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Autores:
Equipe Igor Maciel, Igor Maciel
Aula 01
27 de Novembro de 2020
Sumário
1- Considerações Iniciais ........................................................................................................................ 3
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d) Requisição;......................................................................................................................... 40
e) Tombamento; .................................................................................................................... 41
f) Desapropriação; .................................................................................................................... 43
4 - Bibliografia ...................................................................................................................................... 47
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1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Seguiremos com mais uma aula do nosso curso. Espero que vocês aproveitem!
Grande abraço,
Igor Maciel
E-mail: profigormaciel@gmail.com
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2- BENS PÚBLICOS
O Novo Código Civil superou a discussão sobre a definição de bem público. Segundo o seu
artigo 98:
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa
a que pertencerem.
Apenas podem ser formalmente considerados como bens públicos os bens de propriedade das
pessoas jurídicas de direito público: União, Estados, Municípios e respectivas autarquias e fundações.
Assim, os bens das sociedades de economia mista não podem ser considerados bens públicos,
em que pese sujeitas à tomada de contas especial pelo TCU. Também não são considerados bens
públicos os bens das demais pessoas jurídicas de direito privado integrantes da administração
pública.
(FGV - OAB UNI NAC/OAB/V Exame/2011) De acordo com o critério da titularidade, consideram-se
públicos os bens do domínio nacional pertencentes
a) às entidades da Administração Pública Direta e Indireta.
b) às entidades da Administração Pública Direta, às autarquias e às empresas públicas.
c) às pessoas jurídicas de direito público interno e às pessoas jurídicas de direito privado prestadoras
de serviços públicos.
d) às pessoas jurídicas de direito público interno.
Comentários
Alternativa correta, letra D.
Segundo disposto no artigo 98 do Código Civil, são públicos os bens pertencentes às pessoas jurídicas
de direito público interno. Relembrando, são pessoas jurídicas de direito público:
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Sociedades de
União Economia Mista
Estados
Empresas
Públicas
Municípios
Distrito Federal e
Territórios
Autarquia
Fundação Pública
Qualquer que seja sua utilização, os bens destas entidades – corpóreos, incorpóreos, móveis,
imóveis, - estão sujeitos ao regime jurídico dos bens públicos e, portanto, gozam das seguintes
características:
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c) Não Onerabilidade – Os bens públicos não podem ser gravados como garantia de créditos
em favor de terceiros. São espécies de direitos reais de garantia sobre coisa alheia: o penhor,
a anticrese e a hipoteca.
Não há exceções!
Trata-se de disposição expressa tanto no Código Civil como em alguns trechos da Constituição
Federal. Vejamos:
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (...)
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural,
não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de
sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
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Sim. E muito!
A imprescritibilidade é uma das principais características dos Bens Públicos e não há exceção
sobre tal característica.
O STF, inclusive, editou a Súmula 340 que possui o entendimento segundo o qual até mesmo
os bens dominicais, que são desafetados, sem finalidade pública alguma a eles atrelada (consoante
será explicado adiante) são imprescritíveis. Vejamos o enunciado da súmula:
Súmula 340 – STF - Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os
demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
A doutrina entende que os bens de pessoas administrativas de direito privado que estejam
sendo diretamente empregados na prestação de um serviço público passam a revestir características
próprias do regime de bens públicos – especialmente a impenhorabilidade e a proibição de que sejam
onerados (gravados) – enquanto permanecerem com essa utilização.
Essa sujeição das regras do regime público, entretanto, decorre do princípio da continuidade
dos serviços público e não de alguma característica formal ou da natureza do bem em si considerado,
eis que não se pode transmudar o bem da pessoa jurídica de direito privado em bem público.
Neste sentido:
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(FGV - OAB UNI NAC/OAB/XXI Exame/2016) A sociedade “Limpatudo” S/A é empresa pública
estadual destinada à prestação de serviços públicos de competência do respectivo ente federativo.
Tal entidade administrativa foi condenada em vultosa quantia em dinheiro, por sentença transitada
em julgado, em fase de cumprimento de sentença.
Para que se cumpra o título condenatório, considerar-se-á que os bens da empresa pública são
a) impenhoráveis, certo que são bens públicos, de acordo com o ordenamento jurídico pátrio.
b) privados, de modo que, em qualquer caso, estão sujeitos à penhora.
c) privados, mas, se necessários à prestação de serviços públicos, não podem ser penhorados.
d) privados, mas são impenhoráveis em decorrência da submissão ao regime de precatórios.
