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São Paulo
2009
2
São Paulo
2009
3
CDD 363.7
4
3) Presidente: _________________________________________
5
Dedicatória
Agradecimentos
RESUMO
ABSTRACT
This essay deals with the workers’ participation and their opinions related to the
performance of an occupational safety and health management system. The
survey was based on the literature review and the questionnaire to evaluate the
occupational safety and health management system. The case study took place in
an electrical company with data based on field research, in which the workers’
quality evaluation about the management system aspects is obtained.
Suggestions to improve the management system were taken from the survey.
According to this essay, it may be stated that the workers’ participation in the
definition and improvement of an occupational safety and health management
system is relevant.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................... 16
1.1. Contexto geral .......................................................................... 16
1.2. Desenvolvimento industrial e infortunística .............................. 16
1.3. Situação problema .................................................................... 22
1.4. Questão de Pesquisa ............................................................... 22
1.5. Objetivo, justificativa e relevância ............................................. 23
1.6. Estrutura do trabalho ................................................................ 24
2. REVISÃO DA LITERATURA .................................................... 26
2.1. O setor elétrico brasileiro, infortunística associada e
comparação com alguns outros setores econômicos
nacionais relevantes ................................................................. 27
2.2. Sistemas de Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho -
SGSST ...................................................................................... 34
2.3. A importância da participação dos trabalhadores nos sistemas
de gestão em segurança e saúde do trabalho ......................... 40
2.4. Alguns aspectos de sistemas de gestão de segurança e
saúde ocupacional com base em diretrizes do DNV e da
OSHAS 18001 .......................................................................... 47
3. ESTRATÉGIA DE PESQUISA .................................................. 58
4. ESTUDO DE CASO: Avaliação de sistema de gestão de
segurança e saúde do trabalho. O estudo da participação dos
trabalhadores em empresa distribuidora de energia elétrica .... 68
4.1. Introdução ................................................................................. 68
4.2. Breve histórico da empresa ...................................................... 68
4.3. SGSST – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde do
Trabalho …………………......................................................... 69
4.4. Principais processos do sistema de gestão de segurança e
saúde adotado pela empresa e resultados relevantes ............. 73
4.5. Pesquisa de campo e resultados .............................................. 82
4.6. Análise dos resultados .............................................................. 152
4.7. Recomendações a partir do estudo de caso ............................ 157
14
1. INTRODUÇÃO
Inicia-se esta dissertação com uma citação de Brasil (2002) sobre a ocorrência de
acidentes nas atividades laborais:
1
Estudo dos acidentes de trabalho e suas conseqüências, incluídas as doenças ditas profissionais.
18
No Brasil, a história não foi diferente. Somente atrasada em alguns séculos, o que
é evidenciado pela constatação de que a “revolução industrial brasileira” ocorreu a
2
Nascido na cidade italiana de Capri em 3 de novembro de 1633, o médico Bernardino Ramazzini deixou importante
contribuição à medicina em seu trabalho sobre doenças ocupacionais chamado De Morbis Artificum Diatriba (Doenças do
Trabalho) que relacionava os riscos à saúde ocasionados por produtos químicos, poeira, metais e outros agentes aos quais
se expunham os trabalhadores de 52 ocupações estudadas pelo médico italiano (BERLINGUER, 2004).
19
O país não podia continuar nessa trajetória e no final da década o resultado dos
esforços para prover o Brasil de um ordenamento legal em segurança e saúde do
trabalhador foi coroado com a oficialização das Normas Regulamentadoras (NR)
em Segurança e Saúde do Trabalho, aprovadas pela Portaria N0 3.214, de 8 de
junho de 1978.
20
16000
14000
12000
Quociente
10000
8000 Acidentes/100 mil
6000 trabalhadores
4000
2000
0
anos 70 anos 80 anos 90 anos 00 (até
2006)
Décadas
Figura 1 – Evolução dos acidentes do trabalho por 100 mil trabalhadores no Brasil desde a
década de 70
Fonte: Construída pelo autor a partir dos dados do INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social
3
Sinistralidade: relativa à ocorrência de acidentes, no caso, acidentes do trabalho.
21
90
80
70
60 Óbitos/100 mil
Quociente trabalhadores
50
40
30 Óbitos/10 mil
20 acidentes
10
0
anos 70 anos 80 anos 90 anos 00 (até
2006)
Décadas
Embora não seja objeto do presente trabalho, algumas questões podem ser
levantadas à luz desses dados:
4
Sinistralidade: relativa à ocorrência de acidentes, no caso, acidentes do trabalho.
22
5
Certificação de terceira parte: certificação do sistema de gestão de segurança e saúde do trabalho concedida por
auditores independentes, sem vínculo com quaisquer das partes envolvidas.
23
2. REVISÃO DA LITERATURA
6
DNV: Det Norske Veritas (A Verdade Norueguesa – tradução livre).
7
OHSAS: Occupational Health and Safety Assessment Series.
27
Inicia-se esse item com essa consideração, pois no Brasil há uma confusão entre
termos que estão claramente definidos na língua inglesa: hazard e risk. Segundo
De Cicco (2004) o termo hazard tem sua tradução para perigo na língua
portuguesa e significa fonte de dano potencial. Para o mesmo autor, risco,
tradução do inglês risk, é a possibilidade de ocorrer algo que terá impacto nos
objetivos que se quer atingir. Deve-se ainda considerar que, analisando as
conseqüências que pode determinar, o risco pode se materializar sob a forma de
impactos positivos ou negativos.
Para evitar que os perigos transformem-se em acidentes, várias ações tem de ser
implementadas, a saber: conhecimento do trabalhador em relação a esses
perigos e riscos associados, treinamentos específicos para que se possa
28
Mesmo com todos os cuidados citados, os perigos mencionados têm sido causas
de vários acidentes de trabalho. Lamentavelmente, número expressivo deles
apresenta grande gravidade.
