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A ética racional de Kant

O que é a teoria de Kant?


- Segundo a teoria racional de Kant existem certas ações que independentemente das suas
consequências devem ou não ser realizadas.
- A teoria racional de Kant é uma ética deontológica, pois defende que o valor moral de uma
ação reside nela própria e não nas suas consequências, ou seja, da sua intenção.
- As éticas deontológicas opõem-se ao consequencialismo pois define que atos são ou corretos
ou incorretos.

Explicação da teoria de Kant


- Kant acredita que o valor moral do comportamento depende inteiramente da intenção da
prática. Isto porque podem existir ações que apesar das boas consequências não têm valor
moral.
- O Kant quer criar uma moralidade universal. É independente da religião, das crenças, da
cultura e da situação de um individuo.
Por exemplo: se um camponês e um nobre cometessem o mesmo crime independente da
sua classe social ambos seriam julgados da mesma forma pelo crime que cometeram.
A hierarquia não existe, nem as diferenças sociais.
- No caso da natureza a mesma é governada por leis naturais e os seus movimentos podem ser
previsíveis, ou seja, podem ser determinados, já no caso dos humanos é completamente
diferente, a nossa natureza não é governada por leis, não somos robôs, nós temos princípios.
E nós podemos escolher ou não seguir esses princípios pois somos livres de escolher aqueles
que irão reger as nossas ações.
- E é a razão pratica aquilo a que o Kant chamou de consciência moral que irá nos apresentar
esses princípios e de acordo com a nossa vontade fazer a escolha.
- A vontade pode ser Má ou Boa. Ao determinar os princípios que vamos seguir, aqueles a
que o Kant chama de Imperativos.
Estes princípios Imperativos poderão ser Hipotéticos ou Categóricos.
- Estes dois tipos de imperativos existem sobre a nossa vontade e não em cide somente a razão
a mesma é afetada por desejos e inclinações que nos influenciam a não escolher
necessariamente a razão, mas sim aquilo que queremos e procuramos mesmo que sejam
contra a racionalidade.
- Quando agimos de acordo com as nossas inclinações e desejos, obedecemos a um
imperativo hipotético, ou seja, agimos não por ser a ação mais correta, mas sim porque iremos
ganhar alguma coisa futuramente. Agimos também de acordo com a lei da autonomia.
- Todas as ações dirigidas por um imperativo hipotético têm sempre como objetivo alcançar
um outro fim como por exemplo ser feliz ou evitar alguma discussão que iria causar dor.
- Já quando agimos com a razão seguimos um imperativo categórico, um individuo age desta
forma por ser correto e não com outro objetivo, ou seja, obedece ao dever e tem uma boa
vontade pois é determinada pela razão.
- Para Kant os imperativos categóricos formam a moral universal racional.
- São também os únicos com um critério valido para avaliar se um ato é ou não permissível.
- Se decidimos que a nossa ação seja seguida por outras pessoas em diferentes circunstâncias
este ato será permissível.
- Se decidirmos que a nossa ação não deverá ser uma lei universal, ou seja, que tenha apenas
um individuo com uma exceção sob uma circunstância este ato será moralmente reprovável.
Exemplos para a explicação:
- Temos o exemplo de roubar eu posso escolher não roubar porque iria ficar com o peso na
consciência e sentimento de culpa ou evitar ir para a prisão ou iria acabar por estar infeliz –
Não agimos de forma racional e sim pelas nossos desejos
- Ou podemos não roubar por sabermos que aquilo é errado- Agimos pelo dever.
Pois se todas as pessoas quisessem roubar era impossível manter a ordem teríamos uma ordem
social irracional isto vai contra a moralidade universal racional.
- Por exemplo uma pessoa pode ir contra as sus crenças e continuar a ser racional.

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