEIXAR CRESCER SEUS CABELOS

A mitsvá número noventa e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual o [indivíduo que assumiu tornar-se um] Nazir é ordenado a deixar crescer seus
cabelos.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "Sagrado será ele; deixará crescer o cabelo de sua cabeça"
(Bamidbár/Números, 6:5). A esse respeito diz a Mechílta: "'Sagrado será o seu cabelo':
ele deixará crescer [seu cabelo] em sinal de santidade. 'Deixará crescer o cabelo de sua
cabeça' — é um mandamento (mitsvát assê). De que forma ficamos sabendo que
também há uma proibição (mitsvát lô taassê)? Pelas palavras das Escrituras: 'Lâmina
não passará pela sua cabeça' [lo taasse 209]".

Também está dito na Mechílta: "O mandamento (mitsvát assê) se aplica ao [Nazir] que
esfregar terra ou aplicar produtos químicos"; ou seja, se ele aplicar produtos químicos
em sua cabeça que provoquem a queda dos cabelos, ele não estará infringindo uma
proibição (mitsvát lô taassê), porque ele não terá colocado em sua cabeça nada
semelhante a uma lâmina, mas estará violando o mandamento (mitsvát assê) de
"deixará crescer o cabelo de sua cabeça" ao não permitir que o cabelo cresça. E, de
acordo com nossos fundamentos, uma proibição (mitsvát lô taassê) derivada de um
mandamento (mitsvát assê) é um mandamento (mitsvát assê).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no lugar apropriado, no


Tratado do Talmud de Nazir.

P. 209 - UM NAZIR NÃO PODE RASPAR A CABEÇA

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e nove (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina relativa a um nazir que fica proibido de raspar a cabeça.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Lâmina não passará por sua cabeça" (Bamidbár/Números, 6:5).

Aquele que raspar a cabeça de um nazir também será punido com a pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], porque quem barbeou e
quem se deixou barbear são igualmente culpados e a pena de malkut (chicotadas)
incide a partir do momento em que ele tenha raspado um único fio de cabelo.

Todas as normas da lei dos nazirim estão explicadas no tratado dedicado


especialmente a este assunto.

ESTUDO 114

P. 202, 203, 204

P. 202 - UM NAZIR NÃO PODE BEBER VINHO

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e dois (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um nazir fica proibido de beber vinho ou qualquer outro tipo
de bebida forte da qual o suco de uva seja um componente importante.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E todo o remolho de beberagem de uvas não beberá" (Bamidbár/Números,
6:3).

Ele levou essa proibição tão longe a ponto de transcrevê-la e está declarado que
mesmo se o vinho ou a bebida feita com ele azedar, ele não pode bebê-la. Mas esta
proibição, expressa em Suas palavras "Vinagre de vinho novo e vinagre de vinho velho
não beberá" (Bamidbár/Números, 6:3), não é um mandamento independente. Se Ele
tivesse dito: "Ele não beberá vinho nem vinagre de vinho" haveria dois mandamentos
diferentes; mas Suas palavras, "Vinagre de vinho (...) não beberá" complementam a
proibição do vinho.

A Guemará de Nazir explica que Suas palavras mishrat'anab im (licor de uvas)


"significam que o sabor é equivalente à substância em si".

Uma prova de que elas são um único mandamento é que se ele beber vinho "e"
vinagre de vinho ele não será punido por a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash]. duas vezes; é esse o castigo aplicado se ele beber um reviit
[um quarto de um log, cerca de 86ml] de vinho ou vinagre.

P. 203 - UM NAZIR NÃO PODE COMER UVAS FRESCAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e três (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um nazir fica proibido de comer uvas frescas.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E uvas frescas (...) não comerá" (Bamidbár/Números, 6:3). Se ele comer o
equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28g] delas será punido
com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 204 - UM NAZIR NÃO PODE COMER UVAS SECAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um nazir fica proibido de comer uvas secas.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E uvas (...) secas não comerá" (Bamidbár/Números, 6:3). Se ele comer o
equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28cm3] delas será
punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

ESTUDO 115

P. 205, 206, 208, 207

P. 205 - UM NAZIR NÃO PODE COMER CAROÇOS DE UVAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um nazir fica proibido de comer caroços de uvas.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Desde as grainhas até a casca das uvas não comerá" (Bamidbár/Números, 6:4).
Se ele comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28g]
delas será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia
e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

P. 206 - UM NAZIR NÃO NÃO PODE COMER BAGAÇOS DE UVAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e seis (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um nazir fica proibido de comer bagaços de uvas.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Desde as grainhas até a casca das uvas não comerá" (Bamidbár/Números, 6:4).
Se ele comer o equivalente ao tamanho de uma azeitona [ou kezait, cerca de 28g]
delas será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia
e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].
A prova de que essas cinco proibições – a do vinho, a de uvas frescas, a de uvas secas,
a de caroços e a de bagaços de uvas – são cada uma um mandamento individual é o
fato de que o castigo por qualquer uma delas é a punição por a pena de malkut
(chicotadas). A Mishná diz: "Há um castigo separado por causa do vinho, das uvas, dos
caroços das uvas e dos bagaços das uvas" e na Guemará de Nazir está explicitamente
dito: "Se ele comesse uvas frescas, uvas secas, os caroços de uvas e o bagaços de uvas,
e se espremesse um cacho de uvas e bebesse, ele estaria sujeito à pena de malkut
(chicotadas) por cinco vezes". Na tentativa de provar que o Taná não mencionou todas
as vezes, e que na realidade um nazir poderia estar sujeito a mais do que cinco penas
de malkut (chicotadas), a Guemará diz que ele omitiu o mandamento "Não profanará a
Sua palavra" (Bamidbár/Números, 30:3); mas ela não diz que ele omitiu o vinagre de
vinho porque não se é culpado uma vez por beber vinho e outra por beber vinagre de
vinho. O vinagre só é proibido porque ele é essencialmente vinho, como explicamos, e
é como se Ele tivesse dito que ao se tornar vinagre, o vinho não perde a característica
principal que faz com que ele seja proibido.

É importante que você saiba que todas as coisas proibidas a um nazir podem ser
postas juntas para perfazer um volume total equivalente ao tamanho de uma azeitona
[ou kezait, cerca de 28cm3], que acarreta a pena de malkut (chicotadas) para aquele
que o comer.

P. 208 - UM NAZIR NÃO PODE FAZER-SE


IMPURO ENTRANDO EM UMA CASA ONDE HAJA UM MORTO

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e oito (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que um nazir fica proibido de fazer-se impuro em uma casa com
um morto.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não se aproximará de um morto" (Bamidbár/Números, 6:6), e a Guemará diz
explicitamente que as Escrituras (Torá) fazem uma afirmação clara: "'Não se
impurificará' (Bamidbár/Números, 6:7); ao acrescentar 'Não se aproximará', proíbe
que se contamine e que entre". Está explicado ali que se ele entrar em uma casa com
um morto depois de ter-se tornado impuro, ele será punido com a pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] apenas uma vez; mas se
ele se tornar impuro e entrar na casa ao mesmo tempo – como, por exemplo, se ele
entrar em uma casa na qual houver um moribundo e ficar ali até que o homem morra,
de maneira que os fatos de ter-se tornado impuro e o de ter entrado na casa onde há
um morto ocorram ao mesmo tempo –, ele estará sujeito à pena de malkut
(chicotadas) por duas vezes. Contudo, se ele entra em uma casa onde haja um morto,
ele se torna impuro antes de sua entrada, como está explicado ali, de acordo com os
princípios estipulados em Ohalót.

P. 207 - UM NAZIR NÃO PODE FAZER-SE IMPURO PELOS MORTOS


A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e sete (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina em que um nazir fica proibido de fazer-se impuro pelos mortos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Por seu pai, por sua mãe, por seu irmão, e por sua irmã não se impurificará"
(Bamidbár/Números, 6:7). Aquele que se fizer impuro por qualquer pessoa morta, seja
a impureza uma daquelas pelas quais ele deve cortar seu cabelo ou não, ele será
punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

ESTUDO 116

M. 93, 114

M. 93 - A OBRIGAÇÃO DO NAZIR DE CONSUMAR SEU VOTO

A mitsvá número noventa e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual o [indivíduo que assumiu tornar-se um] Nazir é ordenado a raspar sua cabeça e
a levar seus sacrifícios quando os dias de sua consagração ( o tempo pelo qual ele
assumiu tornar-se um Nazir) estiverem terminados. O Sifrá diz: "Há três casos em que
a raspagem da cabeça constitui um mandamento (mitsvát assê): para o Nazir, para o
metsorá (impuro que tem manchas claras no corpo, com carne viva ou cabelo branco
dentro) e para os Leviím". Contudo, a raspagem da cabeça dos Leviím
(Bamidbár/Números, 8: 7) só era obrigatória enquanto eles estavam no deserto e
deixou de sê-lo depois disso, enquanto que a raspagem do metsorá e do Nazir será
sempre obrigatória.

[A FONTE NA TORÁ] Está claro que o Nazir tem duas ocasiões para raspar sua cabeça:
ele deve fazê-lo se tiver se tornado impuro [através de contato com morto, por
exemplo], como prescrito nas palavras: "E quando alguém morrer subitamente junto a
ele (...). (Bamidbár/Números, 6:9) e em estado de pureza, como prescrito nas palavras:
'No dia em que se completarem os dias de seu nazirado'" (Bamidbár/Números, 6:13).

Contudo, essas duas obrigações de raspar a cabeça não podem ser contadas como dois
mandamentos diferentes, uma vez que a raspagem a ser feita por causa de uma
impureza é um dos detalhes do regulamento relativo ao mandamento (mitsvá) do voto
do Nazir – o mandamento (mitsvát assê) de deixar crescer seu cabelo em santidade,
como já explicamos. Depois disto, as Escrituras especificam que se o Nazir se tornar
impuro, ele deve raspar sua cabeça e trazer um sacrifício, e depois deixar seu cabelo
crescer novamente em santidade durante o período de nazirado a que ele se propôs;
assim como no caso do metsorá, as duas obrigações de raspar a cabeça constituem um
único mandamento (mitsvá), como explicarei no lugar apropriado [mitsvá111].

Também explicarei mais tarde por que, no caso do Nazir, nós contamos raspar a
cabeça e trazer seus sacrifícios como um mandamento (mitsvá), enquanto que no caso
do metsorá nós os contamos como dois.
As normas deste mandamento (mitsvá), ou seja, a raspagem da cabeça do Nazir, estão
explicadas no texto a este respeito no Tratado do Talmud de Nazir.

M. 114 - A AVALIAÇÃO DE UMA PESSOA

A mitsvá número cento e quatorze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual somos ordenados quanto à lei de avaliação do homem, a qual
estabelece que quando alguém diz "Eu prometo meu próprio valor" ou "Eu prometo o
valor de uma determinada pessoa", se for um homem, deve pagar uma determinada
importância; e se for uma mulher, deve pagar uma determinada importância de
acordo com a idade, como está estabelecido nas Escrituras, e de acordo com as posses
de quem fez a promessa.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Quando alguém fizer um voto para oferecer preços de almas (...) segundo as posses
daquele que fez o voto" (Vayicrá/Levítico, 27:2-8).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Arachín.

ESTUDO 117

M. 115, 116, 117

M. 115 - A AVALIAÇÃO DE ANIMAIS

A mitsvá número cento e quinze (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual somos ordenados quanto à lei de avaliação dos animais impuros.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Fará apresentar o animal diante do Cohen. E o avaliará o Cohen" (Vayicrá/Levítico,
27:11-12).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas em trechos dos Tratados


talmúdicos de Temurá e Meilá.

M. 116 - A AVALIAÇÃO DE CASAS

A mitsvá número cento e dezesseis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual somos ordenados quanto à avaliação das casas.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E quando alguém consagrar a sua casa para ser santidade a D'us, o Cohen a avaliará"
(Vayicrá/Levítico, 27:14).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Arachín.
M. 117 - A AVALIAÇÃO DE CAMPOS

A mitsvá número cento e dezessete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual somos ordenados quanto à avaliação dos campos.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E se alguém consagrar uma parte dos campos de sua possessão a D'us (...)"
(Vayicrá/Levítico, 27:16); "(...) E se o campo de sua compra, que não é campo de sua
herança, consagrar a D'us (...)" (Vayicrá/Levítico, 27:22). No caso de "campo de sua
possessão", "A tua avaliação será conforme a semente necessária para semeá-lo"
(Vayicrá/Levítico, 27:16); e no caso de "campo de sua compra", "O Cohen calculará
para ele a conta de sua avaliação" (Vayicrá/Levítico, 27:23).

As normas deste mandamento (mitsvá) também estão explicadas na íntegra no


Tratado do Talmud de Arachín.

Que ninguém pense que esses quatro tipos de avaliação têm tanto em comum que
deveriam ser contados como um único mandamento (mitsvá). Eles são quatro
mandamentos separados, cada um com suas regras específicas, embora a palavra
"avaliação" [erech] seja comum a todos eles. Consequentemente, não se deve contar
todos os tipos de avaliação como um único mandamento (mitsvá), da mesma maneira
que não se contam todos os tipos de oferenda como um único mandamento (mitsvá).
Isto se torna claro ao se estudar cuidadosamente o assunto.

ESTUDO 118

M. 145, P. 110

M. 145 - AS COISAS CONSAGRADAS

A mitsvá número cento e quarenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino através do qual somos ordenados quanto à lei das coisas consagradas, ou seja,
aquele que consagrar alguma coisa que lhe pertence, dizendo: "Seja isto consagrado",
deve entregá-la ao Cohen, a menos que ele acrescente explicitamente "a D'us", e
nesse caso ele deve entregá-la para ser guardada no Santuário, pois tudo o que for
declarado consagrado, em termos gerais, pertence ao Cohen.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"No entanto, toda consagração que uma pessoa fizer a D'us, de tudo o que lhe
pertencer, seja homem, ou animal (...)" (Vayicrá/Levítico, 27:28).

Suas palavras: "E será o campo, quando sair livre no Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50),
santidade a D'us, como campo consagrado para o Cohen; a possessão dele pertencerá
aos Cohanim" (Vayicrá/Levítico, 27:21) mostram que todas as coisas consagradas em
termos gerais pertencem ao Cohen.
As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no oitavo capítulo de Arachín
e no início de Nedarim.

P. 110 - NÃO VENDER UMA PROPRIEDADE CONSAGRADA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e dez (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de vender uma propriedade que foi declarada consagrada por seu proprietário
[Ver mitsvá145], nem mesmo ao tesoureiro do Templo.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Toda consagração (...) não poderá ser vendido" (Vayikrá/Levítico, 27:28), a
respeito das quais diz o Sifrí: "'Toda (...) não poderá ser vendido": (nem mesmo) ao
tesoureiro".

Aqui, o termo "consagrado" significa consagrado sem declaração específica de


finalidade [e, nesse caso, a propriedade deve ser entregue a um Cohen – mitsvá 145].

ESTUDO 119

P. 111, 215

P. 111 - NÃO RESGATAR TERRA QUE TENHA SIDO CONSAGRADA SEM NENHUMA
DECLARAÇÃO ESPECÍFICA DE FINALIDADE

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e onze (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de resgatar a terra que tenha sido declarada consagrada, sem nenhuma
declaração específica de finalidade [Ver mitsvá 145].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Toda consagração que uma pessoa fizer D'us (...) não poderá ser vendido nem
remido" (Vayikrá/Levítico, 27:28), sobre as quais a Sifrá diz: "Não deverá ser resgatada
pelo seu proprietário. Então, o que deverá ser feito com ela? 'Como campo consagrado
para o Cohen; a possessão dele pertencerá aos Cohanim' (Vayikrá/Levítico, 27:21). Eu
poderia pensar que é assim, até mesmo no caso do proprietário tê-la expressamente
declarado consagrada a D'us; por isso as Escrituras (Torá) dizem: 'Ele' [os Sábios
concluíram que esta palavra vem limitar a aplicação da lei (de que a consagração
pertence ao Cohen) apenas ao caso da consagração sem declaração específica de
finalidade.]".

As normas deste mandamento, referente às terras que foram declaradas consagradas,


estão explicadas no Tratado de Arakhin, no qual está explicado que algo que tenha
sido declarado consagrado sem nenhuma declaração de finalidade deve ser dado aos
Cohanim. Também está dito ali: "O que foi consagrado para uso dos Cohanim não
pode ser resgatado e deve ser dado aos Cohanim, como a terumá (parte da colheita
dada ao Cohen)".

P. 215 - NÃO SEMEAR KILÁIM


A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e quinze (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de semear Kiláim [ou kilei zeraím, ou seja, semear diversos tipos de
sementes juntos em um só campo, tais como trigo com aveia ou enxertar árvores
diferentes. Veja também proibição 216].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Teu campo não semearás com diversas sementes" (Vayikrá/Levítico, 19:19).

Semear kilei zeraím só é proibido na terra de Israel, e aquele que o fizer estará sujeito,
de acordo com as Escrituras (Torá), à pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash]. É permitido fazê-lo fora da terra de Israel.

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Kiláim.

ESTUDO 120

P. 216

P. 216 - NÃO SEMEAR GRÃOS NEM VEGETAIS EM UM VINHEDO

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e dezesseis (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que estamos proibidos de semear grãos ou vegetais em um
vinhedo.

[A FONTE NA TORÁ] Esta forma de Kiláim é chamada Kilêi Hakérem, e a proibição está
expressa em Suas palavras, (louvado seja!): "Não semearás a tua vinha com diferentes
espécies de sementes" (Devarím/Deuteronômio, 22:9). Sobre isso o Sifrí diz: "'Não
semearás a tua vinha': Por que isto é necessário? Já não nos foi dito 'Teu campo não
semearás com diversas sementes' (Vayikrá/Levítico, 19:19), o que sem dúvida alguma
inclui ambos, o vinho e o campo?" A resposta é que isto é para ensinar-nos que aquele
que permite que grãos ou vegetais cresçam em seu vinhedo infringe duas proibições
(mitsvót lô taassê).

Vocês precisam saber que, de acordo com as Escrituras (Torá), Kilêi Hakérem só é
proibido na terra de Israel; aquele que semear na terra de Israel estará sujeito à pena
de malkut (chicotadas), de acordo com as Escrituras (Torá), se ele semear, de uma só
vez, trigo e cevada misturados com caroços de uvas. A lei dos rabinos proíbe semear
fora da terra de Israel também, e aquele que semear trigo e cevada junto com caroços
de uvas, com um único movimento, fora da terra de Israel, estará sujeito à pena de
malkut (chicotadas) de acordo com a lei rabínica. Mas o enxerto de árvores, cuja
proibição está incluída em Suas palavras "Teu campo não semearás com diversas
sementes", é punido com a pena de malkut (chicotadas) em qualquer lugar.

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Kiláim.


ESTUDO 121

P. 217, 218

P. 217 - NÃO CRUZAR ANIMAIS DE ESPÉCIES DIFERENTES

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e dezessete (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de cruzar animais de espécies diferentes.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "O teu animal não farás juntar com outra espécie" (Vayikrá/Levítico, 19:19). A
penalidade por isso é a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia
e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash], desde que se auxilie o cruzamento da forma como se coloca um pincel em
um canudo. O Talmud diz explicitamente: "Em caso de adultério elas [as testemunhas]
devem tê-los visto em atitude de adultério; mas com relação a espécies diversas, elas
devem tê-lo visto auxiliando tal como alguém que estivesse colocando um pincel em
um canudo". Só assim se está sujeito à pena de malkut (chicotadas).

As normas deste mandamento estão explicadas no oitavo capítulo do Kiláim.

P. 218 - NÃO TRABALHAR COM DUAS


ESPÉCIES DIFERENTES DE ANIMAIS JUNTOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e dezoito (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de cruzar animais de duas espécies diferentes.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não lavrarás com boi e jumento juntamente" (Devarím/Deuteronômio, 22:10).
Aquele que trabalhar – por exemplo, lavrar, debulhar ou puxar – com eles será punido
com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]..
A palavra "juntamente" significa que não devemos juntá-los para fazer qualquer
espécie de trabalho.

De acordo com as Escrituras (Torá) só se incorre na penalidade de malkut (chicotadas)


se os dois animais de espécies diferentes forem um animal puro e um impuro, como,
por exemplo, um boi e um jumento; se alguém arar ou puxar com dois animais assim
juntos, ou se os conduzir juntos, ele será punido com a pena de malkut (chicotadas).
De acordo com a lei rabínica, contudo, incorre-se nessa penalidade se se trabalhar com
animais de duas espécies diferentes quaisquer.

ESTUDO 122

P. 42, M. 120 P. 210

P. 42 - NÃO USAR ROUPAS FEITAS COM LÃ E LINHO JUNTOS


A proibição (mitsvát lô taassê) número quarenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de usar uma roupa tecido com lã e linho, como os sacerdotes dos
ídolos costumavam fazer naquela época [antes da entrega da Torá].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não te vestirás com estofos misturados (shaatnez) de lã e linho juntamente"
(Devarím/Deuteronômio, 22:11).

O castigo por transgredir esta proibição é a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas nos Tratado de Kiláim e Shabat, e no


final de Macot.

M. 120 - PEÁ PARA OS POBRES

A mitsvá número cento e vinte (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de deixar
a peá [cantos dos campos para os pobres] da colheita de cereais, frutas e similares.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Para o pobre e o imigrante os deixarás" (Vayicrá/Levítico, 19:10).

No Tratado do Talmud de Macot está explicado que peá envolve uma proibição
(mitsvát lô taassê) justaposta a um mandamento (mitsvát assê). A proibição (mitsvát lô
taassê 210) está expressa em Suas palavras: "Não acabarás de segar o canto de teu
campo" (Vayicrá/Levítico, 19:9), e o mandamento (mitsvát assê) está em Suas palavras:
"Para o pobre e o peregrino os deixarás ".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de Peá.


A Torá limita sua aplicação à terra de Israel.

P. 210 - NÃO CEIFAR TODA A COLHEITA

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e dez(do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de ceifar a totalidade da colheita; deve-se deixar uma parte em um
canto do campo para os pobres.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não acabarás de segar o canto de teu campo" (Vayikrá/Levítico, 19:9).

Este "Lô taassê" (proibição) está justaposto a uma mitsvát assê (mandamento) porque
se alguém o transgredir e segar toda a colheita ele deve dar a medida de peá da
colheita ceifada aos pobres. Isto aparece em Suas palavras, (louvado seja!): "Para o
pobre e o imigrante os deixarás" (Vayikrá/Levítico, 19:10), como explicamos ao tratar
dos mandamentos (mitsvót assê — ver mitsvá 120). A peá é obrigatória tanto no caso
das árvores como no caso dos campos.

De acordo com as Escrituras (Torá), este mandamento é obrigatório na terra de Israel.


Suas normas estão explicadas no tratado especialmente dedicado a este assunto.

ESTUDO 123

M. 121, P. 211 M. 123, P. 212

M. 121 - A RESPIGA PARA OS POBRES [LÊKET]

A mitsvá número cento e vinte e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


deixar respigas.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Nem colhereis a respiga de vossa ceifa; para os pobres e para o imigrante os
deixareis" (Vayicrá/Levítico, 23:22).

Este mandamento (mitsvá) também envolve uma proibição (mitsvát lô taassê 211)
justaposta a um mandamento (mitsvát assê), como explicado no Tratado do Talmud de
Macot em relação à peá.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de Peá.


A Torá limita sua aplicação à terra de Israel.

P. 211 - NÃO RECOLHER AS ESPIGAS DE


CEREAIS QUE CAÍRAM DURANTE A COLHEITA

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e onze (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de recolher as espigas de cereais que caírem durante a colheita; elas
devem ser deixadas para os pobres.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E as espigas caídas no recolhimento de tua ceifa, não recolherás"
(Vayikrá/Levítico, 19:9).

Este também está justaposto a uma mitsvát assê (mandamento) [ver mitsvá 121],
como explicamos no caso da peá. Suas normas estão explicadas no Tratado de Peá.

M. 123 - DEIXAR AS SOBRAS DOS CACHOS DE UVA PARA OS POBRES [OLELÓT]

A mitsvá número cento e vinte e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
deixar para os pobres os cachos de uva que sobrarem no momento da colheita,
chamados olelot.
[A FONTE NA TORÁ] Também a respeito deles as Escrituras dizem: "Para o pobre e o
imigrante os deixarás" (Vayicrá/Levítico, 19:10).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de Peá,


e a Torá limita sua aplicação à terra de Israel.

P. 212 - NÃO RECOLHER TODO O PRODUTO


DO VINHEDO NA ÉPOCA DA VINDIMA

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e doze (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de recolher todo o produto do vinhedo na época da vindima.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E tua vinha não rebuscarás" (Vayikrá/Levítico, 19:10); os cachos de uvas que
não estiverem totalmente desenvolvidos devem ser deixados para os pobres.

Isto não se aplica a outras árvores, ainda que elas sejam similares às videiras, porque a
proibição expressa em Suas palavras "Quando bateres a tua oliveira não tornarás a
colher o que resta nos ramos" (Devarím/Deuteronômio, 24:20) significa que não
devemos recolher uma azeitona [ou kezait, cerca de 28cm3] esquecida, e essa lei sobre
a azeitona esquecida se aplica também às outras árvores [mas não há menção quanto
à lei das frutas não desenvolvidas em outras árvores].

Este também está justaposto a uma mitsvát assê (mandamento 123), e suas normas
estão explicadas no Tratado de Peá.

ESTUDO 124

M. 124, P. 213 M. 122, P. 214

M. 124 - DEIXAR AS UVAS CAÍDAS PARA OS POBRES [PÉRET]

A mitsvá número cento e vinte e quatro(do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


de deixar para os pobres o que cair e ficar separado do cacho durante a vindima.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "E o bago de tua vinha não recolherás; para o pobre e o imigrante os
deixarás" (Vayicrá/Levítico, 19:10) [veja também mitsvát lô taassê 213].

As normas detalhadas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de


Mishná de Peá, e a Torá limita sua aplicação à terra de Israel.

P. 213 - NÃO RECOLHER OS BAGOS DAS


UVAS QUE CAÍREM DURANTE A COLHEITA
A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e treze (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de recolher os bagos soltos que caírem durante a vindima; eles devem
ser deixados para os pobres.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E bago de tua vinha não recolherás" (Vayikrá/Levítico, 19:10).

Este também está justaposto a uma mitsvát assê (mandamento 124), e suas normas
estão explicadas no Tratado de Peá.

M. 122 - DEIXAR A GAVELA ESQUECIDA PARA OS POBRES [SHICHECHÁ]

A mitsvá número cento e vinte e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
deixar a gavela esquecida.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "Quando segares a messe no teu campo, e esqueceres uma gavela, no
campo, não voltarás a tomá-la; para o imigrante, o órfão e a viúva será"
(Devarím/Deuteronômio, 24:19). As palavras: "Para o imigrante, o órfão e a viúva será"
constituem o mandamento (mitsvát assê) de deixar a gavela esquecida, assim como as
palavras: "Os deixarás" (Vayicrá/Levítico, 19:10) constituem o mandamento (mitsvát
assê), no caso das respigas e da peá, como foi explicado. A aplicação deste
mandamento (mitsvá) também está limitada pela Torá à terra de Israel.

As normas deste mandamento (mitsvá) também estão explicadas no Tratado de


Mishná de Peá.

P. 214 - NÃO VOLTAR PARA BUSCAR UMA GAVELA ESQUECIDA

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e quatorze (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de ir buscar um feixe de espigas esquecido.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E esqueceres uma gavela, no campo, não voltarás a tomá-la"
(Devarím/Deuteronômio, 24:19). A obrigação do que é esquecido se aplica tanto aos
produtos do solo quanto aos da árvore. Este mandamento também está justaposto ao
mandamento (mitsvát assê) expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Para o
imigrante, o órfão, e a viúva será" (Devarím/Deuteronômio, 24:19) [Ver mitsvá 122] e
se alguém pecar e o recolher, deverá devolvê-lo ao pobre. As normas deste
mandamento estão explicadas no Tratado de Peá.

Você deve saber que é um princípio aceito entre nós, no caso de um "Lô taassê"
(proibição) que está acompanhado de uma ordem a uma ação positiva, que se o
transgressor executar a ordem positiva ele não será punido com a pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], mas se não a executar,
ele o será. No caso da peá, por exemplo, se ele ceifar a colheita inteira não ficará
sujeito à pena de malkut (chicotadas) na época da colheita, e poderá dar aos pobres
espigas de cereais. Da mesma forma, se ele debulhar o grão e o transformar em
farinha, e fizer massa com essa farinha, ele pode dar a medida de peá da massa. Mas
se acontecer de o grão se perder ou se queimar completamente – e sobretudo se por
sua livre iniciativa ele causar o seu desaparecimento, como, por exemplo, comendo-o
todo – ele estará sujeito à pena de malkut (chicotadas), uma vez que terá deixado de
cumprir uma mitsvát assê (mandamento).

Vocês não devem interpretar mal as palavras da Guemará de Macot: "Nós só temos
este caso e um outro", onde "um outro" significa a peá; deduzindo, como vocês
poderiam fazer, que essa regra se aplica apenas à peá. Não é assim. Na realidade, "um
outro" significa o caso da peá e todos os casos semelhantes, já que os bagos caídos, as
espigas, o que foi esquecido e os cachos de uvas não totalmente desenvolvidos são
cada um "Lô taassê" (proibição) acompanhado de uma ordem a uma ação positiva; e
em cada um desses casos, como no caso da peá, há possibilidades alternativas de
kiyemo velo kiyemo [se ainda houver uma possibilidade de cumprir a mitsvá, ele não
estará sujeito à punição, mas se não houver mais nenhuma possibilidade de cumpri-la,
ele estará sujeito à punição] ou de bitlo velo bitlo [se ele próprio anulou a
possibilidade de cumprir a mitsvá, ele estará sujeito à punição, mas se não foi ele
mesmo quem anulou essa possibilidade, então ele não ficará sujeito à punição]. Pois o
texto através do qual ficamos sabendo que o caso da peá está associado a uma ordem
de uma ação positiva é o de Suas palavras, (louvado seja!): "Para o pobre e o imigrante
os deixarás" (Vayikrá/Levítico, 19:10), e essas palavras se aplicam à peá, espigas, bagos
soltos de uvas e cachos de uvas não totalmente desenvolvidos. Suas palavras são: "Não
acabarás de segar o canto de teu campo, e as espigas caídas no recolhimento de tua
ceifa, não recolherás. E tua vinha não rebuscarás, e o bago de tua vinha não
recolherás; para o pobre e o imigrante os deixarás" (Vayikrá/Levítico, 19:9-10). E Ele
diz mais adiante, sobre a gavela esquecida: "Não voltarás a tomá-la; para o imigrante,
o órfão, e a viúva será". E como encontramos na Guemará que a peá é um "Lô taassê"
(proibição) justaposto a uma mitsvát assê (mandamento), encontrado em Suas
palavras "Para o pobre e o imigrante os deixarás", segue-se que todas essas cinco
proibições [210 a 214] são mitsvót lô taassê (proibições) justapostos a mandamentos
positivos; consequentemente, se alguém cumprir o mandamento (mitsvát assê) não
será punido com a pena de malkut (chicotadas), como mencionamos, e se não lhe for
possível cumpri-lo, ele será punido com a pena de malkut (chicotadas). Mas enquanto
houver a possibilidade de cumpri-lo, ele ficará isento do castigo mesmo que ele ainda
não o tenha cumprido, e nós simplesmente lhe ordenaremos que o cumpra. Ele só
passa a ficar sujeito à pena de malkut (chicotadas) quando soubermos que ele infringiu
a proibição e que não resta nenhuma possibilidade de cumprir o mandamento
positivo.

Você precisa saber e compreender isto.

ESTUDO 125

M. 130, 195, P. 232


M. 130 - MAASSÊR ANÍ (DÍZIMO DA
COLHEITA QUE DEVE SER DADO AO HOMEM POBRE)

A mitsvá número cento e trinta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


separar o dízimo para os pobres no terceiro ano de cada ciclo de Shemitá (de sete em
sete anos), e novamente no terceiro ano depois de cada terceiro ano, ou seja, no sexto
ano de cada ciclo de Shemitá.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Ao fim de três anos tirarás todos os maasserót (dízimos da colheita) de teu produto
(...) " (Devarím/Deuteronômio, 14:28).