Na Figura 3 são apresentadas as TF9 do setor elétrico brasileiro desde 1987 até
2006, onde se pode observar tendência geral de queda, que atinge um patamar
quase constante de 2001 a 2005, caindo novamente em 2006. No entanto, a
média ainda encontra-se elevada (6,35) comparando-se a outros setores da
economia brasileira. Essa TF significa que a cada 157.480 horas-homem-
trabalhadas no setor elétrico, um acidente com afastamento é registrado,
incluídas também na taxa as doenças ocupacionais ou do trabalho.
8,00 7,31
7,15
6,77
7,00 6,51 6,35 6,48
6,27 6,24 6,35
5,82
6,00 6,26
6,00 5,41
6,09 5,29
5,90 5,11 5,12
5,00
5,03
4,00 4,20
3,45 TF Setor elétrico
3,00 Média do setor
2,00
1,00
0,00
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
8
SEP – Sistema Elétrico de Potência.
número − de − acidentes − com − afastamento
9
Taxa de Freqüência – TF = x 106, quociente entre o
total − de − horas − hom em − trabalhadas
número de acidentes registrados e as horas totais trabalhadas.
10
GRIDIS – Grupo de Intercâmbio e Difusão de Informações sobre Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
11
CSST – Comitê de Saúde e Segurança do Trabalho da Fundação COGE.
29
1200
966
1000 903 886 903 905
809 802 879
759
800 778
763 638
728 751 746 686
688 719 T G S etor elétrico
600 672
M éd ia d o setor
504 522
400
200
0
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
Figura 4 – TG anuais do setor elétrico brasileiro - 1987 a 2006
Fonte: Construída pelo autor a partir de dados do GRIDIS e CSST da Fundação COGE / ELETROBRÁS
12
número − de − dias − perdidos + dias − debitados
Taxa de Gravidade – TG = x 106, quociente entre os
total − de − horas − hom em − trabalhadas
dias perdidos por afastamentos decorrentes de acidentes e doenças mais os dias debitados por incapacidade permanente
ou morte (extraídos da norma brasileira NBR 14.280 - Cadastro de Acidentes, da ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
13
Sinistralidade: relativa à ocorrência de acidentes, no caso, acidentes do trabalho.
30
Há que se avaliar essa situação sob a ótica crítica que propõe um repensar sobre
o próprio fenômeno da privatização. Seria realmente a privatização o caminho
para o desenvolvimento, melhores serviços e produtos oferecidos para a
sociedade?
É certo que, atualmente, o cenário brasileiro nos oferece vários indicadores que
se contrapõem às graves conseqüências apontadas por Vieira (2005). Os
31
Fonte: Construída pelo autor com base nos dados da Fundação COGE
33
35.000
30.000
25.000
20.000 2004
2005
15.000 2006
10.000
5.000
–
Distribuição de Fabricação Metalurgia Fabriação de Construção civil
energia elétrica produtos básica produtos de
químicos metal
14
Sinistralidade: relativa à ocorrência de acidentes, no caso, acidentes do trabalho.
34
15
MPS: Ministério da Previdência Social.
16
SAT: Seguro Acidente do Trabalho.
17
NTEP: NexoTécnico Epidemiológico Previdenciário.
35
Nessa mesma linha, Rocha (2007, p.15), em sua dissertação de mestrado sobre
sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacional em indústria de
fertilizantes, afirma:
18
Ciclo do PDCA: ferramenta de gestão e solução de problemas criada por Walter A. Shewart, na década de 30, detalhada
mais adiante.
19
BS – British Standard.
20
OHSAS – Occupational Health and Safety Assessment Series.
39
Toda essa alteração na gestão empresarial em relação à SST está alinhada com
a crescente exigência legal e social em relação à preservação da segurança e
saúde dos trabalhadores o que, além da manutenção de um direito inalienável
dos mesmos, também evidencia alto grau de responsabilidade social das
empresas.
Mais do que isso, é preciso que cada trabalhador esteja comprometido com o
processo desde sua implementação e que de forma permanente contribua para
que, de fato, seja eficaz.
Essa, aliás, não é uma visão nova. A legislação italiana há muito determinou a
participação dos trabalhadores na identificação de riscos em seus ambientes de
trabalho, assim como na sua eliminação ou controle. Ela foi uma das fontes
inspiradoras da Portaria n0 5 de 17 de agosto de 1992, expedida pelo
Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho (atual Secretaria de
Segurança e Saúde do Trabalho), que alterou a Norma Regulamentadora NR 9
da Portaria 3.214/78, tornando obrigatória a elaboração e a fixação, nos locais de
trabalho, de mapa de riscos ambientais (Drummond, 1994).
21
EMAS - a UE Eco-Management and Audit Scheme (EMAS) é uma ferramenta de gestão para empresas e outras
organizações para avaliar, reportar buscar a melhoria de seu desempenho ambiental. O sistema está disponível para a
participação das empresas desde 1995 e era inicialmente restrito a empresas de setores industriais.
22
Capital Humano: conceito que tem origem durante década de 50 nos estudos de Theodore W. Schultz e que diz respeito
à incorporação do capital aos trabalhadores, sobretudo na forma de conhecimento, o que atribuí vantagem competitiva às
organizações.
43
23
OIT – Organização Internacional do Trabalho.
45
Como pode ser verificado, já na fase de ratificação das Convenções da OIT que
abordam a questão da segurança e saúde ocupacionais, fica evidenciada a
consulta a organismos de representação dos trabalhadores.
Nessa mesma linha, o campo III. Política Nacional, Artigo 3, item 3, também
privilegia a participação dos trabalhadores no desenvolvimento de uma política
nacional:
Ou seja, como não poderia deixar de ser, até mesmo pelo suporte da lógica e do
bom senso, a importância da participação dos trabalhadores na construção de
melhores e mais saudáveis processos e ambientes de trabalho, capazes de
eliminar riscos a sua integridade física e a sua saúde, encontra amparo em
diversos autores e organizações.
O crescente número de empresas com seus SGSST certificados nos últimos anos
demonstram a correção da afirmação de De Cicco (1999) de que esse processo
sofreria rápida aceleração. Não obstante, ainda nos dias atuais não há um modelo
normativo para a gestão de SST no âmbito da ISO, ao contrário do que ocorreu
com a qualidade e o meio ambiente.