Comentários
Alternativa correta, letra C.
As sociedades de economia mistas são pessoas jurídicas de direito privado.
A regra é que seus bens, em virtude de não serem bens públicos, não são impenhoráveis e
muito menos inalienáveis. É possível que sobre um bem de uma sociedade de economia seja feita
penhora e alienação.
Contudo, acaso este bem esteja afetado à prestação de um serviço público, este bem revestir-
se-á da característica da impenhorabilidade, enquanto afetado (adiante explicaremos a diferença de
afetação para desafetação).
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I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito
público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os
bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado
estrutura de direito privado.
a) Bens de uso comum do povo – São aqueles destinados à utilização geral pelos indivíduos, que
podem ser utilizados por todos em igualdade de condições. Ex: ruas, praças, mares e rios.
b) Bens de uso especial – São aqueles destinados à execução de serviços administrativos e dos
serviços públicos em geral. São os bens das pessoas jurídicas de direito público utilizados para
a prestação de serviços públicos (em sentido amplo). Ex: escolas públicas, hospitais públicos,
prédios de repartições públicas.
c) Bens Dominicais – São os bens públicos que não possuem uma destinação pública definida,
que podem ser utilizados pelo Estado para fazer renda. Ex: terras devolutas, prédios públicos
desativados e móveis inservíveis.
Os bens públicos dominicais que são exatamente aqueles que não se encontram destinados
a uma finalidade pública específica (portanto desafetados), podem ser objeto de alienação,
obedecidos os requisitos legais.
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A Administração Pública descentralizou seu poder de fiscalização para estes entes que, por
terem personalidade jurídica de direito público, seus bens são formalmente considerados bens
públicos. Neste sentido:
2.3 - Alienação
Assim, os bens de uso comum do povo e de uso especial seriam inalienáveis, salvo se
perderem tal condição transmudando-se para bens dominicais. Estes, nos termos do artigo 101, do
Código Civil, podem ser alienados, observadas as exigências da lei:
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Os bens dominicais, como já comentado, são aqueles bens do Estado que são desafetados, não
possuem uma destinação pública específica e que podem ser utilizados pela Administração Pública
para fazer renda.
É possível inferir, portanto, que tais bens são bens patrimoniais disponíveis, diante da sua
natureza patrimonial e da não afetação a determinada finalidade pública. Tais bens podem sim ser
alienados, respeitando as condições legais.
De acordo com o artigo 17, da Lei 8.666/93, os requisitos legais para alienação de bens
públicos são:
Como característica dos bens públicos temos a inalienabilidade. Os bens públicos, em geral,
não podem ter a sua propriedade transmitida. Entretanto, essa característica, diferentemente da
imprescritibilidade, não é absoluta.
Há a possibilidade de um bem público ser alienado, nos termos dos artigos 100 e 101 do
Código Civil:
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei
determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as
exigências da lei
(FGV - OAB UNI NAC/OAB/I Exame/2010) Com relação aos bens públicos, assinale a opção correta.
a) Por terem caráter tipicamente patrimonial, os bens de uso comum do povo podem ser alienados.
b) Os bens dominicais são indisponíveis.
c) A lei que institui normas para licitações e contratos da administração pública (Lei n.º 8.666/1993)
define regras para a alienação dos bens públicos móveis e imóveis.
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d) Ocorre a desafetação quando um bem público passa a ter uma destinação pública especial de
interesse direto ou indireto da administração.
Comentários
Alternativa correta, letra C.
A alternativa C expressa claramente a previsão contida na Lei nº 8.666/93, em seus artigos 17 a 19,
conforme explicado acima.
A afetação e a desafetação são fatos administrativos dinâmicos que indicam a alteração das
finalidades do bem público. Também podem ser denominados de consagração ou desconsagração.
Assim, os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial não são suscetíveis de
alienação enquanto assim estiverem destinados. Por outro lado, acaso ocorra a sua desafetação, tais
bens serão considerados bens dominicais e poderão ser alienados, por não estarem afetados a um
fim público.
