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Causas e fatores de risco do

estrabismo:

. Erros refrativos – A miopia está mais


ligada ao desenvolvimento de exotropia
enquanto a hipermetropia está
correlacionada com o desenvolvimento de
esotropia. Ex: hipermetropia. A
hipermetropia não corrigida provoca um
desfoque da imagem na retina o que induz
Fig: Distribuição do erro de refração em vários grupos de
a acomodação para focalizar a imagem, estrabismo

esse esforço acomodativo causa a


convergência acomodativa ao fixar ao perto. Essa convergência acomodativa quando em
excesso leva à esotropia, ou seja, provoca estrabismo acomodativo. A convergência
acomodativa excessiva provoca um grande esforço nos músculos oculares podendo provocar
assim o desalinhamento dos olhos e consequentemente o estrabismo acomodativo. Quanto
mais se aproxima um objeto, mais aumenta a acomodação e mais aumenta a convergência.
Ex: Miopia. A miopia também pode estar associada ao estrabismo, pois pode levar à formação
de diferentes imagens na retina dificultando assim a fusão das duas para delas resulte apenas
uma.

. Cataratas - A presença de catarata pediátrica em uma criança visualmente imatura pode


interferir no desenvolvimento da binocularidade e na manutenção da ortoforia, ou seja, no
equilíbrio e alinhamento normal dos olhos. A idade mais jovem no início da catarata e a
opacidade mais densa se correlacionam com um risco maior de estrabismo. A catarata por sua
vez causa baixa acuidade visual o que pode resultar posteriormente em um desvio ocular
provocando assim estrabismo.

. Doenças metabólicas – Ex: Diabetes. A retinopatia diabética (é um termo que se refere às


alterações retinianas induzidas pelo diabetes) leva à perda de visão e é a principal causa de
cegueira em todo o mundo, essa perda de visão pode levar ao surgimento do estrabismo. O
diabetes também provoca o disfuncionamento dos nervos que controlam os movimentos
oculares e o seu efeito no cristalino pode provocar alterações refrativas e acelerar o
desenvolvimento das cataratas o que pode levar ao aparecimento de estrabismo.

. Várias outras doenças como por exemplo doenças oculares, doenças neurológicas,
síndromes e até mesmo fraqueza de nervos cranianos que controlam o movimento ocular
podem levar ao desenvolvimento de estrabismo, pois afetam o processo cerebral impedindo
assim que a informação seja enviada através dos nervos para os músculos oculares e levando
assim à desarmonização dos movimentos musculares e consequentemente ao desalinhamento
dos olhos.
Estrabismo Infantil

O estrabismo é uma das doenças oculares mais prevalentes entre as crianças, e sua
prevalência é de aproximadamente 5% em diferentes países e comunidades. 65% do
estrabismo tem o seu desenvolvimento na infância e pode persistir na idade adulta, a não ser
que seja tratado. O estrabismo foi considerado um fator importante no desenvolvimento de
deficiência visual em crianças em idade escolar e uma das causas mais comuns de ambliopia
entre crianças em algumas áreas. Além disso, pacientes com estrabismo podem ter problemas
emocionais mais facilmente, como baixa autoestima, relações interpessoais frágeis, bullying
escolar, preconceito social, aumento da ansiedade social e diminuição da oportunidade de
trabalho resultante de sua aparência facial anormal. Estes efeitos negativos do estrabismo
podem ter profundas influências no desenvolvimento emocional e reduzir a sua qualidade de
vida.

As principais causas de estrabismo infantil são: prematuridade (dificulta o desenvolvimento do


controle oculomotor, pois essas crianças têm maior risco de lesão cerebral, podendo levar
posteriormente ao estrabismo), o parto por cesariana (pode ser devido ao fato de que
geralmente uma cesariana é realizada quando há uma complicação associada ou risco para o
feto ou para a mãe), atraso no choro ao nascer, convulsões infantis, consanguinidade dos pais
(aumenta o risco de estrabismo devido ao aumento do número de mutações em um homo-alelo

para doenças recessivas), atraso no desenvolvimento de marcos e fototerapia para icterícia. A


hipermetropia é o erro de refração mais comum em crianças. A maioria dos bebês tem 2 a 3
dioptrias de hipermetropia, que geralmente declina em direção à emetropia durante a primeira
década de vida. Crianças com alta hipermetropia podem não se tornar emetrópicas e podem
ter esotropia acomodativa e/ou acuidade visual (AV) subnormal

O estrabismo em crianças pode provocar a ambliopia, pois devido à presença de duas imagens
diferentes o cérebro não é capaz de as fundir, ou seja, haverá uma incompatibilidade de
imagens formadas pelos olhos, um olho é favorecido enquanto a informação do outro é
suprimida. No olho que é suprimido pelo seu desuso pode ocorrer a perda da acuidade visual
podendo levar assim ao seu desvio. Assim a criança com estrabismo pode não apresentar
diplopia, ou seja, visão dupla, sendo esta mais comum em adultos.

Estrabismo tem cura?

O estrabismo tem sim tratamentos para a sua correção e a diversidade dos tratamentos
depende da causa do estrabismo, pois para que este seja tratado muitas vezes é necessário o
tratamento da doença, erro refrativo… relacionado a ele. A sua eficácia não depende só do tipo
de tratamento, mas também do tipo de estrabismo e da causa a ele associada. Os tratamentos
para a correção do estrabismo são:

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