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TETES TA MENTO
A noite de 15 de dezembro de 2409 foi fria, uma nevasca varreu a
cidade de Exalte. Dois Juízes esperavam na praça central, com as
golas levantadas, esfregando as mãos. Uma figura encapuzada se
aproximou. Cronista Metatag, conforme combinado. O Cronista
acenou com a cabeça para os dois homens e deu-lhes um pacote
embrulhado em pano oleado. Através do feedback de seu
amplificador, ele gritou “The Testament!” e desapareceu
novamente na neve rodopiante sem se virar.
Os dois Juízes tinham nas mãos o diário de viagem do
Primeiro, contendo suas experiências coletadas, epigramas e
páginas cheias de parágrafos. O conhecimento de uma vida
santa e o testamento a seus sucessores, reunidos em
caligrafia minúscula e arranhada em páginas gordurosas. Nos
anos seguintes, o livro uniria os juízes e seria o alicerce sobre
o qual ergueriam um edifício de fé e lei.
Logo, cada juiz tinha uma cópia do Codex e agia de
acordo com ele ao separar os culpados das vítimas.
Outros analisaram o livro, interpretando e
completando as inúmeras sequências fragmentárias.
Praticantes e teóricos surgiram. Mas, por enquanto,
lutaram lado a lado pela causa do Primeiro Juiz.
JUSTICIANO -
O PUNHO JUSTO
Mais uma vez, foram os Cronistas que começaram tudo. Eles
ofereceram uma casa ao lado de seu Cluster Central para dois
Juízes e alguns Clãs do deserto do norte que eles
consideravam benevolentes e civilizados. Claro, eles tiveram
dúvidas. A suposta capacidade dos Juízes de lutar deve ser
suficiente para manter a turba fora da lei afastada.
Todos aceitaram, fortificaram os poços que os Cronistas
haviam mantido escondidos até então e ampliaram as antigas
construções. Mas nem todos ficaram felizes. Aos Advogados,
como eram chamados agora os teóricos, os porões de pedra
ofereciam tudo o que precisavam para seus estudos de textos e
sua proliferação. Para os juízes antiquados que queriam bater
com a palavra da lei na cara dos criminosos gordos com punho de
ferro, os Protetores, a cidade nascente era um espartilho que
impedia seus movimentos. Eles tiraram o melhor proveito disso,
mesmo que não gostassem da centralização.
A cidade prosperou e cresceu e foi chamada de Justitiana,
em homenagem a Justitia, a deusa da justiça – outra ideia do
Cronista. Eles participavam de tudo, insinuavam-se nas
reuniões e aconselhavam-se sem serem solicitados. Devido à
influência deles, um juiz surgiu e fez uma oferta pelo poder.
Justus I foi o primeiro na longa tradição de Juízes Supremos
de Justiciano. Ele elevou sua própria versão do Testamento a
uma lei universalmente válida e a chamou de “o Codex”. Ele
ordenou aos Advogados que fizessem leis e pediu aos
Protetores que as aplicassem no campo. Cada um na sua.
Conflitos internos, ele rebateu com uma hierarquia deixando
claro quem estava certo no final. De agora em diante, Juízes
menores e superiores cavalgavam pela cidade, e Vagabundos
e Juízes da Cidade guardavam os portões. A base foi lançada.
Agora era hora de construir um monumento sobre ele.
Anos depois, os Juízes governaram a maior parte de West Borca.
Assentamentos e fazendas se juntaram ao Protetorado Justiciano.
Desista da independência pela segurança, talvez até pela liderança.
Depois de décadas lutando pela sobrevivência, foi uma escolha fácil
para a maioria das pessoas.
THECODEX
Todo Juiz Supremo assume o cargo com seu próprio
Codex. O tempo passa e a imaginação dos bandidos
parece infinita. Além das regras claras e fundamentais do
Testamento, há uma necessidade de esclarecimento que
muitas vezes causou agravamento nos últimos anos. O
texto é bastante próximo do povo, é algo como um
contrato entre os habitantes de Justitiano e os Juízes. Pelo
menos é assim no começo. Pois o Codex evolui, alterado
pelas interpretações dos Advogados. Quanto mais tempo
um juiz supremo estiver no cargo, mais complexa e
estreita se torna a teia de parágrafos. Archot é o mais
velho de todos. Ele é Juiz Supremo há mais de 20 anos e
seu Codex se tornou um monstro inchado que ninguém
mais consegue controlar.
Mandamentos básicos como “Não matarás” e “Não
furtarás” formam a parte menor, porém mais antiga do
Codex. Os parágrafos subsidiários listam páginas e páginas
de exceções e medidas de punição. Em seguida, vêm as
regras relativas a conflitos de qualquer tipo, tiradas de uma
enorme quantidade de casos de precedência: adultério,
fraude, impostura, imperícia e muito mais – todas as
eventualidades são cobertas por parágrafos. As cláusulas do
mundo exterior descrevem o procedimento fora da cidade em
grande detalhe, definindo os direitos e obrigações dos juízes
e pessoas estrangeiras ao Protetorado.
Enquanto os Advogados elaboram novas leis em seus
palácios e mantêm um exército de escribas ocupados com
uma enxurrada de emendas ao Codex, os Protetores nas ruas
de Justitian enfrentam um futuro sombrio. Apenas alguns
mais velhos se lembram dos tempos em que o prático livrinho
envolto em couro preto os orientava, mas não os obrigava a
descer a encosta como um trem em trilhos sem freios. Não há
mais espaço para interpretações. Tudo o que poderia ser
interpretado foi interpretado e gravado em pedra. A lei
tornou-se um fardo.
DOIS CAMPOS
Quando as pessoas falam dos Juízes, geralmente pensam
nos Protetores. Eles são os que lutam contra os bandidos
no campo e ajudam e aconselham a população e
resolvem as diferenças. Apesar de sua supremacia ditada
de cima, a maioria deles permanece igual ao povo.
Os Advogados formaram sua própria facção além
dos Protetores. É influente e antigo, um espinho
contínuo no lado dos Protetores.
JUÍZES 191
 PROTETORES: MARTELO

Aqueles que têm dificuldade em arrastar a
barriga pelas ruínas nem deveriam se
incomodar em se candidatar aos Protetores.
O tribunal é mais convencido pela resistência
física, um olho afiado ao acertar alvos e força
bruta. Por uma questão de integridade, todo
candidato deve responder a perguntas sobre
o Codex e, em seguida,
ele pode ir para o Juízo Final. Diante de um
representante do Senado, os candidatos
fazem um juramento de verdade ao Codex e
de cumprimento do dever até a morte, então
eles se aproximam de um bloco de carrasco
coberto por chapas de ferro, levantam o
martelo e o esmagam no bloco. Isso sela seu
novo destino.

Os Advogados recrutam os Juízes daqueles que são fracos demais
para o esforço físico, assim afirmam os Protetores. Na verdade, os
Advogados valorizam mais a educação e a inteligência do que a
habilidade de derrubar as pessoas com um martelo. Eles querem
definir o mal nas pessoas, encontrá-lo e amarrá-lo com leis. Eles
se veem como educadores, não como guerreiros.
THESEN AT ES
Dois Senados com oito Juízes Superiores cada um respondem
perante o Juiz Supremo. Cada Senado representa uma das facções
e é administrado pelos radicais dos Protetores e dos Advogados,
respectivamente. Eles discutem decisões importantes para o Culto
e votam nelas. Os Protetores tradicionalmente protegem e
expandem o Protetorado, enquanto os Advogados conseguiram
obter o controle da cidade. Mas os desenvolvimentos políticos no
Protetorado e além raramente podem ser limitados a apenas um
desses grupos. Com muita frequência, seus caminhos se cruzam,
o que leva a batalhas verbais e a um aumento na demanda por
informantes. Somente o Juiz Supremo pode parar as disputas
então. No entanto, Archot adora essas discussões iradas, pois elas
inspiram sua mente.
LÍNGUA DOS JUÍZES
O Testamento do fundador estava repleto de frases e
epigramas em latim e grego. Muito disso permaneceu
incompreensível por muito tempo, aquelas línguas
antigas eram muito estrangeiras. Embora o texto já
tenha sido completamente decifrado e o Culto tenha
excelentes especialistas em lingüística, os Juízes nunca
se sentiram compelidos a fazer do latim sua língua
oficial. Trazer a lei para o povo foi bastante desafiador:
o povo tem que entender as leis para aceitar o Codex,
assim pensavam os Protetores. Os Advogados, por
outro lado, veem sua posição ameaçada. Se o povo
entendesse e internalizasse as leis, para que precisaria
dos Juízes? Este conflito entre Protetores e Advogados
é tão antigo quanto o próprio Culto e sempre foi
assunto de discussão nos Senados Justitianos. Até
agora, os Senados têm se anulado:
Algumas palavras latinas conseguiram penetrar na
linguagem dos Juízes: por exemplo, o Juiz Supremo costuma
ser chamado de “Primus inter pares”, o primeiro entre os
pares. O julgamento está sendo realizado “Coram publico”,
em público, os réus são chamados a depor com a frase
“Audiatur et altera pars!” (O outro lado também será ouvido!),
E os Protetores entram no clima certo para a batalha que se
aproxima com “Per Aspera ad Astra” (através de dificuldades,
para as estrelas). Muitos juízes terminam sua sentença final
com “Punctum!” (É isso!) ou inicia uma sentença de morte com
“Mors certa, hora incerta”. (A morte é certa, sua hora é
incerta), e quase todas as segundas sentenças da opinião do
tribunal podem ser temperadas por um “De iure” (por direito).
Alguns Juízes se sentiriam nus se não usassem esse
traje de frases ininteligíveis. Outros se abstêm
completamente de usar os clichês latinos. No que diz
respeito ao Culto, isso depende apenas dos Juízes.
JURIMEN
O Protetorado prospera e cresce mais rápido do que o número de
seus Juízes. A linha de frente se expandiu demais, mas os crimes
impunes fariam o povo se revoltar. Os juízes, portanto, consertam
os buracos com os jurados. Na maioria das vezes, eles escolhem
líderes de enclave ou comerciantes com boa reputação, com
menos frequência veteranos condecorados que são treinados
como jurados em um procedimento rápido. Eles podem aprovar
julgamentos na ausência de juízes e prender culpados até que o
juiz possa revisar seu caso. Se um culpado aceita o julgamento
temporário, torna-se válido e irreversível. Punições menores,
como a marcação de um ladrão ou mentiroso, são implementadas
imediatamente por um Juryman ou seu representante. Em casos
mais graves, um Protetor deve ser consultado.
OLHO POR OLHO
Os juízes trazem a lei para o deserto e, assim como um pai rigoroso
ensina as regras da vida a seus filhos indisciplinados batendo neles, os
juízes punem todos os que agem contra os ensinamentos do Codex. A
punição não é um fim em si, mas uma ferramenta para assustar as
massas e conduzi-las ao caminho da pureza, assim escreve o Primeiro
Juiz em seu diário.
Assim, os juízes desenvolveram muitas formas de
repreensão, castigo e punições severas para cada crime
durante os longos anos de sua existência. Eles não conhecem
prisão, no entanto. Justitian não estava disposto a arcar com o
custo de prender e alimentar um prisioneiro por dias ou
mesmo meses.
O sistema penal dos Juízes também precisa levar em
conta que as pessoas no Protetorado são praticamente
anônimo. Ninguém nunca ouviu falar de passaportes ou certidões de
nascimento. Se você mudar de casa dentro de Justitian, poderá
começar uma nova vida como um estranho na nova vizinhança. Os
juízes neutralizaram isso tornando as punições visíveis. Por exemplo, as
mãos e os antebraços de um ladrão são tingidos de azul com uma
solução fedorenta. A mesma cor é usada para marcar os lábios de
mentirosos e fraudadores. Dependendo da mistura, essa cor leva
semanas ou meses para desbotar. Os culpados então se livram do
anátema social e têm uma segunda chance. Infratores reincidentes que
ainda estão marcados são tratados com mais severidade por
os juízes e logo sentem o punho de ferro da justiça de Justitian.
Ladrões têm uma junta de cada mão esmagada, fraudes têm suas
línguas cortadas com uma lâmina brilhante. Eles deveriam ter
levado a advertência a sério.
Assassinos e estupradores não têm uma segunda chance.
Sua testa é marcada com um ferro do Julgamento e eles são
banidos do Protetorado. Caso voltem para serem presos, os
Juízes deixam a cargo das vítimas ou de seus familiares a
escolha da punição. Formas populares de punição estão
quebrando um membro com o Julgamento

DEFENSORES: CODEX

Os exercícios na poeira, os gritos na luta
com os martelos e o eterno barulho do
bloco de vedação dos Protetores – tudo
isso é um incômodo permanente para os
Advogados. Eles também devem carregar
o martelo, mas na verdade preferem o
mosquete. É alto também, mas pelo menos
não os coloca no mesmo nível dos
selvagens do deserto.
As provas físicas para ser aceito nas fileiras
dos advogados são, portanto, negligentes. Alguns
tiros do rifle, pulando para se proteger,
sim, isso vai fazer. Mas eles não conhecem
nenhuma indulgência em relação ao
conhecimento sobre o Codex. Durante horas, o
conhecimento do candidato sobre os parágrafos
e as leis é verificado em um interrogatório
semelhante a staccato. Somente aqueles que
sabem o Codex de cor e pronunciam as frases
corretas sem pensar não são julgados em falta
perante o Tribunal de Advogados.
Mas isso não é tudo. O último julgamento é
realizado no Senado Hall. Os extras intensificam e
descrevem problemas fictícios, outros jogam
os papéis de culpados, vítimas e testemunhas.
O requerente caminha entre os figurantes,
questionando-os e formando uma opinião. Se
seu julgamento satisfizer o tribunal, ele está
quase lá. Diante do tribunal, o Juiz faz um
juramento sobre o Codex e sobre o Justitian,
assim como os Protetores quando são
empossados. Mas ele não precisará de seu
martelo aqui. Os juízes do tribunal apertam a
mão dele e o parabenizam. É um pequeno
gesto com um significado enorme. Bem-vindo
ao Advogados.

JUÍZES 193
martelo ou arrancá-lo usando o cavalo do Juiz. Em casos
especialmente graves, há uma sentença de morte e o culpado
é morto com um forte golpe na cabeça.
Muitos culpados, especialmente os culpados de crimes
menores, podem escolher. Pague uma indenização às vítimas
ou passe alguns dias nos campos de trabalho de Justitian.
Além disso, seus rostos são marcados com a cor vermelha, a
hena. Nos dias seguintes, eles trabalham para o benefício da
cidade, consertam ruas, constroem casas, removem a sujeira
das Ruas Profanadoras, combatem a poeira com suas pás e
trabalham no grande Colossus, o legado do Presidente
Archot. Se um deles foge e é pego, deve esperar graves
repercussões. Se os juízes mostrassem misericórdia, isso seria
considerado fraqueza. Isso é algo que eles não podem
permitir se quiserem continuar controlando seu exército de
trabalhadores forçados. Eles vão tratá-lo como um criminoso.
Somente quando a hena desaparece depois de duas ou três
semanas, o prisioneiro pode ficar sem ser molestado. Alguns
até ficam.
As punições dos juízes moldam a cultura de Justitiano. Um
negócio é sempre selado por um aperto de mão, antes do qual
lojista e cliente tiram as luvas ou bandagens, certificando-se de
que o outro não tenha a pele marcada antes de começar a
trabalhar. Aqueles que usam luvas em um mercado em Justitian
devem esperar ser observados com cautela. “Mostre-me suas
mãos” é um ditado familiar. O mesmo é verdade para
o rosto. É considerado falta de educação esconder o rosto sob um
lenço ou máscara de respiração durante uma conversa. Por que você
faria isso se não para esconder o fato de que é um mentiroso ou uma
fraude? Mostrar o rosto é considerado equivalente à honestidade.
Assim, estranhos que não conhecem os caminhos de Justitian
geralmente têm dificuldade em começar no Protetorado.
ARCHOT'SOBSESSION See More
Os primeiros 20 anos do mandato de Archot foram um grande
borrão de magnificência. Pelo menos, é isso que os historiadores
escreverão. Sem usar a força, seus juízes anexaram dezenas de
aldeias e ergueram suas pedras do Julgamento por toda Borca. Os
Clãs morreram na chuva de chumbo dos mosquetes dos Juízes. O
Clã Barata, selvagem e bestial como era, rastejou de volta entre as
fendas, para nunca mais ser visto. O ninho dos contrabandistas
chamado Ignatz foi destruído em uma expedição punitiva
combinada com os Preservadores. Os Juízes avançaram em todas
as frentes, destruindo e reconstruindo. O próprio Archot sabia de
sua magnificência e se escondia conscientemente sob uma
camada insuficiente de falsa humildade.
Se os rumores no Senado podem ser acreditados, Archot não
temia nada mais do que ser esquecido após sua morte. Segundo a
tradição, uma cabeça de pedra seria erguida para ele próximo ao
Beco do Julgamento – e assim, ele seria apenas um de uma longa
linhagem de Juízes Supremos. Diz-se que ele
não suportava essa ideia – e assim começou.
Ele reuniu seus advogados e emitiu um novo decreto. Para que
seu fogo inspirasse aqueles que vieram depois dele, um mausoléu
que fizesse justiça a suas realizações deveria ser construído para
ele. Os prisioneiros nos campos de treinamento tinham um novo
emprego. Eles lutaram nas ruínas, colheram pedras e as
arrastaram para Justitian's Uptown. Eles os empilharam no final
do Beco do Julgamento: camada por camada, formou-se um torso
de pedra, passando de um pescoço musculoso até o queixo,
afinando nos ombros.
O Colosso tinha 9 metros de altura quando um assassino
Jehammedano o explodiu.
Mais do que apenas uma pilha de pedras foram destruídas
naquele dia: a alma de Archot desmoronou. Alguém tinha que
pagar. Houve testemunhas do ataque. Um Cronista Sensorium
registrou o Hagari pouco antes da detonação. Os capatazes do
Colossus também viram uma mulher Jehammedana. Archot soube
desses fatos menos de 30 minutos após o ataque. Ele também
sabia que os osmani haviam enviado um Isaaki, um de seus filhos
abençoados, para Justitian. Archot estava parado nos degraus da
Sala do Julgamento em suas túnicas esvoaçantes, seu cabelo
branco em desordem e seus olhos escuros de tristeza e duros de
fúria. "Enforque-o!"
Streamers se espalharam, tentando alertar a comunidade
Jehammedan, mas não os alcançaram. Atraso da interface. No
final, os Juízes Negros de Rutgar encontraram o Isaaki, Gideon, e o
crivaram com 12 rodadas de vantagem. Seu cavalo o carregou por
mais de 50 passos antes que o cadáver escorregasse da sela e
caísse na calçada.
SALÃO DE JULGAMENTO
No centro de Justitian, tão perto do Cluster Central que o barulho dos
alto-falantes rangendo e feedbacks ainda é audível, está a sede do
Culto: Judgment Hall. As três entradas principais com seus frisos em
ziguezague recortados profundamente em sua frente, que se abrem
para o Beco do Julgamento. Entre eles, duas colossais estátuas de
bronze em vestes de Juízes elevam-se a oito metros de altura: uma está
apoiada em um martelo, a outra pressiona uma imagem empoeirada
do Codex contra o peito. Seu olhar frio repousa sobre a ruína do
Colosso no final da Avenida. A Sala do Julgamento é retangular, com 80
m de comprimento e 50 m de largura, uma fortaleza com paredes
grossas e pilares que carregam
Archot decidiu pendurar o Isaaki em uma bujarrona na parede
de Uptown. Forragem para os corvos e, claro, um sinal de sua
desaprovação.
Uma era de força terminou e a loucura de Archot definiria
a próxima.
RECUPERAR EM
O Jehammedan Quarter sobreviveu, principalmente devido ao
Iconide Baruch, que exigiu que o conselho de família virasse as
costas para Osman. Ele disse que Osman havia declarado uma
guerra santa em cujos incêndios todos eles seriam reduzidos a
cinzas. Mas ainda há tensão no ar. Archot não confia mais em
ninguém.
O Colosso era um símbolo da onipotência de Justitian.
Quando caiu, surgiram dúvidas - e os Clãs também. Desde
então, eles ousaram atacar mercadores e começaram a
fortificar seu domínio nas ruínas. Os juízes estão sendo
empurrados de volta para a cidade. Os primeiros
assentamentos do Protetorado foram perdidos.
Então a notícia do ataque da horda a Praha se espalhou. Em
Judgment Hall, a reação é a indiferença. Por que nos importamos
com quem bate na cabeça de quem além do Golpe do Ceifador?
Mas os Clãs se importam. Se Praha pode cair, Justitian também
pode. Os Clãs juntam coragem, mostram agressividade para com
os Juízes. Povos supostamente mortos se levantam das ruínas. O
Clã Barata está de volta, e com ele toda a escória que uma vez foi
empurrada para as fronteiras do Protetorado.
Os anos fatídicos de Justitian começaram.
o peso da cúpula interna. Janelas altas e arqueadas com
pinturas artísticas em vidro simbolizando as virtudes dos
Juízes de um lado e os pecados mortais dos bandidos do
outro quebram a forma angular do prédio. O telhado tem 14
m de altura, uma ampla ameia com torres baixas de bunker
em todos os quatro cantos que cercam todo o edifício.
Canhões de barriga grossa e suportes de morteiro encaram
os visitantes de cima. Atrás deles, os Protetores patrulham.
Um prédio de concreto de um andar coberto de cantaria dos
tempos pré-Eshaton se apega ao sombrio flanco norte. Aqui, os
cavalos dos Juízes estão estacionados. Diz-se que eles são
JUÍZES 195
 O CÓDIGO

SERVIR A JUSTIÇA,
BUSQUE O QUE ESTÁ ERRADO,
ALIVIAR O SOFRIMENTO.

A PALAVRA
DÁ-NOS PREMONIÇÃO E MOSTRA-NOS O CAMINHO.
DESPERTA O ESPÍRITO, EXATA A
CONSCIÊNCIA.

O MARTELO
NÃO MOSTRA O CAMINHO.
PUNI.
ISSO EXORCIZA.
E REMOVE.

MANTO E CHAPÉU
SÃO OS SINAIS DA COMUNIDADE DOS JUSTOS.
ELES EXIGEM HUMILDADE
E PEDE RESPEITO.

ÓCULOS E LENÇO
SÃO A SOMBRA
ESCONDER O MEDO E
DESVIAR A VINGANÇA.

O MOSQUETE
É LUZ E RELÂMPAGO. TUDO QUE É
FALSO FOGE DELA
NA RUÍNA.