Apesar da afetação ser possível pela simples destinação do bem, pelo uso, a desafetação não
é admitida pela doutrina pelo simples fato do não uso.
a) Bem de uso comum do povo – seria necessária uma lei ou um ato do Executivo previamente
autorizado por lei;
b) Bem de uso especial – trata-se de situação mais amena, sendo necessária uma lei ou um ato
do Poder Executivo.
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Ressalte-se que o fato de os bens públicos estarem desafetados não interfere nas
características de impenhorabilidade e imprescritibilidade. Tais bens continuam sendo
impenhoráveis e não passíveis de usucapião.
(FGV - OAB UNI NAC/OAB/XVI Exame/2015) O prédio que abrigava a Biblioteca Pública do Município
de Molhadinho foi parcialmente destruído em um incêndio, que arruinou quase metade do acervo e
prejudicou gravemente a estrutura do prédio. Os livros restantes já foram transferidos para uma
nova sede. O Prefeito de Molhadinho pretende alienar o prédio antigo, ainda cheio de entulho e
escombros. Sobre o caso descrito, assinale a afirmativa correta.
a) Não é possível, no ordenamento jurídico atual, a alienação de bens públicos.
b) O antigo prédio da biblioteca, bem público de uso especial, somente pode ser alienado após ato
formal de desafetação.
c) É possível a alienação do antigo prédio da biblioteca, por se tratar de bem público dominical.
d) Por se tratar de um prédio com livre acesso do público em geral, trata-se de bem público de uso
comum, insuscetível de alienação.
Comentários
Alternativa correta, letra C.
O interessante desta questão está na assertiva de que, a partir do momento em que o prédio ficou
deteriorado, este passou a não ter uma finalidade pública e, portanto, passou a ser desafetado.
Assim, este bem, enquanto bem dominical, poderá ser alienado, desde que respeitados os
demais requisitos legais.
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Estas, a princípio devem ser consideradas entes privados nos termos do artigo 173 da
Constituição Federal:
Assim, se privados os bens das empresas estatais, a eles não se aplica o regime jurídico
relativo aos bens públicos. Encontramos, inclusive, julgados no Supremo Tribunal Federal neste
sentido:
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DEFERIDO.
Contudo, tem sido recorrente encontrarmos no Supremo Tribunal Federal decisões que
aplicam a determinados prestadores de serviço público a impenhorabilidade de seus bens enquanto
afetados à prestação destes. Neste sentido:
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É que, por prestar de forma exclusiva serviço público de competência da União (art. 21, X,
CF)1, não desempenha a ECT atividade econômica, segundo entenderam os julgadores. Assim, os
Correios estariam incluídos no conceito de Fazenda Pública, gozando de todos os benefícios e
prerrogativas processuais inerentes, conforme sedimentou o STF:
Ainda é cedo para se afirmar que toda e qualquer empresa estatal que preste serviço público
em regime não concorrencial deve ser considerada como ente integrante da Fazenda Pública e,
portanto, ter seus bens submetidos a tal regime jurídico. Contudo, é cada vez mais comum o
deferimento de benefícios aplicáveis apenas às pessoas jurídicas de direito público também a
empresas estatais.
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Art. 21. Compete à União: (...) X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
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(FGV - OAB UNI NAC/OAB/VII Exame/2012) Sobre os bens públicos é correto afirmar que
a) os bens de uso especial são passíveis de usucapião.
b) os bens de uso comum são passíveis de usucapião.
c) os bens de empresas públicas que desenvolvem atividades econômicas que não estejam afetados
a prestação de serviços públicos são passíveis de usucapião.
d) nenhum bem que pertença à pessoa jurídica integrante da administração pública indireta é
passível de usucapião.
Comentários
Alternativa correta, letra C.
Percebam que as empresas públicas são consideradas pessoas jurídicas de direito privado e os seus
bens, acaso desafetados, não se sujeitam em hipótese alguma ao regime jurídico dos bens públicos.
Assim, estes bens poderão ser adquiridos por usucapião, diferentemente de qualquer bem público.
A Constituição Federal prevê em seu artigo 20 bens de titularidade da União e em seu artigo
26 bens de titularidade dos Estados.
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c) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União e, assim como os parques
nacionais possuem destinação específica, sendo considerados bens de uso especial.
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A Administração pode outorgar a determinados particulares o uso privativo dos bens públicos,
independente da categoria a que pertençam. Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2015, pg.
