Você está na página 1de 4

Unidade 2 – Subunidade 1

LIGAÇÃO QUÍMICA - Força de natureza eletrostática que mantem unidos os átomos, os iões ou as moléculas que formam
as substâncias. Podem ser divididas, em ligações em que há partilha significativa de eletrões entre átomos – iónica
(transferência de eletrões); metálica (eletrões livres) e covalente (partilha de eletrões).
 As ligações químicas formam-se porque os átomos tendem a encontrar o estado mais estável (8 eletrões de valência), o que
corresponde ao estado de menor energia possível – Princípio da Energia Mínima.
 Comparando a energia dos átomos antes e depois de ligados, verifica-se que, quando estão separados têm energia mais
elevada do que depois de ligados.

Num átomo há interações núcleo-eletrões e interações entre eletrões. 


As forças de interação nas moléculas são de: 
✓ repulsão entre os núcleos 
✓ repulsão entre os eletrões 
✓ atração entre os núcleos e os eletrões 
A energia de interação nos átomos e nas moléculas é uma
energia potencial. 
✓ As forças de atração eletrostática fazem baixar a energia potencial de interação entre as cargas.
✓ As forças de repulsão fazem aumentar a energia potencial de interação entre as cargas. 
✓ Nas moléculas há um equilíbrio entre as forças de atração e as de repulsão.

São as forças elétricas entre as partículas dos átomos que levam à formação das ligações químicas.

Situação 1 - Neste caso os átomos estão suficientemente  


afastados (r → ∞) para que a interação entre eles seja nula,  
ou seja, a energia potencial elétrica do sistema constituído  
pelos dois átomos é zero. 
Situação 2 - Nesta situação dominam as forças atrativas 
sobre as forças repulsivas, provocando a aproximação dos  
átomos. Esta aproximação faz com que continue a  
deformação das nuvens eletrónicas dos dois átomos,  
diminuindo a energia potencial elétrica do conjunto. 
Situação 3 - Esta situação corresponde ao estado de menor  
energia possível para o conjunto dos dois átomos, que assim  
atinge o máximo de estabilidade, formando a molécula H2, 
sendo que a energia potencial elétrica é mínima. 
Situação 4 - Se os núcleos se aproximam mais do que a  
distância re, as forças repulsivas tornam-se mais intensas,  
aumentando a energia potencial elétrica. O sistema torna-se  
então instável e os núcleos tendem a afastar-se de novo. 

COMPRIMENTO DE LIGAÇÃO: Distância internuclear de equilíbrio entre os núcleos de dois


átomos ligados.
ENERGIA DE LIGAÇÃO: Energia libertada quando se forma uma ligação química. 
ENERGIA DE DISSOCIAÇÃO: Energia absorvida para quebrar uma ligação. 
✓ O valor numérico da energia de ligação é igual ao da energia de dissociação, sendo este valor positivo que se considera
para os valores de energia de ligação. 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
REGRA DO OCTETO:
A estabilidade máxima é atingida quando os átomos envolvidos numa ligação química, cedendo, captando ou partilhando
eletrões, adquirem a configuração eletrónica de valência de um gás nobre.
Apenas eletrões de valência participam nas ligações químicas.
NOTAÇÃO DE LEWIS:
A representação dos eletrões de valência de um átomo pode ser feita pela
chamada Notação de Lewis.
É constituída pelo símbolo do elemento rodeado por um ponto por cada
eletrão de valência desse elemento, sendo os quatro primeiros colocados
em cada um dos quatro lados do símbolo, enquanto os restantes são também distribuídos pelos quatro lados na condição de
cada um dos lados acomodar até dois pontos.
----------------------------------------------------------------------------------------------

LIGAÇÃO IÓNICA:
Ligação química que ocorre nos compostos iónicos (sais) e que decorre da atração eletrostática entre
catiões e aniões resultantes da cedência e captação de eletrões entre átomos de metais e não
metais.
O metal (com tendência a ceder eletrões) transfere eletrões para o não metal (com tendência
para captar eletrões). A atração eletrostática entre iões de carga contrária assegura a ligação
química.