melhor do que alguns dos cidadãos de Justitiano. No
Judgment Hall, na verdade composto por vários cofres, há
um clima sacro. Os vitrais quebram a luz em uma exibição
de painéis coloridos em azul, vermelho e verde. Juízes e
cronistas entram e saem daqui o tempo todo: os
escritórios mais importantes ficam na ala sul. O centro
abre-se para um átrio rodeado por um claustro. Aqui,
Protetores e Advogados se encontram para discussões
amigáveis. No salão principal, reside o Juiz Supremo. Nas
alas laterais adjacentes, os Senados se reúnem.
O quartel
Em pontos estratégicos de Justitian, os juízes ergueram quartéis.
Eles são a casa dos Protetores que comem, dormem e treinam
aqui. Eles descansam seus cavalos durante a noite nos estábulos
adjacentes.
O número de Juízes aqui colocados depende da
importância e localização dos quartéis, variando de 10 a 100.
As maiores instalações têm vários dormitórios, arsenais
subterrâneos, grandes campos de treinamento e fortificações
tipo bunker. Todos eles são cercados por arame farpado ou
cercas regulares.
JUÍZES 197
GRANDES JUÍZES
1 - VAGRANTE
Os Juízes gostam de transformar as crianças cujos pais foram
vítimas de crimes violentos em Vagabundos. A raiva queimando
naqueles órfãos é alimentada ao longo dos anos. Eles querem
vingança. Mais tarde, muitos deles se juntarão aos Protetores e
retribuirão na mesma moeda o que sofreram.
Vagabundos nascidos em uma das antigas famílias
Advocate e aspiram à sucessão de seus pais por direito
nascem no lado ensolarado da estrada. Desde a infância, eles
testemunham uma cultura de discussão: a violência dos
Protetores lhes parece estranha. Procuram a justiça, ou pelo
menos uma lei correspondente à respectiva injustiça. Como
seus ancestrais, eles seguem os passos do Juiz Supremo sem
se desviar do caminho traçado pelo Codex.
De onde quer que venha, um Vagrant acumula
experiência em lidar com pessoas e o Codex vivo ao lado
de um juiz experiente. Ele raramente deixa Justitian,
embora às vezes possa cavalgar até os assentamentos do
Protetorado mais próximos.
Um Vagrant não pode carregar a insígnia de um Juiz –
Hammer e Codex. Por alguns anos, ele terá que se contentar
em fazer chá de ervas e ouvir atentamente durante o dia e se
concentrar em suas aulas de linguagem escrita à noite.
2 - JUIZ DA CIDADE
Depois de anos ao lado de seus mentores, as proezas físicas,
mentais e intelectuais dos Vagrants são testadas. Se forem
aprovados, serão equipados e serão considerados Juízes por
direito próprio a partir de então. Pelo menos no sentido de que o
Judiciário pode mandá-los para a batalha contra os Clãs. Apenas
em casos simples, por exemplo, quando se trata de um punhado
de Drafts, eles podem julgar e realizar julgamentos. Crimes
capitais são reservados para Protetores e Advogados.
Eles não parecem diferentes dos Juízes de alto
escalão, o que é muito bom para eles, assim como para o
Judiciário. Eles são enviados para onde quer que o clima seja tenso e a
indignação das massas só possa ser esfriada com sua presença.
3 - PROTETOR
Eles querem voltar a um Codex original que deu sentido
comum, ou melhor, judicial, a prerrogativa de
interpretação quando se tratava de crimes.
Todo juiz deve se tornar uma autoridade moral e permanecer
fisicamente apto. Todo juiz se tornará um guerreiro da lei, um
exemplo brilhante de coragem, disposto a fazer sacrifícios e
exaltar a justiça. Como a tempestade, ele varrerá os bandidos e
expandirá o Protetorado para finalmente inaugurar uma era de
ouro.
Protetores são lutadores que valorizam mais a vingança do
que a lei: muitas vezes eles analisam uma situação e fazem
julgamentos em um piscar de olhos. Eles citarão os respectivos
parágrafos do Codex mais tarde – ou não o farão.
Quem quiser se juntar aos Protetores precisa de dois
mediadores para defendê-los perante a Câmara dos
Protetores do Senado.
4 - EXECUTOR
Os carrascos fizeram seu nome proferindo sentenças
espetaculares ou fumando um ninho de bandidos. Eles
são temidos. É assim que eles querem que seja.
4 - JUIZ NEGRO
Eles estão fartos. “O Codex é um farol na escuridão, a tocha da
civilização!” Para os Senados, “escuridão” é uma frase desgastada
que de alguma forma engloba aqueles Clãs lá fora, mas exclui a
corrupção e a perversão dentro das fileiras. Os Juízes Negros
sabem como a escuridão pode realmente ser impermeável. Eles
vivem dentro dela, desde que Rutgar os reuniu. Para ele,
encontram mentes doentes dentro do Judiciário
HIERARQUIAS E ESCALAS - JUÍZES
3 PROTETOR
1 VAGABUNDO 2 JUIZ DA CIDADE
3 ADVOGADO
e lidar com eles. Eles podem se aproximar desses bandidos escondidos
atrás do Codex. Sem julgamento, sem lamentos. Eles só conhecem
sentenças de morte.
Suas identidades são secretas e nem mesmo Rutgar conhece
sua base de operações. Ele transmite suas ordens pelo rádio, e
todo Juiz Negro possui um rádio móvel configurado para uma
frequência específica para ouvi-los. Fontes entregam armas e
Damas em locais premeditados.
Fim de transmissão.
3 - ADVOC AT E
Para os Advogados, a justiça só pode ser alcançada por meio de
regras. Eles querem domar o lobo dentro do homem prendendo-o
com a coleira curta da lei. Para eles, é função do Juiz desenvolver
esse conjunto de regras extremamente morais, testá-lo em si
mesmos e, finalmente, aplicá-las a todos aqueles que usam sua
liberdade para ferir outras pessoas.
Os juízes devem ser mentores misericordiosos, mas também
pedagogos cruéis. Os Advogados não consideram o Judiciário como um
guerreiro em primeiro lugar. Um exército de mercenários é igualmente
capaz de esmagar as cabeças dos bandidos.
4 - ÁRBITRO
Os árbitros são fiéis ao Codex, a uma palavra. As consequências
de cada sentença são bem ponderadas e incontestáveis pela lei
Justiciana. Eles são temidos por sua eloqüência.
4 - AVALIADOR
Onde os Protetores podem já ter brandido seus martelos, eles
reúnem depoimentos, provas e dossiês. Existem problemas que
não podem ser resolvidos pela violência ou por um epigrama do
Codex. Eles fazem o trabalho duro, atravessando o labirinto de
mentiras e enganos para ajudar o comissário para quem
trabalham a passar no julgamento no final.
5 - COMISSIONÁRIO
Ele conhece as teias que os criminosos teceram ao longo das
décadas. Ele os usa para erradicar bandidos e inimigos
JUIZ NEGRO
4 CARRASCO
5 ALTO JUIZ 6 SENADOR 7 SUPR. JUIZ
4
AE
UMASRSBISTSEORR
ASSESSOR 5 COMISSÃO.
do Protetorado muito além do alcance de seus colegas.
Assessores e uma rede de informantes o auxiliam.
Em sua posição, ele aprendeu a discernir: se pisar nos
tentilhões de um bando, talvez nunca consiga alcançar o
centro da teia. Por outro lado, um ataque direto aos Ravens
rasgaria a teia. Ele ficaria cego e surdo até que novas
estruturas se formassem e então ele teria que se infiltrar
nelas. Ele tem que agir com cuidado para escolher aqueles
cuja nocividade se tornou insuportável.
5 - ALTO JUIZ
O Senado nomeia os Juízes Superiores. Somente aqueles com
conquistas extraordinárias e cujos nomes são um símbolo
ardente de justiça e verdade para o Codex podem se tornar
parte do processo eleitoral e serão promovidos após anos de
estrita supervisão. Mas então, não há mais algemas neles.
Muitos Altos Juízes saem para o deserto para reivindicar
novas terras para o Protetorado, outros permanecem em
Justitiano para dançar a complexa valsa da política.
6 - SEN EM OU
O Judiciário mantém dois Senados com oito Juízes Superiores
cada. Todos eles já foram heróis, não acostumados a serem
interrompidos ou contrariados. Nos debates furiosos sobre o
destino de Justitian, eles terão que tolerar isso enquanto
discutem e votam em voz alta no Judgment Hall.
7 - JUIZ SUPREMO
Durante décadas, o nome Archot tornou-se sinônimo do
título de Juiz Supremo em justitiano. Assumindo Archot
– bendito seja o seu nome – renunciaria, como poderia um
aspirante a senador, consciente do poder, subir ao topo do
Judiciário? Na verdade, não existe um procedimento comum
para isso. Todos os procedimentos anteriores à era de Archot
foram extintos dos livros por ele. Provavelmente, os
senadores votariam em um dentre eles.
Mas esse ainda não é o caso. Archot pode ser antigo, mas
não está cansado nem decrépito.
JUÍZES 199
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com
MOSQUETE
ESTEREÓTIPOS
ANABAPTISTAS
Durante anos, armamos emboscadas com
nossos rifles, guardando Justitian's Cross
Quarter como um campo de prisioneiros.
Depois de todos os boatos que os Cronistas
espalharam sobre os anabatistas, eles deviam
ser animais selvagens. Agora tudo deveria ser
diferente? Eu me pergunto quem está
realmente no controle em Justitian.
ANUBIA
Quem? Ah, africanos. Convidados raros no
Protetorado. Se eles se comportarem, serão
bem-vindos.
PÓTICOS APOCA LY
Onde quer que essas aves migratórias pousem, os
problemas não estão longe. Se eles nos bicarem,
vamos destruir o ninho deles.
CRÔNICOS
O Culto do Cronista está subordinado ao
Juiz Supremo. Enquanto Archot achar que
podemos usá-los, concordamos. Eles nos
trazem informações e cuidam da
tecnologia, nós garantimos que seu Cluster
permaneça ileso. Ah, tanto faz.
CLANNERS
É nosso destino proteger os cidadãos do
Protetorado. No que diz respeito aos Clãs,
Archot nos ensinou a única linguagem que
os selvagens entendem: força.
HEL LV ETICS
Soldados sem ambições, sentados felizes
em sua Fortaleza Alpina. Ainda bem, pois
eles têm as armas para obter controle à
força sobre Purgare e o sul de Borca. No
entanto, mesmo em sua antiga casa, eles
falharam. Isso é o que acontece se você
tagarela demais.
JEAMMEDANOS
Desde que a guerra nas planícies do
Adriático perdeu seu ímpeto, os
anabatistas e os Jehammedanos
permaneceram quietos. Os conflitos em
Justitian diminuíram quase completamente
e, no Protetorado, as duas seitas também
mantêm distância uma da outra.
NEOLIB YA NS
O presidente Archot o inseriu no Codex:
nenhum cidadão do Protetorado
pode negociar com africanos. Soa como se os
Cronistas tivessem um dedo na torta aí.
PA LERS
Ladrões natos. Eles preferem a noite como
a escória que são. Vamos ficar de olho
neles.
Algozes
Guerreiros da África, muitas vezes ao lado dos
neolíbios. Provavelmente mercenários.
Scrappers
Não pergunte a um Advogado sobre os
Sucateiros. Aos olhos deles, aquelas figuras
esfarrapadas arruínam a paisagem urbana.
Mas eles estão bem. Eles mantêm a boca
fechada e seguem as regras.
ESPI TALIANOS
Eles fazem parte de Justitiano. Os higienistas
examinam cada migalha de pão que
queremos comer. Por muito tempo, eles
tentaram minar nossas regras. Após o
fechamento de fileiras, NÓS temos que seguir
as regras DELES. É... insuportável.
LAIKA, A VADIA
CULTURA:borca
CONCEITO:o fanático
CULTO:Juízes (Protetor)
Ela é uma Protetora da Tech-Central. Com
punho de ferro, ela governa o bairro dos
Sucateiros e, para isso, reuniu um grupo
de anabatistas violentos que se tornou
conhecido como “o bando” em todo o
Protetorado. A própria Laika é considerada
tenaz e obstinada. Os Scrappers dizem que
ela encontra todos os criminosos, e é por
isso que raramente há incidentes no Tech-
Central. Ela está de olho na posição de
Archot, e apenas Rutgar está em seu
caminho.
RUTGAR
CULTURA:borca
CONCEITO:O protetor
CULTO:Juízes (senador)
Rutgar é o segundo Juiz mais graduado em
Justitiano, superado apenas pelo Juiz
Supremo Archot. Como presidente dos
Senados do Protetorado, ele é considerado
o líder oficial do ramo executivo do Culto.
O velho lobo puxa todas as cordas. Ele é
especialista nisso.
PHILIPPELAUTRECHE
CULTURA:Franka
CONCEITO:O Profanador
CULTO:Juízes (Advogados)
Quando um pequeno assentamento na
fronteira de Frankan se rendeu ao
Protetorado, o Judiciário enviou o
advogado Philippe Lautreche. Ele deveria
trazer cultura e lei para o local e pregar a
sabedoria de Justitiano. Sim, ele trouxe
ordem ao assentamento. Depois de uma
moda. O ar Frankan mudou o advogado
calmo, tornando-o um tirano inigualável.
Desde então, ele tem governado aqueles
que são indignos aos seus olhos como se
fosse um deus.
JUÍZES 201
 GOVERNANTES DA TERRA DESERTA
CLANNERS
MÉTODOS ANTIGOS
Ahmahdee, disco ardente de fogo, doador da vida e pai de todas as
pessoas, ficou no zênite e sorriu para sua criação. O céu circundante
resplandeceu no azul intenso que marca os dias especialmente secos e
quentes. Aqui nas planícies a leste das montanhas escarpadas de
Westdarfur, isso não era uma ocorrência rara. Além da linha em
ziguezague no horizonte, uma nuvem negra se elevava, relâmpagos
brilhando silenciosamente, unindo o céu e a terra em descargas
tremendas.
Chisulo escutava o silêncio, esperando o trovão, a batida do tambor
celeste. No entanto, havia apenas o sussurro suave da grama, um mar de
lâminas tão altas quanto um homem, balançando no ritmo de uma melodia
inédita. O ar estava brilhando com o calor. Insetos chilreavam. Um oleoduto
de concreto dividia o oceano verde como uma cobra marinha, apenas com a
parte de trás rachada saindo da superfície. O orgulhoso Masai sentou-se em
sua crista, saboreando a quietude e a sublimidade deste lugar. Com os
olhos fechados, ele olhou para dentro de uma mistura caótica de paixão
ardente, indignação e orgulho. Suas pálpebras se contraíram e lágrimas
quentes escaldantes brotaram. Sua alma se encolheu de vergonha e
inquietação, lutando contra
um labirinto de velhas tradições, procurando uma saída que
milhares antes dele não haviam encontrado. Por um momento,
seu rancor ganhou vantagem e lavou seu desespero, atraindo-o
com um caminho astuto para a liberdade: fugir para os anubitas
no leste ou para os neolíbios no norte com sua amada. Eles nunca
o encontrariam. Eles não iriam querer encontrá-lo. Ele cairia em
desgraça, assim como sua esposa. Sua mãe, que sempre olhou
com bondade para seu terceiro filho, cuspiu nele e se afastou. Ela
não seria capaz de raspar a cabeça no ritual Eunuto, não veria seu
filho se tornar um dos mais velhos.
Mais uma vez, a decisão foi tomada. As tranças finas que ele
havia feito em seus longos cabelos tremiam com o ritmo de sua
respiração. O sol ainda não havia tocado a cordilheira ao longe
quando um jovem atlético vestido com um pano vermelho e
adornado com contas de madeira coloridas e cordões com nós
voltou para sua aldeia. Segurando firmemente sua lança feita de
madeira de bétula leve, ele carregava seu AK 74 amarrado às
costas. Ele olhou para a frente. De volta à comunidade a quem
tudo devia.
CLANNERS 203
SOBREVIVENTES
O Eshaton matou indiscriminadamente e forçou aqueles que
poupou para o abrigo de bunkers, porões e cavernas. Lá, eles
esperaram. Aqueles que queriam sobreviver ficavam com suas
famílias ou se juntavam a um grupo: os solitários não tinham
chance. “Você só tem dois olhos, e ambos estão olhando para a
frente”, disseram os anciãos. “Você precisa de alguém para cuidar
de você.”
O povo cerrou fileiras. Eles desistiram de suas antigas vidas e
permitiram que seus instintos assumissem o controle. Eles olharam
para o fogo, aproveitaram o dia e se esconderam à noite. Eles ouviram
as histórias dos mais velhos, tornaram-se caçadores e aprenderam a
usar canos de chumbo contra os adversários. Gritos primordiais
soaram pelas ruínas.
O indivíduo perdeu terreno e tornou-se um com o Clã. Todos
tinham um papel a desempenhar: nos primeiros anos após o
nascimento de Eshaton, o valor era ditado pela habilidade; mais tarde,
quando começou o declínio cultural, pelo nascimento e pelo sexo.
Aqueles que queriam abrir uma exceção colocaram o Clã em perigo.
A sobrevivência já era difícil o suficiente, por que se preocupar em
tentar lidar com desviantes? A punição foi rápida e rigorosa.
Eles sobreviveram ao Eshaton, HIVE, às décadas sombrias
e à era da besta. Eles atingiram o ponto mais baixo da
civilização, provaram as águas do Lethe e, no entanto,
subiram novamente.
Os Clãs cresceram. Eles se permitiram criar sistemas de
valores, a princípio direcionados apenas para a sobrevivência
e a força de seu Clã, depois incorporando os fracos e os
velhos. As culturas se cristalizaram em torno dessas ideias. A
fé e a ideologia não estavam longe, distinguindo-se de outros
Clãs e fortalecendo os laços dentro de seu próprio grupo por
meio da religião e do culto.
Os Clanners não se viam mais como sobreviventes. Essa
era uma palavra tão antiga. Nesse ínterim, eles viveram.
Eles haviam deixado a escuridão para trás. Os de Toulon agora se
consideravam Touloni, uma família com uma longa tradição
trabalhando como ferreiros se autodenominava Mestres do Aço,
um Clã que colhia pedras nas ruínas se autodenominava Maçons.
As pessoas obtiveram sua identidade e seus nomes de seu local
de nascimento ou de seu trabalho.
Nômades
Logo após o Eshaton, a poeira cobriu a terra e turvas nuvens
negras perseguiram o céu. A vegetação havia sufocado, tocos de
árvores cobertos de cinzas espreitando apenas esporadicamente
através da camada de terra. As pessoas vasculharam as ruínas,
subiram em velhos armazéns e saquearam enlatados. Eles
vagaram quando a região não tinha mais nada a oferecer. Apenas
nômades poderiam sobreviver naqueles dias.
Muitos clãs ainda vagam pela terra. Em East Borca, eles
seguem rebanhos gigantes, separam animais jovens ou ferem os
velhos e os caçam até a morte. Um cadáver alimentará o Clã por
semanas, e seu pelo os aquecerá por meses.
O ciclo das estações, as rotas dos rebanhos e a força e
virilidade de suas mulheres e homens determinam a vida
dos Clãs. Os Clãs sabem interpretar o vento e as nuvens e
ler o futuro nas entranhas de um touro morto. Eles
consideram as letras antigas uma espécie de linguagem
mágica que apenas alguns escolhidos podem conhecer.
- geralmente os Shamans do Clã. Eles tratam lugares e itens
especiais com muito respeito, pois quem sabe se espíritos
bons ou maus os habitam? Se um Cronista fizesse o fogo de
St. Elmo queimar em suas ombreiras e pregasse a
conflagração global aos Clãs com seu Vocoder tocando a todo
vapor, eles o considerariam um deus.
Se eles soubessem.
ESTABELECIDOS
De Noret, o trigo selvagem tem se espalhado no leito do rio Rain.
A cada poucos anos, conquistava outro distribuidor, e o ouro
ondulante se estendia ainda mais pela terra. Foi uma benção para
o povo. Eles colhiam o milho, transformavam em farinha ou
semeavam em campos próximos ao leito do rio. Então, eles se
estabeleceram perto dos campos.
O trigo era altamente resistente e pouco exigente,
prosperando no frio próximo à Barreira de Gelo tão bem quanto
no clima seco de Pólen. Os Espitalários tentaram analisar a cepa e
encontraram semelhanças com o Bygone Triticale, mas nada
conclusivo. O trigo Rain era algo especial, algo novo. Eles não
gostaram disso. Pois isso só poderia significar que era uma
aberração do Primer, e quase todo mundo estava comendo. No
entanto, todos os testes provaram que, embora os esporos
pudessem afligir o Triticale, sua forma básica era livre de esporos.
Finalmente, o Spital certificou o trigo Rain.
Centenas de sacas são vendidas para lugares distantes como
sementes todos os anos. Cansados de vagar e oprimidos pelos cultos,
os nômades tentam a agricultura. Eles se estabelecem próximos a
corpos d'água ou perto de aquedutos, fazendo suas reivindicações e
trabalhando a terra. Outros se reúnem em torno de prédios lendários
dos Perdidos ou se tornam poderosos ocupando algum antigo
armazém. Alguns se unem e fundam aldeias. Ferreiros, oleiros e
tecelões se estabelecem. Dinastias surgem.
As regras de sucessão são elaboradas, as leis são feitas. Regras e
proibições orientam a vida. “Você quer se casar com um Ferropolite?
Esqueça, filho.” Bem-vindo à civilização.
SELVAGENS
Apesar de todos os esforços, a decência comum é rara nas terras
devastadas. Só pode ser encontrado onde Juízes ou Hellvéticos
trilharam caminhos na poeira. Além deles, nos territórios
inexplorados, tudo é possível. Durante séculos, os clãs cuja
compreensão da humanidade sofreu muito com o incesto
contínuo viveram nas sombras da civilização. Para os Espitalários,
esses Clãs selvagens poderiam ser um interessante campo de
pesquisa, pois ainda retêm algum sangue dos Perdidos não
diluído pela consanguinidade com um grande pool de genes por
gerações.
No entanto, esses selvagens não cooperam. Em vez disso,
eles são muito perigosos. Seus xamãs, chefes ou
fundadores são figuras enormes que podem unir todo o clã
incestuoso em um grupo cheio de armas com um grito. Eles
matam qualquer um que se aproxime deles e devoram os
corpos. Eles são como animais, gananciosos e selvagens,
livres de quaisquer valores culturais. Eles dormem com ratos,
rosnam para Gendos e determinam suas fileiras por meio de
batalhas sangrentas. Eles não são bons vizinhos. Quando têm
fome e saem de seus vales, os bons colonos trancam suas
cabanas, chamam os anabatistas e pegam suas lanças.
Ninguém escapará!
A visão dos colonos é influenciada por séculos de conflito. Cada Clã
conhece suas próprias histórias de canibais, selvagens gritando cuja
pele é pintada de branco com sujeira e que carregam adagas de vidro.
Os selvagens invadiram cabanas, cortaram rostos e gargantas de
mulheres e roubaram crianças. Os mais velhos
CLANNERS 205
ainda choram quando falam sobre a retribuição dos guerreiros da
aldeia e como encontraram apenas espetos manchados de
sangue ao lado de fogueiras queimadas e ossos roídos. Ninguém
lhes inveja uma certa desconfiança em relação a estranhos.
Apenas muito poucos dos selvagens são canibais, no entanto.
Eles são todos marcados por sua distância do grande
civilizações. Alguns viveram por séculos sem serem
molestados por Juízes e Espitalários, tendo visto
nada além das encostas íngremes de seus vales e os
bunkers de seus ancestrais. Eles estavam felizes com o
isolamento. No entanto, outros observaram o mar de luzes
das grandes cidades e as chaminés fumegantes das colinas,
pressionadas firmemente contra o solo. Eles estavam com medo. As
pessoas lá embaixo eram agressivas e rápidas demais para sacar suas
armas. Sua linguagem era sem sentido, eles geralmente gritavam
palavras estranhas enquanto acenavam com seus bastões de metal
pontiagudos e seus lançadores de fogo em sua direção. os selvagens
recuou para se reunir e esperar. Apenas grande necessidade ou grande
a injustiça transformaria seu medo em ódio. Então não
mesmo a maior das cidades estaria mais segura.
PODER E INFLUÊNCIA
Os anabatistas começaram como um pequeno grupo de
fiéis reunidos em torno do suposto Messias chamado
Rebus. Os Juízes começaram como um punhado de pessoas
simples seguindo os passos de um homem que queria
trazer um pouco de justiça de volta ao mundo - ao longo
dos anos, os Cultos reuniram seguidores, infectaram as
massas com sua ideologia e estremeceram sob ataques que
fizeram estruturas de poder rangem e hierarquias crescem.
As dores do crescimento já passaram há muito tempo.
Para alguns Clãs, eles ainda estão por vir.
Famílias extensas no deserto se unem, grupos com ideologias
semelhantes se juntam. Eles selam seus pactos com um aperto
de mão, um casamento ou um pedágio. Eles crescem e tomam
forma no turbilhão dos Cultos. Sua influência cresce à medida que
expandem seu território. Não é mais o sangue que une os Clãs:
eles compartilham objetivos comuns ou se ajoelham diante do
mesmo deus. Eles não gostam da palavra “parentes” agora,
vendo-se como um Clã. Os Cultos encaram esse desenvolvimento
com ceticismo.
Para eles, um Clã nada mais é do que um novo símbolo
na batalha pela dominação, a ser conquistado e controlado
por lisonjas ou recursos. Já alguns falam de uma era de
renascimento: o renascimento dos Clãs.
BORCA
O oeste de Borca está nas mãos firmes dos Juízes, que
expandiram o Protetorado com martelo e pólvora e ergueram
suas pedras do Julgamento em todos os assentamentos e
fazendas. Ao mesmo tempo, os aquedutos dos Anabatistas
cruzam vastas áreas, falando da dignidade e benevolência da
Cidade Catedral. No sopé dos Alpes, os Hellvéticos se
entrincheiraram, guardando as rotas comerciais como fazem há
anos. Os Clãs regidos por esses Cultos toleraram o paternalismo
por muito tempo. Os juízes e anabatistas expulsaram toda a
escória de seu território para um lugar onde não havia granizo de
chumbo nem paredes de lâminas esperando.
Antes, aqueles que se imaginavam vestidos à moda
justiciana pegavam glóbulos de remédios enrolados à
mão e agradeciam a Rebus, o Batista, por cada chuva
saudável. As pessoas olhavam para seus assentamentos
com orgulho, viam-se como Ferropolitas, Earfielders,
Leadfielders, Liquans. Os jovens ansiavam por Justitian,
sonhando em ser cidadãos legais desta vibrante
metrópole. Raspavam líquens das pedras do Juízo e
traziam diariamente uma sopa feita de raízes cozidas para
seus Juízes locais até que os Juízes gordos e preguiçosos
andassem ao lado de suas éguas porque não podiam
mais montá-las. Eles ouviram os relatos ofegantes dos
Juízes sobre batalhas gigantes contra o Clã Barata e os
ouviram zombar dos tolos Exaltadores que ainda bebiam
água de seus poços envenenados. Eles até riam das
piadas ruins.
Agora, algo está se mexendo. As Baratas nunca
desapareceram. Eles apenas fugiram mais fundo nos túneis
Perdidos. Eles espreitam novamente nas sombras dos mares de
destroços, atacando tão rápido quanto um raio apenas para
desaparecer de volta no subsolo com suas presas. Os Exalters
confrontam Justitian como fizeram antes. Os Cronistas tiveram
que usar todo o seu repertório de infâmia e táticas dissimuladas
para manter o Clã Enemoi longe de antigos estoques de
conhecimento, mas de repente os Juízes estão presos na batalha
contra as Baratas e varrer duramente os pedidos de ajuda do
Culto obcecado por tecnologia. .
A queda de Praha faz o resto. Os Clãs e parentes se lembram
de suas raízes, encontram o caminho de volta para seu antigo
orgulho. As palavras dos anciãos são ouvidas mais uma vez. Eles
nunca precisaram de Justitian e nunca precisarão. Vingança é uma
palavra tão feia, um sentimento tão incivilizado. Mesmo assim,
basta olhar para aqueles gordos complacentes com seus coletes
empoeirados e chapéus moles…
Os Hellvéticos não se saíram muito melhor. Os clãs nos cantões se
levantaram, se enfureceram contra seus antigos aliados obrigatórios
nas cidades vizinhas e se perderam em intermináveis guerras
comerciais. Hellvetica observou isso por anos. As pessoas não
poderiam ter marchado para um futuro abençoado felizmente - e mais
importante, juntas? Isso teria sido tão difícil?
Convocados os Comandantes da Região Territorial. Eles tinham
visto o suficiente. Não havia mais necessidade de discussão. Eles
chamaram seus soldados de volta para a montanha, deixando o bando
ingrato para a realidade. A realidade ficou feliz em atender, pois
sempre estivera à espreita à margem da percepção em picos e
desfiladeiros cobertos de neve. Como um
avalanche, atingiu as terras baixas na forma de hordas de
Clãs do vale expulsos e tribos da montanha. As pessoas no
interior da Suíça tiveram que lutar por suas casas pela
primeira vez, forçadas a se armar com lanças pontiagudas em
vez de palavras duras.
As cidades se odeiam e se transformaram em
acampamentos militares. No entanto, eles não se atacam.
Enquanto os cidadãos de Berna, Lyss e Worb estão unidos por
uma tradição de animosidade, a inimizade em relação a
outros cantões é muito mais profunda. No entanto, os
selvagens das montanhas são ainda piores. Talvez todos
tenham mais em comum do que gostariam de admitir.
Além do Reaper's Blow em East Borca, as ondas de
choque que vêm da queda de Praha podem ser sentidas
com muito mais força. Os nômades ainda vagam pelas
florestas de coníferas e seguem os rebanhos gigantes em
sua rota norte-sul. No entanto, grandes clãs estão se
movendo em direção a Praha do norte. Todo mundo quer
ver a cidade que ficou escondida dos olhos do público por
tanto tempo e, uma vez lá, é melhor pegar algo como
recompensa pela longa jornada. Houve escaramuças
ininterruptas e rixas familiares destruindo a terra desde a
queda da cidade: Praha parece ter se tornado muito mais
perigosa.
Por muito tempo, Osman foi considerado intocável.
Os Jehammedanos se uniram e cultivaram a terra com sabedoria e
justiça. Os Clãs agrícolas não tinham motivos para reclamar. A
agitação agora vem de outra direção. Ao longo dos séculos, os
Osmani tiveram um exército de estrangeiros, os Janitas, que agora
consiste em centenas de Clãs militarizados. Eles cavalgam todos
os dias para abater os selvagens na área em escaramuças
sangrentas. Eles morrem por Osman, dando suas vidas sabendo
que, ao fazê-lo, eles compram um lugar nas fileiras dos Janitas
para seus filhos. No entanto, os Iconidas desconfiam deles. Praha
deu-lhes uma lição.
FRANCA
Os Clãs Frankan vivem longe das grandes fortalezas dos
feromantes como Souffrance. Muitas famílias voltaram para casa
anos depois do Eshaton para reconstruir o que era seu por direito.
Essas propriedades nas ruínas cobertas de mato ou inundadas
têm agora vários séculos. Muitos dos edifícios veneráveis ainda
estão em bom estado, mas outros parecem mais uma caverna. Os
pisos desabaram sob o peso do tempo, e a hera e a grama
cobrem as cavidades. Os Clanners fazem o melhor disso. Eles
lutam contra a umidade com fogueiras, cortam o mato e vivem de
peixes e ervas úmidas. Todos eles podem sobreviver nos pântanos
com nada além de uma lança. Eles usam lagos e rios para se
esconder do enxame e do Pheromancer.
CLANNERS 207
Alguns clãs francos se retiraram para os rios. Eles vivem em
jangadas ou barcos amarrados e observam os movimentos dos
Aberrantes de uma distância segura. Eles não precisam temer
enxames de formigas ou tempestades de vespas. Parece que
talvez os marcadores de feromônio não possam viajar pelo ar
sobre a água corrente.
Poucos clãs ficam longe do conflito com os feromantes.
Menos ainda têm essa opção. Aqueles que ainda podem lutar
contra os intrusos - ungidos com óleo de Marduk, eles se infiltram
nos Zigurates e nas câmaras de reprodução para destruir as
Rainhas ou explodir as saídas de metano. O Spital os ajuda
levando EX, outras drogas e cartuchos de detonação para os
assentamentos da fronteira. Clãs contrabandistas os transportam
para o interior.
Na Grã-Bretanha, a situação é desesperadora. Os comboios de
abastecimento dos Anabatistas e Espitalários não estão a chegar, por
isso falta-lhes comida e pessoal, enquanto as térmitas estão ocupadas
a construir respiradouro após respiradouro. Os médicos têm treinado
Clãs que perderam suas casas para os Feromantes como vice-
Espitalários. Eles carregam Splayers resgatados dos corpos de
Famulancers caídos e recebem máscaras de gás em forma de bolsa em
lojas locais, pelas quais são chamados de “Grenouilles”: sapos. Eles
veem sua casa tremendo sob massas de insetos, observam as fontes
de água crescendo em seu território. Ninguém luta mais do que eles.
Os gases pesados com feromônios flutuam para o nordeste, para
o Stukov. Eles cobrem o deserto, afundam e mudam. Sob a crosta de
sal, uma nova vida cresce – o motor da evolução começa. Aqui, os Clãs
comem Dust Worms e Desert Clams, criaturas que o Espitalário
provavelmente não encontraria nem mesmo em seus livros didáticos.
Seus caçadores são tão implacáveis quanto o clima, mas ainda assim
eles lidam com os Espitalários, trocando Sanguessugas Voadoras,
Escorpiões Stukov, Centopéias do Rift e Aranhas Husk por drogas e
armas.
PÓLEN
A mudança constante do ambiente, a tundra murcha, a
teia de aranha sempre presente e o frio forçam os
Pollners a peregrinações eternas. Onde quer que parem,
eles lutam contra o solo por comida: pegam insetos em covas,
arrancam musgos das rochas ou desenterram raízes do solo.
Tudo o que pode ser cozido é comestível.
No entanto, há alguns anos, a terra vem mudando. A rocha sob os
pés treme, a neve derrete em formações circulares, o solo está
febrilmente quente. Os campos de esporos apodrecem, substituídos
por uma vegetação verde berrante que cresce ao longo de caminhos
fractais. As frutas pendem plena e sedutoramente das árvores deste
paraíso que desperta. O perigo espreita, porém: um pequeno arranhão
e eles estouram e cobrem a mão depenadora com uma seiva quente e
granulada. Alguns Clãs procuram essas Florestas Fractais. Eles colhem
a fruta e a vendem aos emissários dos anabatistas na passagem alpina
de Ternitz.
Os apocalípticos já testemunharam esse jogo por
tempo suficiente. Pollen sempre foi o pasto da Mãe de
Raven, e ela não se lembra de ter dado uma concessão a
esses Clãs. A rigor, ela nunca fez concessões a ninguém.
Mas qual a importância disso? As aves migratórias estão
se reunindo. Quando eles se deparam com um Clã nas
Florestas Fractal, eles atacam como um bando de corvos
famintos. No entanto, os Pollners mastigam estoicamente
líquens há séculos, desafiam o frio, as Feras Esporos e os
Biocinéticos e não planejam fugir. Os gritos de guerra
ecoam da floresta – a batalha entre a brutalidade
primitiva e a treinada acaba de começar.
Os Espitalários estão em algum lugar no meio. Seus
Preservadores queimam as Florestas Fractais onde quer que as
encontrem, condenando-as como uma estranha função do
Primer. Nem os Clãs nem os Apocalípticos podem tolerar isso.
Embora a Barreira de Gelo devore vários metros de terra
todos os dias, alguns Clãs sobreviveram no norte. Nenhum deles
consiste em mais de 30 pessoas hoje, mas provavelmente todos
vêm de um clã destruído há cerca de 300 anos. Indicativo desse
fato, todos eles esperam que o Oráculo do Cavalo, uma figura
enigmática de três faces, chegue. Eles caçam e cavam em busca
de antigas lojas abandonadas por seus ancestrais. O Clã Westja é
extraordinariamente bom nisso, e o Clã negocia ativamente com
os Espitalários na Danzig carregada de neve.
Clãs residentes são raros em Pollen. O maior clã é a
confederação de Wroclaw, liderada pelo Piast e seus
Druschinniks. Dezenas de Clãs tiveram que dobrar os joelhos a ele para
entrar no anel interno dentro das muralhas da cidade e lucrar com seu
Oásis Eterno. Os africanos estão usando Wroclaw como ponto de
partida em sua busca por Biocinética e posicionaram um Tanque Surge
próximo à entrada como uma demonstração de boa vontade e
confiança, então a cidade é considerada inatacável. Ainda assim, a
queda de Praha aterrorizou os clãs Wroclaw. Para onde irão as hordas
quando não sobrar saque?
BALKHAN
O povo de Balkhan é estridente e irritável, e o mesmo vale para seus
Clãs. Eles nunca gostaram do fato de estranhos causarem problemas
em sua terra. Os espitalianos explodiram as formações rochosas de
Dushani e, assim, levaram a loucura gritante a províncias inteiras. Os
Jehammedanos expulsaram famílias de suas terras para a guerra
contra os africanos, armados apenas com esperança e um ancinho.
Pálidos ordenhavam aldeias até que seus habitantes fugissem para os
braços dos voivodes, magros e vestindo nada além de trapos.
Isso para agora.
Tudo começou em Sofia, durante dois invernos antes da queda de
Praha. Um homem sem nome se juntou aos capangas de Voivode
Wiktor, lutando para chegar ao topo e se tornou seu braço direito. Nas
ruas, as pessoas se curvavam a ele. Quando ele alcançou
No final da carreira, ele pediu uma reunião com Wiktor. Eles
comeram juntos e, após a refeição, o homem se aproximou
de seu voivode, abraçou-o, beijou-o e quebrou seu pescoço.
A partir desse dia, ele se autodenomina Karakhan, o líder
negro. O Balkhani riu sobre o nome turbulento. No entanto,
eles logo aprenderam que às vezes um nome carrega uma
mensagem.
Karakhan era um estrategista sensível. Em um ano,
ele perseguiu os Espitalários de Sofia, destruiu os bunkers
ao redor e fez até mesmo os Jehammedanos jurarem
lealdade a ele.
Agora, Karakhan e dois outros clãs Voivoide governam o leste
de Balkhan com mão de ferro. Os Cultos tornaram-se suplicantes
que devem justificar cada passo dado aos Voivodes. Aqueles que
não obedecem são vendidos como escravos africanos – um fato
que tem freado o conflito entre Balkhani e africanos.
Isolados das eternas lutas pelo poder, ainda existem clãs
vivendo nas montanhas: pessoas rabugentas e frugais destilando
seu próprio Slivovitz, vivendo em casas de pedra de pedreira e
acolhendo todos os estranhos, desde que demonstrem respeito.
No entanto, também não há paz aqui. Alguns desses clãs estão
em guerra há séculos. Uma palavra errada ou um nome errado
pronunciado em um círculo alegre, e o clima muda abruptamente.
As crianças aprendem cedo a nunca falar sobre seus vizinhos.
CLANNERS 209
HYBRIS PA NIA
O planalto castelhano é o coração da antiga Hybrispânia. Os
Clãs são tão antigos quanto, e todos insistem em que seus
colegas saibam disso. Cultivam suas árvores genealógicas e
marcam cuidadosamente os galhos que os invasores
africanos cortaram – o povo dos conquistadores suportando o
contra-ataque com estoicismo. O vento do orgulho sopra em
seus castelos.
No entanto, muitas das casas ancestrais estão vazias e,
mesmo nas habitadas, a poeira se acumula em muitos cômodos.
Mais uma vez, os Iconidas incitaram os jovens com arrogância e
insinuação. “Você sabe o que os Algozes fazem com suas
mulheres? Eles pegam as crianças pelas pernas e as jogam contra
a árvore, então para eles tudo acaba rápido. Mas as mulheres…”
Ninguém pode fugir disso sem manchar a honra da família.
Homens e mulheres jovens marcham para o sul ao lado das
Espadas de Jehammed para enfrentar os invasores. Durante
meses, os combatentes vivem na selva, armando armadilhas,
espreitando, atacando e recuando.
Ao longo das décadas, suas táticas quase não mudaram -
até que o Warpage surgiu e devorou os Clãs e as unidades
do Flagelo. Agora, há novas regras, que não necessariamente
ajudam os Guerreros.
Quando os caças atacam as posições do Algoz no sul, eles não
têm espaço para recuar – o Warpage está atrás deles,
empurrando-os. Apenas os mais corajosos e loucos se atrevem a
se aprofundar o suficiente neste fenômeno Pregnótico para se
livrar de seus perseguidores. Os Jehammedanos não se importam.
Aqueles com fé em seus corações encontrarão um caminho. Eles
continuam incitando os Clãs e levando-os para o sul. Eles
deveriam desistir de sua pátria tão facilmente?
Alguns dizem que sim. Eles vivem em Warpage, desconhecidos
tanto dos Algozes quanto dos Jehammedanos. No planalto
foram apagados das crônicas, considerados perdidos. É quase
verdade. Eles fugiram antes de serem esmagados entre os
Cultos, mães e pais que não queriam sacrificar seus filhos no
altar da guerra. Eles exploraram sua parte do Warpage,
conhecem lugares onde a realidade pisca granulosamente e
tem gosto de menta. Às vezes, eles ajudam pessoas perdidas,
tanto africanos quanto hibrispanos, marcando seu caminho
de volta à guerra com pedras.
Eles nunca se mostram.
PURGAR
Os filamentos comem a terra e quebram o espaço e a gravidade.
Criaturas com bocas de agulha assoladas por carrapatos e piolhos
correm pelos campos de força. De repente, eles abrem bem os
olhos cegos. Gritos de guerra e o som de buzinas os
cumprimentam. Pessoas com espadas e Spitfires vêm correndo
em direção a eles, seus olhos quentes com o fogo Elísio. A batalha
final começou e Purgare é o campo de batalha.
Não se trata mais de emanações ou fé: os
psicocinéticos não são uma ameaça abstrata para contar
histórias ao redor da fogueira, todos rindo muito depois.
Não. Os Aberrantes se reproduzem atrás das cordilheiras
dos Apeninos. A noite teria conquistado o Purgare há
muito tempo se os anabatistas não entregassem suas
vidas diariamente.
Família após família se juntou aos anabatistas, e os
maiores dividiram o Purgare entre si. Eles ajudam os
Orgiásticos com batedores ou fornecem os meios básicos de
vida para suas hordas.
Mesmo que a maioria das famílias purganas apoiem
firmemente os anabatistas, eles conservaram suas lutas internas e
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com
O VERDADEIRO PODER,
O PODER QUE TEMOS PARA LUTARNOITE
NÃO É O POTÊNCIA
lutas. Eles acreditam em honra e terra. Uma palavra desrespeitosa
pode levar a uma briga que inicia um círculo de vingança e contra-
vingança. Os chefes das famílias podem acabar com essas rixas
por decreto - desde que possam manter a cara fazendo isso.
No entanto, também existem desviantes. Aqueles que não
cooperam com os anabatistas são empurrados para as margens
da sociedade – e para fora das áreas habitadas. Os poucos
independentes se retiram para os Apeninos ou se arriscam nos
desertos sulfúricos do Purgare Ocidental. Eles mantêm distância
da Cratera Nox, mas não temem os psicocinéticos individuais.
Cada membro da família sabe o que fazer quando se depara com
um: os mais novos servem de isco, os mais velhos determinam o
tamanho dos campos de força e filamentos com paus, alguns
acendem fogos para afugentar os enxames de pulgas, enquanto
outros abrem caminho para o epicentro e matar o psicocinético.
Os anabatistas que não desejam retornar ao acampamento sem
um prêmio estão mais do que dispostos a comprar as cabeças dos
Aberrantes.
ÁFRICA
Os clãs africanos têm uma rica tradição. Eles são
completamente autossuficientes e vivem uma vida lembrando
seus ancestrais, longe dos assentamentos costeiros e
petrolíferos. Eles sacrificam leite e mel em rochas e árvores
para pacificar os espíritos, e tratam bem seus escravos
brancos – comida nutritiva e uma mão severa são suficientes.
No entanto, as cidades atraem com diversão e aventura
espalhafatosas. Dia após dia, as tribos perdem seus jovens
adultos para caldeirões como Tripol. Os Psicívoros ficam com
o resto. Os mais velhos resistem. Envolvem mais os jovens
E DIA,
OVERTHINGS ,
BUTOVER HOMENS.
[ GEORGEORWELL ]
fortemente, deixe-os liderar a caça, dê-lhes brancos para bater ou
concubinas para desfrutar. Velhas regras são reinterpretadas e
defendidas contra os anciãos embriagados de coca. No entanto,
mesmo um gavião morto na praça da aldeia pode ser considerado um
mau presságio e, assim, destruir qualquer progresso, levar um Clã de
volta aos seus velhos hábitos e ossificar na tradição.
No entanto, a perda dos jovens não é o único perigo. Os Psicívoros
se espalham e roubam habitats dos humanos. Batedores relatam que
os Psicívoros abrem espaço para os humanos mesmo nas profundezas
da selva. Áreas circulares gigantes apodrecem em questão de horas –
mas quem pode dizer se essa decadência vesicular não é apenas parte
do ciclo da vida? Quem sabe o que o próximo ciclo pode trazer?
Alguns Clãs têm coragem de se estabelecer em meio à
estranha vegetação. Eles seguem em frente quando o círculo é
fechado.
Alguns continuam indo mais para o sul.
Ninguém nunca ouviu falar deles novamente.
Aqueles que se mantiverem na linha de crescimento
podem colher sementes e frutos de Psicívoro que
rendem alguns bons dinares dos Algozes.
Ainda assim, os clãs organizam uma
resistência. Eles queimam os estolões do
Psychovore e salgam as áreas queimadas. Os
Espitalários que agora residem em Qabis,
examinando a rota da parede Psíquivora, acham
que isso é uma má ideia. Os Psicívoros agem como
um organismo, estremecendo quando estão com
dor, mas crescendo ainda mais rápido em outros
lugares, desenvolvendo estratégias, adaptando-se.
Cada área é liberada a um custo alto. Muitos Clãs
perdem suas casas.
RANKSCLANNERS
1 - OBSERVADOR
Quando as pessoas do Clã são jovens, elas são pequenas e
rápidas. Eles entram em mundos subterrâneos de tubos e
corredores, saltando através de escombros como se não
existissem, ou vagam pela superfície, disparando por pântanos e
selvas para rastrear Aberrantes ou Homens-Máquina. Eles ficam
de olho e relatam qualquer movimento inimigo.
2 - CAÇADOR
Eles caçam veados ou gado selvagem, perseguindo-os até a exaustão e
matando-os com lanças. Freqüentemente, eles vagam pelo deserto por
dias, seguindo rastros ou esperando. Eles são aguardados com
ansiedade em casa até que retornem com suas presas.
Em clãs mais avançados, eles vagarão e
vasculharão ruínas no território do clã em busca de
sucata ou tecnologia útil, protegendo-se com facas de
aço e rifles.
2 - G AQUI
Conhecem seu território como se fosse parte de seu próprio
corpo. Eles sabem quais plantas dão frutos em que época e como
cozinhá-los, conhecem os meandros da tecnologia que influencia
a casa de seu clã e garantem que os alimentos armazenados
sejam bem cuidados. Freqüentemente, eles também
desempenham um papel no cuidado dos filhos do Clã.
3 - GUERREIRO TRIBAL
Gendos vagam pelas ruínas esperando para pegar qualquer
retardatário, sejam eles fracos e enfermos ou mesmo
crianças. Bandidos e outros Clãs têm inveja de cada raiz e tira
de carne na sopa de outro Clã. Feras estranhas controlando
poderes inimagináveis e aterrorizantes espreitam por
florestas e montanhas.
Os guerreiros estão entre o povo do Clã e o mal do
mundo cruel. Antes, a busca por alimentos
HIERARCHYANDRANKS - CLANNERS
2 CAÇADOR 3 GUERRA TRIBAL.
1 BOTÃO
2 COLETADOR 3 XAMÃ
era fundamental para suas vidas, agora eles vivem para a batalha. Eles
estão prontos com espada e espingarda.
Quando o Clã tiver permissão para se desenvolver ainda
mais, eles também podem evoluir, tornando-se técnicos ou
mestres de armas e mantendo as máquinas e armamentos que o
Clã usa para se defender.
3 - XAMÃ
A violência é a lei da selva. Não há como negar que este é um fato
central da realidade. No entanto, algumas pessoas não são adequadas
para perseguir a violência. Em vez disso, eles mergulham nas
profundezas da alma humana, reconhecendo padrões nas nuvens ou
pilhas de ossos. Sua sensibilidade desperta o Xamã dentro deles. A
partir de ervas e gordura animal, confeccionam pomadas que
cicatrizam rapidamente as feridas ou despertam a virilidade,
direcionando a cultura de seu Clã, definindo tradições e regras.
Em tribos mais esclarecidas, essa sede de compreensão e
conhecimento se manifesta como uma necessidade de se afastar das
tradições e regras tribais primitivas em direção a um estado de direito
mais codificado. Eles se tornam Sábios e ditam e fazem cumprir as leis
de seu Clã.
Seja qual for o seu papel, eles são o coração do Clã.
4 - CHEF TA IN
O caminho para a violência cria um caminho para o topo da tribo
tão certamente quanto um caminho de unidade e compreensão.
Como guerreiro, ele dominava fisicamente todos os outros,
podendo derrubar o mais forte com um só golpe de punho, ou
5 CAMPEÃO
4 CHEFE
5 FUNDADOR
foi capaz de demonstrar sua proeza física em competições
de força e resistência. Como Xamã, ele provou sua visão e
abriu um mundo de espíritos e fé para o Clã, ou ele foi
capaz de afastar a escuridão da superstição e conduzi-los
pelo mundo confuso de hoje. Agora, ele deve liderar. Ele é
o chefe do Clã. Ninguém questiona abertamente sua
palavra.
5 - CAMPEÃO
Ele liderou seu Clã em dezenas de batalhas, vencidas por astúcia e
força pura em cada luta ou duelo. Ele é um guerreiro abençoado
ou incrivelmente astuto, a personificação arquetípica de força e
controle, ou ele é um engenheiro ou artista magistral, criando
obras inspiradoras.
Mesmo que um dia ele deixe o Clã para se juntar ao Pai
de Todos, ou seja morto defendendo sua família de um
psicocinético invasor, seus filhos e seus filhos se lembrarão de
suas façanhas, contando histórias de sua vitória ou
escrevendo na história de seu clã.
5 - FUNDADOR
Ele sempre foi capaz de olhar além dos detalhes simples e
mundanos da palavra para ver o quadro geral. Por meio de
diplomacia e negociações astutas, ele conseguiu trazer rivais para
o seu lado. Tribo após tribo quebrada juntou-se à sua causa
enquanto ele juntava os pedaços de sua cultura e os acrescentava
à sua. Muitos se tornaram um. Um novo Clã nasceu. Para os
membros do Clã, ele é pai e irmão, sacerdote e líder.
CLANNERS 213
 ESTEREÓTIPOS
ANABAPTISTAS
Eles nos ajudam e nos ajudam no campo
sem pedir nada em troca. Esquisito. Talvez
seus ensinamentos não estejam todos
errados. Um brinde aos anabatistas!
ANUBIA
Os chacais curam a terra do veneno
do passado e as pessoas do veneno
do presente. Eles sabem sobre o
tempo universal, sobre os primórdios
e o futuro. Os Psicívoros não os
prejudicam: o que isso nos diz?
PÓTICOS APOCA LY
Eles sujam todos os ninhos sem nenhum senso
de honra. Eles seduzem nossos filhos. Mantenha-
os afastados.
CRÔNICOS
Suas vozes são sublimes, o espetáculo da luz é
divino. Eles são fantasmas, deuses ou
demônios? Cuidado com o toque deles! Isso
rouba sua força vital e alguns... perdem o
controle. Você sabe o que eu quero dizer.
HEL LV ETICS
Eles tomaram nossas montanhas, impediram
nossos rebanhos de cruzar as passagens e
nós somos impotentes. Desde então, o Clã
foi dividido: os pastores sob o governo de
Koski construíram um novo assentamento em
algum lugar no norte, mas fomos deixados
para trás. Talvez um dia tenhamos o suficiente
para trocar pela passagem.
JEAMMEDANOS
Como nós, eles têm uma forte tradição. Eles
honram suas mulheres e nos tratam com
gentileza. No entanto, eles também nos
oprimem. Devemos esmagar nossos ídolos e
aceitar a palavra de Jehammed. Eles nos dão
mais uma noite para “renunciar aos nossos
falsos deuses”. E então? Bem, o que você vai
fazer conosco que não podemos fazer com
você primeiro?
JUÍZES
Eles mataram muitos de nós. Homens,
mulheres e crianças. Eles não serão os últimos
a morrer, e todo assassinato faz meu coração
sangrar. Agora estamos de volta. Construa
suas paredes altas e volumosas e se esconda
atrás delas. Nós estamos vindo.
NEOLIB YA NS
Suas paredes são rebocadas e ladrilhadas.
Eles cavaram um novo poço e construíram um
belo banco ao lado dele. É o mínimo que
podem fazer, sendo filhos desta aldeia.
PA LERS
Banidos pela Mãe Sol e exilados sob a
terra como os mortos, eles cheiram a
ruína quando surgem à noite para
saquear nossas casas. Merecem os
piores castigos.
Algozes
Eles atacaram nossa aldeia à noite e
levaram meus irmãos. Meus pais estão
quebrados, minha mãe está chorando
há dias. Amanhã, os guerreiros
restantes sentirão o cheiro e
massacrarão cada um desses bastardos.
Então, com certeza, tudo ficará bem
novamente.
Scrappers
O que eles fizeram para que sua família os
expulsasse? Que eles têm que expiar
sozinhos no pó?
Ei ei! Afaste-se dessa coisa,
Scrapper!
ESPI TALIANOS
Os xamãs não servem mais.
Hoje em dia, você visita os Espitalários
quando a febre continua chegando ou a
infecção aumenta. Eles são boas pessoas
– pelo menos contanto que você não tome isso…
Queime.

ULKAR
CULTURA:Pólen
CONCEITO:O viajante
CULTO:Clã (Campeão)
Quando Ulkar usa seu gancho de esquerda,
os espectadores torcem por ele: ele é um
boxeador. Durante anos, ele vagou pelo oeste
de Borca e lutou nas arenas, eliminando os
vencedores certos antes de seguir em frente.
Assim como eles estamparam em seu Clã.
Agora ele está velho e depois de cada luta,
seus ossos doem. Ele não se importa. Lutar é
a única coisa que ele conhece, a única coisa
que resta da glória de seu clã. Portanto, ele
luta.
FREKKA DO
CADÁVER E AT ERS
CULTURA:borca
CONCEITO:O destruidor
CULTO:Clã (Xamã)
Malditas sejam as baratas, os vermes e as
moscas! Eles roubam dos Cadáveres os corpos
dos Sucateiros mortos em acidentes
– ah, que alegria quando um desses
ratazanas calvos se debate na cova!
A Xamã Frekka conhece os símbolos
que ela precisa pintar nos cadáveres
para impedir que as almas das vítimas
desapareçam no nada da morte antes
que os guerreiros do Clã sejam capazes
de devorá-los junto com a carne.
CLUBE DE GUERRA
LUREN
CULTURA:borca
CONCEITO:O Mediador
CULTO:Clanner (Pneumancer) Há muito
tempo, Luren foi enviado com um Mechan
para selar um pacto entre os governantes
da região de Ramein e Justitian. O Mechan
morreu de febre e Luren teve que
continuar sozinho. Ele passou anos sozinho
no Bairro dos Embaixadores, mas também
no Tech-Central para aprender mais sobre
equipamentos pneumáticos. Tanta coisa
aconteceu desde então. Os Phosphorites
conquistaram sua casa, apenas para serem
vencidos logo em seguida. O domínio dos
Mechans sobre a região de Ramein foi
quebrado, embora eles não admitam isso.
Os Pneumantes não são mais seus cães de
caça. Agora, cada um luta por si. Talvez
seja hora de ir para casa. Por outro lado,
eles o tratam tão bem em Justiciano...
Talvez mais alguns meses.
CLANNERS 215
 OS ESCAVADORES DE SUJEIRA
Scrappers
UM PENDULO DE RECADO
O vento uiva como um animal selvagem, lançando fontes de poeira e
cristais de gelo pelos desfiladeiros das ruas. A mulher se afasta. Sua
pele tem poros ásperos e coriáceo. Pálpebras carnudas cobrem seus
olhos, deixando apenas fendas. Suas sobrancelhas, cílios e cabelos são
emaranhados congelados. Muitas camadas de retalhos feitos de couro
costurado, plástico e tecido desbotado pesam sobre seus ombros:
devem ser tão pesadas quanto um bezerro, e ela também se move
com a graça de um. Sua cabeça balança lentamente para frente e para
trás, às vezes ela estica um pouco, mastigando um pedaço de raiz. Ela
cambaleia antes de parar em frente a uma parede, franzindo a testa e
choramingando. O que é aquilo? Uma placa do tamanho de uma
cabeça marca o concreto cinza – algo com reentrâncias, sublinhado
com pontos, é difícil dizer, está tudo borrado. A mulher cospe um
grosso gole nele e o esfrega com o punho.
O vento diminui e a poeira baixa. Os cristais de gelo brilham
ao sol do meio-dia. A mulher continua andando pelos
desfiladeiros da rua. Ela faz sons guturais e risonhos, intercalados
com palavras como “merda”, “idiotas” e “idiota”. As paredes dos
prédios estão cheias de signos, runas simples ao lado de homens
de pau e formas abstratas, mas complexas.
Alguns são do tamanho de seu punho, outros tão altos quanto um
homem, alguns desenhados com um bastão carbonizado, outros
esculpidos. A mulher para, olha em volta e se senta. Seu corpo treme
com sua risada. “Como você pode ter tropeçado em uma região tão
saqueada? Incrível!" Ela se inclina e enterra as mãos na poeira
vermelha. De repente ela congela, então cava com os dedos no solo
arenoso.
Com cuidado, ela extrai algo. É do tamanho da palma da
mão, frio como metal com bordas arredondadas. Seu rosto
mostra descrença, a seiva da raiz escorrendo do canto da
boca. Ela o enxuga com a manga sem tirar os olhos do
estranho artefato. "Não tenho ideia do que é isso. Mas parece
valioso. Os Cronistas vão ficar todos molhados quando
colocarem as mãos nisso. Ela olha em volta, encara os sinais
nas paredes. Seu rosto treme. “Que tipo de idiotas vocês
são?”, ela grita, caindo para trás e rindo alto.
Cada sinal representa um Scrapper. Cada um deles colocou
aqui para dizer: “Eu estive aqui. Levou tudo. Andar de."
A mulher se levanta novamente, agora arrastando uma esteira de
turbulência de poeira. Ela ainda está rindo. Idiotas.
Scrappers 217
PERDEU O CONHECIMENTO
As cidades perdidas estavam desertas. Gigantes de concreto surgiram
de um mar de cinzas de crateras, pó de pedra, fragmentos de ossos e
vidro em completa solidão. Panos esfarrapados balançavam ao vento.
Nuvens cor de ocre corriam pelo céu, formando vórtices do tamanho
de cidades inteiras, rompendo e vomitando rastros de aerossóis
venenosos sobre a terra.
Nos abismos e nas entradas do porão, algo se mexeu.
Olhos brilharam em luz amarelada, observando o vórtice.
Um novo tipo de humano surgiu de seu esconderijo,
fazendo um lar nas ruínas. Aprenderam a interpretar o
tempo, abrigando-se do frio com camadas de cavaletes e
da poeira com lenços úmidos. Sim, suas casas foram
destruídas, e isso dói: quanto mais você cai, mais
SALVADOR
Os anos após o Eshaton foram uma fase de mudança do ser
humano civilizado com acesso ilimitado a comida, calor e
entretenimento para o selvagem com os dentes
arreganhados. Sem os Scrappers, a humanidade teria
permanecido assim. Eles se sentiram gratos a suas
comunidades e partiram para o perigoso mundo exterior
para adquirir equipamentos e peças de reposição.
Milhares vasculharam as ruínas, cambaleando pelas planícies
empoeiradas como pedaços de papel de uma lata de lixo virada,
flutuando ao vento. Edifícios em colapso enfraquecidos pelo fogo
do inferno, porões cheios de gás explosivo, barris vazando óleo
inflamável pelo concreto, geradores elétricos ainda carregados e
capazes de sacudir o coração e outros perigos semelhantes
reduziram seus números. Os sobreviventes ficaram mais astutos e
fortes, abraçando seu novo papel. Os ratos se tornaram raposas.
Raposas se tornaram Lobos Solitários. A terra que parecia tão
hostil a todas as formas de vida tornou-se seu lar.
Eles começaram a retornar aos seus assentamentos fortificados
cada vez com menos frequência. As longas e ascéticas semanas nas
ruínas os afastaram de outros sobreviventes. Nas aldeias, as pessoas
indefesas continuariam reclamando sem parar e se apegando a velhas
e irrelevantes ideologias. Essas pessoas eram tão dependentes.
Sempre que uma bomba de água quebrava, havia um grande clamor, a
maioria deles nem mesmo tentando consertar o problema. Então, os
Scrappers estavam a caminho novamente, procurando por geradores e
bombas substitutos em sistemas hidráulicos ou postos de gasolina.
mais desesperado você está. Mas eles não desistiram e
não fugiram das nuvens cintilantes de cinzas.
Talvez o mundo que desabou ao redor deles não fosse mais
deles antes mesmo da catástrofe. Em vez de reclamar, eles agora
examinavam as ruínas, cutucando a terra com longas estacas,
ignorando os ossos e os cadáveres mumificados. Eles cavaram na
poeira com as próprias mãos, cada vez mais fundo, apenas para
arrastar de volta um pedaço de ontem para o crepúsculo de hoje.
Eles ainda não haviam esquecido os nomes e usos de suas
descobertas e descartaram muitas coisas como quebradas que
seriam tratadas como tesouros e artefatos em algumas décadas.
O Scrapper nasceu.
ENQUANTO ISSO
África. As grandes cidades costeiras foram devastadas por
maremotos, mas a reconstrução estava em pleno andamento.
Não foi possível salvar muito dos escombros - a ressaca levou
quase tudo com ela e afundou no Mediterrâneo. As crianças
mergulhavam da costa, amarrando cordas a tudo debaixo
d'água que lhes parecia valioso. Os adultos então o puxaram
para a praia. Metal danificado e motores quebrados se
acumulavam na areia.
Os africanos olharam o Mediterrâneo com
atenção, especularam e discutiram dentro de seus clãs
se o salto na água valeria a pena. Afinal, eles só
haviam resgatado lixo aqui, mas o que poderia estar
esperando por eles lá?
Reparavam navios, carregavam-nos com toneladas de carne seca e
quinua. Eles encheram seus tanques de água e os guindastes baixaram
os carrinhos nos porões dos navios.
Eles partiram para o mar. Destino: Franca.
As cidades costeiras estavam destruídas e vazias, mas os
primeiros Scrappers africanos não esperavam outra coisa. No
entanto, o interior era como um tesouro: geradores e ferramentas
logo encontraram seu caminho para as cidades africanas. Logo
depois, barras de aço foram retiradas do concreto e enviadas para
longe. Placas de metal em paredes derrubadas para rebitar na
lateral de um veículo. Fábricas inteiras foram lentamente
desmanteladas e transportadas peça por peça. Vila após vila e
cidade após cidade, os Sucateiros vasculharam Franka.
A África floresceu enquanto a Europa descia em espiral para a
nova Idade da Pedra.
 FORMA DE PAGAMENTO

Os cronistas se espalharam. Em Borca, no equipamento de diagnóstico ou usando uma

sempre houve muitos deles. Do Cluster
Central em Justitian, eles viajam para a
costa atlântica de Franka e para o interior
de Purgare. Eles palpitam um pouco pelas
possibilidades, pelos artefatos e pelos
fragmentos do Stream contidos neles.
Muitas vezes, isso leva à ganância.
Os Sucateiros vêm em bandos para trazer
suas descobertas. Quase nenhum deles
realmente sabe o que os artefatos realmente
valem. Faz pouco ou nenhum sentido discutir isso
de suas caixas crepitantes nele. A verificação do
artefato pode levar um instante ou minutos – mas
isso não afeta o preço. Como pagamento, os
Sucateiros obtêm informações sobre lojas de
artefatos Perdidos (os Cronistas chamam isso de
“comércio recursivo de informações”) ou
Rascunhos de Cronistas. Os Sucateiros aceitam,
às vezes com relutância, às vezes com euforia.
Não importa para os Cronistas, eles sempre
retornarão de qualquer maneira.
O que os cronistas são para os sucateiros

com os Cronistas, pois ao primeiro sinal de europeus, os neolíbios são para os africanos. Os

discussão ou pechincha eles perderão Tanques Surge dos Magnates podem conter

repentinamente o interesse, levantarão o toneladas de sucata: os artefatos são limpos e

mindinho e farão um breve “Saia! Saída!" de seus aprimorados, o metal é derretido e fundido em

Vocoders. Os Scrappers têm que aceitar o que treliças e placas blindadas para novos Tanques Surge.

recebem. Supostamente, eles podem obter mais Mas se você oferecer uma quantidade de Chronicler

sempre que os avaliadores do cartel de sucata Drafts que um Borcan mataria para um africano, ele

estiverem envolvidos, mas quem sabe ao certo? cuspirá na melhor das hipóteses. Sucateiros africanos

Na verdade, os Cronistas fizeram da querem ser pagos em dinares, cunhados pelo Banco

avaliação de um artefato uma forma de de Comércio de Tripol, pesados e brilhantes com

arte: eles o examinam de todos os lados, ouro.

A DESEJO PELO PA ST
Séculos se passaram. Na Europa, os artefatos se tornaram
objetos de culto, mas apenas os escolhidos podiam usá-los e
consertá-los. Com cada geração, mais conhecimento sobre
eletricidade e mecânica desapareceu.
Foram tempos difíceis para os Scrappers, provavelmente os mais
difíceis. Sucata não enche a barriga. Uma haste de aço que um aldeão
poderia usar para sustentar sua cabana ou para esmagar o crânio de
um atacante valia mais do que uma das lendárias máquinas pensantes.
No entanto, os europeus nunca desistiram completamente dos
artefatos: a memória dos Perdidos era sustentada por seus
equipamentos e, onde havia vontade, havia potencialmente um
caminho também.
A adoração produziu efeitos estranhos. Os clãs propagaram
histórias sobre a magia inerente das relíquias, acumularam sucata
para suas próprias tribos e rezaram para isso.
– com efeitos insignificantes. Outros baniram os artefatos como
símbolo do materialismo exagerado que deve ter afastado
qualquer divindade da vida dos Perdidos. Naturalmente, os
dois grupos não se davam muito bem.
Os Sucateiros estavam no meio de tudo, o pedaço de
ferro entre a bigorna e o martelo.
No entanto, tempos melhores viriam.
Em Borca, os Juízes conjuraram uma saraivada de chumbo e
expulsaram as seitas de seu Protetorado, enquanto os Cronistas
construíram Alcovas e até mostraram interesse naqueles
fragmentos de platina que antes eram usados como joias em um
colar. De repente, a sucata tornou-se valiosa novamente, e sem
todos os loucos dançando e gritando no deserto, o risco tornou-se
razoável mais uma vez. Os Sucateiros partiram. Milhares deles
entraram em mares distantes de escombros, construíram
acampamentos na poeira em poucos dias e os deixaram cair em
ruínas assim que o saque foi feito.