1045):
Essa outorga, que exige sempre um instrumento formal, está sujeita ao juízo de
oportunidade e conveniência exclusivo da própria administração e pode ser feita
mediante remuneração pelo particular, ou não.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme
for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
Autorização de uso é o ato administrativo pelo qual o Poder Público consente que
determinado indivíduo utilize bem público de modo privativo, atendendo
primordialmente a seu próprio interesse.
(FGV - OAB UNI NAC/OAB/VI Exame/2011) A autorização de uso de bem público por particular
caracteriza-se como ato administrativo
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Comentários
Alternativa correta, letra B.
A autorização para utilização de bens públicos é ato administrativo unilateral, discricionário e
precário e como a própria alternativa dispõe serve para atender a interesse predominantemente
particular.
Ato Discricionário
Precário
Revogável a qualquer
tempo sem indenização
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Trata-se de ato ainda discricionário e precário, mas que possui segurança maior que a
autorização de uso. Contudo, também poderá ser revogável a qualquer tempo sem a necessidade de
indenização ao particular. Quanto à prévia necessidade de licitação, Carvalho Filho estabelece ser
necessária (2015, pg. 1217):
Assim, embora sejam atos administrativos, a doutrina entende pela necessidade de prévia
licitação para as permissões de uso de bem público. A origem de tal pensamento está no artigo 31,
da Lei 9.074/95 (ALEXANDRINO, 2015, pg. 1.046):
Art. 31. Nas licitações para concessão e permissão de serviços públicos ou uso de
bem público, os autores ou responsáveis economicamente pelos projetos básico
ou executivo podem participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da
execução de obras ou serviços.
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Ato Discricionário
Precário
As diferenças básicas existentes entre a autorização e a permissão de uso de bem público são
(ALEXANDRINO, 2015, pg. 1.046):
ii. Na permissão o uso do bem com a destinação para a qual foi permitido é obrigatória. Na
autorização o uso é facultativo, a critério do particular;
iii. A permissão deve, regra geral, ser precedida de licitação; a autorização nunca é precedida
de licitação;
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A depender da remuneração pela utilização do bem público, a concessão de uso poderá ser
gratuita ou remunerada.
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Contrato Administrativo
Não Precário
A Concessão de Direito Real de Uso constitui um direito de natureza real. Não se trata,
portanto, de um mero direito pessoal e consiste em um contrato que confere ao particular um direito
real resolúvel por prazo certo ou indeterminado, de forma remunerada ou gratuita (ALEXANDRINO,
2015, pg. 1.049).
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Como se trata de um direito real e não pessoal, a CDRU transfere-se por ato inter vivos ou por
sucessão legítima ou testamentária, como os demais direitos reais sobre coisas alheias, registrando-
se a transferência (ALEXANDRINO, 2015, pg. 1.049).
A Lei 8.666/93 determina que haja licitação na modalidade concorrência, sendo o critério
aquele de julgamento o maior lance ou oferta, caso se trate de concessão onerosa, sendo
dispensadas em casos específicos (artigo 17).
Artigo 23.
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor
de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto
no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas licitações
internacionais, admitindo-se neste último caso, observados os limites deste artigo,
a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro
internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem
ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
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O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) previu a utilização de concessão de uso especial para
fins de moradia como forma de regularizar a propriedade urbana nos Municípios.
Art. 4º Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
V – institutos jurídicos e políticos:
h) concessão de uso especial para fins de moradia;
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à
mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Tal direito não se aplica, naturalmente, aos imóveis públicos, nos termos do parágrafo 3º:
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O legislador não ficou omisso quanto à realidade social brasileira que inclui a existência de
diversas ocupações irregulares, inclusive, em imóveis públicos. Mas se a Constituição Federal veda a
aquisição destes imóveis por usucapião, como proceder à regularização fundiária?
Art. 1º Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de
imóvel público situado em área com características e finalidade urbana, e que o
utilize para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial
para fins de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja
proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º A concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma
gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo
concessionário mais de uma vez.
§ 3º Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, na
posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da
sucessão.
Assim, a pessoa que detiver - até 22 de dezembro de 2016 - a posse mansa, pacífica e
ininterrupta de imóvel público urbano de até duzentos e cinquenta metros quadrados por cinco anos
e que o utilize par sua moradia ou de sua família, terá o direito à concessão de uso especial para sua
moradia.
