Conceito: Conjunto de regras, metodologias e
protocolos que os pesquisadores utilizam para
1. Coleta documental
- Coleta de informações de maneira indireta.
- Por meio de livros, revistas, jornais, vídeos, fotos,
etc..
- São considerados não apenas papeis escritos, mas
qualquer documento que possua informações que
possam contribuir para determinado fato.
Vantagens
- Conhecimento do passado.
- Investigação de mudanças sociais e culturais.
- Obtenção de dados com menor custo e sem
constrangimento dos sujeitos participantes da
pesquisa.
atingir as metas de seus estudos. São variadas, únicas em sua
composição e flexíveis conforme as
demandas que atendem.
2. Observação
- Técnica onde o observador utiliza seus sentidos, ele ouve,
vê e observa para obter informações.
- O pesquisador coleta dados a respeito do comportamento
do indivíduo.
Vantagens
- Exige menos do pesquisador do que as outras técnicas.
- Possibilita meios diretos e satisfatórios para estudar uma
ampla variedade de fenômenos.
- Permite a coleta de dados sobre um conjunto de atitudes
comportamentais típicas.
Limitações
- O observado tende a criar impressões favoráveis ou
desfavoráveis no observador.
- A duração dos acontecimentos é variável (pode ser rápida
ou demorada) tornando a coleta difícil.
- Vários aspectos da vida cotidiana particular podem não
ser acessíveis ao pesquisador.
Elementos da técnica de observação
- Objeto e/ou os sujeitos da observação.
- As condições e os meios da observação.
- A metodologia da observação (formulada de acordo com
os objetivos estabelecidos pelo pesquisador).
3. Entrevista
- O pesquisador faz perguntas ao entrevistado.
- A entrevista é uma interação social na forma de diálogo,
em que uma das partes busca coletar dados e a outra é fonte
de informações.
Elementos básicos
- Entrevistador
- Entrevistado
- Ambiente
- Meio
Objetivos
- Averiguação de fatos.
- Determinação das opiniões sobre fatos.
- Determinação de sentimentos.
- Descoberta de planos de ação.
- Conduta atual ou do passado e motivos conscientes para
opiniões, sentimentos ou condutas.
Dependendo do propósito do investigador, existem alguns
tipos de entrevista (GRAY, 2012).
- Padronizada ou estruturada: o entrevistador segue um
roteiro de perguntas previamente estabelecido e se vale de
um formulário.
- Semiestruturada: o entrevistador tem uma lista de questões,
mas não tem a obrigatoriedade de usar todas elas.
- Despadronizada ou não estruturada: o pesquisador tem
liberdade para conduzir a entrevista conforme o desenrolar
da situação.
Grupo focal
- É uma forma de entrevista com grupos baseada na
comunicação e na interação dos integrantes.
- Ela tem como objetivo colher informações e opiniões do
grupo sobre determinado tema, produto ou serviço.
História de vida
- Esse tipo de entrevista possibilita ao pesquisador o contato
direto com as memórias do entrevistado, que relata
diretamente a sua história, o seu cotidiano e o seu passado,
ou seja, a sua trajetória de vida.
Coleta de dados
- É o processo de recolhimento de informações para compor
o estudo.
- Os dados recolhidos são utilizados como base para
comprovar ou não os objetivos da pesquisa.
- A coleta de dados é feita conforme o planejamento do
estudo do qual faz parte.
População da pesquisa
- A população, também conhecida como “universo”, é um
conjunto de elementos que possuem as mesmas
características.
- Uma população pode ser o conjunto de alunos de uma
escola, os habitantes de uma cidade, os funcionários de uma
fábrica, etc...
- Uma população não necessariamente envolve pessoas.
- Conforme Marconi e Lakatos (2017, p. 206), “[...]
universo ou população é o conjunto de seres animados ou
inanimados.
- Collado e Baptista Lucio (2013) afirmam que a população
tem de estar evidentemente situada em relação a conteúdo,
lugar e tempo.