Scrappers 219
MAIS RÁPIDO
Os africanos foram mais rápidos. Enquanto os Borcan Scrappers
ainda esperavam que Justitian destruísse os últimos ninhos
remanescentes dos Clãs Baratas, os antigos locais da indústria
Frankan já estavam de volta ao serviço em Tripol e Bedain.
Agora, os Scrappers africanos voltaram-se para Purgare. Logo, os
comboios trovejaram pelas estradas em ruínas de Nápoles a Roma, ao
longo do Liri, passando por Ceccano, Colleferro,
SOZINHO
O Scrapper europeu é um individualista. Sua roupa é uma
colcha de retalhos de trapos, capas e reforços de couro que é
muito imperceptível na luz e na sombra das ruínas: para o
olho destreinado, ele é invisível no deserto. É sua melhor e
única proteção nos primeiros anos na poeira. Aqueles que
não souberem se esconder não serão Sucateiros por muito
tempo – mas estarão mortos para sempre.
Sozinho, o Scrapper vaga pelas ruínas, cava em cofres
e retorna à alcova de troca assim que seu carrinho estiver
cheio ou sua barriga vazia. Isso dura anos. Às vezes, outra
figura esfarrapada o acompanha, uma pá sobre o ombro,
e alguns pegam órfãos – os chamados 'ratos' – para
abaixar em aberturas onde eles são grandes demais para
entrarem.
A vida entre as relíquias do povo Perdido as muda. Eles
desenvolvem um sentimento pelas ruínas, aprendem a
interpretá-las. Quem já morou aqui? Como eles se saíram? E
especialmente: eles sobreviveram ao Eshaton e
levar seus tesouros com eles? De uma maneira estranha, a
maioria dos Scrappers se sente em casa no
ruínas. Nenhuma conversa desnecessária, nenhuma manobra
Vering, sem mal-entendidos causados
por elogios impensados. A vida é
tão simples lá fora. Claro, você tem
tomar cuidado com os Gendos, e
nem sempre há água fresca, e há
pouca esperança de boas
comida, mas mesmo assim as ruínas são um
casa para eles que eles não vão
partir até seu último suspiro.
Alguns se desviam desse caminho
de limpeza. Eles se tornam
Mecanistas, criando verdadeiros
maravilhas da sucata:
e inúmeras outras aldeias. Em massa, os Scrappers se agarraram aos
estrondosos Surge Tanks como insetos à carne em decomposição,
esperando para colocar as mãos na tecnologia Bygone.
A moral estava excelente. A África eternamente oprimida
havia se livrado de suas correntes e escalado para o zênite da
cultura sobre o cadáver da Europa. Todos queriam fazer parte
disso.
muitos rifles lendários, armadilhas e dispositivos mecânicos e
fechaduras altamente complexos foram construídos em suas
oficinas. Os cronistas suspeitam desse desenvolvimento. De
repente, há alguém que tem um uso para os artefatos em vez
de trocá-los por um punhado de papel nas alcovas de troca de
uma vez sem pensar duas vezes. Um grão de poeira nas
delicadas engrenagens do Cluster.
FORÇA
Os africanos são diferentes. Para eles, é uma honra partir em
nome de sua aldeia, clã ou cultura para aumentar sua riqueza. Os
Algozes podem tratá-los como merda, e para os Neolíbios eles são
peões em uma aposta por riqueza e poder, mas eles não se
importam. Eles sabem o seu valor. Os Scrappers africanos são
idealistas.
Durante as expedições, a comunidade é extremamente
importante. É uma família substituta, mas também um
pedaço da cultura trazida de volta para os reinos inóspitos da
Europa. Depois de um dia difícil na poeira, os Scrappers
passam as noites comemorando e rindo juntos, falando sobre
saudades de casa e consolando-se mutuamente. O contato
físico é muito importante para os africanos: eles se abraçam
muito, se tocam enquanto falam. Ver dois Scrappers
masculinos de mãos dadas não é sinal de homossexualidade,
mas significa que eles são bons amigos. No campo, eles
cuidam um do outro e trabalham juntos para aumentar a
carga de ambos.
Com suas roupas coloridas, eles expressam sua
individualidade e transmitem seus pontos de vista e caprichos.
Seu humor, suas ideias básicas sobre vida e morte, dinheiro e
família, e até mesmo suas origens estão codificadas em padrões e
cores que datam de seus ancestrais. São muito diferentes das
capas empoeiradas dos europeus.
Scrappers 221
 RUNAS
O caminho de um Scrapper raramente corre paralelo ao caminho de
vida de um Anabatista ou de um Espitalário ou mesmo de um simples
cidadão de Justitiano. Ele prefere cruzar esse caminho, arrastando um
trenó com uma pilha de sucata, os olhos baixos. Entre os Scrappers é a
mesma coisa: se você sai em grupo, é mais fácil de encontrar e tem que
dividir a carga. Ainda assim, eles desenvolveram um meio de manter
contato: as runas Scrapper.
Ninguém se lembraria de Grief que vagava pelas ruas ao sul
do Tech-Central quando o sistema de túneis ainda existia ou
Toktok que procurava múmias de refugiados em cavernas nas
montanhas se ambos não tivessem marcado seu caminho com
runas. Sua linguagem de sinais é semelhante às marcas de cheiro
de um cachorro, apontando para perigos, eventos e o usuário
das marcas. Quase todo Scrapper conhece símbolos de linha
simples de seu próprio projeto que podem ser facilmente riscados
nas paredes com uma faca. Muitos Scrappers têm seu nome
tatuado na testa ou nas costas da mão como uma marca de sua
individualidade. Depois de revistarem uma ruína, eles a marcam
com uma placa: “Estava aqui. Andar de." Outros sinais servem
como marcadores (setas e triângulos), sinais de perigo (linhas
irregulares) ou apontam para bebedouros (três linhas
horizontais). Os significados das runas diferem de região para
região: não existe um alfabeto comum.
Os Scrappers africanos não conhecem esta forma de
comunicação. Eles existem em uma comunidade viva e
preferem a palavra falada.

BEDAIN
Bedain é o maior porto de demolição do mundo – tanto para navios
quanto para troncos humanos. Seu magnetismo atrai cada Scrapper,
atraindo-o para o labirinto de destroços monolíticos e enormes ferros-
velhos. Velhos sucateiros africanos constroem rifles e aprendizes de
qualquer um que deslize um punhado de dinares pela bancada de
trabalho. Relógios mostrando o curso das estrelas, canhões de navios,
caixas de engrenagens de várias toneladas, até caixas de música
delicadas – se algo pode ser construído, há uma oficina que o faz em
Bedain. Em salões do tamanho do Cluster, milhares de pessoas vivem
nas vigas enquanto Tanques Surge são construídos e mantidos abaixo.
Scrappers em busca de indivíduos que pensam da mesma forma
podem encontrar muitos
e muitos deles aqui. Este é o coração do mundo
Scrapper, e bate com o ritmo dos martelos.
Este lugar dá à luz lendas e heróis, e todo mundo que se
considera um verdadeiro Scrapper tem que andar pelos becos
desta cidade uma vez na vida e deixar sua runa em uma parede
de ferro lavada pelas ondas nos penhascos ao sul. Isso é
completamente irracional, mas a ação ainda parece
completamente natural. As pessoas vão falar sobre isso e alguém
vai reconhecer a runa. Ah, alguém de Bedain. Os habitantes se
conhecem e se cumprimentam com um aceno de cabeça.
De volta a casa, a chuva há muito lavou o cheiro
oleoso da pele. A memória permanece, no entanto.

LOJAS OCULTAS

Carregados como drones, os Scrappers europeus
marcham pela terra. Alguns amarram suas
descobertas às roupas – iniciantes que não
sabem que o barulho só atrairá bandidos. Os
mais experientes empilham seus artefatos em
uma plataforma de transporte feita de tubos
soldados entre si. Outros arrastam trenós ou
carroças atrás deles.
Mas para alguns, o fardo é muito
pesado. Eles têm que dividir seu saque:
parte fica para trás, o resto é levado para o
Cronistas. O que eles deixam para trás deve estar
muito bem escondido. Talvez nos esgotos antigos,
nas cavidades sob lajes de concreto caídas ou
enterrado em uma duna de poeira. A separação não é
fácil quando os Scrappers finalmente deixam seu
esconderijo e caminham em direção ao
assentamento. Rápido rápido! A maioria deles retorna
e fica aliviada ao ver que sua loja não foi molestada.
Mas alguns se distraem, são abduzidos, morrem ou
simplesmente não conseguem encontrar o maldito
esconderijo novamente. nessa porra
poeira, tudo parece igual!
Esses esconderijos desertos são lendas.
Por exemplo, há Frahn que se gabou de uma
enorme descoberta que foi forçado a deixar
no deserto, então de repente agarrou o peito
e caiu da banqueta, morto. Ou o velho Tiber,
que sempre tirava alguma bugiganga
preciosa de seu “cofre” sempre que estava
sem dinheiro. Encontrar tal cache pode
tornar a vida muito mais fácil. Uma coisa é
certa: Scrappers são bons ouvintes.
ENVELHECIMENTO
Apenas muito poucos Scrappers europeus se aposentam. Eles
vasculham as ruínas em busca de algumas descobertas para
vender e dourar sua velhice. A busca se torna um vício: “Só essa
última ruína, eu sinto. Eu estou quase lá!" A maioria deles acaba
morrendo de fraqueza no deserto. Eles simplesmente não voltam
para a cidade em algum momento.
Durante toda a vida, eles trouxeram artefatos para os Cronistas e
arrastaram metal para os salões dos Sucateiros. Aqueles que
conseguem sair encontram um novo lar naqueles salões de sucateiros.
Não necessariamente melhor, porque desmontar a sucata é um
trabalho árduo e esgota rapidamente um corpo envelhecido. Pelo
menos não está longe da próxima tigela de sopa de raiz aqui.
Aqueles que conseguiram se tornar Mecanistas ou
Fabricantes encontram um lugar entre as raras comunidades
de Sucateiros. Até os Cronistas têm que admitir que os
Sucateiros sabem muito. Às vezes, o Cluster até envia Agentes
para serem introduzidos nos segredos da mecânica por um
Fabricante. Nem sempre fica claro se isso é uma recompensa,
um procedimento comum ou uma punição.
A previdência social entre os Sucateiros é bastante fraca.
Deixe o diabo pegar por último. Na África, porém, isso é
diferente: o Clã cuida dos seus velhos, mostrando-lhes
respeito. Cheias de interesse, as crianças se aproximam para
ouvir atentamente quando os nodosos Scrappers falam sobre
suas aventuras e batalhas contra os bárbaros Borcan. No
final, eles morrem com dignidade, enquanto os Scrappers
europeus apodrecem no deserto.
Cinzas às Cinzas.

TUDO EM VOLTA DO MUNDO

Na Europa, os Bygones são onipresentes. Campos de entulho surgem da névoa em todo o continente, caminhos de asfalto costuram um padrão
intrincado na terra; e ao longo deles, os Scrappers encontram postos de gasolina dilapidados, casas escondidas sob dunas de cinzas de cratera
petrificadas, velhos depósitos e salões cobertos de mato. Muito disso já foi saqueado, mas aqueles que cavarem fundo o suficiente invariavelmente
encontrarão artefatos perdidos. Para Scrappers, esta terra sempre foi o paraíso.

Scrappers 223
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com
BORCA
Sucata, sucata em todos os lugares. West Borca é um repositório,
trazendo para a cena todo um exército de Scrappers. Encontrar
um local intocado aqui beira um milagre. Aqui, o Cartel, uma
comunidade de Scrappers, floresce há alguns anos. Ou melhor, é
assim que a Bosch, seu líder, chama com um sorriso irônico. Ele é
um anão irritável tentando controlar os Scrappers do Black Lung
para extorquir preços mais altos dos Cronistas. Seus valentões
monitoram as ruínas e vendem licenças de busca enquanto seus
Avaliadores oferecem seus serviços a Scrappers carregados em
frente às Alcovas de troca – pela força, se necessário. Mas sua
rede tem buracos e muitos Scrappers conseguem contornar o
Cartel. Mesmo assim, a organização está se fortalecendo a cada
dia.
Além do Golpe do Ceifador, a influência de Bosch desaparece.
Lá, as regras são diferentes de qualquer maneira. A natureza
recupera os mares de destroços e os nômades supersticiosos
FRANCA
Muito antes de a população começar a perceber o valor dos
artefatos, os africanos já haviam limpado as ruínas. As
cidades na costa sul, especialmente, foram vasculhadas várias
vezes. Você tem que correr grandes riscos se quiser encontrar
um parafuso aqui: apenas os porões em ruínas que estão
trancados há séculos ou os campos profundos nos pântanos
do Pheromancer ainda oferecem a chance de encontrar algo
de valor. Os Scrappers aqui
PÓLEN
O impacto do asteróide Pandora achatou a maior parte da terra.
No nordeste, os artefatos existem apenas em abóbadas
enterradas. As cidades arruinadas que atravessam a teia são
tesouros em potencial, mas ninguém poderia prever onde o solo
se elevará a seguir, e os enxames de aracnídeos levam apenas
alguns dias para girar um casulo ao redor da cidade novamente e
transformá-la em uma paisagem de colinas sedosas. Isso não é
suficiente para um Culto dos Sucateiros como o de Borca se
desenvolver.
Sucateiros em Pollen agarram-se aos poucos assentamentos como
moscas a um papa-moscas. Para o Piast em Wroclaw, eles organizam
materiais de construção e, para seus convidados africanos, eles consertam as
armaduras, motores e caixas de câmbio em seu imponente Surge.
considerá-los amaldiçoados: eles se afastam das acidentadas
fileiras de paredes. Nas últimas décadas, alguns Scrappers de
West Borca encontraram seu caminho para as amplas florestas de
coníferas e se estabeleceram lá. Onde quer que ponham os pés,
eles desenterram artefatos do chão da floresta. Mas os próximos
Cronistas estão a centenas de dias de marcha – além de uma falha
vulcânica ativa que você só pode contornar pela fortaleza dos
Hellvéticos. Isso não é divertido. Felizmente, existem os
renegados Cronistas da Torre da Agulha. O Cluster vibra de
agitação quando alguém os menciona. Aqueles que negociam
com as Agulhas são banidos para sempre pelos Cronistas. Claro,
os Cronistas não contam a ninguém como descobriram quem
ousou fazê-lo.
As Needle Towers não são as únicas que às vezes compram
bugigangas. As famílias governantes de Osman também os compram.
Com a ajuda deles, a vida pode se tornar um pouco mais luxuosa.
são figuras ousadas que mil vezes olharam a morte nos olhos
– são considerados soldados da fortuna e são os heróis de
inúmeras lendas francas. Mas os artefatos não são realmente
necessários. Os Clãs produzem o que precisam para o seu
dia-a-dia. As Alcovas dos Cronistas existem apenas em
algumas cidades maiores, e o único Cluster está situado na
Aquitânia. Os artefatos são usados principalmente como
joias ou são exportados para Borca.
Tanques. Danzig está nas mãos de Espitalários e Anabatistas e está
mais interessado em Petro do que em novos equipamentos, mas
Mecanistas competentes podem encontrar um emprego aqui, se
souberem o que estão fazendo.
Um local parece especialmente promissor. Tão promissor que
os Hellvéticos registram um fluxo cada vez maior de Sucateiros e
Cronistas através da passagem Leste-Oeste. Desde a queda de
Praha, dezenas de soldados da fortuna deixam os túneis de
passagem na região de Steyr e Ternitz todos os dias, marchando
para o norte, atravessando a barreira. Anos atrás, era considerado
intransitável, mas desde a queda de Praha, novas regras se
aplicam. Agora é só saquear os restos mortais de Praha antes que
as ruínas esfriem e sejam marcadas por runas de Scrapper.
BALKHAN
Por muito tempo, os Balkhani deixaram as ruínas para o crescimento
da natureza sem controle. Outras coisas pareciam mais importantes.
Foi apenas muito recentemente que eles perceberam as abóbadas
pegajosas cheias de história e poder enferrujado descansando sob
seus pés. Os Voivodes os procuraram
armas para fortalecer ainda mais seu domínio. Assim,
Scrappers não devem cavar nas ruínas sem a permissão dos
Voivodes. Eles poderiam rapidamente ser considerados
ladrões – e como um Sucateiro cavaria na terra sem as mãos?

HYBRIS PA NIA
Nas selvas de Hybrispânia, coisas estranhas estão acontecendo.
Dentro do Warpage, um complexo de edifícios Bygone intacto
pode se tornar realidade amanhã, uma imagem distorcida e
oscilante sugerindo descobertas de qualidade inimaginável. Mas
também pode ser que um enxame gigante de gralhas voe pela
clareira, obscurecendo o sol pendurado no
céu, nunca afundando, assim como a imigração dos
pássaros nunca vai parar.
Aqueles que se atrevem a entrar no Warpage
podem colher tesouros tremendos colhidos
diretamente dos Perdidos ou ser pegos em um túnel
do tempo para sempre.

PURGAR
Purgare foi totalmente saqueado pelos africanos em uma época
em que eles não precisavam temer os psicocinéticos. O que restou
foram paredes empoeiradas e bugigangas. As concessões de
saque do Banco do Comércio em Tripol ficam mais baratas a cada
ano. Neolíbios jovens e inexperientes os compram, mas não
ficarão ricos fazendo isso. Os Scrappers locais oferecem seus
serviços como Mecanistas às famílias ou cruzam os Alpes em
direção a Praha, a terra prometida dos Scrappers. A oeste dos
Apeninos, eles podem lucrar. no envenenado
territórios, alguns tesouros aguardam,
mas as condições – com todas as nuvens
de gás, rios de lava escaldantes e gêiseres
traiçoeiros – são mortais. Os poucos que
restaram são caçadores de tesouros
altamente especializados com
equipamentos notáveis e o instinto de
sobrevivência de um enxame de baratas.

ÁFRICA
As lendas dizem que o interior da África quase não tinha
tecnologia antiga. A África conseguiu aproximar-se
tecnologicamente das civilizações europeias apenas no litoral
cidades que eram capazes de negociar através da água - mas th
Estes foram rasgados no Mediterrâneo pelas inundações após o
Eshaton. Sucateiros africanos são viajantes e geralmente suas
viagens levam ao norte.
Quem vai para sul vai à procura das fortalezas da UAO. Nesses
complexos militares, supostamente existem depósitos de armas
grandes o suficiente para equipar toda a África. Mas essas lojas são
fortemente vigiadas. Os poucos que retornam contam histórias de
fogueiras sobre fantasmas feitos de mercúrio, envoltos nos trapos
daqueles que foram vítimas deles.

Scrappers 225
RANKS SCRAPPERS
1 - RATO
A garota desliza para o abismo de bunda em um turbulento rastro
de sujeira. Ela perde o equilíbrio, arrancando reflexivamente um
punhado de raízes mortas do chão enquanto cai.
Ela dá um gritinho (o que acha um tanto embaraçoso), então há
um solavanco quando a corda se aperta com um rangido.
Ela balança na escuridão absoluta, ofegando por ar. Lá de
cima, ela ouve: “Vamos, seja um bom ratinho!”
Muitas crianças Scrapper começam suas carreiras
penduradas em cordas. Seus guardiões os colocam em túneis
profundos ou porões nos quais eles não podem entrar. Os
pequenos são um recurso valioso para resgatar os artefatos
perdidos das ruínas. Isso não significa que eles sejam bem
tratados, especialmente aqueles que foram comprados de
uma Cegonha Apocalíptica.
2 - TEXUGO
Quando o ratinho fica gordo demais ou desafiador demais para os
abismos, nasce um novo texugo. Ele sai sozinho, rastejando
desajeitadamente pelas ruínas e tropeçando em um artefato de
vez em quando. A sorte de principiante o mantém vivo.
3 - FOX
A Raposa é astuta e rápida, as ruínas são seu território
hereditário. Ele conhece cada abismo que leva às profundezas
de sua toca, ao mundo submerso do povo Perdido. Ele só
precisa chegar aos assentamentos para deixar suas
descobertas na frente dos Cronistas.
4 - LONEWOLF
Ele não é um coletor: ele é um caçador. Ele sabe onde os artefatos
estão escondidos, sabe seu preço e como resgatá-los. Ele não é a
pessoa em quem você quer jogar uma pedra. Seu rifle abre
buracos muito maiores do que qualquer rocha pode fazer.
5 - CAVERNA
Aqueles que virem sua runa ao lado de um entalhe dizendo
“Afaste-se!” deve fazê-lo de uma vez, e sem fazer perguntas.
Ninguém confronta um Cave Bear sem uma boa razão,
especialmente em seu próprio domínio.
Os ursos das cavernas são perigosos e distantes, e
sempre insistem em manter seus esconderijos intocados.
Aqueles que ousam entrar de qualquer maneira e sobreviver às
armadilhas devem enfrentá-los: criaturas perfeitamente adaptadas ao
seu ambiente, furiosas como o inferno e armadas com armas que
podem traduzir sua raiva em ferimentos impressionantes.
3 - MECANISMO
Ele tem jeito para tecnologia, entende como as engrenagens
interagem ou como a âncora de ferro balança de bobina em
bobina dentro do gerador. Tudo é lógico, não há nada de
místico em seu ofício. Ele vê os artefatos não como
mercadorias, mas como recursos: resgata deles o que precisa
para suas próprias construções.
4 - FABRICANTE
Ele ganhou bastante terreno no mapa dos segredos técnicos.
Ele tem pelo menos uma oficina bem segura, provavelmente
no Tech-Central.
Em volta do pescoço, ele usa uma corrente da qual pendem
chaves do comprimento de meio braço de um homem. Cada um
deles abre a oficina de outro Fabricante. Todo povoado ficaria
orgulhoso de ter um homem como ele entre suas fileiras.
3 - ESCUTADOR
Há muita coisa boa na poeira, só que é muito volumosa para
um Scrapper sozinho arrastar até os portões do Tech-Central.
É aqui que entram os Scavengers. Equipados com
equipamentos pesados, como combos de trator e pneus
HIERARQUIAS E CLASSIFICAÇÕES - Scrappers
3 RAPOSA
3 MECÂNICO
1 MOUSE 2 TEXUGO
3 CARNICEIRO
3 BANDIDO DO CARTEL
tesouras de metal, eles até salvariam e desmontariam um Tanque
Surge. Ao contrário dos comedores de sujeira regulares que
confiam em si mesmos - e apenas em si mesmos! – e considere
esta força, Scavengers nunca se aventuram sozinhos.
Para eles, a força está na comunidade. Pelo menos se essa
comunidade tiver acesso a geradores barulhentos bombeando
quilonewtons de torque
4 - ALFAWOLF
Se você quer o respeito do Alpha Wolf, você tem que ser
capaz de trabalhar duro. Ação fala mais alto que palavras. Um
lobo alfa ganhou respeito. Ele arrancou dezenas de tesouros
do chão, nunca decepcionou ou traiu seus companheiros.
Pelo menos, eles não notaram se ele fez isso, e não é a
mesma coisa? Além disso, ele conhece as pessoas certas para
liderar sua equipe além do Cartel até os Cronistas. Ficar rico
significa vender por conta própria.
5 - LEGENDA
Ele espalhou sua runa por todo o mundo conhecido, e se você
já esteve em Syracuse, você deve ter visto isso na parede de
runas de lá também. Suas aventuras estão sendo contadas no
Tech-Central e em torno de inúmeras fogueiras no deserto.
Este Scrapper é uma lenda.
3 - RUIM DA CARTELA
Sucateiros mijam suas runas na poeira onde quiserem. Pelo
menos esse era o caso antes do anão Bosch levar o Cartel ao
poder. Hoje em dia, seus Avaliadores rondam as alcovas da
bolsa e aconselham - ou melhor, exigem - que cada Sucateiro
dê a eles um quinto de seu lucro. Em troca, ele recebe seus
conselhos e não é espancado até perder os sentidos.
O simples membro do Cartel livrou-se dessa opressão
4 LOBO SOLITÁRIO 5 URSO DAS CAVERNAS
4 FABRICAÇÃO. 5 LENDA
4 LOBO ALFA
4 AVALIADOR 5 POLICIAL
através da adesão. Ou então ele pensou. Ele só tem que pagar 10%,
tudo bem, mas em troca ele tem que assumir tarefas especiais de vez
em quando. Somos todos uma grande família feliz, não somos? Tem
que ajudar um ao outro, certo? Ajude um pouco aqui, quando algum
idiota não quiser pagar, ou vá em uma missão de reconhecimento em
ruínas desconhecidas. Nada grande. Ainda não.
4 - AVALIADOR
"Cartel. Artefatos para avaliar? Os Avaliadores conhecem todos os
truques dos Cronistas para livrar os Scrappers honestos de suas
Damas (“Você quer doar algo para eles?”), e não se cansam de
provar isso aos seus 'clientes' por meio de anedotas. Se um
Scrapper cede, eles o acompanham até as alcovas de troca e
negociam por ele. Em troca, eles recebem 20% do que ele ganha
por suas descobertas. Infelizmente, os membros do cartel pagam
apenas 10%.
A maioria dos avaliadores sabe o que está fazendo. Alguns
são bons com artefatos, outros com intimidação.
5 - OFICIAL
Dezenas de Avaliadores respondem a eles – e, claro, devem a eles
uma porcentagem dos Rascunhos do Cronista que eles fizeram.
O fato de haver algumas irregularidades na contabilidade
aqui e ali é desagradável, mas a vida em geral também é.
Especialmente para aqueles Avaliadores que desviam Damas ou
mentem insolentemente para seus Oficiais.
Os Oficiais respondem diretamente ao líder do
Cartel, o astuto e cruel anão, Bosch. Ele lidera a
operação da Tech-Central e, apesar de ser uma pedra
no sapato dos Cronistas e dos Juízes, ele conseguiu se
tornar valioso demais para o comércio da cidade para
ser removido.
Scrappers 227
MARAVILHA
ESTEREÓTIPOS
ANABAPTISTAS
Anabatistas são fazendeiros armados.
Eles nem mesmo recebem sua
porcaria de cruz e água. A única coisa que
importa para eles é cultivar campos, beber
e matar Aberrantes. A propósito, os
batismos dos Orgiásticos não são tão ruins
assim: isso não é água nesses barris.
ANUBIA
Eles se lambuzam com resina, usam máscaras
de cachorro e colocam besouros na boca dos
mortos. Também não estamos
completamente livres de insetos, mas isso é
doentio. Supostamente, todos eles já
morreram uma vez. Alguns até várias vezes.
PÓTICOS APOCA LY
Têm meu respeito, pois sabem viver.
Eles sempre queimam e destilam para
nós. Ah, e as mulheres! Adivinha meu
motivo para voltar àqueles malditos
assentamentos.
CRÔNICOS
Eles são malucos. Alguns ficam inquietos
quando veem meus artefatos, mas pagam
apenas o preço mínimo. Mas principalmente,
eles estão bem. Eles não falam muito, então
coloque suas coisas na mesa, espere, pegue
os Rascunhos, saia. Se você está procurando
amigos para toda a vida, vá para outro lugar.
CLANNERS
Em um buraco cheio de insetos, sempre há
alguns que querem te morder. É o mesmo
com os clãs lá fora. Alguns são pacíficos e
ajudam com um cantil de água e um
pedaço de carne. Outros cortarão esse
pedaço de você e o alimentarão com seus
filhos.
HEL LV ETICS
Equipamento impressionante. Um Trailblazer me
manteria ativo por vários invernos. Os Hellvéticos
estão bem, eles não fazem barulho desde que
você se comporte dentro da Fortaleza deles.
Então, por favor: mije apenas nos buracos
marcados!
JEAMMEDANOS
Os Jehammedanos vivem em um mundo
diferente. Você pode beber com um Anabatista,
pode discutir sua erupção cutânea com um
Espitalário tomando um copo de destilado, pode
até conversar com Juízes. Mas os Jehammedanos?
Eu não sei nada sobre cabras.
JUÍZES
Eu sei cuidar de mim, nunca precisei de
ninguém. As pessoas em Justitian parecem ver
isso de forma diferente.
Os Juízes gostam de regras – quanto mais,
melhor. Ninguém pode acompanhar essa porcaria.
Uma vez eles pelo menos mantiveram as ruínas
limpe matando baratas. Mas isso não está
funcionando muito bem hoje em dia...
NEOLIB YA NS
Eles são comerciantes, em Bedain eles
deveriam ser caras legais. Os Cronistas têm
uma visão diferente, a julgar pelas histórias
que contam sobre eles. Eles dizem que
roubam nossos filhos, estripam-nos e usam as
vísceras como iscas de pesca. Certamente
aqueles malucos mascarados não mentiriam
para nós assim.
PA LERS
Um pequeno passeio por seus bunkers e estaríamos
prontos para o resto da vida. Mas eles se sentam
sobre os tesouros com suas bundas pálidas,
guardando tudo para si. Idiotas. Eles são um pouco
estranhos também. Eles têm esse olhar enlouquecido,
de alguma forma inquietante.
Algozes
Filhos da puta perigosos. Eles não são mais
violentos do que outros idiotas, mas em vez
de deixar você no chão depois de uma briga,
eles o levam com eles.
ESPI TALIANOS
Eles pensam que somos escória e se
consideram acima de nós. Ha-ha, eles podem
estar certos. Mas somos livres!
LOBO
CULTURA:Purgar
CONCEITO:O Discípulo
CULTO:Scrappers (Legenda)
Como um homem branco entre negros, Lobo
mentiu para conquistar os corações dos
Neolíbios em Bedain. Ao contar piadas de
Frankan para os Algozes, até eles abrem um
sorriso. Ele sabe como aplicar seus encantos.
Com um sorriso irônico, ele vende o
equipamento saqueado e canibalizado pelos
neolíbios de volta para seus compatriotas no
continente. E entre esse carregamento, há
muitos artefatos que deveriam ter ido para a
África.
HES TA
CULTURA:Hibrispânia
CONCEITO:O Visionário
CULTO:Scrappers (lobo solitário) Cavar na
terra pode atrair alguns Scrappers como
um estilo de vida, mas para Hesta, não é
suficiente. Ela ficou sabendo de algo
grande, coletou mapas e marcos do
Pathfinder, estudou livros antigos e
comparou impressões de silhuetas de
cidades com as silhuetas de mares de
destroços e chegou a suas próprias
conclusões. “Mais que um golpe”, diz ela,
com o maxilar cerrado.
O COLETOR DE CABEÇAS
CULTURA:?
CONCEITO:O destruidor
CULTO:? (Scrappers presumidos)
Um cadáver sem cabeça jaz na calçada em
Justitian's Defiler Streets, a cabeça faltando, mas
obviamente brutalmente arrancada do pescoço.
O sangue ainda está úmido. Uma Scrapper
feminina. Assim como o último, dois dias antes e
a três estradas de distância.
A pontuação do Head Collector agora é
de 29 a 0 contra os Juízes, e eles ainda não
sabem de nada. Ou será que o assassino está
realmente protegido de cima, como alguns
nem começaram a suspeitar?
Scrappers 229
 CONQUISTADORES DO MUNDO
NEOLIBIANOS
CONCESSÕES
Céu azul de aço, um sol implacável arde nas ruas poeirentas de Tripol.
Há uma brisa suave que vem do mar, levando o cheiro de algas podres
e sal até o nariz dos africanos. Mais tarde, o vento mudará e afogará o
odor na umidade da floresta tropical. Ambos estariam bem para os
tripolitanos reunidos em frente ao palácio revestido de mármore do
Neolibyan Bank of Commerce. Hoje, os mais ricos dos ricos, os
neolíbios, se reúnem em frente ao portal de vidro. Mendigos se
reúnem ao longo das estradas, esperando. Africanos em trapos
imundos ficam ao lado daqueles em roupas luxuosas. Eles assistem
aos eventos, maravilhados com o pano de ouro e tecidos coloridos que
os neolíbios usam ao redor de seus quadris, e apontam para os finos
rifles e sabres. Os espectadores riem dos turbantes que terminam em
xales: pele rica, pele sensível.
Uma grande comitiva avança pela multidão: no centro está um
palanquim de seda madrepérola esticado entre varas carregadas por
escravos brancos. Sua amante caminha nas sombras. Cada passo faz
tilintar em seu peito joias de placas de prata reluzentes. Um homem
branco e careca se aproxima dela de cabeça baixa, ela resmunga
alguma coisa e aponta para frente. O escravo foge.
Um murmúrio percorre a multidão. Um Neolíbio carrega uma
armadura de perna de Homem-Máquina, botas altas de metal azul.
Diz-se que ele teve que sacrificar 50 Algozes por eles e que a armadura
é protegida contra todo tipo de dano por runas antigas. Um menino se
separa da multidão e corre em direção ao Neolíbio. Sem diminuir o
passo, ele cai de joelhos, deslizando em um
nuvem de poeira, alcançando as botas. Sua mão os toca, o
neolíbio cambaleia, recupera o equilíbrio e chuta o menino. Ele
rola para longe rindo. A multidão aplaude e dança.
O sol atingiu seu zênite. O suor brilha na pele negra. Cheira a
poeira quente. Um escravo desmaia e é arrastado para as sombras. As
pessoas se abanam, tentando tomar um pouco de ar fresco. Alguns
chamam de "Balkhani, Balkhani!" Outros se juntam, batendo os pés.
Os Neolíbios lançam olhares sérios e imperiosos, mas há um brilho
divertido em seus olhos. Eles acenam com a cabeça ao ritmo dos
gritos. A enorme entrada de vidro é destrancada com um estrondo. Lá
dentro, escravos com torsos nus podem ser vistos agora, empurrando
os portões, machos musculosos com barbas perfeitamente raspadas:
o ideal africano dos Balkhani domesticados e treinados. Lentamente,
os portões se abrem. Os neolíbios do lado de fora recuam primeiro e
depois empurram uns aos outros para o crepúsculo fresco do Banco
do Comércio. Eles rasgam um ao outro, empurrando e empurrando
até conseguir algum espaço e entrar no vasto saguão. Não dispensam
o olhar às tapeçarias de um metro de altura com os seus padrões
tradicionais. Pés descalços cruzam o mármore, sandálias fazem
barulho. Bainhas de sabres e rifles colidem, é como se uma batalha
estivesse sendo travada.
O riacho se separa e lava as duas escadas para a galeria e através
dos portais em ambos os lados do corredor para a rotunda da sala do
mapa. A galeria circunda a cúpula a pouco mais de cinco degraus
acima do solo e está se enchendo rapidamente.
NEOLIBIANOS 231
A cúpula é forrada com entalhes em madeira preta e polida:
espíritos ancestrais retratados como totens fixos ficam ao lado de
padrões geométricos incrustados com placas de bronze e prata. É
um casamento da velha e da nova África. Através da abertura
circular no ápice da cúpula, o sol do meio-dia brilha e lança um
feixe de luz no mosaico do piso; feito de inúmeras pedras
semipreciosas lapidadas: mostra um mapa da Europa e da África.
Pregos marcam cidades e fios amarrados entre eles representam
rotas comerciais. Eles cobrem a obra de arte em uma teia densa,
solidificando-se em fios grossos em Tripol. Nos fios estão
amarradas bandeirinhas, marcadas com os nomes de centenas de
comerciantes neolíbios.
Partículas de poeira dançam na luz. Neolíbios se inclinam
sobre a balaustrada, procurando por sua comitiva ou ofegando
por ar quando estão muito amontoados. Alguns debatem em voz
alta com gestos selvagens. Alianças potenciais são discutidas,
promessas provisórias são gritadas pela sala.
Os cartistas entram no mapa. Atrás deles, o leiloeiro
Thabul entra e levanta os braços. Ele foi eleito por maioria e
está no final de uma longa carreira. Todos lhe mostram
respeito e confiança. O barulho se acalma em um murmúrio.
Ele se curva em todas as direções, e os neolíbios na galeria
acenam de volta. Thabul dá um passo para o centro sem tocar em
nenhum fio. Ele abre a batalha por concessões com uma rota
inócua, provavelmente promissora, entre os acampamentos dos
Sucateiros Purgans. O clima ainda é contido, os neolíbios
esperando pelo peixe grande: Tripol para o resto do mundo.
Alguns perdem a coragem e entram na escaramuça das ofertas na
galeria, gritando e xingando; Thabul os observa, registrando
friamente o preço de concessão que aumenta continuamente, até
que ele aceita a oferta de um neolíbio em uma tanga estampada
em vermelho e azul segurando um rifle indefinido. O rosto do
homem está coberto de suor. É legal na sala do mapa.
Um segundo de calma.
Todos respiram fundo. Em seguida, segue-se
rapidamente rota por rota, alternando diferentes qualidades.
Ondas de indignação abalam as comitivas dos perdedores,
enquanto os vencedores riem ou gritam seu sucesso.
Thabul dança ao redor do mosaico coberto de fios, apontando
para vários países, chamando os volumes de comércio e
elogiando as vantagens desta cidade ou daquela rota marítima
como um ladrador. Os cartistas ao seu lado agarram
infalivelmente as bandeiras, puxam-nas e substituem-nas por
novas. Thabul não dá um minuto de descanso aos licitantes,
atormentando os mercadores de concessão em concessão.
Quando a multidão está cansada e quer fazer uma pausa, ele
oferece estradas lucrativas, colocando lenha na fogueira. É um
jogo, e o mundo é o seu tabuleiro de jogo. O sol começa a se pôr.
Todo Tripol parece estar focado
no Banco do Comércio. Só quem está na frente terá a
chance de passar a noite com escravos, vinho e iguarias
de todo o mundo conhecido. Os Algozes mal conseguem
controlar a multidão agitada. As pessoas nas primeiras
filas olham para as enormes portas de vidro. Muito em
breve, os neolíbios caminharão por eles, alguns tristes e
inacessíveis, outros eufóricos e generosos. Este último
dará festas para que o povo participe da alegria que a
tradição exige: a noite do êxtase. Lá! Os Balkhani
começam a empurrar os portões...
PARA O TOPO
Os neolíbios são comerciantes cujos objetivos são lucro,
influência e riqueza. Qualquer coisa que lhes custe tempo
e energia sem trazer dinares, eles negam. É por isso que
eles nunca tiveram interesse em uma história escrita
completa. Mas eles deixaram seus rastros: no Banco do
Comércio e nos arquivos privados, livros e pastas cheios
de tratados e acordos acumulam poeira. Com alguma
intuição e paciência, é possível extrair deles a história dos
neolíbios.
Começa cerca de 50 anos após a devastação da costa
africana. Os primeiros relatos foram encontrados no
sertão africano e foram escritos pelo líbio. Ele era um
comerciante, um contador perspicaz e muito
empreendedor. Ele atendeu os sobreviventes e assim
teceu a rede de contatos que o apoiaria até o fim. Seus
postos comerciais ao longo da costa mediterrânea
africana eram como sementes que logo brotavam em
cidades fortes. Uma delas foi Tripol: segundo a história, a
aldeia natal do líbio começou entre as ruínas da antiga
Trípoli. Aqui as correntes do comércio se encontraram –
pelo menos é o que dizem os livros – e trouxeram
riquezas inesperadas não só para o líbio: chá, tecidos
caros, óleo em ânforas, sacas cheias de grãos e ferragens
amontoadas nos armazéns e cavernas. Os espíritos
ancestrais olhavam com bons olhos para a cidade.
As empresas do líbio cresceram demais para serem
controladas apenas por ele. As listas daquela época contam
centenas de empacotadores, ajudantes e escribas, alguns deles
ex-concorrentes que o líbio havia derrotado em guerras
comerciais. Outros itens de custo indicam que parte do lucro foi
canalizado de volta para a população. O líbio pagou pela
construção de salas de reunião e fez com que os trabalhadores
criassem campos ou canais fortificados. O declínio da África havia
sido interrompido.
Agora, seus habitantes se preparam para atacar uma montanha
de resíduos culturais herdados, inimizades de clãs e estruturas
desoladas.
A FUNDAÇÃO
O líbio odiava cada palavra que não levasse diretamente a um
lucro medido em dinares. Ele não falava sobre sua família, sobre o
clima e, principalmente, sobre seus concorrentes. Mas às vezes,
depois de um bom dia, quando ele percorria as fileiras de seus
escribas e via que tudo se entrelaçava, que todos os números
eram faturados corretamente, ele reunia seus subordinados ao
seu redor. Seu rosto tornou-se suave e relaxado, e sua voz soou
mais profunda. Ele pediu a todos que se sentassem e preparou e
serviu chá. Ele esperou até que todos tivessem bebido um pouco.
Ele olhou em volta, acenou com a cabeça e descreveu os eventos
que levaram até esse ponto. Ele disse que tudo se baseava em
três coisas: exploração, diplomacia e comércio.
Esses três aspectos dependiam um do outro, e foi
somente juntos que formaram a tríade que seduziu o
mundo como ele próprio foi seduzido pela música da
cítara de sua concubina Manhare. Ele os chamou de
alicerce de todo empreendimento florescente e disse que
nada nem ninguém poderia derrubar o edifício baseado
neles.
Esses ensinamentos se tornariam seu legado.
200 anos após a morte do líbio, seus descendentes se
autodenominam Neolíbios. Como parte de seu empreendimento
ainda em crescimento, eles incorporam seus três aspectos.
EXPLORAÇÃO
Os navios dos neolíbios cruzam o Mediterrâneo e, com seus
binóculos, os mercadores avistam costas estrangeiras. Suas
expedições escalam as montanhas mais altas: exploram o
pólo mais frio e o deserto menos habitável. Manchas em
branco no mapa os atraem como se explorá-los fosse o
último desejo de seus pais.
O mundo está repleto de lugares, e cada um oferece
experiências sensuais, negócios interessantes, aventuras,
inspiração ou segredos antigos. É uma pena quantos deles
ainda não foram mapeados! Cada pesquisa e cada mapa
abrem novos caminhos para o povo africano, mercados, áreas
de caça e, no final, riqueza: seja ela medida em dinares ou em
conquistas culturais.
DIPLOMACIA
Onde um fuzil abre buracos e cria um ódio que durará décadas,
uma palavra amiga abrirá portas. A diplomacia permite que os
Neolíbios façam negócios sem ter que vir na companhia de um
séquito de Algozes. Ele forja laços. Traz passagem segura em
terras estrangeiras e regiões perigosas. Sem diplomacia, a cultura
não pode ser criativa, nem construir pontes, cruzar fronteiras ou
ganhar novas perspectivas.
NEOLIBIANOS 233
 TROCA
Uma vez que os países estrangeiros foram explorados e listados, uma vez que as mãos foram apertadas e os presentes foram dados,
uma vez que a amizade foi confirmada durante uma xícara de chá, a pesquisa de mercado pode começar. Todos os recursos e serviços
são listados e as demandas da população são detectadas – ou criadas. O explorador atribui a nova rota ao Banco do Comércio e, em
troca, recebe em dinares o volume comercial esperado para dois anos. No próximo leilão, será oferecido como concessão como todas as
outras rotas. Seu explorador estará de volta à proa de seu navio nesse ponto, erguendo o rosto para as ondas e sonhando com terras
estrangeiras.
Na visão de mundo do líbio, o comércio acorrenta as partes umas às outras. Sejam Clãs, Cultos ou Culturas, o comércio os une em um ciclo de
bens, força-os a agir razoavelmente e impõe modos básicos de comportamento civilizado sobre eles. Aqueles que não fazem com que seus
semelhantes sejam bem-vindos, não cuidam de seu bem-estar, não os ouvem e colocam seu próprio orgulho antes de qualquer compromisso, logo
serão rejeitados.
Também é útil que todas essas bênçãos também sirvam para gerar alguns dinares para os comerciantes.