A Torá também torna este mandamento (mitsvá) obrigatório somente na terra de


Israel. Suas normas estão explicadas no Tratado de Mishná de Peá, no Tratado de
Maasserot, e vários assuntos ligados a ele estão espalhados em vários trechos dos
outros Tratados de Mishná de Zeraim, e nos Tratados de Mach'shirim e Yadayim.

M. 195 - TSEDAKÁ

A mitsvá número cento e noventa e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de dar tsedaká (caridade), a sustentar os necessitados e a aliviar sua situação.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento (mitsvá) está expresso de várias maneiras em


Suas palavras, como, por exemplo: "Abrirás tua mão para teu irmão, para teu pobre
(Devarím/Deuteronômio, 15:11), e também "Deterás sua decaída mesmo se ele é
forasteiro ou morador da terra — e viverá contigo" (Vayicrá/Levítico, 25:35), e ainda "E
viverá teu irmão contigo" (Vayicrá/Levítico, 25:36). O significado de todas essas frases
é o mesmo, ou seja, que devemos ajudar os nossos pobres e sustentá-los de acordo
com as suas necessidades.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas em vários lugares,


principalmente em Ketuvót e em Baba Batra.

De acordo com a Tradição, mesmo o homem pobre que vive de tsedaká tem a
obrigação de cumprir este mandamento (mitsvá); quer dizer, ele deve dar tsedaká,
ainda que mínima, a alguém que seja mais pobre do que ele, ou tão pobre quanto ele
próprio.

P. 232 - NÃO DEIXAR DE FAZER CARIDADE A NOSSOS IRMÃOS NECESSITADOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e trinta e dois (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de deixar de fazer caridade e de dar assistência a nossos irmãos
necessitados ao ficarmos cientes de sua situação infeliz, sabendo que está em nosso
poder ajudá-los [Ver mitsvá 195].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não endurecerás teu coração, e não fecharás tua mão a teu irmão, o mendigo"
(Devarím/Deuteronômio, 15:7). Isto nos proíbe de agirmos de maneira avarenta e
mesquinha, a ponto de deixar de dar aos necessitados.

ESTUDO 126

M. 126, 129

M. 126 - A TERUMÁ GUEDOLÁ (GRANDE OFERTA DE ELEVAÇÃO)

A mitsvá número cento e vinte e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
separar a terumá guedolá (parte da colheita dada ao Cohen).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"As primícias de teu grão (...) darás a Ele" (Devarím/Deuteronômio, 18:4). De acordo
com a Torá, ele é obrigatório apenas na terra de Israel, e suas normas estão explicadas
no Tratado de Mishná de Terumot.

M. 129 - TERUMÁT MAASSÊR (OFERTA EXTRAÍDA


DO DÍZIMO DA COLHEITA DOS LEVIÍM PARA OS COHANIM)

A mitsvá número cento e vinte e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
através do qual os Leviím são ordenados a separar um dízimo do dízimo (maassêr) que
eles receberam dos israelitas e a dá-los aos Cohanim.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E aos Leviím falarás e lhes dirás: Quando tomardes dos filhos de Israel o dízimo que
deles vos dei: por vossa herança, dele separareis, uma oferta para a D'us, o dízimo do
dízimo" (Bamidbár/Números, 18:26). As Escrituras explicam que este dízimo, que é
chamado de Terumát Maassêr, deve ser dado ao Cohen: "E dareis deles a oferta
separada de D'us, para Aharón, o Cohen" (Bamidbár/Números, 18:28).

As Escrituras explicam que este dízimo deve ser retirado da melhor e mais selecionada
parte: "De todo o melhor delas, a parte consagrada que lhe é consagrada"
(Bamidbár/Números 18:29). As Escrituras ressaltam então que eles cometem uma
transgressão se não fizerem a seleção dentre a melhor parte: "Não levareis sobre vós
por isso, pecado, quando separardes o melhor dele" (Bamidbár/Números, 18:32). Esta
é uma proibição (mitsvát lô taassê) por exclusão, como se ele tivesse dito: "Não haverá
pecado quando separardes do melhor". Daí deduzimos que se separarmos do pior
haverá pecado, e, portanto, esta é uma proibição (mitsvát lô taassê) derivada de um
mandamento (mitsvát assê), consequentemente, não está contada entre as proibições
(mitsvót lô taassê) — ou seja, o mandamento (mitsvá) de fazer a seleção entre o que
há de melhor implica que a escolha não deve ser feita dentre a pior parte. O Sifrí diz:
"De que modo você conclui que se fizerem a seleção de outra parte que não a melhor
eles cometem um pecado? Porque as Escrituras dizem: 'E não levareis sobre vós por
isso, pecado, quando separardes o melhor dele'".
As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de
Terumot, no de Maasserot e em diversos lugares de Demai.

ESTUDO 127

P. 154

P. 154 - NÃO ALTERAR A ORDEM PRESCRITA


PARA SEPARAR O DÍZIMO DA COLHEITA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta e quatro (do Sefer


Hamitsvót) é a Proibição Divina de mudar a ordem das doações dos produtos;
devemos separá-las de acordo com a ordem determinada.

A explicação é a seguinte: quando, por exemplo, o trigo tiver sido debulhado e


arrumado em uma pilha uniforme e tiver se tornado tével (alimento da terra de Israel
do qual não se tirou terumá e maassêr), deve-se separar dele primeiro a terumá
guedolá (parte da colheita dada ao Cohen), que é uma quinquagésima parte, e depois
um décimo do que restar, que será o primeiro dízimo, e finalmente um décimo do
restante, que será o segundo dízimo. A terumá guedolá (parte da colheita dada ao
Cohen) deve ser entregue ao Cohen, o primeiro dízimo ao Levi e o maassêr sheni
(segundo dízimo) deve ser comido pelo seu proprietário em Jerusalém.

[A FONTE NA TORÁ] Esta é a ordem segundo a qual as doações devem ser separadas, e
a proibição de separar primeiro o que deve ser separado por último e retardar o que
deve ser separado primeiro está expressa em Suas palavaras, (louvado seja!): "Não
tardarás em oferecer da plenitude de tua colheita e do que sai de tuas prensas"
(Shemót/Êxodo, 22:28), que é como se Ele tivesse dito: "Não demorarás em trazer, da
plenitude de tua colheita e do que sai de tuas prensas aquilo que deve ser oferecido
em primeiro lugar".

Na Mishná de Terumot lemos: "Se alguém oferecer a terumá (parte da colheita dada
ao Cohen) antes dos bicurim (os primeiros frutos; primícias), ou o primeiro dízimo
antes da terumá (parte da colheita dada ao Cohen), ou o Maassêr sheni (segundo
dízimo) antes do primeiro, sua ação será válida, embora ele esteja transgredindo um
"Lô taassê" (proibição), pois está dito: "Não tardarás em oferecer da plenitude de tua
colheita e do que sai de tuas prensas".

A Mechílta diz: "'A plenitude de tua colheita': ou seja, os bicurim (os primeiros frutos;
primícias) retiradas das colheitas plenas. 'E o que sai de tuas prensas': ou seja, a
terumá (parte da colheita dada ao Cohen). 'Não tardarás': não deixe que o segundo
preceda o primeiro, o primeiro preceda a terumá (parte da colheita dada ao Cohen),
ou a terumá (parte da colheita dada ao Cohen) preceda os bicurim". E acrescenta: "A
partir disso deduz-se que o princípio de que se alguém oferecer a terumá (parte da
colheita dada ao Cohen) antes dos bicurim ou o maassêr shení (segundo dízimo) antes
do primeiro, embora ele esteja violando um "Lô taassê" (proibição), seu ato ainda será
válido". E está explicado no primeiro capítulo de Temurá que aquele que proceder fora
de ordem não está sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

ESTUDO 128

P. 133, 134

P. 133 - UM ZAR NÃO DEVE COMER TERUMÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina em que um zar (não Cohen) [ver proibição 74] fica proibido de comer
qualquer terumá [(parte da colheita dada ao Cohen) — ver mitsvá 126].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E todo o estranho não comerá da santidade" (Vayikrá/Levítico, 22:10), nas
quais a palavra "santidade" significa "terumá", bem como bicurím (primícias), pois elas
também são chamadas de terumá, como explicarei; foi isso o que eu quis dizer quando
falei de "qualquer terumá". A mesma lei se aplica a todo aquele que cometer sacrilégio
deliberadamente.

Aquele que comer terumá (parte da colheita dada ao Cohen) voluntariamente está
sujeito à Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida),
mas não fica obrigado a acrescentar uma quinta parte, como está explicado no sexto e
sétimo capítulos do Tratado de Terumá. No nono capítulo de San'hedrin, um zar (não
Cohen) que comer terumá está incluído na lista dos pecadores sujeitos à Mitá Bidei
Shamayim, e isso se justifica por Suas palavras "E não levarão sobre si pecado, pois
morrerão por isto quando o profanarem" (Vayikrá/Levítico, 22:9), que são seguidas por
"E todo o estranho não comerá da santidade". Da mesma forma, a Mishná diz no
segundo capítulo de Bicurim: "Pode-se incorrer na pena de morte pela sacrifício de
elevação e pelos bicurim (os primeiros frutos; primícias); eles estão sujeitos ao quinto
adicional e são proibidos aos que não são Cohanim".

Rav discorda de todas essas leis da Mishná e diz que um zar (não Cohen) que come
terumá é punido com a pena de malkut (chicotadas) [e não com a Mitá Bidei
Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida)], e é sabido que,
sendo um Taná, Rav pode discordar [ou seja, apesar de ter vivido após os Tanaim (os
responsáveis pela redação da Mishná), Rav era considerado uma autoridade tão alta
que podeia discordar da opinião unânime deles.].

Já explicamos em nosso Comentário sobre a Mishná que em todas as discussões que


não afetem o procedimento, e sim apenas a opinião, não darei uma decisão em favor
de um ponto de vista ou de outro. Sendo assim, eu me absterei de dizer se o correto é
o conceito de Rav ou o da Mishná anônima, uma vez que todos concordam que ele
está sujeito à pena de malkut (chicotadas). Isto é consequência da regra explicada na
introdução deste trabalho, segundo a qual todos aqueles que estão sujeitos à Mitá
Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida) por ter
violado qualquer um das mitsvót lô taassê (proibições) também estão sujeitos à pena
de malkut (chicotadas). A mesma lei se aplica àquele que deliberadamente cometer
sacrilégio ao aproveitar-se de objetos sagrados, como está demonstrado pelo que se
diz sobre o caso de um menino próximo da maioridade religiosa que faz uma
consagração: "Se ele o consagra e outros o comem, Rabi Yochanan e Resh Lakish são
ambos de opinião que eles devem ser punidos com a pena de malkut (chicotadas).

P. 134 - UM SERVO OU UM CRIADO DE UM COHEN NÃO DEVE COMER TERUMÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina em que até mesmo um servo ou um criado israelita de um Cohen fica
proibido de comer terumá (parte da colheita dada ao Cohen).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Aquele que mora com o Cohen e o diarista, não comerá da santidade"
(Vayikrá/Levítico, 22:10). Aquele que o comer será tratado da mesma forma que um
zar (não Cohen).

ESTUDO 129

P. 135, 136

P. 135 - UM COHEN INCIRCUNCISO NÃO DEVE COMER TERUMÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina relativa a um homem incircunciso que fica proibido de comer terumá
(parte da colheita dada ao Cohen), e a mesma lei se aplica no caso de todas as outras
santidades: um homem incircunciso está proibido de comê-las.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição não está expressamente enunciada nas Escrituras
(Torá), mas provém de um guezerá shavá, e os guardiães da Tradição explicam ainda
que esta é uma proibição da Torá e não simplesmente uma proibição rabínica. A
explicação se encontra em Yevamót: "De onde se conclui que um incircunciso não
pode comer terumá? A Torá usa a expressão 'tosháv vessachir' (alguém que reside
temporariamente e um criado) no caso do cordeiro de Pessach e no caso da terumá.
Portanto, assim como o cordeiro de Pessach – em relação ao qual foi usado 'tosháv
vessachir' – está proibido ao incircunciso, assim também a terumá (parte da colheita
dada ao Cohen)– em relação ao qual também foi usado 'tosháv vessachir' – está
proibido ao incircunciso", e a mesma lei se aplica a todos os outros sacrifícios
consagrados. Encontramos o mesmo texto na Sifrá, no qual também lemos: "Rabi
Akíva diz: O uso da expressão 'Todo o homem' (Vayikrá/Levítico, 22:4) significa que o
homem incircunciso está incluído".

Na Guemará de Yevamót também está explicado que a Torá permite que um mashuch
(alguém que teve seu prepúcio puxado para frente a fim de cancelar o sinal do Berít
Milá) coma terumá, mas os Sábios proíbem isso porque ele parece incircunciso.
Ficou assim claro que um homem incircunciso está proibido de comer pela Torá, e um
mashuch pela lei rabínica. Isso deve ser compreendido.

No mesmo trecho lemos que de acordo com a lei rabínica um mashuch deve ser
circuncidado novamente.

P. 136 - UM COHEN IMPURO NÃO DEVE COMER TERUMÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta e seis (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina relativa a um Cohen que estiver impuro que fica proibido de comer
terumá (parte da colheita dada ao Cohen).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Todo homem da semente de Aarão que for metsorá (impuro que tem manchas
claras no corpo, com carne viva ou cabelo branco dentro) ou tiver fluxo, das santidades
não comerá, até que se purifique" (Vayikrá/Levítico, 22:4).

Na Guemará de Macot lemos: "De que forma deduzimos a proibição necessária


relativa à terumá (parte da colheita dada ao Cohen)? Das palavras 'Todo o homem
(pessoa) da semente de Aarão que for metsorá (impuro que tem manchas claras no
corpo, com carne viva ou cabelo branco dentro) (...)' E que coisas são permitidas de
forma igualitária à 'semente de Aarão'? Você é obrigado a dizer: a oferenda de
eleveção", sendo que "de forma igualitária à semente de Aarão" significa que todos os
que vêm de sua semente, tanto machos como fêmeas, podem comer.

Esta proibição aparece novamente em Suas palavras, abençoado seja Ele, "E guardarão
(veshameru) este Meu mandado" (Vayikrá/Levítico, 22:9).

O castigo pela contravenção desta proibição é a Mitá Bidei Shamayim (morte por
intervenção Divina — D'us encurta sua vida). No nono capítulo de San'hedrin, um
Cohen impuro que comer uma terumá tehorá (pura) está incluído na lista dos
pecadores que estão sujeitos à Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina —
D'us encurta sua vida), e isto se justifica pelas Suas palavras "E guardarão este Meu
mandado e não levarão sobre si pecado".

ESTUDO 130

P. 137

P. 137 - UMA CHALALÁ NÃO DEVE COMER ALIMENTO SAGRADO

A proibição (mitsvát lô taassê) número centro e trinta e sete (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina pela qual uma chalalá fica proibida de comer alimento sagrado que
lhe teria sido permitido comer, ou seja, o peito e a coxa.
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E a filha do Cohen, quando se casar com um homem estranho (zar, não Cohen),
ela não comerá daquilo que se separa das santidades" (Vayikrá/Levítico, 22:12).

Na Guemará de Yevamót lemos: "'Quando se casar com um homem estranho': assim


que ela passar a viver com um homem desqualificado, ele a desqualificará". As
palavras "Ela não comerá do que é separado das santidades" são interpretadas como
significando "Ela não comerá daquilo que se separa das oferendas consagradas", ou
seja, o peito e a coxa.

No mesmo trecho está dito: "A Torá poderia ter dito 'Ela não comerá das oferendas
consagradas'. Por que 'das (bitrumath) santidades'? É para ensinar-nos duas coisas", a
saber, que se a filha de um Cohen viver com um homem desqualificado, ele a
desqualifica no que se refere a comer terumá (parte da colheita dada ao Cohen), e que
se ela esteve casada com um zar (não Cohen) e ele morreu, ela recupera o direito a
terumá, mas não o direito ao peito e à coxa.

Consequentemente, esta proibição, a saber, "Não comerá das santidades" abrange


dois assuntos: primeiro, ela proíbe uma chalalá de comer alimento sagrado; segundo,
ela proíbe a filha de um Cohen que foi casada com um zar (não Cohen) de comer o
peito e a coxa, mesmo que seu marido tenha morrido ou se divorciado dela.

Contudo, a proibição de comer terumá enquanto ela viver com seu marido, se ele for
um zar (não Cohen), não está baseada neste versículo, ela foi deduzida por aqueles
que interpretam a Torá de Suas palavras "E todo o estranho (zar (não Cohen)) não
comerá da santidade" (Vayikrá/Levítico, 22:10). Enquanto ela viver com um zar (não
Cohen), ela própria será uma zará e a ela aplicaremos a lei do zar (não Cohen).

Você deve compreender isto, e deve saber que ela também está sujeita à pena de
malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] se violar esta proibição.

ESTUDOS 131-134

M. 127

M. 127 - O MAASSÊR RISHÓN (PRIMEIRO DÍZIMO)

A mitsvá número cento e vinte e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
separar o dízimo do produto da terra.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Porque os maasseót (dízimos da colheita) dos filhos de Israel, que separarem a D'us
em oferta" (Bamidbár/Números, 18:24). As Escrituras explicam que este dízimo
pertence aos Leviím.
As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de
Maasserot. Ele é chamado de o maassêr rishón (dízimo da colheitadado ao Levi), e a
Torá só o torna obrigatório dentro da terra de Israel.

ESTUDO 135

M. 127, 128, P. 152

A mitsvá M 127 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 127

M. 127 - O MAASSÊR RISHÓN (PRIMEIRO DÍZIMO)

A mitsvá número cento e vinte e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
separar o dízimo do produto da terra.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Porque os maasseót (dízimos da colheita) dos filhos de Israel, que separarem a D'us
em oferta" (Bamidbár/Números, 18:24). As Escrituras explicam que este dízimo
pertence aos Leviím.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de


Maasserot. Ele é chamado de o maassêr rishón (dízimo da colheitadado ao Levi), e a
Torá só o torna obrigatório dentro da terra de Israel.

M. 128 - O MAASSER SHENI (SEGUNDO DÍZIMO)

A mitsvá número cento e vinte e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
separar o maassêr shení (segundo dízimo).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "Certamente separarás o dízimo de todo o produto das tuas sementes
que o campo produzir de ano a ano" (Devarím/Deuteronômio, 14:22). Sobre os quais
diz o Sifrí: "'Ano a ano': isto nos ensina que os maasseót (dízimos da colheita) não
devem ser deixados de um ano para o outro. Contudo, as palavras das Escrituras se
referem apenas ao maassêr shení (segundo dízimo); como saber que elas devem ser
aplicadas ao outros maassêrót (dízimos da colheita) também? Porque a Torá diz:
'Certamente separarás o dízimo (...)'".

A Torá expõe claramente que este dízimo deve ser levado a Jerusalém, para lá ser
comido pelo seu proprietário. Nós já nos referimos ao que os Sábios dizem a este
respeito.

As Escrituras dão as leis deste mandamento (mitsvá) em detalhes, dizendo que quando
é impossível levá-lo a Jerusalém devido à distância, ele deve resgatá-lo e levar seu
valor em dinheiro ao Santuário e ali gastá-lo exclusivamente com comida. Isso está
estipulado em Suas palavras, enaltecido seja ele, "E se o caminho te for comprido, de
sorte que não o possas levar, por estar longe de ti (...)" (Devarím/Deuteronômio,
14:24). Outra forma estabelecida pela Torá é que se ele o resgatar para si próprio, ele
deverá acrescentar um quinto ao seu valor. Isto está determinado em Suas palavras,
(louvado seja!): "E se quiser a pessoa remir o seu dízimo, acrescentar-lhe-á a quinta
parte de seu preço" (Vayicrá/Levítico, 27:31). Todas as regras detalhadas deste
mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de Maaser Sheni.

Da mesma forma ele é obrigatório, pela Torá, apenas com relação aos produtos da
terra de Israel, e deve ser comido apenas durante a existência do Santuário. O Sifrí diz:
"[A Torá] compara o ato de comer os primogênitos ao maassêr shení (segundo dízimo):
assim como os primogênitos [bechorot] podem ser comidos apenas durante a
existência do Santuário, o maassêr shení (segundo dízimo) também só pode ser
comido durante a existência do Santuário".

P. 152 - NÃO GASTAR O DINHEIRO DO RESGATE


DO SEGUNDO DÍZIMO A NÃO SER COM COMIDA E BEBIDA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de gastar o dinheiro do maassêr sheni (segundo dízimo) em outras
coisas que não forem comida e bebida.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não o troquei para fazer o sepultamento de um morto"
(Devarím/Deuteronômio, 26:14), a respeito das quais diz o Sifrí: "Não usei nada dele
para um caixão ou uma mortalha". Aquele que gastar qualquer parte do dinheiro em
outras coisas deve gastar uma quantia equivalente em comida, como está explicado no
lugar apropriado.

"O morto" está mencionado para dar maior ênfase, como se Ele tivesse dito: "Embora
importante, você não deve gastar o dinheiro do maassêr sheni (segundo dízimo) para
este fim".

Parece-me que uma vez que O Enaltecido (D'us) nos ordena usar o dinheiro do
maassêr shení (segundo dízimo) apenas para comida, pelas Sua palavras: "E darás este
dinheiro" (Devarím/Deuteronômio, 14:26), gastá-lo em outras coisas que não alimento
equivale a dá-lo aos mortos, já que ele não podem usufruir dele.

ESTUDO 136

P. 150, 151

P. 150 - NÃO COMER O SEGUNDO DÍZIMO IMPURO


NÃO REMIDO, NEM MESMO EM JERUSALÉM

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer, mesmo estando em Jerusalém, um Maassêr Shení (segundo
dízimo) que tenha se tornado impuro, até que ele seja remido. O princípio aceito a
respeito é que um Maassêr Shení (segundo dízimo) que e tornou impuro deve ser
remido até mesmo em Jerusalém, como está explicado em Macot.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não comi dele, em estado impuro" (Devarím/Deuteronômio, 26:14), que
significam, de acordo com a Tradição: "Nem quando eu estava impuro e ele puro, nem
quando eu estava puro e ele impuro.

A Guemará de Macot explica ainda que é proibido comer o maassêr sheni (segundo
dízimo) ou os bicurim (os primeiros frutos; primícias) que se tornaram impuros e que
uma pessoa que se tornou impura está sujeita à pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash] se os comer, desde que ela coma o dízimo que não
foi resgatado (não teve pidión) em Jerusalém em estado de impureza; somente nesse
caso ela estará sujeita à pena de malkut (chicotadas), como dissemos.

As normas deste mandamento estão explicadas no final de Macot.

P. 151 - NÃO COMER O SEGUNDO DÍZIMO DURANTE O PERÍODO DE LUTO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta e um (do Sefer Hamitsvót) é


a Proibição Divina de comer o Maassêr Shení (segundo dízimo) durante o período de
luto [ver mitsvá 37].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não comi do maassêr sheni (segundo dízimo) no primeiro dia de luto"
(Devarím/Deuteronômio, 26:14). A Mishná diz que o dízimo e os bicurim (os primeiros
frutos; primícias) devem ser levados a Jerusalém, devem ser declarados e são
proibidos a um onen [ver mitsvá 131]. Da mesma forma, uma pessoa de luto fica
proibida por este versículo de comer dos sacrifícios consagrados, pois também está
escrito na Torá: "E me aconteceram tais coisas; se eu tivesse comido do korbán chatát
(sacrifício por pecar inconscientemente) do dia, agradaria aos olhos de D'us?"
(Vayikrá/Levítico, 10:19).

As leis do luto estão explicadas no oitavo capítulo de Pessachim e no segundo capítulo


de Zevachím.

Aquele que comer dos sacrifícios consagrados ou do dízimo durante o luto estará
sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

ESTUDO 137

P. 141, 142, 143


P. 141 - NÃO COMER O SEGUNDO DÍZIMO DE CEREAIS QUE NÃO FOI RESGATADO (NÃO
TEVE PIDIÓN) FORA DE JERUSALÉM

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quarenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer o maassêr sheni (segundo dízimo) de cereais fora de
Jerusalém.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Mas não te será permitido comer em tuas cidades o dízimo de teus cereais"
(Devarím/Deuteronômio, 12:17).

A punição por comer o maassêr sheni (segundo dízimo) que não foi resgatado (não
teve pidión) é a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash],
de acordo com a explicação expressa no final de Macot, ou seja, se ele for comido fora
de Jerusalém depois que tenha "visto a fachada do Templo", ou seja, depois que ele
tenha sido levado para dentro das muralhas de Jerusalém. Isto está expresso no
Talmud: "A partir de quando se fica sujeito à penalidade de malkut (chibatadas)? A
partir do momento em que ele 'vir a fachada do Templo'".

P. 142 - NÃO CONSUMIR O SEGUNDO DÍZIMO DE VINHO QUE NÃO FOI RESGATADO
(NÃO TEVE PIDIÓN) FORA DE JERUSALÉM

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quarenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de consumir o Maassêr Shení (segundo dízimo) de vinho fora de
Jerusalém.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Mas não te será permitido comer em tuas cidade o dízimo de teus cereais e de
teu mosto" (Devarím/Deuteronômio, 12:17).

A pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,


etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. é a punição por
consumi-lo, desde que isso seja feito nas mesmas condições que no caso do dízimo dos
cereais.

P. 143 - NÃO CONSUMIR O SEGUNDO DÍZIMO DE AZEITE QUE NÃO FOI RESGATADO
(NÃO TEVE PIDIÓN) FORA DE JERUSALÉM

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quarenta e três (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de consumir o Maassêr Shení (segundo dízimo) de azeite fora de
Jerusalém.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Mas não te será permitido (...) e de teu azeite" (Devarím/Deuteronômio,
12:17). Consumi-lo é punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash]., desde que seja feito nas mesmas condições que no caso do
dízimo dos cereais.

Se você está surpreso por contarmos as proibições relativas aos dízimos de cereais, da
vindima e do azeite como três mandamentos, você deve saber que aquele que comer
os três ao mesmo tempo está sujeito a uma pena de malkut (chicotadas) por cada um
deles, pois a proibição expressa neste versículo ("Não te será permitido comer em tuas
cidades o dízimo de teus cereais, e de teu mosto, e de teu azeite") não é um lav
shebiklalut [uma proibição negativa geral (ver o nono fundamento)], pelo qual não se
aplica a penalidade de a pena de malkut (chicotadas). Ao contrário, este texto indica
uma divisão. Está explicitamente dito na Guemará de Macot: "Se alguém comer do
dízimo de cereais, de vinho, e de azeite, ele estará sujeito a um castigo por cada um
deles separadamente. Mas aplica-se pena de malkut (chicotadas) por uma proibição
coletiva? O texto é redundante. Veja bem: na Torá já estava dito 'E comerás diante de
D'us, teu D'us (...) o dízimo do teu grão, teu mosto, e teu azeite'
(Devarím/Deuteronômio, 14:23), então por que ela os expõe de novo,
detalhadamente? Deve ser para estabelecê-los separadamente.

A Guemará de Macot diz: "Veja bem: se já estava escrito 'E comerás diante de D'us, teu
D'us (...) o dízimo de teu grão, teu mosto, e teu azeite', não poderia o Todo
Misericordioso ter simplesmente dito o seguinte: 'Não deves comê-los dentro de teus
portões'? Que outro objetivo poderia Ele ter ao enunciá-los novamente, em detalhe, a
não ser o de enfatizar separadamente a proibição relativa a cada caso?"

Assim, foi esclarecido que cada um dos assuntos mencionados neste versículo é objeto
de um "Lô taassê" (proibição) diferente. Voltarei a este assunto e complementarei o
exame das outras proibições expressas neste versículo.

ESTUDO 138

M. 119

M. 119 - A COLHEITA DO QUARTO ANO [NÊTA REVÁI]

A mitsvá número cento e dezenove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


considerar todo o fruto da colheita do quarto ano como sagrado.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E, no quarto ano, será todo o seu fruto santidade de louvores a D'us"
(Vayicrá/Levítico, 19:24). A lei prevê que o proprietário deve levá-lo a Jerusalém e
comê-lo lá, como no caso do maassêr shení (segundo dízimo). Os Cohanim não
recebem nenhuma parte dele.

O Sifrí diz: "'E as santidades de todo o homem dele serão' (Bamidbár/Números, 5:10):
as Escrituras separaram todas as coisas sagradas e as deram aos Cohanim, exceto o
[korbán] Todá (de agradecimento por estar a salvo – veja mitsvá 66), o sacrifício
(korbán) de shelamim (da paz), o sacrifício (korbán) de Pessach [veja mitsvá 55, 56], o
maassêr behemá (dízimo do gado — mitsvá 78), o maassêr shení (segundo dízimo —
mitsvá 128) e a colheita do quarto ano das plantas, os quais declarou pertencerem aos
proprietários".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas integralmente no último


capítulo do Tratado de Maasser Sheni.

ESTUDO 139

M. 131, 125

M. 131 - VIDÚI MAASSRÓT (DECLARAÇÃO DO DÍZIMO)

A mitsvá número cento e trinta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


declarar diante de Ele, (louvado seja!), que separamos os maassrót (dízimos da
colheita) e terumót (oferendas da colheita para o Cohen), e a verbalmente declarar
que estamos liberados de nossas obrigações, assim como nos exoneramos delas de
fato.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento (mitsvá), chamado de vidúi maassrót


(declaração do dízimo), está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "E dirás diante
de D'us, teu D'us: tirei o que é consagrado de minha casa e também o dei ao Leví, ao
imigrante, ao órfão e à viúva" (Devarím/Deuteronômio, 26:13).

As normas deste mandamento (mitsvá), a maneira de proceder a separação e o seu


significado estão explicadas no último capítulo de Maasser Sheni.

M. 125 - LEVAR AS PRIMÍCIAS AO SANTUÁRIO [BICURÍM]

A mitsvá número cento e vinte e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de separar as primícias e levá-las ao Santuário.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "O princípio das primícias de tua terra trarás à casa de D'us, teu D'us"
(Shemot/Êxodo, 23:19). Está claro que este mandamento (mitsvá) só é obrigatório
durante a existência do Santuário, e que se aplica apenas às sete categorias de
produtos [pelos quais a terra de Israel é louvada na Torá: trigo, cevada, uvas, figos,
romãs, azeitona e tâmara] que crescem na terra de Israel, na Síria e na Tranjordânia.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de


Bicurim, onde foi deixado claro que elas, ou seja, as primícias, são propriedade do
Cohen.

ESTUDO 140

P. 149, M. 132
P. 149 - UM COHEN NÃO PODE COMER AS PRIMÍCIAS FORA DE JERUSALÉM

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quarenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um Cohen fica proibido de comer os bicurim (os primeiros
frutos; primícias) fora de Jerusalém [ver mitsvá 125 e 132].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não te será permitido comer em tuas cidades (...) as oferendas (terumá) de tua
mão" (Devarím/Deuteronômio, 12:17), pois de acordo com a Tradição "A expressão 'As
oferendas de tua mão' significa os bicurim (os primeiros frutos; primícias)". Como este
versículo menciona explicitamente tudo que deve ser levado, e como ele inclui "as
oferendas de tua mão", não pode haver dúvida de que está dito que elas devem ser
levadas (Devarím/Deuteronômio, 26:2-4). Mas nós sabemos que a terumá (parte da
colheita dada ao Cohen) não precisa ser levada; então como pode Ele ter-nos proibido
de comê-la "em tuas cidades"?

De acordo com o Sifrí, "Este versículo se refere apenas ao caso de uma pessoa que, ao
comer os bicurim (os primeiros frutos; primícias) sem declamar sobre elas [ver mitsvá
132], viola um "Lô taassê" (proibição)". E está explicado no final de Macot que alguém
se torna culpado apenas ao come-las antes de colocá-las no campo do Santuário, mas
uma vez que as colocar ali ele estará inocente ainda que não tenha declamado sobre
elas.

