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Aula 3-Teóricas-Dtr.

David – Direito Romano – 17/10/2022

O estudo das fontes do ius civilé, ou seja dos módulos pelos quais se formavam as regras as
normas dos cidadãos de roma.

Uma das fonyes é o costume, que advem de um comportamento do povo durante um período
alargado de tempo.

Quando po direito romano ficou mais complexo.

A lei (aLEX) que provinha dos comissios as assembleias onde se reunião os cidadãos.

Lex Rodata:

A lex (lei), era uma declaração solene com valor normativo (para valer cm norma/regra) feita
pelo povo romano nos reunido nos comissios e que aprovava uma proposta apresentada por
um magistrado que presidia (os cônsules).

O povo romano tinha de ser reunir com os comissios.

O PROCESSO FORMATIVO DA LEX ROGATA: (frases formação)

Lex significa lei, rogata (vem de rogar) (é a lei pedida)

1- A chamada: PROMULGÀCIO

( A Fixação do projeto legislativo elaborado pelo magistrado, afixação essa num lugar
público) O magistrado fazia fixar aquilo que ela propunha.

2- As CONCIÒNES:

(eram reuniões em praça pública para discussão do projeto) Os cidadãos iam discutir o
conteúdo.

3- ROGÀCIO: (o pedido)

(consistia no pedido do magistrado que elaborou o projeto no sentido de ele ser


aprovado) O magistrado(cônsul) dirigia-se ao povo de roma reunido, usando a sua melhor
agumento que achava que convenceriam os cidadão romanos.

4- A VOTAÇÃO: Numa primeira fase era oral, mas passou a ser por voto escrito e secreto.
Os cidadãos votavam na sua assembleia. Podia acontecer que a maioria dos cidadãos
votassem em algumas assembleias amplamente derrota mas a maioria votava a favor
a proposta passava.
5- APROVAÇÃO PELO SENADO DE ROMA:
(quando a proposta era votável favoravelmente nos comícios tornava-se lei. Mas devia
ser apresentada ao Senado de Roma. Para lhe ser conferida a chamada auquetóritas
espatoma, que não era uma aprovação jurídica mas social e sem a qual a lei não seria
6- A AFIXAÇÃO:
( era a fase de públivcidade da lei, isto é, para se tornar conhecida pelos seus
destinatários. Evidente que um ato normativo para poder ser cumprido, tem de ser
conhecido, e portante é uma fase fundamental neste processo a PUBLICIDADE( fazia-
se através da afixação da lei em tábuas de madeira ou de bronze)

Hoje em dia continua a ser muito importante esta publicidade, através de um jornal
oficial, que e o diário da républica. (considera se lei quando e publicada por ela)

A ESTRUTURA DA LEX ROGATA:

A chamada PRAÉSCRIPTO
(era um prefácio da lei (uma introdução da lei)
Constituído por elementos como o nome do magistrado proponente, o lugar e a data
da votação, ou o nome do primeiro cidadão a votar.

A RÓGACIAAQUILO QUE A LEI DESCREVIA/DETERMINAVA)

SANQCIO (a Sanção)
Na sanqció fixavam-se os termos em que era assegurada eficácia da lei.

Podia haver três tipos de lex quanto a SANCSIÓ(na sancsio)


Quando a sua sanção ou consequências do não cumprimento da lex podia haver três
tipos de lei:
Lex perfecta: Era aquela que declarava inválidos os actos contrários a lei, que por isso,
não produziriam efeitos jurídicos. Exemplo: a lex Vótonia do ano 169 A.C. declarava
que não produziam efeitos os legados cujo valor fosse superior ao valor dos bens que
cabiam aos herdeiros.(quando alguém morre, há herdeiros, a sucessão dos bens,
legados(é deixar bens), se o valor desses legados fosse superior ao que acabava por ser
para os herdeiros, esses legados eram errados.

Lex minus quan perfecta: Nas leis menos do perfeitas não se invalidavam os atos
contrários ao conteúdo da lei e que por isso produziriam os seus normais efeitos
jurídicos o que sucedia era a aplicação de uma pena aos transgressores. (portanto o
ato de contrariou o conteúdo da lei, não era válido, simplesmente quem transgredia a
lei ia sofrer uma pena. Exemplo: a lex fúria testamentária de 200 A.C. estabeleceu que
quem algumas pessoas que recebessem legados acima de certo valor, teriam de pagar
uma pena equivalente ao quadruplo. Aqui o legado, essa transmissão por testamento
de um bem determinado, mesmo que ultrapassa-se recebia-o o legado é valido,
simplesmente vai pagar uma pena do quadruplo, mas recebia o legado.
Lex imperfecta: A lei imperfeita é aquela que não estabelecia qualquer sanção.
Portanto nada dizia quanto a sanções: exemplo: a lex síncia de 204 A.C. proibia
doações superiores a determinado valor mas sem estabelecer qual a consequência de
se praticarem essas doações.
Havia um vazio no IUS CIVILLÈ: Foi o pretor (o magistrado) Nestes casos de leis
imperfeitas foi o pretor quem outorgou proteção aos particulares quando entendeu
que isso era necessário. Nomeadamente negando ações ou concedendo exeções
(recusava uma ação a um cidadão quando via que ia constituir uma infração) Exeções
são factos que paralisam outros factos (considera-se um contrafacto)
Aqui temos um exemplo da integração de lacunas do IUS CIVILLÈ pelo pretor.