ATACADORES
Não é apenas o comércio que faz dos neolíbios os comerciantes
mais bem-sucedidos da região do Mediterrâneo. Eles devem parte
de suas riquezas aos terrenos de artefatos dos povos do norte.
Com seus imponentes navios mercantes expelindo fumaça, eles
trazem Algozes e Sucateiros para as costas de Frankan e Purgan,
chegando à costa com seus Tanques Surge para trabalhar em
campos de sucata intocados. Seus mapas são incomparáveis em
qualidade: geralmente o leiloeiro os faz levar um cartógrafo que
mede e mapeia as antigas estradas para que novas concessões
sejam derivadas e vendidas no Banco do Comércio.
Algozes são absolutamente necessários para tais
expedições. Eles equipam as armas e correm pelas ruínas em
seus carrinhos de quatro rodas, os Koms, procurando por
selvagens e perseguindo-os: matando ou capturando-os. Eles
são desenfreados como hienas e mordem todos os bezerros
que não recuam rápido o suficiente.
Isso é muito problemático, pois através desse
comportamento violento eles prejudicam a reputação dos
Neolíbios com a população local. O mero avistamento de um
Surge Tank trovejando pela terra pode chamar às armas toda uma
união composta por dezenas de Clãs. Quase todas as noites,
flechas flamejantes caem em placas de armadura de aço ou
patrulhas do Algoz são atacadas no deserto. O tempo para os tons
medidos do aspecto da diplomacia ainda não chegou, ou talvez já
tenha passado por um bom tempo. Seja qual for o caso, pegue
alguns escravos!
THEBANKOFCOMMERCE
450 anos atrás, havia apenas uma construção de barro aqui. Suas
paredes foram pintadas com giz e finalmente ladrilhadas, scriptoriums
adicionais foram construídos. Mensageiros iam e vinham, abrindo
sulcos no chão de lama. Surgiu todo o bairro: com armazéns, um
arquivo e uma oficina para fazer carimbos e utensílios de escrita, tudo
para uso particular do líbio. Com o tempo, o antigo prédio de barro foi
substituído por um prédio de escritórios de dois andares com fachada
do mais fino mármore Purgan.
O site do empreendimento continuou crescendo mesmo
após a morte do líbio. Hoje, o Banco do Comércio está situado
lá - uma pequena cidade no coração de Tripol. Aqui, centenas
de cartógrafos copiam gráficos e mapas, e um exército de
escribas registra e categoriza o fluxo de mercadorias. Nos
arquivos são registradas as cotas de vendas e lucros de cada
rota e concessão, desde o primeiro dia de uso até o
momento.
No primeiro dia do primeiro mês de um novo ano, o
Banco do Comércio realiza o grande leilão. Neolíbios deixam
suas propriedades em Purgare e Bedain ou interrompem
suas grandes caçadas nos campos de esporos de pólen, eles
vêm da costa atlântica e das costas de Anubia. Ninguém pode
perder o leilão. Exatamente ao meio-dia, todas as concessões
recaem sobre o Banco do Comércio.
O leilão dura o dia todo. As ofertas de rotas cobiçadas e
lucrativas se alternam com as de concessões arriscadas e
pouco desenvolvidas. Os neolíbios se envolvem em uma
batalha acalorada, discutindo e formando alianças com ex-
arquiinimigos. Poderosos monopólios e alianças são criados
na hora no ritmo dos leilões e fechados novamente no ano
seguinte no mesmo local.
Os que conseguem uma concessão controlam totalmente o
setor que compraram, sem qualquer disputa de preços ou
ataques de seu próprio povo.

BEDAIN

Bedain, a ilha Scrapper com seu lendário porto de
Siracusa, é a porta de entrada para o continente
africano e uma parada para as expedições de
pilhagem neolíbias. Aqui, enormes usinas e
enormes obras de engenharia
são descarregados, desmontados por Scrappers
experientes e despachados novamente. O
Neolibyan Khadala fez de Syracuse sua casa. Ela
administra os cais onde os Sucateiros trabalham
dia e noite para manter sua armada.
de barcos. Suas provisões estão empilhadas até
os telhados com artefatos que seus Algozes
roubaram do Corvo. Os cronistas sabem disso.
Khadala e suas propriedades estão cercadas por
persianas, esperando para agir.
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com

O NEGÓCIO

As avenidas de Tripol se abrem para os certamente de valor decorativo apenas. As

mercados com estandes coloridos que
oferecem arte de todo o mundo. Tecidos
balançam ao vento, há um cheiro de anis e
cominho, ferreiros batem em ferragens de
ouro. A luz do sol brilha em maçanetas, fivelas
de cinto e joias. Ao lado delas, as barracas
oferecem ânforas ou potes pintados, xícaras,
almofadas bordadas, cortinas e moedores
para o preparo dos temperos. Muitos
artefatos do norte gelado estão em exibição,
lembrando tubos entrelaçados e são
pessoas andam calmamente pelas ruas,
inspecionando as mercadorias, pesando-as nas
mãos e cheirando-as. Eles pechincham e riem
alto. Nas esquinas, sentam-se em almofadas,
fumam narguilé e tomam chá. Tripol oferece um
olhar para a alma neolíbia. Aqui, eles celebram
sua riqueza e exibem sua autoconfiança. Ambos
são pilares de suas vidas. A necessidade de
sucesso e o desejo de ser um dos mais ricos da
Tripol são os principais motores que os fazem
trabalhar ainda mais a cada dia.

As riquezas obtidas com os leilões vão para os cofres do um processo indisciplinado. Os procedimentos estão longe de ser civilizados.

Banco do Comércio e de lá para os bolsos dos artesãos que
expandem a Tripol. Grandes somas também são doadas para
assentamentos empobrecidos nos arredores da cidade: os
neolíbios odeiam a pobreza nas proximidades da capital.
GLÓRIA E OBRIGAÇÃO
A única hierarquia que os neolíbios aceitam é a do dinar. Se
você tem muito, você é mais importante do que uma pessoa
que possui menos. Mas essa não é toda a verdade. Na
verdade, apenas o Banco de Comércio conhece a riqueza
exata de qualquer Neolíbio e seus contadores juram absoluta
discrição. A única riqueza que importa para os neolíbios é o
que eles podem observar: grandes comitivas vestidas com
roupas caras e equipamentos extravagantes ou até mesmo
Tanques Surge falam de um sucesso comercial notável.
Aqueles que têm esse tipo de sucesso são magnatas
consistentes e podem até se tornar xeques. Mas não importa
onde um Neolíbio esteja na hierarquia, todos eles são
obrigados a ser fiéis às concessões. Se alguém negar o
leiloeiro e continuar explorando uma concessão perdida,
furtar o domínio de um concorrente ou quebrar um acordo, o
Bank of Commerce não faz distinção com base na riqueza. O
culpado terá de responder perante um tribunal de seis
neolíbios, três deles nomeados por ele próprio, os outros três
pelo acusador. Eles estudam os parágrafos relevantes do
acordo e avaliam a culpa. Normalmente, isso é
Os membros do tribunal gritam e apelam para a mente
obviamente nublada de seus colegas, e sim, talvez ele tenha
bebido um pouco demais do narguilé. Eles riem, insultam,
bajulam. Mas no final, eles sempre chegam a um acordo.
Ninguém apóia os negociantes no Culto Neolíbio: eles são
rapidamente revelados e tratados.
NOVOS CAMINHOS
O Culto está crescendo, mas o número de rotas lucrativas
não. Muitos neolíbios deixam o Banco do Comércio de mãos
vazias após o leilão anual. A maioria deles entrou na comitiva
de um dos neolíbios mais ricos como zeladores ou líderes de
caravana. Quem tem navio parte em busca de novos
mercados. Para o resto dos de mãos vazias, existem apenas
alternativas não amadas. Eles podem se aventurar em regiões
que o Bank of Commerce declarou livres de concessões. Isso
é muito arriscado: o lucro não é garantido e a população age
de forma agressiva como um enxame de vespas. O Leiloeiro
não pode exigir dinheiro para tal mercado. Os terrenos de
artefatos podem ser abundantes, mas quem sabe ao certo?
Até agora, qualquer africano que se aproximou deles foi
esfolado.
Alguns mercadores procuram aventura ou estão
simplesmente distraídos. Eles vão para aquele pouco de ousadia
que os cercará no próximo ano em Tripol. A competição vai comer
seu coração. Deixe-os apodrecer de tédio em suas rotas.

RIFLES

O rifle é um símbolo de status dos velhos
tempos que os neolíbios transportaram
para o presente. As espingardas modernas
cativam pela sua forma elegante e esbelta
e pelas ranhuras extremamente finas dos
seus canos. Ouro e joias são populares
elementos – desde que estejam na moda.
Tripol exige que seus visitantes
dancem de acordo com suas tradições: se
você não quer ser considerado um aldeão
do sul do país, é preciso se adaptar aos
caprichos da metrópole.
Não importa se o rifle é utilizável – o que
conta é sua aparência. Pode ser real, mas as
batalhas em que as vítimas respondem são
reservadas para os Algozes. Uma caçada bem
organizada – bem, isso é algo completamente
diferente.

NEOLIBIANOS 235
 HERDADE
Assim como os líbios trouxeram riqueza para Tripol, os
neolíbios sustentam suas aldeias natais. Eles equipam os
Algozes, tornando-se um aspecto da grande relação
simbiótica entre os povos africanos. O povo africano poderia
estar satisfeito com isso, mas continua exigindo mais.
Se os negócios forem fracos, os Neolíbios não só
precisam corrigir seu curso de ação para si mesmos, mas
também para seu Clã, pois correm o risco do declínio social
de sua aldeia. Traga riquezas, mostre à aldeia vizinha que
nossos filhos são melhores que os deles! A competição entre
as aldeias e os Clãs é acirrada, e toda a fanfarronice é feita às
custas dos Neolíbios.
Ela os empurra, mas não os engana. Estoicamente, eles
iniciam novos projetos de construção nas terras de seus
ancestrais, erguendo banhos, oficinas, usinas elétricas, destilarias
de água potável, bibliotecas e escolas. No final, eles lucram com
isso, pois a querida família lhes oferece seus filhos. Há lugar para
o pequeno Kete no scriptorium – você sabe, ele tem essa perna
manca, mas mão firme! Aos três anos de idade, Ghamale já era
capaz de somar dois mais dois: ela não daria uma Escriba
maravilhosa?
Quanto mais dinares forem gastos em escolas e professores,
melhor será a matéria-prima humana básica. Os neolíbios estão
fazendo um investimento.
ADROPOBILE
Algozes sacrificam seu corpo para a batalha e para o bem-
estar de seu povo, mas o Neolíbio é visto como um trapaceiro
covarde que prefere esconder sua barriga atrás de muros
altos e deixa que outros façam seu trabalho sujo por ele.
Embora os Neolíbios garantam a riqueza da terra, em suas
aldeias natais, todo Algoz – mesmo o mais humilde – está
acima deles.
É tradição, dizem os guerreiros, que eles participem da
riqueza da aldeia e, por meio dela, também da riqueza do
residente neolíbio. Na verdade, os Algozes são os que são
apoiados pelos mercadores. Armas, munições, veículos,
Petro, comida, alojamento: eles recebem tudo o que exigem.
Mas não importa o quanto os Algozes perturbem os
Neolíbios em casa com sua ganância e malícia, nas costas da
Europa, eles perdem sua influência. Os neolíbios,
desprezando um povo de escravos submissos e inferiores,
são os senhores das cidades mediterrâneas.
Palácios gigantes de pedra e sucata, empilhados com
armas, joias, chá, óleo, café, especiarias e outros bens,
mostram a riqueza do Culto Neolíbio com sua pompa. Aqui,
os Algozes seguram seu fogo e agem com respeito, sentindo
seu poder diminuir. Longe de casa, tornam-se suplicantes.

ESCRITO

Aos 11 anos, os jovens africanos podem se juntar
à comitiva de um neolíbio para viajar pelo mundo
e ganhar experiência. Se eles se mostrarem
promissores, terão que enfrentar o Leiloeiro em
Tripol aos 17 anos.
Depois que o Neolíbio deles garantiu
eles e relataram suas realizações,
discutem-se os princípios e ideais básicos
do Culto, a importância das concessões e a
responsabilidade para com a família.
No final desta discussão, se o
O leiloeiro abraça o candidato, ele é considerado
aceito, mas se eles apenas apertarem as mãos
quando ele se separar, os feitos enumerados
anteriormente não são suficientes. Ele terá que
permanecer na comitiva de seu mentor por mais
um ano.
 BIGGAMEHUNTING

Os armazéns estão empilhados, os livros
contábeis cheios e as concessões garantidas
por mais um ano. Mas alguns neolíbios ainda
sentem uma certa gravidade da alma que o
joga de volta para a cama, o faz meditar,
fumar e beber chá até que seus empregados
se encolham com medo do espírito maligno
que pode tê-lo possuído.
bala após bala em suas bandoleiras e usando-
as com orgulho. Parece pesado em torno de
seus quadris. Eles estão prontos. As balas de
seus rifles martelam a tundra de Pollen, as
florestas de Borca e os desertos de cinzas de
Purgare como um trovão. Cada rachadura faz
com que mamutes caiam ou dilacerem
Gendos. O Neolíbio e sua comitiva gritam de
eles, feromantes atraindo você para perto e
pressionando sua carne quente contra a sua para
transformá-lo em uma marionete sem alma,
psicocinéticos que aparecem na sua frente mil
vezes no caleidoscópio de um espaço fraturado,
comandando enxames de carrapatos: é aqui que
você encontrará jogo digno.
A mais exaltada de todas as criaturas que

É o desejo pela vastidão da terra, por alegria. espreita no que os europeus chamam de Sepse é o

aventura e grandeza. Alguns em Tripol podem Mas eles são apenas animais. Você mata Biocinético, cuja carne devora bala após bala,

encontrar satisfação em colunas intermináveis animais, não luta contra eles. O verdadeiro desenvolvendo feridas que empurram o chumbo para

de números, outros embarcam em navios e desafio, a prova de sua superioridade, espreita fora de seu corpo enquanto ele continua avançando

viajam para a Europa. Eles trocam seus fuzis nas profundezas dos campos de esporos. sobre você, gemendo e rangendo. Aqueles que

finamente trabalhados e delicados por armas de Gritando Dushani roubando um pedaço de sua voltam para casa com um crânio malformado ou

alto calibre com miras telescópicas, empurrando alma a cada passo que você se aproxima mesmo com chifres colhem uma glória incrível.

TERRAS ESTRANGEIRAS
Os neolíbios controlam o Mediterrâneo. Empórios comerciais com até dez membros cada mantêm navios de transporte volumosos, verdadeiros
monstros marinhos feitos de aço e ferrugem. Eles carregam centenas de Scrappers africanos e seus equipamentos para a costa mediterrânea
européia e retornam a Bedain semanas depois com toneladas de artefatos. O negócio é rápido, o risco é adequado. Pelo menos, esse é o
sentimento entre as hordas de Sucateiros que destroem as ruínas e destroços e Algozes que estão armados até os dentes, sabendo muito bem
que sem o Neolíbio eles nunca voltariam para casa.

NEOLIBIANOS 237
 BORCA
Atravessar os Alpes é caro, quase inestimável para os Tanques
Surge, e a resistência é enorme. Nos últimos meses, os Clãs se
tornaram cada vez mais ousados, e os Sucateiros europeus
reagem mal-humorados a qualquer um de seus colegas africanos.
Com rifles volumosos, eles se sentam nas ruínas e as defendem
com ciúmes. Mas os Cronistas são os verdadeiros demônios. Eles
colocam as pessoas em desacordo com os africanos contando
histórias de terror: uma criança desapareceu? Quem pode tê-lo
devorado?
Os juízes permanecem fiéis aos seus aliados, mas pelo
menos eles podem ver através da farsa. Embora aceitem
africanos em seu território, não permitem que explorem
as ruínas, e seu líder, Archot, proibiu seus cidadãos de
negociar com os neolíbios. O Cluster vibra consentimento.
Aqueles Clãs distantes da mão mediadora dos Juízes estão cheios
de desconfiança para com os africanos. Esses estranhos perfumados
em seus xales coloridos e lenços enormes parecem estranhos e estão
armados como se estivessem planejando conquistar toda a região. Mas
seus produtos - especialmente especiarias, chá, frutas e Petro - são
muito procurados nas poeirentas planícies vermelhas ou florestas de
Borca.
casa, eles não querem negar a si mesmos seu chá, suas sementes
de Psiquívoro, suas pomadas curativas Anubitas e suas preciosas
gemas lapidadas.
PURGAR
A terra do Psychokinetics é um lugar para aventureiros. Matar
um desses psiconautas mortais e poderosos está entre as
principais atrações de um tour pela Europa. Para os
comerciantes, o oeste não tem muito a oferecer. É muito
exigente em relação a pessoas e materiais. Os gases
corrosivos das aberturas vulcânicas danificam os pulmões e
os sistemas de filtro dos tanques de compensação, despesas
que mal são cobertas pelo comércio com clãs como os
Romanos, que vasculham os tesouros de seu passado para
vender por alguns dinares.
A leste dos Apeninos, porém, pode-se vender Petro
aos anabatistas. A guerra sempre foi um negócio
lucrativo. Nesta região, infelizmente, é o único. A
intensidade decrescente do conflito não passou
despercebida. As primeiras expedições já foram verificar
os mercados das cidades anabatistas.

FRANCA HYBRIS PA NIA

A relação com os Frankans é relaxada. As ruínas foram
saqueadas há muito tempo, e caças de escravos como as dos
Balkhan sempre foram muito caras no pântano. O comércio é
restrito às cidades costeiras, algumas das quais foram
libertadas dos Feromantes por Espitalários e Anabatistas em
sua passagem para a Aquitânia.
Alguns marinheiros se aventuram nos rios para comprar óleo
exótico e secreções de adenóide. Outros procuram restos de
antigas expedições: de acordo com o Banco do Comércio, mais de
20 Tanques Surge foram deixados para trás nos pântanos por
Neolíbios falidos, todos eles totalmente carregados com sucata e
Petro. Seriam um achado digno.
PÓLEN
Durante anos, Wroclaw foi o centro de comércio mais
lucrativo de Pollen e até se tornou uma das concessões mais
valiosas do Banco de Comércio. No entanto, os principais
clientes não são os habitantes de Wroclaw ou Piast, mas os
africanos que vão à caça grossa. Mesmo longe de
Os Hybrispanianos já pagaram o preço por sua
arrogância. Apenas os Algozes parecem incapazes de
entender isso. Enquanto não recuarem, os neolíbios
não serão capazes de lidar com os locais além de suas
propriedades em Al-Andalus.
Os Hybrispanianos não são bons escravos. Em casa, eles
representam um perigo para toda a família com seu ódio
adquirido pelos africanos, e nos campos de petróleo são os
condutores de todas as revoltas. Eles podem ser usados nas
minas, mas é difícil lidar com eles.
BALKHAN
Os Voivodes são bons clientes com uma queda pela grandeza.
Os neolíbios sabem exatamente como atender às suas
necessidades. Em troca, os Voivodes dão a eles madeira e
escravos – e que escravos eles são! Espitalários ficam ao lado
de Hellvéticos e Pálidos (bah!). Definitivamente melhor do que
os teimosos Jehammedans e Balkhani que os Algozes trazem
de volta.

PIRATARIA

Os neolíbios reivindicam domínio sobre o patrulhas de combate. Para cidades-estado estrangeiras são solicitados a entrar na próxima porta.

Mediterrâneo. Na verdade, é a chave para o aliadas, o Banco de Comércio oferece acordos de dinheiro Se a tripulação resistir a esta ordem, o navio é

sucesso comercial do Cult. Para manter esse de proteção para aqueles que desejam viajar pelo submetido a uma barragem de amolecimento,

domínio, o Banco do Comércio contrata Mediterrâneo sem serem molestados. Os navios embarcado e navegado para Bedain por uma

neolíbios sem concessão para proteger as resgatados dessa maneira recebem passaportes que tripulação de Algozes. Na costa, os prisioneiros são

costas. Em navios gigantes cercados por ágeis salvam suas tripulações da escravidão caso sejam amarrados, taxados e vendidos por especialistas

barcos torpedeiros Flagelos, eles seguem embarcadas. Envios sem aprovação neolíbios.
RANKSNEOLIBIANOS
1 - APRENDIZ
Desde que o cabrito foi desmamado do seio da mãe, ele só
tem causado problemas. Ele poderia buscar água no poço,
mas é magro demais para isso. Ele poderia rabiscar notas,
mas ainda não pode escrever. Ele começou a perguntar o
significado dos símbolos nos tanques de compensação, quer
aprender cada um deles. Mande-o para os neolíbios, ele vai
aceitar.
Como Aprendiz, ele varrerá o scriptorium pelos próximos
anos e aprenderá a ler e escrever. Um pouco de aritmética
também não pode prejudicar.
2 - ESCREVA
Bem, a parte da escrita funcionou muito bem. O jovem
africano ainda não é considerado um neolíbio, mas vai
subindo na comitiva. Ele mantém uma vigilância cuidadosa
sobre os ganhos e perdas de pelo menos uma rota mercantil,
anotando-os nos livros de seus mentores.
3 - COMERCIANTE
Então é isso. O Leiloeiro abraçou o jovem africano e assim o
tornou um membro do Culto. A partir de agora, vive a
tradição líbia. Ele pode romper com seu mentor e iniciar seu
próprio empreendimento com a riqueza acumulada até
então. O mundo é sua ostra.
4 - MARÍTIMO
Empilhar dinar sobre dinar pode ser satisfatório por um
tempo, mas o desejo de viajar faz o neolíbio deixar o
scriptorium. Ele fica nas docas sentindo o cheiro das algas e
do sal e sabe que os armazéns e locais de trabalho ficaram
pequenos para ele. Sua casa é lá fora. O Marinheiro nunca
fica em um lugar por muito tempo. Ele vagueia explorando
costas e rios. Ele entra profundamente no desconhecido. Suas
explorações dão um futuro ao Culto.
5 - CARTÓGRAFO
O Cartógrafo viaja pela terra, desenhando mapas e
registrando rotas mercantes. Seu conhecimento da cultura e
das pessoas é enorme. Ao longo de sua vida, ele preenche
Atlas, seguindo os rastros de povos perdidos para cidades
esquecidas e aprendendo dezenas de idiomas.
Os navios dos Cartógrafos são lendários, as crianças
desenham suas silhuetas na areia e brincam de serem
exploradores. Em algum momento, os maiores Cartógrafos
ousam cruzar o Atlântico ou contornar o Chifre da África.
Nenhum deles ainda voltou, mas nenhum africano duvida
que essas grandes mentes atingiram seus objetivos. Que eles
olhem para uma morte pacífica do outro lado.
5 - GRANDE EM CAÇADOR
Se você viu Tripol, você viu o mundo. Mas todas as roupas
coloridas sob os toldos ondulantes, as joias brilhantes, os
mostruários cheios de tesouros, toda a conversa sobre grandes
negócios - tudo isso continua irritando as emoções até suavizar
todos os sentidos. Enquanto isso, o Grande Caçador está em uma
colina gramada em uma terra estrangeira. Ele ouve o vento. Seu
rifle descansa na curva de seu braço. Ele escapou de um mundo
que era tão protetor e berrante que consumiu sua alma. Agora,
ele sente a fera interior novamente, perseguindo sua mente,
circulando sua razão. Sorrindo, ele aceita. Cercado por Spore
Beasts e Biokinetics, não há predador mais perigoso do que ele
mesmo, mesmo aqui.
4 - MAGN EM E
O magnata é rico além de qualquer razão e não pretende
parar de acumular mais riquezas tão cedo.
Sua comitiva ocupa um bairro inteiro, levando súplicas de
concorrentes empobrecidos até ele, atendendo a ele e seus
convidados e passando suas decisões de negócios para suas
filiais. Seu império está crescendo.
HIERARCHYANDRANKS - NEOLIB YA NS
1 APRENDIZ 2 ESCRIBA 3 COMERCIANTE
5 - SHEIKH
Ele levaria dias para visitar todas as suas plantações em um
Kom. Ele deixa o dia-a-dia para vários magnatas, que
empurram seus navios e caravanas no mapa do mundo, de
uma rota de concessão para outra. Ganhar riqueza nem é
mais um desafio, apenas uma curva ascendente contando
seus dinares nos quadros-negros de sua legião de
contadores. Ninguém está mais próximo do líbio em riqueza e
influência do que os xeques.
Após séculos de domínio, o Bank of Commerce
tornou-se sinônimo da economia da África, e os Sheikhs
dirigem o Bank of Commerce. Eles têm o poder de
influenciar não só o desenvolvimento econômico do
continente, mas também o cultural, sobrepondo-se aos
Algozes e Anubitas. Eles chamaram os Espitalários para
Qabis e garantiram sua segurança. A paz com os Voivodes
é obra deles, ou pelo menos parcialmente. O que os
xeques decidirem entrará na cabeça dos africanos.
5 - ATACADOR
Em casa, o neolíbio possui alguns hectares de terra e talvez
explore uma ou duas concessões. Nunca é o suficiente para fazer
face às despesas. Em vez disso, sua verdadeira riqueza viaja com
ele: seu navio gigante cheio de Surge Tanks e Koms. Com ele, ele
parte para conquistar os mares europeus de destroços. Ele não
gosta muito de se exibir em Tripol, ele está totalmente feliz em
mergulhar no mundo do Corvo.
4 - EMBAIXADOR
O Embaixador personifica o princípio da diplomacia da
Líbia. Ele é o mediador entre os rivais. Ele negocia
tratados e desenvolve acordos comerciais. Nenhuma
concessão é atribuída sem que um Embaixador verifique,
corrija e finalmente assine seus parágrafos.
Os magnatas dizem que não é assim que se fica rico, mas
CARTOGRAFIA.
4 MARÍTIMO 5 GRANDE CAÇADOR
SHEIKH
4 MAGNATA 5
CORSÁRIO
4 EMBAIXADOR 5 WAZIRI
CÔNSUL
o Embaixador discorda, pois não mede sua riqueza em
dinares, mas no número de fios em sua rede. Afinal,
abrange dois continentes - pode muito bem ser o
mundo inteiro!
5 - WAZIRI
Magnatas são como um bando de chacais lutando por cada osso.
Aqueles que podem reconhecer e pesar todas as sensibilidades são
dignos de se tornar Waziri para um grupo de Sheikhs.
Ele será sua voz e conselheiro, participando de suas
reuniões e removendo divergências. Ele representa seus
interesses; seus objetivos são a lei dele. Uma palavra de
sua boca e setores econômicos inteiros estremecem e se
reorganizam. Dentro das empresas dos Sheikhs, ele tem a
procuração. Ele move montanhas de dinares e age sem
controle.
Mesmo que todo esse dinheiro não seja estritamente dele, um
Waziri pertence entre os neolíbios mais influentes.
5 - CONSUL
Magnatas e xeques não podem administrar cada cidade e
propriedade pessoalmente. Além disso, há a possibilidade de
mudança anual de propriedade após o leilão – mas leva muitas
luas para aprender o funcionamento de uma cidade. Centros
lucrativos de comércio ou cidades estrategicamente importantes
são importantes demais para serem expostas a isso. Assim, o
Banco do Comércio os atribui a Embaixadores de destacado
mérito, os Cônsules.
Um Cônsul organiza a defesa de um povoado, manda
consertar as estradas, amplia o porto. É ele quem convida os
selvagens do deserto para um chá e lhes oferece um tratado de
paz, jogando-lhes presentes que fazem seus olhos brilharem com
um movimento de seu pulso – ou quem chama os Algozes e
remove o perigo em uma saraivada de tiros.
NEOLIBIANOS 241
RIFLE DE CAÇA
ESTEREÓTIPOS
ANABAPTISTAS
Eles são trabalhadores eficientes e uma
contrapartida aos pastores de cabras. Eles
alegremente pegam nossas armas, desde que
não tenham que confessar isso.
ANUBIA
Eles não veem a beleza matemática
de um equilíbrio, o ganho e a perda, e
como no final tudo leva a um
resultado. Em vez disso, eles agitam
seus ossos. Cada um na sua.
PÓTICOS APOCA LY
Os únicos homens brancos mergulhados no
princípio da economia de mercado.
Eles são implacáveis e talentosos, e vão
longe. É por isso que inconscientemente os
odiamos.
CRÔNICOS
Malditos bastardos! Nos primeiros dias, os novos
escravos brancos se comportam como se
fôssemos comê-los. Os malucos mascarados
fizeram um bom trabalho.
CLANNERS
Todo Clã tem o potencial de ser
negociado e explorado para fins
lucrativos. No entanto, não explore sua
própria família ou seu clã, respeite sua
herança e cubra-os de presentes.
HEL LV ETICS
Um culto mercenário fascinante. Eles
trabalham como salteadores. Sim, tudo bem,
vamos pagar.
JEAMMEDANOS
Há quanto tempo eles se opõem a nós nos
Balcãs? Agora eles são descontados nos
mercados de escravos. Não se engane, os
escravos Jehammedanos são teimosos e
difíceis. Obrigado, não tenho interesse.
Ainda há algum Espitalário?
JUÍZES
Os lacaios dos Cronistas. Obviamente, nossa
oferta não era boa o suficiente. Pelo menos
alguns deles veem através dos sapos
tecnológicos e suas mentiras.
PA LERS
Não sabemos o suficiente sobre eles. Eles
evitam grandes cidades e nós evitamos
buracos escuros.
Algozes
Grandes pessoas, verdadeiros guerreiros de
alma e mente. Em casa, isso é um problema:
eles confundem seus papéis e tradições, e nós
jogamos junto. Mas depois, no norte... agora
quem controla quem?
Scrappers
Uma raça eficiente de pessoas, mas mentes
simples. Trabalhadores esplêndidos para
contratar em expedições, eles podem desmontar
sucata como ninguém. Os europeus hesitarão em
trabalhar em grandes grupos, por algum motivo.
ESPI TALIANOS
Não tínhamos escolha a não ser levá-los para
o país. Eles são os únicos capazes de lutar
contra os Psicívoros. Eles também são
excelentes escravos...
UKMENA
CULTURA:África
CONCEITO:O Aventureiro
CULTO:Neolíbios (Marinheiros)
Como filha de um influente magnata
neolíbio, Ukmena tinha tudo
– escravos, luxo, reconhecimento – mas ela não
tinha respeito próprio. Ela viveu o estilo de vida
mais decadente um dia e caminhou pelas
avenidas de Tripol vestida em trapos no dia
seguinte. Sem direção e deprimido.
Então, ela fez um corte. Ela mudou de
nome e conseguiu um emprego em um navio
de propriedade do Bank of Commerce. Lá, ela
ganhou fama de excelente exploradora,
explorou rotas, desenhou mapas. Ela havia
encontrado seu destino. Mas faltava uma
coisa que a impedia de encontrar paz de
espírito: havia pontos em branco em seu
mapa pessoal do mundo.
Há um ano ela prepara sua
grande expedição. Seu navio, o
Jemadari, está sendo reforçado com
aço e equipado com motores mais
fortes. Ela quer enfrentar a travessia
do Atlântico antes do próximo leilão.
EZENACHI
CULTURA:África
CONCEITO:O Tradicionalista
CULTO:Neolíbios (Comerciante) Anos atrás,
seu portfólio continha algumas concessões
lucrativas. Depois, os desastres tornaram-se
mais frequentes: um navio de transporte foi
afundado por piratas, um Surge Tank
desapareceu em Borca, sócios quebraram
promessas. Suas mulheres o deixaram e
levaram seus filhos junto - por mais que ele
trabalhasse, provavelmente não eram dele, de
qualquer maneira. Ezenachi colocou uma
adaga no peito e... hesitou.
Um fogo começou a queimar dentro dele.
Ele conseguiu um emprego como Escriba com
seu concorrente mais feroz, trabalhou
obstinadamente e não se permitiu um
segundo de paz interior. Era tão fácil sabotar
a empresa por dentro. Ele atacou concorrente
após concorrente, sempre ficando apenas o
tempo suficiente para que a empresa
cambaleasse para a inevitável falência. Agora
ele só tinha que administrar sua obra-prima.
Ele recentemente se tornou parte da comitiva
do influente Sheikh Darweshi. Ezenachi
começa a trabalhar.
DARWESHI
CULTURA:África
CONCEITO:O conquistador
CULTO:Neolíbios (Sheikh)
Os tripolitanos devem várias grandes
praças e fontes a Darweshi. E é claro que
seus escritores tiveram muito cuidado para
contar a todos quem era o maravilhoso e
generoso construtor. Darweshi não
suporta a humildade.
Ele é dono de sucatas em Bedain, uma
doca seca perto de Tripol e vários campos de
petróleo no interior da África, todos gerando
mais lucros do que um homem jamais poderia
contar. Sua empresa cresce implacavelmente.
Agora, os Psicívoros o preocupam. Já cercaram
alguns de seus campos de petróleo: os escravos estão
perdidos. Além disso, seu saldo mais recente mostrou
algumas flutuações incomuns. Certamente não é
nada: seus Mercadores irão lidar com qualquer
irregularidade.
NEOLIBIANOS 243
 VINGADORES DO CONTINENTE ESCURO
Algozes
ASAS QUEBRADAS
Chuma protegeu os olhos e olhou para a torre dupla. Seu exterior o
lembrava das penas eriçadas de um Kasuku, só que tinha um brilho
oleoso. Uma das torres tinha uma estrutura redonda no topo, como
uma coroa. Pedaços de tecido vermelho pendiam das janelas,
ondulando silenciosamente ao vento. A morada de seu anfitrião, o
Voivode. Imediatamente abaixo, as torres eram ligadas por uma ponte
fechada. Gaiolas do tamanho de um homem pendiam dela. Eles
estavam vazios: seu conteúdo já havia sido vendido.
Chuma sentiu a mão quente em seu ombro. Ele olhou para baixo
e olhou para a máscara de caveira. Reflexivamente, ele estremeceu e
atacou. Pele bateu em pele, seu braço foi pressionado para cima, ele
sentiu um forte aperto em seu pulso, viu as torres espiralarem e
atingirem o chão. Ele engasgou em busca de ar. Kabaila estava acima
dele, com as pernas bem abertas, um joelho ligeiramente virado para
dentro para poder bloquear um ataque em sua virilha mais
rapidamente. Mas não, essa luta acabou. Chuma riu, ignorou a mão
que Kabaila lhe ofereceu, rolou para o lado e se levantou de um salto.
Ele não esperava ser capaz de surpreender um Dumisai ou mesmo
mandá-lo para o chão. Ele riu com o pensamento. Muito pelo contrário
– a pequena luta deu-lhe confiança. Eles ainda eram fortes, mesmo no
reino do Corvo.
O bando estava se reunindo. Todos usavam máscaras e capacetes
de aço azul. Chuma pegou o Flagelo em seu cinto. O voivode havia dito
nada de armas, e o gordo neolíbio Wamwara havia concordado. Sua
bunda estava pressionada em um mar de travesseiros agora,
tomando chá doce na ponte de um tanque de compensação.
Chamadas duras e curtas soaram de onde os escravos
esperavam. Chuma não entendeu uma palavra. Ele se aproximou, viu
as cabeças raspadas, os olhos fundos. Suas roupas pretas com a faixa
branca no meio foram rasgadas e penduradas em seus corpos em
trapos cortados. Chuma olhou para eles. A pele deles era tão... branca.
Um deles se endireitou e falou. Novamente este coaxar
áspero, os sons do Corvo. Chuma verificou suas algemas. Eles
foram amarrados a uma fileira com pequenos pedaços de
corrente. Seus pés foram deixados soltos, no entanto. Eles teriam
que andar. O escravo começou a falar mais alto, levantando as
mãos, fazendo tilintar as correntes.
Chuma foi até o Kom e pegou o gancho do molinete. A corda
de aço zumbiu. Gancho na mão, ele se aproximou do primeiro
escravo. O homem tentou se virar, mas Chuma o agarrou e
prendeu o gancho em sua corrente. Ele fechou. Chuma testou
uma vez: apertado. A escrava agora estava realmente gritando,
como uma velha. Ele deu um passo em direção a Chuma,
arrastando os homens atrás dele. Eles cambalearam, um caiu e
assim arrastou o que gritava também. Chuma se virou, caminhou
até o Kom e entrou.
A rua era um caminho lamacento, mas levava ao portão. Iregi
liderou o caminho em seu Kom. O motor do buggy rugiu e expeliu
um jato de escapamento preto. O Kom rangeu com cada buraco
na estrada e cada pedra sacudiu os ossos de Iregi.
Algozes 245
Hoje à noite, ele estaria reclamando e xingando, e todos iriam Chuma avaliou seu oponente. Um jovem com olhos cheios de
rir dele e chamá-lo de Dufu. Não havia nada que alguém medo. A ponta do Splayer tremeu. Não, não é um adversário.
pudesse fazer: a suspensão estava quebrada. Wamwara havia Presa.
fornecido apenas lixo para esta missão. O Espitalário gritou e começou a correr, de cabeça baixa,
Chuma o seguiu. Lentamente, para que os escravos pudessem Splayer à sua frente. Era o grito de uma criança. Chuma deu
acompanhar. Ele olhou para um lado. As casas ao longo da estrada um passo para o lado, ergueu seu Flagelo, abaixou-se e
tinham caído, os telhados pendurados acima das fachadas de madeira atacou o Espitalário. O chicote atingiu seu torso, as farpas
como sobrancelhas espessas. Rostos olhavam pelas janelas abertas. perfurando o neoprene. Ficou tenso e Chuma segurou firme,
Sim, teme-nos. Nós somos os demônios dos seus sonhos. Uma garota derrubando o crânio pálido. Quando ele trouxe o Splayer,
fez uma careta para eles, revirou os olhos e imitou pequenos chifres Chuma descarregou o Flagelo. Faíscas crepitavam ao longo
com as mãos. Chuma riu alto e ouviu seus companheiros se juntarem a dos filamentos de metal; por um segundo eles brilharam e
eles. derreteram através do neoprene. O Espitalário gritou e
Eles deixaram Beogrado. A floresta os envolveu com o estremeceu, então caiu. Espuma escorria de sua boca.
cheiro de resina e agulhas de pinheiro. Aqui, sob os galhos de Chuma jogou fora o Flagelo e olhou em volta. Vários
árvores antigas, a luz era fraca e o chão da floresta parecia crânios pálidos estavam caídos no chão. A máscara de
engolir até o rugido dos motores. Kijani correu ao lado do Kijani estava amassada e coberta de sangue. Kabaila
Kom de Chuma. Ele havia afrouxado a máscara e Chuma viu bateu no peito e rugiu. “Taye!” Kijani apontou entre as
que ele mastigava sementes: suas gengivas estavam pretas. árvores. Chuma viu e começou a correr. Kabaila o seguiu.
Do outro lado estava Taye, o Simba do bando. Cada passo era Taye e um homem branco grande como uma montanha
um movimento majestoso, provando sua agilidade. A jaqueta circulavam um ao outro, cada um esperando uma oportunidade para
deixava seus braços nus, e Chuma ficou maravilhado com a atacar. No rosto do homem branco havia uma tatuagem de Espitalário,
graça de seus músculos. Quanto tempo ele levaria para... um dos braços chegando até a testa. Em sua mão direita, ele segurava
uma espada negra como a noite.
O Kom de Iregi rugiu e saltou para a frente, jogando no ar Kijani passou correndo por Chuma, mas ele o agarrou.

agulhas de pinheiro e terra de suas rodas. Ele seguiu em “Não, meu amigo.”

frente. A sujeira caiu sobre a máscara e o torso de Chuma. Taye era o Simba do bando, o leão deles. Ele sozinho teve
Havia algo à frente, duas figuras entre as árvores: Iregi dirigiu a honra de matar o oponente mais forte. Os Algozes cercaram
na direção deles. Um grito agudo no lado esquerdo de os dois combatentes observando um ao outro. Eles eram algo
Chuma, o Chaga Hakima ordenou que eles ficassem juntos. especial. Chuma agradeceu a seus ancestrais pela
Iregi nunca seria capaz de ouvir isso, não em sua barulhenta oportunidade de assistir a essa luta lendária.
pilha de lixo. Que idiota, da próxima vez Hakima iria... Taye e o homem branco se atacaram.
Figuras saíram das sombras das árvores próximas a Iregi. Chuma viu o aço brilhar e o Kom de Iregi resistiu como gado

teimoso. As rodas traseiras se ergueram no ar, o buggy desviou para o lado, as rodas bateram no chão novamente, mas agora o

