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Pergunta 1
I. Se considerarmos que o passado não é um objeto estático a espera de ser desvelado, o fato
histórico não pode ser visto como uma verdade absoluta: reta, plana, linear.
II. Se considerarmos que a interpretação desse passado pelo historiador muda com o decorrer
do desenvolvimento das sociedades, não é possível uma única definição de História, nem uma
única interpretação do fato histórico.
III. As interpretações criadas sobre o passado só podem ser confrontadas com outras
interpretações, e assim o passado é apenas parcialmente recuperado e a História está sempre
sujeita a revisões.
Pergunta 2
Por que a concepção do processo histórico muda continuamente; por que reescrevemos
continuamente a história?
Orientando-se pelos estudos sobre concepção de História, assinale a alternativa que NÃO
contempla a explicação da pergunta feita no enunciado:
Pergunta 3
Para Carmem Lúcia Soares, no livro Educação Física: raízes européias e Brasil (2001), o século
XIX é particularmente importante para o entendimento da Educação Física, pois foi neste
século que se elaboraram conceitos básicos sobre o corpo e sua utilização, conceitos até hoje
utilizados. Estes conceitos tiveram base em uma respectiva ciência, que contribui não somente
para a criação desses conceitos sobre corpo, como também embasou a construção e o
desenvolvimento da sociedade capitalista no início do século XIX. Indique VERDADEIRO ou
FALSO para as afirmativas abaixo, de maneira a responder que ciência é esta e quais as suas
principais características?
F – V – F.
V – V –V.
V – F – V.
F – F – F.
F – V – V.
Pergunta 4
Para o historiador Jenkins (2001), há uma diferença entre passado e história. Assinale a
alternativa que melhor explica essa afirmação do autor:
Para o autor, o passado é todo o acontecido em qualquer tempo e lugar, não podendo ser
revisitado nem recuperado: o mundo ou o passado sempre chegam como narrativas e não se
pode sair dessas narrativas para verificar se correspondem ao mundo ou ao passado reais.
A história é um discurso que se propõe recuperar o passado, como forma de registro desse
passado sem possibilidade de reinterpretações e releituras.
A história é uma representação precisa do passado, e não uma construção pessoal, ou o fruto
da perspectiva do historiador enquanto narrador desse passado.
Para esse autor, a história corresponde exatamente ao passado a que ela se propõe recuperar.
Pergunta 5
Podemos afirmar que a Educação Física surge e se apresenta como um dos principais
instrumentos de transformação e de dominação cultural
PORQUE
O corpo biológico precisa ser cuidado para que o corpo social se apresente de forma saudável
e é a Educação Física a responsável por transformar e por preparar os corpos para o
atendimento às novas demandas da produção.
As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda não é uma justificativa correta da
primeira.
Pergunta 1
Não foi relacionada às áreas de Educação e Saúde, seja em programas escolares, seja em
programas realizados fora da escola.
Pergunta 2
( ) A Educação Física como uma forma de intervenção na realidade social, surge na Europa com
seu conteúdo médico-higienista e com sua forma disciplinar voltada ao “corpo biológico” passa
a ser tomada como “educação do físico”. O pensamento higienista influencia decisivamente o
referencial de conhecimentos necessários para o desenvolvimento da Educação Física no
Brasil.
V–V–V
F–V–F
F–F–F
F–F–V
V–V–F
Pergunta 3
Vimos que, num dado período da história do Brasil, o desporto de alto nível foi utilizado pelos
Militares como um analgésico no movimento social. Sobre este período, é FALSO afirmar que:
Esse período configurou-se como um momento em que a Educação Física foi colocada em
crise, configurando-se a necessidade de uma mudança de rumos na Educação Física brasileira.
A Educação Física passa a ganhar cada vez mais importância dentro das escolas, pois conseguia
mostrar os benefícios da prática regular das atividades físicas quando praticadas por todos os
segmentos da população brasileira.
É atribuído ao esporte um importante papel, pelo seu valor social e por estar de acordo com o
conceito bio-psico-social. Tem início na Educação Física o binômio Educação Física/Esporte. A
Educação Física é vista como um espaço de propagação do esporte e dos “valores” que o
esporte pode ensinar, se vinculando, mais uma vez, aos interesses políticos que giraram em
torno do esporte, e da Educação Física como consequência.
