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ALFABETIZAÇÃO ........................................................................................................ 4
17 ATIVIDADES PARA ENSINAR AS LETRAS ....................................................... 4
ATIVIDADES DE CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA NA ALFABETIZAÇÃO ...... 12
RECURSOS DIDÁTICOS PARA DESENVOLVER A CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA ............................................................................................................. 18
Antes de mais nada, o que é consciência fonológica? ...................................... 18
Consciência Silábica ............................................................................................. 18
O que é? .................................................................................................................... 18
Exemplos de Atividades ................................................................................... 18
Consciência intrassilábica .................................................................................. 19
O que é? .................................................................................................................... 19
Exemplos de atividades ...................................................................................... 20
Consciência Fonêmica ......................................................................................... 21
O que é? ................................................................................................................ 21
Exemplos de Atividades ...................................................................................... 21
Roleta das Letras ............................................................................................... 21
ALFABETIZAÇÃO: 5 RECURSOS QUE AUXILIAM NA LEITURA E NA
ESCRITA ....................................................................................................................... 23
04 ERROS QUE ACABAM COM A COMPREENSÃO LEITORA ....................... 26
PRODUÇÃO DE TEXTO: COMO ENSINAR? ........................................................ 29
MATEMÁTICA .............................................................................................................. 34
COMO ENSINAR MATEMÁTICA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL ................... 34
MATEMÁTICA: O QUE ENSINAR PARA CADA ANO ESCOLAR? ................... 37
QUAL É O MELHOR MÉTODO PARA ENSINAR MATEMÁTICA? .................... 40
VOCÊ PRECISA DESSES LIVROS PARA ENSINAR E APRENDER
MATEMÁTICA! ............................................................................................................. 43
FUNCIONAMENTO COGNITIVO: HABILIDADES DE DOMÍNIO GERAL PARA
O DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA, LEITURA E MATEMÁTICA................. 46
3 PASSOS PARA FAZER UMA BOA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA EM
MATEMÁTICA .............................................................................................................. 48
CONHEÇA OS 07 PILARES QUE GARANTEM UM BOM PLANEJAMENTO NA
ALFABETIZAÇÃO ....................................................................................................... 50
COMO FAZER UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA A PARTIR DE GÊNEROS
TEXTUAIS..................................................................................................................... 52
COMO REALIZAR UMA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA? ...................................... 56
COMO AVALIAR COM RECURSOS DIDÁTICOS ................................................. 58
1. Monta palavras ..................................................................................................... 59
2. Batalha de Palavras ............................................................................................ 60
ENSINO E AVALIAÇÃO NA PANDEMIA: O QUE PRIORIZAR NO CICLO DE
ALFABETIZAÇÃO ....................................................................................................... 61
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ALFABETIZAÇÃO
1. Dado com vogais: você pode ter um dado de bolsos, como o que a
professora Camila ensinou na aula, e colocar diferentes vogais (ou qualquer
outra letra) nestes bolsos. Uma das brincadeiras é atirar o dado e, na letra que
cair, a criança deve dizer uma palavra.
2. Letras móveis: as letras móveis têm mil e uma funcionalidades. Pode ser
comprado pronto, de EVA ou madeira, ou confeccionado com papel e
tampinhas de pet (como na foto abaixo, da nossa aluna Miraci Carvalho Cida).
Podemos escrever os nomes dos colegas, mostrar imagens para nomear, fazer
um ditado silencioso, pedir que formem sílabas… use o seu protagonismo!
3. Dado + letras móveis: Esta ideia é para usar os dois primeiros recursos
juntos. Sorteamos uma consoante (por exemplo, “C”) nas letras móveis e
atiramos o dado para a vogal (por exemplo, “A”). Juntamos ambas e pedimos
que as crianças digam palavras que tenham aquele som. Importante: não
precisa ser somente na sílaba inicial (“CAsa”, “maCAco”, “minhoCA”).
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9. Jogo das sílabas complexas: Este jogo também foi elaborado pela Pati.
