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com

Meta-análise
Implantandologia

Uma revisão sistemática e meta-análise da taxa

de sobrevivência de implantes colocados em
locais previamente falhados

Giovane Hisse GOMES(uma) Abstrato:O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática e meta-análise para avaliar os resultados clínicos de implantes dentários colocados em locais de

Mônica Yuri Orita MISAWA(uma) falha de implantes previamente precoces e tardios. Uma busca eletrônica da literatura foi realizada em várias bases de dados para artigos publicados até fevereiro de
Carolina FERNANDES(uma)
Cláudio Mendes PANNUTI(uma) 2018. Foram incluídos ensaios clínicos em humanos que receberam pelo menos um implante em um local previamente falhado. Assim, a questão PICO que se pretendia

Luciana Saraiva(uma) abordar era: Os pacientes submetidos à substituição de implantes (segunda e terceira tentativas) em locais anteriores com falha têm taxas de sobrevivência semelhantes

Guy HUYNH-BA(b) aos implantes colocados nas primeiras tentativas? Um modelo de efeitos aleatórios foi usado para calcular as médias ponderadas de sobrevivência e os Intervalos de
Cristina Cunha VILLAR(uma)
Confiança (IC) de 95% correspondentes entre os estudos. Onze estudos de qualidade metodológica baixa a moderada foram incluídos nesta revisão. Implantes

(uma) Universidade de São Paulo – USP, Faculdade de
Odontologia, Departamento de Estomatologia,
Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo,
colocados em locais com histórico de uma e duas falhas de implante tiveram uma taxa de sobrevivência ponderada (SR) de 88,7% (IC 95% 81,7–93,3) e 67,1% (IC 95%
51,1–79,9), respectivamente. Implantes colocados em locais com falha precoce anterior revelaram um SR ponderado de 91,8% (IC 95% 85,1–95,6). Os primeiros
implantes apresentaram maior SR do que os implantes colocados em locais com uma ou duas falhas de implantes anteriores. Em contraste, os implantes colocados em

Brasil.
locais com uma e duas falhas de implante tiveram RS semelhante. Dentro de suas limitações, esta revisão sugere que os implantes de substituição apresentam SR

Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas,

(b) moderado. Estudos prospectivos maiores com critérios bem definidos para falha precoce e tardia do implante são necessários para confirmar e expandir esses

Faculdade de Odontologia de San Antonio,

resultados. Implantes colocados em locais com falha precoce anterior revelaram um SR ponderado de 91,8% (IC 95% 85,1–95,6). Os primeiros implantes apresentaram
Departamento de Periodontia, San Antonio, TX, EUA.
maior SR do que os implantes colocados em locais com uma ou duas falhas de implantes anteriores. Em contraste, os implantes colocados em locais com uma e duas

falhas de implante tiveram RS semelhante. Dentro de suas limitações, esta revisão sugere que os implantes de substituição apresentam SR moderado. Estudos

prospectivos maiores com critérios bem definidos para falha precoce e tardia do implante são necessários para confirmar e expandir esses resultados. Implantes

colocados em locais com falha precoce anterior revelaram um SR ponderado de 91,8% (IC 95% 85,1–95,6). Os primeiros implantes apresentaram maior SR do que os

implantes colocados em locais com uma ou duas falhas de implantes anteriores. Em contraste, os implantes colocados em locais com uma e duas falhas de implante

tiveram RS semelhante. Dentro de suas limitações, esta revisão sugere que os implantes de substituição apresentam SR moderado. Estudos prospectivos maiores com

critérios bem definidos para falha precoce e tardia do implante são necessários para confirmar e expandir esses resultados. esta revisão sugere que os implantes de

substituição têm SR moderado. Estudos prospectivos maiores com critérios bem definidos para falha precoce e tardia do implante são necessários para confirmar e

expandir esses resultados. esta revisão sugere que os implantes de substituição têm SR moderado. Estudos prospectivos maiores com critérios bem definidos para falha

Declaração de Interesses:Os autores certificam

precoce e tardia do implante são necessários para confirmar e expandir esses resultados.
que não possuem interesse comercial ou
associativo que represente conflito de interesse
em relação ao manuscrito.

Palavras-chave:Implantes dentários; Taxa de sobrevivência; Análise.

Autor correspondente:
Cristina Cunha Villar Introdução
E-mail: villar@usp.br

Embora os implantes osseointegrados sejam rotineiramente utilizados para a

https://doi.org/10.1590/1807-3107bor-2018.vol32.0027
Enviado: 31 de janeiro de 2018
Aceito para publicação: 22 de fevereiro de 2018 Última
revisão: 23 de fevereiro de 2018
reabilitação de pacientes parcial ou totalmente desdentados, apresentam altas taxas de
sobrevida em longo prazo;1,2,3,4complicações biológicas e técnicas podem resultar em falha
e perda do implante.5Falhas de implantes têm sido relatadas em frequências que variam
de 1% a 22%.1,2,3,4Os fatores que afetam a falha do implante são diversos e estão
relacionados ao estado sistêmico do paciente, idade e hábitos sociais, macro/microprojeto
do implante e composição química da superfície, posição do implante, qualidade óssea e
técnica cirúrgica.6,7,8As falhas de implantes foram classificadas como precoces ou tardias,
dependendo do momento de sua ocorrência.5
Falhas precoces que ocorrem antes ou na conexão do pilar, como uma incapacidade