Em 438 o imperador TEODÓSIO II, estabeleceu através de uma lei que ele fez, que na
falta de indicação contrária, todas as leis seriam perfeitas.

O ESTUDA DE OUTRA FONTE DO IUS CIVILLÉ

O PLEBISCITO: (vem de Plebe) portanto diz respeito aos plebeus, cidadãos romanos de
menor escalão social.
Quando se fala de plebiscito fala-se de uma consulta ao povo(um referendo hoje em
dia).
O plebiscito era uma deliberação feita pelos plebeus, reunidos em assembleias
concílios da plebe e que aprovavam uma proposta de um magistrado próprio o
chamado tribuno da plebe. A medida que a plebe se foi tornando mais forte, ser
tributo da plebe era um lugar privilegiado.
Evolução do carater vinculativo do plebiscito: numa primeira fase os plebiscitos não
tinham carater vinculativo(ou seja, ninguém tinha de seguir os plebiscitos) em
certamente cumprida pelos cidadãos.449 A.C a lex VALÈRIA HORÀCIA DE PLÈBISCITIS
passariam a ser entre os plebeus com esta lei passam a ser leis com caracter
vinculativo.
Em 287 A. C. a Lex ORTÊNCIA de plebiscitis determinou que os plebiscitos também
vinculavam os Patricios e assim para todos os efeitos o Plebiscito ficou equiparado na
sua ineficácia ás leis dos comícios.
A raiz histórica, a obrigação de indeminizar, tornar sem dano o dano que lhes foi
causado.

FONTE DO IUS CIVILLÉ: O SENATOS CONSULto:


Inicialmente as deliberações do senado de roma eram meros pareceres, ou seja,
simples respostas dadas a uma consulta que lhe era dirigida. Ora, era portanto, um
acto meramente consultivo, não era decisório. Mas como o principado o poder
legislativo desloca-se dos comicios para o senado. E o senatos consulto torna-se numa
delideração legislativa do Senado de Roma. Há que ter em atenção todavia que a
prática política era a de o Senado se limitar a acolher as propostas legislativas do
PRINCEPS(27ª.C Figura PRINCEPS tinha uma prevalência sobre os outros órgãos,
passagem do poder legislativo para o senado não foi por acaso, acabou com os
subornos, ameaças…
Fim dos estados consultos.

A CONSTITUIÇÃO IMPERIAL:
A constituição imperial é uma lei que manifesta a vontade jurídica do imperador. A
figura da constituição imperial surge ainda no principado e chegou a coexistir com as
outras fontes do ius civilé, mas a evolução politica no sentido da Monarquia absoluta
levou a que se torna-se a única fonte de criação de Direito Novo (normas novas).

ESPÉCIES DE CONSTITUIÇÕES IMPERIAIS:


O EDICTÓ: era constituído por disposições gerais do imperador. Era aqui que ele
exercia o seu IUS EPICENDIO ( o direito de editar normas destinadas a toda população
de Roma). Composto por normas gerais a toda população. Partia do próprio imperador
essas alterações.

O DÉCRETO: Era uma sentença judicial do imperador proferida no âmbito do processo


da COGNICIÓ EXTRA ORDINAM. Podia neste processo haver em alguns estados recurso
até ao imperador.
A decisão era aplicável apenas naquele caso, mas acabava por ser também aplicada a
casos análogos (semelhantes).

O RÉSTRITO: É uma resposta que o imperador dá a consultas jurídicas que lhe eram
dirigidas por magistrados funcionários ou até particulares e que tinham eficácia
vinculativa. Exemplo: uma constituição imperial que diz, que foi a base de toda a
discilplina de todos os contartos de arrendamento, quando a primeira vez o dono
perguntou quando podia mandar o inclino embora)

O MANDATO: é uma instrução do imperador em matéria administrativa. Ou seja, o


imperador dava instruções indicações imperativas, á sua administração.

A IURIS PRUDÊNCIA ( A JURISPRODÊNCIA): (a ciência do direito fruto do trabalho dos


jurisconsultos), que vão revelar e desenvolver o direito adaptando ás exigências de
cada momento. Nºao era uma actividade meramente cognitiva (de conhecimento
passivo) era uma actividade de natureza criadora de direito. Criavam desenvolveram,
não usavam normas pré- existentes, ideia de pluralismo civil.