Temos uma mini roleta no tabuleiro com as sílabas complexas e as crianças
completam as palavras.
10. Letras em MDF: Este material também foi disponibilizado pela nossa aluna
Dani (@pedagogiacomamordani). Trata-se de pedaços de MDF que formam
letras quando unidos. As crianças podem brincar com os diferentes pedaços,
formando novas letras, percebendo suas variações, semelhanças e diferenças
quanto à grafia.
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11. Assim se escreve: Este recurso é muito potente para trabalhar com
consciência fonêmica. Damos às crianças cartinhas com uma imagem e três
palavras escritas. O aluno precisa identificar qual é a escrita correta (por
exemplo: vaca, faca e vala). Esta é uma das atividades que ensinamos no
nosso curso CAP da Escola Protagonista.
12. Trilha do alfabeto: Nossa aluna CAP, Salete Timbo, criou uma linda trilha
com dado. Os alunos caminham sobre a trilha até a casinha sorteada no dado
e dizem uma palavra que começa com a letra na qual pararam.
13. Troca letras: Esta foi uma intervenção que eu realizei durante a minha aula
de EJA. Vamos escrevendo palavras junto com os alunos (aqui, no caso,
começamos com gata). Aos poucos, vamos trocando letras (“o que acontece se
eu trocar esse “G” por “R”? E se eu colocar um “O” no lugar desse “A”?).
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14. Qual é o segredo? Essa ideia também foi elaborada por uma de nossas
alunas, a Carol Feijó. Está fazendo o maior sucesso nas aulas remotas. Basta
enviar uma foto com vários objetos que começam com a mesma letra e os
alunos precisam descobrir qual é!
16. Livros: Muitos livros focam no ensino das letras. Trouxemos aqui, algumas
sugestões dos nossos parceiros (Editora Edelbra e @cadu_dos_livros).
ABC Procura-se
Um pomar de A a Z
Alfabeto do Pino
17. Escreva 3: Este jogo também foi elaborado pela nossa aluna Dani. Trata-
se de cartinhas com desafios (escreva 3 cores, escreva 3 nomes de amigos,
escreva 3 frutas…). Para deixar ainda mais desafiador, podemos utilizar o dado
ou sortear as letras móveis. Assim, a criança teria que escrever tudo com a
mesma letra inicial!
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Pense por uns minutinhos sobre as características da imagem, o que tem nela,
o que representa para você.
Eu vejo uma maçã, que é uma fruta, em cima de livros. Eu gosto de maçã,
especialmente as mais suculentas. A maçã está em cima dos livros. Por que
será que essa maçã foi parar aí? Alguém deu para a professora? Isso ainda
existe? Pensamento fica igual ao do personagem BOB, aquele desenho do
Fantástico mundo de BOB, sabe? Amava!
• Posso falar/escrever “A maçã está em cima dos livros” ou “Em cima dos
livros está a maçã” porque as duas formas estão corretas e expressam o
mesmo sentido.
• Tem 5 palavras nesta imagem.
• Maçã tem 4 letras.
• Livro tem 5 letras.
• Lousa tem duas sílabas.
Antes de dar dicas sobre como trabalhar com a CF, destaco minha posição
a respeito de algumas discussões teóricas:
Atenção a elas:
Consciência Silábica
Consciência Fonêmica
Consciência Silábica
• Trilha silábica: Trata-se de uma trilha gigante, que pode ser feita de
papel pardo. Em um saco a professora coloca vários objetos. Cada
criança puxa um objeto e caminha o número de vezes referente ao
número de sílabas. Por exemplo, se ela tirou um “apontador”, andará 4
casas. Assim o jogo acontece, até que se chegue ao fim da trilha.