Braz. Res. Oral. 2018;32:e27 1

 Uma revisão sistemática e meta-análise da taxa de sobrevivência de implantes colocados em locais previamente falhados
para estabelecer uma conexão íntima osso-implante,4e
falhas tardias que ocorrem após a carga protética e estão
relacionadas principalmente à peri-implantite induzida por
placa e, possivelmente, à sobrecarga oclusal.9
Em alguns casos, a substituição do implante é o único
tratamento que permite a reabilitação fixa em locais com
falha prévia do implante.10Em outros casos, é
considerada a terapia de escolha devido à estabilidade
oclusal superior,11,12eficiência mastigatória e autoestima
pessoal proporcionada pelos implantes dentários,
sem danificar os dentes adjacentes. No entanto,
13,14,15,16,17
a substituição de implantes ainda representa um cenário
desafiador.18
Embora vários estudos de coorte retrospectivos
18,19,20,21,10,22,23,24,25,26 e um clínico prospectivo
tentativas27avaliaram as taxas de sobrevivência de implantes
colocados em locais com histórico de falha do implante, esses
estudos incluíram um número limitado de pacientes. Como tal, o
prognóstico preciso de implantes colocados em locais com falha
permanece incerto. Uma meta-análise recente realizada por
Quaranta et al.28mostraram que as taxas de sobrevivência de
implantes colocados em locais de implantes previamente
falhados são baixas. No entanto, o prognóstico específico de
implantes colocados em locais com história de falha de implante
precoce e tardia ainda precisa ser determinado. Portanto, o
principal objetivo deste estudo foi realizar uma revisão
sistemática e meta-análise para avaliar a sobrevivência de
implantes dentários colocados em locais de falha de implantes
previamente precoces e tardios. Foi abordada a seguinte
questão focalizada: “Os pacientes submetidos à substituição de
implantes (segunda e terceira tentativas) em locais anteriores
com falha têm taxas de sobrevivência semelhantes aos
implantes colocados nas primeiras tentativas?
Metodologia
Protocolo e registro
O protocolo de estudo desta revisão sistemática
e metanálise foi registrado no Instituto Nacional de
Pesquisa em Saúde PROSPERO, International
Prospective Register of Systemat ic Reviews
(registro número 51293). O texto foi estruturado
de acordo com as diretrizes da declaração
Preferred Reporting Items for Systematic Reviews
and Meta-Analyses (PRISMA).29
2 Braz. Res. Oral. 2018;32:e27
Critérios de elegibilidade
Tipo de estudos e participantes
Ensaios clínicos controlados, estudos retrospectivos e séries
de casos prospectivos que receberam pelo menos um implante
em um local previamente falhado foram considerados elegíveis
para inclusão.
Critério de exclusão
Foram excluídos os estudos que incluíram pacientes que
receberam implantes de substituição em outros locais que não
os que falharam. Estudos em animais e relatos de casos também
foram excluídos.
Intervenção e comparação
Taxas de sobrevivência de implantes colocados em locais com
falha precoce e tardia do implante.
Medidas de resultado
O desfecho primário foi a taxa de sobrevivência dos implantes
colocados em locais previamente falhados precoces e tardios.
Fontes de informação e estratégia de busca
Estratégias de busca foram desenvolvidas para as bases
de dados MEDLINE, Embase, Lilacs, SciELO, Scopus, Web of
Science, bem como a literatura cinza. Os termos Medical
Subject Headers (MeSH) foram combinados com operadores
booleanos e usados para pesquisar as bases de dados.
Todas as buscas foram realizadas sem restrição de idioma,
até fevereiro de 2018. Foram utilizadas as seguintes
palavras-chave e termos MeSH: (((“dental implantation,
endósseous”[mh] OR “dental implantes”[mh])) AND
((((replantation [mh ]) ou (implantação com falha [tiab]) ou
(substituição de implante [tiab]) NOT (“animals”[mh]) A busca
eletrônica foi complementada por buscas manuais de listas
de referências de artigos completos selecionados.
Seleção de estudos
Dois revisores calibrados (CCV e CF) avaliaram
independentemente títulos e resumos. Os estudos que
atenderam aos critérios de inclusão, ou aqueles com
informações insuficientes no título e resumo para uma
decisão clara, foram selecionados para avaliação posterior.
As discordâncias foram resolvidas por uma discussão entre
os revisores. Todos os estudos que atenderam aos critérios
de inclusão foram submetidos a uma avaliação de validade.
 Gomes GH, Misawa MY, Fernandes C, Pannuti CM, Saraiva L, Huynh-Ba G et al.

