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Resumo do artigo “ A carne descobre a ferrovia”

Integrantes:
 Caio de Aquino
 Rajan Barcelos
 Thiago Lobão
O artigo “ A carne descobre a ferrovia” como o próprio nome já leva a pensar,
visa apresentar a quebra do paradigma na logística de transporte de carnes. O
modal ferroviário que antes era visto sem tradição no ramo de transporte de
cargas frigorificas, começa a apresentar vantagens de utilização. Dessa forma, o
modal rodoviário, atualmente o mais utilizado, passa a ser contestado
viavelmente nas empresas de logística.
Algumas das vantagens citadas no artigo que alavancam a utilização desse
modal são:
 Redução dos custos;
 Garantia maior do planejamento
 Maior segurança de que a carga será entregue no prazo
 Retirar os caminhões da estrada (Mais sustentável)
 Não enfrentar filas para entrar nos portos
 Viável o transporte de pequenas cargas também
Segundo os empresários, a principal dificuldade para adotar esse modal é a
montagem da estrutura com vagões especializados, com anteparos maiores,
cabeamento e tomadas nos terminais. Porém, a instalação desse modal se
tornou um investimento muito viável, visto que uma vez pronta é mais fácil
ganhar volumes. Após a instalação, é previsto uma diminuição nos custos de 20
%.
Apesar dessa recente quebra de paradigma, o modal ferroviário já está sendo
considerado um transporte consolidado no ramo de produtos congelados. Uma
das empresas pioneiras desse modal é a Sadia, que atualmente, corresponde a
cerca de 20% da matriz de exportação, englobando principalmente carne bovina
e suína in natura e industrializada. Em relação ao mercado interno, a
participação ainda é pequena, na faixa de 1%, limitando-se praticamente a carga
que vem do Mato Grosso para São Paulo.
Outro embarcador que resolveu bancar a ferrovia para o transporte de
congelados, como meio de criar uma alternativa à rodovia, foi o Groupe Doux,
multinacional francesa que no Brasil abrange as marcas Frangosul e Lebon. A
ferrovia atende às fábricas da empresa de Caarapó (MS), cujos produtos vão ao
porto de Paranaguá via Cambé; de Montenegro e Caxias do Sul (RS), via Esteio;
e de Passo Fundo (RS), que seguem por Cruz Alta. De acordo com o executivo
fica atualmente entre 5% e 10% em relação ao rodoviário, considerando o custo
do transporte da fábrica até o porto. A empresa transporta hoje pelo modal
frango e suíno in natura congelados. Ainda não opera refrigerados pelo trem,
pois, segundo Herzel, estes últimos são mais sensíveis à variação de
temperatura e não resistem ao transit-time mais longo.
A Seara Alimentos é outro grande embarcador de carnes que resolveu encarar o
desafio da ferrovia, como forma, principalmente, de criar uma alternativa ao
modal rodoviário. As operações com o trem começaram no segundo semestre
de 2006 e já estão consolidadas dentro da Seara, que conta inclusive com uma
estrutura própria para isso, com gestão direta e separada da estrutura da
matriz. Segundo a empresa, a redução de custos com a adoção da ferrovia está
hoje em torno de 10%, mas ela trabalha com o valor de 15%, podendo chegar a
20% com aumento de volumes e melhoria de infraestrutura.
Para a melhor adaptação do modal no Brasil, o artigo relata as novas
tecnologias investidas na infraestrutura ferroviária. Atualmente, empresas
investem em pesquisas de contêineres que viabilizem a operação de produtos
resfriados pela ferrovia, ou seja, contêineres que consigam refrigerar durante o
trajeto. Quando se fala em foco na melhoria do processo, os embarcadores
estão falando basicamente de dois grandes gargalos que ainda veem na
ferrovia: o transit-time e o rastreamento das cargas. Preocupadas com a
produtividade, a ALL e a FCA estão pesquisando o desenvolvimento de um
vagão Double Steck, com dois andares de contêineres, praticamente dobrando a
capacidade de cada unidade. Para utilizá-los as operadoras terão de fazer
investimentos em vagões e em adaptações na linha, para permitir a passagem
do trem nos túneis atuais. Os operadores acreditam que, embora os
investimentos sejam elevados, o retorno os justifica inteiramente. Outro
investimento que a Sadia vem fazendo para a melhoria do modal é na
informação, que, de acordo com Mendonça, ainda é falha. “Quando você põe o
produto no caminhão, liga o sistema de rastreamento e sabe onde sua carga
está.
Portanto, conseguimos perceber o crescimento do modal ferroviário na logística
de transporte de carnes. Um crescimento tardio devido a história do Brasil, país
que teve como preferência o investimento no setor rodoviário, o que resultou
em uma pequena infraestrutura ferroviária. A ferrovia, assim como a hidrovia,
ficou sem investimento durante muitos anos e está renascendo, ainda tem
muito o que melhorar.

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