Kom estava derrapando pelo chão da floresta, tendo deixado seu curso original em ângulo reto, jogou agulhas de pinheiro e terra DESENHOS
no chão ar e se chocou contra uma árvore. Pinhas choveram sobre os destroços. Taye, Kijani, Kabaila e Hakima começaram a correr. A cidade de Agadez é antiga, quase deserta por eras - mas não é
Chuma olhou para trás, viu os escravos e bateu no volante. Droga! Mais figuras saíram das árvores ao lado dele. Crânios pálidos, tão antiga quanto o sofrimento do povo africano, o Leão preso. A
lanças com aquela estranha lâmina tripla prontas. Eles correram em direção a ele. Ele acelerou, sentiu as correntes ficarem esticadas grama da estepe cresce nas ruas e sussurra com a brisa do meio-
com um estalo, ouviu os gritos e saltou do Kom. Ele caiu de pé, enterrou-os no chão da floresta, e então começou a correr. Os dia. As fachadas calcinadas dos blocos de apartamentos ainda
atacantes pararam, apontando para os escravos balançando para frente e para trás na corrente do Kom como algumas bonecas estão de pé, mas os telhados caíram e os escombros dentro estão
infantis. Com alguns passos largos, Chuma alcançou o primeiro crânio pálido. O cara o encarou timidamente, começando a levantar cobertos de arbustos empoeirados.
a estranha lança, mas um dos pés de Chuma já estava na haste quando ele ergueu o outro joelho, acertando o queixo do oponente Desenhos podem ser vistos ao redor das vitrines. Aqui, a
correndo. A cabeça do cara foi jogada para trás e Chuma caiu no chão, caiu de joelhos e arranhou o chão da floresta. Ele estava de história da África foi registrada com pigmentos coloridos de
pé novamente em pouco tempo, agora preparando seu Flagelo. O chicote farpado estalou. O fogo de St. Elmo dançava ao longo terra, sangue e saliva: áreas negras pontilhadas de vermelho,
dela. Outro oponente havia se aproximado. Sim, tinha que ser um dos Espitalários, e sua arma era um Splayer. Com alguns passos figuras frágeis, corpos quebrados. Buracos de bala. Legiões
largos, Chuma alcançou o primeiro crânio pálido. O cara o encarou timidamente, começando a levantar a estranha lança, mas um de linhas de giz branco avançam imparáveis, cortam as
dos pés de Chuma já estava na haste quando ele ergueu o outro joelho, acertando o queixo do oponente correndo. A cabeça do cara grandes águas e colorem os rios de vermelho com o sangue
foi jogada para trás e Chuma caiu no chão, caiu de joelhos e arranhou o chão da floresta. Ele estava de pé novamente em pouco de seus inimigos que matam como animais. Faixas escuras
tempo, agora preparando seu Flagelo. O chicote farpado estalou. O fogo de St. Elmo dançava ao longo dela. Outro oponente havia desaparecem nos oceanos.
se aproximado. Sim, tinha que ser um dos Espitalários, e sua arma era um Splayer. Com alguns passos largos, Chuma alcançou o O próximo afresco está escondido sob uma camada de pó fino de
primeiro crânio pálido. O cara o encarou timidamente, começando a levantar a estranha lança, mas um dos pés de Chuma já estava pedra. Quando apagada, revela as silhuetas das grandes cidades com
na haste quando ele ergueu o outro joelho, acertando o queixo do oponente correndo. A cabeça do cara foi jogada para trás e torres esguias e portais pontiagudos, cercadas por campos de milho
Chuma caiu no chão, caiu de joelhos e arranhou o chão da floresta. Ele estava de pé novamente em pouco tempo, agora preparando amarelos. Chamas vermelhas lambem as altas superestruturas. Ao lado
seu Flagelo. O chicote farpado estalou. O fogo de St. Elmo dançava ao longo dela. Outro oponente havia se aproximado. Sim, tinha deles, podem ser vistos triângulos, rodeados por lagos negros. As
que ser um dos Espitalários, e sua arma era um Splayer. e Chuma caiu no chão, caiu sobre um joelho e arranhou o chão da floresta. linhas marcadas com giz estão se alimentando deles, carregando
Ele estava de pé novamente em pouco tempo, agora preparando seu Flagelo. O chicote farpado estalou. O fogo de St. Elmo dançava caroços escuros de volta para casa. Alguns arrastam grupos de linhas
ao longo dela. Outro oponente havia se aproximado. Sim, tinha que ser um dos Espitalários, e sua arma era um Splayer. e Chuma escuras para longe, muitos deles morrem.
caiu no chão, caiu sobre um joelho e arranhou o chão da floresta. Ele estava de pé novamente em pouco tempo, agora preparando Cada ruína remete a outra era, fala de dor e
seu Flagelo. O chicote farpado estalou. O fogo de St. Elmo dançava ao longo dela. Outro oponente havia se aproximado. Sim, tinha humilhação dos crimes do homem branco contra a
que ser um dos Espitalários, e sua arma era um Splayer. África na história antiga e até hoje.
TEMPESTADE
Bem a oeste, as nuvens formam uma parede de chuva, um forte
contraste com o céu cerúleo. O contraste entre a África de ontem
e a África de hoje é igualmente nítido.
Deixamos os antigos afrescos para trás e nos aproximamos do
presente. Agora, figuras escuras e imponentes estão olhando para nós
de muitas paredes. Seus corpos consistem em padrões complexos,
seus rostos escondidos atrás de escudos como máscaras mortuárias de
cinzas vermelhas. Enquanto seus corpos variam em cor e design de
parede a parede, as máscaras são todas iguais. Oito continuam
reaparecendo. Eles representam os oito ancestrais. Eles são espíritos
que guardam seus descendentes. Eles os guiarão nos dias terríveis em
que os brancos chegarão.
As cidades ainda estão queimando, mas no interior, exércitos
de linhas pretas e vermelhas estão se formando. A princípio, são
pequenos grupos singulares, alguns liderados por animais ou
híbridos de leão, gazela e hiena, outros cercados por algum tipo
de luz. Um a um, eles se unem, tornando-se um mar agitado,
cercados pelos oito ancestrais gigantes olhando para seu povo -
alguns graciosos ou raivosos, outros enlouquecidos de raiva ou
tristeza. Mas todos eles abrem caminho para o chão molestado
por linhas de giz, apontam com o dedo para os perpetradores.
As nuvens escuras estão agora quase sobre a cidade,
escondendo o sol. As primeiras gotas atingiram a rua, abrindo
crateras na poeira e fazendo tremer a grama da estepe. Logo,
a tempestade lavará toda a sujeira e o rugido da água
será o único som na selva por muitas horas.
Diante de nós está outro edifício. O reboco pintado caiu dos
tijolos de barro em grandes áreas. Mas a imagem da figura
morena com os grandes músculos e o olhar zangado ainda pode
ser facilmente vista devido ao seu tamanho. A figura está lutando
com o homem branco, agarrando a mão que segura um gato de
nove caudas. O desenho ao lado mostra a figura escura – o
africano – regozijando-se com o homem branco caído e agarrando
seu chicote. Há uma imagem atrás da outra.
O Flagelo agora corta linhas brilhantes no corpo de seu antigo
dono. As linhas pretas perseguem as brancas de suas cidades e
continuam empurrando-as para a terra das linhas de giz. As
criaturas e animais híbridos ficam em casa, enquanto os oito
ancestrais acompanham os lutadores na batalha.
Mais uma vez, as cidades queimam. Mas são toscos, bárbaros e
habitados pelas pálidas linhas de giz.
Estamos no tempo presente.
A chuva continua martelando as ruínas, torrentes correm pelas fachadas
das casas e se acumulam em poças ferventes. Através da abertura de uma
janela, um velho está sentado moendo terra e raízes em uma massa azul em
um almofariz.
O que é futuro hoje logo estará representado na parede
pintada com giz.
Algozes 247
THELION' SCLAWS See More
Se o povo africano é o Leão, os Algozes são suas garras.
Eles estão tão acostumados a lutar quanto os Neolíbios
estão acostumados a negociações e os Anubitas aos
segredos sobre o Fio da Vida. Enfrentar o Corvo é
considerada a maior e única honra que um africano pode
conceder aos ancestrais.
Todos os dias, os Algozes caminham e correm pelas planícies,
selvas e ruínas da África para treinar sua forma física e agilidade.
Eles escalam montanhas e ruínas, saltam abismos, rolam com o
impacto e atingem pedras e árvores predeterminadas com seus
Flagelos disparados. Eles correm pelas Psiquívoras, evitando os
espinhos e as flores berrantes. Eles lutam entre si, lutando até o
primeiro sangue. Os ancestrais não aceitariam nenhuma outra
forma de agradecimento.
Nos assentamentos, as jovens os adoram. As crianças
vêm correndo, rindo e admirando seus músculos, puxando os
cabelos das meninas: “Eke adora um Algoz!” Se um Neolíbio
passa ou mesmo é carregado em um palanquim por
escravos, os Algozes fazem uma pose na frente dele e o
denunciam como um fracote. Se tiverem chance, eles pegam
as roupas do comerciante e as arrancam dele.
Eles desprezam corpos gordos. Foi a predileção pela carne
gordurosa e pelo álcool que permitiu ao homem branco
conquistar a orgulhosa África. A renúncia aos ancestrais e
finalmente o capitalismo desenfreado selou o destino do
continente negro. Embora os Neolíbios tragam riqueza para as
aldeias, as pessoas admiram os Algozes, pois eles sacrificam suas
vidas enquanto os mercadores vendem suas almas.
O CORVO
Os ancestrais os escolheram para repelir os conquistadores e
destruidores. E depois? Esperar até que o homem branco se
recupere? Os algozes veem os europeus como opressores
natos que precisam ser acorrentados para evitar causar mais
danos.
Pacotes de Algozes em Al-Andalus marcham para empurrar
os Guerreros Hybrispanianos para o Warpage, queimando todos
os esconderijos. Um dia cairá o altiplano castelhano. Com a ajuda
de Surge Tanks, eles expurgam as ruínas em Purgare ou Borca de
Scrappers. Embora os Neolíbios tenham negociado a paz com os
Voivodes, Algozes e homens brancos ainda se enfrentam nas
montanhas arborizadas de Balkhan. Os prisioneiros são
escravizados para que possam pagar suas dívidas centenárias nos
campos da África. Eles chamam isso de equilíbrio, não de injustiça.
HISTÓRIA VIVA
As pinturas nas paredes de Agadez são únicas, mas nenhum Algoz
entrará nesta cidade em ruínas. O passado está vivo para o culto
guerreiro e deve ser vivenciado por meio de um contador de histórias
– pois somente através dele os espíritos ancestrais podem
transmitir sua sabedoria a seus descendentes. Olhar para trás
na história de uma tribo muitas vezes se transforma em uma
festa extática onde os participantes se entregam através da
batida monótona de tambores e danças.
O ritmo leva o caminho para as profundezas de suas
almas. Suas pupilas se dilatam, sua respiração fica mais lenta.
Eles se reúnem em torno do Algoz mais velho presente. Ele
balança para frente e para trás. Seus dentes estão
enegrecidos pela mistura das intoxicantes sementes do
Psicóvoro: os portões de sua mente estão escancarados. Um
vento ancestral sopra. Ele delira incoerentemente como um
oráculo, fala em línguas ou começa algum canto estranho.
Mas algo acontece com aqueles reunidos ao seu redor, que se
aproximam dele. Ele os conduz ao mar das memórias
coletivas, levando-os consigo para a escuridão absoluta.
Eventualmente, ele para. Mente e corpo se reencontram e se
solidificam no presente. Alguns ficam imóveis e olham para o céu,
outros riem ou passam em volta de cabaças d'água. Eles estão
ressecados e cansados, mas cheios dos espíritos dos ancestrais.
Eles são um. Eles são o Leão.
GUARDIÕES DAS TRADIÇÕES
Há um espírito em cada pedra, cada planta e cada animal. Alguns
são astutos e trazem doenças e má sorte. Outros prometem
fertilidade. Todos eles são muito mal-humorados. No entanto,
com alguma vigilância e pequenos sacrifícios, podem ser
domados. Os africanos tratam com respeito a espiga de milho no
campo, removem cuidadosamente a pedra da estrada e
agradecem ao antílope massacrado por concordar em se tornar a
presa dos caçadores.
O mundo dos ancestrais e espíritos sempre existiu
paralelamente ao mundo humano. Em certos dias, o sacrifício
ou a irreverência fazem com que a barreira diminua e os
poderes e as almas flutuem para o outro lado. Essa troca
garante o equilíbrio. Mas os espíritos nunca interferem nos
problemas humanos. Nunca.
Com uma exceção.
A África estava à beira da ruína. O Leão jazia dilacerado;
milhares de feridas de bico derramaram seu sangue, e os Corvos
estavam marchando sobre seu corpo moribundo. Naquela época,
os oito ancestrais acariciavam seus lados e lhe davam força. Elas
soprou vida nele novamente e deu-lhe raiva. O Leão
levantou-se, livrou-se da praga das aves e gritou sua
raiva, fazendo-se ouvir até nas terras do norte.
O poder dos oito ancestrais fluiu através de jovens
guerreiros por toda a África – eles foram escolhidos para
repelir os europeus como campeões dos oito. Anos
depois, esses guerreiros eram conhecidos apenas pelo
nome de Algozes.
Os resultados desta escolha dos oito podem ser sentidos
hoje, pois o povo africano ainda vê os Algozes como parentes
próximos dos ancestrais. Esperam muito deles: não só para
defender a terra, mas também para salvaguardar as suas
tradições contra os estragos do tempo. Sempre que um africano é
pego mentindo, causa algum dano a outro africano, ou mesmo
precisa mover uma pedra para construir sua cabana, os Algozes
são chamados. Os Algozes decidem no espírito das tradições e
decidem rapidamente. Os mentirosos não podem falar até que os
bons espíritos da aldeia enviem um sinal, aqueles que causaram
danos a outros devem reparar esse dano, mesmo que devam
fazê-lo com o trabalho de suas próprias mãos, a rocha só pode ser
movida se ninguém na aldeia se opõe à ideia e o espírito que
habita a rocha foi pacificado com sacrifícios por um mês inteiro.
WARUI
Swahili, árabe, hausa, malinke, kikongo, amárico, somali e
milhares de outras línguas eram faladas na África, algumas
por populações de centenas de milhões, outras por um
algumas dezenas de pessoas à beira da extinção. Mesmo
décadas após o Eshaton, a variedade de idiomas na África
era impressionante, mas diminuiu cada vez mais nos
últimos séculos.
Começou no sul, perto dos Psicívoros. As pessoas
perderam a língua de seus pais e se comunicaram em um
nível rudimentar com palavras simples, cliques e outros sons
básicos. Essa nova linguagem formava imagens na mente de
seus usuários, transmitindo uma intensidade dolorosa de
emoções com poucos fonemas. Os Algozes o chamam de
Warui, que significa “do rio”. Eles o consideram o legado dos
oito ancestrais que romperam a barreira ao interferir no
mundo humano e abrir caminho para uma enxurrada de
emoções e conhecimentos antigos. Quem bebe deste rio
livra-se do lastro intelectual dos séculos, da gramática e do
vocabulário, e recupera a primeira e mais primordial de todas
as línguas em que os espíritos e ancestrais se comunicam
com os africanos.
Sem os Warui, os Algozes vindos de aldeias e cidades de
toda a África nunca poderiam ter se unido. Na batalha, une as
almas dos guerreiros de uma forma que está muito além da
linguagem humana.
Mas no norte frio, a influência dos ancestrais diminui,
assim como a força dos Warui. A ligação entre os Algozes está
se rompendo. Como inválidos, eles tropeçam em um mundo
que invadiram antes de confiar em construções gramaticais e
frases desgastadas. É por isso que muitos carregam
sementes de Psychovore. Mastigados, eles expandem a
influência dos ancestrais até Borca.
Algozes 249
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com

IMMODER AT E
Algozes não querem riquezas nem luxo. Eles vivem dos dons
da natureza e pegam o que lhes é oferecido. Quando alguém
puxa uma cortina e lança um olhar perscrutador para uma
cabana mal iluminada, os habitantes não escondem dele suas
frutas frescas, nem lhe negam uma aljava cheia de flechas.
Negá-lo significaria ofender os ancestrais. No entanto, há
limites para o que um Algoz pode exigir. Se ele é considerado
imoderado – acumulando riquezas ou exigindo presentes que
não precisa para fazer seu trabalho, por exemplo – seus
irmãos cuidam dele. Rapidamente,
e sem muito barulho. Onde quer que ele se entregue a essas
libertinagens, seja na mesa de um neolíbio ou na cama de um
bordel, eles o agarram e o arrastam, chutando e gritando. Do
lado de fora, eles o amarram a um poste nu e o torturam até
que ele perca a consciência, rindo o tempo todo. Seu sangue
atrai mosquitos; eles se elevam no ar a cada golpe que ele dá,
apenas para atacá-lo novamente com uma vingança depois. O
sol queima. Isso dura horas até que sua vontade seja
quebrada, a dor expurgue sua mente e ele se lembre do que
é: a garra do leão.

EQUIPADO
Flagelos são considerados símbolos da casta guerreira africana,
mas o chicote de choque é apenas uma das muitas armas que os
Algozes carregam. Nos arsenais dos neolíbios, fuzis de assalto e
granadas de mão os aguardam, assim como facões, lanças, redes
e bolas.
Os Algozes obtêm seus tradicionais coletes à prova de balas,
calças de camuflagem e capacetes dos arsenais de Túnis, mas a
cidade foi fechada desde a revolta dos escravos. Alguns
equipamentos ainda podem ser encontrados nas bases militares
cobertas de mato no interior. Saqueá-los costuma ser a primeira
tentativa de um jovem Algoz.
Quando eles estão viajando pela Europa, os Neolíbios
fornecem Koms aos Algozes. Esses buggies são manobráveis
e têm motores potentes, podem subir qualquer colina, pular
abismos e atropelar escravos. Quando equipados com uma
gaiola na cama, são perfeitamente adequados para a caça –
humanos ou animais.
Muitos Algozes também treinam hienas que podem rastrear
inimigos em áreas onde os Koms não podem manobrar.
Assim como na mesa do Neolíbio, um Algoz tem que ser
modesto na batalha: uma vila Hybrispaniana cheia de velhos,
mulheres e crianças não será submetida a uma barragem de
amaciamento, mas atacada com lanças, um javali não será morto
de um distância, mas atacou com uma faca.
Para os Algozes, lutar significa uma batalha entre almas e
uma prova de força. Que covardes eles seriam se
despejassem até mesmo o inimigo mais fraco com artilharia e
granadas?

MÁSCARAS DA MORTE

Ao lutar na terra do Corvo, os Algozes aos oito ancestrais e fornecem seus poderes
tradicionalmente usam suas máscaras mortuárias: aos usuários. Os inimigos que veem essas
caveiras sorridentes com o estilo das máscaras máscaras sabem que a morte veio cobrar seu
ancestrais. Essas máscaras formam um link tributo.
 ÁRVORES GENEALÓGICAS

Algozes são famosos por suas esculturas em ancestrais. Nas aldeias africanas, há uma as colheitas ou labuta nos campos de petróleo são

madeira retratando as complexas árvores elaborada placa de ébano na frente de cada consideradas sujas e inferiores.

genealógicas que remontam às gerações. edifício, contando a orgulhosa história da família Lutar, caçar e esculpir são passatempos
Aqui, os relacionamentos espirituais são para estranhos. apropriados para um Algoz que se preocupa com
mostrados, mas também os físicos que geralmente Esculpir é a única forma de trabalho a tradição. Tudo o mais deveria ser deixado para
podem ser rastreados até um dos oito manual permitido aos Algozes: trabalhar os escravos.

Algozes 251
 SE ALGUÉM DEVE
BEAPREY ,
O LEÃO

LOBO
QUANTO MELHOR CAIR ANTES

QUE O

[ SHAKESPEARE ]

LONGE DAS LINHAS DE FRENTE

A paz é algo que os Algozes só podem encontrar na morte.
Mesmo quando estão em casa se recuperando de seus
ferimentos, eles vivem em lugares que precisam de proteção – em
refinarias, campos de petróleo ou cidades costeiras. Os habitantes
podem mandá-los para a selva a qualquer momento para caçar
algum animal selvagem. Neolíbios podem usá-los como guardas
de caravana. Um escravo fugiu? Os Algozes estão lá. A única calma
que eles conhecem é entre suas viagens pela África
selva ou na frente entre as missões.
Mas as pessoas os amam por sua eterna vigilância. À noite, eles
são convidados para jantar, comer com a tribo e contar suas aventuras.
As crianças os amontoam, sobem em seus colos e admiram seus
bíceps. Depois, há queda de braço ou brigas amigáveis com muitas
risadas até tarde da noite. Os neolíbios observam severamente a folia.
Eles não se juntam a eles, mas observam os aldeões esbanjarem suas
riquezas – e adoram os Algozes.

Todo africano sentiu a influência dos
ancestrais. Há um formigamento que
percorre o corpo, a respiração acelera e o
jargão inunda a mente. Eles conseguiram
algo. Eles sentem no âmago de seu ser.
OITO
esfera que não tem espaço para palavras,
apenas emoções e confusões como se vive
hoje nos Warui ou nos sonhos, em nenhum
outro lugar. Para discutir esses ancestrais,
deve-se escolher o caminho indireto, falando
no nível espiritual, ele derruba barreiras.
O quinto ancestral é puro desejo físico,
corpos em colisão que têm apenas um
objetivo: a reprodução sexual.
O sexto ancestral sopra como um pensamento

sobre seus aspectos ou usando metáforas. claro nas mentes dos afetados. As mil camadas de

Cada antepassado puxa a corda da vida de O primeiro ancestral é frequentemente comunicação com seus meta-significados e mentiras

sua própria maneira especial, e cada antepassado caracterizado como uma águia. Eleva-se desmoronam até restar apenas uma camada. Cada

aparece sozinho. As emoções que ele acima de tudo, alargando o seu olhar ao palavra é entendida como pretendida. Cada

desencadeia saltam de pessoa para pessoa e se horizonte do seu próprio ser, mas também pensamento é uma estrela resplandecente surgindo

espalham como uma bolha. O povo é levado pela abarcando o que o rodeia. Ele fortalece a na mente do pensador.

onda: no epicentro, as emoções quebram os
muros da razão e determinam os pensamentos,
emoções e ações das pessoas.
Algumas centenas de passos adiante, os
efeitos desaparecem. As emoções afundam no
subconsciente. Eles guiam sem resultar em voltas
completas. Dias depois, a influência desaparece
completamente ou é substituída por outras
emoções, outro ancestral.
Algozes e Anubitas são especialmente
sensíveis a isso. Enquanto os Anubitas
abaixam o olhar em meditação silenciosa, os
Algozes se inspiram e exercitam cada aspecto
do ancestral. Eles não sabem o nome dele: os
oito ancestrais vêm de um tempo e
intuição e dá dicas do futuro.
O segundo ancestral incorpora a força
e a superioridade do Leão. Se esse
ancestral chega a uma região, o povo
endireita os ombros, compete entre si em
duelos e aceita qualquer desafio.
O terceiro ancestral é como a terra na
mão, como uma parede desmoronando em
pó por causa de um pensamento, como um
terremoto. Ele se manifesta na forma de
energia criativa e de exaustão física e mental.
Sob sua influência, grandes obras de arte e
edifícios gigantes são criados.
O quarto ancestral abre o coração das
pessoas. Ele é comunidade e amor. Juntando-se
O sétimo antepassado só aparece
onde colidem as influências de pelo menos
dois ancestrais. Ele os sobrepõe e une seus
aspectos. Os Algozes o veem como a fonte
de Warui.
O oitavo ancestral é a sombra projetada pela
luz dos outros setes. Ele oprime e oprime. Seus
dentes e espinhos captam cada pensamento. As
pessoas sob sua influência, que podem ter tido a
mente aberta e amigável um momento atrás, de
repente agem de forma subversiva e apenas para
seu próprio ganho. Mas os africanos aceitam sem
reclamar. O mundo deles sempre esteve cheio de
espíritos bons e maus: ambos fazem parte da
ordem.
UNTODE AT H
Ser um Algoz não é um direito de nascença, mas grandes
feitos também não ajudam um jovem africano a se tornar
parte da casta guerreira. É uma decisão exclusiva da mãe:
nenhuma reclamação ajudará se ela achar que um neolíbio
seria bom para a família. Muitos meninos fogem para a selva
em busca de um bando de Algozes disposto a acolhê-lo. Mas
não, se a criança não for entregue pela própria mãe, os
guerreiros afugentam-na.
Outrora um Algoz, ele deve provar seu valor aos 12 anos.
Nas proximidades de Gibraltar, ele terá que caçar um escravo
liberto. Em Tripol, ele será abandonado na selva para
enfrentar animais selvagens, munidos apenas de uma lança.
Os ritos de aceitação variam de um lugar para outro, mas
todos eles ameaçam a vida. O candidato não deve esperar a
ajuda de ninguém. Mesmo que um escravo bata em sua
cabeça, os Algozes não irão interferir. Ou os antepassados
elegem o filho e emprestam sua força ao requerente, ou não.
Se não, talvez eles estivessem melhor como Sucateiros ou
Neolíbios, afinal.
Após este julgamento, a criança é apresentada como um Algoz em
sua aldeia natal. Agora ele pode contar com os neolíbios.
Entre os 12 e os 28 anos, todos os Algozes são cuidados
pela comunidade de sua aldeia. Esses adolescentes e
adultos não podem se casar: suas mortes causariam
problemas existenciais para seus parceiros. Claro, isso
não os impede de ter relações puramente sexuais.
Depois dos 28 anos e de um rito de passagem, eles juram
usar mais a cabeça e menos os punhos. Eles agora são
considerados anciãos. Eles ainda lutam, mas agora agem em
segundo plano e são mais responsáveis pelo planejamento
de missões. Algozes mais velhos podem se casar, mas são
totalmente responsáveis por seus parceiros e filhos. Os
neolíbios só são obrigados a cuidar do próprio guerreiro, não
de nenhum de seus parasitas. O Algoz ainda pode não
funcionar, no entanto. Normalmente, o lucro da venda de
escravos para as plantações neolíbias garante uma vida
adequada com dois ou três parceiros para eles. Mas eles
nunca se afastam da luta.
Na idade de cerca de 50 anos – uma linha nebulosa, porque
muitos Algozes param de contar os anos quando se tornam
anciãos – eles são considerados sábios. Eles lideram suas aldeias,
julgando ou estabelecendo uma ligação permanente com seus
ancestrais como xamãs ou eremitas. Seus números são poucos.
Os anos mais calmos como ancião não compensam a vida
estressante como guerreiro.
Poucos chegam aos 45 anos.
Algozes 253
RANKSSflagelos
1 - DUFU
Ele matou um animal ou venceu um escravo para ser considerado um
guerreiro. Ele mal sobreviveu, no entanto. Seus companheiros riem
dele, empurrando-o, chamando-o de Dufu, que significa “peido”. Eles
continuam ficando mais provocativos até que ele finalmente perde o
controle. Com o rosto em chamas e uma carranca profunda, ele ataca
seus companheiros, batendo e espancando-os. Para nenhum proveito.
Eles bloqueiam seus golpes, se abaixam ou proferem um “Ai!”
exagerado e estridente. ele deveria bater neles.
Quando fica ali ofegante no final da aula, com os braços
pesados e cheio de vergonha, já aprendeu que não é nada.
O vestibular, esse primeiro desafio? Um peido.
Deste ponto em diante, fica melhor. Ele corre pela
selva, aguçando seus sentidos e suas reações, aceitando
cada conflito, superando-se.
Seus camaradas lhe dão chances mais do que suficientes para
provar a si mesmo. Em território inimigo, ele deve fazer
reconhecimento, jogar a isca que atrai o inimigo para uma armadilha
ou sequestrar um chefe inimigo. Ele sempre estará na primeira linha,
dominando a lança e o escudo oval. Ainda é cedo para lhe dar uma
espingarda.
Somente quando ele provou ser digno e é capaz de se
defender contra o assédio, ele pode ascender na hierarquia.
Se ele provou seu valor em combate corpo a corpo, agora
pode se chamar de guerreiro ancestral, ou Hondo. Se ele
derrotou seu inimigo por meio de astúcia e astúcia, ele se
torna um novo motorista para seu bando, um Damu.
2 - HONDÓ
Em seus sonhos, ele vê oito máscaras do tamanho de
escudos e sente o Warui saindo de suas bocas. É muito
pequeno, muito longe, mas ainda o toca. Ele tem que ir
mais longe no caminho do guerreiro, o caminho do
guardião. Ele exige um rifle de assalto dos neolíbios e
consegue um. Então, ele faz disso parte de seus ritos, trata-o
como um amigo, obtém seu favor. Quando ele olha os
escravos ou seus inimigos nos olhos, ele sabe que Algozes
como ele são responsáveis pela reputação do Culto de ser
implacável e mortal.
3 - CHAGA
O Chaga é o líder da matilha. Através dele falam os
antepassados, e a sua palavra é a vontade de África.
Discordar dele significaria questionar os ancestrais. Apenas o
Dumisai pode confrontá-lo e questionar suas decisões. Ele
tem que defendê-los com os punhos.
O Chaga é fisicamente e mentalmente superior ao resto
de sua matilha. Ele é um guerreiro melhor e um estrategista
brilhante. Enquanto o Damu faz o plano de batalha, o Chaga
leva seu bando ao perigo, o estimula e o mantém unido. Se
um de seus guerreiros cair, ele será responsabilizado pela
matilha e pelos ancestrais.
Um Chaga liderará seu bando em incontáveis batalhas
ao longo de muitos anos. Somente se o Dumisai o desafiar e
for derrotado por ele, ele pode se tornar o próprio Dumisai
do bando. Um Hondo escolhido por ele assume o cargo de
Chaga.
2 - DAMU
O Damu sabe como interpretar os movimentos do
inimigo, conhece as características especiais do terreno e
observa o clima. Ele implanta o Dufus, elabora planos de
ataque e aponta os pontos fracos do inimigo. Enquanto o
Chaga luta com os ancestrais pelo significado da batalha e
lidera seu bando durante a luta, o Damu tem
HIERARCHYANDRANKS - Algozes
2 HONDÓ 3 CHAGA
1 DUFU
2 DAMU 3 SIMBA
O MOYO
cuidou dos pré-requisitos estratégicos.
Se os planos de um Damu falharem, isso significa saque ruim para
o bando e, portanto, perda de honra. Assim como o resto do bando, os
ancestrais viraram as costas para ele em decepção.
3 - SIMBA
O Simba é o leão da matilha. Ele desafia o inimigo e
realiza os maiores feitos heróicos. Em cada ataque, ele
ataca o oponente mais forte e luta incansavelmente
até vencê-lo. Ajudá-lo significaria diminuir seu feito
heróico e é considerado imperdoável.
Depois de centenas de batalhas, vencendo um inimigo após o
outro, ele é considerado invencível. Não há mais ninguém para
quem ele tenha que provar seu valor. É hora de ele dar a outro
Algoz uma chance de trilhar o caminho do leão. O Chaga o
homenageia tornando-o um Dumisai, um herói da matilha. Ele se
torna um tabu.
4 - DUMISAI
O Dumisai contém todos os feitos heróicos da África e é a
consciência do bando que se fez carne. Ele é o guardião dos
caminhos. Ele deve liderar sua matilha pelo exemplo, tanto mental
quanto fisicamente.
Sua posição dentro do bando é irrefutável. Ele pode não
liderar, mas é o único que pode questionar e desafiar
fisicamente o Chaga. Se vencer a batalha, o Chaga tem que
respeitar e manter sua opinião. Por sua vez, ele nunca pode
ser desafiado: é sempre ele quem desafia.
0 - MOIO
Um dia, o Chaga irá até seu Dumisai, sentar-se-á em frente a
ele em uma rocha a alguma distância do bando e contará
4 DUMISAI
x KIFO
ele que é hora de selecionar seu Moyo, sua alma gêmea. O
Dumisai seleciona um Hondo ou Damu de quem se sente
próximo e que considera digno. Juntos, eles realizam o ritual
de união. Eles agora são um, suas almas se uniram. O que
acontece com um também acontece com o outro.
O Moyo dá sua máscara ao Chaga, que a guardará, e
aceita suas tarefas. Ele recebeu oito tarefas heróicas que
terá de realizar para homenagear seu Dumisai e
salvaguardar sua honra. Ele sai do bando, está sozinho
desde o início. Nenhum Algoz ousaria ajudá-lo. Qualquer
influência externa quebraria o vínculo com os Dumisai,
enfureceria os ancestrais e envergonharia todos os
envolvidos. O Moyo tem duas luas para dominar as
provas no espírito das tradições. Se ele conseguir isso, o
Dumisai mantém sua posição. O Moyo recupera sua
máscara e é um Hondo ou Damu novamente.
Mas se ele falhar, Moyo e Dumisai se tornam Kifos, os
sem máscara. Os ancestrais viraram as costas para eles. Suas
máscaras estão quebradas e eles têm que deixar o bando em
desgraça.
X-KIFO
Se um Moyo falhar com os ancestrais, ele e seu Dumisai se tornam
Kifos. O Kifo é considerado uma alma perdida. Quando ele morre,
ele retorna como um espírito maligno. Até então, todo Algoz o
evitará e nenhum bando o aceitará.
Ele precisará de tempo para se acostumar com seu novo
papel. Alguns trabalham como assassinos para Neolíbios ou
como mercenários para Clãs. Outros nunca superam a traição e
mudam de lealdade. Ao lado dos Hybrispanianos ou Voivodes,
você encontrará muitos Kifos que fornecem informações aos seus
antigos inimigos e lutam por eles.
Algozes 255

ESTEREÓTIPOS
ANABAPTISTAS
O clã guerreiro de um homem branco,
guardiões de Purgare e do sul de Borca. Eles
não nos consideram inimigos – e vão se
arrepender um dia.
ANUBIA
Nós inclinamos nossas cabeças para aqueles
que sabem o que já foi e o que será. Os
Anubitas são nossos irmãos em espírito: seus
pensamentos guiam nossos Flagelos.
PÓTICOS APOCA LY
Pessoas brancas bonitas e sensuais que podem
ser vendidas por boas quantias nos mercados de
Tripol. Eles nos perseguem no mar, mas não
resistem aos nossos torpedeiros.
CRÔNICOS
Dizem que eles falam em enigmas como espíritos
antigos que o tempo passou. Enquanto nossos
caminhos não estiverem destinados a se cruzar,
evitamos o contato.
AGALHA ADAGAL
CLANNERS
Clãs errantes são presas fáceis. A
qualidade varia, mas os neolíbios
levarão tudo o que puderem vender
para as plantações.
HEL LV ETICS
Eles sempre estiveram entre o Leão e
o Corvo, tentando lucrar com sua
posição. Eles fazem guerreiros
temíveis com seus rifles.
JEAMMEDANOS
Enfrentar os Jehammedanos em batalha é
como caminhar nu entre os Psiquívoros:
você voltará arranhado e picado.
JUÍZES
Muitos corvos podem colocar em perigo até
mesmo um leão. Os neolíbios jogam dinares
neles para comprar sua misericórdia. Talvez
possamos fazer melhor.
NEOLIB YA NS
Bichinhos preguiçosos em roupas coloridas com
um toque de tinta nas pálpebras. Se você os
sacudir, chove dinares. Vá em frente,
experimente!
PA LERS
Vermes rastejando pelo corpo da
terra. Eles são párias doentes
satisfazendo seu ódio por tudo que é
saudável com crueldade sangrenta.
Scrappers
Eles cavam na terra como porcos e fogem de
todas as batalhas. Eles não podem esperar
nenhuma misericórdia dos ancestrais.
ESPI TALIANOS
Eles estão em Qabis. Os Neolíbios
realmente ousaram abrir o portão para o
Corvo. Devemos ouvir os avisos dos
Anubitas agora ou confiar nos Neolíbios?
AY UBU
OBLOODHOUND
CULTURA:África
CONCEITO:A régua
CULTO:Algozes (Dumisai)
Como um Simba, ele lutou contra os maiores
guerreiros de Hybrispânia e os empurrou
para o chão, um após o outro. Em Valência,
ele finalmente conheceu o líder dos Guerreros
que os perseguiu por semanas. Como convém
a um Simba, ele cavalgou pelas fileiras
inimigas e os matou com poderosos golpes de
suas patas.
Sua Chaga entrou no silêncio. Ele disse que
havia chegado a hora e Ayubu sabia que este
Leão havia lutado sua última batalha. De agora
em diante, ele traria a matilha e a glória dos
ancestrais como um Dumisai. Não há descanso
para os ímpios. Ao lado de seu Chaga, ele liderou
o bando profundamente no Warpage para
encontrar um caminho para a propriedade do
antigo inimigo.
EFREM
CULTURA:África
CONCEITO:O Buscador
CULTO:Algozes (Dufu)
Efrém é um hermafrodita: meio homem, meio
mulher. Isso significa que ela não é nada na
comunidade dos Algozes. Assim, ela enfrenta
furiosamente qualquer perigo para impressionar
os outros com seus atos e subir na hierarquia de
sua matilha. Para nenhum proveito. Ela é e
continuará sendo uma Dufu.
AGU
CULTURA:África
CONCEITO:O Discípulo
CULTO:Algozes (Kifo)
Ele tinha olhos de falcão e mão firme, seu
sangue fervia como o de um boi. Ele fez
um bom Hondo. Mas Hybrispânia sabia
como quebrar um homem: Agu estava
cansado da guerra, odiava as florestas
impenetráveis. Ele queria ir para casa,
encontrar uma mulher e se estabelecer. Se
ao menos não tivesse se apaixonado por
uma escrava em Al-Andalus que já era
concubina de uma neolíbia.
Quando seu Dumisai fez dele um
Moyo, foi demais. Em vez de seguir
seu chamado, ele traiu seu bando e
libertou a mulher que amava.
Onde eles poderiam ter ido?
Onde mais senão no Warpage?
Algozes 257
 GUARDIÕES DA PROFECIA
ANUBIA
CANÇÃO DO CISNE
O sol ardente estava alto no céu, queimando a terra saturada
pela chuva do meio-dia, transformando-a em pó. A jovem
Anubita protegeu os olhos com a mão enquanto saía do frio
de seu ossuário e observava o cemitério.
Chacais se moviam entre os túmulos. Através da névoa cintilante,
ela viu a selva, a menos de cem passos de distância. Ela enrolou um
pano simples em volta dos quadris e jogou outro em volta dos
ombros. Os Círculos brancos tatuados ao redor de seu umbigo
permaneceram desembrulhados.
Ela desceu as escadas rangentes, sentiu a terra quente
sob seus pés. Até agora ela tinha evitado virar seu olhar para
o túmulo. Ela sabia que os aldeões estiveram lá durante a
noite. O lamento a impossibilitara de dormir. Eles trouxeram
o falecido e então fugiram rapidamente de volta para o
mundo dos vivos. Aqui, apenas a morte dominava, e a
Anubita era sua consorte.
Ela se curvou sobre o corpo, sorrindo tristemente e acariciando
seu rosto. Um guerreiro. Ela se sentou ao lado dele e abraçou o
cadáver. O peito do homem estava coberto de sangue seco: havia um
buraco entre as costelas. Doía-lhe ver que ele morrera tão cedo. Seus
braços e pernas agora estavam enegrecidos com resina, e uma
máscara de Anúbis cobria sua cabeça e ombros. Ela colocou a mão sob
o pescoço do homem morto e levantou sua cabeça. Na outra mão, ela
segurava um escaravelho zumbindo. Ela colocou o besouro na boca do
morto e fechou-a suavemente.
Ela ficou de pé sobre o cadáver, um crânio de touro na curva de seu
braço. Ela mergulhou e esvaziou, liberando centenas de pacotes
vermelhos no falecido. Eles se moviam, arrastando fios brilhantes.
Aranhas Anansi. Suas teias capturam as almas dos mortos, dizem os
africanos, e apenas Anúbis pode libertá-los.
O Anubita esperou por dois dias, até que as aranhas tivessem
tecido um casulo ao redor do corpo. Ela enrolou a bandagem com
runas em volta do casulo e enfiou os amuletos entre as camadas
de bandagens. Para o guerreiro, a jornada para o submundo
havia começado.
As mesmas linhas de runas adornavam as paredes de
corredores aparentemente intermináveis, esculpidas na pedra
eras atrás. Lâmpadas a óleo pendiam de tetos baixos, formando
ilhas de luz em meio à escuridão total. Homens e mulheres em
trajes simples de linho percorriam os corredores, cercados pelo
sopro do passado. Todos os dias, eles encontravam novas
travessias, liberavam novas cadeias de runas da poeira dos
séculos. Acima dos corredores, havia grandes salões na rocha.
Aqui, o conhecimento dos antigos pode ser encontrado selado em
jarros de barro, trazidos de criptas por toda Anubia. A tecnologia
antiga se encolheu nos cantos como insetos gigantes, mortos,
mas ameaçadores. Nem mesmo os mais sábios sabiam como
essas máquinas de pedra, latão e volfrâmio funcionavam ou o
que faziam antes. Câmaras seladas estavam por toda parte. O
jovem Anubita não sabia nada sobre tudo isso.
ANUBIA 259
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com
O PASSADO
Era noite na cidade dos mortos. Logo o calor do dia
desapareceria da areia. O vento aumentou, carregando a
areia em finas telas sobre os cemitérios. A figura com cabeça
de chacal caminhou vigilantemente pela necrópole. Seus
olhos brilhavam como estrelas na noite mais escura. Anúbis.
Com mãos ágeis como pernas de aranha, ele teceu uma teia
no ar, ancorando-a em obeliscos e escadarias em ruínas. Almas
com asas de ouro foram capturadas nele, e Anubis as colheu.
Então ele os enviou a Osíris para serem pesados e julgados.
Algumas almas escaparam de suas mãos – elas eram muito
estranhas para ele.
Uma vez, ele abençoou os humanos com o Ka. Por
gerações, as mães passaram para seus filhos. Mas como uma
corrupção, o Ba entrou na alma humana e a envenenou. O
poder do Ka diminuiu. Em cada ciclo, o Ba percorria a terra, e
as coisas ficavam cada vez piores. Anúbis perdeu alma após
alma.
Apenas o Ka de uma tribo permaneceu forte. O próprio
Anúbis o imbuiu com seu Fio da Vida quando o mundo
começou. Seus filhos, os Anubitas. As primeiras pessoas. Uma
vez, Anúbis havia mostrado a eles o destino do mundo, e
agora os encarregava de terminar o que era eterno. No
entanto, como a prata torna-se fosca e escura quando
exposta ao ar, o tempo manchou a pureza dos Anubitas.
Somente os antigos poderiam destruir a fonte do Ba fora do
ciclo. Enterrados na areia do deserto há muito tempo, eles
esperavam por seu despertar. Seus descendentes, os novos
Anubitas, começaram a procurar.
ANUBISSYNDICATE
Os arquivos da cidade proibida do Cairo estão
cheios de textos antigos. A maioria deles
remonta a alguns anos antes do Eshaton e
menciona o chamado Anubis Syndicate: o
misterioso grupo de oito cientistas, médicos e
filósofos africanos dedicados ao despertar do
corpo após a morte. Os relatos da época são
superficiais e, embora a mídia acompanhasse
com avidez cada
HISTÓRIA ESCRITA
As cavernas no Deserto Anubita são inacessíveis. Uma vez que
eles eram um refúgio para os antigos. Escondida na noite
eterna dos sistemas de túneis, a história anubita sobreviveu
ali em pergaminhos enrolados e guardados em jarros de
barro lacrados. Agora, os jarros são recuperados e abertos
um a um. Os Anubitas trabalham devagar e com cuidado para
não perder um dos segredos que já consideravam perdido
para sempre. O véu sombrio do passado se ergue do deserto
Anubita, revelando a verdadeira história de um dos cultos
mais antigos do mundo.
Eles já haviam aparecido no antigo Egito como
estudiosos e cientistas – uma civilização avançada entre
tribos bárbaras. Os primeiros faraós que governaram a
terra às margens do Nilo finalmente os exilaram do Egito.
Partiram para Kerma no reino de Kusch, mas mesmo no
exílio não foram esquecidos.
Pois o povo egípcio era fascinado pelos pródigos
pictogramas e pelo culto à morte dos Anubitas, e assim eles
mantiveram muito de sua cultura, mesmo que muito dela
fosse distorcida: eles arrancavam os órgãos dos corpos de
seus falecidos e mumificavam sem sentido as conchas vazias
e enterrando-os sob toneladas de pedra depois. Os anubitas
daquela época tinham pena de seus irmãos ignorantes, mas
não queriam esclarecê-los.
O Egito floresceu e os Anubitas murcharam. Quando o
Egito reunificado esmagou o reino núbio na 18ª dinastia, eles
fugiram, mas ressurgiram novamente no segundo reino de
Kusch. Finalmente, eles desapareceram.
dica, cada um deles levou a um beco sem
saída.
Sobre o Anubis Syndicate, pouco mais do
que seu nome era conhecido. No final, os
repórteres descobriram que Norman Thorn, um
dos fundadores do Grupo de Recombinação,
havia fugido para os braços dessa misteriosa
organização após um suposto caso de
espionagem industrial. Então, o Eshaton veio.
OCICLO ETERNO
Quando uma pedra é jogada na água, ondulações concêntricas
são feitas na superfície. As cristas se expandem para fora,
perdendo seu poder. De acordo com os mitos anubitas, a vida foi
criada nas águas infinitas dos oceanos, nas quais Anúbis iniciou
uma vibração. Antigamente, havia apenas essa onda, enviada à
realidade pelo toque suave de Anubis. Vida e morte – o início e o
fim da onda foram sua criação. Mas ele não estava sozinho.
Havia outros, e era como se uma chuva forte caísse sobre
as águas calmas. Sua onda bombeou através do oceano
espumante, mas sua beleza brilhante e harmoniosa explodiu
em milhões de gotículas brilhantes. Saltou para cima e para
baixo, criando novas ondas: a realidade complicou-se e
bifurcou-se muitas vezes no seu caminho da vida para a
morte. O gotejamento contínuo capturou muitas coisas em
ciclos eternos: as estações, a menstruação das mulheres, a
série interminável de dia e noite. Eles continuaram repetindo
e mudaram o mundo, guiando-o de sua forma primordial
para o caos.
Os Anubitas tiveram que se levantar, para se libertar da onda
e dos ciclos. Eles tinham que ser como Anúbis, para ajudá-lo em
sua busca pela perfeição. Ele os havia inscrito com a chave há
muito tempo, e agora eles tinham que aperfeiçoar este Fio da Vida
e se tornar como ele: uma raça mortal deveria se tornar uma
espécie imortal entre a vida e a morte.
KAANDBA
Na mitologia Anubita, o Ka simboliza a forma primordial
do Fio da Vida dado a eles por Anubis e transmitido por
gerações, persistindo através dos milênios. Alguns podem
chamá-lo de alma, outros dizem que são os blocos de
construção genéticos de sua herança.
Sua oposição é o Ba. Ele corrompe o Ka, invadindo
como um vírus, destruindo-o e substituindo-o. Perturba a
onda e diminui a sua potência.
O Eshaton era como uma enorme rocha caindo na água,
quebrando a onda e criando milhares de novos círculos. De
acordo com os antigos registros Anubitas, seu Culto tem se
preparado por mais de dez milênios para cimentar a criação
de Anubis dentro de si. Textos mais recentes mencionam que
quase conseguiu fazê-lo pouco antes do Eshaton, graças à
tecnologia Bygone. Agora, está ficando sem tempo.
As consequências do Eshaton tornam-se cada vez mais
claras a cada dia: Psiconautas furiosos tornam a Europa um
playground do absurdo, enquanto na África plantas mutantes
iniciaram um desenvolvimento tão estranho quanto devoram
tanto a vida vegetal nativa quanto a cultura do continente.
Chegou o dia para os Anubitas fazerem valer seu
conhecimento e suas habilidades - antes que a onda do
Eshaton engula completamente a criação de Anubis.
 CRIANÇAS PERDIDAS
Por milênios, os Anubitas viveram lado a lado com as
civilizações avançadas da África. Quando finalmente foram
para o exílio, muitos seguiram seus próprios caminhos. Eles
foram para as metrópoles de seu tempo, misturados com os
núbios, hititas, assírios e egípcios. Esqueceram-se de sua
própria cultura. Ainda hoje, restos do Fio Anubita da Vida
podem ser encontrados nos descendentes de norte-africanos,
asiáticos e, às vezes, até europeus – e os anubitas procuram
por esses fios descartados. Para encontrá-los, o Culto usa o
Dedo de Anúbis, um osso oco habilmente
adornado com gravuras circulares e espirais ao longo do
antebraço, afinando para uma ponta fina na ponta. Esses
ossos são raros, passados de Anubita para Anubita, de
geração em geração.
Segundo a lenda, o osso está cheio de bile de chacal. Quando
um Anubita arranha a pele de alguém com o Dedo de Anúbis, um
verdadeiro descendente desenvolve eczema do tamanho de uma
unha do nascer ao pôr do sol: a marca de Anúbis. Um africano que
o carrega está destinado de nascimento a trilhar o caminho de
Anúbis. Ele é um Iniciado.

IMIUTSKIN

Contusões purulentas, varíola, febre e
milhares de outras doenças e feridas
menores são perturbações na onda. Os
Curandeiros entre os Anubitas os tratam
com pomadas e elixires, dizem palavras de
bênção e colocam estatuetas de pedra nas
bandagens para afastar os maus espíritos
e fortalecer a alma da pessoa aflita. Em
casos graves, eles se aventuram em
Anubis, enfrente o furioso Ammit,
devorador de almas, e retorne da
escuridão com sangue Duat em suas veias.
Mas na batalha contra o Crow, outras forças
estão em ação. Uma armadilha de estaca montada
por um Hybrispanian Guerrero, uma bala de uma
emboscada, o tanque de detonação de um Kom e a
onda de um Algoz é quebrada. Somente os lendários
hecateanos podem salvar o Algoz
do julgamento de Anubis agora. Eles
esfregam o corpo com sangue Duat,
costuram-no em peles de chacal ou Gendo - a
pele Imiut - e pedem uma trégua a Anúbis.
Simbolicamente, o moribundo volta ao útero
para renascer dias depois: todo pele e osso e
careca, ele se liberta da pele. Ele levará vários
dias para reunir forças novamente. Mas ele
vive.