A Educação Física nesse período se apresenta numa neutralidade em relação aos conflitos
político-sociais. Adquire, então, a literatura em Educação Física, um caráter tecnicista,
sobrecarregado de temas ligados ao Treinamento e as diversas variantes de questões
relacionadas à Medicina Desportiva.
Tem início, neste período, a chamada “massificação” das atividades desportivas. O “desporto
de alto nível” passa a ser o paradigma para toda a Educação Física e começa a ser bastante
divulgado pela mídia. Isso demonstra claramente os objetivos dos militares com relação ao
“esporte-espetáculo”, pois utilizavam o desporto como uma fórmula mágica de
entretenimento da população.
Pergunta 4
Assinale VERDADEIRO ou FALSO com relação às influências a que esteve sujeita a Educação
Física no Brasil:
( ) No caso da Educação Física com forte influência médica, a ênfase em relação à
competitividade está em primeiro plano.
( ) A Educação Física de forte influência militar, tinha como objetivo fundamental a obtenção
de uma juventude forte, saudável e obediente.
V–V–F–V–F
F–F–F–V–F
F–F–V–F–V
V–V–V–V–V
F–F–F–F–V
Pergunta 1
Para Soares (2001), foram as instituições médica e militar que, em diferentes momentos,
determinaram as formas de intervenção e pensamento da Educação Física brasileira,
principalmente no início do século XX, mais especificamente até 1930, período em que a
Educação Física foi sinônimo de:
promover o homem como ser genérico e incapaz de sustentar divergências com seus
semelhantes: um humanismo idealista.
centro vivo da escola pública, como a responsável por todas as particularidades “educativas”
das quais as disciplinas “instrutivas” não poderiam cuidar: as fanfarras da escola, os jogos
interescolares, os desfiles cívicos etc.
( ) A Educação Física como uma forma de intervenção na realidade social, surge na Europa com
seu conteúdo médico-higienista e com sua forma disciplinar voltada ao “corpo biológico” passa
a ser tomada como “educação do físico”. O pensamento higienista influencia decisivamente o
referencial de conhecimentos necessários para o desenvolvimento da Educação Física no
Brasil.
V–V–V
V–V–F
F–F–F
F–V–F
F–F–V
Pergunta 3
Na década de 1960, a Educação Física passa a ser entendida pelos governos ditatoriais a partir
de um binômio. Esse entendimento em torno da Educação Física passa a fazer parte da
planificação estratégica desses governos. Qual é esse binômio?
Educação Física/Educação
Educação Física/Lazer
Educação Física/Saúde
Educação Física/Esporte
Pergunta 4
Assinale VERDADEIRO ou FALSO com relação às influências a que esteve sujeita a Educação
Física no Brasil:
( ) A Educação Física de forte influência militar, tinha como objetivo fundamental a obtenção
de uma juventude forte, saudável e obediente.
V–V–V–V–V
F–F–F–F–V
V–V–F–V–F
F–F–V–F–V
F–F–F–V–F
Pergunta 1
( ) A Educação Física como uma forma de intervenção na realidade social, surge na Europa com
seu conteúdo médico-higienista e com sua forma disciplinar voltada ao “corpo biológico” passa
a ser tomada como “educação do físico”. O pensamento higienista influencia decisivamente o
referencial de conhecimentos necessários para o desenvolvimento da Educação Física no
Brasil.
F–F–F
V–V–F
V–V–V
F–F–V
F–V–F
Pergunta 2
Vimos que, num dado período da história do Brasil, o desporto de alto nível foi utilizado pelos
Militares como um analgésico no movimento social. Sobre este período, é FALSO afirmar que:
A Educação Física nesse período se apresenta numa neutralidade em relação aos conflitos
político-sociais. Adquire, então, a literatura em Educação Física, um caráter tecnicista,
sobrecarregado de temas ligados ao Treinamento e as diversas variantes de questões
relacionadas à Medicina Desportiva.
Esse período configurou-se como um momento em que a Educação Física foi colocada em
crise, configurando-se a necessidade de uma mudança de rumos na Educação Física
brasileira. A Educação Física passa a ganhar cada vez mais importância dentro das escolas,
pois conseguia mostrar os benefícios da prática regular das atividades físicas quando
praticadas por todos os segmentos da população brasileira.