Assim, a OHSAS 18001, diretriz para a gestão de SST que surgiu em 1999, foi
alçada a uma posição de destaque como a principal referência para as empresas
que desejam aprimorar sua gestão de SST, como também obter a certificação
desse processo.
Embora não sendo uma norma oficialmente reconhecida, a OHSAS 18001 foi o
resultado do trabalho de um grupo de organismos certificadores e entidades
internacionais de normatização que se propôs a adaptar normas internacionais de
gestão já existentes à época, direcionando-as para a gestão da SST.
De Cicco (1999, p.5) relata:
A norma OHSAS 18001 foi então oficialmente publicada pela BSI – British
Standards Institution, entrando em vigor no dia 15 de abril de 1999 (De Cicco,
1999).
Mesmo sem sê-lo, a OHSAS 18001 passou a ser utilizada como “norma”
internacional por organizações do mundo todo, provendo elementos de um
sistema de gestão de SST eficaz e possível de ser integrado a outros sistemas de
gestão por elas já adotados. Assim, passará a ser referida como norma OHSAS
18001.
Melhoria
contínua
Análise crítica
pela
Política de SST
administração
Planejamento
Verificação e
ação corretiva
Implementação
e operação
Para não deixar de mencionar, o ciclo do PDCA foi criado por Walter A. Shewart,
na década de 30. Suas quatro fases envolvem importantes etapas para a gestão
e solução de problemas, a saber:
Fernandes Possuir um sistema de gestão significa ter de uma forma organizada e modelada de
(2005, controle e utilização dos recursos da organização, monitorando através de
p.88) indicadores seu resultado. No planejamento desse sistema pode-se considerar a
integração dos sistemas, de forma a eliminar sobreposição de controles,
treinamentos e obter otimização de custos.
Rocha Após a implementação do SGSSO, em um estudo de caso, numa empresa de
(2007, fertilizantes, concluiu-se ser possível a forte regressão dos indicadores reativos e,
p.67) simultaneamente, introduziu-se uma relação de parceria com os colaboradores,
criando-se um forte desenvolvimento dos indicadores pró-ativos, saindo do cenário
negativo em que atualmente se encontram as empresas desse setor.
Medeiros O modelo de gestão integrada, apresentado nesse trabalho, caracteriza-se
(2003, principalmente por propor o melhoramento contínuo da empresa levando em
p.132) consideração tanto os fatores de performance exigidos pelos acionistas, como
aqueles derivados de outras partes interessadas, que hoje, mais que nunca,
absorvem e exigem das instituições, a qualidade dos produtos e serviços e o
atendimento aos conceitos do desenvolvimento sustentável.
Quinan Ao propor o desenvolvimento de um sistema de gestão de SST, que dê sustentação
(2005, ao aumento de produtividade, com ênfase na cultura gerencial da empresa,
p.104) valorizando os princípios de SST nas atividades cotidianas do setor produtivo, este
trabalho alcança seu objetivo ao evidenciar a necessidade de uma mudança
estratégica de paradigma da postura na empresa analisada, deixando de ser uma
simples empreiteira, de relacionamento sazonal e temporário com o consumidor
final, para se transformar numa prestadora de serviços com uma relação
permanente e duradoura com seus clientes, adquirindo competitividade em seus
negócios.
Este estudo também cumpre com seus objetivos ao demonstrar que sistemas
integrados de gestão com a visão de implementar gestão de SST necessitam
deslocar do eixo administrativo para o setor produtivo as atividades prevencionistas
contra as perdas, que nos processos organizacionais de trabalho, são causadas por
meio dos comportamentos de riscos e ambientes de trabalho não adequados. Desta
maneira se desfaz a abordagem tradicional de gestão de SST restrita apenas aos
horizontes de conhecimento e competências de setores administrativos da empresa,
como a conhecida área de recursos humanos, sugerindo-se que o setor de SESMT
componha a área de suporte técnico gerido pelas gerências de produção
responsáveis pelas áreas do setor produtivo em que são gerados os riscos.
58
3. ESTRATÉGIA DE PESQUISA
O objetivo foi o de evitar algum viés, efeito negativo que Babbie (2001) menciona
como possível nesse tipo de pesquisa científica.
Os dados coletados foram tabulados e são objeto das discussões que serão
realizadas nos itens 4.6 e 4.7.
4.1. Introdução
Pretende-se nesse estudo de caso abordar uma grande empresa do setor elétrico
privatizada no final da década de noventa e que adotou um SGSST visando à
gestão das questões relativas à prevenção de acidentes e doenças de origem
ocupacional.
Com uma longa história de atuação no setor elétrico, a empresa foi privatizada no
final da década de noventa. Trata-se de uma distribuidora de energia elétrica,
atuando em mais de duas centenas de municípios em área geográfica superior a
90 mil km2, atendendo a mais de 3 milhões de clientes.
25
Árvore de Causas: metodologia desenvolvida pelo INRS – Institut National de Recherche et de Sécurité para a
investigação de acidentes e que auxilia na identificação de fatores que ficam sem explicação e demandam informações
complementares, proporcionando que se estabeleça um maior número de fatores organizacionais envolvidos na gênese
dos acidentes.
26
Condição abaixo do padrão: situação anormal que pode provocar incidente ou acidente.
27
CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
28
DDS: Diálogo Diário de Segurança.
29
DSS: Diálogo Semanal de Segurança.
72
31
Certificação de terceira parte: certificação do sistema de gestão de segurança e saúde do trabalho concedida por
auditores independentes, sem vínculo com quaisquer das partes envolvidas.
74
A partir da revisão das atividades e identificação dos perigos e riscos, foi possível
a elaboração de procedimentos de trabalho, considerando em todas as etapas os
aspectos primordiais para garantir a prevenção de acidentes e a integridade física
dos trabalhadores.
Mais uma vez com a participação ativa dos trabalhadores, foram construídos mais
de 300 procedimentos de trabalho que descrevem em detalhes as etapas a serem
desenvolvidas e os cuidados a serem adotados em cada uma delas a fim de que
acidentes sejam evitados.