Uma das condições impostas com relação ao maassêr sheni (segundo dízimo) se aplica
também às primícias, a saber, que aquele que as comer fora de Jerusalém não será
culpado a menos que elas tenham "visto a fachada do Templo". Aquele que as comer
depois de terem visto "a fachada do Templo", mas antes que elas tenham sido
colocadas no campo do Santuário, estará sujeito apenas à pena de malkut (chicotadas)
[só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um
Beit Din — na época do Beit Hamicdash] se ele foi um Cohen; mas se for um israelita,
ele estará sujeito à Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us
encurta sua vida) por ter comido os bicurim (os primeiros frutos; primícias), ainda que
ele tenha declamado sobre elas primeiro.

A Mishná diz explicitamente: "A terumá (parte da colheita dada ao Cohen) e dos
bicurim (os primeiros frutos; primícias) podem causar a pena de morte, sujeitam ao
quinto adicional e são proibidos para que não for Cohen". Assim, se ele as comer
intencionalmente estará sujeito à morte, e se o fizer involuntariamente, ele deve
acrescentar uma quinta parte, como no caso da terumá (parte da colheita dada ao
Cohen). Pois como as Escrituras (Torá) se referem a elas como "a oferenda (terumá) de
tua mão", segue-se que elas estão sujeitas à mesma lei que a terumá (parte da colheita
dada ao Cohen).

É importante que você compreenda bem isto para que não se engane a este respeito.
A lei é a seguinte: um Cohen que comer dos bicurim (os primeiros frutos; primícias)
depois que tenham "visto a fachada do Templo", mas antes que tenham sido colocadas
no campo do Santuário, está sujeito à pena de malkut (chicotadas), sendo que a
proibição está expressa em Suas palavras "Não te será permitido comer em tuas
cidades (...) as oferendas de tua mão", de acordo com o que está explicado em Macot,
assim como no caso de um israelita que está sujeito à pena de malkut (chicotadas) por
comer o maassêr sheni (segundo dízimo) fora de Jerusalém, embora ele lhe pertença.
Mas um israelita que comer os bicurim (os primeiros frutos; primícias) em qualquer
local, depois que tenham "visto a fachada do Templo", está sujeito à Mitá Bidei
Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida), estando a
proibição expressa nas palavra "E todo o estranho não comerá da santidade"
(Vayikrá/Levítico, 22:10), como explicamos ao tratar do mandamento 133.

As normas deste mandamento estão explicadas na Guemará de Macot.

M. 132 - MIKRÁ BICURÍM (NARRAÇÃO AO LEVAR AS PRIMÍCIAS)

A mitsvá número cento e trinta e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
através do qual somos ordenados, ao levar as primícias, a narrar as bondades que D'us,
(louvado seja!), nos concedeu: como Ele nos libertou dos sofrimentos de nosso
patriarca Jacob, e da escravidão e opressão dos egípcios; a agradecer-Lhe por isso; e a
implorar-Lhe para perpetuar suas bênçãos.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Falarás em voz alta e dirás diante de D'us, teu D'us: Arameu errante era meu pai"
(Devarím/Deuteronômio, 26:5), e todo o resto desta passagem. Este mandamento
(mitsvá) é chamado de o relato das primícias.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de


Bicurim e no sétimo capítulo de Sotá. Ele não é obrigatório para mulheres.

ESTUDO 141

M. 133, 143, 144

M. 133 - HAFRASHÁT CHALÁ (OFERENDA DE MASSA PARA O COHEN)

A mitsvá número cento e trinta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
separar uma torta (chalá) de cada massa e dá-la ao Cohen.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Em primeiro lugar, separareis de vossas massas, uma torta; como oferta da eira"
(Bamidbár/Números, 15:20).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de


Chalá e no de Orlá, e a Torá nos obriga a faze-lo somente na terra de Israel.

M. 143 - A PARTE DO COHEN DE CADA ANIMAL PURO QUE SE ABATE


A mitsvá número cento e quarenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de dar ao Cohen o quarto dianteiro, as duas faces e o estômago de todo animal puro
que abatemos.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E este será o direito dos Cohanim sobre o povo: os que oferecerem sacrifício, seja boi
ou cordeiro" (Devarím/Deuteronômio, 18:3).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no décimo capítulo de Chulín;


ele não é obrigatório para os Leviím.

M. 144 - A PRIMEIRA TOSQUIA DEVE SER DADA AO COHEN

A mitsvá número cento e quarenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento


Divino de separar a primeira tosquia e dá-la ao Cohen.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"A primícia da tosquia de tuas ovelhas, darás a ele" (Devarím/Deuteronômio, 18:4) e é
obrigatório apenas na terra de Israel.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no décimo primeiro capítulo


de Chulín.

ESTUDO 142

M. 80, 81

M. 80 - RESGATAR O PRIMOGÊNITO [PIDIÓN HABEN]

A mitsvá número oitenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de resgatar


nossos filhos primogênitos e dar o dinheiro do resgate ao Cohen.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"O primogênito de teus filhos dar-me-ás" (Shemot/Êxodo, 22:28).

A maneira de "dar" o primogênito é explicada da seguinte forma: O primogênito é


resgatado do Cohen — que o tem por direito — e é tirado dele através de cinco selaim
(antigas moedas de prata, que, juntas corresponderiam à aprox. 101g de prata pura). O
mandamento (mitsvá) está expresso em Suas palavras, (louvado seja!): "Porém,
resgatarás os primogênitos do homem" (Bamidbár/Números, 18:15), sendo este o
mandamento (mitsvá) do resgate do filho primogênito.

Esta obrigação não se aplica às mulheres; é um dever do pai em relação ao seu filho,
como está explicado em Kidushin. Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão
explicadas em Bechorot.

M. 81 - RESGATAR O PRIMOGÊNITO
DE UM JUMENTO [PIDIÓN PETER CHAMOR]

A mitsvá número oitenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


resgatar o primogênito de um jumento especificamente com um cordeiro [carneiro ou
cabrito — que podem valer bem menos que o jumento], o qual é dado ao Cohen – se
não o resgatarmos pelo seu valor real.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E todo que abrir a matriz da jumenta, você deve resgatá-lo através de carneiro [que é
dado ao Cohen, no seu lugar]" (Shemot/Êxodo, 34:20 e 13:13).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Bechorot. Este mandamento (mitsvá) também não se aplica aos Leviím.

ESTUDO 143

M. 82, 135, P. 220, 221, 222

M. 82 - QUEBRAR A CERVIZ DO PRIMOGÊNITO


DE UM JUMENTO [ARIFAT CHAMOR]

A mitsvá número oitenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


quebrar a cerviz do primogênito de uma jumenta, caso não se deseje resgatá-lo.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E se não o remires, quebrar-lhes-ás a cerviz" (Shemot/Êxodo, 13:13 e 34:20). As
regras detalhadas deste mandamento (mitsvá) também estão explicadas no Tratado
do Talmud de Bechorot.

Poderia ser-me feita a seguinte pergunta: "Por que você conta resgatar e quebrar sua
cerviz como dois mandamentos, e não como um, considerando a quebra da cerviz
como uma das regras detalhadas do mandamento (mitsvá), de acordo com o sétimo
fundamento?".

Hashém (D'us) sabe, e é minha testemunha, de que quem formulasse essa pergunta
teria razão se não fosse pela prova de que eles são dois mandamentos separados,
encontrados nas seguintes palavras (Bechorot, 13a): "O dever de resgatar [o
primogênito do jumento] vem antes do dever de quebrar sua cerviz; o dever de Yevúm
(casamento levirato — ver mitsvá 216, 217) vem antes do dever da Chalitsá". Ou seja,
da mesma forma que a viúva do irmão sem filhos tem o direito ao Yevúm ou a Chalitsá
— sendo o Yevúm uma mitsvá, e a Chalitsá uma outra mitsvá por si só — assim
também o primogênito de uma jumenta pode ser resgatado ou ter sua cerviz
quebrada, sendo cada um deles um mandamento (mitsvá) diferente, como foi exposto.

M. 135 - O REPOUSO DA TERRA DURANTE O


SHEVIÍT (O SÉTIMO ANO — ANO DE SHEMITÁ)
A mitsvá número cento e trinta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de deixar de cultivar a terra durante o sétimo ano.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Mesmo no tempo de arar e ceifar descansarás" (Shemot/Êxodo, 34:21). Ele está
repetido várias vezes, como em Suas palavras: "E no sétimo ano, sábado de descanso
para a terra" (Vayicrá/Levítico, 25:4). Nós já mencionamos [na mitsvá 90] que de
acordo com as palavras dos Sábios, benditas sejam suas memórias, a palavra
"descanso" (Shabaton) determina um mandamento (mitsvát assê). E Ele, louvado seja,
também diz "Descansará a terra, descanso em nome de D'us" (Vayicrá/Levítico, 25:2).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de


Sheviít e a Torá não o torna obrigatório a não ser na terra de Israel.

P. 220 - NÃO CULTIVAR O SOLO NO SÉTIMO ANO

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e vinte (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de cultivar [Ver mitsvá 135] o solo no sétimo ano.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E no sétimo ano, sábado de descanso será para a terra (...) teu campo não
semearás" (Vayikrá/Levítico, 25:4).

A contravenção a esta proibição será punida com a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash]. Suas normas estão explicadas no Tratado de
Sheviít.

P. 221 - NÃO TRABALHAR (OU PODAR) ÁRVORES NO SÉTIMO ANO

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e vinte e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de trabalhar (ou podar) árvores no sétimo ano.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E tua vinha não podarás" (Vayikrá/Levítico, 25:4). A penalidade pela
contravenção desta proibição também é a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

A Sifrá diz: "Semear e podar já estão incluídos no mandamento geral relativo ao sétimo
ano; então por que eles foram mencionados especificamente? Para permitir que se
faça uma analogia: como semear e podar têm a característica específica de serem
trabalhos comuns ao campo e ao pomar, eu deduzo que a proibição se aplica apenas
aos tipos de trabalho que sejam comuns ao campo e ao pomar.

As normas deste mandamento também estão explicadas no Tratado de Sheviít.


P. 222 - NÃO CEIFAR UMA PLANTA QUE NASCEU POR SI SÓ NO SÉTIMO ANO DA
MANEIRA COMO SE FAZ EM UM ANO COMUM

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e vinte e dois (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de ceifar qualquer coisa que cresça por si só no sétimo ano da
maneira como o faríamos em um outro ano qualquer. O significado disto é que somos
proibidos de cultivar o solo ou árvores no Sheviít (ano sabático), como já mencionamos
antes, mas podemos comer, durante o sétimo ano, aquilo que crescer das sementes,
que tiverem caído no solo durante o sexto ano, conhecido como "produção tardia" –
com a diferença de que ela deve ser colhida de maneira diferente.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "O que nascer por si mesmo, depois da ceifa, não segarás" (Vayikrá/Levítico,
25:5). Isto não significa que a produção tardia não deva ser colhida, pois Ele diz: "Serão
os produtos do descanso da terra, livres para comer, para vós e para todos,
igualmente" (Vayikrá/Levítico, 25:6). O significado é que a maneira de ceifar deve ser
diferente da dos outros anos: deve-se ceifar a produção tardia como se ceifaria um
produto que não pertença a ninguém, sem precauções e sem preparativos, como
explicaremos.

ESTUDO 144

P. 223, M. 134, 141, P 230, 231

P. 223 - NÃO COLHER UMA FRUTA QUE TENHA CRESCIDO POR SI SÓ NO SÉTIMO ANO,
DA MESMA MANEIRA COMO SE FAZ EM UM ANO COMUM

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e vinte e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de colher uma fruta que tenha crescido no sétimo ano da maneira
como a colheríamos em um ano comum: devemos agir de modo diferente para indicar
que ela não tem dono.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "As uvas separadas para ti, da tua vinha, não colherás" (Vayikrá/Levítico, 25:5),
que são interpretadas da seguinte forma: "Não deves colhê-las da maneira como
aqueles que as colhem". Daí as palavras dos Sábios: "Os figos do sétimo ano não
devem ser cortados com uma faca para figos, mas podem ser cortados com uma faca
comum; as uvas não devem ser esmagadas com uma prensa de vinho, mas podem ser
esmagadas em um tonel; e as olivas não podem ser preparadas em uma prensa de
olivas nem com um triturador de olivas, mas podem ser trituradas e colocas em
prensas pequenas".

As normas deste e do mandamento precedente estão explicadas no Tratado de Sheviít.

M. 134 - RENUNCIAR À PRODUÇÃO DE SUA PROPRIEDADE


NO SHEVIÍT (O SÉTIMO ANO — ANO DE SHEMITÁ)
A mitsvá número cento e trinta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de renunciar a toda a produção de nossas terras no Sheviít (o sétimo ano — ano de
Shemitá), e a permitir que qualquer pessoa recolha tudo o que cresce em nossos
campos.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"[...Podes semear tua terra por seis anos...] E no sétimo deves deixá-la só e retirar-te
dela [não comendo seus produtos...]" (Shemot/Êxodo, 23:11).

A Mechílta diz: "Se o vinhedo e o olival estão incluídos, por que eles estão
mencionados especificamente? Para servirem como analogia: assim como a obrigação
é um mandamento (mitsvát assê) específico, cuja violação acarreta também a
transgressão de uma proibição (mitsvát lô taassê), a violação de qualquer
mandamento (mitsvát assê) acarreta a infração de uma proibição (mitsvát lô taassê)".

O significado disto é o que explicarei a seguir. O mandamento (mitsvá) "E no sétimo


deves deixá-la só e retirar-te dela" abrange toda a produção da terra durante o Sheviít
(o sétimo ano — ano de Shemitá): figos, uvas, azeitonas, pêssegos, romãs, trigo,
cevada e os outros. Consequentemente, é um mandamento (mitsvát assê) tratar todos
esses tipos de produtos dentro dos termos da lei de Shabat da terra (Shemitá). Mas, as
Escrituras depois especificam: "Assim farás com tua vinha e teu olival" — embora estes
já estejam incluídos em "todos" os produtos da terra. O mandamento (mitsvá) não se
aplica, especificamente, ao vinhedo e ao olival, mas nos é ordenado por causa da
advertência das Escrituras quanto a recolher o produto do vinhedo, a qual está nas
palavras: "As uvas separadas para ti, da tua vinha, não colherás" (Vayicrá/Levítico,
25:5) [veja mitsvát lô taassê 223]. Assim como no caso do vinhedo, em que é um
mandamento (mitsvát assê) declará-lo sem dono e não fazê-lo é uma proibição
(mitsvát lô taassê), assim está claramento expresso que, no caso de tudo o que crescer
no sétimo ano, é um mandamento (mitsvát assê) declará-lo sem dono e deixar de fazê-
lo é uma proibição (mitsvát lô taassê). Portanto, o caso do olival é o mesmo que o do
vinhedo no que se refere a um mandamento (mitsvát assê) e uma proibição (mitsvát lô
taassê), e o caso do olival é o mesmo que o dos outros produtos. Portanto ficou claro,
por tudo o que foi exposto, que a renúncia a toda a produção do sétimo ano é um
mandamento (mitsvát assê).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado de Mishná de


Sheviít e a Torá só o torna obrigatório para a produção da terra de Israel.

M. 141 - CANCELAR AS DÍVIDAS NO SHEVIÍT


(O SÉTIMO ANO — ANO DE SHEMITÁ)

A mitsvá número cento e quarenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


de cancelar todas as nossas reclamações [cobranças] de dinheiro no Sheviít.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"O que tiveres em poder de teu irmão, deixarás" (Devarím/Deuteronômio, 15:3) e em
Suas palavras: "Este é o modo do ano sabático: que todo o credor que emprestou a seu
companheiro, o deixará [desiste e abre mão da dívida]" (Devarím/Deuteronômio,
15:2).

A Tosséfta diz: "As Escrituras falam de dois tipos de desistência: a desistência de terra
[shemitat karkaót] e a desistência de dinheiro [shemitat kessafim]".

A Torá ordena a desistência de dinheiro [shemitat kessafim] apenas quando a lei


referente à desistência de terras [shemitat karkaót] estiver em vigência, e nesse
momento ela a torna obrigatória em todo lugar [mesmo fora da terra de Israel].

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no último capítulo do Tratado


de Mishná de Sheviít.

P. 230 - NÃO COBRAR AS DÍVIDAS DEPOIS DO ANO DE SHABAT

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e trinta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de cobrar as dívidas no Sheviít (ano sabático, shemitá); elas devem ser
perdoadas por completo [Ver mitsvá 141].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Todo credor que emprestou a seu companheiro, o deixará, não reclamará a seu
companheiro nem a seu irmão" (Devarím/Deuteronômio, 15:2).

De acordo com as Escrituras (Torá), este mandamento é obrigatório apenas na terra de


Israel nas ocasiões em que a exoneração da terra estiver em vigor ali, ou seja, no Yovêl
(ano do Jubileu — o ano 50). Pela lei rabínica, contudo, ele é obrigatório em todos os
lugares e para sempre, e não se permite que se peça o pagamento de uma dívida
depois do Sheviít (ano sabático): a dívida deve ser cancelada.

As normas deste mandamento estão explicadas no final do Tratado de Sheviít.

P. 231 - NÃO RECUSAR UM EMPRÉSTIMO


QUE DEVA SER CANCELADO NO ANO DE SHABAT

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e trinta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de recusar um empréstimo porque ele será cancelado pelo Sheviít
(ano sabático, shemitá).

[A FONTE NA TORÁ] As Escrituras (Torá) proíbem tal tipo de relutância pelas palavras
"Guarda-te que não haja uma coisa perversa no teu coração, nem digas (...)"
(Devarím/Deuteronômio, 15:9). A esse respeito diz o Sifrí: "'Hishamer' (guarda-te) é
um "Lô taassê" (proibição): 'pen yi-yeh' (que não haja) também é um "Lô taassê"
(proibição)". Quer dizer, a finalidade desses dois mandamentos, colocados um após o
outro, é dar maior ênfase.

ESTUDO 145
M. 140, 136, 137, P. 224, 225, 226

M. 140 - CONTAR OS ANOS ATÉ O YOVÊL (ANO DO JUBILEU — O ANO 50)

A mitsvá número cento e quarenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


contar os anos a partir do momento em que conquistamos a terra [de Israel] e nos
tornamos seus proprietários, uma contagem feita em ciclos de sete anos até o ano do
Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50). Este mandamento (mitsvá), ou seja, a contagem
dos anos dos ciclos sabáticos é de responsabilidade do Tribunal, do Grande San'hedrin,
o qual deve contar os 50 anos, ano a ano, assim como cada um de nós tem que contar
os dias do ômer.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Contarás para ti sete semanas de anos" (Vayicrá/Levítico, 25:8).

O Sifrá diz: "Poder-se-ia pensar que se poderia contar os sete anos de Shabat
sucessivos e proclamar o Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50). Por isto, a Torá diz 'sete
vezes sete anos'. Esses são dois versículos e a lei só pode ser compreendida através
dos dois juntos". Quer dizer, a maneira como este mandamento (mitsvá) deve ser
executado só pode ser entendida através dos dois versículos: o San'hedrin tem que
contar os anos e os ciclos de Shabat ao mesmo tempo.

Uma vez que as Escrituras dizem que a lei só pode ser entendida através dos dois
versículos, conclui-se que, definitivamente, só há um mandamento (mitsvá); porque se
houvesse dois mandamentos – um para a contagem dos anos e outro para a contagem
dos ciclos sabáticos – não haveria razão para dizer "A não ser através dos dois
versículos juntos", porque dois mandamentos são sempre derivados cada um de um
versículo, e a expressão "A não ser através dos dois versículos juntos" só é usada em
relação a um único mandamento (mitsvá), cujas normas só podem ser compreendidas
por completo através de dois textos. Um exemplo disso é o caso do primogênito, no
qual as Escrituras dizem "Todo o que abre a matriz será para mim" (Shemot/Êxodo,
34:19), ensinando-nos que todo primogênito, macho ou fêmea, pertence a D'us; o
versículo: "Separarás (...) macho, para a D'us" (Shemot/Êxodo, 13:12) nos ensina que
todos os machos, sejam primogênitos ou não, pertencem a D'us; e a partir desses dois
versículos concluímos o significado do mandamento (mitsvá) – que se aplica apenas ao
primogênito macho – como está explicado na Mechílta.

M. 136 - SANTIFICAR O ANO DO YOVÊL (ANO DO JUBILEU — O ANO 50)

A mitsvá número cento e trinta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
santificar o quinquagéssimo ano, ou seja, a deixar de cultivar a terra durante este ano,
assim como no Sheviít (o sétimo ano — ano de Shemitá).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E santificareis o ano quinquagésimo" (Vayicrá/Levítico, 25:10), sobre as quais se
comenta: "A lei do sétimo ano é a mesma da do Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50)"; ou
seja, as Escrituras as colocam em pé de igualdade em relação ao mandamento (mitsvát
assê), assim como em relação a uma proibição (mitsvát lô taassê), como vou explicar
[mitsvót lô taassê 223 e 226].

As leis do Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50) e do Sheviít (o sétimo ano) são iguais no
que se refere a deixar de cultivar a terra e a declarar sem dono tudo o que nela
crescer. Essas duas leis estão compreendidas em Suas palavras: "E santificareis o ano
quinquagésimo". As Escrituras explicam que sua santidade consiste em não ter dono
os seus frutos e produtos, estando esta obrigação expressa em Suas palavras: "Porque
Yovêl é ele; santidade será para vós; do campo comereis seu produto"
(Vayicrá/Levítico, 25:12).

O Yovêl é observado apenas na terra de Israel, e com a condição de que cada tribo
permaneça em seu próprio lugar, ou seja, que cada uma permaneça em seu território
da terra de Israel, e que não se misturem umas com as outras.

M. 137 - FAZER SOAR O SHOFAR NO DÉCIMO DIA


DE TISHREI DO ANO DO YOVÊL (ANO DO JUBILEU — O ANO 50)

A mitsvá número cento e trinta e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
fazer soar o shofar no décimo dia de Tishrei deste ano de Yovel e a proclamar por toda
nossa terra a liberdade dos escravos e a liberação, sem pagamento, de todo escravo
hebreu nesse décimo dia de Tishrei.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E farás soar a voz do shofar aos dez dias do sétimo mês; no dia das expiações fareis
soar o shofar em toda a vossa terra" (Vayicrá/Levítico, 25:9) e em suas palavras: "E
proclamareis liberdade em toda terra, para todos os seus moradores"
(Vayicrá/Levítico, 25:10).

Tem sido explicado que o [décimo dia de Tishrei do] Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50)
é como Rosh Hashaná no que se refere a fazer soar o shofar e às bênçãos. As normas
relativas a fazer soar o shofar em Rosh Hashaná estão explicadas no Tratado do
Talmud de Rosh Hashaná.

É sabido que a intenção de fazer soar o shofar no ano do Yovêl é divulgar amplamente
a libertação, e é parte da proclamação, como aparece em Suas palavras: "E
proclamareis a liberdade em toda a terra". Sua finalidade é diferente em Rosh
Hashaná, quando se faz soar o shofar como "lembrança diante de D'us", enquanto que
no Yovêl é pela liberação dos escravos, como explicamos.

P. 224 - NÃO CULTIVAR O SOLO NO ANO


DO YOVÊL (ANO DO JUBILEU — O ANO 50)

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e vinte e quatro (do Sefer Hamitsvót)
é a Proibição Divina de cultivar o solo no ano do Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50).
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): relativas a esse ano, "Não semeareis" (Vayikrá/Levítico, 25:11), que
correspondem as Suas palavras, relativas ao Sheviít (ano sabático), "Teu campo não
semearás" (Vayikrá/Levítico, 25:4).

O cultivo tanto do solo como das árvores está proibido no ano do Yovêl (ano do Jubileu
— o ano 50), assim como no Sheviít (ano sabático), e por essa razão Ele diz "Não
semeareis", uma expressão generalizada, que abrange ambos, o solo e as árvores.

A contravenção a esta proibição também será punida com a pena de malkut


(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 225 - NÃO CEIFAR A PRODUÇÃO TARDIA DO ANO DO YOVÊL (ANO DO JUBILEU — O


ANO 50) DA MANEIRA COMO SE FAZ EM UM ANO COMUM

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e vinte e cinco (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de ceifar a produção tardia do ano do Yovêl (ano do Jubileu — o ano
50) da maneira como a ceifamos em um ano comum, como explicamos em relação ao
sétimo ano.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não segareis o que nascer por si mesmo" (Vayikrá/Levítico, 25:11).

P. 226 - NÃO COLHER FRUTAS NO ANO DO YOVÊL (ANO DO JUBILEU — O ANO 50) DA
MESMA MANEIRA COMO SE FAZ EM UM ANO COMUM

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e vinte e seis (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de colher frutas no ano do Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50) da
maneira como as colhemos nos outros anos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não colhereis as uvas da vinha, separadas para vós" (Vayikrá/Levítico, 25:11),
como explicamos no caso do sétimo ano. A Sifrá diz: "'E não segareis (...) e não
colhereis as uvas da vinha': assim como isto está determinado com relação ao sétimo
ano, também está determinado com relação ao Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50)";
quer dizer, ambos estão na mesma situação com relação a todas essas proibições.

As normas do Sheviít (ano sabático) e do ano do Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50) não
são obrigatórias a não ser na terra de Israel.

ESTUDO 147

P. 169, 170, M. 183, P. 228, M. 20

P. 169 - OS LEVIÍM NÃO PODEM ADQUIRIR UM PEDAÇO DA TERRA DE ISRAEL


A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e sessenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que toda a tribo de Levi está proibida de tomar um pedaço da
terra de Israel.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Os sacerdotes Leviím, com ou sem defeitos, de toda a tribo de Levi, não terão
parte nem herança com Israel" (Devarím/Deuteronômio, 18:1).

P. 170 - OS LEVIÍM NÃO PODEM RECEBER NENHUMA


PARTE DA PILHAGEM DA CONQUISTA DA TERRA DE ISRAEL

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e setenta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que toda a tribo de Levi fica também proibida de receber uma
parte da pilhagem obtida na conquista de terra de Israel.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Os sacerdotes Leviím, com ou sem defeitos, de toda a tribo de Levi, não terão
parte nem herança com Israel" (Devarím/Deuteronômio, 18:1), a respeito das quais o
Sifrí diz: "'Parte' da pilhagem; 'herança' da terra".

Você poderia talvez objetar e perguntar-me: "Por que você considera essas duas
proibições – a de pegar uma parte da terra e a de pegar uma parte da pilhagem –
como dois mandamentos separados? Com certeza essa é uma lav shebiklalut [uma
proibição negativa geral – ver o nono fundamento] e como tal ela é considerada como
um único mandamento, de acordo com o princípio que você estabeleceu".

A resposta é que esta proibição está de fato dividida em duas pelas palavras "Mas
herança não terão" (Devarím/Deuteronômio, 18:2), havendo assim duas proibições
expressas de maneira diferente: a primeira, que os proíbe de pegar algo da pilhagem, e
"Os sacerdotes Leviím (...) não terão parte"; e a segunda, que os proíbe de ter uma
parte da terra, "Herança não terão".

Esta proibição dupla aparece novamente com relação aos Cohanim em Suas palavras,
(louvado seja!): a Aarão "Mas herança não terão em suas terras, nem terão parte no
meio de seus irmãos" (Bamidbár/Números, 18:20), que são interpretadas da seguinte
forma: "'Herança não terão em suas terras': isto é, quando eles dividirem as terras;
'Nem terão parte no meio de seus irmãos': isto é, parte da pilhagem".

Caso você pense que estas duas proibições, relativas especificamente aos Cohanim,
constituem dois mandamentos que deveriam ser acrescentados, você deve saber que
uma vez que esta proibição está expressa em termos genéricos, referindo-se a "toda a
tribo de Levi", os Cohanim já estão incluídos nela, e que ela foi repetida com relação
aos Cohanim apenas para dar maior ênfase. Nos casos como este, em que uma lei de
aplicação geral está repetida fazendo referência especificamente a um determinado
caso, o objetivo da repetição é apenas o de enfatizar e complementar a lei que pode
não ter sido formulada por completo na primeira proibição.
Se contássemos Suas palavras a Aarão "Mas herança não terão em suas terras, nem
terão parte no meio de seus irmãos", em adição a Suas palavras "Os sacerdotes Leviím
(...) não terão parte (...)", nós obrigatoriamente deveríamos ter contado, por analogia,
as proibições que impedem o Cohen Gadol de chegar-se a uma mulher divorciada, a
uma chalalá e a uma zoná como três mandamentos adicionais, além daqueles que se
aplicam da mesma forma ao Cohen Gadol e aos Cohanim comuns.

Entrentanto, caso alguém insista em que realmente deveríamos ter feito isso, nós lhe
responderemos o seguinte: [Se assim fosse], um Cohen Gadol que se tivesse chegado a
uma mulher divorciada estaria forçosamente sujeito a dois castigos, um por se ele um
Cohen, a quem uma mulher divorciada está proibida, e outro por ser uma Cohen
Gadol, a quem ela está igualmente proibida sob os termos de outro mandamento. Mas
está explicado no Tratado de Kidushin que ele está sujeito a castigo uma única vez;
consequentemente, apenas a proibição geral deve ser contada e o objetivo de
qualquer outra proibição, menos genérica, do mesmo tipo de conduta, serve apenas
para ensinar-nos alguma norma específica ou para complementar o enunciado da lei,
como explicamos ao tratar do "Lô taassê" (proibição) 161.

A essa categoria de leis pertence também a proibição que ordena aos Cohanim: "Não
farão calva em sua cabeça, nem a sua barba rasparão e em sua carne não farão
incisões" (Vayikrá/Levítico, 21:5). Essas três proibições já foram impostas a todo o
povo de Israel através de Suas palavras "Não cortareis o cabelo de vossa cabeça em
redondo" (Vayikrá/Levítico, 19:27); "Não vos fareis raspar a cabeça"
(Devarím/Deuteronômio, 14:1); "E incisões por um morto não fareis em vossa carne"
(Vayikrá/Levítico, 19:28). Elas estão repetidas com relação aos Cohanim apenas com a
finalidade de complementar o enunciado da lei, como foi esclarecido no final de
Macot, no qual as normas desse três mandamentos estão explicadas. Se elas fossem
mandamentos separados a serem aplicados aos Cohanim e não simplesmente
complementos do enunciado da lei, um Cohen estaria sujeito à pena de malkut
(chicotadas) [— só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] duas vezes por cada uma
das transgressões, uma vez por ser israelita e outra por ser Cohen. Mas esse não é o
caso. Na realidade, ele está sujeito a uma única pena de malkut (chicotadas) como o
resto de Israel, como está explicado no lugar apropriado.

Este princípio deve ser compreendido em sua totalidade.

M. 183 - DESIGNAR CIDADES PARA OS LEVIÍM

A mitsvá número cento e oitenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino
de dar aos Leviím cidades para que habitem nelas, porque eles não receberam
nenhum território da Terra [de Israel].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Que deem aos Leviím (...) cidades para habitar" (Bamidbár/Números, 35:2).
Essas cidades dos Leviím também eram usadas como cidades de refúgio [arei miklat],
oferecendo asilo sob condições especiais, como está explicado no Tratado do Talmud
de Macot.

P. 228 - NÃO VENDER AS TERRAS DOS ARREDORES DOS LEVIÍM

A proibição (mitsvát lô taassê) número duzentos e vinte e oito (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de vender as terras dos arredores que pertençam aos Leviím.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E o campo do arrabalde de suas cidades não será vendido" (Vayikrá/Levítico,
25:34).

A Torá diz, como vocês sabem, que se deve dar cidades aos Leviím
(Bamidbár/Números 35:2-5), com arredores e campos, isto é, mil cúbitos de arredores
e dois mil cúbitos depois deles para campos e vinhedos, como está explicado no
Tratado de Sotá. A proibição é dirigida aos Leviím, que ficam proibidos de alterar essa
demarcação, transformar terreno urbano em arredores e arredores em terreno
urbano, ou campos em arredores, ou arredores em campos. Esta proibição está
contida em Suas palavras "Não será vendido", que a Tradição interpreta como
significando que isso não deve ser alterado.