MORTE
Um Embalsamador Anubita cuida do Iniciado. Na moda
tradicional, ele escureceu o corpo com resina. Ele usa a
máscara de Anúbis. Juntos, eles viajam para uma das
enormes catacumbas da África, onde o Iniciado é baixado.
Lá embaixo, na escuridão, cercado pelos ossos de
seus ancestrais, ele espera. Ele come insetos e carne de
cadáver que o Embalsamador joga no poço. Ele devora
purê podre misturado com drogas. Os sons da escuridão,
amplificados pelo veneno crescendo dentro dele, o
deixam à beira da loucura. Como um fantasma, ele
tropeça nas entranhas pedregosas das catacumbas,
encarado por caveiras – até que sua humanidade seja
queimada e ele confronte o próprio Anúbis. As visões são
terríveis, mas ele se entrega a elas. Seus gritos silenciam,
ele afunda ao sentir sua onda quebrar.
RENASCIMENTO
O Embalsamador não o deixa morrer. Ele o arrasta de volta
para a luz, o embalsama com óleos perfumados e o enfaixa
como se fosse uma múmia. Durante três dias o Iniciado
permanece assim, imóvel. Os óleos retiram o veneno de seu
corpo e o calor o lava. Através de um canudo, o
Embalsamador o alimenta com água, litro por litro.
No quarto dia após sua morte simbólica e quase real, ele
emerge do mundo espiritual para o mundo dos vivos. O
Embalsamador o liberta das bandagens e saúda o Anubita
– ainda fraco, mas renascido em Anúbis.
SETE CÍRCULOS
O Embalsamador tatua sete Círculos concêntricos ao redor do
umbigo do renascido. Com movimentos rápidos, ele injeta a
tinta sob a pele, usando um pote de tinta branca diferente
para cada Círculo. É uma mistura que só os Anubitas da
cidade proibida do Cairo podem misturar – sete tons de
branco, sete receitas diferentes. O Embalsamador segue o
rito passo a passo, nunca se desviando da ordem tradicional
de Círculos e cores. Para o Iniciado, os Círculos simbolizam a
onda na qual todo ser vivo deriva para a morte, mas também
o mundo criado por Anúbis.
O Embalmer carrega apenas cinco Círculos em seu corpo.
Porque? Ele explica que os Círculos mostram o quão longe um
Anubita chegou em sua jornada pelos segredos do mundo.
Quão perto ele está do sol de sua mente, Anubis. Os Iniciados
movem-se no último Círculo, os Encantadores no sexto, os
Embalsamadores, Sicles e Curandeiros no quinto. Os
honrados Hogons deixaram os quatro Círculos externos para
trás e estão no terceiro. Eles decidem quando um Anubita
está pronto para deixar seu Círculo.
 THEWAVEBREAKS

Quando a onda de um africano acaba, um
anubita aparece ao seu lado. Ele unge o
moribundo, apresentando-o aos
ancestrais. Quando o corpo resiste pela
última vez e finalmente esfria, o Anubita
leva o falecido com ele para o
Bonefield. Lá, ele coloca um escaravelho na boca
do falecido, fecha suas mandíbulas e deixa suas
aranhas Anansi tecerem um casulo ao redor do
corpo. Depois de alguns dias, ele inspeciona o
casulo e o enfaixa. Ele afugenta as aranhas - elas
contarão aos espíritos da floresta
sobre a morte - e coloca pequenas estatuetas
de Uschebtis sob as bandagens do cadáver.
Eles deveriam proteger o falecido dos
demônios em sua jornada para Osíris e
Anúbis. Só então o Anubita pode enterrar a
múmia na terra em seu Bonefield.

INICIAR ED
Nos primeiros anos, um Anubita aprende as regras e
artes do Culto com seu Embalsamador. Ele é instruído
nos ritos funerários e estuda o significado dos insetos
e aranhas. Por dias, ele vagueia pelas orlas dos
Psiquívoros, ouvindo o sussurro das folhas e dos
ancestrais: mil pequenos passos que fortalecem
espiritualmente e confirmam os Anubitas, mil
distrações que empurram para longe as coisas
necessárias.
Mas em algum momento, não há como voltar
atrás. Finalmente, ele se expõe ao Raze.
MÃO DIREITA DE TOANUBIS
Para a maioria das pessoas, os Psicívoros não guardam nada além
de loucura e morte. Seus espinhos são duros como vidro; basta
um arranhão para fazer abcessos necróticos incharem a pele,
corroendo a carne em minutos até atingirem o osso, infectando-o,
O sangue dos Anubitas reage com os venenos do Psicívoro,
ligando-os e criando compostos sinérgicos. Isso leva a
supercélulas que inundam o organismo. Eles sintetizam
proteínas que, por sua vez, reagem cataliticamente a outras
substâncias Psychovore. O corpo Anubita se transforma em
um biorreator cuja complexidade cresce com cada substância
adicionada: um Espitalário mal reconheceria uma amostra de
sangue Anubita nesta fase como humana.
Os Anubitas usam isso a seu favor. Eles se aventuram nas
profundezas dos Psicívoros para colher as queridas frutas
Duat, esmagá-las e mastigar os pedaços. O Raze corrói suas
mucosas e bochechas, mas as células são reanimadas
segundos depois. O veneno os arrasta para o reino de Anubis.
Seu sistema imunológico entra em colapso. A escuridão corre
em suas veias e escorre para a carne como tinta escorrendo.
Nos primeiros minutos de transição, seu sangue degenera
em uma mistura altamente tóxica.
Eles morrem.

crescendo através dele até desabar e quebrar sob o peso da carne
em decomposição. A fruta madura e as folhas exuberantes são
igualmente perigosas. Dentro, eles são compartimentados em
centenas de câmaras com paredes cristalinas. Cada câmara é
preenchida com substâncias epigeneticamente ativas. Ao
entrarem em contato com células humanas, causam aberrações
genéticas que levam a uma morte espontânea das células, o
chamado Raze. A mutação salta de célula em célula, espalhando-
se extremamente rápido. O organismo infectado decai em
minutos. Não há cura.
As únicas exceções são as sementes usadas pelos Algozes
da Europa. Mordidos em dois, quebram-se em mil estilhaços
que penetram nas gengivas e nas mucosas como vidro. Eles
não matam, mas fortalecem os Warui fora da África. Seus
efeitos não são gerados no estômago ou nas entranhas, mas
através do sangue. Os Anubitas são quase imunes ao Raze.
Os espinhos ainda causam feridas purulentas, mas os Hogons
de alto escalão podem curá-los em poucas horas.
Eles ficam na frente da cabeça de chacal, colocando sua
alma na balança de sua balança. Nas sombras, eles sentem
Ammit, o devorador de almas. Eles encaram olhos que são
frios e profundos como névoas estelares.
O biorreator entra em ação. O corpo vibra com o calor. O
coração bate forte e faz circular o sangue fervente. Um icor
semelhante ao mel brota das glândulas sob a língua, nas
axilas e na virilha. A escuridão do corpo desaparece. Eles são
agarrados, arrancados do trono de Anúbis, voltam à vida
estremecendo.
Dependendo da potência da fruta Duat, o rigor mortis
leva minutos ou dias. Alguns Anubitas ficam cobertos pelos
Psicívoros como se estivessem em um casulo, tendo que se
libertar de laços quebradiços. Seu sangue agora é altamente
potente. Escorrido e misturado com terra e ervas, pode curar,
aliviar a dor ou estimular o corpo e o espírito. Com o tempo,
os Anubitas aprendem as propriedades que seu sangue
ganhou através da catálise de várias frutas Duat.

ARANHAS ANANSIS

Milhares de figuras vermelhas correm pelos planos O próprio Anúbis. As aranhas são pois a eternidade é considerada uma arte que um

ou mergulham nos mares de grama de Anubis: as consideradas criaturas inconstantes, imbuídas embalsamador deve dominar.

aranhas Anansi vermelhas, sem pelos e com punhos do espírito de um trapaceiro, e dizem que têm Na verdade, as aranhas reagem ao óleo de

do tamanho de um punho. Eles são os companheiros uma vontade própria: convencê-las a tecer um embalsamamento como se tivessem sido criadas

dos Anubitas e foram inscritos na onda por casulo em torno de um corpo e conservá-lo. justamente para essa tarefa.

ANUBIA 263
QUANDO COMEÇA O MILÊNIO DEPOIS DO MILÊNIO
HAVERÁ UMA ORDEM ESCURA E SECRETA

SUA LEI SERÁÓDIOE SUA ARMA SERÁVENENO

EXIGIRÁ MAIS E MAIS OURO E
SUA REGRA SE ESPALHARÁ POR TODA A TERRA

E SEUS SERVOS SE UNIRÃO

PELOBEIJO DE SANGUE.
OS JUSTO E OS FRACOS OBEDECERÃO ÀS SUAS REGRAS OS
PODEROSOS O SERVIRÃO

QUE ELES DECRETEM NO

A ÚNICA LEI SERÁ A

SOMBRAS
VAI VENDER SEU VENENO ATÉ NAS IGREJAS
E O MUNDO VAGUEIA COM OS ESCORPIÕES SOB OS PÉS.

[JEHAN DE VEZELAY]

TRANSFORMAÇÃO
Uma noite, os Hogons estão na frente do Anubita, braços e
rostos negros como breu e cheirando a resina.
Silenciosamente, eles entregam a ele um canopo com a
cabeça de um chacal como tampa. A jarra é preta, gelada,
pesada e lisa como vidro. A cabeça pode ser aparafusada. No
interior, há um líquido branco viscoso. Isso poderia ser resina
da árvore da vida? Apenas Cairo sabe a resposta, e Cairo está
enterrado sob Psychovores.
Quando o Anubita leva o canopo aos lábios, ondulações
se formam no líquido. Ele flui de forma não natural em
direção a sua boca. Pequenos tentáculos brotam, perfurando
seus lábios, endurecendo e quebrando sob a pressão da
inundação que se segue. A língua é aberta por um ataque
violento de fluido turvo. Há um crepitar e estalar, e o
conteúdo do jarro canopo surge mais rápido do que poderia
ser derramado na boca do Anubita.
Morte.
Dias depois, o Anubita desperta. Sua língua está
inchada e seca, e as costelas são visíveis sob a pele. Seus
dedos tocam os Círculos em sua barriga. Há algo errado:
falta o anel externo. Simplesmente se foi, como se nunca
tivesse sido tatuado.
Toda transformação exclui o anel mais externo. Os
Hogons sabem o que aconteceu - mas ainda não vão
explicar.
GUARDIÃODESEGREDOS
O Culto Anubita é antigo. Cada geração coletou uma nova
camada de conhecimento que já era um mistério gerações
depois. Diz-se que as camadas mais antigas estão escondidas
no Cairo, sob a pirâmide nas salas de registros.
Fala-se de grandes milagres: de um lago subterrâneo no qual
duas pirâmides se projetam da água, de um labirinto de túneis,
poços e salões, de máquinas gigantes feitas de latão e volfrâmio
que obedecem apenas às que estão acima da onda.
Mas enquanto o Cairo for inacessível para todos os que têm
mais de dois Círculos, essas são apenas histórias.
Ainda assim, as pessoas veem os Anubitas como
guardiões de segredos. Ninguém se atreve a resistir ao
Anubita ou negar-lhe qualquer coisa. Um Iniciado se torna um
Encantador após sua primeira transformação. Ele cita o preço
que os espíritos das florestas e planícies podem pedir por seu
comportamento benevolente. Ele orienta os Algozes para que
cumpram sua tarefa de guardiões das tradições. Ele enfaixa o
falecido e os guia para a vida após a morte. No sexto e sétimo
Círculos, um Anubita está envolto em misticismo e
superstição. Ele se enfeita com caveiras, desenha espirais e
círculos no corpo, vive em uma cabana de ossos como seu
antecessor. No escaravelho, ele vê o poder divino da criação.
Ele esculpe as estatuetas de Uschebtis em alabastro em
preparação para os ritos funerários. Ele se move em sintonia
com as pessoas, ouve o sussurro dos ancestrais e medita.

OSSUÁRIOS

O povo africano simultaneamente venera e
teme os anubitas. Os xamãs são figuras
solitárias que buscam sossego em
cemitérios ou antigos campos de batalha,
longe do burburinho das aldeias.
Como chacais, eles vagam entre as sepulturas
e roubam os ossos que o vento ou a chuva
desenterraram. A partir deles, eles constroem
ossuários para viver e misturar suas misturas.
VERDADE
A cada transformação, a cada Círculo que o Anubita domina,
ele perde um pouco da superstição. Como Curandeiro e mais
tarde como Hecateano, ele ganha cada vez mais uma mente
empírica, tornando-se alguém que procura os frutos Duat e
os catalisa. No entanto, ele ainda se apresenta ao povo como
um curador espiritual, barganhando com Anúbis pela vida
dos doentes.
Quando ele pega a foice e se torna um Ammit, ele abre
mão de todos os ritos que não valem nada. Como
guerreiro e guardião, ele só conhece a ação e a reação,
ouvindo os ancestrais e sentindo a atração dos gritantes
Psychonaut Chakras. Ao falar com os Algozes, ele alegará
proteger a onda da criação.
Como um Embalmer, e em sua próxima transformação como

A SIGLA

Anubitas sentem Psiconautas a uma distância de
muitas centenas de metros: eles experimentam a
presença do Aberrante como um mal-estar.
Quando um Dushani se aproxima, o Anubita
agarra sua garganta dolorida, quando um
Pregnótico se aproxima, ele sente uma dor
ardente entre as sobrancelhas.
O Chakra Psiconáutico, a estrela ardente no
eixo do corpo, transforma o Chakra de um
Anubita em um planeta moribundo. Se o Anubita
quiser sobreviver, ele tem que levantar
seu Khopesh e cortou o fio entre ele e o
Psiconauta no ponto de saída do corpo do
Aberrante.
Ele abre a carne onde sua própria dor
queima, arrasta a lâmina para cima, seguindo
os fios, e empurra o aço de volta para baixo
novamente. O último local inflamatório é
aberto, o medo e as energias fluem como pus.
O Psiconauta desmaia, mas não é o sangue
que corre que o enfraquece. A fonte de seu
poder está vazando e se espalhando
o éter. Seu coração ainda pode estar batendo,
mas sua alma se foi. O Anubita, porém, está
curado. Cãibras e dores desaparecem nas
sombras de ontem enquanto ele limpa sua
lâmina e marcha para a terra profana.
Os mais sensíveis e enérgicos entre
eles são conhecidos como Sickles. Lado a
lado com os Neolíbios, eles viajam para o
norte e destroem os Aberrantes onde o
golpe de misericórdia dos Neolíbios
apenas rasga a carne sem tocar a alma.

ANUBIA 265
 um Soul Seer, ele usa a superstição. Ele é juiz e
conselheiro, lidera aldeias e orienta os esforços de guerra
da África. Os Psicívoros se separam dele e cercam seus
inimigos. Ele pode calar os sussurros de alguns ancestrais
e abrir espaço para outros – não porque reze ou medite,
mas porque entendeu o princípio. Porque ele é a chave e
os Psicívoros são a fechadura. O povo acredita que
espíritos ancestrais o acompanham para pagar suas
dívidas com Anubis. Eles acreditam que os espíritos
imbuem os Psicívoros. Ele permite que eles acreditem no
que quiserem.
A última transformação antes da transição para o
Cairo é o Hogon. Ele está muito longe de suas raízes como
um Anubita renascido. Quando ele distribui os canopos,
sem sentido em si mesmas. Os dedos ficaram mais finos ou
delicados, o cabelo ficou mais escuro, as sobrancelhas ficaram
mais finas ou se moveram um pouco.
Ele está em contato com os Espitalários e discute esses
fenômenos com eles. Como ele poderia falar contra os
médicos brancos nas últimas décadas? Que falta de
conhecimento! Além dos Anubitas, ninguém está mais
próximo dos segredos do que eles.
Ele também reconhece a tatuagem circular em sua
barriga pelo que é: um indicador da transformação. As
moléculas induzidas pela tinta reagem à transformação
epigenética. Somente quando é bem-sucedido, essas
moléculas são destruídas e o Círculo desaparece.
Mas por que? Por que adaptar?

ele observa a transformação. Ele esteve presente em A próxima transformação o aproxima um pouco mais da
centenas deles e viu as mudanças físicas durante cada um verdade.
deles. Claro, essas mudanças foram poucas, e Faltam apenas dois Círculos.

A SOLAR CRUZ
Círculos concêntricos, cabeça de chacal, ossos
e foice desempenham papéis importantes no
simbolismo Anubita. Mas nos círculos
internos, os símbolos perdem seu significado,
assim como os círculos ao redor do umbigo
desaparecem. Em seu lugar, agora aparece a
cruz solar – uma cruz feita de quatro quatros.
Os Hogons dizem que inclui a verdade
absoluta sobre o passado e o futuro, sendo
uma espécie de teoria de tudo. A Profecia do
Chacal que vazou para o mundo décadas
atrás do Cairo é baseada nela.
OSANCESTORES
Os Psicívoros são amplificadores. Eles recebem aspectos humanos e
emoções, os canalizam e os filtram através da rede e naquilo que os
Anubitas e Espitalários chamam de éter. Os Soul Seers sabem como
sobrepor essas ondas com suas próprias emoções e canalizá-las de volta
para a vegetação extraterrestre.
No entanto, os Anubitas raramente acionam o sussurro dos ancestrais. Em algum
lugar nas selvas enevoadas, montanhas e desertos da África, ele pulsa dentro dos
Psicívoros. Os Anubitas estão sempre procurando por suas fontes.
Seguem desenhos antigos em mapas quebradiços, ouvindo o sussurro,
deixando-se guiar por ele. Normalmente, a onda quebra e os anubitas vagam
milhares de quilômetros até o nada. Mas às vezes eles encontram escadas que
levam para baixo. Desceu em abóbadas pré-históricas, em labirintos feitos de
vidro e arenito polido. Atrás de paredes falsas, protegidas por armadilhas e
becos sem saída, dormem as primeiras pessoas, preservadas em belos
sarcófagos antigos feitos de ouro, lápis-lazúli e cromo.
Nenhum Anubita com mais de dois Círculos jamais viu um desses antigos.
Diz-se que os sarcófagos são indestrutíveis e apenas um ritual de abertura no
Cairo pode desbloqueá-los. A longa corrente do Fio da Vida é considerada
impecável neles, inscrita neles pelo próprio Anúbis. Nenhuma letra errada,
nenhuma passagem errônea perturba a perfeição. Eles são como ele. Neles, ele
um dia caminhará sobre a terra.
Se um desses cofres for encontrado, os Hogons chegarão em breve. Eles tiram os
sarcófagos de seus suportes e os levam para uma necrópole perto do Cairo. Eles não
podem, não podem se aproximar mais. O sussurro dos antigos acima da abóbada
desaparece, apenas para ser substituído por outras ondas logo depois.

LIVROSOFTHEDEAD
Os egípcios e as primeiras pessoas colocaram livros dos mortos em seus túmulos,
marcos místicos na perigosa vida após a morte. Quando a alma do falecido finalmente
alcançou o reino dos mortos, ela teve que provar seu valor para Osíris e seus 42
assistentes demoníacos. Se fosse considerado pecaminoso, Ammit devorava o Ba da
alma. Se fosse considerado digno, porém, atingia o reino celestial do
campos de Yaru. Lá, o milho era forte nos campos e a
vida era como quando a pessoa estava viva.
Os egípcios copiaram essa prática dos anubitas. Os
livros contêm a lista completa da essência da vida da
pessoa falecida – em uma linguagem ilegível para os
vivos. Diz a lenda que apenas o próprio Anúbis foi capaz
de decifrar o roteiro, e também foi ele quem o leu para
Osíris e seus demônios. Se as passagens agradassem ao
Deus do submundo, ele mandava os livros para Yaru junto
com o espírito. No entanto, se Osíris ficava entediado ou
zangado ao ouvir as ações do espírito, ele destruía os
escritos com um simples gesto. Depois disso, nem Anúbis
conseguiu mais decifrá-los.
Anubitas recuperam livros dos mortos dos cofres das
primeiras pessoas. Eles são feitos de um material preto fosco e
profundo, e cada um é maciço e não pode ser aberto - eles se
parecem mais com lajes planas do que com livros. Diz-se que
apenas os Anubitas com um ou nenhum Círculo sabem o que
fazer com eles, mas também é dito que os livros só abrirão e
falarão com os Anubitas quando Anúbis caminhar entre os vivos
novamente.
Os Hogons olham favoravelmente para aqueles que possuem
livros dos mortos. Pois você não apenas encontra esses livros –
eles se deixam ser encontrados. Aqueles que possuem um logo
passarão pela próxima transformação.
ACIDADEPROIBIDA
Cairo está protegida, nas profundezas do estrangulamento
dos Psicívoros. Dizem que as pirâmides de Gizé estão
cobertas de plantas brilhantes brilhando à luz do sol do
deserto, assim como as ruas da antiga metrópole.
Apesar dessas lendas, os Hogons são todos chamados aqui após
sua transformação do terceiro para o segundo Círculo, nas
profundezas de uma selva venenosa que não contém nada além da
morte por úlceras necróticas e loucura paralisante para a maioria das
pessoas.
O povo africano há muito fugiu para longe das águas
venenosas do Nilo. Nenhuma das antigas tribos africanas que
viviam em suas margens férteis permanece nas proximidades
do Cairo. Supostamente os templos dos ancestrais estão em
uso novamente, mas ainda não está claro o que acontece lá.
Nada sai.
Anubitas que romperam com suas fileiras e esperavam
descobrir o segredo do Cairo se aventuraram nos Psicívoros
apenas para tropeçar de volta nos assentamentos de onde
partiram dias depois. Sua pele é arranhada por espinhos:
pústulas pútridas cobrindo todo o corpo choram pus
fedorento quando a necrose se instala. Eles estão infectados
com o Raze. Isso vai matá-los. Sua suposta imunidade só os
fará sofrer por mais tempo. A mensagem é claramente visível
para todos: Cairo é um tabu.
ANUBIA 267
RANKSANUBIANOS
1 - INICIAT E
O Embalsamador verifica o braço do Iniciado, e lá está, a
marca de Anúbis: um eczema onde o Dedo de Anúbis havia
arranhado a pele no dia anterior. O Iniciado deixa sua antiga
vida para trás e se junta ao Embalsamador. Sua primeira
jornada o leva ao limiar de sua própria morte. Cara a cara
com Anubis e Ammit, o devorador de almas, ele barganha por
sua vida.
Ele se levanta da cripta, profundamente mudado. A
tatuagem em seu corpo dói: mostra sete círculos.
Ele agora é um Anubita, a alma da África.
Nos anos seguintes, ele vive com seu Embalmer, que lhe
ensina os ritos, e ouve as histórias de bons e maus espíritos, de
montanhas sagradas e árvores amaldiçoadas. Ele se atreve a se
aproximar da orla das Psiquívoras, observa a estranha vegetação,
ouve o vento assobiando nas videiras quebradiças e se maravilha
com as folhas hexagonais.
Ele já viu os habitantes afligidos pelo Raze. Ele usou uma
lâmina para amputar braços ou pernas antes que a infecção
chegasse ao coração. Agora seu Embalsamador lhe pede que
se aflija, que arrisque a primeira catálise. Sem isso, o Hogon
negará a ele a transformação.
2 - ENCANTADOR
Ele segura o primeiro canopo, sente o frio. Ele guarda a
tampa em forma de cabeça de chacal e bebe.
Seu Embalmer diz a ele que agora ele é um Enchanter.
Assim, ele se comunica com a terra para apaziguar a fúria dos
espíritos e ancestrais contra a vida em geral. Ele ensina as
tradições aos Algozes, dá-lhes conselhos e conforta suas
almas. Sem sua permissão, nenhum poço é cavado, nenhum
casamento é realizado.
Um dia, um Hogon pedirá que ele escolha. ele
quer continuar guiando o destino da África como um sábio,
manter a onda como um guerreiro na terra do Corvo, ou oferecer
seu corpo como um Curandeiro?
3 - EMBALMER
O Embalmer tem conhecimento sobre espíritos,
ancestrais e morte e sabe como usá-lo. Os Algozes o
obedecem e jovens Anubitas se juntam a ele, em busca de
sabedoria e transformação. Diz-se que ele pode contatar
os espíritos dos mortos e falar em seu lugar.
Ele pode realmente interferir nos sussurros dos
ancestrais: ele se abre para os Psicívoros e permite que
eles levem suas emoções. Aldeias, áreas inteiras, são
tocadas por esse novo ancestral. Na terra do Corvo, seu
poder diminui, mas onde quer que os Algozes mastiguem
sementes, ele é capaz de impor seus ancestrais ao éter e
a esses Algozes.
A próxima transformação permite que ele se torne um Soul Seer.
4 - SEER DE ALMAS
Anúbis é um princípio. O Anubita entendeu isso. Para o povo,
ele é juiz e mestre dos segredos. Os Psicívoros recuam de
seus pensamentos, murchando e morrendo. Mas a seu
comando, eles também ativam seus mecanismos de defesa:
eles cospem espinhos e frutas detonam em nuvens de lascas.
Eles trazem o Raze para seus inimigos.
Na Europa, isso não faz sentido. Aqui, ele conta com a mesma
opinião: os Espitalários. Em laboratórios ocultos, ele pesquisa
genomas lado a lado com eles, identificando populações com
características extraordinárias. Ele organiza as incursões do Culto
médico nos Psicívoros. Ele é um pesquisador encontrando Anubis
com sua mente em vez de seu coração.
HIERARQUIA ANDRANKS - ANUBIA
3 EMBALMER
1 INICIAR 2 Encantador 3 CURADOR
3 FOICE
Na companhia de Algozes e Neolíbios, ele interpreta o místico
juiz e guardião. Eles podem nunca saber seu verdadeiro
papel.
Após anos de pesquisa, ele deixará este Círculo e se
transformará em um Hogon.
3 - CURADOR
O Curandeiro sabe muito sobre terra, ervas e águas potentes.
A partir deles, ele mistura misturas para tirar a dor dos
Algozes e manter os Neolíbios saudáveis. Mas os remédios
realmente potentes são feitos catalisando a fruta Duat.
Com o passar dos anos, o Curandeiro aperfeiçoa seu corpo. Ele
conhece as quantidades e os ingredientes que tem que ingerir para
atingir o efeito desejado. Ele também produz o lendário óleo de
Marduk que anula o cheiro sedutor dos feromantes.
Em breve, os aldeões alegarão que ele tem poderes
mágicos. É hora de se transformar em um Hecatean.
4 - HEC EM EAN
Um Hecatean pode reparar o Fio da Vida rasgado de uma
pessoa na pele Imiut. Ele elevou a catálise a um novo nível.
Sua pele muda de cor, às vezes cheirando bem, às vezes
trazendo a Raze através de um simples toque. Ele é capaz de
reconfigurar seu metabolismo e manter essa mudança por
minutos ou até horas.
3 - FOICE
Os Sicles Anubitas acompanham os Algozes nas terras do
norte, são os conselheiros e guardas dos Neolíbios. Eles
sentem os pontos fracos dos psiconautas dentro de si.
Eles sentem o Chakra correspondente secar. Eles sentem
o vazio. Eles querem se livrar disso. Armado com
4 VIdente de almas
4 Hecateano 5 HOGON
4 AMMIT
um Khopesh, eles são as armas perfeitas contra os
Aberrantes. Com apenas alguns cortes direcionados ao
Chakra singular do Psiconauta, eles cortam seu Fio da Vida.
A cada luta, o respeito dos Algozes cresce até que
finalmente se torna uma forma de adoração mística. O
Anubita não é mais considerado humano, mas é visto
como uma personificação de Ammit, o devorador
demoníaco. Transformação.
4 - AMMIT
Ao lado de Anubis, Ammit devora os corações que faltam
durante a pesagem. Anubitas seguindo esta tradição
usam seus nomes como uma arma. Eles sentem cada
falsidade, adivinham cada mentira, estão em sintonia com
as pessoas, Psiconautas e Psiquívoros. Eles julgam
africanos e europeus igualmente, são as sombras da noite
e os raios do dia. Diz-se que eles não apenas matam, mas
também enfraquecem as almas de seus inimigos e, por
fim, os devoram.
5 - HOGON
Os Hogons se movem no terceiro Círculo – o último que os
Anubitas fora do Cairo conseguem ver. Como navios, eles
cortam o mar de Psicívoros, mas mesmo eles têm que se virar
ao chegar à barreira ao redor do Cairo. Nas criptas
escondidas na fronteira desta barreira, eles encontram os
canopos do chacal e os pergaminhos da sabedoria. Seu
conhecimento de anatomia, bioquímica e mente consciente
continua crescendo. Eles se preparam para o trânsito, já
sentindo a atração das pirâmides. Eles também medem a
maturidade de seus irmãos e irmãs e instigam sua
transformação como parte de suas pesquisas.
ANUBIA 269
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com
AMMITSICKLE
ESTEREÓTIPOS
ANABAPTISTAS
Um povo guerreiro do coração de Borca. Com
a ajuda dos Espitalários, também poderemos
checá-los quanto à cepa Anubis.
PÓTICOS APOCA LY
Eles perturbam a onda e arrastam outros para
baixo com eles também.
CRÔNICOS
Eles não sabem o seu lugar na pele do
Leão. Logo eles entenderão e serão
capazes de provar que são dignos.
CLANNERS
Se nós somos a alma do Leão Africano, eles
são a carne em seus ossos. Nós cuidamos
deles e os curamos.
HEL LV ETICS
Eles têm o poder de fortalecer a onda,
mas ficam em sua fortaleza e contam
seus pedágios.
JEAMMEDANOS
Fé sem discernimento. Todo o seu poder é
usado em sua busca pela unidade. Vencido
no Balkhan, sem sentido na Hybrispânia.
Em breve não passarão de uma memória
distante para a onda. A profecia não prediz
nenhum lugar para eles.
JUÍZES
Um grupo Borcan que se uniu e
trouxe lei e justiça para sua terra. O
líder deles parece ter medo dos
africanos.
NEOLIB YA NS
Dinar após Dinar. Um aspecto útil. Eles nos
capacitam a trazer os Corvos escolhidos para
a África.
PA LERS
A idade e o incesto tornaram seu Fio da
Vida tênue. A onda deles logo expirará.
Algozes
Eles são a garra do Leão. Eles seguem o caminho
dos ancestrais e ensinam as tradições do passado
de nossos povos. Nós nos juntaremos a eles
nesse caminho e os guiaremos quando eles se
desviarem.
Scrappers
Eles são atraídos para a Europa. Eles cavam na
poeira em busca de relíquias de uma cultura
estrangeira - e se tornam escravos do dinar. A
maioria deles não olha para o futuro.
ESPI TALIANOS
Em seus corações, eles são como nós, apenas
desprovidos de toda e qualquer espiritualidade.
Eles se recusam a aceitar que existe um
nível mais profundo neste mundo e se
apegam à sua medicina e ciência. Mesmo
assim, podemos cooperar.
EZENWATHEHOGON
CULTURA:África
CONCEITO:O criador
CULTO:Anubitas (Hogon)
Os Psicívoros abriram caminho para ele e
desapareceram, abrindo uma faixa em
direção ao horizonte. Eles realizaram seu
maior desejo: a visão de triângulos escuros
contra céus cerúleos, as pirâmides. Um
instante depois, a faixa se fechou novamente.
Ezenwa derramou lágrimas de felicidade.
Ele não deixou os Psychovores desde
aquele dia. Ele se comunica mentalmente
com eles, e eles respondem formando
padrões geométricos com suas vinhas. Ele
ainda não os entende, ainda os vê como
plantas que ele pode guiar. Mas ele
lentamente percebe que os Psychovores
são algo... mais.
NAKU
CULTURA:borca
CONCEITO:O escolhido
CULTO:Anubitas (Ka)
Ele vem de uma família espitaliana rica
em tradição. Seus avós, seus pais, todos
eram médicos dedicados e membros do
grupo de pesquisa HIVE no Spital. Seus
genes eram especiais. Assim como os
dele, disse a consultora Petrova, e anos
depois a figura encapuzada em Perugia
disse o mesmo. Esta figura era Jamali,
um Anubita. Ela arranhou a pele dele
com o dedo de Anúbis e tudo mudou.
Isso foi há mais de 30 anos. Desde
então, ele passou por milhares de
catálise, e transformou seu corpo em
um receptáculo puro de Ka. Os
Psicívoros o evitam e os portais no
Cairo também se abrem para ele.
Entre livros dos mortos, canopos de
nanite e maquinários antigos, ele se
prepara para o fim do ciclo.
WAITIMU
THEANUBIANSICKLE
CULTURA:África
CONCEITO:O viajante
CULTO:Anubitas (Ammit)
Seu Khopesh é feito do mais fino aço,
brilhante como o sol, vingativo como o
fantasma de Anúbis. Corta os fios da
vida dos indignos, separando seus
corpos para evitar que sejam julgados
por Osíris. Em Wroclaw, ele deixou tudo
para trás: os Algozes, os Neolíbios com
sua ostentação estúpida. Ele quer ir
para o norte, sentir o magnetismo do
coração das trevas, de Pandora. O que
quer que o espere lá, seu Khopesh está
pronto.
ANUBIA 271
 PORTADORES DA SEMANA DE DEUS
JEAMMEDANOS
SACRIFICALLAMB
Seu cavalo pisoteia as fileiras dos atacantes. Ao seu redor, seus
inimigos caem e morrem. A cimitarra sobe e desce; cada golpe é
uma ferida, cada olhar encontra novos alvos no mar de
adversários.
“Jehammed!” ele chora, e cem irmãos na fé respondem com
orações gritadas de devoção. O cavaleiro vira seu cavalo preto,
flanqueando em direção ao acampamento inimigo. A coroa de cabelos
presos desce com o vento contrário. Marcas tatuadas adornam sua
pele: em sua testa elas se unem para formar um padrão complexo que
canta uma canção silenciosa de uma ancestralidade exaltada e
incontáveis batalhas.
Os cascos trovejam, o cavalo bufa, sua crista voa ao vento. O
Jehammedan pressiona o corpo trêmulo, chutando os flancos do
cavalo. Ele cavalga como o diabo e, olhando para trás, vê seus homens
lutando contra os imundos anabatistas. É uma batalha perdida. 300
pés até as tendas inimigas, 300 pés através de um emaranhado de
espadas e pás de guerra para matar o gordo líder dos anabatistas.
Apenas sua morte pode virar a maré e ganhar o dia para as Espadas
de Jehammed.
200 pés. O guerreiro entoa as orações de seu Iconídeo, rebatendo
de lado espadas. Os guarda-costas do Batista formam uma linha escura à
sua frente. Furores. Ele agarra sua lâmina com mais força, golpeia, atinge,
ouve hastes de lança quebrando, sente sujeira e lascas em seu rosto. Ele
está destinado a morrer para que outros vivam, pois ele é um Isaaki. Ele é o
cordeiro sacrificial.
50 pés.
Os cascos do cavalo preto espalham terra. Se ele repelir o
inimigo nesta área da margem do rio, novas famílias podem se
estabelecer nas margens com seus rebanhos…
Algo bate forte em seu ombro, quase jogando-o para fora da sela,
algo sibila perto de sua cabeça. Ele pressiona o cavalo, sente o sangue
quente escorrer para a armadura do peito. Apenas o tempo suficiente
para dizer adeus aos dias gloriosos como uma criança abençoada em
sua mente. Ao amor de seu pai. Aos elogios do padre.
Ele levanta a espada e guia seu cavalo negro através da
parede de lanças dos Furors, sente o solavanco em suas pernas.
Ele ouve os estilhaços, os bufos e os gritos, solta as rédeas e
escorrega da sela, debatendo-se cegamente ao cair, rastejando
para a frente, pulando, gritando e lutando.
Que Deus decida se quer aceitar este sacrifício.
JEAMMEDANOS 273
CAIM É ABEL
Ele apareceu para eles no topo da Caaba, o misterioso
edifício negro em Meca: Jehammed, o último dos
profetas. Ele era um sonho brilhante, repleto de Deus, sua
voz trovejou sobre o povo e os fez sentir o poder de seu
Senhor. Ele lhes disse que Deus viria sobre o mundo com
raiva, para purgá-lo da incredulidade preguiçosa. Para
transmiti-lo aos seus discípulos, os descendentes de seu
progenitor Abraão, para que a Semente brote e a terra
floresça na fé.
Então Deus esmagou o mundo com silêncio e poeira. Os anos
que se passaram foram duros, a vida foi dura e quase
insuportável para todos, mesmo para aqueles que buscaram a
aliança com o último profeta. Mas as chamas da fé continuaram
acesas. Pequenas tribos e famílias se ajudavam mutuamente,
reconstruindo-se sabendo que eram os filhos escolhidos de Deus.
Conforme prometido por Jehammed, uma enorme terra se
estendeu diante deles para que pudessem pacificar e se
estabelecer até que o último profeta voltasse ao seu rebanho.
Muitos seguidores do Culto perderam a fé na era da
besta, cederam à ferocidade de seus impulsos e se
juntaram às massas desencadeadas dos Apocalípticos.
Mas os Justos permaneceram fiéis. Como se estivessem
com febre, eles lutaram pelos dias sombrios após o dia do
julgamento de Deus, seus rostos abatidos em humildade
e no conhecimento de que os olhos do Senhor estavam
fixos neles. Eles dominavam a agricultura e o artesanato,
mantinham-se limpos e cuidavam bem de si mesmos para
manter a peste e as doenças longe de suas famílias. Eles
forjaram armas e armaduras de sucata dos Perdidos,
evitaram a barbárie dos simplórios e dos infiéis. Eles
orgulhosamente chamavam a si mesmos de
Jehammedanos. Com o nome veio a unidade: eles o
usavam como uma bandeira de guerra, e os fiéis acorriam
a ele.
Os Jehammedanos se espalharam do Balkhan para Borca
e Hybrispânia e floresceram onde outros Clãs morreram. Nos
primeiros anos, eles reuniram todos aqueles sob o teto da fé
que se sentiam sem lar e perdidos no deserto e aderiram às
leis de Jehammed.
No coração dos Balcãs, nas ruínas da velha Bucareste,
surgiu o novo centro da fé Jehammedana. Borcan Osman, a
cidade da torre da foice, converteu-se poucos dias depois que
os antigos iconídeos dos Jehammedans entraram pelos
portões e declararam a aliança com Deus. Na Hybrispânia, o
Culto passou a reinar sobre Castela.
Seus guerreiros, as Espadas de Jehammed, foram recebidos com
lágrimas como abençoados anjos vingadores. Os assentamentos outrora
independentes e orgulhosos juntaram-se aos Jehammedanos e entoaram as
orações do Culto com fervor apenas alguns dias depois.
ANTIGO
No entanto, o que parecia ser uma ascensão imparável no
início, de repente parou nas jovens planícies do Adriático: os
anabatistas, um culto de fazendeiros e desordeiros,
reivindicaram a nova terra para si como terras agrícolas, mas
os Jehammedanos viram os prados verdejantes e a gestação.
planícies de grama como um lugar que Deus lhes deu para
alimentar seus rebanhos. Quando os anabatistas finalmente
pegaram em armas, surgiu um conflito que não poderia ser
mais cruel. O vivificante Adriático logo foi adornado com
pilhas de cadáveres no lado purgano. Assim como Caim, o
fazendeiro, matou seu irmão Abel, o pastor, os
Jehammedanos se sentiram vitimizados. Os anabatistas os
atacaram, estupraram, mataram, destruíram o que os
Jehammedanos haviam construído com a diligência de mil
mãos nos séculos após o Eshaton. Humilhado, eles pularam
nas águas e recuaram para a margem leste. Os anabatistas
também cruzaram, para exterminar seus inimigos.
Mas na hora mais escura, a maré virou. Áries, o
Carneiro, apareceu nas tendas dos Iconides.
Ninguém conhecia esse estranho, mas ele prometeu destruir as
almas inimigas, pois sua raiva era tremenda e antiga. Os
Jehammedanos o deixaram fazer o que quisesse, e o guerreiro
estrangeiro liderou suas tropas. O vento da vingança caiu sobre os
anabatistas como uma nevasca rugindo, as áreas ocupadas da planície
adriática oriental foram reconquistadas com mil golpes de sabre, e o
inimigo que já se sentia vitorioso foi morto, decapitado e profanado.
No Mar Adriático, os exércitos inimigos se enfrentaram uma última vez,
depois se estabeleceram para cem anos de guerra fria. Cada um cavou
em uma margem do rio, esperando por uma chance de lançar um
ataque devastador. Indulto.
FRENTES
No Balkhan, os africanos se expandiram com passos largos,
forçando os Jehammedans a uma luta desesperada. Família
após família caiu e a tristeza pairou sobre os campos de
batalha. Havia inimigos por toda parte: a heresia florescia
onde quer que você olhasse. O ódio era um fogo que não lhes
dava trégua, que os acompanhava a cada passo.
Ambos os lados se desgastaram lutando entre si. O
voivode de Sofia gostou do que viu e arriscou. Ele
avançou no vácuo de poder, abriu caminho até o topo
da cadeia alimentar, sitiou Bucareste e finalmente
ofereceu uma mão ao Iconídeo - uma mão que
agarrou com força e não soltou até hoje.
Os irmãos e irmãs do oeste não se saíram muito
melhor. As Espadas de Jehammed se opuseram aos
invasores Hybrispanianos com força total e foram
esmagadas nos Tanques Surge e nas fortificações.