Coleta de dados, avaliação do risco de viés em Pesquisa eletrônica

45 títulos
estudos individuais
478
A coleta de dados e a avaliação da qualidade dos Pontuação Kappa
Excluído com base
0,61
estudos incluídos foram realizadas independentemente por no título

dois revisores (CCV e CF), usando as Escalas de Newcastle- Resumos relevantes

17
Ottawa modificadas (NOS).30As discordâncias foram
6
resolvidas por discussão com um terceiro revisor (CMP). Pontuação Kappa
Excluído com base
0,689
no resumo
Medidas resumidas e síntese de resultados Textos completos relevantes

A confiabilidade inter-investigadores foi avaliada por 11

meio do coeficiente kappa. Os dados de todos os estudos 0 Incluído como

um resultado de
que examinaram a taxa de sobrevivência de implantes busca manual
colocados em locais com histórico de uma e duas falhas de Análise de textos completos

implante foram agrupados e analisados usando software 11

de análise estatística (software de meta-análise abrangente, 0 Excluído
Pontuação Kappa
com base no
v.3.3.070, Englewood, EUA).§Um modelo de efeitos aleatórios 1,00
texto completo

foi usado para calcular as médias ponderadas e os

I Publicações incluídas
Intervalos de Confiança (IC) de 95% correspondentes entre 11
os estudos. A heterogeneidade estatística e a consistência
entre os estudos foram avaliadas com I.2
Figura 1.Esboço de estratégia de pesquisa simplificada.

Resultados
Seleção de estudos
A estratégia de busca computadorizada rendeu 45
citações, das quais 17 foram rastreadas por potencialmente
atenderem aos critérios de inclusão (κ = 0,61; Figura 1). A
triagem independente de resumos levou à rejeição de seis
citações (κ = 0,689; Figura 1). Os textos completos das onze
publicações restantes foram obtidos para revisão e possível
inclusão. Destes, todos os artigos
foram incluídos (κ = 1,00).18,19,20,21,10,27,22,23,24,25,26
Características do estudo
As características dos 11 estudos finais são relatadas na
Tabela 1. Os resultados de implantes colocados em locais
com histórico de falha de um implante foram relatados em
dez estudos (Tabela 2), enquanto os resultados de locais
com duas falhas de implante foram relatados por cinco
estudos (Tabela 3 ).
Implantes colocados em locais com histórico de falha
de um implante
Os estudos forneceram dados de 579 pacientes tratados
com 704 implantes de substituição (Tabela 2). Intervalo de
tempo entre a remoção de implantes com falha e a colocação de
o implante de substituição variou significativamente,
variando de 0 (substituição imediata) a 132,8 meses (Tabela
2). Os implantes de substituição foram acompanhados por
menos de 1 ano em dois estudos,23,25e por pelo menos 1 ano
em sete estudos.18,19,20,21,10,27,24Em um estudo, o período de
observação de implantes de substituição não foi relatado26
(Mesa 2).
Dos 704 implantes de substituição colocados em locais
com histórico de falha de um implante, 94 falharam (Tabela
2), levando a uma taxa de sobrevida ponderada de 88,7%
para esses implantes (IC 95%: 81,7–93,3; I2= 78%, p = 0,000)
(Figura 2A). De acordo com os estudos que relataram o
tempo de falha do implante de substituição, a maioria
ocorreu nos primeiros meses de seguimento, mas variou de
1 a 158,9 meses (Tabela 2). As segundas razões e tipos de
falha foram relatados apenas em dois estudos20,10e a maioria
foi classificada como tardia. As causas para a perda dos
implantes de substituição foram falta de osseointegração,
periimplantite, sobrecarga oclusal ou causas desconhecidas
(Tabela 2).
Apenas três estudos relataram taxas de sucesso de
implantes colocados em locais com histórico de falha de
um implante.20,27,25O modelo de efeitos aleatórios revelou
uma taxa de sucesso ponderada de 85,0% para

Braz. Res. Oral. 2018;32:e27 3

 Tabela 1.Dados de implantes colocados em locais sem histórico de falhas.

4
Primeiro implante
Estudar
Autor (ano) Pacientes Implantes Acompanhamento Pacientes com falha Fracassado Falha Sobrevivência do implante
Projeto Características do implante Razão/tipo de falha n (%)
(n) (n) (meses) implantes (n) implantes (n) (meses) avaliar (%)

Chrcanovic Projeto cilíndrico e cônico. 23,9 ± 32,0 Falta/perda de osseointegração: 602 (93,8%)
RC 2,67 10.096 NR NR 642 93,6
et ai. 201718 Superfícies usinadas ou ampliadas. (0,4–197,0) Fratura: 40 (6,2%)
Superfície áspera (jateada 40 Maxilar Falta de ossoeintegração: 35 (87,5%)
RC NR NR e ataque ácido com ou NR seio enxertado 40 NR NR Falha precoce: 34 (84%)
Manor et ai. sem hidroxiapatita) sites Falha tardia: 6 (16%)
200919 Superfície áspera (jateada 35 Falta de ossoeintegração: 23 (65,7%)
RC NR NR e ataque ácido com ou NR 35 NR NR Falha precoce: 22 (68%)
sem hidroxiapatita) Falha tardia: 13 (38%)