Contudo, não poderá tal pessoa ser concessionário ou proprietário a qualquer título de outro
imóvel urbano ou rural.
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Percebam que os requisitos para a concessão de uso especial para fins urbanísticos são bem
parecidos com os requisitos da usucapião pró moradia e tem cabimento exatamente em razão de os
imóveis públicos não poderem se adquiridos por usucapião.
Referida concessão será gratuita e não será reconhecida ao mesmo cessionário por mais de
uma vez. Além disso, o herdeiro legítimo do posseiro, desde que resida no imóvel por ocasião da
abertura da sucessão, poderá continuar de pleno direito na posse de seu antecessor.
Art. 2º Nos imóveis de que trata o art. 1º, com mais de duzentos e cinquenta
metros quadrados, ocupados até 22 de dezembro de 2016, por população de baixa
renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde
não for possível identificar os terrenos ocupados por possuidor, a concessão de
uso especial para fins de moradia será conferida de forma coletiva, desde que os
possuidores não sejam proprietários ou concessionários, a qualquer título, de outro
imóvel urbano ou rural.
§ 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
De acordo com os parágrafos 2º e 3º, do artigo 2º, a cada possuidor será atribuída uma fração
ideal, independentemente do tamanho da área que efetivamente ocupa, a não ser que haja um
acordo escrito entre os ocupantes onde se discrimina frações ideais diferenciadas.
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Contudo, a fração ideal de cada possuidor não poderá ser superior a duzentos e cinquenta
metros quadrados.
§ 2o Na concessão de uso especial de que trata este artigo, será atribuída igual
fração ideal de terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do
terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os ocupantes,
estabelecendo frações ideais diferenciadas.
§ 3o A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a duzentos e
cinquenta metros quadrados.
Por fim, tais direitos dos artigos 1º e 2º também serão garantidos aos ocupantes regularmente
inscritos de imóveis públicos com até duzentos e cinquenta metros quadrados e que estejam situados
em área urbana, quanto a imóveis da União, Estados, DF e Municípios (artigo 3º).
Neste caso, caberá ao Poder Público garantir o direito à concessão de uso especial para fins
urbanísticos em local diverso:
Além disso, poderá o Poder Público também escolher local diverso quando o imóvel
ocupado for (artigo 5º):
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O título de concessão poderá ser obtido pela via administrativa perante o órgão competente
da Administração Pública que terá o prazo de doze meses para decidir o pedido, a contar da data de
seu protocolo.
§ 4º O título conferido por via administrativa ou por sentença judicial servirá para
efeito de registro no cartório de registro de imóveis.
A extinção de tal direito será averbada no correspondente cartório de registro de imóveis, por
meio de declaração do Poder Público concedente.
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Por fim, destacamos os artigos 9º e 10º da Medida Provisória em epígrafe que estabelecem a
autorização de uso em caso de imóveis comerciais e as definições do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Urbano. De acordo com o artigo 9º:
Perceba, que esta autorização – ato mais precário que a concessão – ocorre quanto aos
imóveis públicos que possuam fins comerciais (e não de moradia) e será conferida de forma gratuita.
O prazo do possuidor pode ser acrescido ao de seus antecessores, para fins de contagem dos
cinco anos e a poderá ser concedida em terreno diverso acaso ocorram algumas das hipóteses dos
artigos 4º e 5º (área de risco ou áreas de interesse público. Rememorando:
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Art. 11. O CNDU é composto por seu Presidente, pelo Plenário e por uma
Secretaria-Executiva, cujas atribuições serão definidas em decreto.
Parágrafo único. O CNDU poderá instituir comitês técnicos de assessoramento, na
forma do regimento interno.
Art. 12. O Presidente da República disporá sobre a estrutura do CNDU, a
composição do seu Plenário e a designação dos membros e suplentes do Conselho
e dos seus comitês técnicos.
Art. 13. A participação no CNDU e nos comitês técnicos não será remunerada.
Art. 14. As funções de membro do CNDU e dos comitês técnicos serão consideradas
prestação de relevante interesse público e a ausência ao trabalho delas decorrente
será abonada e computada como jornada efetiva de trabalho, para todos os efeitos
legais.
