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Deficiência Visual
DISCIPLINA
DEFICIÊNCIA VISUAL: BAIXA
VISÃO E CEGUEIRA
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Deficiência Visual: Baixa Visão e Cegueira|
Deficiência Visual
Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
1 Deficiência Visual ------------------------------------------------------------------------------------ 3
1.1 Conceituando Deficiência Visual------------------------------------------------------------------------------ 3
1.2 Características da Deficiência Visual ------------------------------------------------------------------------ 3
1.3 Causas da Deficiência Visual ----------------------------------------------------------------------------------- 5
2 Patologias que Conduzem à Baixa Visão ----------------------------------------------------- 7
3 Características da Criança Deficiente Visual ------------------------------------------------- 9
4 Adaptações Educacionais para os Deficientes Visuais ------------------------------------ 9
4.1 Princípios da Educação do Deficiente Visual ------------------------------------------------------------ 10
4.2 Estimulação dos sentidos ------------------------------------------------------------------------------------- 10
5 Reabilitação ------------------------------------------------------------------------------------------ 13
6 A Aprendizagem da Criança com Deficiência Visual -------------------------------------- 14
7 Alunos Com Dificuldade Visual ----------------------------------------------------------------- 16
8 Deficiência Visual, Família e Escola ------------------------------------------------------------ 19
8.1 Família ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21
8.2 Escola--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 22
9 O Braile e suas características ------------------------------------------------------------------ 24
10 O Deficiente Visual e a Lei --------------------------------------------------------------------- 25
11 Deficientes Visuais e Acessibilidade -------------------------------------------------------- 26
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------------ 32
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Deficiência Visual
1 Deficiência Visual
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Deficiência Visual
A visão reduzida, para alguns autores, significa visão subnormal. De acordo com
Lima (2005, p.71), a visão reduzida caracteriza-se por “acuidade visual dentre 6/20 e
6/60, no melhor olho, após correção máxima”.
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Deficiência Visual
A visão é um dos sentidos que nos ajuda a compreender o mundo à nossa volta,
ao mesmo tempo que nos dá significado para os objetos, conceitos e ideias.
Como identificar?
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Deficiência Visual
Sinais de alerta
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• funciona apenas a retina periférica, que não é tão discriminativa, pelo que
pode ser necessária a ampliação da letra para efeitos de leitura;
• é em geral impeditiva das atividades realizadas com proximidade dos
restantes elementos, bem como da leitura;
• apresenta acuidade visual baixa (cerca de 1/10).
Visão Tubular
Alta miopia: baseia-se num defeito de refracção elevado (> a 6 dioptrias), que
frequentemente é hereditário, associado a outros aspectos degenerativos. O risco do
deslocamento da retina é elevado, nesse caso, devem ser tomadas precauções
necessárias.
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A criança deficiente visual é aquela que difere da média, a tal ponto que irá
necessitar de professores especializados, adaptações curriculares e ou materiais
adicionais de ensino, para ajudá-la a atingir um nível de desenvolvimento
proporcional às suas capacidades;
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• Individualização
• Concretização
• Ensino Unificado
• Estímulo Adicional
• Autoatividade
• Estimulação visual
• Estimulação do tacto
• Estimulação auditiva
• Estimulação do olfato e do paladar
Estimulação visual
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Estimulação do tacto
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Estimulação auditiva
Programa pré-escolar
• capacidades motoras;
• capacidades da linguagem;
• capacidades discriminativas e perceptivas.
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Reabilitação
5 Reabilitação
A Reabilitação é essencial no processo de inserção na sociedade, dado que a
redução ou a privação da capacidade de ver traz consequências para a vida do
indivíduo, tanto no nível pessoal como no funcional, colocando-o, na maioria das
vezes, à margem do processo social, segurança psicológica e nas habilidades básicas;
Sala de recursos
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• Guia normovisual;
• Uso da bengala;
• Cão Guia;
• Etc.
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Adaptação do Espaço
Avaliação Clínica
Avaliação funcional
Avaliação
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Ainda, para ser eficaz, a avaliação deve utilizar formas de comunicação que a
criança/jovem compreenda; incluir objetos e materiais familiares interessantes;
apresentar esses materiais e objetos de forma contextualizada, baseada numa
aprendizagem significativa e estruturada; organizar e provocar situações de
aprendizagem estruturada mediante a utilização de objetos e materiais, apresentados
em contextos naturais.
Cabe ao professor a cada novo conteúdo a ser ensinado, de acordo com seu
planejamento, sonda-se o quanto a turma já sabe sobre aquilo para determinar como
levá-la a avançar. Quando há uma criança com deficiência na sala, a história não deve
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ser diferente. É preciso verificar também o que ela já conhece e seguir em frente com
a etapas previstas. Mais do que se basear num diagnóstico médico que limite as
possibilidades dela, proponha situações de aprendizagem desafiadoras para descobrir
até onde ela pode chegar.