Braz. Res. Oral. 2018;32:e27

Wang et ai.
RC 6.456 10.234 NR NR 96* 100* NR 99,02* Falha precoce: 100* (100%)
201520
Ele et ai. 12,9 ± 15,9+
RC NR NR NR NR 12+ 15+ NR NR
201421 (0,6–63,7)
Falta de ossoeintegração: 54+ (37,5%)
Infecção: 21+(14,6%)
Mardinger Sobrecarga: 24+(16,6%)
et ai. RC NR NR NR NR 144+ 144+ 21,25 ± 3,4+ NR Desconhecido: 45+(31,3%)
201210
Falha precoce: 94+(65%)
Falha tardia: 50+(35%)
Falta de ossoeintegração
Quaranta et Periimplantite
PCS NR NR NR NR 68 109 NR NR
al. 201227 Má posição
Falha precoce: 109 (100%)
Machtei et ai. 7,6±14,9¨
RC NR NR Rugosidade média NR 12̈ 15♦ NR NR
201122 (0,5-60)
Falta de ossoeintegração: 52+ (86,7%)
Inflamação/infecção: 6 + (10%)
Kim et ai. Fratura do acessório: 1 + (1,7%)
RC 573 NR NR NR 49+ 60+ NR NR
201023 Má posição: 1 (1,7%)
Uma revisão sistemática e meta-análise da taxa de sobrevivência de implantes colocados em locais previamente falhados

Falha precoce: 41+(68,3%)

Falha tardia: 19+(31,7%)
3i- 8,9±2,1+ Falta de ossoeintegração: 59+ (69,5%)
Machtei et ai. Zimmer- (1-88)
RC NR NR NR 59 85 NR
200824 Steri-Oss- Inflamação: 20+(23,2%)
SIM- Dor prolongada: 6+(7,3%)
Grossmann 3i-
e Levin RC 1215 1387 Zimmer- 32,4±39,2 75 96 5,9±4,4+ 93,1 Tudo durante a cicatrização ou carregamento inicial

200725 SIM-
Alsaadi et ai. Nobel-usinado; Falta de ossoeintegração: 58+ (100%)
RC 578 NR conjunto/49 41+ 58+ NR NR
200626 Nobel-TiUnite.
NR= não informado; PCS = série prospectiva de casos; CCR= estudo de coorte retrospectivo. Dados relatados limitados apenas a falhas iniciais; +Dados limitados a implantes com falha que foram substituídos por outro implante;♦Dados limitados a
implantes com falha que foram substituídos duas vezes por implantes.
 Mesa 2.Dados de implantes colocados em locais com histórico de falha de um único implante.
Implante de substituição em locais com histórico de falha de um único implante
Substituído Pacientes Implantar Implantar
Autor (ano) Pacientes Implante substituído Tempo de substituição Acompanhamento Implantes com falha (n) Razão/tipo de falha
implantes com falha Falha (meses) taxa de sobrevivência sucesso
(n) características (meses) (meses) e localização n (%)
(n) implantes (n) (%) avaliar (%)

Áspero (incluindo 13,5 ± 17,3 98,8 ± 84,6 42 29,2 ± 31,3

jateado, (0–132,8) (0,5–308,9) (1–158,9)
Chrcanovic et gravado com ácido,
98 159 NR 73,6 NR NR
al. 201718 jateado + após falha de
ataque ácido) ou Local: NR
implante anterior
superfície usinada

Superfície áspera 4.7

(jateado
40 40 e ataque ácido após a remoção de 63 0 0 ___ 100 ___ NR
com ou sem implantes com falha
Manor et ai. hidroxiapatita)
200919 Superfície áspera 6.3 3
(jateado
35 35 e ataque ácido após a remoção de 44 3 Localização: posterior NR 92 ___ NR
com ou sem implantes com falha mandíbula
hidroxiapatita)
Um antes Periimplantite: 1
Straumann- 6,3 ± 3,1 69,4 ± 27,7 2
entrega da prótese. (50%)
Wang et ai. SLA (3-14) (20-114) Desconhecido: 1 (50%)
66 67 2 94,6 90,6
201520 após a remoção de Um 20 meses
Localização: 32, 41 Falha precoce: 1 (50%)
implantes com falha após o carregamento.

Falha tardia: 1 (50%)

6,8 ± 4,4 33,5 ± 15,4
Ele et ai.
12 15 NR após a remoção de 0 0 ___ 100 ___ NR
201421 (17,3-78,8)
implantes com falha

Falta de
4,8 ± 5,45 48 ± 1,27 11 ossoeintegração:
2 (19%)
(1–36) (12-180) Local: NR Sobrecarga: 1 (9%)
Mardinger et ai. após falha de
144 144 NR 11 NR 93 Desconhecido: 8 (72%) NR
201210 implante anterior
Falha precoce: 2
(18,2%)
Falha tardia: 9
(81,8%)
Winsix-
imediatamente
Quaranta et ai.
10 16 carregado, NR 36 0 0 ___ 100 ___ 93,75

Braz. Res. Oral. 2018;32:e27

201227
comutado por plataforma,
Gomes GH, Misawa MY, Fernandes C, Pannuti CM, Saraiva L, Huynh-Ba G et al.