Rimas e Aliterações
Consciência fonêmica
• Trocar uma letra: Podemos brincar com as crianças de trocar uma letra
de uma palavra e “ver como é que vai ficar”. Essa estratégia é bem
bacana para brincar com o nome das crianças, pois são palavras bem
estáveis para a turma. Então, por exemplo, como ficaria o nome da
Professora Clarissa se ela tirasse o “C”? E se no lugar do “C”,
colocássemos o “P”?
• Desenho e marcar que letra começa: Outra opção ainda bem bacana de
jogo (ou transformar em atividade de sistematização), é fazer cartinhas
com um desenho e três opções de letra, tendo o aluno que dizer com
qual letra a palavra começa.
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Consciência Silábica
O que é?
Exemplos de Atividades
Corrida silábica
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Quantificação Silábica
Consciência intrassilábica
O que é?
São as rimas (palavras com mesmo som final) e aliterações (mesma sílaba ou
fonema inicial).
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Exemplos de atividades
Baralho Didático
Encontre a Rima
As crianças devem procurar nas fichas as palavras que rimam com as imagens
constantes das cartelas. O mais interessante é que, através desse jogo, elas
vão sendo capazes de estabelecer conexões com a forma escrita.
Consciência Fonêmica
O que é?
Exemplos de Atividades
Roleta das Letras
Alfabeto Lúdico
Sem dúvidas, com todas essas dicas de recursos didáticos, a sua prática
pedagógica, tanto para sala de aula, quanto para uso particular, ficará ainda
mais completa.
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Se esse conteúdo fez sentido para você e você se interessa por ideias
práticas do assunto, conheça o RAP – Recursos e Atividades na Prática, curso
da Escola Protagonista.
Para ensinar a ler e escrever não basta colocar as crianças em uma sala
cheia de cartazes e recursos escritos. Para alfabetizar-se, o indivíduo precisa
ser ENSINADO. Quando pensamos em ensino, é essencial que possamos
refletir sobre os nossos OBJETIVOS e METAS; ou seja, o que eu quero que o
meu aluno aprenda? O que eu quero que ele alcance até o fim do
mês/trimestre/ano?
Quem sou eu? Para fazer este recurso você só irá precisar de um pedaço de
cartolina e um grampeador! Cortamos uma tira da cartolina que tenha a medida
da circunferência da nossa cabeça (ou dos alunos), grampeamos e colocamos
algum artifício para prender as palavras (pode ser fita dupla face, velcro ou até
um simples clipe). Uma palavra é sorteada e colocada na cabeça do colega, de
modo que ele não consiga ler. Este aluno que está com a palavra na testa
começa a fazer perguntas e o outro dá características, até que se acerte a
palavra. Para as crianças menores, podemos fazer com desenhos junto e, para
os maiores, podemos fazer com palavras que tenham dificuldades ortográficas.
Essa brincadeira pode ser realizada no grande grupo, coletivamente, mas
também em duplas, já que é um recurso simples de ser elaborado.
Pare: Para confeccionar o jogo do Pare, você irá precisar de uma latinha e um
pedaço de EVA ou pano para fazer uma espécie de tampa, onde será possível
colocar a mão. Dentro desta lata, colocamos palavras (conforme o que estiver
sendo trabalhado), e também a imagem e palavra escrita “pare” (imprima uma
imagem da placa de trânsito). Funciona da seguinte maneira: em roda, um
aluno vai puxando palavras e lendo todas elas, até que ele puxe a plaquinha de
PARE. Aí ele deve passar a lata para o colega ao lado, que fará o mesmo.
Com as crianças menores, podemos começar esta brincadeira só com letras ou
com os nomes dos colegas, que são palavras mais estáveis e que eles,
provavelmente, identificam com mais facilidade. Com os mais velhos, podemos
deixar mais complexo, utilizando palavras com irregularidades ortográficas ou
até pseudo palavras com regularidades, a fim de que leiam corretamente,
respeitando a regularidade da língua.