32
Eventos: situações que podem conduzir a acidentes (situações abaixo do padrão) ou acidentes já ocorridos.
33
Condição abaixo do padrão: qualquer anormalidade identificada que pode levar à ocorrência de acidentes.
34
Acidente material: acidente envolvendo danos apenas a equipamentos.
35
Acidente de trânsito com veículos da empresa.
36
Acidente pessoal: acidente envolvendo trabalhadores que provoca lesão em, ao menos, um deles.
37
Acidente com a população: acidentes com a população em geral envolvendo as redes de distribuição de energia elétrica.
75
Mais uma vez aqui são os trabalhadores em seus diversos locais de trabalho os
responsáveis pela utilização eficaz desse importante instrumento.
Ou seja, mais uma vez nesse caso, a participação dos trabalhadores e o respeito
as suas contribuições foram fatores que muito contribuíram para o sucesso da
adoção da nova vestimenta.
41
Ignífugo: que dificulta ou obsta a combustão de materiais.
77
43
PST – Profissional de Segurança do Trabalho.
44
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
45
DSS – Diálogo Semanal de Segurança.
79
empresa
46
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
81
47
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
48
PST – Profissional de Segurança do Trabalho.
49
DSS – Diálogo Semanal de Segurança.
82
8,00
6,89
7,00
6,00
5,00
4,00
3,70 2,91 3,07
3,00
2,04
2,00 2,65
1,54 1,50
1,00
0,00
00 01 02 03 04 05 06 07
20 20 20 20 20 20 20 20
50
TF: Taxa de Freqüência de acidentes do trabalho.
83
Novamente aqui se reporta a Almeida (2006) quando afirma que de forma geral
as análises dos acidentes do trabalho acabam por atribuir culpa aos acidentados,
muitas vezes não evidenciando os reais problemas e disfunções que dão origem
aos infortúnios. Certamente, tal fato impede a determinação das causas básicas
que devem ser gerenciadas para a não ocorrência de acidentes.
Ora, se se deseja de fato determinar as causas reais dos acidentes para que se
possa preveni-los, a participação dos trabalhadores neles envolvidos parece
imperiosa.
Coleta de dados
Os dados coletados foram tabulados e são objeto das discussões que serão
realizadas nos itens 4.6 e 4.7.
Definição da população-alvo
TOTAL
100% 185
75% 112
50% 19
25% 3
0% 0
Noventa e três por cento das respostas dadas à questão 1 foram direcionadas a
75% ou 100% de aderência, o que indica forte convergência das repostas no
sentido de perceber a existência e efetividade da Política de SSO implantada pela
empresa.
TOTAL
100% 220
75% 88
50% 10
25% 1
0% 0
Noventa e sete por cento das respostas dadas à questão 2 foram direcionadas a
75% ou 100% de aderência, indicando forte convergência das repostas no sentido
da percepção de que a segurança é um valor da empresa.
TOTAL
100% 199
75% 97
50% 13
25% 10
0% 0
Noventa e três por cento das respostas dadas a essa questão foram direcionadas
a 75% ou 100% de aderência. Novamente houve forte convergência das repostas
no sentido de referendar que normativos e orientações fazem parte do SGSST da
empresa.
TOTAL
100% 166
75% 126
50% 25
25% 2
0% 0
Noventa e dois por cento das respostas dadas a essa questão foram direcionadas
a 75% ou 100% de aderência. Portanto, forte convergência das repostas,
aprovando os treinamentos aos quais os trabalhadores são submetidos. De fato,
somente para a formação básica dos eletricistas, o curso realizado tem carga
horária de mais de 350 horas entre atividades teóricas e práticas e é muito bem
avaliado pelos eletricistas.
TOTAL
100% 166
75% 126
50% 24
25% 3
0% 0
Coincidentemente, também esse item registrou noventa e dois por cento das
respostas direcionadas a 75% ou 100% de aderência. Novamente, forte
convergência das repostas relativas à conscientização e motivação para a
segurança.
TOTAL
100% 108
75% 159
50% 44
25% 8
0% 0
Oitenta e quatro por cento das respostas a esse item foram direcionadas a 75%
ou 100% e este é o primeiro dos itens até aqui abordados onde houve uma
inversão do direcionamento das respostas, com a maioria dos 84% respondentes
optando por 75% de aderência. Isto pode ser interpretado como indicativo de
oportunidades de melhoria no que diz respeito ao comportamento preventivo dos
trabalhadores e, o que é mais interessante, obtido, sobretudo, a partir da opinião
majoritária dos próprios trabalhadores a área operacional.
0% 0 0% 0 0% 0
0 50 100 150 0 10 20 30 40 50 0 1 2 3 4
50% 0 50% 0
50% 0
25% 0
25% 0 25% 0
0% 0
0% 0 0% 0
0 2 4 6
0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 0,5 1 1,5
TOTAL
100% 163
75% 113
50% 35
25% 8
0% 0
Oitenta e sete por cento das respostas a este item foram direcionadas a 75% ou
100% e também aqui é interessante abrirmos as respostas por categoria.
Os 50% de aderência também foi indicado por dois entre oito gerentes que
participaram da pesquisa (25% dos respondentes), o que pode ser traduzido
como uma interessante e construtiva auto-crítica.
Mais uma vez as propostas dos participantes evidenciam a total coerência dos
resultados aqui discutidos na medida em que há várias sugestões de melhoria no
95
0% 0 0% 0 0% 0
0 50 100 150 0 10 20 30 40 50 0 1 2 3 4 5
0% 0 0% 0 0% 0
0 1 2 3 4 5 0 0,5 1 1,5 0 1 2 3 4
TOTAL
100% 169
75% 118
50% 24
25% 8
0% 0
Noventa por cento das respostas dadas a esta questão foram direcionadas a 75%
ou 100% de aderência, o que indica forte convergência das repostas. Interessante
notar que, não obstante as respostas e respectivas discussões relativas à questão
7 indicarem a necessidade de intensificação do comprometimento dos níveis de
comando para com a segurança, a visão da maioria dos participantes é de que
suas responsabilidades (níveis de comando) em relação à segurança estão sim
claramente definidas.