SLA

5
Continuar
6
Continuação
2,40 ± 3,06 22,00 ± 14,56 7
após a remoção de falha
depois do jogo
implantes, em casos Local: NR
Kim et ai. Entrega
49 60 NR de colocação tardia NR NR 88,3 NR NR
201023
(48,3% dos implantes
foram imediatamente
colocada; n = 29)
3i- 6,75 ± 1,12 29,91 ± 2,01 13
Zimmer- (0–49) (7-78) Localização:

após a remoção de maxila: 8/42

Steri-Oss-
implantes com falha (19%)

Braz. Res. Oral. 2018;32:e27

Machtei et ai. mandíbula: 5/37
56 79 SIM- NR NR 83,5 NR NR
200824 (13,9%)
IC: 21/4 (19%)
PM: 23/03
(13,1%)
M: 6/35 (17,4%)
3i- 5,8 ± 5,2 19,4 ± 11,4 9
Zimmer- (0–26) (6–46) Localização:

posterior
após a remoção de
SIM- mandíbula: 5/10
implantes com falha
Grossmann
(50%)
e Levin. 28 31 8 anterior 3,22 ± 2,31 71 NR 71
200725 mandíbula: 3/5
(60%)
maxila posterior:
0/10 (0%)
maxila anterior:
1/6 (16,7%)
Nobel-usinado 87,9
04/jun 7 11,43 ± 6,7 NR
(n = 29) (No geral)
Nobel-TiUnite (n após a remoção de
Localização: (3-24)
Uma revisão sistemática e meta-análise da taxa de sobrevivência de implantes colocados em locais previamente falhados

= 29) implantes com falha

Superfície usinada
posterior
Estava associado
mandíbula: 2/12
com maior falha
Alsaadi et ai. (16,7%)
41 58 NR NR avaliar. NR
200626
anterior
79,3
mandíbula: 0/8
(usinado)
(0%)
maxila posterior: 96,6
22/03 (13,6%) (TiUnite)
maxila anterior:
16/02 (12,5%)
C: canino; I: incisivo; M: molar; NR: não informado; SD: desvio padrão.
 Tabela 3.Dados de implantes colocados em locais com histórico de duas falhas de implante.

Implante de substituição em locais com histórico de duas falhas de implante

Falha
Fracassado Implantar
Autor (ano) Substituído Tempo de Pacientes Implantar razão/
Substituído Acompanhamento implantes Falha sucesso
Pacientes (n) implantar substituição com falha sobrevivência modelo
implantes (n) (meses) (n) e (meses) avaliar
características (meses) implantes (n) avaliar (%) n
localização (%)
(%)

Rude
(Incluindo
jateado, 33,7±36,5
Chrcanovic et al. gravado com ácido, (0-104,4) 67,8±49,6 34,6±23,9
NR 14 NR 5 64,3 NR NR
201718 jateado + após falha de (7,3-185,5) (7,1-57,1)
gravado com ácido) implante anterior
ou usinado
superfície

1
Mardinger et ai.
7 7 NR NR NR 1 Localização: NR 85 NR NR
201210
NR

6
Localização:
posterior
mandíbula
1/2 (50%)
12,5.±9,3
anterior
(2-31)
Médio 44,1±35 mandíbula 5,8 ±2,6
Machtei et ai. 201122 12 15 após o segundo 5 60 NR NR
rugosidade (4-86) 1/2 (50%) (1-8)
implantar
posterior
colocação
maxila
3/9 (33,3%)
anterior
maxila
1/2 (50%)

22,0±14,6
Kim et ai. 201023 NR 7 NR NR depois do jogo 0 0 ___ 100 ___ NR
Entrega

3i- 1
Grossmann e Levin
2 2 Zimmer- NR 10 1 Localização: NR 50 NR NR
200725
Implante MIS- NR
NR= não informado

Braz. Res. Oral. 2018;32:e27

Gomes GH, Misawa MY, Fernandes C, Pannuti CM, Saraiva L, Huynh-Ba G et al.

7
 Uma revisão sistemática e meta-análise da taxa de sobrevivência de implantes colocados em locais previamente falhados

Estatísticas para cada estudo

Nome do estudo Taxa de eventos e IC de 95% Peso relativo
Taxa de evento Limite inferior Limite superior valor Z valor p
Alsaadi 2006 0,879 0,768 0,941 4.927 0,000 11,84
Grossman & Levin 2007 0,710 0,530 0,841 2.259 0,024 11,94
Machtei 2008 0,835 0,737 0,902 5.354 0,000 13.17
Kim 2010 0,883 0,775 0,943 5.034 0,000 11,85
Quarentena 2012 0,971 0,664 0,998 2.436 0,015 3.19
Mardinger 2012 0,924 0,867 0,957 7.945 0,000 13.03
Ele 2014 0,969 0,650 0,998 2.390 0,017 3.19
Wang 2015 0,970 0,888 0,993 4.849 0,000 7,87
Mansão 2016 0,960 0,883 0,967 5.393 0,000 9,37
Chrcanovic 2016 0,736 0,662 0,799 5.696 0,000 14h55
0,887 0,817 0,933 7.163 0,000
a) 1,00 0,50 0.00 0,50 1,00