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1 – Não ler
Parece piada, mas o primeiro erro que acaba com a compreensão leitora
é NÃO LER. Exatamente, não ter o hábito da leitura “mata” a sua
compreensão. Quem não lê, não desenvolve a habilidade de compreensão
leitora. Simples! Um exemplo bem claro seria: se você faz uma aula de dança,
pode ser que a coreografia saia bem atrapalhada. Quanto mais você fizer e
repetir, mais “craque” será.
Como boas professoras, precisamos ter cuidado para não ficar só nas
perguntas óbvias, que estão claras no texto. Desta forma, as crianças nem
precisam compreender, basta fazer um caça-palavras, procurando
pelas respostas. Devemos investir em perguntas implícitas, que exijam que as
crianças realmente compreendam os eventos que aconteceram, as expressões
dos personagens, as “entrelinhas”.
livro), ativar os conhecimentos prévios, fazer previsões sobre o texto (“o que
será que vai acontecer? Por que você acha que esta personagem está com
este rosto? O que será que este objeto tem a ver? Você já ouviu falar…?”).
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Intervenções:
– Pedir ajuda para que eles substituam as palavras por sinônimos (um texto
que repete muitas vezes a expressão “o gato”, por exemplo, “o gato pegou a
bolinha e o gato furou com a unha”, poderia ser colocada qual palavra no lugar,
a fim de não repetir?);
– Ler um texto para os alunos, repetindo palavras e pedir que eles identifiquem
o que tem “de feio” nesta leitura (E daí, e daí, e daí, e daí…);
Intervenções:
– Evitar os textos livres, folhas “em branco”, sem algum direcionamento inicial.
Essa prática faz com que as crianças verbalizem que não têm ideias, a escrita
fica difícil e desorientada. A ideia não é podar a criatividade, pelo contrário, é
ensinar a estruturarem suas ideias.
– Deixe “os textos dormirem” e volte outro dia. Escrever engloba muitas
habilidades simultaneamente. É necessário pensar na estrutura do gênero que
será escrito, no conteúdo, na sequência de ideias, nas questões ortográficas.
Além disso, ainda existem as questões motoras, de percepção visual, de
controle inibitório, atenção, dentre muitos outros processos. Por isso, produzir
um texto e revisar, pode ser cansativo. Uma boa estratégia é fazer a escrita um
dia e revisar no outro. Com a “cuca fresca” a gente consegue enxergar melhor
os aspectos que podem ser melhorados;
– Que título daríamos para este texto/parágrafo? Começar pelo título pode ser
mais difícil. Estimule as crianças a lerem parágrafos e depois pensarem em
títulos. Cubra o título de um livro com fita crepe, leia a história e pensem em
diferentes nomes. Este é um exercício que as crianças podem fazer,
posteriormente, com as próprias produções;
– Trabalhe com post its! Cada criança pode receber três post its (folhinhas
coloridas) onde escreverão ideias para o início, meio e fim das histórias;
Intervenções:
– Faça linhas coloridas na lousa. Uma linha marcando a margem e outra linha
marcando o parágrafo. Os alunos podem fazer o mesmo no caderno. Esse é
um simples recurso que pode ajudá-los no espaçamento do parágrafo;
– Faça leituras modelo, grave as leituras dos alunos e transcreva falas. Essa
prática faz com que as crianças percebam a importância dos sinais de
pontuação para a compreensão leitora;
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Dica extra: leve para a turma um texto de sua própria autoria, escrito em folha
pautada, à mão mesmo! É importante as crianças verem que nós escrevemos,
refletindo sobre aquelas mesmas questões anteriores: para quem a “profe” está
escrevendo e por quê? Ter o texto da professora como referência é uma boa
estratégia para sair da folhinha convencional, digitada no computador.
MATEMÁTICA
O que, então, deve ser ensinado para essas crianças de tão tenra idade?