As normas deste mandamento estão explicadas no final de Arakhin.

M. 20 - A CONSTRUÇÃO DO SANTUÁRIO

A mitsvá número vinte (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de construir uma
casa para Seu serviço. Lá deverão ser oferecidos sacrifícios e deverá arder o fogo
perpétuo; para lá serão feitas as [três] peregrinações e lá terá lugar, todos os anos, as
festas e assembleias.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E Me farão um Santuário" (Shemot/Êxodo, 25:8).

O Sifrí diz: "Os israelitas foram ordenados a cumprir três mandamentos ao entrar na
Terra [de Israel, 40 anos após a saída do Egito]: designar um rei para si próprios [veja
mitsvá 173], construir o Santuário e destruir os descendentes de Amalêk (veja mitsvá
188)". Fica, desta forma, claro que a construção do Santuário constitui um
mandamento (mitsvá) por si só.

Já explicamos [no décimo segundo fundamento] que este mandamento (mitsvá) global
inclui mandamentos individuais e que a menorá (o candelabro de sete braços), o
shulchán (Lechém Hapanim – a mesa, onde colocava-se os Doze Pães Especias), o
mizbêach (altar) e as outras coisas são todas partes do Santuário, e que tudo isto junto
é chamado de "Santuário", embora haja um mandamento (mitsvá) específico para
cada uma das partes.
É verdade que Ele disse, com relação ao altar: "Um altar de terra você deverá fazer
para Mim" (Shemot/Êxodo, 20:21), de maneira que se poderia pensar que este é um
mandamento (mitsvá) independente, separado do de construir o Santuário, mas o
significado verdadeiro, neste caso, é o que vou explicar a vocês:

O sentido literal do versículo se refere aos tempos em que as bamót (altares


alternativos) nos eram permitidos e nós tínhamos autorização para fazer um altar de
terra em qualquer lugar e oferecer sacrifícios nele; e os Sábios já declararam que o
objetivo do versículo era ordenar-nos a construção de um altar ligado à terra, que não
fosse móvel, como era [o mizbêach] no deserto (Bamidbár/Números, 4:14;
Shemot/Êxodo, 27:7).

Isto foi dito por eles na Mechílta de Rabi Yishmaêl, na qual o versículo é interpretado
assim: "Quando você entrar na terra de Israel, você deverá erguer um altar para Mim
ligado à terra". Sendo assim, o mandamento (mitsvá) é um dos que são obrigatórios
por todas as gerações, e conclui-se que ele faz parte dos deveres do Templo, e quer
dizer que o altar a ser construído deve ser justamente de pedra.

Ao explicar as palavras: "E se você Me fizer um altar de pedra" a Mechílta diz: "Rabi
Yishmaêl diz: 'Toda palavra "IM" (se) na Torá indica algo opcional, exceto em três
ocasiões, uma das quais é 'E se você Me fizer um altar de pedra' — [isto não é algo
opcional, e sim,] estabelece uma obrigação. Você afirma que isto é uma obrigação;
talvez seja apenas algo opcional? A Torá nos diz 'Com pedras inteiriças edificarás o
altar de D'us, teu D'us'" (Devarím/Deuteronômio, 27:6) [ou seja, é uma ordem, uma
obrigação, fazer o mizbêach – altar de pedras].

As normas relacionadas à construção do Santuário, sua estrutura e compartimentos, a


construção do altar e as leis relativas a ele, estão explicadas em um tratado
consagrado especialmente ao assunto, que é o Tratado de Mishná de Midot. Da
mesma forma, o modelo da menorá (o candelabro de sete braços), do shulchán
(Lechém Hapanim – a mesa na qual se colocava os Doze Pães Especias)] e do mizbêach
hazahav (altar de ouro, para o incenso), e suas posições no Santuário, estão explicados
na Guemará de Menachót e Yomá.

ESTUDO 148

P. 79, 80

P. 79 - NÃO CONSTRUIR UM MIZBÊACH (ALTAR) COM


PEDRAS QUE TENHAM SIDO TOCADAS POR FERRO

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de construir um mizbêach (altar) com pedras que tenham sido
tocadas por ferro.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não o edificarás de pedras lavradas" (Shemót/Êxodo, 20:25). Um mizbêach
(altar) construído com tal tipo de pedras é inadequado e não se deve colocar sacrifícios
sobre ele.

As normas deste mandamento estão explicadas no terceiro capítulo de Midot.

P. 80 - NÃO SUBIR AO MIZBÊACH (ALTAR) POR DEGRAUS

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de subir ao mizbêach (altar) por degraus, para não darmos passos largos para
chegar até ele e para que subamos com um pé seguindo próximo ao outro.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não subas por degraus sobre Meu mizbêach (altar)" (Shemót/Êxodo, 20:26), a
respeito das quais a Mechílta diz o seguinte: "O que as Escrituras (Torá) querem dizer
com 'Para que não seja descoberta tua nudez sobre ele'? Que ao subir ao mizbêach
(altar) não se deve dar passadas largas, mas sim andar com um pé seguindo próximo
ao outro".

O modelo do plano inclinado [a rampa de acesso ao mizbêach (altar)] e a maneira de


construí-lo estão explicados no terceiro capítulo de Midot.

A punição por dar passadas largas e expor sua nudez no mizbêach (altar) é a pena de
malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

ESTUDO 149

M. 21

M. 21 - RESPEITAR O SANTUÁRIO [Yirát Hamikdash]

A mitsvá número vinte e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de ter uma
atitude de grande e profunda admiração e de temor (respeito) para com o Santuário, e
a venerá-lo em nossos corações com receio e temor.

[A FONTE NA TORÁ] Pois é esse o respeito ao Santuário que foi imposto por Suas
palavras (louvado seja!): "E ao Meu Santuário temereis" (Vayicrá/Levítico, 19:30).

A definição desse respeito está na Sifrá: "O que significa respeito? Que não se deve
entrar no monte do Templo com seu cajado, ou suas sandálias, ou sua mochila, ou com
poeira em seus pés, ou usar o Templo como passagem; e de forma alguma se deve
cuspir lá dentro". Está explicado em várias passagens do Talmud que não é permitido a
ninguém ficar sentado no pátio (azará), com exceção dos reis da dinastia de David.
Tudo isso é decorrente de Suas palavras, (louvado seja!): "E Meu Santuário temereis",
às quais temos a obrigação de obedecer por todos os tempos, até mesmo em nossos
dias, quando, em virtude de nossos numerosos pecados, ele foi destruído.
O Sifrá diz: "De que modo deduzimos que não somente enquanto o Santuário existia,
mas também depois que ele deixou de exisitr, o respeito deve continuar? A Torá diz:
'Meus Shabatot' guardareis, e 'Meu Santuário temereis' (Vayicrá/Levítico, 19:30 e
26:2), ou seja, assim como a observação do Shabat é para sempre, da mesma forma o
respeito pelo Santuário é para sempre".

No mesmo trecho lemos: "Seu respeito não deve ser para com o Santuário, mas sim
para com [D'us, que nele habita] Ele que nos deu as ordens referentes ao Santuário".

ESTUDO 150

M. 22, P. 67, M. 35, P. 83, 84

M. 22 - A GUARDA DO SANTUÁRIO [Shemirát Hamikdash]

A mitsvá número vinte e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de manter
a guarda ao Santuário e a vigiá-lo todas as noites e durante toda a noite, e dessa forma
honrá-lo, exaltá-lo e glorificá-lo.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!)
[onde D'us ordena] a Aharón: "E tu, e teus filhos contigo, estareis [de prontidão] diante
do Ohel Moêd (Santuário)" (Bamidbár/Números, 18:2), ou seja, você deverá manter a
guarda no Santuário para sempre. Este mandamento (mitsvá) também é encontrado
sob outra forma: "E manterão o serviço da guarda do Ohel Moêd (Santuário)"
(Bamidbár/Números, 18:4).

E está escrito no Sifrí: "'Tu, e teus filhos contigo, estareis diante da tenda do
testemunho': os Cohanim [do lado de] dentro e os Leviím [do lado de] fora"— ou seja,
eles devem guardar e vigiar o Santuário e ao redor dele.

A Mechílta diz: "'E manterão o serviço da guarda do Ohel Moêd (Santuário)' nos dá
apenas um mandamento (mitsvát assê). De que maneira sabemos que há uma
proibição (mitsvát lô taassê) envolvida também? Na Torá está ecrito: 'E mantereis o
serviço da guarda da santidade'" (Bamidbár/Números, 18:5) [veja proibição (mitsvát lô
taassê) 67]. Fica, assim, claro que a guarda do Santuário constitui um mandamento
(mitsvát assê).

No mesmo lugar lemos: "Engrandece o Santuário que haja guardas nele, porque um
palácio que tem guardas é diferente de um palácio que não os tem", e é sabido que
palácio (palterin) é um nome para o Santuário. O significado disto é que se exalta e se
glorifica o Santuário ao se designar guardas para vigiá-lo.

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas nos Tratados


talmúdicos de Tamid (primeiro capítulo) e Midot.

P. 67 - NÃO INTERROMPER A VIGILÂNCIA DO SANTUÁRIO


A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de interromper a vigilância do Santuário, que deve ser continuamente
patrulhado durante toda a noite.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E fareis o serviço (ush'martem) da guarda da santidade" (Bamidbár/Números,
18:5). Nós já explicamos, ao tratar do mandamento (mitsvát assê) 22, que manter
vigilância e patrulhar o Santuário é uma mitsvát assê (mandamento) e aqui
mostraremos que negligenciar isto é infringir um "Lô taassê" (proibição). A Mechílta
diz: "'E farão o serviço da guarda da tenda da assinação' (Bamidbár/Números, 18:4) é
apenas uma mitsvát assê (mandamento); de que modo concluímos que há um "Lô
taassê" (proibição)? Pelas palavras das Escrituras (Torá): 'Fareis o serviço da guarda da
santidade'".

As normas deste mandamento estão explicadas no início de Tamid e Midot.

M. 35 - O ÓLEO DA UNÇÃO DO COHEN GADOL [Shémen Hamish'chá]

A mitsvá número trinta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de ter um
óleo de azeite feito para nós de acordo com uma composição específica, pronto para a
unção de todo Cohen Gadol que venha a ser designado.

[A FONTE NA TORÁ] Conforme [D'us, na Torá, nos] diz: "E o Cohen Gadol, entre seus
irmãos, sobre cuja cabeça for derramado o óleo da unção [shemen hamish'chá]"
(Vayicrá/Levítico, 21:10). Com esse óleo também se deveria ungir alguns dos reis (só os
descendentes de David), como está explicado nas normas deste mandamento (mitsvá)
[Veja também mitsvát lô taassê 84].

O Mishcán (Templo pré-fabricado do deserto) e todos os seus utensílios foram ungidos


com este óleo, mas os utensílios não serão ungidos com ele no futuro, pois o Sifrí diz
explicitamente: "Com a unção destes" – ou seja, dos utensílios do Mishcán (Templo
pré-fabricado do deserto) – "todos os utensílios [futuros] já foram santificados para
sempre", como Ele disse, (louvado seja!): "Óleo de unção de santidade será este para
Mim por vossas [futuras] gerações" (Shemot/Êxodo, 30:31).

Os detalhes deste mandamento (mitsvá) estão explicados no início de Keritút.

P. 83 - NÃO FAZER ÓLEO IGUAL AO ÓLEO DE UNÇÃO

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e três (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer óleo igual ao óleo de unção.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E da mesma composição não fareis outro como ele" (Shemót/Êxodo, 30:32).

A punição pela contravenção voluntária desta proibição é a carêt (castigo Divino que
afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida), como está nas
Escrituras (Torá): "Todo homem que fizer semelhante a ele (...)" (Shemót/Êxodo,
30:33). Se o pecado for cometido involuntariamente, o transgressor deve levar uma
chatát kevuá (trazer um sacrifício específico de pecado).

As normas deste mandamento estão explicadas no primeiro capítulo de Keritút.

P. 84 - NÃO UNGIR NINGUÉM A NÃO SER OS COHANIM GUEDOLIM E OS REIS COM O


ÓLEO DE UNÇÃO PREPARADO POR MOISÉS

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de ungir qualquer outra pessoa a não ser os Cohanim Guedolim e os
reis com o óleo de unção que Moisés preparou.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Sobre carne de homem não será untado" (Shemót/Êxodo, 30:32). Ficou claro
que todo aquele que deliberadamente se ungir com óleo de unção está sujeito à carêt
(castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a
vida), como está prescrito nas palavras: "E que usá-lo em um estranho, será
exterminado de seu povo" (Shemót/Êxodo, 30:33); e que todo aquele que o fizer
involuntariamente deve levar uma chatát kevuá (trazer um sacrifício específico de
pecado).

As normas deste mandamento estão explicadas no início de Keritút.

ESTUDO 151

P. 85, 82, M. 34, P 86

P. 85 - NÃO FAZER KETÓRET (INCENSO) IGUAL AO USADO NO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer ketóret (incenso) igual ao usado no Santuário; quer dizer,
fazer ketóret (incenso) usando os mesmos ingredientes, nas mesmas quantidades, com
a intenção de queimá-lo.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Como a sua composição, não fareis para vós" (Shemót/Êxodo, 30:37).

Somos claramente avisados que todo aquele que violar propositalmente esta
proibição, fazendo ketóret (incenso) similar com a intenção de aspirá-lo, está sujeito à
carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta
a vida), pois Ele diz: "O homem que fizer igual a este para o cheirar será banido de seu
povo" (Shemót/Êxodo, 30:38); e aquele que o fizer involuntariamente deve levar uma
chatát kevuá (trazer um sacrifício específico de pecado).

As normas deste mandamento estão explicadas no início de Keritút.


P. 82 - NÃO OFERECER NENHUM TIPO
DE SACRIFÍCIO SOBRE O MIZBÊACH (ALTAR) DE OURO

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de oferecer todo e qualquer tipo de sacrifício sobre o mizbêach (altar)
de ouro no Santuário.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não oferecereis sobre ele nem um Ketóret (incenso) estranho, nem um korbán
olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) e nem minchá (oferenda que contém farinha); e
um Nessech (oferenda de vinho) não derramareis sobre ele" (Shemót/Êxodo, 30:9).

Aquele que oferecer ou espalhar sobre ele sangue de qualquer outro tipo de sacrifício
que não seja aquele que lhe corresponde está sujeito à pena de malkut (chicotadas)
[só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um
Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

M. 34 - OS COHANIM DEVEM CARREGAR A ARCA SAGRADA

A mitsvá número trinta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de que
os Cohanim carreguem o Arón Hakodesh (a Arca Sagrada com as Luchót Haberit, etc.)
sobre os ombros, quando desejarmos transportá-la de um lugar para outro.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Porque o serviço da santidade está sobre eles; eles devem levar nos ombros"
(Bamidbár/Números, 7:9). Embora este mandamento (mitsvá) tenha sido imposto
naquela época aos Leviím, isto foi apenas por causa do número limitado de Cohanim,
já que Aarão foi o primeiro [Cohen]. Na realidade, o cumprimento deste mandamento
(mitsvá) compete aos Cohanim, e são eles que devem carregar [o Arón], como fica
claro no livro de Yehoshúa/Josué (3:14) e no livro de Shemuel (Samuel II, 15:25). E
quando David ordenou trazer a Arca pela segunda vez, o livro de Divre
Hayamim/Crônicas registra: "Assim o Cohanim e os Leviím se santificaram para
levantar a Arca de D'us, D'us de Israel. E os filhos dos Leviím carregaram a Arca de D'us
com as barras sobre seus ombros, como Moshé (Moisés) ordenara, de acordo com a
palavra de D'us" (Divre Hayamim/Crônicas I, 15:14-15 e 5:16).

Da mesma forma, ao se referir à divisão dos Cohanim em 24 grupos, o livro de Divre


Hayamim/Crônicas diz: "Essas eram suas posições em seus serviços para entrar na casa
de D'us, de acordo com as leis dadas a eles pela mão de Aharón, seu pai, como D'us, o
D'us de Israel, lhe havia ordenado". Os Sábios explicam este versículo como
significando que é dever dos Cohanim carregar a Arca nos ombros e que isto é o que
D'us, o D'us de Israel, ordenou.

O Sifrí diz: "'De acordo com as leis dadas a eles (...) como D'us, o D'us de Israel, lhe
havia ordenado': onde foi que Ele lhe deu essa ordem? Em (Bamidbár/Números 7:9):
'Porém aos filhos de Kehat não deu, porque o serviço da santidade estava sobre eles,
eles o levavam nos ombros'".
Fica, assim, esclarecido que este é um dos mandamentos (mitsvót assê).

P. 86 - NÃO RETIRAR AS VARAS DAS ARGOLAS DA ARCA

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de remover as varas das argolas da Arca.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E nas argolas da Arca estarão as varas; não se tirarão dela" (Shemót/Êxodo,
25:15). A punição pela contravenção é a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

No final de Macot, ao enumerar os transgressores que estão sujeitos à pena de malkut


(chicotadas), os Sábios perguntam: "Por que não incluir também aquele que remover
as varas da Arca, já que essa proibição está expressa nas palavras 'Não se tirarão
dela'?" Assim, foi esclarecido que este é um "Lô taassê" (proibição), e a punição por
sua transgressão é a pena de malkut (chicotadas).

ESTUDO 152

M. 23, P. 72, M. 32, 36

M. 23 - OS SERVIÇOS DOS LEVIÍM NO SANTUÁRIO

A mitsvá número vinte e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através do
qual ordena-se que apenas os Leviím realizem determinados serviços específicos no
Santuário, tal como fechar os portões e cantar durante a oferta de sacrifícios.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E servirão os Leviím no serviço do Ohel Moêd (Santuário)" (Bamidbár/Números,
18:23).

O Sifrí diz: "Eu poderia supor que ele pode querer escolher entre executar o serviço ou
não, e por isso a Torá diz: 'E servirão os Leviím no serviço', ou seja, eles devem fazê-lo".
É, portanto, um dever que tem que ser executado, querendo ou não.

A natureza do serviço dos Leviím está explicada em diversos trechos em Tamid e em


Midot, e no segundo capítulo de Arachín está explicado que apenas os Leviím devem
cantar.

Este mandamento (mitsvá) aparece novamente sob outra forma: "Servir em nome de
D'us, seu D'us, como todos os seus irmãos Leviím" (Devarím/Deuteronômio, 18:7), a
respeito do que o segundo capítulo de Arachín diz (11b): "O que significa servir em
nome de D'us? Significa cantar".
P. 72 - OS LEVIÍM E OS COHANIM NÃO
DEVEM REALIZAR AS TAREFAS UNS DOS OUTROS

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina relativa aos Leviím que ficam proibidos de executar qualquer uma das
tarefas designadas aos Cohanim, e os Cohanim de realizar qualquer uma das tarefas
designadas aos Leviím, porque cada uma dessas duas famílias tem sua tarefa específica
no Santuário. Portanto, há uma advertência conjunta Dele, (louvado seja!) a ambos,
para que nenhum deles execute o trabalho do outro, e para que cada um faça aquilo
de que foi incumbido, como Ele disse, "Cada um no seu ofício e no seu cargo"
(Bamidbár/Números, 4:19).

[A FONTE NA TORÁ] A proibição a esse respeito está expressa em Suas palavras,


dirigidas aos Leviím, "Salvo aos objetos da santidade e ao mizbêach (altar) não se
chegarão para que não morram" (Bamidbár/Números, 18:3). Depois disso, Ele diz aos
Cohanim "Para que não morram, tanto eles como vós" (Bamidbár/Números, 18:3),
sendo que as palavras "Como vós" significam "Esta proibição se aplica também a vós,
os Cohanim. Assim como eu os proibi de realizar vosso trabalho também vocês estão
proibidos de realizar o deles".

O Sifrí diz: "' Aos objetos da santidade e ao mizbêach (altar) não se chegarão' é a
proibição; 'Para que não morram' enuncia o castigo. O versículo me diz apenas que os
Leviím estão sujeitos à punição e estão proibidos de executar o trabalho dos Cohanim.
Como saber que os Cohanim também estão proibidos de executar o trabalho dos
Leviím? Pelas palavras das Escrituras (Torá) 'Tanto eles'. Como saber também que um
grupo não deve fazer o trabalho de outro grupo? Pelas palavras 'Como vós'. [Por
exemplo: Todos os Leviím estavam divididos em dois grupos, aqueles que cuidavam
apenas dos portões no Santuário e aqueles que cuidavam do canto nos cultos (ver
mitsvá 23).] Aconteceu uma vez que Rabi Yehoshua ben Hananya quis ajudar Rabi
Yohanan ben Gudgoda; então este lhe disse: 'Volte! Você já foi privado de sua vida,
pois eu sou um dos guardiães do portão e você é um dos cantores'".

Assim, foi esclarecido que todo Levi que executar uma tarefa que não lhe tiver sido
designada estará sujeito à Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us
encurta sua vida). Da mesma forma, os Cohanim não devem se ocupar das tarefas dos
Leviím, mas em caso de transgressão, eles não estão sujeitos à morte, e sim apenas à
pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]

A Mechílta diz: "'Salvo aos objetos da santidade e ao mizbêach (altar) não se


chegarão': poder-se-ia pensar que eles estão sujeitos à morte meramente por tocar,
por isso as Escrituras (Torá) dizem 'Salvo' (ach); eles só ficam sujeitos à pena se
realizarem o trabalho. Aqui, novamente, o versículo me fala apenas sobre os Leviím
que realizarem o trabalho dos Cohanim; de que forma fico sabendo sobre os Cohanim
que realizam o trabalho dos Leviím? Pelas palavras 'Como vós'". Também está dito ali:
"Leviím que realizarem o trabalho dos Cohanim estão sujeitos à morte, mas Cohanim
que realizarem o trabalho dos Leviím são culpados apenas de transgredir um "Lô
taassê" (proibição)".

M. 32 - HONRAR OS COHANIM

A mitsvá número trinta e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de honrar
os descendentes de Aharón, para demonstrar-lhes prestígio e respeito, e a conferir-
lhes alto grau de santidade e dignidade, mesmo contrariando suas próprias objeções.
Tudo isso é para a glória de D'us, (louvado seja!), já que Ele os escolheu para Seu
serviço e para as oferendas de Seus sacrifícios.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "E santifica-lo-ás, porque o sacrifício (korbán) de teu D'us ele oferece,
santo será para ti" (Vayicrá/Levítico, 21:8), que os Sábios interpretam assim: "'E
santifica-lo-ás' quer dizer que ele será o primeiro em todos os assuntos sagrados
[como, por exemplo, na leitura da Torá]; ele deverá ter a prioridade para ler as
bênçãos nas refeições; e ele deverá ser o primeiro a receber uma boa porção".

O Sifrá também diz: "'e santifica-lo-ás' – mesmo contra sua vontade"; ou seja, este é
um mandamento (mitsvá) estabelecido para nós, e não depende da vontade do Cohen.

Da mesma forma ele diz: "'Santos serão para seu D'us' (Vayicrá/Levítico, 21:6) –
mesmo contra sua vontade. 'E serão santidade' (Vayicrá/Levítico, 21:6) – inclusive os
que tiverem um defeito [veja os proibições (mitsvót lô taassê) 70 e 71]. Portanto, não
devemos argumentar: "Já que este Cohen não está capacitado a oferecer o sacrifício
(korbán) de seu D'us, por que deveríamos dar-lhe prioridade e demonstrar-lhe honra e
respeito?" Porque Ele disse: "E serão santidade", significando toda essa honrada
família, incluindo tanto os perfeitos como os defeituosos.

As cláusulas apropriadas nas quais está estabelecido que devemos tratá-los desta
forma estão explicadas em diversos trechos da Guemará de Macot, Chulín, Bechorot,
Shabat e em outro trechos.

M. 36 - OS COHANIM DEVEM OFICIAR


EM GRUPOS, REVEZANDO-SE NO SERVIÇO

A mitsvá número trinta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através do
qual os Cohanim são ordenados a oficiar em grupos, sendo que cada grupo deve oficiar
durante uma semana, e a não oficiar todos ao mesmo tempo, exceto durante as Festas
(bíblicas judaicas — chaguim), quando todos os grupos devem participar
igualitariamente, e quando qualquer Cohen presente pode oferecer sacrifícios.
Aparece em Divre Hayamim/Crônicas que David e Shemuel os dividiram em 24 grupos
(Divre Hayamim/Crônicas I, 24:4-18), e na Guemará de Sucá está explicado que
durante as Festas (Yom Tov) todos participavam de forma igual.

[A FONTE NA TORÁ] O trecho das Escrituras no qual está expresso este mandamento
(mitsvá) é o seguinte: "E quando vier o Cohen, o qual descende da tribo de Levi, de
alguma das tuas cidades de todo o Israel onde ele habita, e vier com todo o desejo de
sua alma ao lugar que escolheu a D'us; e servir em nome de D'us, seu D'us, como todos
os seus irmãos Leviím, que servem ali diante de D'us, igual porção receberão todos"
(Devarím/Deuteronômio, 18:6-8).

O Sifrí diz: "'E vier com todo o desejo de sua alma' poderia ser a qualquer momento,
por isso nas Escrituras está dito: 'De alguma de tuas cidades', ou seja, quando todo o
povo de Israel estiver reunido em uma cidade durante as Festas (Yom Tov). Poder-se-ia
pensar que todos os grupos participavam igualitariamente das oferendas nas Festas
(chaguim), mesmo daquelas que não decorriam especificamente das Festas (chaguim),
por isso a Torá esclarece: 'Exceto a parte dos patrimônios paternos'
(Devarím/Deuteronômio, 18:8). O que significa o patrimônio paterno? 'Celebre você
durante sua semana, que eu celebrarei durante minha semana'", ou seja, eles
concordaram com o revezamento dos grupos, e com todo o arranjo do ofício [fazer
korbanót, etc]. em grupos, com um novo grupo celebrando a cada semana. O Targum
explica o versículo da seguinte maneira: "Exceto o grupo daquela semana, pois assim o
decretaram os pais".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no final da Guemará de Sucá.

ESTUDO 153

M. 33, P. 88, 87, 73, 163, 164

M. 33 - AS VESTES DOS COHANIM [Bigde Kehuná]

A mitsvá número trinta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através do
qual os Cohanim são ordenados a adornar-se com vestes de especial esplendor e
beleza, e aí sim, irão fazer o seu serviço no Santuário.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "E farão vestimentas de santidade para Aharón, teu irmão, para o
esplendor e para a beleza" (Shemot/Êxodo, 28:4); "E a seus filhos farás chegar, e os
farás vestir as túnicas" (Shemot/Êxodo, 29:8). Estas são as vestes dos Cohanim: oito
vestimentas para o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) e quatro para o Cohen comum.
Caso o Cohen celebre o ofício [faça korbanót, etc]. com menos ou com mais
vestimentas do que o número designado para aquele ofício específico, o ofício fica
invalidado, e ele fica sujeito à Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina —
D'us encurta sua vida) – quero dizer, aquele que celebrar o ofício com menos vestes do
que o número designado. Na Guemará de San'hedrin ele também está entre os que
estão sujeitos à Mitá Bidei Shamayim.

Isto não está explicitamente dito nas Escrituras, mas é derivado do versículo: "E lhes
cingirás cintos (...) e será para eles o sacerdócio" (Shemot/Êxodo, 29:9), cuja
interpretação é: "Enquanto usam as vestimentas, eles estão revestidos de seu
sacerdócio; quando não usam as vestimentas, eles não estão revestidos de seu
sacerdócio e se transformam em zarim (não Cohanim) [leigos]". Será explicado a seguir
que um leigo que oficia está sujeito à pena de morte [veja proibição (mitsvát lô taassê)
74].

O Sifrá diz: "'E pôs sobre ele o peitoral' (Vayicrá/Levítico 8:8): esta passagem nos
ensina regras que se aplicam a essa ocasião específica e também regras que se aplicam
permanentemente; regras para os ofícios diários, e também as regras para o culto do
Yom Kipur (Dia do Perdão). Todos os dias [o Cohen Gadol] devia oficiar com [oito
vestimentas, inclusive os] trajes dourados, mas no Yom Kipur (Dia do Perdão) com [as
quatro] vestes de linho branco".

Pela seguinte passagem Sifrá fica claro que a colocação dessas vestes é um
mandamento (mitsvát assê): "...e como concluímos que Aharón não colocou as vestes
do Cohen apenas para [demonstrar] sua própria grandeza, e sim, como quem está
cumprindo [apenas] a ordem de seu rei? Pelas palavras da Torá: 'E fez como ordenou a
D'us a Moshé (Moisés)'"; ou seja, embora essas vestes, com seu ouro, ônix, jaspe e
outras pedras preciosas, fossem de beleza inigualável, não seria o gozo desta beleza
que o Cohen deveria tomar em consideração, mas apenas o cumprimento do
mandamento (mitsvá) que D'us impôs a Moshé (Moisés), a saber, que ele deveria
sempre usar estas vestes no Santuário.

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no segundo capítulo do


Zevachím e em vários trechos de Yomá e de Sucá.

P. 88 - NÃO RASGAR A ORLA DO MANTO DO COHEN GADOL

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de rasgar a borda do manto do Cohen Gadol; a orla deve estar inteira
e intacta. /p>

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Como abertura de malha será debruada, para que não se rasgue"
(Shemót/Êxodo, 28:32). Cortar o manto com tesoura ou similar será punido com a
pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 87 - NÃO DESPRENDER O PEITORAL DO EFOD

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de remover o peitoral do efod [roupa especial usada pelo Cohen
Gadol quando está ministrando o serviço no Santuário].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não se desprenderá o peitoral de cima do efod" (Shemót/Êxodo, 28:28).

No final de Macot, ao enumerar os transgressores que estão sujeitos à pena de malkut


(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], os Sábios perguntam:
"Por que não incluir também aquele que desprende o peitoral, já que a proibição está
expressa em Suas palavras 'E não se desprenderá o peitoral de cima do efod'?" Assim
fica claro que desprendê-lo é punido com a pena de malkut (chicotadas).

P. 73 - NÃO ENTRAR NO SANTUÁRIO NEM PRONUNCIAR


UMA SENTENÇA SOBRE UMA LEI DA TORÁ ESTANDO INTOXICADO

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e três (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de entrar no Santuário ou de pronunciar uma sentença a respeito de
qualquer uma das leis da Torá, se estivemos intoxicados.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Vinho e bebida forte não beberei (...) quando entrardes à tenda da revelação
(...) e para ensinar os filhos de Israel" (Vayikrá/Levítico, 10:8-11). O Talmud diz:
"Aquele que tiver bebido um quarto [de um log de vinho (cerca de 86ml)] não deve
pronunciar uma sentença legal".

Há diferentes castigos por esta proibição. Todo aquele que se embebedar com vinho
está proibido de entrar entre o pórtico e o mizbêach (altar), ou em qualquer parte do
próprio Santuário e, se o fizer, estará sujeito à punição por a pena de malkut
(chicotadas) [— só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].. Se ele realizar o serviço
enquanto estiver intoxicado, a penalidade é a Mitá Bidei Shamayim (morte por
intervenção Divina — D'us encurta sua vida); mas se a intoxicação tiver sido
ocasionada por outro intoxicante que não o vinho, o castigo será apenas pena de
malkut (chicotadas), não a morte. Entretanto, se alguém, Cohen ou israelita,
pronunciar uma sentença estando bêbado, seja com vinho ou outro intoxicante, ele
transgredirá um "Lô taassê" (proibição).

A Sifrá diz: "'Vinho (...) não beberei': isto me fala apenas no vinho; como fico sabendo
que isto se aplica da mesma forma a outras bebidas intoxicantes? Pelas palavras das
Escrituras (Torá) 'E bebida forte'. Se é assim por que as Escrituras (Torá) mencionam
especificamente o vinho? Porque o vinho sujeita à morte, enquanto que qualquer
outra bebida intoxicante não".