Estatísticas para cada estudo

Nome do estudo Taxa de eventos e IC de 95%
Taxa de evento Limite inferior Limite superior valor Z valor p
Grossman & Levin 2007 0,710 0,530 0,841 2.259 0,024
Quarentena 2012 0,938 0,665 0,991 2.622 0,009
Wang 2015 0,896 0,797 0,949 5.379 0,000
0,850 0,663 0,942 3.211 0,001

b) 1,00 0,50 0,00 0,50 1,00

Estatísticas para cada estudo

Nome do estudo Taxa de eventos e IC de 95% Peso relativo
Taxa de evento Limite inferior Limite superior valor Z valor p Total

Alsaadi 2006 0,879 0,768 0,941 4.927 0,000 51/58 71,73

Quarentena 2012 0,971 0,664 0,998 2.436 0,015 16/16 5,66
Wang 2015 0,970 0,888 0,993 4.849 0,000 65/67 22.61
0,918 0,851 0,956 7.058 0,000
c) 1,00 0,50 0,00 0,5 0 1,00

Estatísticas para cada estudo

Nome do estudo Taxa de eventos e IC de 95% Peso relativo
Taxa de evento Limite inferior Limite superior valor Z valor p
Grossman & Levin 2007 0,500 0,059 0,941 0,000 1.000 5,79
Kim 2010 0,938 0,461 0,996 1,854 0,064 5,43
Machtei 2011 0,600 0,348 0,808 0,769 0,442 41,67
Mardinger 2012 0,857 0,419 0,980 1.659 0,097 9,92
Chrcanovic 2016 0,643 0,376 0,843 1.054 0,292 37.20
0,671 0,511 0,799 2.094 0,036
d) 1,00 0,50 0,00 0,50 1,00

Figura 2.Taxas de sobrevivência e sucesso de implantes de substituição. A) Taxa de sobrevivência ponderada de implantes colocados em locais com histórico de falha de
um implante. B) Taxa de sucesso ponderada de implantes colocados em locais com histórico de falha de um implante. C) Taxa de sobrevivência ponderada de implantes
colocados em locais com histórico de falha de um implante precoce. D) Taxa de sobrevivência ponderada de implantes colocados em locais com histórico de duas falhas de
implante.