TOTAL
100% 198
75% 92
50% 21
25% 8
0% 0
TOTAL
100% 177
75% 106
50% 24
25% 12
0% 0
Oitenta e nove por cento das respostas dadas a esta questão direcionaram-se a
75% ou 100% de aderência e, portanto, o resultado está muito próximo aos 90%
estabelecidos para a análise das respostas em conjunto, o que sugere não haver
muito a avançar nesse aspecto.
0% 0 0% 0 0% 0
0 50 100 150 0 20 40 60 0 2 4 6
0% 0 0% 0 0% 0
0 1 2 3 4 5 0 0,5 1 1,5 0 2 4 6
TOTAL
100% 222
75% 73
50% 18
25% 6
0% 0
Noventa e dois por cento das respostas estão entre 75% e 100% de aderência,
indicando forte convergência das respostas.
Não obstante, vale apenas evidenciar que as respostas dos eletricistas e técnicos
a este item foram muito positivas, o que é de fundamental importância, pois são
eles quem cotidianamente utilizam os EPI. Coincidentemente, noventa e dois por
cento dessa categoria de respondentes (eletricistas e técnicos) atestaram a
qualidade e adequação dos EPI, indicando aderências entre 100% e 75% de
acordo com a figura 29.
ELETRICISTA TÉCNICO
75% 56 75% 14
50% 9 50% 8
25% 4 25% 2
0% 0 0% 0
TOTAL
100% 166
75% 132
50% 16
25% 5
0% 0
Noventa e três por cento das respostas estão entre 75% e 100% de aderência, o
que indica forte convergência das respostas a esse aspecto analisado.
TOTAL
100% 61
75% 145
50% 76
25% 34
0% 3
Apenas sessenta e cinco por cento dos participantes indicaram 75% ou 100% de
aderência a este item, o que indica que deve haver várias oportunidades de
melhoria associadas aos veículos e ferramentas disponibilizados pela empresa.
0% 2 0% 1 0% 0
0 50 100 150 0 10 20 30 40 0 1 2 3 4
0% 0 0% 0 0% 0
TOTAL
100% 40
75% 113
50% 79
25% 65
0% 22
0 20 40 60 80 100 120
Apenas quarenta e oito por cento do público-alvo direcionou suas respostas para
75% ou 100%. Embora a prevalência neste item tenha sido os 75% (35% dos
respondentes), há também forte direcionamento para os 50% e 25% analisados
de forma conjunta (45% dos respondentes). Assim, é evidente a oportunidade de
melhoria relativa à participação dos trabalhadores na escolha de EPI, EPC e
ferramentas.
0% 17 0% 5 0% 0
0 20 40 60 80 0 10 20 30 40 0 1 2 3
0% 0 0% 0 0% 0
TOTAL
100% 204
75% 70
50% 32
25% 12
0% 1
Embora não tenham sido apontadas sugestões sobre este aspecto, sem dúvida
este é um tema a ser mais bem tratado e divulgado pela empresa.
107
ELETRICISTA TÉCNICO
75% 48 75% 20
50% 25 50% 7
25% 10 25% 2
0% 1 0% 0
0 50 100 150 0 20 40 60
TOTAL
100% 183
75% 95
50% 33
25% 4
0% 4
0% 0 0% 4 0% 0
0 50 100 150 0 10 20 30 40 50 0 2 4 6
0% 0 0% 0 0% 0
0 1 2 3 4 5 0 0,5 1 1,5 0 1 2 3 4
TOTAL
100% 145
75% 132
50% 34
25% 8
0% 0
Também nesse aspecto, oitenta e sete por cento dos respondentes indicaram os
percentuais 75% ou 100% de aderência.
Embora não tendo sido registradas sugestões de melhoria para este aspecto, há
que se considerar esse resultado para ações futuras na medida em que o nível
operacional é o mais próximo dos profissionais que compõem o SESMT,
sobretudo no que se refere aos técnicos de segurança.
51
NR-4: Norma Regulamentadora n0 4 – SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho.
110
ELETRICISTA TÉCNICO
100% 97 100% 35
75% 89 75% 39
50% 25 50% 8
25% 8 25% 0
0% 0 0% 0
0 50 100 150 0 10 20 30 40 50
TOTAL
100% 8
75% 56
50% 91
25% 128
0% 36
0 50 100 150
Esse foi um dos aspectos com pior avaliação pelo público-alvo, com apenas vinte
por cento dele indicando as aderências 75% ou 100%. As oitenta por cento
respostas restantes ficaram assim distribuídas:
0% 27 0% 9 0% 0
0% 0 0% 0 0% 0
TOTAL
100% 42
75% 109
50% 92
25% 65
0% 11
0 20 40 60 80 100 120
Novamente nesse caso a avaliação dos respondentes foi ruim. Apenas quarenta e
sete por cento deles optaram pelas aderências 75% ou 100%. Houve forte
direcionamento para as aderências 50% ou 25% (49%) e onze respondentes
indicaram zero por cento de aderência.
0% 6 0% 5 0% 0
0 20 40 60 80 0 10 20 30 40 0 1 2 3 4
0% 0 100% 0 100% 3
100% 0
75% 1 75% 3
75% 3
50% 0 50% 0
50% 0
25% 0 25% 2
25% 1
0% 0 0% 0 0% 0
0 1 2 3 4 0 0,5 1 1,5 0 1 2 3 4
TOTAL
100% 87
75% 159
50% 64
25% 9
0% 0
Setenta e sete por cento das respostas a este item foram direcionadas a 75% ou
100% de aderência e a figura 46 mostra as respostas das categorias eletricistas e
técnicos com percentual representativo, tendo elegido a aderência de 50% (21%
dos respondentes dessas categorias), ou seja, há necessidade evidente de
melhoria em relação à comunicação sobre SSO.