Amostra da pesquisa
- Amostra é uma subdivisão da população.
- Os dados serão coletados e que deve ser delimitada com
precisão, pois será representativa dessa população
Instrumentos da pesquisa
- São as ferramentas que farão parte do processo de coleta,
levantamento de dados.
- A escolha do instrumento de coleta de dados dependerá
dos objetivos que se pretendem alcançar com a pesquisa.
Tipos de instrumentos de pesquisa
- Questionários: são ferramentas de pesquisa por meio das
quais as pessoas devem responder ao mesmo conjunto de
perguntas em uma ordem predeterminada.
- Esse instrumento de coleta deve ser construído
coerentemente com a formulação do problema de pesquisa
e a hipótese;
Classificação quanto à composição dos questionários
- Perguntas abertas: não delimitam alternativas de respostas
e permitem a emissão de opiniões por parte dos
respondentes.
- Perguntas fechadas: o informante escolhe entre as opções
“sim” e “não”.
- Perguntas de múltipla escolha: são perguntas fechadas,
mas que apresentam uma série de possibilidades de
respostas.
- As perguntas devem responder aos objetivos geral e
específicos da pesquisa;
Devem ser seguido algumas normas na elaboração dos
questionários (GIL, 2012):
- Formular as perguntas de maneira clara.
- Levar em conta o contexto do interrogado e o seu
nível de informação.
- Considerar que a pergunta deve possibilitar uma
única interpretação.
- Tomar cuidado para que a pergunta não sugira
respostas.
- Fazer com que as perguntas se refiram a uma ideia de
cada vez.
Roteiro de observação
- Consiste no registro sistemático, válido e confiável
de comportamentos e situações observáveis.
- Ele permite registrar comportamentos e quaisquer
informações necessárias.
Diário de campo
- O diário de campo é um instrumento de coleta de
dados composto por registros e anotações realizadas no
ato da observação de algum objeto, lugar, comunidade,
acontecimento social.
- O pesquisador descreve rigorosamente o que está
observando.
Análise de dados
Análise de dados em pesquisa quantitativa
- É o processo pelo qual se dá ordem, estrutura e
- Produz informações quantificáveis sobre a magnitude de um
significado aos dados.
problema, mas não fornece dados para provar hipóteses.
- Conforme Gil (2012, p. 156), a análise tem como objetivo
organizar os dados de forma que possibilite o fornecimento
Etapas na análise de dados qualitativos
de respostas ao problema proposto para investigação.
- Descrever a amostra populacional.
- O pesquisador relaciona as informações obtidas e as
Ex: Tabelas de frequências com sexo grupo etário e ocupação dos
hipóteses formuladas previamente.
inquiridos.
- Tais hipóteses são comprovadas ou não a partir da análise
- Organizar os comentários/respostas em categorias similares.
(MARCONI; LAKATOS, 2017).
- Identificar padrões, tendências e comportamentos;
Análise de dados em pesquisa qualitativa
Análise de dados quantitativos
1.Organizar e preparar os dados para a análise, o que
Método estatístico
envolve transcrever as informações coletadas dos
Estatística descritiva Estatística inferencial
instrumentos e organizá-las;
Envolve: Envolve:
2. Ler as informações coletadas e refletir sobre o seu
Coletar dados; Estimativas;
significado global, verificando que ideias gerais foram
Apresentar dados; Testes de hipóteses;
obtidas na coleta de dados;
Caracterizar dados. Finalidade: Tomar decisões
3. Organizar as informações para atribuir significado a elas;
Finalidade: Descrever Dados. sobre características da
4. Gerar, a partir dos significados dos dados, uma descrição
população a partir da amostra.
geral do local, das pessoas, dos objetos de análise, etc.
5. Informar como a descrição e o tema serão apresentados
na escrita dos resultados;
6. Realizar a interpretação e extrair o significado dos dados.
Definição
- Conjunto de princípios morais que guiam as escolhas
relativas ao comportamento e ao relacionamentos que as
pessoas desenvolvem umas com as outras.