LIGAÇÃO METÁLICA:
Ligação química que ocorre nas substâncias metálicas e que resulta de numa rede
de iões metálicos positivos imersos num “mar” de eletrões de valência
deslocalizados partilhados por todos os átomos.
Os eletrões de valência dos metais estão fracamente atraídos aos núcleos atómicos: a
energia de ionização é baixa. Facilmente se tornam eletrões livres da ação do
seu átomo de origem. 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
LIGAÇÃO COVALENTE:
Uma ligação covalente é uma ligação química em que há partilha de eletrões
pelos átomos envolvidos na ligação. Ocorre em elementos de não metais ou
em elementos de semimetais.
 Uma ligação covalente entre dois átomos pode ser simples, dupla ou
tripla, conforme sejam partilhados 2, 4 ou 6 eletrões (1 par, 2 pares ou
3 pares de eletrões) entre esses átomos. 

Quanto maior for a energia da ligação, mais energia é  


necessária para romper a ligação, por isso, mais forte é a  
ligação, mais estável é a molécula e menos reativa se  
torna. 

COMPRIMENTO DA LIGAÇÃO: 
Distância média entre os centros atómicos envolvidos numa ligação química, na posição de maior estabilidade.

O comprimento de ligação entre dois átomos diminui à medida que aumenta a


ordem de ligação.

De uma maneira geral, o comprimento da ligação aumenta à medida que


aumenta o raio dos átomos envolvidos.

Em moléculas diatómicas com ligações entre átomos de dimensões semelhantes,  


quanto maior a ordem de ligação mais forte é a ligação e, consequentemente,  
maior a energia de ligação e menor o comprimento de ligação.

Nas moléculas com o mesmo tipo de ligação, como é o caso das moléculas
F2, Cl2, Br2 e I2, o comprimento de ligação é tanto maior quanto maior for
o raio atómico dos átomos envolvidos na ligação. Por exemplo, o
comprimento da ligação Br-Br é maior que o comprimento da ligação Cl-Cl.
GEOMETRIA ESPACIAL DAS MOLÉCULAS:
- É a que torna mínima a sua energia, isto é, a que torna mínimas as
repulsões na molécula. Existem repulsões entre os eletrões ligante-
ligante; não-ligante – ligante e não-ligante – não-ligante.

Moléculas com 3 átomos:


 sem pares de eletrões não-ligantes no átomo central: geometria linear.
 com um ou dois pares de eletrões não-ligantes no átomo central: geometria angular.
Moléculas com 4 átomos:
 sem pares de eletrões não-ligantes no átomo central: geometria triangular plana.
 com um par de eletrões não-ligantes no átomo central: geometria piramidal trigonal.
Moléculas com 5 átomos:
 sem pares de eletrões no átomo central: geometria tetraédrica.

ÂNGULO DE LIGAÇÃO:
É o menor ângulo formado pelos dois segmentos de reta que passam pelo centro do
núcleo do átomo central e pelos centros dos núcleos de dois átomos a ele ligados. 

Comparação dos comprimentos e ângulos de ligação nas moléculas H2O e H2S: 


Os átomos de oxigénio e os de enxofre pertencem ao mesmo grupo da Tabela Periódica. 
Os átomos de enxofre têm maior número de níveis de energia ocupados (maior raio atómico) do que os átomos de oxigénio, e,
portanto, o comprimento de ligação H–S é maior do que o comprimento de ligação H–O. 
O facto de o ângulo de ligação no sulfureto de hidrogénio, H 2S, ser menor do que na água, H 2O, deve-se a que as repulsões
entre os átomos de hidrogénio serem idênticas nas duas moléculas, o que implica que as distâncias entre esses átomos
sejam também idênticas. No entanto, como o comprimento das ligações H–S é maior do que
o comprimento das ligações H–O, o ângulo H–S–H é menor do que o ângulo
H–O–H. 