Também está escrito no mesmo lugar: "Como saber que não se fica sujeito ao castigo a
não ser durante o serviço? Pelas palavras das Escrituras (Torá) 'Tu e teus filhos contigo,
quando entrardes na tenda de assinação, e não morrereis'". Mais adiante lemos:
"Poder-se-ia pensar que um israelita que pronunciar uma sentença está sujeito à
morte; por isso as Escrituras (Torá) dizem: 'Tu e teus filhos contigo (...) e não
morrereis'. Tu e teus filhos estareis sujeitos à morte, mas um israelita não está sujeito
à morte por pronunciar uma sentença".

As normas deste mandamento estão explicadas no quarto capítulo de Keritút.

P. 163 - UM COHEN NÃO PODE ENTRAR


NO SANTUÁRIO COM O CABELO SOLTO
A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e sessenta e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina em que os Cohanim ficam proibidos de entrar no Santuário com o
cabelo solto, tal como os que estão de luto que não aparam nem arrumam seus
cabelos.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não deixeis o cabelo de vossas cabeças solto" (Vayikrá/Levítico, 10:6), que o
Targum traduz por: "Não deixeis crescer vosso cabelo", e que Yechezkel/Ezequiel
explica dizendo: "Nem permitirão que suas madeixas cresçam" (Yechezkel/Ezequiel,
44:20). A mesma expressão é usada com relação aos metsorá (impuro que tem
manchas claras no corpo, com carne viva ou cabelo branco dentro)s: "O cabelo de sua
cabeça deixará solto" (Vayikrá/Levítico, 13:45), a respeito da qual a Sifrá diz: "Ele
deverá deixar seu cabelo crescer". A Sifrá diz ainda: "'Não deixeis o cabelo de vossas
cabeças solto': não deixeis que ele cresça".

Com relação ao Cohen Gadol, a proibição está repetida em Suas palavras "Seu cabelo
não deixará crescer" (Vayikrá/Levítico, 21:10). O objetivo da repetição é para que você
não pense que Suas palavras a Elazar e a Itamar "Não deixeis o cabelo de vossas
cabeças solto" foram ditas apenas por causa do falecimento [de seus irmãos Nadáv e
Avihú (ver Vayikrá/Levítico, 10:1-7), e que um Cohen pode fazê-lo se não for em sinal
de luto. Por isso, Ele deixa claro que no caso do Cohen Gadol ele deve usar seus
cabelos curtos em virtude de suas funções sacerdotais.

Desobedecer esta proibição oficiando com o cabelo não cortado é punido com a morte
[Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida) – Biát
Hamikdash 1:8]. Deduzimos que os de cabelo não cortado estão incluídos entre os que
estão sujeitos à morte através de Suas palavras: "Para que não morrais"
(Vayikrá/Levítico, 10:6). Mas aquele que entrar no Santuário com o cabelo comprido e
não oficiar está sujeito apenas à pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash], e não à morte.

P. 164 - OS COHANIM NÃO PODEM


USAR VESTES RASGADAS AO ENTRAR NO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e sessenta e quatro (do Sefer Hamitsvót)
é a Proibição Divina em que os Cohanim ficam proibidos de entrar no Santuário usando
vestes rasgadas.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E vossos vestidos não rompais" (Vayikrá/Levítico, 10:6), sobre as quais a Sifrá
diz: "'E vossos vestidos não rompais': não rasguem suas vestes". Está proibição
também está repetida com relação ao Cohen Gadol em Suas palavras "E suas vestes
não romperá" (Vayikrá/Levítico, 21:10).
Você deve saber que não é permitido ao Cohen Gadol rasgar suas vestes por um
morto, mesmo que ele não esteja oficiando; e é por causa dessa restrição adicional
que a proibição é repetida. A Sifrá diz: "'Seu cabelo não deixará crescer e suas vestes
não romperá (Vayikrá/Levítico, 21:10): nem mesmo por um parente falecido, da
maneira como as pessoas comuns rasgam e deixam seus cabelos crescerem quando
estão de luto. De que maneira? O Cohen Gadol rasga suas vestes de baixo [pois o
rasgão neste local não é tão feio], mas as pessoas comuns rasgam as de cima".

Quem oficiar usando vestes rasgadas também está sujeito à morte, porque a mesma
regra se aplica ao caso do cabelo comprido e ao das vestes rasgadas. Mas quem entrar
no Santuário dessa maneira transgride uma proibição. Apenas um Cohen Gadol está
permanentemente proibido de deixar crescer seus cabelos e de rasgar suas vestes,
mesmo que ele não entre no Santuário; e essa é a diferença em relação ao Cohen
comum.

ESTUDO 154

P. 68, 165, M. 31, P. 77, 78

P. 68 - O COHEN GADOL NÃO DEVE ENTRAR NO


SANTUÁRIO EM OUTRAS OCASIÕES ALÉM DAS ESTABELECIDAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que o Cohen Gadol fica proibido de entrar no Santuário a todo e
qualquer momento, por causa do respeito devido ao Santuário e do temor que se deve
ter da Presença Divina.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Que não venha a toda hora a santidade" (Vayikrá/Levítico, 16:2).

Esta proibição inclui várias restrições. O Cohen Gadol está proibido de entrar no
Kodesh Hakodashim (local mais sagrado do Templo) até mesmo em Yom Kipur, a não
ser nos momentos determinados para o serviço [ver mitsvá 49]; e todos os Cohanim
estão proibidos de entrar no Santuário a qualquer momento durante o ano, a não ser
no momento do serviço. Em resumo, fica proibido a qualquer Cohen entrar no local
que lhe é permitido entrar – ou seja, no Santuário interno, no caso do Cohen Gadol; e
no Santuário externo, no caso do Cohen comum – a não ser durante o serviço.

Aquele que violar esta proibição entrando fora da hora de serviço está sujeito à morte
se entrar no Kodesh Hakodashim (local mais sagrado do Templo) e estará sujeito à
pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash] se entrar no
Santuário.

A Sifrá diz: "'Que ele não venha a toda hora' se refere a Yom Kipur'; 'A santidade'
abrange também o resto do ano; 'para dentro da cortina' (Vayikrá/Levítico, 16:2) faz
com que a proibição se aplique a todo o Santuário. Poder-se-ia pensar que entrar em
qualquer lugar do Santuário é punível com a morte; por isso, as Escrituras (Torá)
dizem: 'Diante do propiciatório que está sobre a Arca para que não morra'
(Vayikrá/Levítico, 16:2). O que significa isto? Entrar 'Diante do Capóret [local mais
sagrado do Santuário]' é punível com a morte e no resto do Santuário com a pena de
malkut (chicotadas)".

A Guemará de Menahot diz explicitamente: "Fica-se sujeito à pena de malkut


(chicotadas) por entrar no Santuário".

P. 165 - OS COHANIM NÃO PODEM SAIR


DO SANTUÁRIO ENQUANTO ESTIVEREM OFICIANDO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e sessenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que os Cohanim ficam proibidos de sair do Santuário enquanto
estiverem oficiando.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E da entrada da tenda da assinação não saireis" (Vayikrá/Levítico, 10:7). Esta
proibição também está repetida com relação ao Cohen Gadol, através de Suas palavras
"Do Santuário não sairá" (Vayikrá/Levítico, 21:12).

A Sifrá diz: "'Da entrada da tenda da assinação': eu poderia pensar que um Cohen
comum não pode sair do Santuário, quer ele esteja oficiando quer não; por isso as
Escrituras (Torá) dizem: 'Do Santuário não sairá e não profanará'. Isso mostra que é
enquanto ele estiver oficiando. 'Porque o azeite da unção de D'us está sobre vós'
(Vayikrá/Levítico, 10:7): isto me diz que apenas Aarão e seus filhos, que foram ungido
com o azeite da unção, estão sujeitos à morte se eles saírem enquanto estiverem
oficiando; como fico sabendo quanto a todos os Cohanim, por todos os tempos?
Porque as Escrituras (Torá) dizem: 'Porque o azeite da unção de D'us está sobre vós'".

Você deve saber que no caso do Cohen Gadol há uma proibição adicional, a saber, que
ele não pode acompanhar o esquife de um parente próximo. Este é o significado literal
das palavras das Escrituras (Torá) "E do Santuário não sairá", e é dessa forma que o
texto está explicado no segundo capítulo de San'hedrin, no qual ele está citado como
prova de que se um parente próximo do Cohen Gadol morrer, ele não poderá
acompanhar seu ataúde. O mesmo texto ensina ainda que o Cohen Gadol pode oficiar
no dia do falecimento de um parente. As palavras dos Sábios em San'hedrin são as
seguintes: "'E do Santuário não sairá e não profanará', mas qualquer outro Cohen que
não sair do Santuário o estará profanando" – referindo-se a um Cohen comum a quem
não é permitido oficiar porque nesse caso ele é um onen. A advertência contra oficiar
durante o luto se deriva do texto em questão. Esta regra de que, ao contrário de um
Cohen Gadol, um Cohen comum não pode oficiar enquanto ele for um onen está
explicada no final de Horayot.

Dessa forma, foi esclarecido que Suas palavras "E não profanará" são uma negativa e
não uma proibição. Isto é, é simplemente para declarar que ele não estará profanando
o Santuário se oficiar, embora sendo um onen.
Consequentemente, o significado literal do versículo é que Suas palavras "E não
profanará" são a razão para a proibição anterior, da seguinte forma: "E do Santuário
não sairá", a fim de "não profanar o Santuário". Mas nas duas teorias segue-se que
esta proibição não deve ser contada como um "Lô taassê" (proibição) separado, como
ficará claro para todo aquele que compreendeu os fundamentos [Ver o oitavo
fundamento] preestabelecidos para a execução deste trabalho.

Também foi esclarecido que estas três proibições – a saber, "Seu cabelo não deixará
crescer e suas vestes não romperá" (Vayikrá/Levítico, 21:10) e "E do Santuário não
sairá" (Vayikrá/Levítico, 21:12) – estão repetidas com relação ao Cohen Gadol com
uma finalidade específica, assim como as proibições que o impedem de chegar-se a
uma mulher divorciada, a uma zoná ou a uma chalalá. Ficou também claro que o
conteúdo dessas três proibições é idêntico ao que foi proibido por Suas palavras "Não
deixeis o cabelo de vossas cabeças solto, e vossos vestidos não rompais (...) e da
entrada da tenda de assinação não saireis" (Vayikrá/Levítico, 10:6-7). E também que
nosso Mestre Moisés, a paz esteja com ele, as deu a conhecer a Elazar e a Itamar
dizendo: "As coisas que lhes são proibidas não se tornam permitidas por causa de seu
luto pela grande perda; vocês ainda continuam proibidos de deixar crescer seus
cabelos, de rasgar suas vestes e de deixar o Santuário enquanto estiverem oficiando".
A razão pela qual a proibição está repetida com relação ao Cohen Gadol é para explicar
que ela se aplica apenas enquanto durar o ofício e que só nesse caso eles estarão
sujeito à morte, como se pode ver pelo fato de que para explicar Sua palavras "Da
entrada da tenda de assinação não saireis" os Sábios citaram Suas palavras "E do
Santuário não sairá". E embora cada proibição, repetida com relação ao Cohen Gadol,
amplie assim o seu alcance, como explicamos, fica claro para todos aqueles que
entenderam nossa introdução que essas proibições não são mandamentos adicionais,
uma vez que o objetivo das Escrituras (Torá) é de não permitir-lhe fazer qualquer uma
dessas coisas enquanto estiver comprometido com os ofícios. Você deve compreender
isto.

M. 31 - RETIRAR OS IMPUROS

A mitsvá número trinta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de expulsar


do Templo as pessoas impuras.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Que enviem do acampamento todo o metsorá (impuro que tem manchas claras no
corpo, com carne viva ou cabelo branco dentro), e todo aquele que padece de fluxo
(zav) e todo o impuro por ter tocado o cadáver de uma pessoa" (Bamidbár/Números,
5:2).

A palavra "acampamento" aqui significa o acampamento da Presença Divina, que, em


gerações posteriores, foi o equivalente ao Pátio (Azará) do Santuário, como explicamos
no início da Ordem de Taharót, em nosso Comentário sobre a Mishná. O Sifrí diz: "'Que
enviem do acampamento' é uma advertência para que pessoas impuras não entrem no
Santuário em estado de impureza".
Este mandamento (mitsvá) aparece também sob outra forma: "Se houver entre vós um
homem que não estiver puro por causa de derramamento de sêmen, de noite, sairá
para fora do acampamento" (Devarím/Deuteronômio, 23:11). O "acampamento" aqui
deve ser entendido como o acampamento da Presença Divina, uma vez que o próprio
mandamento (mitsvá) diz: "Fora do acampamento os enviareis" (Bamidbár/Números,
5:3) e que na Guemará de Pessachim se lê: "'Sairá para fora do acampamento' significa
o acampamento da Presença Divina'".

A Mechílta diz: "'Ordena aos filhos de Israel que enviem do acampamento': este é um
mandamento (mitsvát assê). De que maneira concluímos que também há uma
proibição (mitsvát lô taassê) envolvida? A Torá diz: 'Para que não contaminem os seus
acampamentos'".

O Sifrí diz: "'Sairá para fora do acampamento' é um mandamento (mitsvát assê)".

P. 77 - UMA PESSOA IMPURA NÃO


PODE ENTRAR EM NENHUMA PARTE DO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina relativa a toda pessoa impura que fica proibida de entrar em qualquer
parte do Santuário – o que equivale, em gerações posteriores, a todo o campo do
Santuário [o Beit Hamikdash, Templo de Jerusalém], que começa com o campo dos
israelitas, a partir do Portão de Nicanor.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Para que não contaminem os seus acampamentos" (Bamidbár/Números, 5:3),
significando o acampamento da Presença Divina.

A Guemará de Macot diz: "Com relação a uma pessoa impura que entrar no Santuário,
as Escrituras (Torá) expressam ambos, a penalidade e a proibição. A penalidade: 'Será
banida aquela alma (...) porque o Santuário de D'us contaminou' (Bamidbár/Números,
19:20). A proibição: 'Para que não contaminem os seus acampamentos'". E a Mechílta
diz: "'Ordena aos filhos de Israel que enviem do acampamento (...)'
(Bamidbár/Números, 5:2) é uma mitsvát assê (mandamento – ver mitsvá 31). Como
sabemos que há um "Lô taassê" (proibição)? Pelas palavras das Escrituras (Torá) 'Para
que não contaminem'".

Esta proibição está repetida de outra forma em Suas palavras, referentes a uma
mulher depois do parto, "E no Santuário não entrará" (Vayikrá/Levítico, 12:4).

A Sifrá diz: "As palavras 'E separareis os filhos de Israel de suas impurezas, e não
morrerão (...) (Vayikrá/Levítico, 15:31) poderiam ser compreendidas como aplicáveis
em caso de ambos, o interior e o exterior, significando que todo aquele que tocasse o
exterior do Santuário em estado que impureza também estaria sujeito à carêt (castigo
Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida). Por
isso, as Escrituras (Torá) dizem 'E no Santuário não entrará'". Ali também está
explicado que a lei para uma mulher depois do parto é a mesma que para as pessoas
impuras em geral, no que se refere a esta proibição.

A Sifrá também diz, com referência a Suas palavras, (louvado seja!): "E se não lavar e
não banhar sua carne, levará sobre si a sua iniquidade" (Vayikrá/Levítico, 17:16): "O
que significa isto? Que se não se lavar, ele estará sujeito à carêt; que se não lavar suas
roupas, ele estará sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].E como sabemos que o versículo se refere apenas à contaminação do
Santuário e de suas coisas sagradas? Porque ambas, a proibição e a penalidade, estão
enunciadas (...)".

Está explicado em outro lugar que aquele que deliberadamente violar esta proibição
está sujeito à carêt e aquele que a violar involuntariamente, deve levar um korbán Olê
Veyorêd (sacrifício de maior ou de menor valor), como explicamos no mandamento
(mitsvát assê) 72.

As normas deste preceito estão explicadas no início de Shevuot, em Horayot, em


Keritút e em vários trechos do Tratado de Zevachím.

P. 78 - UMA PESSOA IMPURA NÃO


PODE ENTRAR NO ACAMPAMENTO DOS LEVIÍM

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina em que toda pessoa impura fica proibida de entrar no acampamento
dos Leviím – o que equivale, em geraçõs posteriores, ao Monte do Templo [Beit
Hamikdash, em Jerusalém], como explicamos no início do Tratado de Kelím, no qual se
fala da exclusão de pessoas impuras do Monte do Templo.

A proibição das Escrituras (Torá) a este respeito está expressa em Suas palavras,
relativas àquele que "está impuro por causa daquilo que aconteceu com ele à noite":
"Não entrará em nenhum acampamento" (Devarím/Deuteronômio, 23:11).

A Guemará de Pessachim também diz: "'Sairá para fora do acampamento': isto é, para
fora do acampamento da Presença Divina", como explicamos ao falar do mandamento
(mitsvát assê) 31. "'Não entrará em nenhum acampamento': isto é, dentro do
acampamento dos Leviím. A isto, Rabiná objetou: Suponha que ambos se refiram ao
acampamento da Presença Divina e que ele esteja violando, dessa forma, uma mitsvát
assê (mandamento) e uma lô taassê (proibição). Se fosse assim, as Escrituras (Torá)
diriam 'Sairá para fora do acampamento' e 'Não entrará nele'; quer dizer, ele teria dito
simplesmente 'Não entrará nele'. Qual é a finalidade de repetir 'o acampamento'? É
para deteminar outro acampamento", que é o acampamento dos Leviím: também
nesse ele não deve entrar.

O Sifrí diz: "'Não entrará em nenhum acampamento' é um "Lô taassê" (proibição)".


As normas deste mandamento estão explicadas em nosso Comentário, no primeiro
capítulo do Tratado de Kelím.

ESTUDO 155

P. 75, 76, M. 24, P. 69, 70, 71

P. 75 - UM COHEN IMPURO NÃO DEVE OFICIAR NO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina relativa a um Cohen que estiver impuro que fica proibido de realizar o
seviço.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): endereçadas aos Cohanim, "Que se separem quando estão impuros das
santidades dos filhos de Israel (...) e não profanem o nome de Minha santidade"
(Vayikrá/Levítico, 22:2).

No nono capítulo de San'hedrin lemos: "Como sabemos que ao realizar o serviço


estando impuro ele está sujeito à morte? Porque está escrito 'Fala a Aarão e a seus
filhos, para que se separem (...) e não profanem'. Está dito em outro trecho 'Para não
(...) pois morrerão por isto quando o profanarem' (Vayikrá/Levítico, 22:8-9); assim
como no caso anterior, 'profanação' envolve a penalidade de Mitá Bidei Shamayim
(morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida), portanto, aqui também as
palavras 'Não profanem o nome da Minha santidade' significam que se eles
profanarem o Nome, realizando o serviço enquanto estiverem em estado de impureza,
eles estão sujeitos à Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us
encurta sua vida)".

P. 76 - UM COHEN QUE ESTÁ TEVÚL YOM NÃO DEVE OFICIAR NO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de um Cohen que [estava tamê, impuro e] tenha imergido num mikvê
e esteja purificado [Tevúl Yom] fica proibido de oficiar até o pôr do sol, por mais que
ele já tenha se purificado.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): relativas aos Cohanim, "Não profanarão o nome de teu D'us" (Vayikrá/Levítico,
21:6).

Todo aquele que violar esta proibição – ou seja, que oficiar após um Tevúl Yom– está
sujeito à Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida).

Ela não está claramente enunciada nas Escrituras (Torá), contudo, ela é
tradicionalmente interpretada assim. Está escrito no nono capítulo de San'hedrin
[83b], com relação à interpretação de Suas palavras, (louvado seja!): "Santos serão
para D'us e não profanarão o nome de seu D'us": "Uma vez que isto [a ordem "santos
serão"] não pode se referir a um Cohen que oficiar impuro [ou seja, "seja santo e não
oficie impuro"], o que já está proibido por um outro versículo, como já foi explicado,
então apliquem-no a quem oficiar estando num estágio de um tevúl yom [após
imersão, mas antes do por-do-sol — o que também seria proibido]. E pode-se deduzir
uma analogia do uso da palavra 'profanação' [chilul] neste caso e no caso da terumá
(parte da colheita dada ao Cohen)". E o Cohen que oficiar estando tevul yom, está
listado junto com os outros transgressores que estão sujeitos à pena de morte [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

M. 24 - AS ABLUÇÕES DOS COHANIM

A mitsvá número vinte e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual os Cohanim são ordenados a lavar suas mãos e pés quando tiverem que entrar
no Santuário ou quando forem celebrar o ofício [fazer korbanót, etc].

Este é o mandamento (mitsvá) da santificação das mãos e dos pés.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!)
[onde D'us nos ordena]: "E lavarão Aharón e seus filhos, nele [no Kiór (lavatório) do
Santuário), suas mãos e seus pés ao entrarem na Ohel Moêd (Santuário) (...)"
(Shemot/Êxodo, 30:19-20).

Aquele que violar este mandamento (mitsvát assê) fica sujeito à pena de Mitá Bidei
Shamayim (morte por intervenção Divina — D'us encurta sua vida), ou seja, um Cohen
que serve no Santuário sem lavar suas mãos e seus pés fica sujeito a tal penalidade.
Isto baseia-se em Suas palavras, (louvado seja!): "Lavar-se-ão com água, e não
morrerão" (Shemot/Êxodo, 30:20).

As regras detalhadas deste mandamento (mitsvá) estão expostas na íntegra no


segundo capítulo de Zevachím.

P. 69 - UM COHEN COM DEFEITO NÃO


DEVE ENTRAR EM NENHUMA PARTE DO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número sessenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina relativa a um Cohen com um defeito que está proibido de entrar em
qualquer parte do Santuário, ou seja, no mizbêach (altar), ou no espaço entre o pórtico
e o mizbêach (altar), ou no próprio pórtico, ou no Santuário propriamente dito.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Somente até a paróchet (cortina que oculta o Kodesh Hakodashim — local mais
sagrado do Templo) — não virá, e ao mizbêach (altar) não se chegará"
(Vayikrá/Levítico, 21:23).

Está explicado no início de Taharót que aquele que tiver um defeito, ou cujo cabelo
estiver solto, está proibido de entrar no espaço entre o pórtico e o mizbêach (altar), ou
em qualquer outra parte do Santuário. A Sifrá também explica que essas duas
proibições, "Somente até o véu não virá" e "Ao mizbêach (altar) não se chegará" não
seriam suficientes uma sem a outra, e que ambas são necessárias para complementar
a lei a esse respeito, que é a lei que define o local onde eles estão proibidos de entrar.
Aquele que voluntariamente entrar além do mizbêach (altar) está sujeito à pena de
malkut (chicotadas) [— só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc.,
após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], mesmo se ele não
entrar com a finalidade de ministrar o serviço.

P. 70 - UM COHEN COM UM DEFEITO NÃO DEVE TRABALHAR NO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina relativa a um Cohen que tiver um defeito físico que está proibido de oficiar.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "[O homem] em que houver algum defeito, não se chegará para oferecer"
(Vayikrá/Levítico, 21:17); quer dizer, não o deixem aproximar-se para realizar o
serviço.

Um Cohen defeituoso que ministrar está sujeito à pena de malkut (chicotadas) [— só


quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash], como a Sifrá diz: "Um Cohen defeituoso está
sujeito não à morte, mas apenas à pena de malkut (chicotadas)".

P. 71 - UM COHEN COM UM DEFEITO


TEMPORÁRIO NÃO DEVE TRABALHAR NO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina em que um Cohen com um defeito passageiro fica proibido de servir no
Santuário enquanto estiver com o defeito.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Todo homem em que houver algum defeito, não se aproximará"
(Vayikrá/Levítico, 21:18), sobre as quais diz a Sifrá: "'Todo homem em que houver
algum defeito': isto me fala apenas de um Cohen permanentemente defeituoso; como
saber que o mesmo se aplica àquele que tiver um defeito passageiro? Pelas palavras
das Escrituras (Torá) 'Todo homem em que houver algum defeito, não se aproximará'".

Um Cohen com um defeito passageiro que ministrar também está sujeito à pena de
malkut (chicotadas) [— só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc.,
após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento, com relação aos defeitos passageiros e temporários


nos homens, estão explicadas no sétimo capítulo de Bechorot.

ESTUDO 156
P. 74, M. 61, P. 91, 92, 93

P. 74 - UM ZAR NÃO DEVE OFICIAR NO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número setenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina relativa a um zar (não Cohen) que fica proibido de oficiar. Por zar (não
Cohen) eu quero dizer todo aquele que não é descendente de Aarão.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E o estranho (zar (não Cohen)) não se aproximará de vós"
(Bamidbár/Números,18:4). As Escrituras (Torá) explicam claramente que aquele que
violar esta proibição está sujeito à Mitá Bidei Shamayim (morte por intervenção Divina
— D'us encurta sua vida): "'E o estranho que se aproximar será morto'
(Bamidbár/Números, 18:7). A esse respeito o Sifrí diz: "'E o estranho que se aproximar
será morto': ouvimos a penalidade, mas não ouvimos a proibição. Por isso, as
Escrituras (Torá) dizem: 'E o estranho não se aproximará de vós'".

A proibição e a penalidade relacionadas com este assunto estão repetidas em Suas


palavras "E não se aproximarão mais os filhos de Israel (...) para que não levem sobre si
pecado e morram (Bamidbár/Números, 18:22).

A Guemará de Yoma detalha os seviços cuja realização por um zar (não Cohen) lhe
acarretam a morte: "Há quatro serviços por cuja execução um zar (não Cohen) fica
sujeito à morte: 1) zeriká (verter o sangue do korbán no mizbêach), 2) haktará
(queimar o korbán no mizbêach), 3) nissuch hayaín e 4) nissuch hamáyim (verter o
vinho ou a água no mizbêach)".

As normas deste mandamento estão explicadas nesse lugar e no último capítulo do


Tratado de Zevachím.

M. 61 - OFERECER APENAS SACRIFÍCIOS PERFEITOS

A mitsvá número sessenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer a D'us apenas espécimes perfeitos, sem os defeitos mencionados nas
Escrituras, e livres de todas as imperfeições consideradas como defeitos pela Tradição.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Estes deverão ser sem defeito para que sejam aceitos" (Vayicrá/Levítico, 22:21), sobre
as quais O Sifrá diz: "'Estes deverão ser sem defeitos para que sejam aceitos': este é
um mandamento (mitsvát assê)" [Veja também proibições 91 a 96].

As palavras: "Ser-vos-ão eles sem defeito, igualmente as suas libações (niskeichem)"


(Bamidbár/Números, 28,31) foram citadas como sendo a prova de que os vinhos das
libações (vertidos no mizbêach – altar) e seus óleos e farinha fina devem ser
absolutamente perfeitos e sem qualquer tipo de defeito.
As normas deste mandamento (mitsvá) também estão explicadas no oitavo capítulo de
Menachót.

P. 91 - NÃO DESTINAR ANIMAIS DEFEITUOSOS


PARA SEREM OFERECIDOS SOBRE O MIZBÊACH (ALTAR)

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de dedicar animais com defeito sobre o mizbêach (altar).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Todo aquele que tiver defeito não oferecereis" (Vayikrá/Levítico, 22:20), a
respeito das quais a Sifrá diz: "'Todo aquele que tiver defeito não oferecereis': isto se
refere à consagração".

P. 92 - NÃO FAZER A SHECHITÁ (ABATE RITUAL)


DE ANIMAIS DEFEITUOSOS PARA OFERECÊ-LOS COMO SACRIFÍCIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e dois (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer a shechitá (abate ritual) de animais com defeito como
sacrifício.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não oferecereis a D'us" (Vayikrá/Levítico, 22:22), a respeito das quais diz a
Sifrá: "'Não oferecereis a D'us': isto se refere à shechitá (abate ritual)".

P. 93 - NÃO ASPERGIR O SANGUE


DE ANIMAIS DEFEITUOSOS SOBRE O MIZBÊACH (ALTAR)

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e três (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de aspergir sobre o mizbêach (altar) o sangue de animais com defeito.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não oferecereis a D'us" (Vayikrá/Levítico, 22:24), as quais a Tradição interpreta
como uma proibição quanto a espalhar o sangue de um animal com defeito. Essa é a
opinião do Taná Kamá, e essa é a lei. Contudo, Rabi Yossi ben Yehudá diz que ela
proíbe apenas o recebimento do sangue. Essa opinião aparece na Sifrá: "'Não
oferecereis a D'us': isto se refere a receber o sangue".

A Guemará de Temurá diz: "Do ponto de vista do Taná Kamá, por que as Escrituras
(Torá) dizem 'Não oferecereis'? isso é necessário para o caso de se aspergir o sangue
de um animal defeituoso. Mas é das palavras 'sobre o mizbêach (altar)' que deduzimos
essa proibição?", referindo-se às palavras das Escrituras (Torá) "E ofertas queimadas,
não dareis destas coisas sobre o mizbêach (altar), a D'us" (Vayikrá/Levítico, 22:22), que
nos ensinam que tudo aquilo que for oferecido sobre o mizbêach (altar) não deve
provir de animais defeituosos. A resposta é: "É assim que é a linguagem da Torá". Quer
dizer, a proibição "E ofertas queimadas, não dareis destas coisas" se refere apenas à
queima das partes de sacrifícios e nada pode ser deduzido do uso da expressão "sobre
o mizbêach (altar)" porque o versículo não poderia ter sido escrito de outra forma,
pois como poderia ele dizer simplemente "E ofertas queimadas, não dareis destas
coisas"? Ficaria incompleto!

Por tudo o que precede, aparece claramente que Suas palavras "Não oferecereis a
D'us" se refere a proibição de espalhar (aspergir) o sangue.

ESTUDO 157

P. 94, 95, 96, 97, M. 86

P. 94 - NÃO QUEIMAR AS PARTE DE SACRIFÍCIO


DE UM ANIMAL DEFEITUOSO SOBRE O MIZBÊACH (Altar)

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de queimar as partes de sacrifício de um animal defeituoso.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E ofertas queimadas, não dareis destas coisas sobre o mizbêach (altar)"
(Vayikrá/Levítico, 22:22), sobre as quais diz a Sifrá: "'E ofertas queimadas, não dareis
destas coisas' se refere à gordura. 'Não dareis destas coisas' significa apenas a queima
de todas; como fico sabendo que se trata de uma parte qualquer delas? Pelas palavras
'destas coisas', que significam 'nem mesmo qualquer parte delas'".

Assim, foi esclarecido que aquele que fizer o korbán (sacrifício) de um animal
defeituoso transgride quatro proibições, se contarmos a queima das partes de
sacrifício como apenas um mandamento; mas se o contarmos como dois, como fez o
Taná [mencionado acima, no Sifrá], haverá cinco mandamentos transgredidos, pois o
Taná conta "qualquer uma" das partes de sacrifício como um mandamento, e "todas"
elas como outro, sustentando que "destas coisas" significa qualquer parte delas,
embora haja apenas uma proibição. Parece que o Taná é de opinião que a violação de
um lav shebiklalut é punível com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash]! Por isso ele diz na Sifrá: "Aquele que destinar para o
mizbêach (altar) um animal defeituoso transgride cinco proibições: a de destinar,
degolar, aspergir o sangue, queimar as partes de sacrifício e queimar qualquer uma
dessas partes".

A Guemará de Temurá diz: "De acordo com Abayé, se alguém oferecer sobre o
mizbêach (altar) os membros de animais defeituosos será punido tanto pela violação
da proibição de queimar o animal inteiro como pela violação da proibição de queimar
uma parte qualquer dele. Rabá diz que não há pena de malkut (chicotadas) pela
violação de um lav shebikhlalut [veja o nono fundamento, na introdução], mas contra
ele foi citada a afirmação 'Aquele que destinar para o mizbêach (altar) um animal
defeituoso transgride cinco proibições (...)', que demonstra que há uma pena de
malkut (chicotadas) pela violação de um lav shebiklalut. Rabá foi, por conseguinte,
contestado".
Foi assim esclarecido que quem diz que se transgride cinco proibições tem essa
opinião apenas porque ele sustenta que a violação de um lav shebiklalut é punível com
a pena de malkut (chicotadas), e consequentemente conta como duas, a proibição
referente a todo e qualquer parte. É sabido que Abayé adota esse ponto de vista em
todos os lugares, como explicamos no nono dos fundamentos expostos no começo
deste trabalho. Mas de acordo com Rabá, que diz que não há pena de a pena de
malkut (chicotadas) pela violação de um lav shebiklalut, há apenas um a pena de
malkut (chicotadas) pela queima, como dissemos. Nós deixamos claro que este é o
ponto de vista correto, como explicado na Guemará de San'hedrin, e como enfatizado
por nós no nono fundamento; consequentemente, há apenas quatro proibições, como
foi enunciado nas Escrituras (Torá), e aquele que dedicar e fazer o korbán (sacrifício)
um animal defeituoso está sujeito a quatro penas de malkut (chicotadas) pela violação
dessas quatro proibições, como explicamos.