115
ELETRICISTA TÉCNICO
100% 56 100% 24
50% 47 50% 15
25% 8 25% 1
0% 0% 0
0 50 100 150 0 20 40 60
TOTAL
100% 80
75% 150
50% 64
25% 23
0% 2
Novamente nesse item a divergência mais marcante foi entre o nível operacional,
como demonstram os dados da figura 48. Quarenta e sete por cento deste
público-alvo apontou a aderência 75% contra apenas vinte e quatro por cento que
indicou a aderência 100%.
Outros vinte por cento desses grupos opinaram pela aderência de 50% e sete por
cento deles apontaram os 25% de aderência, numa clara indicação de
discordância em relação a esse aspecto.
ELETRICISTA TÉCNICO
100% 53 100% 19
75% 99 75% 41
50% 52 50% 12
25% 14 25% 9
0% 1 0% 1
0 50 100 150 0 10 20 30 40 50
TOTAL
100% 70
75% 123
50% 85
25% 33
0% 8
0 50 100 150
ELETRICISTA TÉCNICO
100% 45 100% 17
75% 76 75% 37
50% 71 50% 14
25% 22 25% 11
0% 5 0% 3
0 20 40 60 80 0 10 20 30 40
TOTAL
100% 120
75% 134
50% 50
25% 14
0% 1
0 50 100 150
ELETRICISTA TÉCNICO
100% 75 100% 32
75% 96 75% 34
50% 37 50% 12
25% 10 25% 4
0% 1 0% 0
0 50 100 150 0 10 20 30 40
TOTAL
100% 99
75% 138
50% 57
25% 22
0% 3
0 50 100 150
ELETRICISTA TÉCNICO
100% 76 100% 19
75% 92 75% 35
50% 36 50% 19
25% 12 25% 9
0% 3 0% 0
0 50 100 0 10 20 30 40
TOTAL
100% 49
75% 121
50% 96
25% 47
0% 6
0 50 100 150
Apenas cinqüenta e três por cento dos entrevistados optaram pelas aderências de
100% ou 75% para este aspecto e entre quase todas as categorias abordadas na
pesquisa foram registradas aderências de 50% ou 25%, numa clara indicação de
que a empresa tem muito a melhorar em relação aos seus ativos.
Dados indicados na figura 56 dão conta de que quarenta e oito por cento dos
eletricistas e técnicos, trabalhadores que atuam diretamente nas instalações
elétricas da empresa, apontaram aderências de 50%, 25% ou mesmo zero por
cento para este importante aspecto.
0% 2 0% 3 0% 1
0 50 100 0 10 20 30 40 0 1 2 3 4
0% 0 0% 0 0% 0
0 1 2 3 4 0 0,5 1 1,5 0 2 4 6
TOTAL
100% 51
75% 109
50% 84
25% 66
0% 9
0 20 40 60 80 100 120
Neste item as aderências de 75% e 100% foram indicadas somente por 50% do
público-alvo da pesquisa e os níveis operacionais mais uma vez foram os
responsáveis pela avaliação pouco positiva verificada.
ELETRICISTA TÉCNICO
100% 35 100% 11
75% 65 75% 33
50% 65 50% 17
25% 46 25% 20
0% 8 0% 1
0 20 40 60 80 0 10 20 30 40
TOTAL
100% 149
75% 117
50% 45
25% 8
0% 0
Não obstante, outra vez estão entre eletricistas e técnicos (níveis operacionais) as
críticas mais contundentes, como pode ser verificado na figura 60, em que
dezessete por cento deles apontaram aderências de 50% ou 25% para o item. Ou
seja, também em relação a esse aspecto há oportunidade de melhoria.
ELETRICISTA TÉCNICO
100% 98 100% 37
75% 78 75% 36
50% 38 50% 6
25% 5 25% 3
0% 0% 0
0 50 100 150 0 10 20 30 40
TOTAL
100% 84
75% 132
50% 61
25% 35
0% 7
0 50 100 150
75% 38 75% 2
75% 88
50% 13 50% 0
50% 47
25% 7 25% 0
25% 27
0% 2 0% 0
0% 4
0 10 20 30 40 0 1 2 3 4
0 20 40 60 80 100
0% 0 0% 0 0% 1
0 1 2 3 4 0 0,5 1 1,5 0 2 4 6
TOTAL
100% 170
75% 92
50% 37
25% 18
0% 2
As aderências de 100% ou 75% foram apontadas por oitenta e dois por cento dos
respondentes. Alguns eletricistas e técnicos avaliaram os exames médicos com
menor favorabilidade, como pode ser verificado na figura 64. Dezoito por cento
deles indicaram aderências iguais ou inferiores a 50% para este item. Há
inúmeras propostas dos trabalhadores pesquisados relacionadas ao assunto no
item Sugestões de melhoria a seguir.
ELETRICISTA TÉCNICO
75% 61 75% 29
50% 29 50% 6
25% 16 25% 2
0% 2 0% 0
0 50 100 150 0 20 40 60
TOTAL
100% 116
75% 135
50% 47
25% 17
0% 4
0 50 100 150
0% 2 0% 2 0% 0
0 50 100 0 10 20 30 40 0 1 2 3
0% 0 0% 0 0% 0
0 1 2 3 4 0 0,5 1 1,5 0 2 4 6
Sugestões de melhoria
Criar: campo a ser inseridas propostas do que não tem sido feito e que deveria
ser implantado/criado;
Reduzir: com o objetivo de identificar o que tem sido feito e que deveria ser
reduzido;
132
Eliminar: espaço para que os participantes pudessem elencar o que tem sido
feito e que deveria ser eliminado, pois, em sua opinião, tais ações não têm trazido
benefício algum ao SGSST.
Elevar
52
EPI – Equipamento de Proteção Individual.
