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AUTARQUIA EDUCACIONAL DO BELO JARDIM – AEB

FACULDADE DO BELO JARDIM – FBJ


DOCENTE: MSC. EVERALDO SANTOS
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA

FABÍOLA FIGUEIRA
LARISSA LIMA
MARIA DE LOURDES
PALOMA MELO

CEGUEIRA: PRINCIPAIS TIPOS E CAUSAS

BELO JARDIM
2023
1. CEGUEIRA

A cegueira é um comprometimento que vai desde a total ausência de


resíduo visual à percepção de vultos e luminosidade. Sim, algumas pessoas
cegas não conseguem realmente captar nenhum estímulo visual, mas há outras
(as que apresentam alguma percepção) que são capazes de enxergar algumas
coisas. É considerado cego ou de visão subnormal aquele que apresenta desde
ausência total de visão até alguma percepção luminosa que possa determinar
formas a curtíssima distância. Na medicina duas escalas oftalmológicas ajudam
a estabelecer a existência de grupamentos de deficiências visuais: a acuidade
visual (ou seja, aquilo que se enxerga a determinada distância) e o campo visual
(a amplitude da área alcançada pela visão). O termo deficiência visual não
significa, necessariamente, total incapacidade para ver. Na verdade, sob
deficiência visual poderemos encontrar pessoas com vários graus de visão
residual.

2. PRINCIPAIS CAUSAS

As principais causas de cegueira em adultos são a catarata, o glaucoma, a


degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética. Já entre as
crianças, os maiores causadores da perda de visão são: infecções congênitas,
catarata congênita, retinopatia da prematuridade e glaucoma congênito.

• trauma ocular;
• turvação do cristalino — catarata;
• aumento da pressão ocular — glaucoma;
• dano na retina devido ao diabetes — retinopatia diabética;
• ruptura da porção central da retina — degeneração macular relacionada
à idade; descolamento de retina;
• inflamação do nervo óptico — neurite óptica; acidente vascular cerebral.
3. CEGUEIRA CONGENITA

A cegueira é considerada congénita quando a criança nasce cega ou


quando se torna cega até os cinco anos de idade. Os estudos indicam que,
perdendo a visão até esse momento, não há retenção de imagens visuais, ou
seja, a criança não poderá contar com uma memória visual como referência para
suas construções mentais. Como indicam os estudos piagetianos ( apud
Amiralian, 1997), nesse estágio de desenvolvimento cognitivo, as estruturas
mentais de ordem pré-operatórias revelam que as imagens formadas até então
são de natureza estática e descontínua e não de transformação, por isso, não
permitem a representação ou antecipação de processos desconhecidos. Porém,
o que parece ser crucial nessa discussão é que, nesse espaço de tempo de cinco
anos da vida de uma criança, há muitas nuances a serem consideradas, em
relação ao desenvolvimento da cognição, além da possibilidade de evocação
das imagens visuais – a qualidade das relações afetivas primitivas dissociada da
cognição, a condição da mobilidade, a coordenação olho mão, o interesse
voltado para o ambiente, a permanência do objeto, a imitação, a linguagem, a
abstração das características de uma classe de objetos - que importa pensar
sobre o momento específico do aparecimento da cegueira.

3.1 CAUSAS DA CEGUEIRA CONGENITA

Segundo informações divulgadas no Portal da Oftalmologia, nos países


em desenvolvimento as principais causas são infecciosas, nutricionais,
traumáticas e doenças como a catarata. Nos países desenvolvidos são mais
importantes as causas genéticas e degenerativas. As principais causas
congênitas conhecidas são: amaurose congênita de Leber, malformações
oculares, glaucoma congênito, catarata congênita. causas adquiridas: traumas
oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações
retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.
4. CEGUEIRA ADQUIRIDA

A cegueira adquirida tem diversas causas: doença, acidente, etc, o que


demonstra condições gerais de vida da população e do atendimento de saúde.
Segundo pesquisa de Bittencourt (2011) a maior causa de cegueira adquirida
entre os sujeitos com deficiência visual atendidos em um programa de
reabilitação é a retinopatia diabética. A diabetes se tratada e controlada pode
evitar a perda visual. Pode ser causada também por diferentes fatores, entre
eles: Glaucoma: danos nas fibras do nervo óptico. Catarata: opacidade no
cristalino (espécie de lente do olho) Retinopatia diabética: complicação na vista
decorrente do diabetes.

4.1 QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE CEGUEIRA?

Muitos tipos de deficiência visual podem ser evitados com diagnóstico


precoce e tratamento rápido. Se uma pessoa perceber que está perdendo a
visão, deve marcar uma consulta com seu médico para fazer um check-up. Pode
não ser nada com que se preocupar, mas é melhor obter uma opinião
profissional.