Cessão de Uso
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Para José dos Santos Carvalho Filho, a grande diferença entre esta cessão e as demais formas
de utilização dos bens públicos até agora vistas, fundamenta-se no benefício coletivo decorrente da
atividade desempenhada pelo cessionário.
O mais comum é que a Administração ceda bens entre órgãos da mesma pessoa (Secretaria de
Justiça cede prédio para a Secretaria de Administração do mesmo Estado), mas pode ocorrer a cessão
entre órgãos de entidades públicas diversas ou para pessoas privadas que desempenhem finalidades
não lucrativas (2015, pg. 1.228).
De acordo com o artigo 1.219 do Código Civil, o possuidor de boa-fé tem direito à indenização
das benfeitorias necessárias e úteis, restando consolidado o entendimento pelo STJ que tal direito
de retenção abrange também as acessões (construções e plantações) nas mesmas circunstâncias.
Ocorre que, para o STJ, nos casos em que o bem público foi ocupado irregularmente, a pessoa
não tem direito de ser indenizada pelas acessões feitas, assim como não tem direito à retenção pelas
benfeitorias realizadas, mesmo que fique provado que a pessoa estava de boa-fé.
É que a ocupação irregular de bem público não pode ser classificada como posse, mas mera
detenção, possuindo, portanto, natureza precária.
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proprietário. Assim, a ocupação de área pública, quando irregular, não pode ser reconhecida como
posse, mas como mera detenção.
Por fim, não se pode afirmar que tal ato configurará enriquecimento sem causa da
Administração, eis que esta provavelmente terá um custo para demolir a construção feita ou, no
máximo regularizá-la para adequá-la à legislação vigente, dada a provável inutilidade do imóvel,
sendo incoerente tal afirmação.
Neste sentido:
O Século XX vem superar a ideia liberal clássica de que o direito de propriedade é um direito
praticamente absoluto. As atuais constituições ocidentais passaram a dar um especial destaque ao
interesse social da propriedade.
Constituição Federal
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia
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Por fim, quanto ao patrimônio cultural, dispõe a CF no artigo 216, parágrafo 1º:
Sendo certo que nem todas as modalidades de intervenção do Estado na propriedade estão
previstas na Constituição Federal, passemos ao estudo pormenorizado de cada uma delas.
a) Limitação Administrativa;
b) Servidão Administrativa
c) Ocupação Temporária;
d) Requisição;
e) Tombamento
f) Desapropriação;
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a) Limitação Administrativa;
A limitação administrativa é um ato genérico por meio do qual o poder público impõe a
proprietários indeterminados obrigações com o objetivo de fazer com que aquela propriedade
atenda à sua função social.
Ressalte-se que os danos causados em caso de limitação administrativa devem ser objeto de
ação pessoal, cujo prazo prescricional é de cinco anos. Ex: Limitação à altura dos prédios em
determinada região da cidade.
b) Servidão Administrativa;
i. Ônus real;
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A servidão pode ser instituída por acordo administrativo ou através de sentença judicial e,
por constituírem direito real de uso, devem ser averbadas no respectivo Registro de Imóveis.
Exemplo de servidão, tem-se a passagem de rede elétrica (fios de alta tensão) por dentro da
propriedade.
Será cabível, contudo, o direito à indenização em caso de o ônus imposto ao proprietário ser
tão elevado que cause algum dano à propriedade (referida indenização será prévia). Contudo, a
indenização não pode elevar-se até o montante do valor da propriedade, pois que sob esta não foi
imposta a supressão, mas mera restrição.
c) Ocupação Temporária;
A ocupação temporária é uma restrição estatal que atinge o caráter exclusivo da propriedade,
fundada na necessidade pública normal de realização de obras ou exercício de atividades. Trata-se
de intervenção provisória e que incide tão somente em razão da necessidade que pode ter o Estado
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Há o dever de indenizar, apenas acaso haja dano à propriedade, eis que em geral processa-se
a ocupação de bens imóveis desocupados ou improdutivos. Em verdade, apenas haverá o dever de
indenizar acaso haja algum prejuízo ao proprietário do bem. Ex: ocupação de terreno para guardar o
maquinário necessário a construção de rodovia.
Art. 36. É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação
própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização.