- A ética serve para que exista um equilíbrio na conduta e
nas relações das pessoas em sociedade.
- Ela é útil para que ninguém seja prejudicado nas suas
relações sociais.
Qual a relação da ética na pesquisa científica?
- A ética está ligada aos princípios morais que orientam o
trabalho pesquisador;
- Ela implica a adequação do comportamento do
pesquisador em relação aos sujeitos da pesquisa.
- Os fundamentos éticos na pesquisa se aplicam tanto à
pesquisa qualitativa quanto à quantitativa.
O envolvimento ético está presente em todos os aspectos da
pesquisa, incluindo:
- Decisão do tema;
- Seleção da amostra;
- Aplicação da pesquisa;
- Publicação dos resultados.
Princípios da ética na pesquisa elaborados por Schnell e
Heinritz (2006, p. 21 apud FLICK, 2012).
1. Os pesquisadores têm de ser capazes de justificar por que
a pesquisa sobre seu tema é realmente necessária.
2. Os pesquisadores devem ser capazes de explicar qual é o
objetivo da sua pesquisa e sob que circunstâncias os
indivíduos participam dela.
3. Os pesquisadores devem ser capazes de explicar os
procedimentos metodológicos de seus projetos.
4. Os pesquisadores devem ser capazes de estimar se os
atos da sua pesquisa terão consequências positivas ou
negativas eticamente relevantes para os participantes.
5. Os pesquisadores devem avaliar as possíveis violações e
danos decorrentes da realização do seu projeto e ser capazes
de fazê-lo antes de iniciar o estudo.
6. Os pesquisadores têm de tomar medidas para evitar
possíveis violações e danos identificados;
7. Os pesquisadores não devem fazer declarações falsas
sobre a utilidade de sua pesquisa.
8. Os pesquisadores têm de respeitar as regulamentações
atuais de proteção dos dados.
- De acordo com Gray (2012, p. 65), um dos princípios
mais importantes é o de garantir o consentimento.
- Todos os participantes da pesquisa devem receber
informações suficientes e acessíveis sobre o projeto para
que possam tomar uma decisão sobre seu envolvimento.
Objetivos do consentimento informado (SILVERMAN,
2009):
- Disponibilizar informações sobre a pesquisa para os
participantes, para que eles decidam sobre a própria
participação;
- Certificar-se de que os sujeitos entendam as informações;
- Garantir que a participação seja voluntária (pode ser
solicitado um documento por escrito);
- Obter o consentimento dos pais quando os sujeitos não
são competentes para concordar (por exemplo, crianças).
- A prática da pesquisa no Brasil está regulamentada pela
Resolução nº. 196 (BRASIL, 1996).
- Foi criada a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP), uma comissão do Conselho Nacional em Saúde.
- E pela Resolução n°. 466 (BRASIL, 2012), que dispõe e
aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de
pesquisas envolvendo seres humanos.
- A Resolução nº. 510 do Conselho Nacional de Saúde
(BRASIL,2016), descreve as normas aplicáveis a
pesquisas em ciências humanas e sociais;
- Procedimentos metodológicos envolvam a utilização
de dados diretamente obtidos com os participantes;
- Utilização de informações identificáveis ou que
possam acarretar riscos maiores do que os existentes
na vida cotidiana.
- Em 2012, o site do Sistema Nacional de Informação
sobre Ética em Pesquisa (SISNEP) era utilizado para o
registro das pesquisas.
- Após, foi lançada a Plataforma Brasil, uma base
nacional unificada de registros de pesquisas;
- A plataforma permite que as pesquisas registradas
sejam acompanhadas em todos os seus estágios;
- Desde a submissão até a aprovação final pelo Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) (SISNEP, 2019).