8 Braz. Res. Oral. 2018;32:e27

 Gomes GH, Misawa MY, Fernandes C, Pannuti CM, Saraiva L, Huynh-Ba G et al.
esses implantes (IC 95%: 66,3–94,2; I2= 67,85%, p = 0,045)
(Figura 2B). Os critérios de sucesso, no entanto, não foram
divulgados em um estudo,25e os outros dois estudos
adotaram classificações distintas de sucesso: Wang et al.20
consideraram sucesso como ausência de dor, mobilidade,
história de exsudato e perda óssea ao redor dos implantes
não superior a 2 mm; enquanto Quaranta et al.27utilizaram
os critérios propostos por Albrektsson et al.31Estudos
relatando exclusivamente sobre implantes colocados em
locais com histórico de uma falha de implante precoce
revelaram uma taxa de sobrevivência ponderada de
implantes de 91,8% (IC 95%: 85,1–95,6; I2= 48,80%, p = 0,14)
(Figura 2C).20,27,26A taxa de sucesso do implante nesses
estudos variou de 71 a 93,75% (Tabela 2).20,27Nenhum dos
estudos relatou os resultados de implantes colocados
exclusivamente em locais com histórico de falha tardia do
implante.
Uma análise comparativa ponderada da taxa de
sobrevivência de implantes de substituição colocados
imediatamente após a remoção de implantes com falha e de
implantes de substituição tardia colocados após a
cicatrização de locais com falha não foi realizada, pois essa
comparação foi abordada por apenas um estudo,23em que
as taxas de sobrevivência dos implantes de substituição
imediata e tardia não diferiram estatisticamente (90,9% e
86,8%, respectivamente; p = 0,433).
Implantes colocados em locais com histórico de duas
falhas de implante
Cinco estudos relataram resultados de 45 implantes de
substituição colocados em locais com histórico de duas falhas de
implante (Tabela 3). O tempo de substituição do implante foi
relatado em apenas dois estudos (Tabela 3).18,22Estes últimos
implantes foram acompanhados até 185,5 meses (Tabela 3).
Dos 45 implantes colocados em locais com histórico de
duas falhas de implante, 13 falharam (Tabela 3). O modelo
de efeitos aleatórios revelou uma taxa de sobrevida
ponderada de 67,1% (IC 95%: 51,1–79,9; I2= 0,00%, p = 0,47)
(Figura 2D). Apenas um estudo relatou o tipo de falhas;18
e as taxas de sucesso do implante não foram relatadas.
Características do paciente
As características dos pacientes variaram consideravelmente entre os
estudos. Vários estudos excluíram pacientes com a) condições sistêmicas
que podem afetar o metabolismo ósseo,19,20,10,22,23,24b) mudanças nas
condições ambientais conhecidas por afetar
o resultado da terapia de implante (cessação ou início do
tabagismo),24 dias) condições comportamentais (má higiene oral,
hábitos de abuso de drogas),27d) hábitos parafuncionais,24,27ee)
hábitos tabágicos pesados.20,23
De acordo com resultados de outros estudos, não foram
encontradas correlações entre falha de substituição do
implante e a) tabagismo,20,10,22,24eb) Sistema de classificação
do estado físico da American Society of Anesthesiologists
(ASA).10No entanto, uma maior taxa de falha do implante de
substituição foi descrita para pacientes em uso de
antidepressivos e agentes antitrombóticos.18
Além disso, características ósseas locais, como baixa
qualidade e baixa quantidade, também têm sido
associadas a maior falha do implante de substituição.18
Características dos implantes de substituição
A superfície dos implantes de substituição foi relatada
em seis estudos, analisando rugosidade média,18,19,22SLA,20,27
TiUnite e superfícies usinadas.18,26Apenas dois estudos compararam
as taxas de sobrevivência de implantes dentários de substituição de
superfície lisa ou rugosa,18,26demonstrando que a taxa de
sobrevivência dos implantes de substituição rugosos foi
significativamente maior do que a dos implantes usinados.
Comparação das taxas de sobrevivência de
implantes colocados em locais com ou sem
histórico de falha do implante
Devido à grande heterogeneidade entre os estudos, as
comparações das taxas de sobrevivência de implantes colocados em
locais com histórico de nenhuma, uma ou duas falhas de implante
incluíram apenas dados comparativos do mesmo estudo. Apenas
três estudos revelaram as taxas de sobrevivência de implantes
colocados em sítios de osso intacto (primeiro implante) e com
histórico de falha de um implante.18,20,25De acordo com uma meta-
análise desses estudos, os primeiros implantes tiveram taxas de
sobrevivência mais altas do que os implantes colocados em locais
com falha de um implante anterior (96% e 79%, respectivamente;
odds ratio (OR) = 5,19 (3,77–7,16). A falta de um implante suficiente o
número de estudos impediu uma comparação entre as taxas de
sobrevivência dos primeiros implantes e implantes colocados em um
local com histórico de uma falha precoce.
Uma meta-análise dos dados de dois estudos que
compararam as taxas de sobrevivência de primeiros implantes e
implantes colocados em locais com histórico de falhas de dois
implantes18,25revelou que a taxa de sobrevivência dos primeiros
implantes foi maior do que a dos implantes colocados
Braz. Res. Oral. 2018;32:e27 9
 Uma revisão sistemática e meta-análise da taxa de sobrevivência de implantes colocados em locais previamente falhados
Chrcanovic et al. (2016)
Manor et ai. (2015)
Wang et al. (2015)
Ele et ai. (2014)
Mardinger et al. (2012)
Quaranta et al. (2012)
Matchei et ai. (2011)
Kim et ai. (2010)
Matchei et al. (2007)
Grossman et al. (2007)
Alsaadi et ai. (2006)
* 1* 2* 3* 4*
Seleção
Figura 3.Qualidade metodológica dos estudos incluídos. A qualidade do estudo foi categorizada como alta (11 a 14 pontos totais de estrelas), moderada (8 a
10 estrelas) ou baixa (0 a 7 estrelas), de acordo com uma escala modificada de Newcastle-Ottawa (NOS).30
em sítios com duas falhas anteriores (93,6% e 62,5%,
respectivamente; OR = 8,77(3,18–24,23). Finalmente, uma meta-
análise comparando as taxas de sobrevivência de implantes
colocados em locais com histórico de uma e duas falhas de
implante18,10,23,25revelaram taxas de sobrevida semelhantes
(82,5% e 76,7%, respectivamente; OR = 1,52 (0,61–3,78).
Qualidade metodológica dos estudos incluídos
Os estudos incluídos receberam escore de 5 a 9 pontos, com
média de 5,91 pontos, sendo, portanto, de qualidade metodológica
baixa a moderada devido ao risco de viés (Figura 3). Nenhum desses