A batalha acalorada teria continuado se não fosse pelo
Warpage. Guerreros e Algozes têm observado o fenômeno
psiconáutico com ceticismo desde então, explorando suas
margens para abrir uma nova frente. Mas Algozes e
Jehammedanos pensam da mesma forma: será que eles
lutaram contra o inimigo errado nas últimas décadas?
PA RABLES
O pescador pega um balde de tinta e pinta seu barco para
protegê-lo do verme, mas o pastor guarda seu rebanho,
protegendo-o com a vida.
O pescador carrega seu barco e entra nele, afastando-
se da costa para a solidão do mar, mas o pastor encontra
tranquilidade dentro de si e em seu rebanho.
O pescador se debate, esperando uma boa pescaria,
olhando para o vazio e não recebendo nada, mas o pastor
tosquia suas ovelhas, penteando e fiando a lã, encontrando a
misericórdia de Deus em seu trabalho.
O pescador volta para encontrar sua esposa nos braços
de outro, mas o pastor cuida de seu rebanho.
O pescador se comporta como um animal delirante, atacando
a mulher atrevida e seu rival até o sangue escorrer, mas o pastor
é firme, agarra seu cajado e mata todos que se aproximam
indevidamente de seu rebanho.
O pescador está morto, mas o pastor está cheio de seiva. Os filhos do pescador
são réprobos e fazem como o pai, se prostituindo, enganando e mentindo
porque não conhecem outras formas de comportamento, porque está no sangue.
Olhe para eles! Veja o ódio em seus rostos e a estupidez em seus olhos! Essa turma
gorda, feita só de querer e receber, considera dar uma fraqueza e trabalhar uma
ofensa. Eles dizem que querem se encontrar! Mas o que eles vão encontrar?
Dinheiro talvez? As coxas molhadas de uma prostituta? É a única coisa que Deus lhes
concede, pois não farão parte da sua misericórdia. Mas e o pastor? Seu rebanho não
conhece dificuldades, pois segue o caminho de Deus. Seus filhos não se importam
com falsos deuses e não caem nas reivindicações vis dos filhos do pescador, não.
Eles até oferecem a mão, embora possam ter medo de que ela seja arrancada com
uma mordida. Mas eles tolerariam isso? Não. Pois eles também sabem como
proteger o rebanho. Eles pegam cajado e aço e matam os filhos do pescador. Há
apenas um caminho. Se alguém vê o outro, está enganado. Se um ex-amigo elogia
as possibilidades, ele se distanciou do rebanho e se envolveu nas redes dos filhos do
pescador. Pergunte se ele sente o anzol na boca. Lobos e pescadores estão à
espreita na estrada, e às vezes parece bloqueada. Permaneça como um, mas nunca
desvie, pois este é o caminho! distanciou-se do rebanho e enredou-se nas redes dos
filhos dos pescadores. Pergunte se ele sente o anzol na boca. Lobos e pescadores
estão à espreita na estrada, e às vezes parece bloqueada. Permaneça como um, mas
nunca desvie, pois este é o caminho! distanciou-se do rebanho e enredou-se nas
redes dos filhos dos pescadores. Pergunte se ele sente o anzol na boca. Lobos e
pescadores estão à espreita na estrada, e às vezes parece bloqueada. Permaneça
como um, mas nunca desvie, pois este é o caminho!
O PESCADOR
As palavras de Jehammed sobreviveram aos séculos nos corações
de seus discípulos e escritas em papiros de metros de
comprimento que são enrolados e guardados em cápsulas de
latão, os poucos testemunhos sobreviventes do último profeta.
Palavra por palavra, eles descrevem uma filosofia baseada na
tradição e na sua conservação.
O pescador é usado repetidas vezes como uma personificação
do erro, mas sem pintá-lo como uma força sobrenatural ou
demônio vermelho. Na mitologia Jehammedana, não há seres
sobrenaturais exceto o Senhor: existem apenas humanos e
animais no palco da criação. Suas vidas são constantes provações
que exigem luta e auto-sacrifício. Deus envolve aqueles que
enfrentam essas provações com sua benevolência. Eles
experimentam humildade e realização mais profunda, mas não
felicidade pessoal.
O pescador representa tudo o que as pessoas
experimentam quando se afastam desse ciclo dado por
Deus. Nenhuma força sobrenatural baixou o pescador,
então tudo de ruim que ele experimenta é culpa dele.
Guiá-lo de volta ao rebanho é considerado piedoso, mas
vale a pena? A obstinação ou a preguiça estão no sangue
dos renegados. No final, isso afetará seu pensamento e
comportamento, e amanhã eles trilharão o caminho da
discórdia.
FAMILIARIDADES
As tradições de Jehammed são baseadas em papéis
familiares naturais. Como o rebanho pode existir em paz se
o coração e a alma têm que lutar por seu lugar? Cabe ao
homem casado e pai liderar a tribo nos assuntos
mundanos e espirituais. Ele permanece na tradição do
progenitor Abraão e carrega o título honorário de Abrami.
Assim como Abraão tomou uma jovem escrava para procriar, o
Abrami toma uma esposa – a Hagari – para cuidar de sua casa e ser a
mãe de seus filhos. As filhas se preparam para suas vidas como Hagaris
e ajudam a mãe, enquanto os filhos pastoreiam o rebanho, fornecem
água e guardam as tendas – como Jehammed decretou para um
ismaeli. A vida não oferece nenhuma grandeza. Somente quando eles
se juntam às fileiras Jehammedan como Espadas de Jehammed, eles
podem se destacar. Se eles provarem a si mesmos, eles podem fundar
sua própria família como Abramis.
Embora Hagari dê à luz filhos ao Abrami, ela não é
considerada sua esposa principal. Para isso o Abrami
escolhe uma Saraeli, uma criatura virgem, forte e pura em
sua fé. Uma vez no ciclo da primavera ao inverno, os
Abrami e os Saraeli dividem a cama. Se surgir um filho
dessa união, a alegria não terá limites: o Senhor
abençoou o clã com um Isaaki!
JEAMMEDANOS 275
Este filho está vestido com os tecidos mais ricos e cercado
pelo amor paternal. Ele pega o melhor pedaço do cordeiro e
senta ao lado do Abrami, mas também é ensinado a usar o
sabre e a cavalgar. Dia após dia, ele molda seu corpo e alma
para serem um vaso perfeito de devoção a Deus. Ele é o
cordeiro sacrificial que a família oferecerá ao Senhor no
campo de batalha. Haverá muitas oportunidades para isso;
ele cavalga batalha após batalha. O Isaaki lidera o exército,
galopando na frente deles nas fileiras inimigas, um exemplo
brilhante de fé e dedicação. Muito poucos vivem até o
trigésimo inverno, e somente se Deus quiser.
Mas às vezes o Senhor rejeita o sacrifício.
O trabalho da vida de tal Isaaki ainda não terminou: o
Conselho de Anciãos o torna um Iconídeo e, como tal, ele
liderará o Culto e marcará o caminho que Deus preparou para
os Jehammedanos.
ICONÍDEOS
Assim como Abraão barganhou com Deus para salvar as cidades
pecaminosas de Sodoma e Gomorra, os Iconidas barganham pelo
futuro dos Jehammedanos. Para fazer isso, o Iconídeo se retira
para seus aposentos, queimando incenso e sândalo. Em seguida,
ele lava os pés de acordo com os ritos antigos e os seca
completamente. Ele enche duas xícaras com chá açucarado de um
samovar e as leva até uma mesa redonda baixa no centro da sala.
Ele coloca um copo onde ele vai
senta-se e o outro do lado oposto, onde se senta seu parceiro de
barganha imaginário. Cantando suavemente para louvar os feitos de
Deus, ele é convidado a entrar.
O Iconídeo espera pacientemente, às vezes por horas,
às vezes por dias. Ele medita até se tornar consciente de
Deus. Então ele traz uma pequena caixa incrustada de
ouro, coloca-a no centro da mesa e a abre. Envolto em
veludo, há o chamado Ícone – um símbolo do negócio.
O Iconídeo explica ao Senhor o que simboliza: o crânio de
um Jehammedan dilacerado por tiros de metralhadora
representa o desejo de punir uma posição de Algozes com
morte e destruição, com a mão decepada de um ladrão que o
Iconídeo pressiona por silêncio e Ordem em uma aldeia
rebelde, olhando para um pedaço de concreto de Tripol, ele
discute uma inundação para punir a cidade pecadora, e uma
espada quebrada deve levar um Isaaki que é considerado
perdido de volta ao templo da comunidade.
O Iconídeo senta e relata todos os sacrifícios que ele e sua
família tiveram que fazer. Ele os conta como notas, comprando
assim o valor simbólico do Ícone. Normalmente, o acordo termina
com o velho Saraelis arrastando o inconsciente Iconídeo para fora
para respirar ar fresco e recuperar a consciência. Ele é marcado
pela falta de sono e alimentação e terá que descansar por dias.
Em seguida, vem a espera e a observação. Ele ganhou a
negociação? Quais são suas condições e restrições? Cabe ao
Iconídeo interpretar os resultados que lhe chegam por meio de
mensageiros. A inundação vem de
uma chuva devastadora? O líder da revolta morre pelas mãos de
sua concubina? As Espadas de Jehammed serão necessárias para
exercer a vontade de Deus na localização do Algoz?
Normalmente, leva meses ou anos até que a família possa ter
certeza. Se a barganha for mantida, o ícone se torna uma relíquia.
Se for negado, Deus terá tido suas razões para não realizar o
desejo do Iconídeo. O próprio Iconídeo levará o ícone para um
lugar secreto e o recuperará anos depois para decifrar a
verdadeira vontade de Deus.
JEHAMMED'SLEGACY See More
Muitos Jehammedanos não sabem escrever nem ler. Eles passam seus
primeiros anos como ismaelitas nas pastagens com o rebanho e não
têm tempo para aprender. E de qualquer maneira, aqueles que
estudam esta arte antiga são muitas vezes chamados de blighters,
porque eles estão abusando da confiança de seu Abrami e fazendo
com que outros trabalhem para eles. Mais tarde, quando tiver tempo
como chefe da família, recusará ser ensinado por um escriba como
uma criança. Ainda assim, ele anseia pela palavra de Jehammed no
papel e trocará dezenas de cabras e ovelhas por ela quando surgir a
oportunidade.
Sua incapacidade de ler não o incomoda, pois ele carrega sua
verdadeira fé em seu coração. Mas a utilidade dos pergaminhos é
indiscutível: os iconídeos visitam a família para estudar ou copiar a
palavra de Jehammed. A glória desses reverenciados
Jehammedanos cai sobre o Abrami como o maná divino e o torna
um homem respeitado.
LAMBME AT & TINTURAS
Por mais que os Jehammedanos estejam presos em sua
cosmovisão espiritual, à qual prestam homenagem por meio de
tradições rígidas, eles não podem negar que ainda são pastores
muito humildes. O rebanho sempre foi o centro de sua vida: um
Abrami alimenta sua família por meio de suas ovelhas e cabras.
Quanto maior e mais saudável o rebanho, mais Ismaeli, o
progenitor, pode gerar para aumentar sua riqueza e influência.
Ter muitos filhos sempre foi considerado um sinal
do favor de Deus pelos Jehammedanos: Abramis abençoados
assim são muito respeitados. Mesmo que não produzam Isaakis
para a comunidade, eles ainda fortalecem as fileiras militares.
Isso não seria possível sem o rebanho. A carne dos
animais alimenta a família, o leite sacia a sede das
crianças e os Hagaris produzem tecidos com a lã. A
gordura é usada para produzir velas ou tochas, das
entranhas os ismaelitas fabricam cordas para seus arcos.
Os antigos misturam extratos de órgãos com ervas para
produzir tinturas que deveriam dar força às Espadas de
Jehammed e virilidade aos Abramis.
WINDINMybeard
De acordo com os ensinamentos de Jehammed, as tribos
deveriam ser nômades. Edifícios de pedra só produziriam
uma falsa impressão de segurança onde o estado de alerta
seria preferido. Pedra é propriedade, e muita propriedade
produziria arrogância onde a humildade seria preferida. No
pergaminho “Os Últimos Dias”, Jehammed implora a seus
seguidores que continuem em movimento. Dormir em tendas
e evitar os desertos de pedra. Preferir o carneiro ao milharal.
Para deixar tudo para trás e fazer um novo acampamento no
final do dia.
Durante séculos, seus fiéis seguiram seus conselhos. Cidades
de tendas surgiram e desapareceram quando os rebanhos
pastavam na tundra. As tribos cresceram. Todos dominavam um
ofício, sabiam fazer louça de chumbo ou madeira, forjar ferro ou
construir mesas. Os Jehammedanos nunca precisaram depender
do comércio, sempre foram autônomos.
Mas o mundo ficou menor. Juízes e anabatistas
reivindicam grandes áreas. Quando um grupo de pessoas
viaja por um domínio estrangeiro nos Balkhan, centenas de
combatentes se levantam a mando dos Voivodes. Apesar do
mandamento de Jehammed, os Jehammedanos tiveram que
fazer valer sua reivindicação e às vezes fortificar ou defender
sua terra. Muitos se estabeleceram. As maiores cidades são a
gloriosa Osman em East Borca e Bucareste nos Balcãs,
liderada por Voivodes.

A SANTA CIDADE

Meca, a cidade da Caaba e da revelação de resposta ao Eshaton, furiosamente escrita e Eshaton e dicas para o futuro neles e continuam

Jehammed. Aqui estão as raízes do Culto. Diz- selada nos últimos dias antes da conflagração enviando Isaakis para lá, carregando presentes

se que na base do cubo preto ainda existem global. Nada é mais valioso para o Culto do preciosos para os conquistadores africanos. Mas

pilhas de centenas de pergaminhos em seus que esses textos. Os Iconides de Bucareste Meca permanece fora do alcance dos Jehammedanos.

tubos de latão: o de Jehammed esperam encontrar uma interpretação do O Leão não permitirá nenhum Corvo em seu domínio.

JEAMMEDANOS 277

Assim como os anéis de idade de uma árvore
documentam a mudança das estações, os Jehammedanos
carregam na pele a história de suas vidas.
Desde o dia de seu nascimento, as
tatuagens se expandem a cada ano até que
na velhice cobrem todo o corpo. No entanto,
essas fotos não numeram os anos, mas
descrevem o desenvolvimento do portador
ANÉIS DE VIDA
com todas as suas alegrias e privações. Um Isaaki que
já carrega seu padrão de tatuagem ritual em todo o
corpo desde tenra idade é marcado por grandes
sacrifícios, sabedoria e força, enquanto um Abrami
que não está pelo menos metade coberto por anéis
de vida em uma idade avançada pode ser facilmente
identificado como um malabarista.
Toda primavera, todos os membros da família
se reúnem para uma cerimônia de sete dias, a
chamada Bairam, onde todos contam o que
viveram no ano passado. Por meio dessas
histórias, os Iconídeos decidem o grau das
tatuagens – começando na testa, no quadril
esquerdo e nas panturrilhas, cresce um
padrão complexo de linhas e pontos tatuados.
ARIESTHERAM
A figura lendária que uma vez trouxe a vitória para o anfitrião
Jehammedan não é vista há décadas. Mas permanece na mente
das pessoas: quando uma cabra montesa se perde no
acampamento de uma família à noite, os ismaelitas veem isso
como obra de Áries, e uma vitória surpresa só pode ter sido
conquistada com a ajuda do Carneiro.
Muitos iconídeos observam esse desenvolvimento com
ceticismo, pois a fé em Áries substitui a fé em Deus. Os
milagres não são mais atribuídos ao Um, mas ao mítico líder
da batalha do passado: as palavras de Jehammed são
substituídas pelas de Áries.
A princípio, os discípulos de Áries só eram vistos
no interior dos Balcãs, mas agora chegaram
Justiciano e Osman. Os Jehammedanos devem se transformar em um
Culto de adoradores de cabras? Os fiéis Iconídeos lutam contra o
câncer da adoração do Carneiro. Às vezes, os homens santos exilam os
chamados Arianoi para o deserto, vestidos apenas com sua arrogância.
Em Osman, muitos chicotes cantaram sua canção na pele dos
desviantes. Ao fazer isso, os Iconidas se revoltam contra a palavra de
Jehammed: ele ordenou cortar qualquer mão que se levantasse contra
a família, seja ela de um estrangeiro ou de um irmão. Os Iconidas estão
desesperados. Eles nunca tiveram que temer um inimigo interno. Não
há conselho sobre isso em seus pergaminhos. Honrados iconídeos
relutantes em caracterizar Áries como um falso deus corrupto e negar
a misericórdia de Deus a seus adoradores tornam sua luta ainda mais
difícil.

ARIANOI
Após a batalha na bacia do Adriático, Áries e seus seguidores recém-recrutados desapareceram
sem deixar vestígios. Há rumores de que ele foi para Creta, onde nasceu. Hoje em dia, os
Jehammedanos só ouvem más notícias da ilha. Cabeças de carneiros e africanos esfolados e
empalados devem servir de alerta para qualquer um que considere se aproximar de suas margens.
Os habitantes da costa afirmam que os Arianoi, mensageiros de Áries e Profetas do Carneiro, não
permitem estrangeiros em seu solo sagrado.
Na verdade, existem vários relatos de testemunhas oculares de neolíbios que se debateram nas
costas escuras de Creta à noite. Eles não podiam deixar de assistir às terríveis orgias que aconteciam no
interior ao lado de templos e bizarros labirintos de sucata e ossos. As histórias de tochas e cordeiros
gritando cambaleando em um círculo de homens com cabeça de carneiro e jugulares abertas parecem
absurdas. Por muito tempo, os Algozes riram sobre o Neolíbio Wamai que afirmou ter assistido a esse
espetáculo horrível. Então o Gimbya, um transportador de 500 toneladas, desembarcou perto de Tobruk,
na costa neolíbia. Não houve sobreviventes a bordo. Os Neolíbios e Algozes foram estripados e esfolados.
As cabeças de Rams estavam empilhadas no convés. Os neolíbios podem governar o Mediterrâneo, mas
desde então têm mantido distância de Creta.
A verdade sobre Áries e seu Arianoi é muito mais profunda do que simples contos de orgias
sangrentas. Os poucos Arianoi que se revelaram a seus irmãos em Bucareste pintam um quadro
completamente diferente. Enquanto Jehammed separou o Culto do mundo para permitir sua
sobrevivência, Áries vai fechar o círculo e reconciliar os Jehammedanos com o mundo. Ele quer que
eles partam, vejam com os olhos abertos os milagres que não puderam experimentar no
confinamento de seu clã. Saia da defensiva, comece a atacar, use sua força para libertar Bucareste
e conquistar Justitian. Pegue as mãos dos Arianois. Eles conhecem o caminho, vocês, filhos de
pescadores.
Eles ainda não sabem quem realmente é Áries?

PORQUE EU SOU O PRIMEIRO EA DURAR .

EU SOU O HONRADOE ADESPREZADO.

EU SOU O PROSTITUTA
EA SANTO.
[ FRAGMENTO DA BIBLIOTECA MADI DE AGHAM ]
 RANKSJEHAMMEDANOS
1 - ISMAELI
A maioria das crianças nasce na casta dos escravos, como Ismaelis
eles são filhos de um Abrami e um Hagari. Levam uma vida pobre
em família, tendo de trabalhar todos os dias: as cabras têm de ser
levadas para o campo e livres dos carrapichos, e são elas que
devem fazer todo o trabalho mais duro. Os ismaelis são
humilhados tanto quanto os isaakis são elogiados.
Nenhum ismaeli pode tomar uma Hagari como esposa sem
primeiro provar seu valor a Jehammed. Que chefe de família
nunca viu uma batalha? Ele é possivelmente fraco e covarde?
Somente como uma Espada de Jehammed os ismaelis podem se
purificar desse tipo de dúvida.
2 - SWORDOFJEHAMMED
Um ismaeli é constantemente chutado, a tribo faz com que
ele execute as tarefas mais servis. Apenas sua fé e profunda
humildade o impedem de tentar quebrar as correntes da
comunidade. Na batalha, ele vira a humilhação que
experimenta todos os dias contra seus inimigos. Solto, ele
corta as fileiras do inimigo com sua cimitarra. Sua ferocidade
é lendária. Mesmo os Algozes evitam uma batalha aberta com
um grupo de ismaelitas. Eles são as Espadas de Jehammed,
afinal, matando todos os infiéis em nome do último profeta.
3 - ABRAMI
Somente quando os ismaelitas provaram seu valor, tomaram a
Hagari de outra família como esposa e assim fundaram uma nova
linhagem, eles se livraram do jugo de sua linhagem. De agora em
diante, eles podem se chamar de Abramis e gerar filhos com sua
esposa.
Abramis são os governantes mundanos do Culto, os pastores
e líderes das famílias. Através deles, o povo de Deus vive. Suas
mãos amigas protegem as fazendas e cidades Jehammedanas.
Abramis são honrados como figuras paternas exaltadas, embora
não como os santos Iconídeos - e sim como os homens
experientes e sábios do mundo que são.
Um Abrami é medido pelo número de seus filhos: se seus
lombos são férteis e nenhum de seus filhos sofre com a falta de
comida, ele é considerado um homem abençoado e o favorito de
Deus. Diz-se que Abramis de alto escalão de Bucareste ou Osman
tem 30 filhos.
Além da Hagari, sua esposa, o Abrami escolhe uma
Saraeli, uma abençoada. Ela pode ser sua filha,
sua irmã, ou qualquer outra virgem do clã. Só importa sua
virgindade, sua pureza aos olhos de Deus. Após o casamento,
o Abrami pode compartilhar a cama do Saraeli uma vez por
ano. Se ela der à luz um menino nove meses depois, Deus
abençoou a família com um Isaaki.
4 - PASTOR
Nas parábolas de Jehammed, o pastor sempre se opõe ao
pescador. Ele personifica o bem arquetípico, é um símbolo da
visão de piedade de Jehammed. Se um Abrami é tão estimado
por sua família quanto pelos Iconídeos, o Conselho de
Anciãos faz dele um Pastor. Apenas muito poucos são tão
próximos de Jehammed.
1 - ISAAKI
Abraão e sua esposa Sara foram casados sem filhos por
muito tempo antes de Deus fazer um acordo com eles e
abençoá-los com um filho: Isaque nasceu. Mas o amor de um
pai por seu filho era mais importante do que sua fé em Deus?
Para descobrir, Deus pediu ao velho que levasse Isaque a um
lugar distante e o sacrificasse ao Senhor.
O coração de Abraão sangrou, mas ele fez o que lhe foi dito e
levou seu filho ao matadouro. Quando Deus viu que Abraão
estava pronto para fazer isso, ele enviou um anjo para impedir o
ato horrível. Abraão provou sua prontidão para fazer sacrifícios de
lealdade a Deus.
Todos os dias os Jehammedanos devem trilhar o mesmo caminho
– mas não podem contar com a intervenção reconciliadora da
mão de Deus. Assim, eles enviam os Isaakis, os filhos
abençoados dos Abramis e Saraelis, para a morte no campo
de batalha.
Para compensar isso, os Isaakis são banhados de amor pelos
Abrami, vestidos com roupas preciosas e ensinados em todas as
artes honrosas por escribas. Assim que a criança consegue andar,
ela recebe um sabre de madeira e é ensinada a esgrimir. Anos
depois, ele já está na sela, galopando pelos bosques dos Balcãs
com seus professores e decapitando fantoches de palha
pendurados em árvores com pontaria certeira.
Todos tentam aperfeiçoar o Isaaki intelectualmente e como
lutador. Se o Abrami não pode pagar os professores, os Ismaeli e
Hagari têm que trabalhar mais. É considerado um pecado mortal
até mesmo dizer uma palavra contra o filho abençoado.
JEAMMEDANOS 281
2 - BÊNÇÃO DE JEHAMMED'
Um incendiário tornou-se um guerreiro: o Isaaki lutou em centenas de
batalhas, escapou da morte várias vezes. Ele deve ser verdadeiramente
abençoado! Muito em breve, ele se tornará um Iconídeo.
3 - ICONIDE
Os Iconidas são o coração e a alma dos Jehammedanos. Esses
veneráveis homens já foram Isaakis que venceram centenas de
batalhas e chegaram aos trinta anos. A partir daí, o Isaaki assume
o papel de líder espiritual e intérprete de imagens. Seu trabalho é
reconhecer quando uma ovelha está grávida, encontrar novos
bebedouros para os rebanhos e determinar quais meninas recém-
nascidas Deus deseja que sejam Saraelis.
Iconídeos são sacerdotes, juízes e carrascos, tudo em
um. Eles guiam as massas e sua palavra é lei.
4 - PROFETA
Em seus diálogos com Deus, eles criaram Ícones como nenhum
outro. Seu conselho abre um caminho iluminado pelo semblante
radiante de Deus para os Jehammedanos. A palavra deles será
cumprida.
1 - HAGARI
Hagaris são a espinha dorsal do Culto. Embora o posto deles seja o
mais baixo da família Jehammedan, todos consideram essas mulheres
com orgulho.
Eles cuidam do fogo, costuram as roupas, consertam as
tendas e ordenham as cabras. A riqueza de uma família
depende de seu zelo. Eles cozinham, fornecem roupas, curam
e cuidam de todos os trabalhos do dia-a-dia. São
trabalhadoras e servas, mas também guerreiras quando as
forças dos homens se esgotam. Eles vivem para a família: se
ela estiver em perigo, eles estão dispostos a sacrificar suas
vidas. Desde tenra idade, eles são ensinados a amar seu pai,
marido e filhos e precedê-los na morte.
É aterrorizante quando mulheres despretensiosas se
misturam com os anabatistas ou atravessam os mercados
purganos para matar a si mesmas e a inúmeros inimigos com
explosivos. À noite, o Abrami explicará a seus filhos que eles
certamente terão acesso ao Céu, que então bagunçará sua
barba em luto e orgulho.
2 - DALILHA
Ela perdeu o favor de seu Abrami e logo perderá o de sua
tribo. Uma Delilah é uma Hagari caída. Para pagar sua dívida,
ela luta ao lado das Espadas de Jehammed. Sua coragem na
batalha é lendária, pois ela não teme a morte.
Mas os guerreiros sagrados também a evitam. Ninguém quer
dar a impressão ao seu Abrami de que ele foi o culpado pela
queda de Dalila.
2 - VOZ DE JEHAMMED
O lugar dos Hagaris é no seio da família, conforme decretado
por Jehammed, e toda segurança e grandeza devem surgir de
dentro deles. É por isso que alguns poucos Hagaris procuram
um domínio pelo qual os homens não os desafiariam. Eles o
encontram na interpretação dos escritos de Jehammed – para
grande desgosto de seu Abrami. Uma mulher confrontando-o
com as veneráveis regras de Jehammed é a última coisa de
que ele precisa. De repente, ele deve observar suas ações e
palavras. A partir de agora, ele faria bem em prestar algum
respeito ao seu Hagari, ou ele pode ter que responder a um
Iconídeo por sua língua solta.
3 - JUSTO
Mesmo um Iconídeo não discutirá com um Justo. Ela é a voz
de Jehammed, tendo passado décadas estudando os textos,
decorando-os. Homens sábios - e progressistas - a procuram
em busca de conselhos em assuntos religiosos.
Seu conhecimento torna os Justos desajustados. Seu
Abrami é considerado um pouco mole e parece incapaz
de controlar suas mulheres.
1 - SARAÉLI
A vida de um Saraeli é maravilhosa desde o dia de seu
nascimento. Desde tenra idade, eles aprendem seu significado: os
iconides os elogiam como sagrados, os ismaelitas abaixam a
cabeça ao passar e Abramis cumpre todos os seus desejos. De
acordo com a fé Jehammedan, os Saraelis são vasos de Deus.
Algum dia, um deles entregará seu corpo a ele e presenteará os
Jehammedans com um líder resplandecente feito de fogo e luz das
estrelas - o Messias!
Para oferecer apenas o melhor a Deus, os Saraelis são mimados,
encharcados com os mais maravilhosos perfumes e vestidos com as
roupas mais preciosas. Durante toda a vida, ninguém os contradiz.
Embora eles não tenham nenhuma influência nas interpretações das
imagens dos Iconides, eles são iguais aos Abramis dentro da família.
Somente durante o rito anual, quando o Abrami compartilha sua cama
por uma noite, ela é carnal, e isso por um breve período de tempo. Se
uma criança surgir dessa união, ela se torna imediatamente uma
Saraeli, se for uma filha, enquanto no caso de um menino, ela se torna
um Isaaki.
2 - ORGULHO DE JEHAMMED
Saraelis são as mulheres escolhidas, mas se seu corpo não
gerar um filho, todos os presentes, atenções e dinares
investidos nelas teriam sido mais bem gastos no mercado de
animais comprando um rebanho de cabras. No entanto,
quando uma Saraeli cumpre seu destino, tudo valeu a pena, e
ela se torna um orgulho de Jehammed. Ela pode influenciar
seu filho e, assim, determinar o futuro e o caminho do Culto.
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com
HIERARCHYANDRANKS - JEHAMMEDANS
2 VOZ DE J. 3 JUSTO
1 HAGARI
2 DELILA
3 ABRAMI
1 ISMAELI 2 ESPADA DE J.
3 ARIANOI
1 ISAAKI 2 J. BÊNÇÃO
3 ICONIDE
2 MACULAR
1 SARAÉLI 2 ORGULHO DE J.
2 IMACULADO 3 ICONESS
2 - MACUL AT E
Ela não perdeu a virgindade com um Abrami - ou foi incapaz de
lhe dar um filho, mesmo depois de anos de sexo. Ela vive à
margem da sociedade familiar, cercada por falsa cortesia e
respeito fingido. Os poucos que ousam dar esse passo
simplesmente desaparecem um dia. Ninguém vai sentir falta deles
ou segui-los. No deserto, eles procuram uma nova família,
experimentam medo e prisão ou realização e liberdade.
2 - IMACUL AT E
Tendo sido criada como Saraeli desde tenra idade, ela nunca
fez sexo com um Abrami. Talvez ela nunca tenha se casado,
talvez seu Abrami tenha morrido antes do fim do ano. Agora
ela é considerada uma mulher santa, e o fardo do destino foi
tirado de seus ombros. Muito poucos Jehammedanos podem
reivindicar ser livres: os Imaculados são. Eles não são mais
mimados. Eles podem ir e explorar a vida – dentro dos limites
da modéstia.
Alguns Imaculados cuidam dos doentes da tribo,
praticamente realizando milagres para eles. Alguns exploram
textos religiosos com uma Voz de Jehammed ou um Justo, ou
agem como mediadores entre Clãs.
3 - ICONES
É uma coisa rara que os Iconidas escolham uma Imaculada
para ser um dos seus. Os anciãos afirmam que esta não é a
vontade de Jehammed, enquanto os Justos respondem
dizendo que Jehammed nunca disse uma palavra sobre as
mulheres como intérpretes de imagens e, portanto, é claro,
não as excluiu.
4 PASTOR
4 SANGUE DE A. 5 FATUM
4 PROFETA
4 ORÁCULO
Uma Iconesa deve ter servido ao Culto como uma Imaculada de
uma forma quase milagrosa. Ela será avaliada por esses atos
passados.
4 - ORÁCULO
As profecias da Iconess foram incrivelmente brilhantes e
verdadeiras – elas só podem ter sido o resultado de uma conexão
com Deus. Ela agora é considerada um Oráculo, e cada uma de
suas palavras é registrada e tratada como uma revelação.
3 - ARIANOI
Os Arianoi se dedicaram a Áries. Eles estiveram em Creta,
cara a cara com o ancião, viram sua capa esfarrapada
voar quando não havia vento algum. Eles pegaram a
cabeça do Carneiro, beberam o gole metálico de Áries
dela. Intoxicação, coragem e força têm sido os pilares de
sua vida desde então.
4 - BLOODOFARIES
Cada gole abre outra porta de percepção. Suas feridas
fecham incrivelmente rápido. A mente deles fica nublada
quando as visões vêm. Eles não são mais Arianoi, simples
seguidores e servos. Eles se tornam Áries, são partes de seu
corpo e mente.
5 - F AT UM
Como arauto de Áries, o Fatum anuncia a miséria iminente para
os inimigos do Culto. Ele age como um assassino e um mau
presságio.
JEAMMEDANOS 283
 SCIMI TA R
ESTEREÓTIPOS
ANABAPTISTAS
O velho ódio desaparece. Nós lutamos e
desgastamos um ao outro. O que resta é
um ser humano, ferido e cansado. Seus
ensinamentos ainda são blasfemos, mas
pelo menos eles têm alguma fé.
ANUBIA
O caminho deles leva à terra da
morte. Eles contaminam cadáveres e
se enfeitam com seus ossos – aonde
isso deveria levar?
PÓTICOS APOCA LY
Eles são filhos de pescadores tentando nos
desviar do caminho com embriaguez e
carne pecaminosa. Se eles não cederem,
responderemos com sabres.
CRÔNICOS
Eles rezam para falsos deuses de aço, até mesmo se
autodenominam deuses com seu zumbido.
Mas olhe para o coração. A única coisa
que você vê lá é um filho de pescador
berrando.
CLANNERS
Alguns deles seguem tradições antigas e remontam a
grandes árvores genealógicas, apenas
como nós. Mas eles não receberam a
revelação de Jehammed: em suas mentes,
eles continuam sendo crianças.
Alguns rezam para ídolos, pedras ou
árvores, enquanto outros nos perseguem em
Bucareste. Tenha cuidado e mantenha suas
cimitarras prontas.
HEL LV ETICS
Veja o que a pedra faz com as pessoas. Eles rezam
para as armas, seguem um conjunto de regras feito
pelo homem em vez de uma revelação divina. Suas
raízes alcançam águas pútridas.
JUÍZES
Eles impõem a paz, levando consigo
nações inteiras. Mas é um caminho feito
pelo homem que não segue os marcos
estabelecidos nos tempos antigos. Para
onde isso levará senão para a água em que
o pescador furta?
NEOLIB YA NS
O dinar é sua fé, eles lutam por ela, eles se
medem por ela. Você pode falar
amigavelmente com eles, mas você fala em
uma caverna vazia. Jamais alcançarás as
almas desses filhos de pescadores.
PA LERS
De dia, eles ficam em suas tocas para
atacar nossos rebanhos como os lobos
fazem à noite. É um sinal da mais alta
piedade ou da maior tolice ainda oferecer
uma mão a essas criaturas.
Algozes
Eles ocuparam nossos locais antigos e
saquearam a terra de nossos antepassados.
Quantos de nossos filhos terão que morrer
até que possamos caminhar pela cidade santa
mais uma vez?
Scrappers
O que devemos fazer sobre eles? Eles são
desprovidos de Deus, desprovidos de esperança.
Partiremos o pão com eles. Nós os
vemos partir com pena quando
retornam ao deserto. Agradeça a
Jehammed por sua visão.
ESPI TALIANOS
No Mar Adriático, eles cooperam com nosso
arquiinimigo. Mas podemos ficar com raiva dos
médicos se tudo o que eles querem fazer é curar?
Sim, nós podemos. Não confie neles, nunca
confie neles.

GILEABODRUBENABRAHAM
CULTURA:borca
CONCEITO:o fanático
CULTO:Jehammedanos (Profeta)
O governante de Osman e guardião da fé é
a pessoa mais perigosa de todo o leste de
Borca. Seu ódio por Justitian supera tudo o
que Jehammed teria considerado
apropriado. A oeste do Golpe do Ceifador,
os gritos de alarme dos anabatistas de que
ele reúne um exército de muitos milhares
permanecem inéditos. Muito em breve, a
respiração do Profeta acariciará o mundo.
SENKA
THEIMACUL AT E
CULTURA:Balcã
CONCEITO:O correto
CULTO:Jehammedans (Imaculada) Ela é
uma santa. Ela havia liderado uma dúzia de
tribos Jehammedanas à vitória na guerra
na bacia do Adriático e era uma juíza dura
e implacável. Mas então o desejo de
batalha das Espadas de Jehammeds se
esvaiu no solo encharcado de sangue: os
Iconidas viraram as costas para ela e
cortejaram os Voivodes. Ela vê Bucareste,
onde cresceu e aprendeu a amar as
palavras de Jehammed, como seu novo
alvo.
ELIASISMAEL
CULTURA:Hibrispânia
CONCEITO:O viajante
CULTO:Jehammedans (Ismaeli) Elias,
Espada de Jehammed e lutador da
resistência na frente de Al-Andalus,
vem de uma união profana entre uma
mulher Jehammedan e um Clanner.
Sua mãe nunca teve coragem de
confessar isso à comunidade. A besta
é forte dentro dele até hoje e provou
ser uma grande companheira nos
confusos reinos inferiores de
Warpage.
JEAMMEDANOS 285
 OS SENHORES DO DESEJO
APOCALÍPTICO
BADCARDS
"Merda, olha como ela mexe a bunda."
Os olhos de Dushkov seguiram cada passo da dançarina. Seu vestido
parecia consistir apenas em fivelas e cintos. Ele deslizou mais fundo em sua
poltrona.
“Por dez Rascunhos, você consegue tudo. Para os amigos do
Rebanho. O Apocalíptico de cabelo emaranhado deu um tapinha no
ombro de Dushkov e desapareceu em direção ao bar através da névoa
do bordel. Dushkov sorriu.
A dançarina o havia notado. Ela piscou para ele. Ele piscou de volta.
Seu sorriso se alargou. Lentamente, como por acaso, ela se aproximou e
deixou que ele desse uma boa olhada em seu corpo. Ele respirou mais forte,
ajeitou a pesada saia de couro e alisou a camisa de linho grosseiro. Ele não
era a pessoa mais limpa. Depois de semanas na poeira, havia sujeira em
todos os seus poros: a visita do dia anterior aos banhos não ajudara. De
repente, a dançarina estava muito perto.
“Você...” Ela se inclinou e se atrapalhou com as fivelas da camisa dele.
Ele estava sem fôlego, suando. Uau, eles foram rápidos aqui. Ela deu a ele
um olhar curto e tímido e montou em seu colo. Ele podia sentir o cheiro de
seu perfume, seu suor, seu cabelo cheirava tão sedutor quanto o icor da
glândula de um feromante.
“Por que você disse 'zigue-zague' na porta?” Sua boca estava perto de
seu ouvido.
“Porque...” Uma estranha sensação de formigamento misturada com sua
excitação. “Fique calmo, querido,” ela sussurrou e correu seu longo,
dedos bem cuidados através de seu cabelo oleoso.
“É a senha. Para os amigos da Revoada, ganhei da velha
Deisha.”
"Isso não foi o que eu quis dizer." Sua pélvis pressionou contra sua
virilha. Sua voz soava mais dura agora, mas isso tinha que ser sua excitação.
Dushkov a achou simplesmente divina.
"O que você quis dizer?"
“Mhm...” Ela se aproximou dele, tocou sua orelha com os lábios. Ele
sentiu seu hálito quente. Ela mordiscou o lóbulo da orelha dele – e mordeu.
Duro.
Ela jogou a cabeça para trás sem abrir a boca. Dushkov gritou, queria
empurrá-la para trás, mas as pernas dela estavam enroladas em torno dele
como um torno. Ele agarrou a orelha, sentiu o sangue escorrendo, bateu
nela. Ela se aproximou ainda mais, abraçando-o – ela era forte! Então ela
soltou, deu um pulo e cuspiu algo grudento na cara dele. Ele estremeceu,
tentou freneticamente acertar a coisa escorregadia e caiu para trás. Ele
rolou para o lado e se levantou novamente. Sua orelha latejava, o sangue
escorria pelo colarinho e tingia sua camisa de vermelho. Olhos arregalados
ele olhou ao redor da sala, implorando por ajuda, viu apenas os rostos de
estranhos. Todos eles tinham expressões vazias, olhando para ele da
escuridão da estalagem. Com dedos trêmulos, ele tateou a orelha.
"Por que?" ele choramingou.
APOCALÍPTICO 287
 “Responda minhas perguntas, Dushkov.” Sua boca era como uma
ferida aberta. Um filete de sangue escorria do canto dos lábios,
passando pelo queixo e descendo até os seios.
“Recebi a senha como recompensa, droga! Da velha
Deisha! Sua voz falhou.
Ela olhou em volta, acenou com a cabeça para os espectadores com um
sorriso sombrio.
“Ele não sabe.” Havia desprezo em sua voz. Os
outros apocalípticos se aproximaram. Um deles riu.
“Esta senha,” ela respirou fundo e se aproximou, “não é
senha nenhuma.” Ela parecia divertida agora. “Se você tivesse
ficado quieto, Siska na entrada teria levado você uma porta
adiante. No momento, eles estão festejando muito, bem ali.
Com um sorriso, ela apontou para a parede atrás dela com o
polegar.
“O ziguezague é um estigma. Nós o damos a traidores. Ela olhou em
volta com expectativa. “Agora, vamos mostrar a esse querido o que 'zigue-
zague' realmente significa.”
MISTICISMO E VIOLÊNCIA
Apocalípticos são vida pura e desenfreada. Seus impulsos abrem
uma terra de luxúria e satisfação esperando para ser explorada e
explorada. Ontem e amanhã estão infinitamente distantes
– terras estrangeiras que apenas velhos fedorentos elogiam. O
que faz estremecer a alma de um apocalíptico é a carícia de uma
mulher perfumada ou de um homem forte, gritos de paixão e de
dor, poder frio. O conhecimento livresco os faz, e uma parte muito
importante do corpo, encolher.
As raízes do Culto, porém, parecem esquecidas. De que
adiantavam eles para os apocalípticos, afinal? Deveriam ter
aprendido com eles?
Os cronistas são conhecidos por lidar com a diversão e a
sexualidade como os Espitalários fazem com os Psiconautas. Além
da vida normal, isso lhes dá muito tempo para farejar os assuntos
de outras pessoas. O Cluster avaliou centenas de milhares de
extratos do Stream relacionados aos Apocalípticos ao longo dos
séculos e acrescentou descobertas de Streamers e Mediadores a
eles. O interessante é que eles encontraram uma estrutura
inerente nesse tesouro de dados. Em formação
agrupados em torno de pontos em branco, juntando-se para formar
um quebra-cabeça gigante que teve que ser expandido várias vezes e,
finalmente, foi transferido para um espaço de dados n-dimensional.
Clique! Todos os dias, novos dados chegam, aderindo às estruturas ou
fortalecendo os vínculos existentes. As silhuetas das manchas pretas
estão mais contrastantes do que nunca, zombando dos Cronistas e
mantendo-os até, sim, até... Sim!
No começo, havia Gerome Getrell.
Ele era um bilionário, visionário, orador brilhante e
televangelista. Ele pregava o poder dos arquétipos e do Tarô,
amor livre e sadismo, nacionalismo e anarquia, democracia e
ditadura, vida na via rápida, subversão. Seus Streamcasts fizeram
os caminhos de dados brilharem, iluminando os recessos mais
profundos da alma Perdida. Um feed sozinho gerou milhares de
interpretações, a maioria das quais baseadas nos paradoxos de
Getrell. Todos sentiram que ele estava no caminho certo, uma
sensação de insight. A sabedoria de Getrell prometia liberdade em
um mundo excessivamente regulamentado para aqueles que
fossem capazes de decifrar os feeds e ver a verdade entre as
contradições.
A paixão sobre a mente era a interpretação mais simples.
Seus proponentes começaram a chocar. Eles formaram
gangues que a princípio eram conhecidas apenas por festas
extáticas e orgias, abuso de drogas, brigas em massa e assalto a
prédios públicos – um incômodo, mas não um perigo que não
pudesse ser controlado com cassetetes e choques.
Mas as gangues cresceram, assim como sua confiança e
crueldade. Com uma frota de drones capturados, eles abriram um
caminho sangrento nas fileiras dos cartéis estabelecidos para
finalmente dominar o mercado de drogas. Eles descobriram protótipos
de fábricas móveis e produziram armas e lâminas de metal para as
massas nelas. Eles evitaram as forças de segurança, mas não se
esconderam. Eles eram livres como um pássaro, e quando um deles foi
abatido, o Rebanho não se importou. Onde quer que eles aparecessem,
eles borrifavam um corvo estilizado na parede, o símbolo dos
Apocalípticos de Getrell.
Getrell nunca se posicionou sobre isso. Ele nunca se referiu
aos eventos atuais. Ele estava acima da briga.
A árvore do caos que ele plantou continuou a
produzir flores coloridas, algumas venenosas, outras

FALSO PROFETA

Streamfeed-Assunto: Manipulação De: neles. Pitch, escolha de palavras, ideias. Eles desfiladeiros como cinzas em breve, de qualquer maneira.

Ammit@hiddenhost
Para: *
Gerome Getrell não se dirigiu a você, sua
esposa, seus filhos ou seus vizinhos. Ele
falou para as massas. Ele experimentou
alteram o uso do Stream pelos destinatários?
Os preços das ações sobem ou descem após
um Streamcast? Ele tem tudo a ver, conta com
a magia dos grandes números. Ele não se
importa com as pessoas na rua. Eles estarão
vagando pela cidade
Há apenas uma razão para seus feeds:
ele quer checar estatisticamente suas teorias
sobre manipulação e implantação de ideias.
Memética. Ele está tramando algo. Você o
ajuda. Bloqueie seus feeds. Boicote o Grupo
de Recombinação.
saudável. Pois também havia ramificações pacíficas: pessoas
espirituais que viraram as costas para as religiões
estabelecidas em decepção e encontraram força interior no
místico Tarô de Getrell.
Ele desapareceu alguns meses antes do Eshaton. Seus feeds do
Stream continuavam martelando os crânios de seus discípulos, mas
não havia atualizações. Ele não disse a eles o que o futuro reservava.
Os jornalistas que o procuravam se perdiam no emaranhado de suas
corporações. Ele tinha que estar em algum lugar lá dentro.
Aqui, os Cronistas perdem o rastro.
Seus seguidores intensificaram, dominando o Stream quase até
que ele desmoronou. Naquela época, os Apocalípticos eram uma saída
para muitas pessoas. Realmente viva apenas uma última vez, sinta
cada nuance de seu próprio sofrimento e alegria…
ANOS DEPOIS
A besta chamada Eshaton trouxe desastre para a humanidade.
Ninguém estava preparado para isso, nem mesmo os
Apocalípticos. Mas seu fatalismo praticado os ajudou a ver o brilho
do presente nos anos sombrios. Eles rapidamente conquistaram
os mercados negros, colocando intermediários com os soldados
da UEO que monitoravam a reconstrução. Por meio deles, os
Apocalípticos puseram as mãos em comida, armas e
sistemas de filtragem e os escondeu nas ruínas. Aqueles que
atrapalhavam eram subornados, chantageados ou mortos.
Drogas, sexo e armas: os Apocalípticos atendiam a todos os
mercados.
Com paus, pedras e armas automáticas, eles conduziram
a Europa para a era da besta. Quando a onda de violência os
atingiu, eles ficaram surpresos, mas se recuperaram
rapidamente. Séculos depois, a ressaca diminuiu e deixou a
humanidade nas margens de uma nova Idade da Pedra.
Outros grupos começaram a separar o caos e ganhar
influência. Em Borca, o Primeiro Juiz atravessou suas fileiras e
a carnificina se seguiu, no Balkhan os Voivodes entraram no
jogo pelo poder. Os Hellvéticos selaram as passagens e as
antigas rotas de contrabando.
Os apocalípticos tiveram que cerrar fileiras.
Agora que se sentiam cercados por todos os lados, eles se
lembraram do Tarô de Getrell. Uma sequência de cartas em
uma mesa pode suavizar as diferenças ou dar uma dica para
a morte. Mais e mais, os símbolos arquetípicos decidiram o
destino dos Apocalípticos, que fomentou adivinhos e místicos
em meio ao Culto. O Tarô fez os Apocalípticos prosperarem.
Mesmo aqueles que riram das forças místicas dos afinadores
ou mártires tiveram que admitir que o Culto se tornou
imprevisível.
APOCALÍPTICO 289
 VIDA, QUANTO A CADA CUSTO
A ideologia de Getrell caiu em terreno fértil. Mesmo mais de 500
anos depois do Eshaton, seu lema “Viva como se não houvesse
amanhã” é praticado diariamente pelos Apocalípticos.
Para os apocalípticos, toda emoção é tão preciosa quanto um
mar de diamantes. Seja amor, ódio, violência, febre, intoxicação
por queimaduras ou o vento em seus cabelos, tudo é levado
avidamente e celebrado ao extremo. A vontade de ir aos extremos
físicos, de esgotar completamente o corpo, torna os apocalípticos
pessoas imprudentes e destemidas.
Eles podem sobreviver ao inverno se focarem no
comércio de Burn? Como as Espadas de Jehammed reagirão
ao sequestro de uma Hagari? Sempre o mesmo princípio,
uma ação e suas consequências, e sempre a mesma resposta:
estou cagando! Os apocalípticos vivem no presente: só olham
para o futuro através do Tarot – e este não lhes diz se estarão
mortos na véspera do amanhã.
BANDO DE PÁSSAROS
Os apocalípticos são migrantes. Eles aparecem em grandes bandos,
escolhem seu preenchimento e voam novamente para recomeçar em
outro lugar. Eles nomeiam seus rebanhos de acordo com sua
proveniência ou modo de vida. Quer eles se chamem de Dust Riders,
East Wind, Splinter Hawks ou Carrion Birds, os Apocalyptics carregam o
nome de seu rebanho com tanto orgulho em seus corações como se
tivessem nascido com ele.
Individualmente, ganham o nome de ave que reflete sua natureza.
Um astuto lutador de facas se torna um Battle Crow, uma prostituta e
ladra uma pega, um estalajadeiro um pica-pau. Aqueles que recuam a
cada golpe recebem sua dose diária de humilhação como Tentilhões,
enquanto aqueles que guiam o Rebanho através das dificuldades como
um sábio adivinho podem trilhar os caminhos de seu mundo como um
Corvo.
RAVENGAME
Enquanto os Battle Crows às vezes abraçam a violência como um
amigo querido, Magpies satisfazem seus desejos e os de seus
clientes, e Woodpeckers dão um lar ao Cult, os Apocalyptics'
Ravens se elevam acima do burburinho cotidiano em um reino de
conhecimento e manipulação. Com um olhar astuto, eles
observam a sequência de cartas na mesa, julgando
a natureza de seu rebanho e o que aconteceu nos últimos
dias e meses para aconselhar as pessoas ao seu redor, que os
ouvem cheios de admiração. Normalmente, eles respondem a
uma pergunta específica: qual é a melhor época para
transportar o Burn pelos Alpes? Qual passe eu uso? Quem
será o campeão do Rebanho nas boxes? O que fazemos com
as informações sobre o Juiz pedófilo? A palavra do adivinho
tem peso.
Ele é um estrategista, um manipulador e uma figura
paterna punitiva, tudo em um. Ele conduz seu rebanho pela
noite do futuro e evita que seus membros se percam no
escuro.
MAIS GROSSA DO QUE O SANGUE
Relações de sangue sempre levam a pompa dinástica. Os fortes
não lideram, mas os velhos. O sangue fresco coalha nas bordas,
esperando por reconhecimento. Os apocalípticos são diferentes.
Eles compram ou vendem crianças, fazem com que briguem com
os cachorros por comida. Todo mundo tem a chance de provar a
si mesmo e se levantar todos os dias. Brigas e lutas com facas
estragam o dia a dia, e só há uma regra: lutar de forma justa é
não levar o adversário a sério.
Se um líder do bando mostrar fraqueza, ele pode ser atacado.
Normalmente ocorre um duelo na poeira em frente às tendas,
que consiste em golpes e chutes rápidos como um raio. O
Rebanho torce pelos combatentes, torcendo enquanto eles
formam um círculo ao redor deles. É um grande espetáculo que
tem apenas um vencedor. O perdedor deixará o Rebanho para
lamber suas feridas no deserto. Seus dias estão contados.
A hierarquia está sujeita a mudanças contínuas. Normalmente, um
nariz ou uma costela quebrada é suficiente para derrubar um
pretendente. Uma faca na garganta não é uma visão bem-vinda, mas
sim uma prova de que o atacante perdeu o controle e todo o respeito.
Livrar-se dele!
Para os Apocalípticos, as lutas físicas são uma forma de fortalecer
a Revoada e acabar com debates inúteis.
Teimosos como cachorros, eles lutam desde cedo:
agora aprenderam a amar a lei da selva. Para um
Apocalíptico, a lealdade ao Rebanho cresce a partir do
respeito, dependência, violência e submissão. Traí-lo
quebra suas asas.