Os documentos a serem submetidos ao Comitê de
Ética em Pesquisa no Brasil, via Plataforma Brasil,
podem variar conforme o tipo de pesquisa. Segundo
Santos (2015, p. 128), os principais são os seguintes:
- Cópia do projeto de pesquisa;
- Folha de rosto (Identifica o pesquisador responsável,
a instituição e o CEP);
- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE), documento obrigatório em pesquisas que
envolvam seres humanos;
- Termo de autorização para gravação de som, imagens
e/ou fotografias;
- Declaração de ciência e concordância das instituições
envolvidas;
- Termo de autorização para uso de prontuários,
obrigatório quando há necessidade de acessar
documentos sigilosos, confidenciais, reservados.
Conhecimento popular x Conhecimento científico
- Às vezes denominado como senso comum, não se
distingue do conhecimento científico nem pela veracidade
e natureza do objeto conhecido.
- O que os diferencia é a forma, o modo ou o método e os
instrumentos utilizados para conhecer.
- Dessa forma, patenteiam-se dois aspectos:
a) A ciência não é o único caminho de acesso ao
conhecimento e à verdade.
b) Um mesmo objeto ou fenômeno (uma planta, um
mineral, uma comunidade...) Pode ser matéria de
observação tanto para o cientista quanto para o homem
comum;
- O que leva um ao conhecimento científico e outro ao
conhecimento vulgar ou popular é a forma de observação.
Tipos de conhecimentos
- Conhecimento popular
É um tipo de saber que preenche nossa vida diária e que
possuímos sem o haver procurado ou estudado, não permite
a formulação de hipóteses sobre a existência de fenômenos
situados além das percepções objetivas.
Relaciona-se com a aparência e com o que se ouviu dizer a
respeito do objeto;
- Conhecimento científico
Conhecimento científico encontra os seus fundamentos na
razão e na experimentação.
Tal conhecimento é proveniente de hipóteses e
experiências a partir das quais verdades universais são
estabelecidas. Desse modo, é possível sintetizar o
conhecimento científico como aquele que exige uma
legitimação baseada em dados elaborados a partir de
análises e comprovações teóricas e empíricas.
(LAKATOS; MARCONI, 2017).
Características do conhecimento popular
Considera-se um tipo de saber que preenche nossa vida
diária e que possuímos sem haver procurado ou estudado,
sem a aplicação de um método e sem havermos refletido
sobre algo.
Para Ander-Egg (1978, p. 13-14), o conhecimento popular
caracteriza-se por ser predominantemente:
- Superficial: Conforma-se com a aparência, com o que se
pode comprovar simplesmente estando junto das coisas:
expressa-se por frases como “porque o vi”, “porque o
senti”, “porque o disseram”, “porque todo mundo o diz”.
- Sensitivo: Refere-se a vivências, estados de ânimo e
emoções da vida diária.
- Subjetivo: É o próprio sujeito que organiza suas
experiências e conhecimentos, tanto os que adquire por
vivência própria quanto os por ouvir dizer.
- Assistemático: Sua organização das experiências não visa
a uma sistematização das ideias, nem na forma de adquiri-
las nem na tentativa de validá-las.
- Acrítico: Verdadeiros ou não, a pretensão de que esses
conhecimentos o sejam não se manifesta sempre de forma
crítica.
O conhecimento científico é baseado em ocorrências
ou fatos. Constitui um conhecimento contingente, pois
suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou
falsidade conhecida por meio da experimentação e não
apenas pela razão, como ocorre no conhecimento
filosófico.
- Conhecimento filosófico
É caracterizado pelo esforço da razão pura para
questionar os problemas humanos, recorrendo
apenas às luzes da própria razão humana.
Objeto de análise da filosofia são ideias, relações
conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis
a realidades materiais e, por essa razão, não são
passíveis de observação sensorial direta ou indireta
(por instrumentos), como a que é exigida pela ciência
experimental.
- Conhecimento religioso
O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se
em doutrinas que contêm proposições sagradas, por
terem sido reveladas pelo sobrenatural e, por esse
motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e
indiscutíveis.
É um conhecimento sistemático do mundo (origem,
significado, finalidade e destino) como obra de um
criador divino; suas evidências não são verificáveis:
nele está sempre implícita uma atitude de fé perante
um conhecimento revelado.