Tem início, neste período, a chamada “massificação” das atividades desportivas. O “desporto
de alto nível” passa a ser o paradigma para toda a Educação Física e começa a ser bastante
divulgado pela mídia. Isso demonstra claramente os objetivos dos militares com relação ao
“esporte-espetáculo”, pois utilizavam o desporto como uma fórmula mágica de
entretenimento da população.
É atribuído ao esporte um importante papel, pelo seu valor social e por estar de acordo com o
conceito bio-psico-social. Tem início na Educação Física o binômio Educação Física/Esporte. A
Educação Física é vista como um espaço de propagação do esporte e dos “valores” que o
esporte pode ensinar, se vinculando, mais uma vez, aos interesses políticos que giraram em
torno do esporte, e da Educação Física como consequência.
Pergunta 3
Pergunta 4
Para Soares (2001), foram as instituições médica e militar que, em diferentes momentos,
determinaram as formas de intervenção e pensamento da Educação Física brasileira,
principalmente no início do século XX, mais especificamente até 1930, período em que a
Educação Física foi sinônimo de:
centro vivo da escola pública, como a responsável por todas as particularidades “educativas”
das quais as disciplinas “instrutivas” não poderiam cuidar: as fanfarras da escola, os jogos
interescolares, os desfiles cívicos etc.
promover o homem como ser genérico e incapaz de sustentar divergências com seus
semelhantes: um humanismo idealista.
Pergunta 1
Após o debate ocorrido na década de 1980, é possível identificar que um dos principais
questionamentos e objetos de reflexão da área dizia respeito à legitimidade da Educação
Física, assunto que até hoje ainda é alvo de debates e reflexões.
III. Até a década de 80 é possível perceber que a legitimidade da Educação Física na escola
estava garantida por ela servir claramente como instrumento do poder hegemônico. As bases
que deram sustentação a esta Educação Física se apresentam, atualmente, frágeis e esgotadas,
apontando a necessidade de construção de novos argumentos que apontem a necessidade e a
pertinência da Educação Física na escola.
Pergunta 2
( ) A partir da década de 80 passa a ter hegemonia uma concepção de Educação Física baseada
em princípios democráticos, uma Educação Física que enfatiza a necessidade de se considerar
os aspectos psicológicos do desenvolvimento humano, valorizando o aspecto lúdico, educativo
e solidário das manifestações da cultura corporal de movimento.
( ) Esse período, marcado pelo processo de redemocratização do país, foi um período em que
houve uma proliferação dos discursos científicos na área. Por conta dessa proliferação ocorre,
pela primeira vez, a construção de um debate acadêmico e de uma comunidade científica da
Educação Física, com discursos que não provinham somente das ciências biológicas, mas,
sobretudo, das ciências humanas.
F – F – V – F.
V – F – F – V.
F – F – V – V.
F – F – F – V.
F – V – V – V.
Pergunta 3
Qual a entidade científica de maior importância no período que foi palco de debates e
embates entre teóricos da área?
CBCE
CONFEF
APEF
CREF
CELAFISCS
Pergunta 4
Durante o estudo da unidade, vimos que a década de 1980 deve ser considerada como um
período de ruptura e de crise para a Educação Física brasileira. Essa afirmação pode ser feita
porque:
prioriza-se uma discussão sobre os aspectos biológicos do ser humano, da Educação Física
como uma prática escolar com objetivos de desenvolver a aptidão física e a iniciação à prática
esportiva, usando estas palavras como bandeiras da luta contra a falta de Educação Física nas
escolas. Para isso era necessário colocar a Educação Física em crise, realizando uma profunda
reformulação da área.
rompe-se com a visão de uma prática de educação física pautada exclusivamente nas
ciências biológicas em que a Educação Física aparece fortemente vinculada a um objetivo de
desenvolvimento da aptidão física e da iniciação esportiva dos estudantes brasileiros.
Pergunta 2
“Delimitando nossa área de análise à realidade brasileira, podemos dizer que, no caso da
Educação Física, esta tem sido incapaz de justificar a si mesma quer como disciplina formal e
predominantemente educativa, quer como atividade que auxilie alguns aspectos do
desenvolvimento humano fora da escola e, em especial, no esporte de alta competição ou
de rendimento.”