O ideal é que a sua escola possua um currículo que vai nortear o seu
planejamento. Ali você deve encontrar objetivos específicos da área que
envolve as habilidades matemáticas e poderá pensar em intervenções
eficientes para desenvolvê-las. Contudo, sabemos que esta não é a realidade
de muita gente. Muitas escolas de Educação Infantil são “depósitos de
crianças” que passam o dia inteiro sendo apenas vigiadas, alimentadas e tem
suas fraldas trocadas por adultos. Algumas destas professoras, especialmente
dos bebês, não possuem nem formação adequada. Por outro lado, há escolas
que sentam as crianças em fileiras e utilizam livros didáticos, impondo aos
professores a necessidade de alfabetização antes que a criança termine o ano
letivo.
0 a 1 ano e 6 meses:
• Comparação de objetos;
• Observação de mudanças;
• Registro de observações;
• Classificação de objetos e figuras;
• Relato de fatos da sua história;
• Relações entre número e quantidade;
• Expressão de medidas por gráficos básicos.
2. Letramento matemático!
Sem sombra de dúvidas, essa é uma das perguntas mais feitas para
mim nas redes sociais da Clarissa: “posso ensinar tal conteúdo para tal ano?”.
Muita gente espera que eu seja “direta e reta” e diga um curto “sim” ou “não”,
mas a verdade é que esta não é uma resposta tão simples assim.
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
5º ano
Álgebra: equivalências.
Qual é o melhor método para alfabetizar? Esta é uma das perguntas que
mais chegam nas nossas redes sociais. Possivelmente, você já refletiu sobre
este assunto e até já abraçou uma metodologia. Mas e com a matemática,
você já pensou em “adotar” um método? Por que as pessoas
falam/pensam/refletem tão pouco sobre este assunto? Seria porque a
matemática tem menos protagonismo do que a linguagem?
Método Singapura: Esta forma de trabalho ficou conhecida por ser utilizada
em muitos países com bons escores em provas internacionais que avaliam o
desempenho matemático, dentre eles, obviamente, pelo nome, o país de
Singapura. É uma metodologia que abandona a memória e possui uma
abordagem chamada “CPA” (concreto, pictórico e abstrato), onde os alunos
fazem uso destas estratégias para consolidar os conhecimentos matemáticos.
Por isso, separamos alguns dos grandes títulos que são utilizados no
MAP (clique aqui e conheça o nosso curso de Matemática na Prática), para
você se apoiar e embasar o ensino da matemática em suas turmas.
11. SMOLE, Kátia Stocco., DINIZ, Maria Ignez (org.). Materiais manipulativos
para o ensino do Sistema de Numeração Decimal (Volume 1 – Coleção
Mathemoteca). São Paulo: Edições Mathema. 2012.
12. GIGANTE, Ana Maria B.; SANTOS, Mônica Bertoni dos. Práticas
pedagógicas em matemática: espaço, tempo e corporeidade. Erechim:
Edelbra, 2012.
14. Em nossa última dica, trazemos alguns livros de literatura infantil que
abordam o universo matemático como pano de fundo:
3 – Quais são os meus objetivos para este ano? Essa é a pergunta que
você deve se fazer para pensar na sua avaliação diagnóstica. O que os seus
alunos já deveriam dominar para seguir adiante e atingir as próximas metas?
Por exemplo, se é um dos objetivos do ano realizar cálculos de multiplicação, é
necessário que eles já dominem a adição com bastante propriedade; portanto,
você pode avaliar adição.
Atividades simples: você não precisa elaborar uma atividade muito complexa.
Como nosso objetivo é avaliar a matemática “pura” (e não leitura,
compreensão), quanto mais simples os enunciados, melhor. Duas ou três
operações de cada tipo que você deseja avaliar também são o suficiente.
Muitos cálculos poderão deixá-los cansados e “mascarar” as avaliações, talvez
mostrando um resultado pior do que realmente é.
Tenha intencionalidade com a escolha dos números: para não fazer uma
infinidade de cálculos, você DEVE ser intencional com a escolha dos números.
Se você deseja, por exemplo, avaliar cálculos de adição, pode fazer adições
simples (12 + 12 =) e adições com transporte (19 + 18 =). Com os maiores,
pode ser realizado da mesma forma, mas com números mais altos. A mesma
coisa vale para a subtração.