O expropriante prestará caução, quando exigida.
d) Requisição;
Já a requisição administrativa, diz com a utilização pelo Estado de bens móveis e imóveis, ou
mesmo de serviços prestados por particulares, em face de situações de iminente perigo. A
indenização será sempre posterior e acaso haja dano.
A requisição administrativa não se confunde, pois, com a ocupação temporária, visto que
possui fundamento em uma situação de iminente perigo, enquanto a ocupação fundamenta-se em
uma necessidade normal de interesse público.
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e) Tombamento;
São impostas algumas obrigações ao proprietário do bem tombado, dentre elas a de fazer
todas as obras que forem necessárias para a conservação da coisa. Ressalte-se que é possível o
destombamento do bem, tratando-se de ato de cancelamento do tombamento, motivado pelo
desaparecimento dos motivos que levaram o bem a ser tombado.
Penso que uma questão interessante a ser cobrada aqui diz com a possibilidade de entes
“menores” tombarem bens de entes “maiores”. Em resumo, pode um Município tombar um bem
imóvel da União?
De acordo com o artigo 5o, do Decreto-Lei 25/37, possível o tombamento de bens públicos:
Art. 5º O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios
se fará de ofício, por ordem do diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, mas deverá ser notificado à entidade a quem pertencer, ou sob cuja
guarda estiver a coisa tombada, afim de produzir os necessários efeitos.
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Contudo, há que se analisar se possível o tombamento feito por entes menores de bens
pertencentes a entes maiores.
Há quem defenda que o parágrafo 2o, do artigo 2o, do Decreto 3.365/41 prevê o princípio da
hierarquia federativa, sendo, por isso, vedado aos entes menores intervirem na propriedade dos
entes maiores sob qualquer modalidade.
Esta corrente defende que o dispositivo acima transcrito possui constitucionalidade duvidosa
ao criar uma hierarquia entre os entes federados, sustentando, ainda que a norma aplica-se
especificamente à desapropriação, devendo ser interpretada restritiva e não ampliativamente.
O STJ já decidiu uma vez em 2005 que é possível a instituição de tombamento de bem
estadual por Município:
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f) Desapropriação;
(FGV - OAB UNI NAC/OAB/XX Exame/2016) O Estado Alfa e os Municípios Beta e Gama, localizados
naquele Estado, celebraram protocolo de intenções para a constituição de consórcio público para
atuação na área de saneamento, dispondo que o consórcio teria personalidade jurídica de direito
público. No protocolo de intenções está prevista a outorga de concessão, permissão e autorização
de serviços públicos pelo consórcio, além da possibilidade de promover desapropriações e instituir
servidões.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) O consórcio é ente desprovido de personalidade e, portanto, não é válida a previsão contida no
protocolo de intenções.
b) O consórcio em referência não poderá ser constituído sem a obrigatória participação da União
entre os seus consorciados.
c) Após a constituição do consórcio, poderá ele promover desapropriação, pois prevista no protocolo,
mas a declaração de utilidade pública não pode ser feita pelo consórcio.
d) Com a assinatura do protocolo de intenções por todos os entes participantes, estará constituído o
consórcio em referência.
Comentários:
Gabarito, letra C.
As servidões administrativas podem ser instituídas tanto por acordo administrativo quanto por
sentença judicial. Trata-se de restrição ao direito de propriedade onde são aplicadas genericamente
as regras do Decreto Lei 3.365/41, a exemplo do artigo 40:
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Assim como na desapropriação, os atos materiais da servidão podem ser executados pelo
concessionário de serviço público. Poderá, pois, o concessionário promover / executar a instituição
da servidão administrativa, desde que expressamente previsto em lei ou contrato, tal qual previsto
no artigo 3º, do Decreto-Lei 3.365/41:
Decreto-Lei 3.365/41
Art. 3º Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter
público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover
desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.
Por outro lado, não poderão os concessionários declarar o bem como de utilidade pública,
haja vista tratar-se de competência exclusiva do Poder Público competente, nos termos do artigo 29,
IX da Lei 8.987/95:
(FGV - OAB UNI NAC/OAB/III Exame/2010) Com relação à intervenção do Estado na propriedade,
assinale a alternativa correta.
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Comentários:
Gabarito, Letra C.
A letra A está errada, uma vez que a requisição administrativa, diz com a utilização pelo Estado de
bens móveis e imóveis, ou mesmo de serviços prestados por particulares, em face de situações de
iminente perigo.