Para Medina há uma grande dificuldade da Educação Física se justificar como disciplina e do
papel de seus profissionais nesse processo
PORQUE
muito pouco se tem refletido sobre o real significado de uma cultura do corpo que
fundamente a Educação Física, propiciando por parte de seus profissionais uma atuação
coletiva mais comprometida com um real estado de bem-estar físico, mental e social de toda
uma comunidade nacional.
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda, não é uma justificativa correta
da primeira.
Pergunta 3
Todo o movimento político e econômico vivido pelo Brasil entre os anos finais de 1977 e
1980 reflete diretamente em mudanças na própria Educação Física. A forma de se ver e de se
entender o corpo e o Homem passam a sofrer significativas mudanças do ponto de vista
paradigmático, ou seja, do ponto de vista dos modelos e de visões de Educação Física até
então presentes ao longo da História. Com base nessa afirmação, podemos dizer que a
Educação Física passa a ser analisada:
Pergunta 1
Para Betti (apud MOREIRA, 2014), há dois problemas que persistem quando se pensa a
operacionalização de propostas de formação profissional. Na opinião do autor, quais são
esses dois problemas que ainda persistem quando pensamos a construção de um currículo
de formação?
A visão de esporte e o significado da Educação Física atribuídos pela sociedade a essa área de
atuação.
Pergunta 2
Leia o trecho abaixo, extraído do texto Reflexões sobre a fragmentação do saber esportivo,
de João Paulo S. Medina, pertencente ao livro Educação Física e Esporte: perspectivas para o
século XXI (MOREIRA, 2014):
“Um problema chave [...] a ser enfrentado por todos aqueles que buscam uma garantia de
humanização no processo de desenvolvimento das profissões [...], refere-se a fragmentação
do saber, para a qual as relações das forças produtivas parecem nos empurrar quase que
inexoravelmente. [...] Nesse sentido, parece que estamos indo para um “beco sem saída”. O
que fazer, por exemplo, diante dessa tendência inabalável do saber especializado que
domina as ciências contemporâneas e que, a essa altura, já não nos permite distinguir a
especialização (necessária em sociedades complexas) do especialismo, variante que nos
conduz irremediavelmente à alienação, pois está cada vez mais distante do sentido humano
de suas ações.” (MEDINA, apud MOREIRA, 2014, p. 143/144)
Com base nas colocações acima e, segundo o autor, o fenômeno da fragmentação do saber,
do especialismo, também podem ser observado no esporte competitivo.
A partir desse saber fragmentado, especializado, o esporte atua como um agente dinâmico
de aproximação da saúde integral, educação libertadora e de uma cultura corporal esportiva.
Uma visão tecnicista e mecanicista ainda prevalece no modelo científico que dá suporte à
especialização esportiva. A divisão e a fragmentação do saber, com pouco diálogo
multidisciplinar favorecem os “especialismos” e não os elementos necessários para a solução
dos problemas humanos fundamentais.
O esporte tratado de forma descontextualizada em seus aspectos socioculturais ou sem uma
clara noção de suas intensões, não pode representar muito mais do que um instrumento de
manipulação e alienação ou de simples reprodução dos valores vigentes.
O esporte tem reproduzido os valores dominantes da sociedade. Não é sem razão que o
esporte de alta competição estimula o dopping, a violência, a mentira e o individualismo.
Pergunta 3
A partir de um olhar da filosofia, o autor Regis de Moraes (apud MOREIRA, 2014) traz à tona
um debate sobre o corpo e a corporeidade. Para o autor, diferente dos anatomistas e
fisiologistas, apenas a filosofia é capaz de abordar as inquietações na temática da
corporeidade. A principal inquietação talvez seja a da dualidade presente nas abordagens
sobre a corporeidade, que separa o corpo da mente, o corpo da alma e também a maneira
como, a partir desse dualismo, os profissionais de Educação Física tratam do corpo.
Lidar com o corpo como se este fora simples coisa burra que se adestra.
Sair da comodidade de rotinas e propagandas mecanicistas a fim de que inicie longo diálogo
com o corpo próprio e alheio.
Lidar com o corpo despertando para o fato de sermos um corpo como forma de estar-no-
mundo sensível e inteligentemente.