Todas essas proibições se aplicam a animais permanentemente defeituosos, tais como


os mencionados nas Escrituras (Torá) nas seguintes palavras: "Que tenham membros
ou maior que o outro, (...) e de testículos machucados, ou moídos ou despendidos, ou
cortados" (Vayikrá/Levítico, 22:23-24), pois todos esses são defeitos permanentes.

Todos os defeitos de animais, tanto permanentes como temporários, estão detalhados


no sexto capítulo de Bechorot; e as normas das quatro proibições que tratam
especificamente da oferta de animais defeituosos estão explicadas em diversos
trechos dos Tratados de Zevachím e Temurá.

P. 95 - NÃO FAZER O KORBÁN (SACRIFÍCIO)


UM ANIMAL COM UM DEFEITO TEMPORÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer o korbán (sacrifício) um animal com um defeito passageiro.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não sacrificarás a D'us, teu D'us, boi ou cordeiro que tenha defeito (...)"
(Devarím/Deuteronômio, 17:1), que são explicadas pelo Sifrí como referindo-se a um
animal com um defeito passageiro.

Também neste caso pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash] é o castigo por desobedecer a proibição de fazer o korbán (sacrifício).

P. 96 - NÃO OFERECER SACRIFÍCIOS DEFEITUOSSO DE UM GENTIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e seis (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de oferecer sacrifícios defeituosos de um não judeu. Não devemos
dizer: "Como ele é um não judeu, um sacrifício imperfeito pode ser oferecido em seu
favor".
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E da mão do estrangeiro não oferecereis nenhuma dessas coisas"
(Vayikrá/Levítico, 22:25).

A punição por fazer o korbán (sacrifício) transgredindo esta proibição também é a


pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 97 - NÃO FAZER COM QUE UMA OFERTA SE TORNE DEFEITUOSA

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e sete (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer com que uma oferta se torne defeituosa. Isso é chamado de
"deformar ofertas consagradas" e é punível com a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash], desde que seja feito na época em que existir o
Beit Hamikdash (Santuário, Templo de Jerusalém)e caso a oferta seja aceitável, como
explicado na Guemará de Avodá Zará.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): relativas aos sacrifícios "Estes deverão ser sem defeito" (Vayikrá/Levítico,
22:21), sobre as quais a Sifrá diz: "'Estes deverão ser sem defeito', ou seja, não os
tornem defeituosos".

M. 86 - REDIMIR OFERENDAS DEFEITUOSAS

A mitsvá número oitenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


redimir qualquer oferenda que tiver se tornado defeituosa, liberando-a, assim, para
uso normal e permitindo-nos abatê-la e comê-la.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Todavia, com todo o desejo de tua alma, poderás fazer a shechitá (abate ritual) e
comer carne, em todas as tuas cidades" (Devarím/Deuteronômio, 12:15), a respeito
das quais o Sifrí diz: "'Todavia, com todo o desejo de tua alma, poderás fazer a shechitá
(abate ritual) e comer carne em todas as tuas cidades': isto se refere apenas a
oferendas defeituosas que tiverem sido redimidas".

As regras detalhadas do mandamento (mitsvá) de redenção de oferendas estão


explicadas no Tratado de Bechorot e no de Temurá, e em vários trechos de Chulín,
Arachín e Meilá.

ESTUDO 158

M. 60, P. 100, 98, M. 62, P. 99

M. 60 - OFERECER GADO COM IDADE MÍNIMA DETERMINADA


A mitsvá número sessenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de que todo
gado que trouxermos como oferenda tenha oito dias ou mais de idade, não menos.

[A FONTE NA TORÁ] Este é o mandamento (mitsvá) da oferenda cujo momento de ser


aceita ainda não chegou por motivos físicos e está expresso em Suas palavras, (louvado
seja!): "Ficarão por sete dias atrás de sua mãe" (Vayicrá/Levítico, 22:27).

Este mandamento (mitsvá) também nos é dado de uma outra forma: "Sete dias estará
com sua mãe" (Shemot/Êxodo, 22:29). Isto se aplica a todas as oferendas de todos os
tipos, individuais e públicas.

Das palavras: "E do oitavo dia em diante serão aceitos por sacrifício, como oferenda
queimada a D'us" (Vayicrá/Levítico, 22:27) concluímos que antes disso eles não seriam
aceitáveis. Assim, está claramente proibido oferecer um animal que não tenha atingido
idade para ser aceito; mas como este é uma proibição (mitsvát lô taassê) derivado de
um mandamento (mitsvát assê), sua transgressão não acarreta a pena de malkut
(chicotadas) [quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento
em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], e aquele que trouxer um animal para
korbán que não tenha alcançado a idade certa não será açoitado, como está explicado
no capítulo "Otó veet benó" (cap. cinco, pág. 80b de Chulín), onde também se lê:
"Desconsidere a oferenda cuja época ainda não tenha chegado (tem menos de oito
dias), pois a Torá a justapôs a um mandamento (mitsvát assê) [motivo pelo qual, neste
caso, não se aplica malkut – chicotada]".

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na Sifrá, no final do Tratado


do Talmud de Zevachím.

P. 100 - NÃO OFERECER NO MIZBÊACH (ALTAR)


O SALÁRIO DE UMA RAMEIRA OU O PREÇO DE UM CÃO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cem (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina
de oferecer no mizbêach (altar) o salário de uma rameira ou o preço de um cão.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não trarás salário de rameira, nem preço de cão à casa de D'us, teu D'us"
(Devarím/Deuteronômio, 23:19).

As normas deste mandamento estão explicadas no sexto capítulo do Tratado de


Temurá. Todo aquele que oferecer uma destas coisas, embora seu sacrifício seja
desqualificado, está sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash], de acordo com a lei relativa ao sacrifício de um animal com defeito.

P. 98 - NÃO OFERECER FERMENTO OU MEL SOBRE O MIZBÊACH (ALTAR)

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e oito (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de oferecer fermento ou mel sobre o mizbêach (altar).
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): em relação aos sacrifícios: "Porque não fareis queimar fermento algum ou mel
algum como oferta queimada a D'us" (Vayikrá/Levítico, 2:11), e exposta sob outra
forma em Suas palavras "Nenhuma minchá (oferenda que contém farinha) que
oferecerdes a D'us será preparada com fermento" (Vayikrá/Levítico, 2:11).

Já explicamos no nono fundamento que oferecer ambos, fermento e mel, é punível


com um a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].
apenas, e não com dois, porque essa proibição é um lav shebiklalut [uma proibição
negativa geral (ver o nono fundamento)], como explicamos ali, e ficou claramente
estabelecido que a violação de um lav shebiklalut acarreta a pena de malkut
(chicotadas) apenas uma vez. Assim, por exemplo, aquele que oferecer mel é punido
uma vez com a pena de malkut (chicotadas), da mesma forma que aquele que oferecer
fermento, ou fermento e mel juntos.

M. 62 - LEVAR SAL COM CADA SACRIFÍCIO

A mitsvá número sessenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer sal com cada sacrifício.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E toda tua oferenda de minchá (oferenda a D'us que contem farinha) temperarás com
sal" (Vayicrá/Levítico, 2:13). [Veja também proibição (mitsvát lô taassê) 99]

As normas deste mandamento (mitsvá) também estão explicadas no Sifrá e em


Menachót.

P. 99 - NÃO OFERECER UM SACRIFÍCIO SEM SAL

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa e nove (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de oferecer um sacrifício sem sal.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não deixarás faltar o sal do pacto de teu D'us em tua minchá (oferenda que
contém farinha)" (Vayikrá/Levítico, 2:13). Como somos proibidos de deixar faltar o sal,
segue-se que é proibido oferecer qualquer sacrifício sem sal, e que todo aquele que
oferecer um sacrifício ou minchá (oferenda que contém farinha) sem sal está sujeito à
pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo de Zevachím.

ESTUDO 159

M. 63, P. 146, M. 64
M. 63 - O KORBÁN OLÁ (SACRIFÍCIO-QUEIMADO-POR-INTEIRO)

A mitsvá número sessenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual somos ordenados quanto ao procedimento a seguir ao oferecermos o Korbán
Olá (sacrifício-queimado-por-inteiro). Ou seja, todo o Korbán Olá (sacrifício-queimado-
por-inteiro), seja ele uma oferta individual ou pública, deve ser oferecido de uma
maneira preestabelecida.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Quando algum de vós oferecer sacrifício a D'us (...) Se seu sacrifício for korbán olá
(sacrifício-queimado-por-inteiro) de gado (...)" (Vayicrá/Levítico, 1:2-3).

P. 146 - NÃO COMER A CARNE DE UM


KORBÁN OLÁ (SACRIFÍCIO-QUEIMADO-POR-INTEIRO)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quarenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer a carne de um korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Mas não te será permitido (...) nem os teus votos que ofereceres"
(Devarím/Deuteronômio, 12:17). Isto é como se ele tivesse dito: "Não deves comer os
votos que ofereceres"; e o Sifrí explica: "'Nem os teus votos': o objetivo do versículos é
apenas mostrar-lhe que aquele que comer um korbán olá (sacrifício-queimado-por-
inteiro), seja antes ou depois de aspergir seu sangue, seja dentro ou fora das cortinas,
estará violando um "Lô taassê" (proibição)".

Este "Lô taassê" (proibição) serve como proibição contra qualquer tipo de sacrilégio.

Todo aquele que desobedecer este mandamento voluntariamente – ou seja, que


comer a carne de um korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro), ou que se tornar
culpado de sacrilégio por obter um proveito qualquer de qualquer um dos outros
sacrifícios consagrados, como explicado no Tratado de Meilá – será punido com a pena
de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc.,
após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. Aquele que o
desobedecer involuntariamente fica obrigado a levar um korbán Ashám (sacrifício por
ter feito certos pecados) por sacrilégio [meíla — ver mitsvá 71] e a pagar de acordo
com o valor daquilo de que ele usufruiu, acrescido da quinta parte [ver mitsvá 118],
como explicado no Tratado de Meilá.

No nono capítulo de San'hedrin lemos: "Se ele cometeu sacrilégio deliberadamente,


Rabi Yehudá diz que ele está sujeito à morte, mas os Sábios dizem que ele está sujeito
à pena de malkut (chicotadas) e os Sábios citam em apoio a seu ponto de vista: "'Pois
morrerão por isto' (Vayikrá/Levítico, 22:9), significando que morrerão por 'isto', mas
não por causa do sacrilégio".

M. 64 - O KORBÁN CHATÁT
A mitsvá número sessenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de
oferecer o Korbán Chatát (sacrifício por ter feito certos pecados graves
involuntariamente), seja ele de que tipo for, da maneira especificada.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Esta é a lei do korbán chatát (...)" (Vayicrá/Levítico, 6:18).

No Vayicrá/Levítico está explicado também de que forma o sacrifício (korbán) deve ser
oferecido, que parte dele deve ser queimada e que parte deve ser comida.

ESTUDO 160

P. 139, 112, M. 65

P. 139 - NÃO COMER CARNE DE KORBÁN CHATÁT (SACRIFÍCIOS


POR PECAR INCONSCIENTEMENTE) CUJO SANGUE TENHA
SIDO LEVADO PARA DENTRO DO SANTUÁRIO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta e nove (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina em que os Cohanim ficam proibidos de comer a carne dos Korbán
Chatát (sacrifícios por pecar inconscientemente) que devem ser oferecidos no
Santuário.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E todo o korbán chatát (sacrifício por pecar inconscientemente) cujo sangue for
trazido à tenda da assinação para expiar na santidade, não será comido; no fogo será
queimado" (Vayikrá/Levítico, 6:23). Comê-la é punido com a pena de malkut
(chicotadas) [— só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

A Sifrá diz: "'Não será comido; no fogo será queimado': isso significa que somos
proibidos por um "Lô taassê" (proibição) de comer qualquer coisa que deva ser
queimada".

P. 112 - NÃO CORTAR A CABEÇA DO PÁSSARO DE UM KORBÁN CHATÁT (SACRIFÍCIO


POR PECAR INCONSCIENTEMENTE) DURANTE A MELIKÁ

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e doze (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de cortar a cabeça do pássaro de um korbán chatát (sacrifício por pecar
inconscientemente) durante a meliká [uma forma de sacrifício segundo a qual o Cohen
utiliza-se da unha para cortar a nuca, e depois a laringe e o esôfago do pássaro.].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E destroncará sua cabeça pela nuca, porém não a separará" (Vayikrá/Levítico,
5:8).. Se ele a cortar ou a dividir, ele invalidará o sacrifício.
As normas deste mandamento estão no sexto capítulo de Zevachím.

M. 65 - O KORBÁN ASHÁM

A mitsvá número sessenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer o Korbán Ashám (sacrifício por ter feito certos pecados) de uma determinada
maneira.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E esta é a lei do korbán Ashám (...)" (Vayicrá/Levítico, 7:1).

As Escrituras explicam como este sacrifício deve ser oferecido, que parte dele deve ser
queimada e que parte deve ser comida.

ESTUDO 161

M. 89, P. 145, 148

M. 89 - OS COHANIM DEVEM COMER


A CARNE DOS KODASHIM (SACRIFÍCIOS CONSAGRADOS)

A mitsvá número oitenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual os Cohanim são ordenados a comer a carne dos sacrifícios consagrados, a
saber, o Korbán Chatát (sacrifício por ter feito certos pecados graves
involuntariamente) e o Korbán Ashám (sacrifício por fazer certos pecados com ou sem
consciência), que estão entre os sacrifícios mais sagrados.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E comerão das coisas com que for feita a expiação" (Shemot/Êxodo, 29:33).

O Sifrá diz: "De que maneira saber que o fato de que comam os sacrifícios consagrados
concede o perdão para toda Israel? Pelas palavras da Torá 'E a D'us vô-lo deu para
levardes a iniquidade da congregação a fim de perdoar por eles diante de D'us!'
(Vayicrá/Levítico, 10:17). De que forma? O Cohen o come e Israel recebe o perdão".

Uma das condições deste mandamento (mitsvá) é que só deve comê-los durante um
dia e uma noite até a meia-noite. Depois disso, fica proibido comer deles; ele é um
obrigação apenas durante o espaço de tempo estabelecido.

Fica claro que também este mandamento (mitsvá) se aplica apenas aos elementos
masculinos das famílias dos Cohanim, e não às mulheres, pois as mulheres não podem
comer dos sacrifícios mais sagrados a que se refere este mandamento (mitsvá). Os
outros sacrifícios – a saber, os kadashim kalim (sacrifícios menos sagrados) – podem
ser comidos no espaço de dois dias e uma noite, exceto o [korbán] Todá (de
agradecimento por estar a salvo — ver mitsvá 93) e o carneiro dos Nezirim, os quais,
embora sejam kadashim kalim (sacrifícios menos sagrados), devem ser comidos em um
dia e uma noite até a meia-noite. Outrossim, as mulheres podem comer desses
sacrifício menos sagrados.

O fato de [os Cohanim] comê-los (os kadashim kalim) também é parte deste
mandamento (mitsvá), bem como o de comer a terumá (parte da colheita dada ao
Cohen). Contudo, comer os kadashim kalim e a terumá não é como comer a carne dos
Korbanót (sacrifícios) de Chatat e Ashám, pois o ato de comer a carne dos Korbanót de
Chatat e Ashám completa o perdão de quem ofereceu os sacrifícios, como explicamos,
e o ato de comer é ordenado explicitamente no caso deles, mas não no caso dos
kadashim kalim e a terumá. Consequentemente, isso constitui apenas uma parte do
mandamento (mitsvá) que se aplica aos outros sacrifícios, e ao comê-los ele executa
um mandamento (mitsvá). O Sifrí diz: "'O serviço de vosso sacerdócio dei-o como
dádiva a vós' (Bamidbár/Números, 18:7) faz com que o ato de comer as coisas
consagradas dentro da terra de Israel seja como o serviço no Santuário: assim como
ele tinha que lavar suas mãos antes de iniciar o serviço no Santuário, ele também tinha
que lavar as mãos antes de comer as coisas sagradas fora de Jerusalém".

As normas destes mandamentos estão explicadas em diversos trechos de Zevachím.

P. 145 - NÃO COMER O KORBÁN CHATÁT (SACRIFÍCIO POR PECAR


INCONSCIENTEMENTE) E O KORBÁN ASHÁM (SACRIFÍCIO POR TER FEITO CERTOS
PECADOS) FORA DA ÁREA DO BEIT HAMICDASH (SANTUÁRIO)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quarenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de comer o korbán chatát (sacrifício por pecar inconscientemente) e
o Korbán Ashám (sacrifício por ter feito certos pecados) fora da área da Azará do Beit
Hamicdash (Santuário), e esta proibição se aplica até mesmo aos Cohanim.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): no mesmo versículo, "De teu gado e de teu rebanho" (Devarím/Deuteronômio,
12:17). É como se Ele tivesse dito: "Não deves comer dentro de teus portões o maaser
(dízimo) de teus cereais, de teu gado, nem de teu rebanho"; e o Sifrí explica: "'De teu
gado e de teu rebanho': o versículo se refere apenas ao caso de uma pessoa que viola
um "Lô taassê" (proibição) ao comer um korbán chatát (sacrifício por pecar
inconscientemente) ou um korbán Ashám (sacrifício por ter feito certos pecados) fora
das cortinas [fora da Azará]" e é punida com a pena de malkut (chicotadas) [só quando
há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

Da mesma forma, aquele que comer os Kadashim Kalim (sacrifícios com pequeno grau
de santidade – podia-se comer em toda Jerusalém) fora das muralhas também será
punido com a pena de malkut (chicotadas), como está explicado na Guemará de
Macot, porque comer qualquer uma das santidades fora do local designado para isso
está incluído na proibição "Não te será permitido" (Devarím/Deuteronômio, 12:17).

P. 148 - UM ZAR NÃO PODE COMER OS SACRIFÍCIOS MAIS SAGRADOS


A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quarenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina em que um zar (não Cohen) fica proibido de comer dos sacrifícios
mais sagrados.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "O estranho não comerá delas pois é santidade" (Shemót/Êxodo, 29:33).

Não se fica sujeito à pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e
duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash] a menos que se coma dentro do campo do Santuário e depois de ter
aspergido o sangue do sacrifício.

ESTUDO 162

M. 66, P. 147, M. 67, P. 102, 103, 138

M. 66 - O SACRIFÍCIO (KORBÁN) DE SHELAMIM

A mitsvá número sessenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


comer a oferecer o sacrifício (korbán) de shelamim (do qual queima-se parte no
mizbêach (altar), parte vai para os Cohanim e parte para quem trouxe) da forma
especificada.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E se sacrifício de shelamim é sua oferenda" (Vayicrá/Levítico, 3:1) e "É esta a lei do
sacrifício (korbán) de shelamim (...) Se por ação de graças a oferecer (...)"
(Vayicrá/Levítico, 7:11-12).

Esses quatro rituais [dos mandamentos 63, 64, 65 e 66] – o korbán olá (sacrifício-
queimado-por-inteiro), o korbán chatát (sacrifício por ter feito certos pecados graves
involuntariamente), o korbán Ashám (sacrifício por ter feito certos pecados) e o
sacrifício (korbán) de shelamim – compõem todo o ritual dos sacrifícios, uma vez que
todas as oferendas de animais, sejam elas trazidas por um indivíduo ou pela
congregação, pertencem a uma dessas quatro categorias, embora o korbán Ashám seja
sempre uma oferenda individual, como explicamos em diversas ocasiões.

O Tratado do Talmud de Zevachím contém as normas destes quatro mandamentos e


assuntos relacionados a eles, e explica quais são as cerimônias obrigatórias, o que não
pode ser feito — pelo que há punição [malkut (chicotadas) ou pena de morte, etc.], o
que invalida um sacrifício e qual é o procedimento correto.

P. 147 - NÃO COMER KADASHIM KALIM (SACRIFÍCIOS COM PEQUENO GRAU DE


SANTIDADE - PODIA-SE COMER EM TODA JERUSALÉM) ANTES
DE ASPERGIR SEU SANGUE SOBRE O MIZBÊACH (ALTAR)
A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quarenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é
a Proibição Divina de comer dos Kadashim Kalim (sacrifícios com pequeno grau de
santidade - podia-se comer em toda Jerusalém) antes de aspergir seu sangue.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Mas não te será permitido comer em tuas cidade (...) nem tuas ofertas
voluntárias" (Devarím/Deuteronômio, 12:17). É como se Ele tivesse dito: "Não deverás
comer tuas ofertas voluntárias" e, de acordo com a Tradição, "o versículo se refere
apenas a alguém que viola um "Lô taassê" (proibição) ao comer o korbán todá
(sacrifício de agradecimento a d'us) ou o de paz antes de aspergir seu sangue"; ele
também será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash]..

M. 67 - A MINCHÁ (OFERENDA A D'US QUE CONTEM FARINHA)

A mitsvá número sessenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer a Minchá (oferenda a D'us que contem farinha) de acordo com as regras
estipuladas para cada um de seus vários tipos.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E quando uma alma oferecer uma minchá (oferenda a D'us que contem farinha) a
D'us (...)" (Vayicrá/Levítico, 2:1); "E se tua oferenda for minchá (oferenda a D'us que
contem farinha) feita na assadeira (...)" (Vayicrá/Levítico, 2:5); "E se minchá (oferenda
a D'us que contem farinha) de panela é tua oferenda (...)" (Vayicrá/Levítico, 2:7), que
são complementadas pelas seguintes palavras, encontradas mais adiante: "E esta é a
lei da minchá (oferenda a D'us que contém farinha)" (Vayicrá/Levítico, 6:7).

As normas deste mandamento (mitsvá), com seus vários aspectos, estão explicadas no
Tratado do Talmud de Menachót, que se dedica especificamente a este assunto.

P. 102 - NÃO COLOCAR AZEITE DE OLIVA SOBRE


A MINCHÁ (OFERENDA QUE CONTÊM FARINHA) DE UM PECADOR

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e dois (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de colocar azeite de azeitona sobre a Minchá (oferenda que contêm farinha) de
um pecador [Ver mitsvá 72].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não porá sobre ela azeite" (Vayikrá/Levítico, 5:11). Colocar azeite sobre ela se
pune com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 103 - NÃO LEVAR LEVONÁ (OLÍBANO/GOMA-RESINA) JUNTO


COM A MINCHÁ (OFERENDA QUE CONTÊM FARINHA) DE UM PECADOR
A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e três (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de levar levoná (olíbano/goma-resina) junto com a Minchá (oferenda que
contêm farinha) de um pecador.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem porá sobre ela levoná (olíbano/goma-resina)" (Vayikrá/Levítico, 5:11).
Colocar levoná (olíbano/goma-resina) sobre ela se pune com a pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

A Mishná diz: "Um homem torna-se culpado por causa do óleo por si só e por causa do
levoná (olíbano/goma-resina) por si só", porque estes são sem dúvida alguma duas
mitsvót lô taassê (proibições) independentes.

As normas deste mandamento, relativo à minchá (oferenda que contém farinha) de


um pecador, estão explicadas no quinto capítulo de Menahot.

P. 138 - NÃO COMER A MINCHÁ (OFERENDA QUE CONTÉM FARINHA) DE UM COHEN

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta e oito (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer a Minchá (oferenda que contêm farinha) de cereal de um
Cohen.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E toda a minchá (oferenda que contém farinha) de Cohen será queimada
totalmente, não será comida" (Vayikrá/Levítico, 6:16) e está repetida com relação aos
bolos assados do Cohen Gadol, que também são uma minchá (oferenda que contém
farinha). A transgressão desta proibição também é punida com a pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

A Sifrá diz: "'Será queimada totalmente': isso significa que somos proibidos por um "Lô
taassê" (proibição) de comer qualquer coisa que deva ser queimada totalmente".

ESTUDO 163

P. 124, M. 88, 83, P. 155

P. 124 - NÃO COZER AS SOBRAS DE UMA MINCHÁ


(OFERENDA QUE CONTÊM FARINHA) DE CEREAL COM LEVEDO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte e quatro (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de cozer as sobras de uma Minchá (oferenda que contêm farinha) de
cereal com levedo.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não será cozido levedado, isto é igual à porção das minhas ofertas queimadas
que lhe tenho dado" (Vayikrá/Levítico, 6:10), o que equivale a dizer que a porção
deles, que é a sobra da minchá (oferenda que contém farinha), não deve ser cozida
com levedo. Todo aquele que a cozer com levedo estará sujeito à pena de malkut
(chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash], como a Mishná enuncia
claramente: "Fica-se sujeito à pena de malkut (chicotadas)".

A Guemará de Pessachim diz: "Se a carne do korbán Pessach (sacrifício de Pessach) for
levada de uma companhia para outra, embora isso infrinja um "Lô taassê" (proibição),
a carne permanecerá pura, mas todo aquele que a comer estará transgredindo um "Lô
taassê" (proibição)". Também está dito, no mesmo trecho, que "Aquele que levou
carne de korbán Pessach (sacrifício de Pessach) de uma companhia para outra não é
culpado, a menos que ele a deixe lá, pois a expressão 'levarão' tem o mesmo
significado aqui que no caso do Shabat". Mas se a deixar lá, então ele estará sujeito à
pena de malkut (chicotadas).

As normas deste mandamento estão explicadas no quinto capítulo de Menachot.

M. 88 - OS COHANIM DEVEM COMER OS RESÍDUOS


DAS MENACHÓT (OFERENDAS QUE CONTÊM FARINHA)

A mitsvá número oitenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual os Cohanim são ordenados a comer os resíduos das menachót (oferendas que
contêm farinha) [— as partes que não foram queimadas no mizbeach - altar].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E o que ficar dela, comerão Aharón e seus filhos; comer-se-á sem fermento"
(Vayicrá/Levítico, 6:9). O Sifrá diz a este respeito: "'Comer-se-á' é um mandamento
(mitsvát assê), da mesma forma que 'O irmão de seu marido estará com ela e a tomará
por mulher' (Devarím/Deuteronômio, 25:5) também é um mandamento (mitsvát
assê)". Ou seja, comer os resíduos das menachót (oferendas que contêm farinha) e
casar-se com a viúva de um irmão que morreu sem deixar filhos, são dois
mandamentos (mitsvót assê), e não meras opções.

As normas destes mandamentos estão explicadas no Tratado do Talmud de Menachót.


A Torá determina que este mandamento (mitsvá) se aplique apenas aos homens, de
acordo com Suas palavras, (louvado seja!): "Todo varão dos filhos de Aharón o
comerá" (Vayicrá/Levítico, 6:11).

M. 83 - LEVAR OS SACRIFÍCIOS DEVIDOS DURANTE A PRIMEIRA FESTA

A mitsvá número oitenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


executar todos os deveres a nós impostos na chegada da primeira das três Festas
(bíblicas judaicas — chaguim) de forma que com a passagem de qualquer uma das três
Festas, cada um de nós tenha levado todos os sacrifícios devidos.
[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E lá ireis. E levareis ali vossos korbanót olá (sacrifícios-queimados-por-inteiro)..."
(Devarím/Deuteronômio, 12:5-6). O significado deste mandamento (mitsvá) é que
quando fores lá durante cada uma das três Festas tereis a obrigação de levar todos os
sacrifícios que vos tenham sido impostos.

A esse respeito diz o Sifrí: "'E lá ireis. E levareis ali'; por que foi dito isto? Para
estabelecer a obrigação de levar os sacrifícios no início da primeira festa". Também diz,
no mesmo trecho: "Não se transgride 'não demorarás em pagá-lo'
(Devarím/Deuteronômio, 23:22) até que não tenham terminado as três Festas– as
Festas do ano todo". Ou seja, se as três Festas tiverem passado e não se tiver levado
seu sacrifício, ter-se-á violado uma proibição (mitsvát lô taassê 155), mas se apenas
uma Festa (Yom Tov) tiver passado, ter-se-á violado apenas um mandamento (mitsvát
assê).

Na Guemará de Rosh Hashaná lemos: "Rabi Meir diz: Assim que uma Festa (chag)
terminar, ele terá transgredido o mandamento (mitsvá) 'Não demorarás em pagá-lo'".
O Talmud pergunta: "Por que motivo Rabi Meir diz isto?" E a resposta é: "Porque está
escrito 'E lá ireis. E levareis ali', o que significa que você deve levá-los quando for lá".
Mas os Sábios dizem que esse versículo constitui apenas um mandamento (mitsvát
assê). Assim ficou claro que as palavras: "E levareis ali" constituem um mandamento
(mitsvát assê), significando que se deve cumprir todas as suas obrigações para com a
D'us e que isto deve ser feito em cada festa, quer sejam elas qualquer tipo de
sacrifício, ou que sejam donativos ['dami alai' — 'meu valor como doação ao Templo];
ou valores ['erki alai': o avaliado pela Torá como doação ao Templo — ver mitsvá 114),
charamim (coisas consagradas — ver mitsvá 145), hekdeshót (coisas dedicadas ao
Santuário), leket (respigaduras; ver mitsvá 121), shichechá (feixes esquecidos; ver
mitsvá 122) e peá (ver mitsvá 120). O cumprimento de todos esses tipos de obrigações
no primeira festa que houver é um mandamento (mitsvát assê), como está explicado
na Guemará de Rosh Hashaná.

P. 155 - NÃO ADIAR O PAGAMENTO DE PROMESSAS

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e cinquenta e cinco (do Sefer Hamitsvót)
é a Proibição Divina de adiar promessas, sacrifícios voluntários e outras oferendas a
que nos tenhamos comprometido.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Quando fizeres algum volto a D'us, teu D'us, não demorarás em pagá-lo"
(Devarím/Deuteronômio, 23:22). E, de acordo com a Tradição, não se transgride esta
proibição até que três festivais tenham se passado.

As normas deste mandamento estão explicadas no início do Tratado de Rosh Hashaná.

ESTUDO 164

M. 84, 85, P. 90
M. 84 - LEVAR TODAS AS OFERTAS APENAS AO SANTUÁRIO

A mitsvá número oitenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer todos os sacrifícos apenas no Santuário.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Ali oferecerás os teus korbanót olá (sacrifícios-queimados-por-inteiro), e ali farás tudo
o que Eu te ordeno" (Devarím/Deuteronômio, 12:14).

Procurando alguma citação que deixasse clara a proibição de levar qualquer tipo de
sacrifício a outro lugar, [os sábios] trouxeram prova das Suas palavras, (louvado seja!):
"Guarda-te de ofereceres teus korbanót olá (sacrifícios-queimados-por-inteiro) em
todo o lugar que vires" (Devarím/Deuteronômio, 12:13). O Sifrá diz: "Eu sei disso
apenas com relação ao korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro). De que forma fico
sabendo que é assim para com todos os outros sacrifícios? Pelas palavras das
Escrituras 'E ali farás tudo o que eu te ordeno'. Aqui, novamente, eu poderia dizer que
apenas no caso do korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) há ambos, um
mandamento (mitsvát assê) e uma proibição (mitsvát lô taassê); como sei que o
mesmo se aplica a todos os outros sacrifícios? Pelas palavras das Escrituras: 'Ali farás
tudo'". Eu voltarei a este assunto mais tarde, nas proibições (ver lô taassê 89-90).