Para investigar o que os alunos com algum tipo de deficiência já sabem, você
pode usar as mesmas estratégias que prepara para os demais, desde que adote
diferenciações adequadas a cada necessidade da criança. O importante é colocar
todos os estudantes em contato com aquilo que pretende ensinar.
Dada a aula, você tem pela frente a tarefa de avaliar o que todos aprenderam.
Aqui é preciso evitar o erro de comparar crianças diferentes, ou querer nivelar o
desenvolvimento da turma.
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Quando uma criança nasce, a família deseja que ela não apresente nenhum tipo
de deficiência, seja física, cognitiva ou sensorial.
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8.1 Família
Poder enxergar tudo que nos rodeia é tão importante quanto ouvir os sons que
são produzidos a nossa volta. Tal como a audição, a visão capta registros próximos ou
distantes e permite organizar, no nível cerebral, as informações trazidas pelos outros
órgãos dos sentidos.
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Embora não seja fácil, a família precisa entender que a pessoa com deficiência é
acima de tudo, uma pessoa completa com sentimentos, sonhos e desejos. Por isso,
deve evitar focar a atenção na sua cegueira ou ainda na sua baixa capacidade visual.
A primeira atitude que a família do deficiente visual deve ter, é acreditar na capacidade
e potencialidades que ele tem e ainda considerá-lo capaz de estudar, ser
independente, trabalhar, praticar esportes e tantas outras coisas que seus amigos,
parentes e conhecidos fazem. Além da família, a escola e a sociedade também devem
contribuir no sentido de ajudar a enfrentar os obstáculos colocados pela deficiência.
8.2 Escola
Ao longo da história as pessoas com deficiência, física, auditivas, visuais e outros,
foram discriminadas, segregadas e afastadas da convivência com as pessoas
consideradas normais. Foram excluídos dos ambientes sociais públicos, porque eram
diferentes dos outros, sendo até mesmo considerados seres inferiores e incapazes de
conviverem em sociedade. Não trabalhavam, não estudavam e viviam a margem da
sociedade.
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comum e sua participação social plena. A partir de então vários outros eventos e
políticas públicas de inclusão foram implementadas, inclusive no Brasil.
Isso significa que as pessoas com visão reduzida têm uma visão residual, mas
necessita de adaptações nas atividades pedagógicas para que consiga realizá-las e
efetivar a aprendizagem. Durante todo o processo de aprendizagem de uma criança
portadora de deficiência visual é necessário procedimento e recursos especializados.
No entanto, de acordo com o estudo Piagetiano, a função cognitiva de crianças com
deficiência visual desenvolve-se bem mais lentamente comparando-se com as
crianças videntes. Por isso a alfabetização de crianças cegas requer uma metodologia
ainda mais diversificada do que para as crianças videntes. Sendo assim, o professor
não deve ser um mero repassador de informações ou um repetidor de estratégias de
ensino já experimentados ou ainda um alfabetizador repassador de conteúdos. Do
professor alfabetizador exige-se criatividade, desenvoltura e reflexão da sua prática
pedagógica. O professor deve ser um observador criterioso e ficar atento a evolução
do aluno.
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A Lei nº. 7853/89 trata dos direitos e deveres dos portadores de deficiências,
garantindo que em todo o território brasileiro ações sejam desenvolvidas para
melhorias em sua vida, saúde, educação, trabalho e lazer. Em seu artigo 1º estabelece:
“Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos
individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração
social, nos termos desta Lei”.
Em 1999, o Decreto Federal nº. 3298/99, que regulamentou a Lei nº. 7853
garantiram direitos legais a todos os cidadãos brasileiros portadores de deficiência
em solo brasileiro referentes à educação, à saúde, ao lazer, ao trabalho, ao desporto,
ao turismo, aos transportes, às construções públicas, à habitação, à cultura e outros.
Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho,
com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e
0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória
da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a
ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
Lei nº. 10.172 de nove de janeiro de 2001 institui o Dia Nacional da Educação que
será comemorado em 12 de dezembro. Estabelece avaliações nacionais periódicas e
aprova o Plano Nacional da Educação e os Planos Decenais a serem elaborados em
todos os segmentos municipais, estaduais e federais.
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Adiante será demostrado uma breve evolução histórica a respeito dos deficientes
visuais e como estes eram tratados nas mais diversas regiões pelo mundo a fora e a
partir de então poderá se entender o porquê de até hoje a sociedade fazer referência
entre a cegueira e algumas atividades profissionais, mitos e ate mesmo possuir
algumas ideias pré-formuladas.
Como ponto de partida será tomado à China onde a cegueira era comum entre
as pessoas que viviam no deserto. Os cegos chineses encontraram como janela de
escape para a sobrevivência a música a qual utilizavam para se ganhar a vida e para
isso era necessário que se exercitasse a audição e a memória.