134
Compra de ferramenta;
Comprimento da NR 10;
Sistema de avaliação da pessoa envolvida na segurança do trabalho
(técnicos);
Inspeções de assaltos;
Elevar qualidade dos protetores solares, ou seja, para grau de proteção real
de 30 – Fator de Proteção Solar. Os protetores anteriores eram melhores;
Integridade do trabalhador;
Mais treinamento;
Reconhecimento do colaborador;
Melhorar a qualidade das redes elétricas bem como das ativas, ou seja,
manutenção preventiva;
O número de recrutamento interno para acesso aos cargos técnicos por parte
dos eletricistas habilitados;
Criar
Essa é uma situação que, sem dúvida, deve ser objeto de muita atenção por parte
da empresa em estudo na medida em que a sugestão da criação de vários pontos
importantes, e que serão explicitados na tabela 9, indicam ou que os
trabalhadores não estão percebendo/evidenciando as ações já existentes ou que
elas realmente ainda não foram implementadas.
Líder de equipe;
Sistema de controle das inspeções obrigatórias por parte dos líderes (tipo
follow-up) para controlar ações tomadas para solução das não-conformidades
encontradas;
Rotatividade funcional, ou seja, de função e/ou atividade para que não fique
repetitivo;
Exames cardiológicos;
Formação dos eletricistas: deve ser feita com a real situação de nossas redes,
ou seja, na rua;
Mecanismos para alertar a população sobre pipas, furtos, etc. (obs.: via
televisão);
Aspectos Criar uniformes para a utilização em atividades que não envolvem riscos
relacionados à elétricos. Ex: manutenção com óleo de equipamentos, serviços de
qualidade dos seccionamento de cercas divisórias de pastos;
EPI
Uniforme descente para trabalhar;
Reduzir
Autoconfiança excessiva;
Normativas e orientações;
Fazer APR somente em casos atípicos. Ex.: trocar lâmpada: são 10 no dia e
quase sempre no mesmo formato, sendo feito somente em caso específico.
Aspectos Peso dos cones;
relacionados à
qualidade dos Falhas de EPIs (nível de comando);
EPI
Prazo de atendimento de uniformes. Sempre falta no interior (nível de
comando).
Eliminar
Aspectos relacionados à Escada: por causa do peso, acima do que o colaborador é capaz,
qualidade de ferramentas, causando danos à saúde;
equipamentos e veículos
Veículos ultrapassados para atividades.
Aspectos relacionados à Escala: pois o colaborador deixa de sua vida fora da empresa;
estruturação organizacional
Acidentes;
Burocracia;
Punição por falta de uso de algum EPI ou EPC e também por ter
sofrido algum acidente;
Mais do que conhecer, as respostas evidenciam visão crítica muito salutar e que
se manifesta em vários itens associados SGSST em que a população-alvo da
pesquisa identifica falhas e oportunidades de agregar qualidade ao sistema.
Apenas uma pequena parcela dos respondentes ocupa níveis de gestão dentro
da organização estudada. Assim, a comparação das respostas desses dois
grupos, operacional e de gestão, embora tenha sido realizada, fica um pouco
prejudicada.
permite comparação entre os públicos-alvos. Treze vírgula dois por cento (13,2%)
de trabalhadores de nível de comando responderam ao questionário, enquanto
treze por cento (13%) de técnicos e dezessete vírgula três por cento (17,3%) de
eletricistas participaram. Assim, a seguir serão comparados alguns resultados.
A maior parte das trinta questões sobre o SGSST que fazem parte do
questionário foi respondida sem diferenças relevantes entre os trabalhadores de
nível operacional e os de nível de comando. O resultado aponta para uma visão
homogênea de vários aspectos relacionados ao sistema, assim como para a
maturidade dos trabalhadores operacionais que têm clara visão das qualidades e
deficiências do SGSST.
Como indicado na tabela 12, a maior parte dos acidentes fatais entre
trabalhadores no setor elétrico ocorre com aqueles das empresas contratadas
pelas concessionárias de energia elétrica e não com seus empregados diretos.
154
Mais uma vez fica evidenciada a correta visão do público-alvo objeto da pesquisa
em relação a esse item e também aqui houve convergência de opiniões entre os
trabalhadores de nível operacional e de comando.
Auditorias internas;
Auditorias externas;
Exames médicos.
Por outro lado, os anos de 2006 (TF = 1,54) e 2007 (TF = 1,50) indicam o início
de perigosa estagnação do número de acidentes que dá origem a TF.
Nesse sentido, a adoção pela empresa de várias das propostas dos trabalhadores
e que estão organizadas no item Sugestões de melhoria parece ser o mais
adequado caminho a ser seguido a fim de proporcionar um novo ciclo de melhoria
contínua do SGSST capaz de provocar a diminuição dos acidentes até um novo
patamar ainda mais baixo.
158
A partir do final dos anos 90, inúmeras empresas brasileiras adotaram sistemas
de gestão voltados à segurança e saúde de seus trabalhadores, seguindo uma
tendência de diversos outros países preocupados com a ocorrência de acidentes
do trabalho e que verificavam a necessidade de utilizar ferramentas associadas à
melhoria contínua para a gestão da prevenção desses acidentes.
Para garantir a participação com total liberdade, é importante que se explore com
muita clareza os objetivos da participação dos trabalhadores no processo, assim
como que a eles seja garantido o anonimato.
A partir da análise das respostas dadas, assim como das sugestões para a
adequação ou melhoria dos itens avaliados, pode-se apurar a amplitude e
pertinência da visão dos trabalhadores sobre o sistema e adotar as propostas
capazes de contribuir com mesmo.