A letra B está errada, uma vez que a limitação administrativa é um ato genérico por meio do qual o
poder público impõe a proprietários indeterminados obrigações com o objetivo de fazer com que
aquela propriedade atenda à sua função social. Não se trata de uma restrição supressiva que afeta
bens imóveis.
A letra D está falsa, uma vez que o tombamento aplica-se tanto aos bens móveis quanto aos bens
imóveis.
Quanto à letra C, certo é que a Servidão Administrativa é uma modalidade de Intervenção do Estado
na Propriedade, por meio do qual a Administração Pública utiliza a propriedade imóvel para a
execução de obras e serviços de interesse da coletividade. Ademais, trata-se de direito real público.
(FGV - OAB UNI NAC/OAB/X Exame/2013) A fim de permitir o escoamento da produção até uma
refinaria, uma empresa pública federal, que explora a prospecção de petróleo em um campo
terrestre, inicia a construção de um oleoduto. O único caminho possível para essa construção
atravessa a propriedade rural de Josenildo que, em razão do oleoduto, teve que diminuir o espaço
de plantio de mamão e, com isso, viu sua renda mensal cair pela metade.
Assinale a afirmativa que indica a instrução correta que um advogado deve passar a Josenildo.
a) Não há óbice à constituição da servidão administrativa no caso, mas cabe indenização pelos danos
decorrentes dessa forma de intervenção na propriedade.
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b) A servidão administrativa é ilegal e Josenildo pode desconstituí-la, pois o instituto só tem aplicação
em relação aos bens públicos.
c) A servidão administrativa é ilegal, pois o nosso ordenamento veda a intervenção do Estado sobre
propriedades produtivas.
d) Não há óbice à constituição da servidão administrativa e não há de se falar em qualquer
indenização.
Comentários:
Gabarito: letra A
Não há óbice à constituição da servidão administrativa, pois a essência dessa forma de intervenção
na propriedade é a execução de obras ou serviços de interesse da coletividade.
A servidão administrativa é uma restrição específica que atinge parcial e concretamente o direito de
propriedade, incidindo sobre o caráter exclusivo de propriedades determinadas. A servidão consiste
em uma obrigação de tolerar ou deixar fazer e autoriza o Poder Público a usar da propriedade imóvel
do particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços de utilidade pública.
Exatamente o caso concreto.
(FGV - OAB UNI NAC/OAB/XXII Exame/2017) O Município Beta foi assolado por chuvas que
provocaram o desabamento de várias encostas, que abalaram a estrutura de diversos imóveis, os
quais ameaçam ruir, especialmente se não houver imediata limpeza dos terrenos comprometidos.
Diante do iminente perigo público a residências e à vida de pessoas, o Poder Público deve,
prontamente, utilizar maquinário, que não consta de seu patrimônio, para realizar as medidas de
contenção pertinentes. Assinale a opção que indica a adequada modalidade de intervenção na
propriedade privada para a utilização do maquinário necessário.
a) Requisição administrativa
b) Tombamento.
c) Desapropriação.
d) Servidão administrativa.
Comentários:
Gabarito, letra A.
Para solucionar a indagação da questão acerca da modalidade de intervenção na propriedade,
devemos relembrar o que é a Requisição Administrativa. Esta forma de intervenção acontece em
situação de urgência e perigo público iminente.
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Ademais, como a própria questão põe em evidência a situação de urgência, aqui há mais uma
característica da Requisição: pode ser exercida sobre bens móveis, imóveis e até mesmo sobre
serviços prestados por particulares.
4 - BIBLIOGRAFIA
ALEXANDRINO, Marcelo e PAULO, Vicente. DIREITO ADMINISTRATIVO DESCOMPLICADO. 23ª
edição. São Paulo: Método, 2015.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO. 28ª edição. São Paulo:
Atlas, 2015.
LENZA, Pedro. DIREITO CONSTITUCIONAL ESQUEMATIZADO. 19ª edição. São Paulo: Saraiva, 2015.
MARINELA, Fernanda. DIREITO ADMINISTRATIVO. 11ª. Edição. São Paulo: Saraiva, 2017.
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Amigos,
Grande abraço,
Igor Maciel
E-mail: profigormaciel@gmail.com
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