O fato de dizer que no caso de um korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) estão


envolvidos um mandamento (mitsvát assê) e uma proibição (mitsvát lô taassê) significa
que aquele que o levar a outro lugar [e lá o sacrificar] estará violando ambos: um
mandamento (mitsvát assê) e uma proibição (mitsvát lô taassê), sendo o mandamento
(mitsvá) uma proibição (mitsvát lô taassê) "Guarda-te de ofereceres teus korbanót olá
(sacrifícios-queimados-por-inteiro)" e o mandamento (mitsvát assê) "Ali oferecerás" —
e ele não os ofereceu lá [no Santuário].

Já em relação aos outros sacrifícios, [ao sacrificá-los em outro lugar] talvez se


transgrediria apenas o mandamento (mitsvát assê) de "E ali farás tudo o que eu te
ordeno", mas está explicado ali (no Sifrá) que também no caso deles se viola uma
proibição (mitsvát lô taassê), além do mandamento (mitsvát assê). E está explicado no
final do Tratado do Talmud de Zevachím que todos os sacrifícios levados a outro lugar
envolvem um mandamento (mitsvát assê) e uma proibição (mitsvát lô taassê), e a
penalidade de carêt [castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com
D'us e encurta a vida]. Assim, por tudo o que expliquei, fica claro que as palavras: "Ali
fará tudo o que Eu te ordeno " são, sem dúvida alguma, um mandamento (mitsvát
assê).

M. 85 - LEVAR AO SANTUÁRIO, MESMO DE FORA


DA TERRA DE ISRAEL, TODOS OS SACRIFÍCIOS DEVIDOS

A mitsvá número oitenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de levar
ao Santuário tudo o que tenhamos a obrigação de oferecer – quer seja um Korbán
Chatát (sacrifício por ter feito certos pecados graves involuntariamente), um Korbán
Olá (sacrifício-queimado-por-inteiro), um Korbán Ashám (sacrifício por certos pecados
com ou sem consciência) ou um shelamim (sacrifício do qual queima-se parte no
mizbêach (altar), parte vai para os Cohanim e parte para quem trouxe) – ainda que o
motivo responsável pelo sacrifício (korbán) esteja fora da terra de Israel, ou seja,
embora a obrigação tenha sido ocasionada fora da terra de Israel, somos ordenados a
levar os sacrifícios ao Santuário e temos o dever de fazê-lo, não importa a que
distância.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"De certo, tuas coisas sagradas e tuas oferendas de votos, tomarás e levarás ao lugar
que a D'us escolher " (Devarím/Deuteronômio, 12:26), sobre as quais o Sifrí diz: "'tuas
coisas sagradas' se refere apenas aos sacrifícios fora da terra de Israel. 'Tomarás e
levarás' nos ensina que devemos nos preocupar com o transporte dos sacrifícios até o
Santuário". Está explicado ali que isto se aplica apenas nos casos de korbán chatát, de
korbán Ashám, de korbán olá e de shelamim que a pessoa tem a obrigação de
oferecer.

P. 90 - NÃO FAZER A SHECHITÁ (ABATE RITUAL) DE NENHUM


DOS KADASHIM (SACRIFÍCIOS SAGRADOS) FORA DA ÁREA
DO BEIT HAMICDASH (SANTUÁRIO)

A proibição (mitsvát lô taassê) número noventa (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de fazer a shechitá (abate ritual) de qualquer um dos kadashim (sacrifícios
sagrados) fora da área do Beit Hamicdash (Santuário). Isso é chamado de "fazer a
shechitá (abate ritual) de fora" e na enumeração de todas as transgressões que
acarretam o carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com
D'us e encurta a vida), feita no início de Keritút, "fazer a shechitá (abate ritual) de fora"
e fazer o korbán (sacrifício) fora" são contadas separadamente.

[A FONTE NA TORÁ] O princípio de que aquele que degola do lado de fora fica sujeito
ao carêt a partir do momento da shechitá (abate ritual), mesmo se ele não fizer a
oferenda depois, está expressa na Torá em Suas palavras, (louvado seja!): "Que fazer a
shechitá (abate ritual) de boi ou cordeiro ou cabra, no acampamento, ou fazer a
shechitá (abate ritual) fora do acampamento, e não os trouxer à porta da tenda da
assinação para o oferecer como sacrifício a D'us, derramador de sangue será
considerado aquele homem; sangue derramou, e será banido aquele homem dentre
seu povo" (Vayikrá/Levítico, 17:3-4). Contudo, a proibição de fazer a shechitá (abate
ritual) dos kadashim (sacrifícios sagrados) fora não está explicitamente enunciada, mas
se deduz do princípio de que não se prescreve uma punição a menos que uma
proibição a preceda, de acordo com os fundamentos que apresentamos na introdução
a estes mandamentos. A Guemará de Zevachím diz: "Aquele que fazer a shechitá
(abate ritual) de e oferecer fora é culpado por fazer a shechitá (abate ritual) de e por
oferecer. Isso está correto no que se refere ao sacrifício, a respeito do qual as
Escrituras (Torá) prescrevem a punição e enunciam a proibição, sendo a punição: 'Será
banido (Vayikrá/Levítico, 17:9), e a proibição: 'Guarda-te (hishamer) de ofereceres'
(Devarím/Deuteronômio, 12:13), a qual deve ser compreendida à luz das palavras de
Rabi Abin, em nome de Rabi Ilai, de que toda vez que as Escrituras (Torá) disserem
'guarda-te' (hishamer), ou 'para que não' (pen) ou 'não' (al), há um "Lô taassê"
(proibição). Mas no caso do shechitá (abate ritual), embora as Escrituras (Torá)
prescrevam reconhecidamente o castigo nas palavras 'E não os trouxer à porta da
tenda da assinação (...) será banido aquele homem', onde é que encontramos a
proibição?" Depois de uma longa discussão a questão foi assim resolvida: "Ao dizer 'Ali
oferecerás (taaleh)' (...) e 'ali farás (taaseh)' (Devarím/Deuteronômio, 12:14), as
Escrituras (Torá) nos permitem argumentar o seguinte, por analogia de 'oferecer' a
'fazer': assim como no caso de 'oferecer', também no caso de 'fazer' estão implicados
tanto o castigo quanto a proibição".

"Ali oferecerás" e "Ali farás" se referem às Suas palavras, (louvado seja!): "Ali
oferecerás os teus korbanót olá (sacrifícios-queimados-por-inteiro)", que significam
fazer o korbán (sacrifício), isto é, queimar no fogo, e as palavras "Ali farás tudo o que
eu te ordeno", que incluem ambor queimar e degolar, uma vez que Ele nos deu ordens
quanto ao shechitá (abate ritual) também.

Você deve saber que aquele que fazer a shechitá (abate ritual) de fora
involuntariamente também tem a obrigação de levar uma chatát kevuá (trazer um
sacrifício específico de pecado).

Também é importante para você saber que todo aquele que oferecer atualmente um
sacrifício sagrado fora está sujeito à carêt (castigo Divino que afeta profundamente a
conexão da alma com D'us e encurta a vida). Os Sábios dizem claramente: "Se alguém
fazer o korbán (sacrifício) atualmente, Rabi Yohanan diz que ele é culpado", e essa é a
lei, pois os sacrifícios ainda são válidos, de acordo com o princípio bem estabelecido de
que "Podemos oferecer sacrifícios embora não haja Santuário".

As normas deste mandamento também estão explicadas no décimo terceiro capítulo


de Zevachím.

ESTUDO 165

P. 89, M. 39, 29, P. 81, M. 30

P. 89 - NÃO FAZER O NENHUM KORBÁN (SACRIFÍCIO)


FORA DA ÁREA DO BEIT HAMICDASH (SANTUÁRIO)

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de oferecer qualquer sacrifício fora da área do Beit Hamicdash
(santuário) [ver proibição 77], o que é chamado de "fazer o korbán (sacrifício) fora".

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Guarda-te de ofereceres teus korbanót olá (sacrifícios-queimados-por-inteiro)
em todo o lugar que vires" (Devarím/Deuteronômio, 12:13).
O Sifrí diz: "Isto me fala apenas dos korbanót olá (sacrifícios-queimados-por-inteiro);
como saber quanto aos outros sacrifícios? Pelas palavras das Escrituras (Torá) 'E ali
farás tudo o que eu te ordeno'. Contudo, eu poderia dizer que enquanto no caso do
korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) há uma mitsvát assê (mandamento —
mitsvá 84) e um negativo, no caso de todas as outras ofertas há apenas uma mitsvát
assê (mandamento). Por isso as Escrituras (Torá) dizem: 'Ali oferecerás os teus
korbanót olá (sacrifícios-queimados-por-inteiro)'. Por que o korbán olá (sacrifício-
queimado-por-inteiro) está destacado, se ele está incluído no enunciado geral? Para
permitir-lhe deduzir por analogia que assim como no caso do korbán olá (sacrifício-
queimado-por-inteiro) – que está especificamente mencionado – há uma mitsvát assê
(mandamento) e uma lô taassê (proibição), assim também em todos os outros casos,
nos quais está estipulado apenas uma mitsvát assê (mandamento), há um "Lô taassê"
(proibição) envolvido também".

Vou apresentar agora uma explicação deste texto – embora ele seja simples – para que
o assunto fique claramente entendido. No caso do korbán olá (sacrifício-queimado-
por-inteiro), as Escrituras (Torá) proíbem expressamente oferecê-lo fora, pelas Suas
palavras, (louvado seja!): "Guarda-te de ofereceres teus korbanót olá (sacrifícios-
queimados-por-inteiro)"; a seguir há uma ordem expressa para que ele seja oferecido
no Santuário, em Suas palavras, (louvado seja!): "Ali oferecerás os teus korbanót olá
(sacrifícios-queimados-por-inteiro)", que são uma mitsvát assê (mandamento) para
oferecer o korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) "No lugar que escolher D'us"
(Devarím/Deuteronômio, 12:13). Mas, com relação às outras ofertas consagradas, há
apenas o mandamento (mitsvát assê) para que sejam oferecidas no Santuário,
expresso em Suas palavras "Ali farás tudo o que eu te ordeno"
(Devarím/Deuteronômio, 12:14). Entretanto, as palavras "Ali farás (...)" implicam que
não devemos fazê-lo fora, e é um princípio aceito entre nós que um "Lô taassê"
(proibição) derivado de uma mitsvát assê (mandamento) tem a força de uma mitsvát
assê (mandamento). Assim sendo, as palavras citadas acima: "Contudo eu poderia
dizer (...) que no caso de todas as outras ofertas há apenas uma mitsvát assê
(mandamento)" devem ser compreendidas da seguinte forma: aquele que oferecer
qualquer sacrifício fora transgride apenas um "Lô taassê" (proibição) derivado de uma
mitsvát assê (mandamento) e por isso as Escrituras (Torá) dizem: "Ali oferecerás os
teus korbanót olá (sacrifícios-queimados-por-inteiro)", para permitir-nos argumentar,
por analogia, que assim como o oferecimento do korbán olá (sacrifício-queimado-por-
inteiro) fora infringe um "Lô taassê" (proibição), o mesmo acontece quando se leva
qualquer uma das outras ofertas.

A violação voluntária desta proibição é punida com a carêt (castigo Divino que afeta
profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida); aquele que a violar
involuntariamente deve levar uma chatát kevuá (trazer um sacrifício específico de
pecado). O castigo de carêt por "fazer o korbán (sacrifício) fora" está estabelecido na
parte chamada "Acharé Mot" (Vayikrá/Levítico, 16:1 a 18:30) das Escrituras (Torá):
"Que oferecer korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) ou sacrifício, e à porta da
tenda da assinação trouxer, para oferecê-los a D'us, será banido aquele homem de seu
povo" (Vayikrá/Levítico, 17:8-9), a respeito das quais diz a Sifrá: "'Será banido aquele
homem de seu povo': já ouvimos a penalidade; de onde vem a proibição? Das palavras
das Escrituras (Torá) 'Guarda-te de ofereceres teus korbanót olá (sacrifícios-
queimados-por-inteiro)'". Ou nas palavras da Guemará de Zevachím: "A penalidade foi
enunciada, assim como a advertência. A penalidade: 'À porta da tenda da assinação
trouxer (...) será banido aquele homem de seu povo'; a advertência: 'Guarda-te de
ofereceres (...)'".

As normas deste mandamento estão explicadas no décimo terceiro capítulo de


Zevachím.

M. 39 - O KORBÁN OLÁ (SACRIFÍCIO-QUEIMADO-POR-INTEIRO) DIÁRIO

A mitsvá número trinta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer no Santuário, todos os dias, dois cordeiros que são chamados de Olát Tamíd
(oferendas contínuas).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Dois para cada dia, em korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) contínuo"
(Bamidbár/Números, 28:3).

As normas que regem este mandamento (mitsvá), a ordem dos sacrifícios e os


métodos a serem seguidos estão explicados no segundo capítulo de Yomá e no
Tratado do Talmud de Tamid.

M. 29 - O FOGO PERPÉTUO DO ALTAR

A mitsvá número vinte e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de manter
o fogo aceso no altar, todos os dias, constantemente.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Fogo contínuo estará aceso sobre o altar" (Vayicrá/Levítico, 6:6), o que só pode
significar que eles são obrigados a colocar lenha no fogo todos os dias sem falta, pela
manhã e ao entardecer, como está explicado no segundo capítulo de Yomá e no
Tratado do Talmud de Tamid.

O Talmud diz claramente: "Embora o fogo venha dos Céus, é um dever mantê-lo
queimando por meios comuns".

As normas deste mandamento (mitsvá), que é o mandamento (mitsvá) relativo à


preparação diária do fogo sobre o altar, estão expostas no quarto capítulo de Yomá e
no segundo de Tamid.

P. 81 - NÃO APAGAR O FOGO DO MIZBÊACH (ALTAR)

A proibição (mitsvát lô taassê) número oitenta e um (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição


Divina de apagar o fogo do mizbêach (altar).
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Fogo contínuo estará aceso sobre o mizbêach (altar); não se apagará"
(Vayikrá/Levítico, 6:6), sobre as quais a Sifrá diz: "'Não se apagará': isto nos ensina que
aquele que o apagar estará trasgredindo um "Lô taassê" (proibição)". E aquele que
violar esta proibição, extinguindo nem que seja uma única brasa ardente de cima do
mizbêach (altar), será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no décimo capítulo de Zevachím.

M. 30 - REMOVER AS CINZAS DO ALTAR [Terumát Hadéshen]

A mitsvá número trinta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através do qual
os Cohanim são ordenados a remover as cinzas do altar diariamente. Isto é chamado
de Terumát Hadéshen (a retirada das cinzas).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E vestirá o Cohen a sua túnica de linho (...) e separará a cinza" (Vayicrá/Levítico, 6:3).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas em várias passagens dos


Tratados talmúdicos de Tamid e Yomá.

ESTUDO 166

M. 28, 25, 40, 41, 27, 42

M. 28 - A QUEIMA DO INCENSO [Ketóret]

A mitsvá número vinte e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através do
qual os Cohanim são ordenados a colocar incenso diariamente, duas vezes por dia, no
Mizbach hazaháv (Altar de Ouro, que ficava na parte interna, no recinto do Kodesh, o
segundo lugar mais sagrado do Beit Hamicdásh).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E Aharón fará queimar sobre ele, incenso de especiarias; pela manhã, quando limpar
as lamparinas, o queimará" (Shemot/Êxodo, 30:7).

As normas deste mandamento (mitsvá) e o procedimento a ser seguido na queima


diária do incenso estão explicadas no início de Keritút e em várias passagens de Tamid.

M. 25 - A OBRIGAÇÃO DOS COHANIM DE ACENDER


AS LAMPARINAS DA MENORÁ DIARIAMENTE [Hadlakát Hamenorá]

A mitsvá número vinte e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual os Cohanim são ordenados a acender as lamparinas da menorá diariamente
perante D'us.
[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"A conservará em ordem Aharón e seus filhos, desde a tarde até a manhã, diante de
D'us" (Shemot/Êxodo, 27:21) e este é o mandamento (mitsvá) de acender as
lamparinas diariamente.

As normas detalhadas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no oitavo capítulo


de Menachót, no primeiro capítulo de Yomá e em diversos lugares do Tratado do
Talmud de Tamid.

M. 40 - A OFERENDA DIÁRIA DE ALIMENTO


PELO COHEN GADOL [CHAVITÊI COHEN GADOL]

A mitsvá número quarenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de que o


Cohen Gadol ofereça todos os dias span class="x-------------" xml:lang="pt-BR">uma
Minchá (oferenda a D'us que contem farinha) pela manhã e uma ao entardecer,
chamada de Chavitêi ('bolo fritado' do) Cohen Gadol, conhecida também como Minchá
(oferenda a D'us que contem farinha) do Cohen mashiach (ungido).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Esta é a oferenda de Aharón e seus filhos" Vayicrá/Levítico, 6:13).

As normas que regem este mandamento (mitsvá), bem como a hora e a maneira de
fazer a oferenda estão expostas no sexto e nono capítulos de Menachót e em vários
trechos de Yomá e no Tratado do Talmud de Tamid.

M. 41 - O KORBÁN MUSSÁF (SACRIFÍCIO ADICIONAL) DO SHABAT

A mitsvá número quarenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer um sacrifício todos os Shabatot, além do Korbán Olá (sacrifício-queimado-por-
inteiro) diário.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E no dia de Shabat, dois cordeiros de um ano de idade (...)" (Bamidbár/Números,
28:9).

A ordem dos sacrifícios está explicada no segundo capítulo de Yomá e em Tamid.

M. 27 - O PÃO DA PROPOSIÇÃO [Léchem Hapaním]

A mitsvá número vinte e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de colocar
o pão da proposição [os doze pães-matsót quadrados que ficavam sobre o Shulchán,
no recinto do Kodesh, o segundo lugar mais sagrado do Beit Hamicdásh] diante de
D'us, continuamente.
[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E porás sobre a mesa o pão da proposição diante de Mim, continuamente"
(Shemot/Êxodo, 25:30).

Você já sabe que a Torá prescreve que deve ser colocado pão novo (doze pães) a cada
Shabat, juntamente com incenso, e que os Cohanim devem comer do pão (doze pães)
que havia sido colocado no Shabat anterior.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no décimo primeiro capítulo


de Menachót.

M. 42 - O KORBÁN MUSSÁF (SACRIFÍCIO ADICIONAL)


DE ROSH CHODESH (INÍCIO DO MÊS, NA LUA NOVA)

A mitsvá número quarenta e dois (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer um sacrifício em cada Rosh Chodesh (início do mês, na Lua Nova), além do
Korbán Olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) diário, sendo este o sacrifício adicional
(Korbán Mussáf) de Rosh Chodesh (início do mês, na Lua Nova).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E nos princípios de vossos meses oferecereis korbán olá (sacrifício-queimado-por-
inteiro) a D'us" (Bamidbár/Números, 28:11).

ESTUDO 167

M. 43, 44, 45, 46, 47, 48, 50, 51

M. 43 - O KORBÁN MUSSÁF (SACRIFÍCIO ADICIONAL) DE PESSACH

A mitsvá número quarenta e três (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer um sacrifício em cada um dos sete dias de Pessach, além do Korbán Olá
(sacrifício-queimado-por-inteiro) diário, sendo este um sacrifício adicional (Korbán
Mussáf) da Festa das Matsót (pães ázimos, não levedados; Festa de Pessach).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E oferecereis por sete dias oferenda queimada a D'us" (Vayicrá/Levítico, 23:8).

M. 44 - A MINCHÁ (OFERENDA A D'US QUE CONTEM FARINHA) DA NOVA CEVADA

A mitsvá número quarenta e quatro (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


fazer a Minchá (oferenda a D'us que contem farinha) da cevada no décimo-sexto dia
de Nissan, juntamente com o Korbán Olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) de um
carneiro de um ano, sem defeito.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"Trareis ao Cohen um ômer das primícias de vossa ceifa" (Vayicrá/Levítico, 23:10).
Esta minchá (oferenda a D'us que contem farinha) é chamada de Bicurím ("A oferenda
das primícias") e ela está mencionada em Suas palavras, (louvado seja!): "E se
ofereceres minchá (oferenda a D'us que contem farinha) de primícias"
(Vayicrá/Levítico, 2:14). A Mechílta diz: "Todo 'se' na Torá implica em algo opcional
('reshút'), exceto em três casos, em que é usado em relação a uma obrigação ('chová');
um deles é este: 'E se ofereceres minchá (oferenda a D'us que contem farinha) de
primícias'. [Perguntaram:] Você está certo de que isto é uma obrigação? Talvez seja
apenas uma algo opcional? Diz o Talmud [que consta na Torá]: 'Assim oferecerás a
minchá (oferenda a D'us que contem farinha) de tuas primícias (...) (Vayicrá/Levítico,
2:14) — o que indica que isto é uma obrigação e não algo opcional".

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na íntegra no décimo


capítulo de Menachót.

M. 45 - O KORBÁN MUSSÁF (SACRIFÍCIO ADICIONAL) DE SHAVUOT

A mitsvá número quarenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer um sacrifício adicional (Korbán Mussáf) também no quinquagésimo dia após a
oferenda do ômer, que é no décimo-sexto dia de Nissan. Esta é a oferenda adicional de
Shavuót (festa das semanas), mencionada no livro de Bamidbár/Números.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E no dia das primícias, quando oferecerdes minchá (oferenda a D'us que contem
farinha) nova a D'us (...) E oferecereis korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro),
para ser aceito com agrado por D'us" (Bamidbár/Números, 28:26-27).

M. 46 - LEVAR DOIS PÃES EM SHAVUOT [Shete Halechem]

A mitsvá número quarenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual somos ordenados, como está prescrito, a levar ao Santuário dois pães na festa
de Shavuót (das semanas), juntamente com os sacrifícios obrigatórios da oferenda do
pão, e a oferecer sacrifícios, como prescrito no livro de Vayicrá/Levítico; e depois que
esses pães forem movidos, os Cohanim devem comê-los juntamente com os cordeiros
de shelamim ("paz"; sacrifício que era queimado, parte ia para os Cohanim e parte
para o que trouxe).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"De vossas habitações trareis dois pães para serem movidos, de duas décimas partes
de uma efá" (Vayicrá/Levítico, 23:17).

Está explicado no quarto capítulo de Menachót que este sacrifício, que era um
complemento da oferenda do pão, é uma oferenda à parte, e diferente do sacrifício
adicional (korbán Mussáf) do dia. Já fornecemos explicação suficiente a este respeito
em nosso comentário no Tratado do Talmud de Menachót.

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas em Menachót no


capítulos 4, 5, 8 e 11.
M. 47 - O KORBÁN MUSSÁF (SACRIFÍCIO
ADICIONAL) DO ANO NOVO [Rosh Hashaná]

A mitsvá número quarenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer um oferenda adicional no primeiro dia de Tishrei, que é o sacrifício adicional
(Korbán Mussáf) do ano novo [Rosh Hashaná].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E no sétimo mês, no primeiro dia do mês (...) e oferecereis um korbán olá (sacrifício-
queimado-por-inteiro), para ser aceito com agrado por D'us" (Bamidbár/Números,
29:1-2).

M. 48 - O KORBÁN MUSSÁF (SACRIFÍCIO ADICIONAL)


DO DÉCIMO DIA DE TISHREI [Yom Kipur]

A mitsvá número quarenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer um oferenda adicional no décimo dia de Tishrei [Yom Kipur – Dia do Perdão].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento Divino (mitsvá) está expresso em Suas palavras
(louvado seja!): "E no décimo dia, deste sétimo mês (...) e oferecereis um korbán olá
(sacrifício-queimado-por-inteiro), para ser aceito com agrado por D'us"
(Bamidbár/Números, 29:7-8).

M. 50 - O KORBÁN MUSSÁF (SACRIFÍCIO ADICIONAL) DA FESTA DE SUCÓT

A mitsvá número cinquenta (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de oferecer


uma oferenda adicional na festa de Sucót.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E oferecereis por korbán olá (sacrifício-queimado-por-inteiro) oferenda queimada
para ser aceita com agrado por D'us" (Bamidbár/Números, 29:13). Este é o sacrifício
adicional (korbán Mussáf) de Sucót [Festa das Cabanas].

M. 51 - O KORBÁN MUSSÁF (SACRIFÍCIO ADICIONAL) DE SHEMINÍ ATSÉRET

A mitsvá número cinquenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


oferecer uma oferenda adicional (Korbán Mussáf) no oitavo dia da festa de Sucót.

[FONTE NA TORÁ] Este é o sacrifício adicional (korbán Mussáf) do oitavo dia da


assembleia solene (Sheminí Atséret) (Bamidbár/Números, 29:35-38).

O que nos faz considerar este sacrifício adicional (korbán Mussáf) como sendo uma
oferenda em separado, diferente das oferecidas diariamente durante a festa de Sucót,
é o princípio aceito de que o oitavo dia da assembleia solene (Sheminí Atséret) é, por si
só, uma outra festa. Os Sábios dizem claramente: "Ele é uma Festa (chag) separado,
com oferendas separadas". Isto prova que oferenda é específica, deixando assim o
assunto perfeitamente claro.

ESTUDO 168

M. 161, P. 140

M. 161 - CONTAR O ÔMER

A mitsvá número cento e sessenta e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


de contar o ômer.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E contareis para vós desde o dia seguinte ao primeiro dia festivo, desde o dia em que
tiverdes trazido o ômer da movimentação; sete semanas completas serão [de
contagem]" (Vayicrá/Levítico, 23:15).

Você deve saber que da mesma forma que o Tribunal é obrigado a contar os anos do
Yovêl (ano do Jubileu — o ano 50; ver mitsvá 140), ano por ano, e o ciclo de Shemitá
por ciclo de Shemitá [sétimo ano do campo], como expliquei anteriormente, assim
também nós somos obrigados a contar os dias do ômer, dia por dia, semana por
semana, como está determinado em Suas palavras: "Contareis cinquenta dias"
(Vayicrá/Levítico, 23, 16) e "Sete semanas contarás para ti" (Devarím/Deuteronômio,
16, 9).

Assim como contar os anos e os ciclos de Shabat constitui um único mandamento


(mitsvá), também no caso do ômer, um só mandamento (mitsvá) determina a
contagem. Todos os meus antecessores o contaram corretamente como um
mandamento (mitsvá); e você não deve se deixar confundir pelas palavras: "É
obrigatório contar os dias, e é obrigatório contar as semanas" e considerar que há dois
mandamentos separados, porque quando o mandamento (mitsvá) tem várias partes, o
cumprimento de cada uma delas é um mandamento (mitsvá). Contudo, haveria dois
mandamentos se tivesse sido dito: "Contar os dias é um mandamento (mitsvá), e
contar as semanas é um [outro] mandamento (mitsvá)". Isto não passará
desapercebido a alguém que costuma usar as palavras no seu sentido preciso. Se você
disser "é obrigatório fazer isto e aquilo", isto não significa necessariamente que essa
determinada ação seja um mandamento (mitsvá) separado.

Há uma prova clara disto no fato de que ao contar o ômer enumeramos as semanas
todas as noites dizendo "tantas semanas e tantos dias", enquanto que se as semanas
fossem um mandamento (mitsvá) separado, deveríamos mencionar o número de
semanas apenas nas noites em que se completa cada semana; e neste caso haveria
duas bênçãos: uma "Bendito és, D'us (...) que nos ordenastes contar o 'dias do ômer'"
e outra "contar as 'semanas do ômer'". Mas não é o caso, e o mandamento (mitsvá)
determina a contagem do ômer, seus dias e suas semanas, de acordo com Seu
mandamento (mitsvá).
Este mandamento (mitsvá) não é obrigatório para mulheres.

P. 140 - NÃO COMER SACRIFÍCIOS


CONSAGRADOS QUE TENHAM SIDO INVALIDADOS

A proibição (mitsvát lô taassê) número Cento e quarenta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer sacrifícios consagrados que tenham sido invalidados em
virtude de um defeito causado propositadamente (como foi explicado no Tratado de
Bechorot) depois da shechitá (abate ritual), por qualquer uma das formas que fazem
com que um sacrifício consagrado se torne alimento proibido.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não comerás nada do que for abominável" (Devarím/Deuteronômio, 14:3),
sobre as quais diz o Sifrí: "'Não comerás nada do que for abominável' se refere a
sacrifícios consagrados que foram invalidados". E também: "Rabi Eliezer ben Jacob diz:
De que forma sabemos que, se alguém fizer um corte na orelha do primogênito de um
animal e comer dele, ele estará violando um "Lô taassê" (proibição) ? Pelas palavras
das Escrituras (Torá): 'Não comerás nada do que for abominável'".

Comê-los é punido com a pena de malkut (chicotadas) [— só quando há advertência


prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no Tratado de Bechorot.

ESTUDO 169

P. 132

P. 132 - NÃO COMER PIGUL

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta e dois (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer pigul. Pigul significa um sacrifício que se tornou impróprio
porque, no momento em que foi abatido (shechitá) ou oferecido (sacrificado), a pessoa
que o ofertou teve intenções inadequadas quanto à sua finalidade, tendo pensado em
comê-lo ou em só queimar as partes que devem ser queimadas depois de expirado o
prazo para fazê-lo, como explicamos claramente no segundo capítulo de Zevachím.

[A FONTE NA TORÁ] A proibição de comer pigul está expressa em Suas palavras "Ele
não comerá delas pois são santidade" (Shemót/Êxodo, 29:33), como explicamos ao
tratar do mandamento precedente, e deduzimos o castigo de Suas palavras na parte
de "Tzav" relativas ao pigul, "E, se na hora de fazer o korbán (sacrifício), pensou em
comer da carne do sacrifício de ofertas de paz no terceiro dia, este não será aceito,
nem será levado em conta aquele que o oferecer; impura será (pigul), e quem comer
dele, a sua iniquidade levará" (Vayikrá/Levítico, 7:18). A tradição explica que este
versículo se refere a um sacrifício que se tornou inválido devido a intenções
inadequadas quanto à sua finalidade, tidas no momento da oferta, sendo tal sacrifício
conhecido com pigul, e que Suas palavras "Pensou em comer da carne" se referem
apenas à intenção de comê-lo no terceiro dia. Portanto, a Guemará diz: "Ouça com
atenção! O versículo se refere àquele que nesse momento tiver a intenção de comer a
carne de seu sacrifício no terceiro dia", e nos diz que tal intenção desqualifica o
sacrifício e que todo aquele que comer dele após ter tido essa intenção fica sujeito à
carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta
a vida), pois está dito: "E quem comer dele, a sua iniquidade (avon) levará"; a respeito
do notar está dito: "E aquele que o comer, levará sobre si sua iniquidade (avon) (...) e
será banida aquela alma de seu povo" (Vayikrá/Levítico, 19:8).

A Guemará de Keritút diz: "Nunca negligencie uma guezerá shavá! ["expressão


similar", ou seja, uma analogia entre duas leis estabelecidas com base na congruência
verbal dos textos das Escrituras] — a lei do pigul, que é um dos mandamentos
essenciais da Torá, foi deduzida apenas através de um guezerá shavá. Um versículo diz:
'A sua iniquidade (avon) levará' e o outro diz: 'Levará sobre si sua iniquidade (avon)';
assim como em um caso há carêt, também há carêt, no outro.

Aquele que comer pigul involuntariamente também fica obrigado a levar uma chatát
kevuá (trazer um sacrifício específico de pecado).

As normas relativas ao pigul e ao notar estão explicadas em vários trechos da Ordem


de Kadashim.

ESTUDO 170

P. 120

P. 120 - NÃO DEIXAR SOBRAR CARNE DO KORBÁN TODÁ


(SACRIFÍCIO DE AGRADECIMENTO A D'US) ATÉ A MANHÃ SEGUINTE

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de deixar sobrar qualquer parte de um korbán todá (sacrifício de agradecimento
a D'us) até pela manhã.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não deixareis ficar dele até pela manhã" (Vayikrá/Levítico, 22:30).

A proibição (mitsvát lô taassê) número (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição Divina


chegamos à conclusão de que tudo o que ficar de qualquer sacrifício além do tempo
determinado para o seu consumo se transformará em notar e deverá ser queimado,
uma vez que a proibição está justaposta a uma mitsvát assê (mandamento). Queimá-lo
é uma mitsvát assê (mandamento), como explicamos ao tratar do mandamento
(mitsvát assê) 91.