Pergunta 4
No texto Métodos de confinamento e engorda (como fazer render mais porcos, galinhas,
crianças...), o autor João Batista Freira (apud MOREIRA, 2014) faz uma forte crítica a escola
ao comparar esta instituição ao confinamento de animais, para que produzam mais leite,
carne, ovos, sendo mais econômicos e lucrativos.
O insere a Educação Física nesta crítica e diz que “não é por acaso que a Educação Física não
tem qualquer importância nas escolas. Não incomoda nem será incomodada enquanto
mantiver como paradigma o estereótipo militar [...]”
Pergunta 1
Para Betti (apud MOREIRA, 2014), há dois problemas que persistem quando se pensa a
operacionalização de propostas de formação profissional. Na opinião do autor, quais são
esses dois problemas que ainda persistem quando pensamos a construção de um currículo
de formação?
A visão de esporte e o significado da Educação Física atribuídos pela sociedade a essa área de
atuação.
Pergunta 2
Leia o trecho abaixo, extraído do texto Reflexões sobre a fragmentação do saber esportivo,
de João Paulo S. Medina, pertencente ao livro Educação Física e Esporte: perspectivas para o
século XXI (MOREIRA, 2014):
“Um problema chave [...] a ser enfrentado por todos aqueles que buscam uma garantia de
humanização no processo de desenvolvimento das profissões [...], refere-se a fragmentação
do saber, para a qual as relações das forças produtivas parecem nos empurrar quase que
inexoravelmente. [...] Nesse sentido, parece que estamos indo para um “beco sem saída”. O
que fazer, por exemplo, diante dessa tendência inabalável do saber especializado que
domina as ciências contemporâneas e que, a essa altura, já não nos permite distinguir a
especialização (necessária em sociedades complexas) do especialismo, variante que nos
conduz irremediavelmente à alienação, pois está cada vez mais distante do sentido humano
de suas ações.” (MEDINA, apud MOREIRA, 2014, p. 143/144).
Com base nas colocações acima e, segundo o autor, o fenômeno da fragmentação do saber,
do especialismo, também podem ser observado no esporte competitivo.
Uma visão tecnicista e mecanicista ainda prevalece no modelo científico que dá suporte à
especialização esportiva. A divisão e a fragmentação do saber, com pouco diálogo
multidisciplinar favorecem os “especialismos” e não os elementos necessários para a solução
dos problemas humanos fundamentais.
O esporte tem reproduzido os valores dominantes da sociedade. Não é sem razão que o
esporte de alta competição estimula o dopping, a violência, a mentira e o individualismo.
Pergunta 3
A partir de um olhar da filosofia, o autor Regis de Moraes (apud MOREIRA, 2014) traz à tona
um debate sobre o corpo e a corporeidade. Para o autor, diferente dos anatomistas e
fisiologistas, apenas a filosofia é capaz de abordar as inquietações na temática da
corporeidade. A principal inquietação talvez seja a da dualidade presente nas abordagens
sobre a corporeidade, que separa o corpo da mente, o corpo da alma e também a maneira
como, a partir desse dualismo, os profissionais de Educação Física tratam do corpo.
Lidar com o corpo como se este fora simples coisa burra que se adestra.
Sair da comodidade de rotinas e propagandas mecanicistas a fim de que inicie longo diálogo
com o corpo próprio e alheio.
Lidar com o corpo despertando para o fato de sermos um corpo como forma de estar-no-
mundo sensível e inteligentemente.
Pergunta 4
No texto Métodos de confinamento e engorda (como fazer render mais porcos, galinhas,
crianças...), o autor João Batista Freira (apud MOREIRA, 2014) faz uma forte crítica a escola
ao comparar esta instituição ao confinamento de animais, para que produzam mais leite,
carne, ovos, sendo mais econômicos e lucrativos.
O insere a Educação Física nesta crítica e diz que “não é por acaso que a Educação Física não
tem qualquer importância nas escolas. Não incomoda nem será incomodada enquanto
mantiver como paradigma o estereótipo militar [...]”