estudos relatou cálculos de tamanho amostral, treinamento/
calibração de examinadores, gerenciamento de fatores de confusão
ou avaliação cega independente. Pacientes incluídos em três estudos
18,25,26foram verdadeiramente representativos de pacientes que
receberam implantes dentários em locais com falha de implante
anterior em seus centros. Pacientes incluídos em outros três estudos
19,20,23eram parcialmente representativos dos pacientes atendidos em
seu centro. Outros estudos não conseguiram descrever a derivação
dos grupos.
Em todos os estudos, exceto em um, a verificação dos locais
tratados com implantes dentários foi feita usando registros
seguros do paciente. Quaranta et ai.27realizou exames clínicos e
radiográficos. As definições dos critérios de inclusão e exclusão
foram claramente estabelecidas em sete estudos.10,18,19,20,22,24,27
Definições e avaliação da falha do implante foram claramente relatadas
em cinco estudos.10,20,22,24,27Por fim, a adequação do seguimento dos
pacientes foi encontrada apenas em dois estudos.20,27
10 Braz. Res. Oral. 2018;32:e27
5* 6* 7* 8* 9* 10* 11* 12* 13* 14*
Comparação Resultado Estatisticas
Discussão
A odontologia baseada em evidências tem tido um impacto
crescente na higiene bucal nos últimos anos. Nessa linha, esta
revisão sistemática e meta-análise fornecem uma avaliação
abrangente das taxas de sobrevivência e sucesso de implantes
inseridos em locais com histórico de falha(s) do implante.
Descobrimos que as taxas de sobrevivência dos primeiros
implantes variaram de 93% a 99%18,20,25e estavam de acordo com
os dados relatados na literatura.1,2,3,4Além disso, os primeiros
implantes apresentaram taxas de sobrevivência mais altas do
que os implantes colocados em locais com histórico de uma ou
duas falhas de implante. Além disso, os implantes colocados em
locais com uma e duas falhas de implante anteriores tiveram
taxas de sobrevivência semelhantes.
Embora alguns estudos tenham relatado o tempo e as causas da
falha do implante, a maioria não conseguiu executar análises de
sobrevivência separadas para implantes de substituição colocados
em locais com histórico de falhas precoces e tardias do implante. Os
três estudos relatando exclusivamente implantes colocados em
locais com histórico de uma falha precoce do implante20,26,27revelou
uma taxa de sobrevivência ponderada dos implantes de 91,8%. No
entanto, nenhum estudo relatou os resultados de implantes
colocados exclusivamente em locais com histórico de falha tardia.
Finalmente, todos os estudos falharam em fornecer taxas de
sobrevivência para implantes de substituição colocados
especificamente em locais com histórico de falhas biológicas,
mecânicas ou iatrogênicas de implantes. É crítico
 Gomes GH, Misawa MY, Fernandes C, Pannuti CM, Saraiva L, Huynh-Ba G et al.
notar que as patogêneses dos vários tipos de falhas de
implantes são bastante distintas.8,32Como tal, tipos distintos
de falhas de implantes podem afetar diferencialmente os
resultados do implante de substituição.
Fatores relacionados ao paciente e ao implante podem
afetar profundamente a sobrevivência e o sucesso clínico dos
implantes osseointegrados. Pacientes com condições sistêmicas
e ambientais conhecidas por comprometer os resultados da
terapia com implantes foram excluídos de muitos dos estudos
incluídos nesta metanálise.10,19,20,22,23,24,27A exclusão desses
pacientes impediu uma avaliação mais completa dos fatores de
risco associados à falha do implante de substituição e
possivelmente resultou em taxas mais altas de sobrevivência do
implante de substituição. Assim, os resultados desta metanálise
devem ser interpretados com cautela para pacientes com
fatores de risco conhecidos.
Uma maior taxa de falha de implantes colocados em locais
com histórico de falha de implante foi descrita para pacientes
em uso de antidepressivos e agentes antitrombóticos e em
locais com baixa qualidade óssea e baixa quantidade.18Os
inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), um
antidepressivo prescrito muito comum, afetam não apenas o
tecido nervoso, mas podem causar perda óssea ao inibir o
processo de remodelação óssea desencadeado por carga
mecânica.33Além disso, seu uso já foi associado ao aumento do
risco de falha de implantes dentários colocados em osso intacto
(taxa de risco, 6,28).34
Em relação aos fatores relacionados ao implante, dois estudos
demonstraram que os implantes de superfície tratada apresentaram
taxas de sobrevivência significativamente maiores do que os
implantes usinados lisos.18,26Este resultado está de acordo com
outros que mostraram que os implantes de superfície rugosa têm
melhores taxas de sobrevivência do que os implantes usinados
colocados em osso puro.35
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tardia do implante. Evidências recentes demonstraram que a
peri-implantite progride em um padrão de aceleração não linear
e que seu início ocorre após três anos de função do implante.36
Assim, é importante destacar que a maioria dos estudos
incluídos acompanhou implantes de substituição por um
período de um ano ou menos. Portanto, acompanhamentos
mais longos são necessários para divulgar completamente a
incidência de falhas tardias em implantes de substituição.
Finalmente, os estudos incluídos são de baixo a moderado nível
de qualidade e devem ser confirmados por estudos de alta
qualidade.
Conclusões
Apesar do nível de qualidade baixo a moderado das
evidências publicadas. dados existentes indicam que os
implantes de substituição têm taxas de sobrevida moderadas e
podem ser considerados como uma abordagem no tratamento
de pacientes edêntulos. Estudos prospectivos maiores com
critérios bem definidos para falha precoce e tardia do implante,
tamanhos de amostra maiores e acompanhamento adequado
são necessários para confirmar e expandir esses resultados.
Notas de rodapé
§ Software de meta-análise abrangente, v.3.3.070,
Biostat, Nova Jersey, EUA
Reconhecimentos
Nenhum financiamento externo, além do apoio da
instituição dos autores, estava disponível para este
estudo. Os autores declararam explicitamente que não
há conflitos de interesse em relação a este artigo.
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