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Percebe-se analisando o contexto histórico acima que era raro o apoio dado as
pessoas com deficiência visual na sua grande maioria e isto fez com que muitos
desenvolvessem habilidades para que pudessem ganhar até mesmo o que comer para
sobreviver.
Essa discriminação e exclusão social prevaleceram ainda hoje com pouca atenção
por parte dos órgãos governamentais, mas vale ressaltar que foi no ano de 1981 que
a ONU acordou para essa realidade e deu o ponta pé inicial para que mudanças
pudessem começar a ocorrer e esse ano foi declarado como Ano internacional da
Pessoa Deficiente.
De acordo com Figueira (2008, p. 115): Se até aqui a pessoa com deficiência
caminhou em silêncio, excluída ou segregada em entidades, a partir de 1981 – Ano
Internacional da Pessoa Deficiente -, tomando consciência de si, passou a se organizar
politicamente. E, como consequência, a ser notada na sociedade, atingindo
significativas conquistas em pouco mais de 25 anos de militância.
Nota-se que até então os deficientes visuais não tinham nenhuma atenção por
parte da sociedade bem como do estado e com isso o mínimo de direito necessário
para que se tivesse uma vida digna no Brasil não era garantido, quem dirá se alguém
se preocuparia com direito a acessibilidade dessas pessoas.
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IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação.
Tal norma traz implícito em seu dispositivo um princípio garantidor uma vez que
trata como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil promover o bem-
estar social.
Para que isso ocorra de fato se faz necessário que seja combatido às diversas
modalidades de preconceitos relacionados à origem, a raça, quanto ao sexo, à cor,
idade, e todas as outras formas, merecendo destaque aqui a discriminação das
pessoas que apresentam deficiência visual.
Mas nossa carta magna foi mais além e para garantir e reforçar ainda mais o
tratamento a ser dado a essas pessoas resolveu destinar um artigo próprio para tratar
da questão da acessibilidade e no seu artigo 227, parágrafo 2º a Constituição Federal
trouxe a seguinte redação:
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crianças, ao jovem, bem como aos adolescentes e vai mais além determinando
também que essas entidades coloque-os a salvo de qualquer tipo de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão
art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso
público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existente a fim de garantir
acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, do conforme o disposto no
art. 227, § 2º.
Importantíssimo se fez esse dispositivo uma vez que caso o legislador não tivesse
suprido a lacuna deixada a respeito da acessibilidade dos logradouros, edifícios de
uso público e transportes coletivos já existentes muitos poderiam se valer dessa
brecha na lei para não realizar as devidas alterações necessárias e com isso não
poderia ser garantido o pleno exercício do direito de acessibilidade por parte dos
deficientes visuais uma vez que ainda teríamos edificações em desacordo com as
necessidades especiais dessas pessoas por exemplo.
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Vale lembrar que os direitos dos deficientes não são de preocupação exclusiva
do Brasil, prova disso é que no ano de 2007 vários países reuniram-se em Nova York
para discutir o assunto e como este vinha sendo tratado no cenário daquela época.
Resultado dessa reunião foi à assinatura da Convenção Internacional sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo no dia 30 de março de 2007.
O Brasil pôde valer-se de seu art 4º, IX, da Constituição Federal para garantir mais
essa conquista para as pessoas com deficiência. Assim preceitua-se o art.4° da
Constituição:
Nota-se que o Brasil positivou desde o ano de 1988 através do poder constituinte
sua preocupação com as relações internacionais deixando claro que no que tange a
relação com outros países o Brasil deveria se portar de forma a promover a
cooperação entre os povos para que fosse alcançado o progresso da humanidade.
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Referências
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Editora Saraiva,
2002.
LIMA, Priscila Augusta de Lima. O aluno com deficiência visual na escola. In: Veredas
– Formação superior de professores: módulo 7 – volume eletiva 3 /SEE-MG. Belo
Horizonte: SEE- MG, 2005.
CANÁRIO, R. A escola tem futuro? Das promessas às incertezas. Porto Alegre: Artmed,
2006.
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Referências
ARAÚJO, Luiz Alberto David; SEGALLA, José Roberto Martins (coords.). 15 anos da
constituição federal em busca da efetividade. Bauru: Edite, 2003;
CLAUDINO, Silvania. Juazeiro vai embargar obras sem acesso para deficientes. 2011.
Disponível em: Acesso em: 02 abr. 2015;
DINIZ, Debora. O que é deficiência. São Paulo: Brasiliense, 2007 (Coleção Primeiros
Passos);
LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Editora Atlas,
1992. 4a ed;
MACHADO, Gean Patrick Lobo; FEIJÓ, Gerbson Rodrigues; LIMA, José Igor. Hauy-
Sistema de Ajuda a Locomoção de Pessoas Deficientes Visuais. 2013. Disponível em:
Acesso em: 01 abr. 2015;
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