ESTUDO 171

P. 131
P. 131 - NÃO COMER NOTAR

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer "notar", quer dizer, carne de sacrifícios que foi deixada além
do tempo determinado para seu consumo.

[A FONTE NA TORÁ] Na Torá não consta nenhuma proibição expressa quanto a comer
notar, mas ela prescreve a pena de carêt (castigo Divino que afeta profundamente a
conexão da alma com D'us e encurta a vida), para todo aquele que o faça, através de
Suas palavras (louvado seja!) na parashá (trecho da Torá) de Kedoshim, relativas ao
shelamim ("paz"; sacrifício que era queimado, parte ia para os cohanim e parte para o
que trouxe): "E a sobra, até o terceiro dia, no fogo será queimada. E se for comido no
terceiro dia (...) e será banida aquela alma de seu povo" (Vayikrá/Levítico, 19:6-8). Fica,
assim, claro que se alguém o fizer propositadamente, será punido com carêt, e se o
fizer involuntariamente, deverá levar uma chatát kevuá (trazer um sacrifício específico
de pecado).. O castigo está explicitamente enunciado nas Escrituras (Torá), mas a
proibição se deduz de Suas palavras, relativas à consagração, "E o estranho não
comerá delas, pois elas são santidade" (Shemót/Êxodo, 29:33), nas quais a palavra
"elas" inclui qualquer parte de um sacrifício que se estrague e que, como o notar, não
deva ser comida.

No Tratado de Meilá há o seguinte comentário sobre a afirmação na Mishná de que


pigul e notar não devem ser contados juntos, pois são duas coisas diferentes: "O
princípio se aplica apenas quanto a impurificar as mãos, de acordo com a lei rabínica,
mas eles devem ser contados juntos no que se refere a comer, pois a Mishná diz, em
nome de Rabi Eliezer: 'Ele não comerá delas pois elas são santidade': um "Lô taassê"
(proibição) proíbe comer todas as santidades que se tornarem impróprias". Como pigul
e notar são ambos santidades que se tornaram impróprias, a proibição de comer
qualquer um deles está expressa em Suas palavras "Ele não comerá delas pois elas são
santidade". Já foi explicado que o castigo por comer notar é carêt (castigo Divino que
afeta profundamente a conexão da alma com D'us e encurta a vida),.

ESTUDO 172

P. 130, 129

P. 130 - NÃO COMER CARNE DE SACRIFÍCIOS


CONSAGRADOS QUE SE TORNARAM IMPUROS

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e trinta (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de comer a carne de sacrifícios consagrados que se tornaram impuros.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E a carne sagrada do sacrifício de paz que tocar em tudo o que for impuro, não
será comida" (Vayikrá/Levítico, 12:19). A penalidade por comer o que esta proibição
determina é a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].
Na Tosséfta de Zevachím está explicado que uma pessoa pura que comer carne impura
recebe os quarenta açoites; e no segundo capítulo da Guemará de Pessachim está dito:
"A impureza da 'pessoa' é punida com carêt (castigo Divino que afeta profundamente a
conexão da alma com D'us e encurta a vida), mas a impureza da 'carne' é um "Lô
taassê" (proibição)".

As normas deste mandamento já foram explicadas no décimo terceiro capítulo de


Zevachím.

P. 129 - UMA PESSOA IMPURA NÃO DEVE COMER COMIDA SANTIFICADA

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte nove (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina em que uma pessoa impura fica proibida de comer comida
santificada.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): relativas a uma mulher depois do parto, "Em nenhuma santidade tocará"
(Vayikrá/Levítico, 12:4), sobre as quais a Sifrá diz: "'Em nenhuma santidade tocará e no
Santuário não entrará': assim como entrar no Santuário em estado de impureza
acarreta o castigo de carêt (castigo Divino que afeta profundamente a conexão da
alma com D'us e encurta a vida), o mesmo acontece se se comer carne santificada em
estado de impureza".

Esta aplicação da proibição "não tocará" (em nenhuma santidade) quanto a "comer"
voluntariamente está baseada no princípio estabelecido em Macot sobre a
interpretação de Suas palavras "Em nenhuma santidade tocará". O que a Guemará de
Macot diz é o seguinte: "Com relação ao impuro que comeu carne santificada, eu
admito que a penalidade está expressa em 'E a alma que comer carne de sacrifício de
oferta de paz (...) e tiver a sua impureza sobre si, será banida de seu povo"
(Vayikrá/Levítico, 7:20). Mas onde encontramos a proibição necessária? Ela se
encontra no texto: 'Em nenhuma santidade tocará'".

A Guemará diz ainda: "'Em nenhuma santidade tocará' é a proibição de comer. Você
diz que essa é uma proibição de 'comer'? será que ela não é apenas uma proibição de
'tocar'? Não. As Escrituras (Torá) dizem: 'Em nenhuma santidade tocará e ao Santuário
não virá' — a Torá está comparando a santidade (kodesh) com o Santuário (Mikdash)
— Assim como o Santuário acarreta a perda de uma alma (carêt), assim também todas
as santidade acarretam como penalidade a perda de uma alma. Se você disser que é o
'tocar', você conhece algum exemplo que o 'tocar' acarrete a perda de uma alma?
Portanto, o significado deve ser 'comer'".

A razão para que o Misericordioso tenha usado a palavra "tocar" em relação a "comer"
é para mostrar-nos que o tocar é igualado ao comer.
Por essas declarações fica claro que comer carne santificada é punido com carêt se a
ofensa for cometida deliberadamente, mas se for involuntariamente, o transgressor
deve levar korbán Olê Veyorêd (sacrifício de maior ou de menor valor), como
explicamos ao tratar do mandamento (mitsvát assê) 72.

As normas deste mandamento estão explicadas no décimo terceiro capítulo de


Zevachím.

ESTUDO 173

M. 91

M. 91 - QUEIMAR 'NOTAR' — AS SOBRAS DOS SACRIFÍCIOS CONSAGRADOS

A mitsvá número noventa e um (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


queimar 'notar' — as sobras dos sacrifícios consagrados

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E o que ficar da carne do sacrifício (korbán), no terceiro dia, no fogo será queimado"
(Vayicrá/Levítico, 7:17). Com relação às Suas palavras, (louvado seja!), ao cordeiro de
Pessach, "E não fareis sobrar nada dele até a manhã; e a sobra dele, pela manhã, a
queimareis no fogo" (Shemot/Êxodo, 12:10), a Mechílta diz: "O objetivo das Escrituras
é estipular um mandamento (mitsvát assê) para uma proibição (mitsvát lô taassê)". Em
vários trechos de Pessachim e Macot, além de outros, está explicitamente declarado
que o mandamento (mitsvá) uma proibição (mitsvát lô taassê) relativo às sobras está
justaposto a um mandamento (mitsvát assê), e dessa forma não há punição por malkut
(chicotadas) [quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento
em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash]. O mandamento (mitsvát assê) a que
nos referimos está expresso nas palavras já mencionadas, ou seja, "E o que ficar da
carne (...) no fogo será queimado".

A lei de Pigul [sacrifício invalidado pelo intenção incorreta do Cohen] e de Notar são
semelhantes, como explicarei nas proibições (mitsvót lô taassê) [131 e 132], uma vez
que a palavra Pigul também é expressa como "Notar".

As normas destes mandamentos estão explicadas em Pessachim e no final de Temurá.

ESTUDO 174

M. 90

M. 90 - QUEIMAR KADASHIM
(COISAS CONSAGRADAS) QUE SE TORNARAM IMPURAS

A mitsvá número noventa (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de queimar


kadashim (coisas consagradas) que se tornaram impuras.
[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E a carne sagrada do sacrifício (korbán) de shelamim (do qual queima-se parte no
mizbêach - altar, parte vai para os Cohanim e parte para quem trouxe) que tocar em
tudo o que for impuro não será comida, no fogo será queimada" (Vayicrá/Levítico,
7:19).

A Guemará de Shabat discute a questão de por que é proibido usar óleo de terumá
(parte da colheita dada ao Cohen) que tenha se tornado impuro para iluminação em
dia de Yom Tov (festa). Lê-se ali: "Descansar é um mandamento (mitsvá), de forma que
descansar em Yom Tov baseia-se em um mandamento (mitsvát assê) e em uma
proibição (mitsvát lô taassê); e um mandamento (mitsvát assê) [de queimar kadashim
que se tornaram impuras] não pode se sobrepor a ambos, uma proibição (mitsvát lô
taassê) e um mandamento (mitsvát assê)" [ver lo taasse 323 e 329].

O significado deste trecho é que é proibido trabalhar em um Yom Tov, e aquele que o
fizer estará infringindo um mandamento (mitsvát assê), tendo anulado o mandamento
(mitsvá) de que o Yom Tov "será para vós descanso solene" (Vayicrá/Levítico, 23:24).
Ele também estará infringindo uma proibição (mitsvát lô taassê), porque estará
fazendo algo que lhe foi proibido, de acordo com as palavras: "Nenhuma obra será
feita neles" (Shemot/Êxodo, 12:16), ou seja, nos Yom Tov. Como a queima de
sacrifícios consagrados que se tornaram impuros é apenas um mandamento (mitsvát
assê), não é permitido queimá-los em um Yom Tov, de acordo com o princípio já
mencionado de que um mandamento (mitsvát assê) não pode se sobrepor a ambos,
uma proibição (mitsvát lô taassê) e um mandamento (mitsvát assê). Também está dito:
"Da mesma forma que é obrigatório queimar os sacrifícios consagrados que se
tornaram impuros, assim também é obrigatório queimar o óleo da terumá que tiver se
tornado impuro".

As normas destes mandamentos estão explicadas em Pessachim e no final de Temurá.

ESTUDO 176

M. 49, 118

A mitsvá M. 49 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

M. 49

M. 49 - O OFÍCIO DE YOM KIPUR [Avodat Yom Hakipurim]

A mitsvá número quarenta e nove (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual somos ordenados a celebrar o ofício [fazer korbanót, etc.] do dia, ou
seja, todos os sacrifícios e profissões de fé ordenados pelas Escrituras para o Yom Kipur
(Dia do Perdão), para expiar todos os nosso pecados.

[FONTE NA TORÁ] Esta é a instrução que está expressa na porção (parashá) de "Acharé
Mot" (Vayicrá/Levítico, 16:1-34).
A prova de que ela constitui, em sua totalidade, apenas um mandamento (mitsvá), se
encontra no final do quinto capítudo de Kipurim (Yomá): "Com relação a cada
celebração de Yom Kipur, mencionada na ordem prescrita, se algum ofício for
celebrado fora da ordem estabelecida, é como se nenhum deles tivesse sido
celebrado" [ou seja, todos fazem parte da mesma mitsvá].

Todas as normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no tratado dedicado


exclusivamente a este assunto, que é o Tratado de Yomá.

M. 118 - A RESTITUIÇÃO POR SACRILÉGIO [MEILÁ]

A mitsvá número cento e dezoito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino através
do qual aquele que sem querer usar a propriedade do Templo ou comer alguma coisa
sagrada, como Terumá, sem querer, fica obrigado a restituir o que ele usou ou comeu
acrescido de um quinto.

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E pagará o valor da coisa sagrada pela qual pecou, acrescentando a quinta parte"
(Vayicrá/Levítico, 5:16) e "E o homem que comer santidade por erro, acrescentará a
quinta parte do valor desta" (Vayicrá/Levítico, 22:14).

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Meilá e também no Tratado de Temurá.

ESTUDO 177

P. 113

P. 113 - NÃO FAZER QUALQUER TRABALHO COM ANIMAL CONSAGRADO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e treze (do Sefer Hamitsvót) é a Proibição
Divina de fazer qualquer trabalho com um sacrifício.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não farás nenhum serviço com o primogênito de teu boi"
(Devarím/Deuteronômio, 15:19) e nós deduzimos a proibição de trabalhar com
qualquer outro animal consagrado ao sacrifício a partir desta, relativa ao primogênito.

Está explicado no final do Tratado de Macot que aquele que trabalhar com um animal
dedicado ao sacrifício é punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

ESTUDO 178

P. 114
P. 114 - NÃO TOSQUIAR UM ANIMAL CONSAGRADO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quatorze (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de tosquiar um sacrifício.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem tosquiarás o primogênito do teu rebanho" (Devarím/Deuteronômio,
15:19) e nós deduzimos a proibição de tosquiar todos os outros animais consagrados
ao sacrifício a partir desta, relativa ao primogênito.

As normas destes dois mandamentos, relativos a tosquiar e a trabalhar com sacrifícios,


estão explicadas no Tratado de Bechorot. Todo aquele que tosquiar qualquer sacrifício
também será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

ESTUDO 179

P. 114, M. 55, P. 115, 116

A mitsvá P. 114 já foi estudada anteriormente e deverá ser estudada novamente.

P. 114

P. 114 - NÃO TOSQUIAR UM ANIMAL CONSAGRADO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quatorze (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de tosquiar um sacrifício.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem tosquiarás o primogênito do teu rebanho" (Devarím/Deuteronômio,
15:19) e nós deduzimos a proibição de tosquiar todos os outros animais consagrados
ao sacrifício a partir desta, relativa ao primogênito.

As normas destes dois mandamentos, relativos a tosquiar e a trabalhar com sacrifícios,


estão explicadas no Tratado de Bechorot. Todo aquele que tosquiar qualquer sacrifício
também será punido com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência
prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit
Hamicdash].

M. 55 - FAZER A SHECHITÁ (ABATE RITUAL) DO KORBÁN (SACRIFÍCIO DE) PESSACH

A mitsvá número cinquenta e cinco (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


sacrificar o cordeiro de Pessach no décimo quarto dia de Nissan.
[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E fará a sua shechitá (abate ritual) toda a assembleia da congregação de Israel, pela
tarde" (Shemot/Êxodo, 12:6). Aquele que não cumprir este mandamento (mitsvá) e
deliberadamente negligenciar a oferenda deste sacrifício no momento determinado,
está sujeito à carêt [castigo Divino que afeta profundamente a conexão da alma com
D'us e encurta a vida], seja homem ou mulher, uma vez que está claramente expresso
na Guemará de Pessachim que o korbán Pessach (sacrifício de Pessach) é obrigatório
para as mulheres da mesma forma que para todo homem do povo de Israel, e que essa
oferenda tem prioridade sobre o Shabat, ou seja, que ela deve ser oferecida no décimo
quarto dia de Nissan, mesmo que este dia seja Shabat.

A pena de carêt está prescrita em Suas palavras: "E o homem que está puro e não
estiver em viagem e deixar de fazer o Pessach, esta alma será extirpada (carêt) de seu
povo" (Bamidbár/Números, 9:13).

Os mandamentos (mitsvót assê) de [Korban] Pessach e da circuncisão (veja também


mitsvá 215) estão incluídos na lista das proibições (mitsvót lô taassê) — início do
tratado Keritút — cuja transgressão é castigada com a pena de carêt (ou seja, quem
não faz o korbán Pessach ou a circuncisão comete um pecado) – como foi mencionado
na introdução.

As regras detalhadas deste mandamento (mitsvá) estão expostas no Tratado do


Talmud de Pessachim.

P. 115 - NÃO FAZER A SHECHITÁ (ABATE RITUAL)


DE O KORBÁN PESSACH (SACRIFÍCIO DE PESSACH)
ENQUANTO TIVERMOS PÃO LEVEDADO EM NOSSO PODER

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e quinze (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de fazer a shechitá (abate ritual) de o cordeiro de Pessach enquanto
tivermos chamets [levedura e alimentos levedados como pão, etc].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não sacrifiques, tendo chamets [levedura e alimentos levedados como pão,
etc], sangue de Meu sacrifício" (Shemót/Êxodo, 23:18) e aparece em outro trecho
(Shemót/Êxodo, 34:25). Significa que a partir do momento do shechitá (abate ritual) da
oferenda de Pessach, que é à tarde [no 14º dia de Nissan], não deverá haver chamets
[levedura e alimentos levedados como pão, etc] em possessão daquele que fazer a
shechitá (abate ritual) de a oferenda, nem daquele que aspergir seu sangue, daquele
que queimar suas partes de sacrifício, nem daqueles que fazem parte da companhia
[chaburá; o grupo que se reuniu para juntos comerem a carne do korbán Pessach
(sacrifício de Pessach)]; e todo aquele que estiver de posse de chamets [levedura e
alimentos levedados como pão, etc] naquela ocasião será punido com a pena de
malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após
julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].
A Mechílta diz: "'Não sacrifiques, tendo chamets [levedura e alimentos levedados
como pão, etc], sangue de Meu sacrifício': isto é, não deverás fazer a shechitá (abate
ritual) de o cordeiro de Pessach enquanto ainda houver chamets [levedura e alimentos
levedados como pão, etc]".

As normas deste mandamento estão explicadas no quinto capítulo de Pessachim.

P. 116 - NÃO DEIXAR AS PARTES DO KORBÁN PESSACH


(SACRIFÍCIO DE PESSACH) DE UM DIA PARA O OUTRO

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e dezesseis (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de deixar de oferecer as partes do Korbán Pessach (sacrifício de
Pessach) até que elas deixem de ser adequadas ao sacrifício e se transformem em
notar.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E não ficará sebo do Meu sacrifício até a manhã" (Shemót/Êxodo, 23:18), sobre
as quais a Mechílta diz: "O objetivo das Escrituras (Torá) é explicar-nos que os pedaços
de gordura se tornam impróprios ao sacrifício se ficarem de um dia para o outro no
chão".

Esta proibição está repetida de uma outra forma em Suas palavras "E não ficará para a
manhã o sacrifício do cordeiro de Pessach" (Shemót/Êxodo, 34:25).

ESTUDO 180

M.57, 56, 58

M. 57 - FAZER A SHECHITÁ (ABATE RITUAL)


DO KORBÁN PESSACH SHENI (Sacrifício do Segundo Pessach)

A mitsvá número cinquenta e sete (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino


através do qual aquele que não pode oferecer o primeiro Korbán Pessach [o sacrifício
de Pessach, em 14 de Nissán] é ordenado a fazer a shechitá (abate ritual) do Korbán
Pessach Sheni (Sacrifício do Segundo Pessach) [no dia 14 de Iyár].

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"No segundo mês, aos 14 dias do mês, pela tarde, a celebrará" (Bamidbár/Números,
9:11).

Aqui novamente se poderia objetar e perguntar: "Por que você conta o korbán Pessach
Sheni (Sacrifício do Segundo Pessach) [como um mandamento a parte], transgredindo
dessa forma a regra que você estabeleceu no sétimo fundamento de que uma lei
pertencente a um mandamento (mitsvá) não é por si só considerada como um
mandamento (mitsvá) separado? A pessoa que assim argumentar deve saber que os
Sábios sustentaram diferentes opiniões sobre a questão do korbán Pessach Sheni
(Sacrifício do Segundo Pessach) ser considerada como uma continuação do primeiro
korbán Pessach ou como um mandamento (mitsvá) independente, e a conclusão a que
se chegou foi que essa obrigação é um mandamento (mitsvá) diferente e que,
consequentemente, deve ser enumerado em separado.

A Guemará de Pessachim diz (Pessachim, 93a): "Na opinião de Rabi, [quem não fizer o
korbán Pessach] fica sujeito à pena de carêt [castigo Divino que afeta profundamente a
conexão da alma com D'us e encurta a vida] por causa do primeiro [korbán Pessach] e
fica-se sujeito à carêt por causa do segundo [caso não tenha feito o korbán Pessach
Sheni]. Mas Rabi Natán diz: 'Fica-se sujeito à carêt por causa do primeiro, mas não pelo
segundo'; e Rabi Chanánia ben Akávia diz: 'Não se fica sujeito à carêt nem por causa do
primeiro, a menos que se deixe de levar o segundo'".

A Guemará passa a perguntar: "Em que ele diferem?". E responde: "Rabi sustenta que
o segundo é uma Festa (chag) em separado, e Rabi Natán sustenta que ele é apenas
complementar ao primeiro". Isto explica nossa afirmação.

A Guemará diz ainda, no mesmo trecho: "De acordo com isto, se alguém
deliberadamente negligenciar ambas", ou seja, se alguém deliberadamente deixar de
levar tanto o primeiro korbán Pessach quanto o segundo, "todos concordam que ele é
culpado. Se ele negligenciar os dois involuntariamente, todos concordam que ele não é
culpado. Se ele negligenciar o primeiro intencionalmente e o segundo
involuntariamente, ele é culpado e está sujeito à carêt, de acordo com o Rabi e com
Rabi Natán; e é inocente e não está sujeito à punição, de acordo com Rabi Chanánia
ben Akávia. Da mesma forma, se seu erro for intencional no caso do primeiro, e ele
trouxer a oferenda no segundo, ele é culpado, de acordo com o Rabi", porque na sua
opinião, o segundo Pessach não é meramente complementar ao primeiro, e a lei
segue, em todos esses casos, o parecer do Rabi.

Este mandamento (mitsvá) não é obrigatório para mulheres porque está explicado no
Tratado do Talmud de Pessachim que a segunda oferenda é opcional para mulheres.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas na Guemará de Pessachim.

M. 56 - COMER O KORBÁN (SACRIFÍCIO DE) PESSACH

A mitsvá número cinquenta e seis (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


comer o cordeiro (carneiro ou cabrito) do Korbán Pessach (sacrifício de Pessach) na
décima quinta noite de Nissan, de acordo com as condições especificadas, ou seja:
deve ser assado; deve ser comido em uma casa; deve ser comido com matsá (pão não
levedado/ázimo) e marór (ervas amargas, alface romana, etc.).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"E comerão a carne nesta noite, grelhada no fogo, e matsót (pães não
levedados/ázimos), com ervas amargas (merorim) a comerão" (Shemot/Êxodo, 12:8).

Se alguém perguntar: "Por que você conta comer o korbán Pessach, a matsá (pão não
levedado/ázimo) e o marór como um único mandamento (mitsvá), e não como três,
uma vez que comer matsá é um mandamento (mitsvá), comer o marór é outro, e
comer a carne do korbán Pessach é outro"?

Eu direi que é verdade que comer matsá é um mandamento (mitsvá) por si só, como
explicarei posteriormente (mitsvá 158). Da mesma forma, comer a carne do korbán
Pessach também é por si só um mandamento (mitsvá), como já foi mencionado.

Mas comer marór é considerado algo dependente [da mitsvá] de comer o korbán
Pessach, e não deve ser contado como um mandamento (mitsvá) separado. Isto está
provado pelo fato de que se deve comer a carne do korbán Pessach em cumprimento
ao mandamento (mitsvá), quer haja marór (ervas amargas) disponível ou não, mas não
se come marór a não ser com a carne do korbán Pessach, porque Ele diz, (louvado
seja!): "Com matsót e merorim o (korbán Pessach) comerão" (Bamidbár/Números,
9:11). Ao comer marór (ervas amargas) sem a carne do korbán Pessach não se cumpre
nenhuma obrigação, e não se pode dizer que se cumpre o mandamento (mitsvá) de
comer marór.

Nas palavras do Mechílta: "'Grelhada no fogo, e matsót com merorim comerão'; isto
nos ensina que o mandamento (mitsvá) referente à carne do korbán Pessach estipula
que ela deve ser comida grelhada, com matsá e marór", ou seja, o mandamento
(mitsvá) consiste na totalidade destes três. Também está escrito: "De que modo você
conclui que na ausência da matsá e do marór, a obrigação pode ser cumprida
comendo-se apenas o korbán Pessach? Pelas palavras: 'a [carne do korbán Pessach]
comerão'", isto é, a carne apenas.

Será que poderia-se dizer que, da mesma forma que na ausência de matsá e de marór,
a obrigação pode ser cumprida comendo-se o korbán Pessach, assim também, na falta
do korbán Pessach, a obrigação pode ser cumprida comendo-se matsá e marór?
Poderia-se argumentar que, já que comer o korbán Pessach é um mandamento
(mitsvát assê), e comer matsá e marór também é um mandamento (mitsvát assê), se
na ausência de matsá e marór a obrigação pode ser cumprida comendo-se apenas o
korbán Pessach, então deveria concluir-se que na falta de korbán Pessach, a obrigação
pode ser cumprida comendo-se matsá e marór? Diz o Talmud (está escrito): 'a [carne
do korbán Pessach] comerão'" [isto é o principal].

Está também escrito: "'a [carne do korbán Pessach] comerão': destas palavras deve-se
concluir que o korbán Pessach deve ser comido al hassôva", com saciedade [ele deve
ser o "ponto alto", o auge de tudo, comido no final da refeição, ficando-se plenamente
satisfeito ao comê-lo], enquanto que a matsá e o marór não precisam ser comidos "al
hassôva" (não são tão importantes) — consequentemente, a carne [do korbán
Pessach] é a mitsvá principal, como Ele disse: "Comerão a carne [do korbán Pessach]
nesta noite", enquanto que comer marór é uma obrigação que complementa a [mitsvá
de comer a] carne do korbán Pessach e seus deveres, como estas citações deixam claro
para os que as compreendem.

Uma prova evidente da exatidão de nosso parecer está em uma afirmação do Talmud:
"Comer marór hoje em dia [em que não há o Templo nem o korbán Pessach] é apenas
uma obrigação estabelecida pelos rabinos", porque, no que diz respeito à Torá, não há
obrigatoriedade de comer o marór por si só, e sim, ele deve ser comido junto com a
carne do korbán Pessach. Isto constitui prova clara e evidente de que o marór é apenas
um acessório ao mandamento (mitsvá) e não constitue um mandamento (mitsvá) por
si só.

As normas deste mandamento (mitsvá) estão explicadas no Tratado do Talmud de


Pessachim.

M. 58 - COMER O KORBÁN PESSACH SHENI (Sacrifício do Segundo Pessach)

A mitsvá número cinquenta e oito (do Sefer Hamitsvót) é o Mandamento Divino de


comer a carne do Korbán Pessach Sheni (Segundo Sacrifício de Pessach), na noite do
décimo quinto dias de Iyar juntamente com matsá (pão não levedado/ázimo) e marór
(ervas amargas).

[A FONTE NA TORÁ] Este mandamento está expresso em Suas palavras (louvado seja!):
"A comerão com matsá (pão não levedado/ázimo) e marór (ervas amargas)"
(Bamidbár/Números 9:11).

As normas deste mandamento (mitsvá) também estão expostas em Pessachim.

É óbvio que este mandamento (mitsvá) não é obrigatório para mulheres, já que elas
não são obrigadas a fazer o abate, como explicamos, portanto, não resta dúvida que
elas não são obrigadas a comer esta oferenda.

ESTUDO 181

P. 125, 123, 128, 126, 127, 121, 122

P. 125 - NÃO COMER O KORBÁN PESSACH


(SACRIFÍCIO DE PESSACH) COZIDO NEM CRU

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte e cinco (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de comer o Korbán Pessach (sacrifício de Pessach) cozido ou cru: ele
deve ser assado.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não comais dela mal passada no fogo nem cozida na água" (Shemót/Êxodo,
12:9).

Já expliquei no nono fundamento deste trabalho que a contravenção a esta proibição é


punida com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 123 - NÃO RETIRAR O KORBÁN PESSACH


(SACRIFÍCIO DE PESSACH) DO LUGAR ONDE ELE É COMIDO
A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte e três (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de retirar qualquer porção da carne do Korbán Pessach (sacrifício de
Pessach) do lugar onde a companhia [chaburá; o grupo que se reuniu para juntos
comerem a carne do Korbán Pessach (sacrifício de Pessach)] se reúne para comê-lo.

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Não levarão para fora da casa a carne" (Shemót/Êxodo, 12:46), sobre as quais a
Mechílta diz "'Para fora': isto é, para fora do lugar onde ela deve ser comida".
Qualquer porção da carne que for retirada é classificada como trefá (ou taref) e não
pode ser comida.

A Guemará de Pessachim diz: "Se a carne do korbán Pessach (sacrifício de Pessach) for
levada de uma companhia para outra, embora isso infrinja um "Lô taassê" (proibição),
a carne permanecerá pura, mas todo aquele que a comer estará transgredidno um "Lô
taassê" (proibição)". Também está dito, no mesmo trecho, que "Aquele que levou
carne de korbán Pessach (sacrifício de Pessach) de uma companhia para outra não é
culpado, a menos que ele a deixe lá, pois a expressão 'levarão' tem o mesmo
significado aqui que no caso do Shabat". Mas se a deixar lá, então ele estará sujeito à
pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas testemunhas,
etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash].

As normas deste mandamento estão explicadas no sétimo capítulo de Pessachim.

P. 128 - NÃO PERMITIR QUE UM ISRAELITA APÓSTATA


COMA DO KORBÁN PESSACH (SACRIFÍCIO DE PESSACH)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte e oito (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de permitir que um israelita apóstata coma do Korbán Pessach
(sacrifício de Pessach).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nenhum estrangeiro comerá dele" (Shemót/Êxodo, 12:43), que o Targum
(Onkelos), de acordo com a Tradição, traduz da seguinte forma: "Nenhum israelita
apóstata". A Mechílta também diz: "'Nenhum estrangeiro' se refere a um israelita
apóstata que adora ídolos".

P. 126 - NÃO PERMITIR QUE UM GUER TOSHÁV


COMA DO KORBÁN PESSACH (SACRIFÍCIO DE PESSACH)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte e seis (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de que um guer toshav [um "convertido residente", ou seja, um
gentio que não adora ídolos e cumpre as sete leis de Noach (veja mitsvá 9), mas que
não se converteu ao judaismo] coma do Korbán Pessach (sacrifício de Pessach). /p>
[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "O residente (guer toshav) e o mercenário estrangeiro não comerão dele"
(Shemót/Êxodo, 12:45).

P. 127 - UMA PESSOA INCIRCUNCISA NÃO DEVE


COMER DO KORBÁN PESSACH (SACRIFÍCIO DE PESSACH)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte e sete (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina a pessoa incircuncisa fica avisada para não comer do Korbán Pessach
(sacrifício de Pessach).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E nenhum incircunciso comerá dele" (Shemót/Êxodo, 12:48). Toda pessoa
incircuncisa que comer dele será punida com a pena de malkut (chicotadas) [só
quando há advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit
Din — na época do Beit Hamicdash].

P. 121 - NÃO QUEBRAR NENHUM OSSO


DO KORBÁN PESSACH (SACRIFÍCIO DE PESSACH)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte e um (do Sefer Hamitsvót) é a


Proibição Divina de quebrar qualquer um dos ossos de Korbán Pessach (sacrifício de
Pessach).

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "Nem o osso quebrarão" (Shemót/Êxodo, 12:46), e sua transgressão é punida
com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há advertência prévia e duas
testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na época do Beit Hamicdash],
como está explicitamente exposto no Talmud: "Aquele que quebrar um osso de um
korbán Pessach (sacrifício de Pessach) puro será punido com a pena de malkut
(chicotadas)".

P. 122 - NÃO QUEBRAR NENHUM OSSO DO KORBÁN


PESSACH SHENI (SACRIFÍCIO DO SEGUNDO PESSACH)

A proibição (mitsvát lô taassê) número cento e vinte e dois (do Sefer Hamitsvót) é a
Proibição Divina de quebrar qualquer um dos ossos do korbán pessach sheni (sacrifício
do segundo pessach) [ver mitsvá 57].

[A FONTE NA TORÁ] Esta proibição Divina está expressa em Suas palavras (louvado
seja!): "E osso algum não quebrará dele" (Bamidbár/Números, 9:12) e sua
contravenção também é punida com a pena de malkut (chicotadas) [só quando há
advertência prévia e duas testemunhas, etc., após julgamento em um Beit Din — na
época do Beit Hamicdash].

A Guemará de Pessachim diz: "Uma vez que está dito, em relação ao korbán Pessach
Sheni (sacrifício do segundo pessach), 'E osso algum não quebrará dele', o que é
desnecessário, já que também está dito 'Segundo todo o estatuto de Pessach, o fará'
(Bamidbár/Números, 9:12), devo concluir que isso se refere a qualquer tipo dosso,
quer ele contenha tutano ou não".

As normas relativas à quebra de um osso estão explicadas no sétimo capítulo de


Pessachim.

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