REFERÊNCIAS
ANEXOS
Matriz de Avaliação de SST – Segurança e Saúde do Trabalho – anverso
Cargo do Avaliador:
Assunto avaliado 0% 25% 50% 75% 100%
Política de SSO
Segurança como valor organizacional
Normativos e orientações
Treinamento / desenvolvimento dos
trabalhadores
Conscientização / motivação dos
trabalhadores para segurança
Comportamento preventivo dos
trabalhadores
Comprometimento dos níveis de
comando com a segurança
Responsabilidades dos níveis de
comando com a segurança
Segurança é estratégia empresarial
Metas claramente estabelecidas
EPI – Equipamentos de Proteção
Individual adequados
EPC – Equipamentos de Proteção
Coletiva adequados
Ferramentas e veículos adequados
Participação dos trabalhadores na
definição de EPI, EPC e ferramentas
Possibilidade de interrupção do
trabalho sob risco
Cumprimento das exigências legais
SESMT adequado
Segurança com empresas contratadas
Segurança com a população
Comunicação sobre SSO
Auditorias internas
Auditorias externas
Investigação e análise de acidentes e
incidentes
Gestão de mudança de pessoas
Integridade/qualidade das instalações
Gestão de mudança na instalação
Análise de risco
Prontidão para emergências
Exames médicos
Qualidade de vida
167
Elininar Elevar
Reduzir Criar
168
EPI – Os EPI disponibilizados pela empresa são Questão formulada com o objetivo de
Equipamentos de de qualidade e tecnicamente adequados verificar a adequação geral dos EPI sob a
Proteção Individual aos trabalhos desenvolvidos? ótica de seus usuários
adequados
EPC – Os EPC disponibilizados pela empresa são Questão formulada com o objetivo de
Equipamentos de de qualidade e tecnicamente adequados verificar a adequação dos EPC sob a ótica de
Proteção Coletiva aos trabalhos desenvolvidos? seus usuários
adequados
Ferramentas e As ferramentas disponibilizadas pela Questão formulada com o objetivo de
veículos adequados empresa são de qualidade e tecnicamente verificar a adequação das ferramentas sob a
adequadas aos trabalhos desenvolvidos? ótica de seus usuários
Participação dos Há participação dos trabalhadores na Questão formulada com o objetivo de
trabalhadores na escolha e avaliação técnica de EPI, EPC e verificar o envolvimento dos trabalhadores
definição de EPI, ferramentas? nos processos de decisão da empresa sobre
EPC e ferramentas a escolha de EPI, EPC e ferramentas
Possibilidade de trabalhadores têm a real possibilidade de Questão formulada com o objetivo de
interrupção do interromper os trabalhos quando em verificar a prática da política estabelecida
trabalho sob risco condição de risco? pela empresa
Cumprimento das A empresa cumpre todas as exigências Questão formulada com o objetivo de
exigências legais legais relativas à segurança do trabalho verificar a opinião dos trabalhadores sobre
relacionadas ao seu trabalho? as obrigações da empresa que lhe são
familiares, tais como: entrega de EPI, EPC e
ferramentas adequadas, realização de
exames médicos admissionais, periódicos e
demissionais, treinamentos específicos, etc
SESMT adequado O SESMT – Serviço Especializado em Questão formulada com o objetivo de
Segurança e Medicina do Trabalho é verificar a eficácia do trabalho dos
adequado ao risco da empresa e conta profissionais do SESMT junto aos
com profissionais atuantes? trabalhadores
Segurança com O nível de segurança das empresas Questão formulada com o objetivo de
empresas contratadas é o mesmo que têm os identificar diferenças entre as condições de
contratadas trabalhadores da contratante? segurança de trabalhadores próprios e
contratados
Segurança com a A empresa investe suficientemente na Questão formulada com o objetivo de
população conscientização da população de modo verificar o conhecimento e opinião dos
geral no que diz respeito aos riscos de trabalhadores a propósito das ações de
suas redes e instalações? prevenção de acidentes com a população
Comunicação sobre A comunicação de fatos relativos à Questão formulada com o objetivo de
SSO segurança e saúde é adequada na verificar a facilidade e eficácia da
empresa e os meios utilizados são comunicação empresa-trabalhador relativa a
eficazes? assuntos de segurança e saúde
Auditorias internas São realizadas auditorias internas e seus Questão formulada com o objetivo de
resultados são eficazes? verificar a percepção dos trabalhadores
sobre a real contribuição das auditorias
internas
170
Auditorias externas são realizadas auditorias externas (de Questão formulada com o objetivo de
terceira parte) e seus resultados são verificar a percepção dos trabalhadores
eficazes? sobre a real contribuição das auditorias
externas
Investigação e A empresa possui um sistema de Questão formulada com o objetivo de
análise de investigação e análise de acidentes verificar o conhecimento e confiança dos
acidentes e adequado e eficaz? trabalhadores a respeito do sistema de
incidentes investigação e análise dos acidentes
registrados
Gestão de mudança As pessoas que assumem novas Questão formulada com o objetivo de
de pessoas responsabilidades são treinadas em suas verificar se os trabalhadores estão
novas tarefas e sobre os riscos inerentes a recebendo as informações necessárias ao
elas? desenvolvimento de novas atividades
Integridade/qualid As instalações elétricas (o ativo da Questão formulada com o objetivo de
ade das instalações empresa) são adequadas e se encontram verificar o estado de conservação das
em bom estado de conservação? instalações elétricas da empresa
Gestão de mudança As alterações ou mudanças nas Questão formulada com o objetivo de
na instalação instalações são prontamente incorporadas verificar se os trabalhadores são informados
à documentação e comunicadas a todos das alterações que podem impactar nos
os trabalhadores, sobretudo aquelas que aspectos de segurança do trabalho
possam implicar em riscos?
Análise de risco A empresa possui sistemática adequada Questão formulada com o objetivo de
de análise de risco capaz de evidenciar e verificar a opinião dos trabalhadores sobre a
eliminar/controlar os riscos de acidentes eficácia das APR – Análises Prevencionistas
antes da realização dos trabalhos? de Riscos realizadas
Prontidão para A empresa possui planos de emergência Questão formulada com o objetivo de
emergências para situações de acidentes e seus verificar o nível de conhecimento de planos
trabalhadores estão prontos a aplicá-los? de emergência e as responsabilidades dos
trabalhadores na sua implementação
Exames médicos São realizados exames médicos periódicos Questão formulada com o objetivo de
e os resultados são discutidos com o verificar se há retorno efetivo dos médicos
trabalhador? relativo aos resultados dos exames
realizados com os trabalhadores
Qualidade de vida A empresa realiza ações de incentivo e Questão formulada com o objetivo de
promoção da qualidade de vida dos verificar se as ações de promoção da
trabalhadores? qualidade de vida estão realmente chegando
até os trabalhadores