POLARIDADADE DAS LIGAÇÕES QUÍMICAS E DAS MOLÉCULAS:


Está relacionada com a maior ou menor tendência que os átomos que participam na ligação apresentam para atrair para
si os eletrões ligantes partilhados. 
 Quanto maior for a diferença estre esta tendência, mais polar é a ligação uma vez que apresenta uma assimetria
de distribuição de carga elétrica maior, gerando zonas de alta e de baixa densidade eletrónica em torno dos
átomos.  É de notar que as substâncias continuam a ser neutras apesar da nuvem eletrónica poder ser assimétrica.

MOLÉCULAS DIATÓMICAS: A polaridade da molécula é igual à polaridade da ligação química.


- Ligação covalente apolar: Ligação covalente em que os eletrões ligantes são igualmente partilhados pelos átomos
unidos de dois átomos do mesmo elemento envolvidos na ligação. A ligação covalente numa molécula diatómica
homonuclear, isto é, formada por dois átomos do mesmo elemento, é apolar.
- Ligação covalente polar: A ligação covalente numa molécula diatómica heteronuclear, (formada por dois átomos
de elementos diferentes), é polar.

Essa polaridade deve-se à diferente atração dos eletrões ligantes ao núcleo dos dois átomos envolvidos na
ligação, o que conduz a uma densidade eletrónica diferente em torno dos átomos envolvidos na ligação.
Uma molécula diatómica com uma ligação covalente polar comporta-se como um dipolo elétrico, isto é,
como um sistema de duas cargas elétricas do mesmo valor mas sinal oposto a pequena distância uma da
outra.

MOLÉCULAS POLIATÓMICAS:
- Moléculas APOLARES - Uma molécula poliatómica, com um único átomo central e formada por ligações polares,
será apolar se houver uma simetria na distribuição da carga elétrica em torno do átomo central. Moléculas com
ligações polares e sem pares não ligantes no átomo central e com os átomos das extremidades t odos iguais como
o dióxido de carbono ou o metano, são apolares apesar de possuírem ligações polares pois, a geometria LINEAR e
TETRAÉDRICA que apresentam, proporciona uma DISTRIBUIÇÃO GLOBALMENTE SIMÉTRICA DA CARGA ELÉTRICA
em relação ao centro da molécula.

- Moléculas POLARES - Uma molécula poliatómica, com um único átomo central e formada por
ligações polares, será polar se a distribuição de carga elétrica em torno desse átomo for
GLOBALMENTE ASSIMÉTRICA. Moléculas com ligações polares e com pares de eletrões não
ligantes no átomo central, e com os átomos das extremidades todos iguais , como o
amoníaco ou a água, são polares porque as geometrias PIRAMIDAL TRIGONAL e ANGULAR
que minimizam as repulsões eletrónicas conduzem a uma ASSIMETRIA na distribuição da carga elétrica.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

HIDROCARBONETOS:
HIDROCARBONETOS - são compostos orgânicos constituídos exclusivamente por carbono e hidrogénio.
Podem ser:
• alcanos – apenas ligações simples (hidrocarbonetos saturados)
• alcenos – pelo menos uma ligação dupla (hidrocarbonetos insaturados)
• alcinos – pelo menos uma ligação tripla (hidrocarbonetos insaturados)

Num hidrocarboneto podemos encontrar quatro tipos de átomos de carbono:


primários, secundários, terciários ou quaternários, consoante se ligam a um, a
dois, a três ou a quatro outros átomos de carbono, respetiv amente.

ALCANOS DE CADEIA LINEAR:


• Os primeiros quatro alcanos de cadeia linear recebem os nomes metano, etano, propano e butano.
• Os nomes dos membros superiores desta série, formam-se à custa de um prefixo que indica o número de carbonos e de um
sufixo o “–ano”.
ALCENOS E ALCINOS:
• Os nomes destes hidrocarbonetos obtém-se substituindo a terminação “–ano” por “–eno”, no caso dos alcenos e “–ino”,
nos alcinos.

CICLOALCANOS:
O nome do cicloalcano é igual ao do alcano de cadeia aberta de estrutura
semelhante (com o mesmo número de átomos de carbono), antecedido do
prefixo “ciclo”. 

GRUPOS FUNCIONAIS:

Você também pode gostar