A actividade dos jurisconsultos materializou-se em 3 funções:


RESPONDERE, AGÈRE e CÀVERE

Responderé: foi a mais importante função da IURISPRUDÊNCIA e consistia na


resolução de casos práticos que eram apresentados aos jurisconsultos por particulares
ou por magistrados e aos quais esses juristas ofereciam respostas em forma de
pareceres. Os chamos RÉSPONSA.
CÀVÈRE: era o aconselhamento de particulares quanto á realização dos seus negócios
jurídicos.

ÁGÉRÉ: aconselhamento dos particulares em matéria processual. Ou seja como se


deviam comportar quando tivessem um processo na justiça. Através destas funções os
jurisconsules foram criando o direito e foi oficializado.

A época do esplendor da jurisprudência é a época clássica, o seu ponto alto, o seu


esplendor.

A jurisprudência clássica foi marcada por duas grandes escolas: a escola SABINIANA e
a escola PROCULEIANA

A escola SABINIANA, foi fundada por CÀPITU, mas deve o seu nome a um dos seus
mais conhecidos Juristas (SÀBINUS).
Já a escola PROCULEIANA teve como fundador um importantíssimo jurista LOVÈU e foi
assim batizada por a ela pertencer um jurista de nome PRÓCULES. Apesar de não se
tratar de regra sem exceção em geral os SABINIANOS(da escola sabiniana) eram mais
tradicionalistas e cautelosos ao passo que os PROCULEIANOS eram frequentemente
mais audaciosos e inovadores. Com soluções mais arrojadas.
Um exemplo para se determinar a capacidade de agir ou seja, a prática de atos
jurídicos por si mesmo(sem tutor e consentimento, os jurisconsultos Romanos
procuravam averiguar se já tinha ocorrido a puberdade (capacidade de reprodução)
para averiguar a ocorrência da puberdade os SABINIANOS defendiam uma inspeção
corporal. Já os PROCULEIANOS para evitar a variabilidade de resultados, inerente a
uma inspeção corporal estabeleceram como critério a fixação d a puberdade aos 12
anos para as mulheres e aos 14 para os homens.(critérios gerais que representam a
maioria).
Solução que veio a prevalecer. TERMINAMOS O ESTUDO DAS FONTES DO IUS CIVILLÉ
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O CORPUS IURIS CIVILLIS:
(É ele que marca e faz a época justiniana seja destacada)
O imperador do Oriente Justiniano conseguiu concretizar uma velha aspiração(um
velho sonho) a de reunir num único corpo os IURÈ e as LEJÈS
Iuri: soluções jurisprodencias, a que chegava a iurisprudencia os trabalhos dos iuri
cônsules
LÈJES: são as leis dos imperadores.
A designação corpus iuris civilés não é original, tendo surgido apenas em 1583 numa
edição feita em Genebra sobre a responsabilidade de Dionisio Gudufredo jurista do
Humanismo.(Séc. XXVI).
Não se trata de uma codificação em sentido moderno, apresentando-se como uma
copilação de elementos provenientes de épocas diversas. Mas tem um caráter
orgânico e unitário.
AS PARTES DO CORPUS IURIS CIVILLIS: composto por 4 partes:
As intituiciones ; O digésto ; O Códex e as Novélé

As instituiciones: é um manual elementar de direito Romano para o estudo pelos


estudantes que iniciam os estudos jurídicos. As instuticiones foram muito
influenciadas por uma obra clássica: As instituições de Gaius. Importante Jurista
Clássico.( era um jurista do sec segundo, ele foi o único jurista clássico de que
conhecemos as consultas dos documentos apercebeu-se que por baixo do que estava
escrito havia outra coisa, havia reciclagem do conteúdo, chamado palimp
cestos(pregraminhos aproveitados) começou a conhecer-se as instituições de Gaiu)

As instituiciones de justianiano foram proclamadas em 533 por uma constituição de


justiniano.

DIGÉSTO/PANDECTAS: trata-se de uma compilação de fragmentos estraidos de obras


dos principais jurisconsultos Romanos da época Clássica. Ou seja não estão la as obras
todas, são extratos ou partes.
A comissão que copilou o digesto foi presidida pelo jurista TRIBUNIANO. Quando
justiniano ordenou a realização do trabalho, autorizou expressamente que a comissão
fize-se as alterações que entende-se necessárias. Essas alterações foram mais tarde
conhecidas como INTERPOLAÇÔES. Mas não ficou qualquer registo das alterações que
foram feitas aos textos originais sendo tema em que reina a incerteza.
O DIGESTO foi publicado e obteve força de lei através de uma Constituição imperial de
Justiniano datada de 533.

O CÓDEX: trata-se de uma copilação de constituições imperiaias(leis do imperador)


promolgadas desde o imperador Adriano até Justiniano. Obteve força de Lei através de
uma Constitução promolgada por Justiniano em 534.

As NÒVELLÈ: são as novas, pk trata-se de uma reunião de constituições imperiais


promolgadas pelo próprio imperador Justiniano, depois do CODEX. Não foi uma
copilação oficial.

O corpus iuris civilis tem importância historia pk é através dele que nos chegou o
Direito Romano. È dele que fazemos a base do Direito a partir do séc XXI.

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