Mas e quem não escreve, como fica? Abandone a ideia que só produz
texto quem já escreve alfabeticamente! Crianças em hipóteses pré-silábicas e
silábicas precisam participar de eventos de letramento onde eles produzam
escritas inventadas, não convencionais. Se nunca desafiarmos, eles nunca
avançarão! Ao solicitarmos a escrita de uma carta, pode ser que saia uma lista,
algumas letras… não importa! As intervenções serão feitas no percorrer do
caminho. Enquanto uma criança alfabética evolui em relação ao gênero, as
crianças em níveis iniciais de escrita evoluirão em relação ao gênero e à
aquisição da leitura e da escrita. Por isso, a importância das facetas estarem
em conexão!
Foque em boas perguntas! Leve perguntas por escrito. Não pense que
os bons questionamentos “virão na hora” com a sua experiência de professora
ou conforme forem surgindo das crianças. Seja intencional. Para cada gênero
estudado há boas perguntas que podem ser feitas. Por que enviamos
cartas/cartões? Para que serve uma ficha técnica? Quem vai ler isso? Por que
alguns cartões possuem fotos de cidades e outros possuem obras de artistas?
Que outras maneiras de comunicação existem além da carta e do cartão? Você
já enviou algum destes? Já recebeu? Converse com as pessoas da sua casa,
veja como eles se comunicavam. Estes gêneros eram comuns? Que gêneros
têm substituído a carta e o cartão-postal? Dentre outras boas perguntas sobre
o que você estiver estudando com seus alunos.
conforme seu interesse, mas que devemos pensar nesta criança quando
planejamos. Desenvolver a aprendizagem do nosso aluno é colocá-lo como o
centro do processo. Existem habilidades e objetivos que as crianças precisam
desenvolver e que vai ser necessário que parta do professor. Como irá vir
deles algo que eles não têm contato? Quando fazemos uma proposta que não
partiria de forma natural daquela turma, estamos ampliando seus
conhecimentos, ajudando as crianças a aumentar o seu repertório de
aprendizagem e acrescentando sua compreensão de mundo.
* Ideia advinda de estudos com a Dra. Professora Luciana Piccoli, professora da área
de Linguagem, na FACED/UFRGS.
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A partir daí, traçamos objetivos a serem alcançados para cada uma das
áreas. A sua escola já deve ter um currículo para cada ano escolar, no qual
você pode se basear para montar as suas metas. Se não tem, a Base (BNCC)
pode ser um bom norteador para começar (não é perfeita, mas já ajuda!).
Existe um “passo a passo” que pode nos ajudar. Apesar dessa dica, é
sempre bom lembrar que cada situação é única, e que devemos sempre usar
da nossa sensibilidade de professor para fazer adaptações necessárias.
Mas e aí, como são estas ideias, na prática, para turmas de alfabetização?
IMPORTANTE!
Encerro com uma bela frase de Morais, Albuquerque e Leal (2009, p.8)
que resume este artigo: “precisamos garantir a coerência entre as metas que
planejamos, o que ensinamos e o que avaliamos”. Nunca pode ser avaliado
algo que não foi ensinado!
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Para isso, nada melhor do que atividades pedagógicas para nos auxiliar
nesse processo. Essas vivências nos possibilitam observar se a aprendizagem
está, realmente, acontecendo.
Assim, fica muito mais fácil monitorar e acompanhar o avanço dos seus alunos.
Para que você possa entender, na prática, como isso é feito, seguem 2
atividades pedagógicas que podem (e devem) ser usadas para nesse processo
de ensino-aprendizagem.
1. Monta palavras
2. Batalha de Palavras
Por fim, se esse conteúdo fez sentido para você e você se interessa por
ideias práticas do assunto, conheça o RAP – Recursos e Atividades na
Prática, da Escola Protagonista.
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Ditado de palavras;