SINTOMAS
5. COMO A CEGUEIRA É TRATADA?

O tratamento da deficiência visual depende da causa. Existem milhões de


pessoas no mundo que não têm visão por causa da catarata e nesses pacientes,
a cirurgia restaura, na maioria dos casos, a visão. Causas inflamatórias e
infecciosas da cegueira podem ser tratadas com medicamentos na forma de
gotas ou comprimidos. Já o transplante de córnea pode ajudar pessoas cuja
visão está ausente devido a doenças graves ou traumas. Outras formas de
tratamento incluem o uso de óculos ou lentes de contato.

6. DIFICULDADES DOS DEFICIENTES VISUAIS NO DIA A DIA

Muitos especialistas apontam que faltam leis e órgãos fiscalizadores


específicos para ajudar a diminuir os problemas enfrentados pelos deficientes
visuais no cotidiano. O desdém do Estado, por exemplo, é um dos fatores que
mais contribui para a violação dos direitos dessas pessoas. Algumas
ferramentas, como o Braille e projetos sociais, colaboram para mudar essa
situação.

O Braille é um idioma tátil batizado com o nome de seu criador que permite
que os deficientes visuais leiam com as mãos. Por meio dele é possível
reconhecer as letras do alfabeto, os números e diversos símbolos usuais na
Língua Portuguesa. Diversos produtos e comércios, por exemplo, já oferecem
descrições em Braille. Já projetos sociais de inclusão são fundamentais para que
os deficientes visuais se desenvolvam socialmente e profissionalmente e
alcancem um nível satisfatório de emancipação.

7. CURIOSIDADES

Afinal, os cegos sonham? Sim, as pessoas cegas sonham e é necessário


derrubar o mito que associa sonhar com a formação de imagens. De fato, a visão
é o sentido mais comum durante um sonho, mas ele também pode ter sensações
de tato, audição e até mesmo olfato e paladar, além de sentimentos viscerais.

Como não têm memória visual, os cegos de nascença não sonham com imagens
– e sim com os outros sentidos: ouvem coisas, têm sensações táteis e sentem
cheiros. Também sonham que estão fazendo algum movimento e, assim como
as pessoas que enxergam, é comum sonharem que estão voando ou caindo de
.grandes alturas.

8. QUEM É CEGO ENXERGA TUDO PRETO?

Na verdade, pessoas cegas não enxergam nada (claro, se falarmos


daquelas que possuem perda total da visão). É comum pessoas não cegas
acharem que cegos enxergam “tudo preto”. Mas a verdade é que “ver” a cor preta
só é possível por conta de um estímulo visual e pessoas cegas não possuem
estímulo visual algum. A cegueira total ou simplesmente AMAUROSE,
pressupõe completa perda de visão. A visão é nula, isto é, nem a percepção
luminosa está presente. No jargão oftalmológico, usa-se a expressão 'visão
zero'. Falamos em 'cegueira parcial' como aquela em que estão os indivíduos
apenas capazes de CONTAR DEDOS a curta distância e os que só PERCEBEM
VULTOS. o indivíduo é capaz de identificar também a direção de onde provém a
luz. Mais próximos da cegueira total, mas ainda considerados com cegueira
parcial ou visão subnormal, estão os indivíduos que só têm PERCEPÇÃO e
PROJEÇÃO LUMINOSAS. Nesse caso, há apenas a distinção entre claro e
escuro.
REFERÊNCIAS

SEMINÁRIO cegueira total. Tecnoblog,2012. Disponível em: <https ://pt.slides


hare.net/en xergar/seminario-cegueira-total-grupo-enxergar-ba01>.Acesso em:
16 de nov. de 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha. Mundo educação,2019.Disponível em: <https:
//mundoeducacao .uol .com .br /doencas/cegueira.htm # :~:text=A%
20cegueira%20pod e%20ocorrer%20des de,refra %C3%A7 %C3%A3
o%20n%C3%A3o%20corrigidos%20e%20catarata>. Acesso em: 16de nov. de
2023.
Almeida, T. S., & Araujo, F. V. (2013). DIFERENÇAS EXPERIENCIAIS ENTRE
PESSOAS COM CEGUEIRA CONGÊNITA E ADQUIRIDA: UMA BREVE
APRECIAÇÃO. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 1(2).
Disponível em: https://doi.org/10.16891/24. Acesso em:16de nov. de 2023.
Tamires Silva Almeida, Filipe Vasconcelos Araújo, DIFERENÇAS
EXPERIENCIAIS ENTRE PESSOAS COM CEGUEIRA CONGÊNITA E
ADQUIRIDA: UMA BREVE APRECIAÇÃO , Revista Interfaces: Saúde,
Humanas e Tecnologia: v. 1 n. 2 (2013).

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