TARO

O Tarô dos Apocalípticos é um jogo
em constante mudança, suas cartas
se adaptando continuamente a
condições mundanas e espirituais
específicas. As cartas das tropas e governos
derrotados da UEO desapareceram séculos
atrás, para ser substituído pelos 13 Cultos, o
Primer, o Stream, os Psychonauts e suas pragas.
Após o ataque dos Clãs, os Comedores de
Cadáveres encontraram seu caminho para o
convés como um presságio sombrio e os Exalters
como usurpadores. Alguns Ravens usam o
Tarô de Getrell original. Aqui, o Criador é a
carta do topo, ladeada pelo Aventureiro e pelo
Mentor. Outros vagam pelo éter e extraem
novos símbolos dessas experiências, que
acrescentam ao seu baralho. Cada Tarô é tão
único quanto seu dono.
O ESPELHO MOSTRASEIOS FLÁCIDOS
OS DENTES DESTRUÍRAM SUA BOCA.
SE ELA NÃO SABIA MELHOR
ELA ESPERA
VAI FORA .
MAS COMO ESTÁ, ELA LÊ DESPREZO DA CURIOSIDADE
ASSIM PERMANECENDO FIEL A SEUS MEDOS.
E NÃO
A CRIA DE NOVO EM SETE DIAS.
Aninhamento
Mesmo os migrantes precisam de ninhos para se recuperar de suas
viagens e criar seus filhotes. Esse é o trabalho dos pica-paus. Eles
abrem bordéis, pontos de encontro para contrabandistas e covis
secretos onde as cúspides de Burn logo se acumularão. Eles subornam
Juízes e Scrappers e Clanners da corte.
A maioria dos ninhos é estabelecida em terreno proibido, no
coração de assentamentos ou em seções de túneis esquecidos –
bem no meio da vida. Eles são pontos de partida para ataques,
bem como retiros e atrações. Aqui, o Flock's Raven lerá o futuro
nas cartas e reunirá seus Battle Crows. Um ninho pode ser uma
desgraça para o ambiente, mas também oferece grandes
oportunidades. O jogo, a venda de destilados e os banhos com
serviços “extensivos” promovem a higiene física e espiritual.
Quando os Juízes invadem tal ninho, eles correm o risco de uma
rebelião dos Sucateiros.
BELEZA SUPERIOR
Os Apocalípticos são um Culto da juventude e da vida. Quando os
ossos doem, a pele se enruga e os olhos lacrimejam com o vento
forte, chegou a hora de um apocalíptico. Uma folha murcha não
tem lugar em uma clareira cheia de flores berrantes. Mas não há
aceitação para isso. Os velhos agarram-se à vida, rangendo
D
GO
A RS ,
ELA WI
[JANUS]
seus dentes podres e usando pós e perfumes para esconder o
fedor da podridão. No entanto, cada olhar para o rosto
apodrecido de seus irmãos mais novos grita: VAI! VAI LÁ! No
entanto, os velhos não percebem que os outros os evitam nas
fogueiras, eles riem com os outros quando chutam as
muletas e agem jovialmente.
Ninguém precisa de pais. Tudo o que um apocalíptico precisa
é de irmãos para sair pelo mundo ou viver sua necessidade de
intoxicação. Os velhos só ficam sentados em casa ou atrapalham
os empreendimentos da Revoada. Ah, e toda a conversa esperta
deles. Os mais novos perdem a paciência: odeiam os rostos feios.
Eles dizem a eles uma última vez que são indesejados. Se os
velhos não saem por conta própria, eles são expulsos do ninho. A
queda é profunda e mortal.
Aqueles que ficam de qualquer maneira e podem vencer por
meio dessa atitude negativa devem ser astutos e perigosos. Esses
anciões fizeram uso de seus anos e agora são senhores da vida e
da morte, são rápidos com a lâmina e são conspiradores sutis.
Negar-lhes respeito é tolice.
Normalmente, eles atuam nos bastidores e controlam um
sindicato impressionante. Eles não confiam em nada e em
ninguém - especialmente em seus irmãos. Eles preferem ser
acompanhados por Hellvéticos do que por Battle Crows.
APOCALÍPTICO 291
 CARRIONAS

Logo depois que os Juízes fundaram o Protetorado,
eles vieram esvoaçantes: os Pássaros Carniceiros.
Alguns dizem que sempre estiveram por perto.
Ninguém ousa duvidar disso. Os Pássaros Carniceiros
estão envolvidos na economia de Justitian. Eles são
donos dos bordéis mais badalados, seus campeões
estão entre os melhores lutadores de box. Suas
Cegonhas compram os filhos dos pobres Sucateiros
ou fazendeiros de madrugada, ensinam-nos a furtar e
a realizar manobras evasivas. Contrabando,
escravidão, assassinatos - os Pássaros Carniceiros
estão na moda. Eles sempre foram liderados por
um Corvo, ou mais precisamente: a Mãe dos
Corvos. Desde a era da besta, uma pessoa com
esse nome era o assunto da cidade. Com suas
garras, ela rasgou a garganta dos inimigos, cheia
de raiva. Ela estava lá quando Exalt caiu,
participou das Guerras da Cidade e da marcha de
Cultrin. Gerações de amantes foram pegos em
sua teia e morreram depois de fazer amor com
ela. Ela deu à luz tribos inteiras no
Leste: Corvos no Balkhan, em Pollen e em Borca
têm o sangue dela em suas veias. Os incapazes
entre seus filhos ela matou durante o sono,
cozinhando e comendo-os para que voltassem ao
seu ventre - comida para a próxima desova já
fazendo sua barriga inchar. Mas isso foi há
séculos. A Mãe dos Corvos aninhada no meio de
seu rebanho como um demônio abatido hoje em
dia simplesmente tem que ser outra pessoa. No
entanto, as lendas afirmam o contrário.

FOULBUSINESS
Quer se trate de tráfico humano com meninas dos Balkhan,
Burn passando pelos Espitalários para Borca, brigas em
Purgare, prostituição e jogos de azar em todos os grandes
assentamentos, ou chantagem, roubo e furto, os migrantes
não conseguem resistir. O trabalho árduo é para aqueles
anabatistas idiotas que sacrificam o hoje pelo amanhã.
A reputação dos Apocalípticos nas cidades é assim dividida.
Para os Scrappers, os templos da luxúria e as pousadas são os
únicos lugares para chamar de lar durante sua estada na
civilização. Por um preço justo, os migrantes amenizam uma vida
difícil com destilados, queimaduras e amor à venda.
Jehammedans geralmente são um pouco mais rígidos. Os
migrantes seduzem as pessoas e, assim, colocam um espinho no
lado do Culto que inflama e leva à gangrena. Muitas famílias
foram expulsas e tiveram seus ícones esmagados porque seus
veneráveis Abramis ou Saraelis sucumbiram aos encantos de
uma pega.
Os anabatistas podem lidar com a paixão e o excesso
desde que venham de uma alma pura, mas os apocalípticos
carregam podridão em seus pulmões e brotos de queimadura em seus
bolsos. Onde quer que eles vão, flocos brancos logo brotam,
afundando na pedra e na terra e chamando a prole do Demiurgo. Isso
não pode ser tolerado.
O Rebanho do Vento Leste sentiu a raiva dos Cultos. A
Revoada estava profundamente imersa no negócio de Burn:
nenhum broto chegava aos mercados do Protetorado que não
tivesse passado por suas mãos. Finalmente, os Espitalários
descobriram o Vento Leste.
Liderados pelo Dr. Heilkamp e pelo Escritório de Higiene, eles
compilaram dossiês de todos os membros do Flock. Heilkamp sempre
sabia onde os Ravens estavam e o que estava armazenado em seus
armazéns. Então, a Grande Limpeza se seguiu. Em uma ação conjunta
de Juízes, Anabatistas e Espitalários, todos os membros do Bando
foram reunidos e mortos.
Os outros bandos entenderam a mensagem. Ou eles? Sacos de
cúspides ainda chegam às cidades do Protetorado, onde são
vendidos a clientes escolhidos a preços exorbitantes. Só que agora
ninguém afirma abertamente estar por trás disso.
Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.com
O antigo porto de Justitian. O volume do colosso está
profundamente encravado no lodo petrificado. Os
Carrion Birds assumiram o controle do navio décadas
atrás, transformaram-no em um cassino e bordel,
chamaram-no de “Flotsam” e prontamente o
perderam para o Dust Riders Flock, uma humilhação
que a Mãe dos Corvos ainda não esqueceu. Pontes
sobre as quais apostadores, apostadores ou
simplesmente curiosos do moinho ao pôr do sol
cobrem o vão de mais de 20 pés entre a parede do
cais e o convés superior. As cadeias de luzes ganham
vida com uma cintilação e fazem o
FLOTSAM
a superestrutura pisca colorida. Os apocalípticos
abrem os portões e as pessoas entram na barriga
do navio.
As frequências graves pulsantes explodem
nos alto-falantes, fundindo-se com notas de
violino e sintetizador em uma canção de amor e
paixão, posse e libertação, de uma época em que
os Bygones ainda estavam no auge. Pegas se
esgueiram, narguilés ardem, a multidão dança,
sua e pisa o pé. As sementes africanas são
mastigadas. Nas mesas de jogo, os jogadores se
debruçam sobre Kalaha ou jogam cartas
nas mesas, outros apostam maços de Damas
do Cronista na roda da fortuna. Aqueles que
ousam concordar com uma luta de exibição
contra um Battle Crow - 20 Drafts em
dinheiro, se puderem ficar de pé por três
rodadas. A multidão aplaude, aposta contra o
arrivista e geralmente vence.
No Flotsam, a vida é berrante, barulhenta
e indisciplinada. Para muitos, é um refúgio
para esquecer a rotina diária. Os juízes
exercem moderação. As pessoas que sabem
desabafar não se rebelam.
APOCALÍPTICO 293
QUANDO COMEÇA O MILÊNIO DEPOIS DO MILÊNIO
O PAI DESEJARÁ SUA FILHA
HOMEM DEPOIS DE HOMEM, MULHER DEPOIS DE MULHER
VELHO DEPOIS DE CRIANÇA
IRÁ ACONTECER PARA TODOS OS EE .
MAS O SANGUE SERÁIMUNDO
O MAL SE ESPALHARÁ DE CAMA EM CAMA
ASSUMINDO DECAIR
OS MEMBROS EMAGRECEDOS
E O AMOR SERÁ A MAIOR AMEAÇA PARA AQUELES
QUE SÓ SE RECONHECEM NA CARNE
UM PRAGA DE GAIVOTAS
As Gaivotas e os Albatrozes são os equivalentes dos Battle Crows
no Mediterrâneo. Por décadas, os neolíbios têm lutado contra
piratas que vêm correndo em ágeis barcos torpedeiros,
embarcam nos navios de transporte africanos, retiram tudo de
valor e desaparecem novamente em 30 minutos. Outros piratas
estão menos interessados na carga: bloqueiam os navios com
arame ou prendem explosivos ao casco. Aqui está um no olho por
atacar um ninho de piratas, com os melhores cumprimentos.
Outros jogam roupas infectadas com varíola ou peste na
tripulação - e depois vendem o remédio. Ou pelo menos algo que
pareça um remédio.
Entre esses piratas estão alguns que mudaram de lado:
os africanos que queriam fugir do paternalismo dos Neolíbios
e Algozes. No Rebanho, eles têm os mesmos direitos que
todos os outros, pagam cada humilhação com punho e
cutelo. Dizem que eles atacam seus inimigos como hienas
famintas ao embarcar em um navio, despedaçando-os
impiedosamente. Claro, os apocalípticos africanos sabem o
que aconteceria se fossem pegos por Algozes: eles esfolariam
os traidores ou os pregariam na lateral do navio. Isso é
motivação.
A PARTIR DO SOLO
OS ROSTO SERÃO CONTORCIDOS,
[ JEHANDEVEZEL AY ]
Após uma missão de captura, as aves marinhas retornam à
costa mediterrânea da Europa. Eles entram em estuários,
passam por barreiras subaquáticas e navegam até seus
esconderijos, onde descarregam e comemoram seu sucesso.
Supostamente, alguns albatrozes ousaram fazer o impossível:
nas entranhas de barcos canibalizados, construíram
pequenos portos e docas secas na costa de Bedain – bem
debaixo do nariz dos neolíbios!
A ilha de aço de Corpse é outra lenda. Perto do Golpe do
Ceifador, ele permanece escondido atrás de ondas marrom-
amareladas por semanas. Somente quando o vento vira, sua
parede de ferro brilha à luz do sol. Durante séculos, os piratas
capturaram navios e os levaram até Corpse. Hoje, uma parede de
cascos amarrados e parcialmente soldados forma uma barreira ao
redor da ilha que nenhum esquadrão do Algoz pode penetrar. Se
procura um navio de qualidade extraordinária, deve embarcar.
Mas o barco que bloqueia a abertura na parede enferrujada não
se move para qualquer albatroz.
Aqueles que querem entrar precisam ter feito um nome para
si mesmos - e estar bem armados o suficiente para entrar no local
mais depravado do mundo conhecido.
LION'SBLOOD See More
Em Tripol, existe um mercado de jogos de azar, prostituição e
serviços além das licitações do Banco de Comércio. Aqui também
os apocalípticos se apoderaram dela, mas ao contrário de seus
irmãos europeus, eles fazem parte da sociedade.
Eles são liderados pelos veneráveis Buzzards que se
destacam por sua inteligência e inteligência afiada, não por sua
lâmina rápida e brutalidade. Apenas nos escalões inferiores os
conflitos são resolvidos pelo combate. Assim que um africano
Apocalyptic ganhou o respeito de seu Flock, ninguém
mais levantará a mão contra ele.
Em seus estabelecimentos, muitos ainda se entregam aos
desejos carnais, jogam Kahala e esbanjam seus dinares. No
entanto, estes não são buracos escuros. Os bordéis lembram
palácios e, nos cassinos, cada hóspede é cercado por crianças
que lhe trazem bebidas e o regalam com pequenos atos
artísticos e risos.

TROVÃO ATRAVÉS DA PLANÍCIE S

Apocalípticos são móveis. Eles evitam as
patrulhas dos Espitalários e procuram passagens
alpinas desprotegidas. Eles estão sempre se
movendo, espreitando, enganando, aproveitando
qualquer oportunidade.
Alguns bandos trazem o princípio da
mobilidade à tona: com a ajuda dos
Scrappers, eles consertam Koms ou
motocicletas saqueadas e rugem pelo deserto
sobre eles. O combustível é caro, e o rugido
os motores chamam de seus buracos toda a
escória da área circundante. Os Hellvéticos nas
travessias têm tempo para levantar barreiras do
solo, Espitalários podem carregar pó incendiário
em seus Rifles Fungicidas, Juízes podem formar
uma coluna de esquadrão.
Agora, as únicas coisas que contam são
velocidade bruta, penetração e o elemento
surpresa.
Quando um bando começa a depender de veículos,
tudo muda. Fica mais agressivo. A astúcia
ainda é a medida de todas as coisas, mas o
Flock se transforma em violência bruta muito
rapidamente: veículos velozes apenas
encorajam seus motoristas a buscar soluções
rápidas. Além disso, a motorização é
considerada um fator de poder e grande
influência desafia inimigos fortes. Os
Hellvéticos não tolerariam uma gangue de
motoqueiros apocalípticos em seu continente.

APOCALÍPTICO 295
RANKSAPOCALÍPTICOS
1 - FINCH
Para que serve um Finch? Ele bica, voa, caga. De vez em
quando também dá um guincho – como quando um Juiz pisa
nele. Assim, os tentilhões estão no nível mais baixo da
hierarquia apocalíptica. Eles não conseguiram nada e são
empurrados por seus irmãos e irmãs. Apenas uma prova de
coragem para provar que valem a pena para o Rebanho os
liberta dessa vida miserável.
2 - B EM TLECROW
Nos assassinatos, eles se erguem acima dos campos de batalha,
gritando ai, apenas para mergulhar nos inimigos e arrancar seus olhos.
Eles são astutos e rápidos. Com faca e bracelete de lâmina eles matam
os inimigos do Rebanho.
2 - PEGA
Uma prostituta roubando de seus clientes, um astuto negociante
de Burn, um assaltante implacável - aqueles que adotaram as
qualidades do pássaro ladrão podem se autodenominar assim.
Roubar de seu próprio rebanho, no entanto, leva a uma pega com
asas quebradas.
2 - VU LT URE
Os abutres são apocalípticos que desbravam as ruínas junto com
os Scrappers para conseguir as melhores peças no final, mas
também são fraudadores que atacam as vítimas de batalhas de
intrigas e Scavengers. Mostrar fraqueza a um Abutre significa se
tornar sua próxima vítima.
2 - CUCO
Um cuco é um enganador e trapaceiro que caça furtivamente nos
domínios de outros cultos. Ele pode viver como um Juiz ou
Espitalário antes de se cansar de seu papel e trocá-lo como uma
pele de cobra para adotar um novo logo depois. Ele está sempre à
beira do abismo: apenas suas mil máscaras o mantêm no ar.
2 - CORUJA
Ela só ataca à noite. Ela é misericordiosa em sua precisão
– as vítimas não sofrem, não podem nem gritar. Então ela
levanta vôo, carregando sua vítima em suas garras, e
desaparece em seu ninho. As corujas são assassinas e
invasoras. Eles emboscam e fogem do conflito aberto.
2 - pica-pau
Eles são os primeiros a entrar em terreno inexplorado. Eles exploram,
observam e lançam suas redes. Eles subornam, constroem e protegem.
Nenhum ninho fica sem um pica-pau.
2 - CEGONHA
Cegonhas roubam crianças para torná-las parte de seu próprio bando,
ou as enviam para trabalhar colhendo queimaduras nos campos de
esporos. Eles são manipuladores astutos, reconhecendo cada emoção
e sabendo como usá-la em seu próprio benefício.
3 - CORVO
Os Corvos entre os Apocalípticos são líderes e adivinhos.
Obviamente, pelo menos alguém tem que considerar o
futuro. Eles determinam o destino do Rebanho, para o bem
ou para o mal.
1 - TERN
Eles são os tentilhões mediterrâneos: seus piados são
irritantes, e eles são tão inúteis de outra forma. Eles
mantêm o navio limpo, são empurrados e têm que
aguentar mais do que algumas piadas das Gaivotas.
2 - GAIVOTA
Eles são o inimigo do mar. Infalivelmente, eles atacam
troncos humanos e os destroem. As gaivotas são pessoas
astutas que a próxima forte rajada de vento levará para longe
do perigo.
HIERARCHYUNDRANKS - APOCA LY PTICS

CORVO DE BATALHA

CUCO

CEGONHA

1 FINCH 2 PEGA 3 RAVEN

CORUJA

pica-pau

ABUTRE

x FÉNIX

1 TERN 2 GAIVOTA 3 ALBATROZ

PELICANO

1 BEIJA FLOR 2 MARABU 3 BUZZARD

ÍBIS

TOKO

2 - PELICANO
Eles passaram anos no mar, conhecem cada ondulação e riacho.
Eles podem prever o tempo para os próximos dias olhando para
as nuvens. Eles conhecem o litoral de cor e estão cientes de todas
as barreiras ocultas. Eles são os timoneiros dos barcos. Sem a
experiência deles, nenhuma manobra de abordagem teria
sucesso e qualquer tempestade poderia ser a última.
3 - ALB EM ROSS
Ele é o rei dos mares. Príncipes do porto, capitães piratas: qualquer um
que comande autoridade no mar receberá este título.
1 - COLIBRI
Como um beija-flor, um jovem apocalíptico africano deve
começar a sugar o néctar antes de tentar algo maior.
Semelhante a um Finch ou Tern, um Beija-flor é exposto
aos caprichos de seus irmãos e irmãs.
Ele vai bater suas asas como um louco, ser sorrido - e ser
espancado por isso, uma, duas, uma dúzia de vezes. Quando ele
finalmente bloqueia ou contra-ataca o golpe, o Beija-flor se torna
algo novo, algo resistente. Em seguida, ele recebe o nome de um
novo pássaro.
2 - MARABU
Como os abutres europeus, o marabu é um aproveitador. Ele aproveita
as oportunidades que suas vítimas não veem rápido o suficiente ou
não veem. Ele é um ladrão e saqueador que pode observar as vítimas
por dias sem perder a paciência.
2 - ÍBIS
O Ibis é o guardião dos segredos. Ele coleta informações para apresentar ao
Buzzard do rebanho. Ele mantém os livros dos estabelecimentos, anotando
todas as despesas e todas as calúnias, incluindo seu iniciador. Ele comanda
um exército de espiões e mensageiros.
2 - TOKO
O Toko está para o Leão como o Pica-pau está para o Corvo. Ele
tem o dom de sempre encontrar o caminho para o lugar certo,
estabelecendo um ninho e expandindo-o em um palácio brilhante,
aumentando a glória de seu Buzzard. E se ele pegar um pouco
dessa glória em suas próprias asas no processo? Tudo do melhor.
3 - BUZZARD
Eles se sentam em seus poleiros altos, com garras afiadas
como diamantes. Seus olhos contemplam a terra, não há
nada que escape à visão de um urubu. Eles comandam
grandes grupos de apocalípticos africanos e são
respeitados por Algozes e Neolíbios.
X - FÊNIX
Uma Fênix é um Raven, Albatross ou Buzzard caído. Ele tinha o mundo
a seus pés, mas o destino tinha outros planos para ele. Mesmo que
suas penas estejam eriçadas, o espírito da Fênix brilha. Ele ressurge
das cinzas, abrindo suas asas, levantando vôo e circulando para cima
novamente. Seu grito ecoa por toda a terra. Mesmo que seu rebanho
se foi, ele está intacto.

APOCALÍPTICO 297
ARPOONROSSBOW
ESTEREÓTIPOS
ANABAPTISTAS
Contanto que eles não sigam um rastro de
Sepse até nossa porta, nós nos damos bem.
No final, eles são apenas carne e osso.
ANUBIA
Seus corpos, olhos e bocas são macios e ternos,
sedutores demais para não serem tocados. Mas
aqueles que o fizerem sentirão as escamas frias
da cobra. Os Anubitas abraçam a vida – e a
acariciam com lábios envenenados. Desconfie
deles.
CRÔNICOS
Eles se escondem atrás de suas máscaras.
Não me importo com fetichismo, mas parece
que eles levam seus fetiches muito a sério.
Bem, não sério o suficiente para que uma
mão no lugar certo não pudesse obter um
pouco de informação deles.
CLANNERS
O povo está com medo. Um olhar sombrio
e eles te deixam em paz. Não esses Clãs,
no entanto. Eles são agressivos e
não discernir entre um juiz e um
migrante. Quem diria que um dia
estaríamos lutando lado a lado com
os chapéus moles?
HEL LV ETICS
Grandes armas não são tudo, mas tente
dizer isso a um Hellvético. Honra e
Doutrina do soldado? Hipócritas. Nos
bordéis, eles gemerão tão alto quanto todo
mundo.
JEAMMEDANOS
Um desafio - eles realmente gostam dessa
coisa de família, gostam dos papéis que seu
líder os indica. Eles têm problemas com
diversão e prazer.
JUÍZES
Tínhamos um relacionamento intenso até a
chegada dos Clãs. Agora eles estão lutando
contra baratas e selvagens. O momento parece
certo para reviver alguns modelos de negócios
antigos.
NEOLIB YA NS
Eles são obcecados pelo luxo e sempre
gastam alguns dinares em visitas aos
nossos palácios de alegria.
PA LERS
Eles se sentam em seus buracos e apreciam as
vozes monótonas. Isso é estranho.
Algozes
Em forma e gostoso, mas uma palavra errada, e eles
mordem você como um cachorro raivoso.
Scrappers
Bons clientes. Das ruínas, eles vão direto
para os Cronistas, mas depois disso eles
vêm até nós com todos aqueles Rascunhos
suados esperando para serem gastos.
ESPI TALIANOS
Médicos, mas loucos e podres por dentro
– pergunte aos nossos Magpies. Eles destruíram
o Rebanho do Vento Leste. Isso é bom para os
outros bandos, mas também é um aviso.
Desconfie dos Espitalários.
DEJANTHERAVEN
CULTURA:Balcã
CONCEITO:O Aventureiro
CULTO:Apocalípticos (Raven)
Como Raven of the Carrion Birds, Dejan foi
um dos grandes jogadores no negócio de
diversões de Justitian. Então, os Dust Riders
vieram. Seu líder Vulco humilhou o Corvo na
batalha: espancado como uma criança
travessa, Dejan rastejou de volta para seu
rebanho. Desde então, ele perdeu a posição e
sua mão esquerda, um presente para a Mãe
dos Corvos para acalmá-la. No entanto, isso
não será suficiente se ele não se vingar logo.
JELENATHEMAGPIE
CULTURA:Balcã
CONCEITO:O Curandeiro
CULTO:Apocalípticos (Magpie)
Ela se unge com óleos preciosos, vestida com
roupas provocantes – mas ela permanece no
escuro: ela é a consorte de um Iconídeo
Osmânico. Ele é totalmente devotado a ela e
permite que seu Rebanho saia impune com
atos que outro de sua posição puniria com um
sabre. O fato de muitas bugigangas pequenas
e preciosas também desaparecerem de seus
quartos inflama sua mente menos do que a
atenção de Jelena à noite.
HAGRA
CULTURA:Balcã
CONCEITO:O Tradicionalista
CULTO:Apocalípticos (Abutre)
Nas florestas de Hybrispanian, ele se esconde
e persegue os campos de batalha. Ele espera
que os ruídos da batalha diminuam e os
gemidos dos feridos desapareçam. Esse é o
seu momento: ele dispara entre as pilhas de
corpos, procurando as roupas nos cadáveres
ainda quentes, levando tudo de valor e
desaparecendo na mata antes que a
retaguarda possa capturá-lo. Ele está
marcado pela morte. Bolhas negras em seus
antebraços, ele cospe sangue e arrota gases
fermentados. Parece que nem todas as suas
vítimas caíram em batalha.
APOCALÍPTICO 299
 PORTADORES DE TOCHAS NO PARAÍSO
ANABAPTISTAS
PREFÁCIO
O ar no antigo edifício de pedra é seco. A luz do dia pinta uma
exibição berrante de cores através dos vitrais sobre os ladrilhos
de mármore rachados. Antigamente havia fileiras de bancos aqui,
mas agora tudo o que resta da igreja é um cadáver estripado. A
religião que outrora atendia não existe mais. Algo mais o
substituiu, algo poderoso, algo irresistível. Um homem se agacha
em frente ao altar, dedos grossos unidos em oração. Ele faz parte
desta nova fé.
Do lado de fora, uma buzina soa, fazendo as vidraças chacoalharem em seus
caixilhos.
O homem se endireita. Um anel de aço faz seu nariz
delicado parecer largo e ele cheira a suor e terra. Ele acena
em direção ao altar mais uma vez e olha para a porta. O
portal está escancarado, o ar da primavera brilha ao sol.
O homem tira um frasco de metal de seu cinto, abre-o, cheira a
abertura – uma lufada de Elysium – e derrama um pouco de óleo na
palma da mão. Ele coloca o frasco de volta.
“Força, fé, perspicácia”, ele murmura, esfregando o óleo com
as duas mãos e depois tocando-as no cabelo, puxando-o para trás
e mantendo-o longe do rosto com uma faixa de couro. Hoje, ele
irá para a guerra, e tudo o que ele é de homem comum e de
fazendeiro ficará nesta igreja.
Lá fora, os outros estão esperando. Homens e mulheres seguram
espadas de duas mãos, pás longas, manguais e forcados – guerra
armas para fazendeiros e suicidas. Muitos usam calças listradas soltas
e gibões de couro ou são equipados com ombreiras acolchoadas. A
cruz quebrada está em toda parte: desenhada no couro em simples
linhas de giz ou usada como pingentes de ferro.
Alguns dos guerreiros evitam o olhar do homem e olham para o
chão. Outros estão vibrando de excitação, seus olhos brilhando, seus
rostos manchados. O fogo elísio queima dentro deles, alimentado pelo
óleo em seus cabelos.
Hoje será o fim para muitos deles. Quem realmente acredita
em se tornar um com o divino Pneuma? Ali, Harris foi recrutado
longe de sua terra nos pântanos de Justitian: ele era um provedor
para sua família, assim como Frenke ao lado dele, ambos
assediados por Espitalários e Cronistas todos os dias.
Esses homens e mulheres não são burros, mas são pessoas
simples. O Emissário havia prometido a eles que seriam
absorvidos por Deus, mas na verdade ele ganhou suas almas
quando elogiou a forte comunidade dos anabatistas e prometeu
acabar com sua fome.
Veremos quem não passará mais fome. O homem pega uma
espada que alguém lhe entrega, dá um tapinha no ombro de
outro guerreiro, ri e segue para a frente, para sua mochila. Há
ostentação, flexão de músculos e o ressoar de espadas. O tempo
está ameno, ele pode ver claramente. É um bom dia para ser
devorado por Pheromancers.
ANABAPTISTAS 301
DISCERNIMENTO
Rebus, o Batista, era um buscador. Ele sentiu a presença de
algo sublime que podia ser traçado através da vida e da
morte das pessoas como um fio de ouro. Mas nenhuma
religião e nenhuma seita o aproximou dela.
Ele se ajoelhou ao lado dos moribundos e perguntou às
parteiras. Ele dissecou cadáveres, pesando os corações e
cérebros de pessoas ímpias e crentes. Ele encheu página após
página com notas, às vezes inclinando-se para a cristandade,
às vezes para os Jehammedanos.
Não importava. Todos eles seguiram crenças feitas pelo
homem: mesmo os Iconidas e os poucos Sacerdotes
remanescentes eram apenas pagãos. Se tinham algo em comum,
era a cegueira. Se fosse alimentado de uma fonte comum...
A visão de mundo de Rebus se despedaçou e mudou.
Por um lado, ele viu a discórdia. Isso criou o caos, que ele
havia documentado ao longo de suas jornadas. Tinha que haver
uma força de contrapeso da qual ele havia se aproximado ao
longo dos anos, a força que enchia sua mente com um frescor
nítido e o mantinha em movimento, mas ainda permanecia
intangível.
No emaranhado das fés pagãs ele finalmente
encontrou algo chamado Neognose. Era a árvore do
Jardim do Éden, era a maçã e a cobra. Foi uma visão pura
e divina.
A Neognose havia se escondido dele e do mundo,
persistido entre as capas dos volumes antigos, quando os
arcontes da Cristandade ainda reuniam pessoas ao seu
redor. Seus ensinamentos foram marcados como pagãos,
infecciosos e doentios. A verdade nunca é bonita.
A RAÍZ DE TODO O MAL
Criação: bilhões de finas gavinhas estremeceram avidamente,
estendendo-se para retornar imediatamente ao corpo viscoso do
Demiurgo. A criatura sonhou. O Senhor dos Exércitos – Deus – uma vez
o criou para expandir o Paraíso animado pelo sopro divino. Mas o
Demiurgo sonhava com o mundo material, duro e cheio de pecado.
Enquanto o pólen se agarra às pernas de uma abelha, a Terra fica
presa dentro da rede brilhante de tentáculos. Estava bem. O incrível
aconteceu: o servo de Deus misturou o sopro de seu Senhor com a
matéria sem alma e assim criou o Perdido
mundo. Como lodo pegajoso, rodeava o Paraíso divino. O
Senhor observou e esperou, queria ver se suas criações mais
jovens, os humanos, seriam capazes de resistir à influência
corruptora do Demiurgo.
Eles não podiam.
Eles foram pegos em um pântano de ignorância: felizmente,
eles respiraram os gases inebriantes e cantarolaram velhas
canções quando gritos de guerra teriam sido mais apropriados.
Apenas uma tribo não se curvou ao enganador. Rebus, o
Batista, era seu líder. Ele implorou ao Senhor que se
abstivesse de destruir o mundo como punição por sua
crescente pilha de pecados: dia e noite ele jejuou e orou,
castigou a si mesmo e a seus seguidores e clamou aos céus.
Finalmente, Deus teve pena dele. Ele decidiu dar mais uma
chance à humanidade. "Assista e aprenda!"
A NOITE MAIS LONGA
Houve um baque forte. Pausa. Então havia outro. Desta vez, a
pausa pareceu durar para sempre: o coração do Paraíso batia
como o de um cervo mortalmente ferido, irregular e fraco. O
silêncio se seguiu. O paraíso estava morto. Era hora do
apocalipse.
O Senhor agarrou a Terra, enterrou seus dedos
profundamente nela. A crescente lava envolveu seus dedos,
mas ele não sentiu dor, apenas tristeza. Eles despedaçaram a
Terra. A laia do Demiurgo o comeu como vermes e subiu à
superfície como pus. Com um gesto negligente, o Senhor dos
Exércitos despedaçou o Demiurgo e jogou o corpo quebrado
nos oceanos agitados.
De um lado, reuniam-se os demônios e avatares do
Demiurgo, lembranças de sua maldade, e do outro, Rebus e
seus rebatizados. Nas entrelinhas estavam os ignorantes,
esperando serem seduzidos por um lado e redimidos pelo
outro. Pois esse era o acordo entre as criaturas divinas e as
criaturas inferiores: os humanos tinham que provar que ainda
eram o povo de Deus. Vitória ou morte. Sem meio termo –
Deus estava farto dos humanos.
A batalha final havia começado, uma guerra a ser travada no
corpo decadente do Paraíso.
Do Juízo Final ao Armagedom.
AGRICULTORESEGUERREIROS
Rebus escreveu seus pensamentos e ações em dezenas de tomos. ies, as lâmpadas cresceram nos antigos campos de batalha. A terra prosperou.

Ele viu o Eshaton como uma revelação, o último ato de
misericórdia de um Deus irado. Ele revelou a ilusão de um mundo
perfeito como um véu Demiúrgico, rasgou-o e abriu a visão do
antigo Paraíso. Ele estava na frente dos humanos, rasgado. O solo
estava queimado e envenenado, esperando o trabalho de mãos
honestas. Rebus liderou e seu anfitrião o seguiu. Armados com
espadas e humildade, eles lutaram contra a decadência.
Anos depois, campos dourados balançaram novamente em meio a cidades destruídas.
A mensagem se espalhou. A princípio, poucos foram os que
pediram um punhado de grãos e o receberam. Mas Rebus havia
subestimado o magnetismo de seu paraíso recém-despertado.
Como gafanhotos, esqueletos famintos atacavam os frutos dos
campos, comendo até que suas barrigas ficassem gordas e
arredondadas e eles só pudessem rastejar e grunhir. No entanto,
eles não pararam de comer, golpeando os trabalhadores,
mordendo-os, lutando por braços arrancados e roendo dedos.

NEOGNOSE

Neognosis não precisa de fé. Está apenas lá. Cada
ser, cada pedra faz parte da realidade que
descreve. Aqueles que o ignoram são pegos cega
e felizmente pelos tentáculos do Demiurgo. Mas
aqueles que o aceitam encontram a salvação por
meio do discernimento. Esse insight pode
assumir muitas formas. Compreendê-lo e
transcendê-lo leva uma vida inteira. De acordo
com a Neognose, Deus e o mundo são opostos
em grande escala, enquanto
mente e matéria se opõem em pequena escala.
Antigamente, ambos os princípios eram
separados: o sopro de Deus, o Pneuma, era claro
e bom, a matéria era escura e ruim. Foi o
Demiurgo que misturou dois opostos e assim
selou seu destino e o destino do mundo. Os seres
humanos são puro sopro divino presos em uma
prisão de carne. A Neognose descreve o corpo
como corrupto e sujo, e é assim que os
anabatistas também o veem e tratam. Somente
a morte rompe esta prisão, permite que o
Pneuma flua e se reúna à fonte: o conhecimento
absoluto. Mas entre a morte e o reencontro com
Deus, há uma longa deriva através do nada
crivado de pedaços de matéria em decomposição.
Uma alma não iluminada vagueia sem rumo, fica
presa facilmente e evolui para uma nova
encarnação física. Os anabatistas ensinam a
contemplação na vida para encontrar o caminho
para a iluminação na morte.

ANABAPTISTAS 303
O anfitrião de Rebus sempre trabalhou nos campos com a resistência
de cavalos, mas agora eles se comportavam como crianças quando
tinham que erguer suas enxadas contra os devoradores.
Isso tinha que mudar. Rebus os armou com forcados, lanças e
pás, e os fez atacar espantalhos até que fossem capazes de
manusear as ferramentas de seus fazendeiros como as armas de
um guerreiro.
Anos depois, os fazendeiros foram auxiliados por uma casta de
guerreiros bloqueando todos os ataques com uma parede de pás.
Apesar de todas as escaramuças e exercícios, o anfitrião
de Rebus manteve muito contato com o povo. Eram pessoas
simples e eram consideradas bons trabalhadores. Homens e
mulheres rudes com o coração no lugar certo. Sua
comunidade era forte, sua religião decente. Que a morte
deveria trazer a salvação era fácil de entender e não
atrapalhava ninguém durante sua vida. Deixe aqueles que
queriam acreditar nas histórias de Rebus sobre o Paraíso
podre e a luta eterna - paraíso ou não, isso era sobre
sobrevivência e, nisso, o anfitrião de Rebus era especialista.
OS QUATRO RIOS DO PA
RADISE
Existem quatro rios no Paraíso: Perat, Hiddekel, Gihon e
Pischon. Poderes lendários são atribuídos às suas águas.
Supostamente há muito tempo resina, canela e gengibre
flutuavam em suas superfícies para a glória do jardim, onde
enraizaram e cercaram a árvore do conhecimento com seus
aromas.
Em seus últimos anos, Rebus vagou pela terra em busca
desses rios porque queria lavar sua velhice com suas águas. Ele
ainda não podia partir, mesmo que a morte prometesse a
salvação. Era muito cedo! Mas todos os rios que ele identificou
falsamente como Perat, Hiddekel, Gihon e Pischon secaram e seus
sedimentos empoeirados flutuaram pela terra. As lágrimas
salgadas de Rebus caíram no chão.
Mas sua busca lhe trouxe outro insight: os quatro rios
não eram na verdade rios metafóricos dentro de cada um de
nós, trazendo para dentro e para fora tanto o bem quanto o
mal? As pessoas não ficavam desequilibradas e agitadas
quando eram expostas ao miasma de cidades como o terrível
Exalt? Quando estavam doentes, não exalavam podridão e
pus? Rebus moeu sementes e caroços, experimentou ervas,
teve as misturas massageadas em seu corpo. Várias centenas
de pessoas vasculharam textos antigos e coleções em seu
nome e reuniram receitas.
O Pneumam já estava vazando de Rebus, no entanto. Em
seu leito de morte, ele chamou seus fiéis seguidores, e eles
vieram correndo. Óleo de Pischon e extrato de Hiddekel:
cadinho após cadinho ele esvaziou sobre as cabeças de seus
companheiros. Ele ungiu todos eles. O óleo afundou na pele e
se misturou com seus fluidos. Clareou o olhar e deu
eles esperam. Eles não lamentavam mais a perda que se
aproximava, agora esperavam euforicamente que seu
professor e líder se tornasse um com o Senhor. Quando
Rebus finalmente foi absorvido pelo Pneuma, ele foi cercado
pelo cheiro do Paraíso.
C EM HEDRALCIDADE
Mesmo que Rebus nunca tenha encontrado os rios e tenha
começado a tentar localizá-los no corpo humano, alguns de seus
companheiros não desistiram da busca. Como alguém
reconheceria um desses fluxos de cabeça? O que eles estavam
procurando? Sem dúvida, a terra ao redor seria especialmente
fértil, mesmo que o próprio rio tivesse secado. Ao seu redor, até
os hereges Perdidos teriam percebido a grandeza de Deus e se
sentiram inspirados a fazer grandes coisas.
Quando eles estavam cavalgando pelo trigo selvagem do rio
Rain um dia com as espigas de trigo acariciando suas pernas, eles
prenderam a respiração. Na névoa, eles viram uma torre gigante,
uma catedral. Tantas vezes eles passaram por este local, perdidos
em pensamentos ou conversando um com o outro. Eles colheram
o trigo Rain e o semearam em regiões distantes. Mas naquele dia,
a catedral parecia-lhes uma insinuação de Deus.
O insight os atingiu tão frio quanto a água da
montanha, e eles pararam e olharam. O Demiurgo deve
tê-los atingido com cegueira e ignorância por séculos.
Eles afundaram no chão e enterraram as mãos no solo,
esfregando a palha de trigo e inalando seu perfume.
Gihon ou Hiddekel, Pischon ou Perat, este tinha que ser
um dos principais! A catedral em suas margens se
tornaria o centro de sua fé, pois atraía pessoas piedosas
há muito tempo.
Mas o edifício estava cheio de hereges e outras pessoas
vis. Um culto tecnológico que se autodenomina os Cronistas
cavou fundo nas catacumbas. O que quer que eles estivessem
fazendo lá, certamente ajudou o Demiurgo e não o Senhor.
Milhares de neognósticos armados com pás de guerra e
picaretas marcharam contra um inimigo que uma dúzia
poderia ter vencido.
Naquele dia, os Cronistas sofreram uma derrota da qual
nunca se recuperariam, mas para o anfitrião de Rebus a libertação
foi apenas uma das muitas escaramuças bem-sucedidas.
A hoste havia se fragmentado em várias congregações, mas
agora suas vidas religiosas se tornaram mais centradas. O
anfitrião de Rebus cavou poços e cavernas para coletar água e
construiu aquedutos para canalizá-la para os campos. Eles
cultivaram o trigo selvagem e semearam os arredores da cidade
com ele. A artéria do aqueduto cresceu. As estações de
bombeamento nivelaram as diferenças de altura e, mesmo em
enclaves remotos, as fontes logo foram preenchidas com água da
Cidade Catedral.