Pergunta 1
No texto A Educação Física Escolar na perspectiva do século XXI, das autoras Carmem Lúcia
Soares, Celi Nelza Zulke Taffarel e Micheli Ortega Escobar (apud MOREIRA, 2014), é
abordado que para se pensar a Educação Física escolar na perspectiva do século XXI, é
imprescindível uma reflexão pedagógica que se apresente numa tríplice dimensão:
diagnóstica, judicativa e teleológica.
(B) Dimensão diagnóstica 2. Reflexão pedagógica que determina alvos nos quais quer chegar,
indicando a direção de manutenção ou construção de uma hegemonia de classe.
(C) Dimensão teleológica 3. Reflexão pedagógica que permite julgar a partir de uma ética
que representa os interesses de determinadas classes sociais.
1 – A; 2 – B; 3 - C
1 – B; 2 – A; 3 - C
1 – B; 2 – C; 3 – A
1 – A; 2 – C; 3 – B
1 – C; 2 – B; 3 – A
Pergunta 2
Ao apresentar os extremos nos quais podemos situar a realidade do lazer, nos seus estudos e
nas suas vivências, o autor Nelson Carvalho Marcelino (apud MOREIRA, 2014) no texto
Perspectivas para o lazer: mercadoria ou sinal de utopia?, nos coloca que:
“[...] embora o conhecimento do lazer deva se dar a partir de sua historicidade, portanto
relacionado aos processos sociais mais amplos de mudanças ligados ao desenvolvimento das
forças produtivas e às relações de produção que animam a prática social [...], a compreensão
da prática social na sociedade moderna requer que se leve em conta que os estilos de vida
heterogêneos referem-se a uma estrutura de classes, mas não são determinados
mecanicamente [...]. se as representações são tomadas como aspecto básico da vida
cotidiana, a cultura não pode ser vista como apenas um aspecto [...] de produção, mas um
elemento estruturante da realidade social [...]. E, dessa perspectiva é preciso considerar o
lazer como possibilidade privilegiada, enfatizada para a vivência de valores que embasem
mudanças, no sentido de construção de uma nova sociedade.” (p. 189)
PORQUE
As duas asserções são proposições verdadeiras, e a segunda, não é uma justificativa correta
da primeira.
Pergunta 3
Leia o trecho abaixo, extraído do texto Reflexões sobre a fragmentação do saber esportivo,
de João Paulo S. Medina, pertencente ao livro Educação Física e Esporte: perspectivas para o
século XXI (MOREIRA, 2014):
“Um problema chave [...] a ser enfrentado por todos aqueles que buscam uma garantia de
humanização no processo de desenvolvimento das profissões [...], refere-se a fragmentação
do saber, para a qual as relações das forças produtivas parecem nos empurrar quase que
inexoravelmente. [...] Nesse sentido, parece que estamos indo para um “beco sem saída”. O
que fazer, por exemplo, diante dessa tendência inabalável do saber especializado que
domina as ciências contemporâneas e que, a essa altura, já não nos permite distinguir a
especialização (necessária em sociedades complexas) do especialismo, variante que nos
conduz irremediavelmente à alienação, pois está cada vez mais distante do sentido humano
de suas ações.” (MEDINA, apud MOREIRA, 2014, p. 143/144).
Com base nas colocações acima e, segundo o autor, o fenômeno da fragmentação do saber,
do especialismo, também podem ser observado no esporte competitivo.
Uma visão tecnicista e mecanicista ainda prevalece no modelo científico que dá suporte à
especialização esportiva. A divisão e a fragmentação do saber, com pouco diálogo
multidisciplinar favorecem os “especialismos” e não os elementos necessários para a solução
dos problemas humanos fundamentais.
O esporte tem reproduzido os valores dominantes da sociedade. Não é sem razão que o
esporte de alta competição estimula o dopping, a violência, a mentira e o individualismo.
A partir desse saber fragmentado, especializado, o esporte atua como um agente dinâmico
de aproximação da saúde integral, educação libertadora e de uma cultura corporal esportiva.
Pergunta 4
Para Betti (apud MOREIRA, 2014), há dois problemas que persistem quando se pensa a
operacionalização de propostas de formação profissional. Na opinião do autor, quais são
esses dois problemas que ainda persistem quando pensamos a construção de um currículo
de formação?
A visão de esporte e o significado da Educação Física atribuídos pela sociedade a essa área de
atuação.