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Council of the EU
PT
COMUNICADO DE IMPRENSA
259/22
16/03/2022

Ucrânia: Conselho aprova a rápida libertação de recursos da


política de coesão para ajudar os refugiados
O Conselho aprovou hoje uma proposta legislativa que mobilizará financiamento da política de coesão para ajudar os refugiados
que fogem da agressão militar da Rússia.

A medida reforçará igualmente os esforços em curso dos Estados-Membros para combater o impacto alargado da pandemia de
COVID-19.

" A UE já acolheu mais de dois milhões de pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, que procuram
refúgio da invasão da Ucrânia pela Rússia e necessitam de um local de permanência, alimentação,
cuidados de saúde, transportes e educação. A medida hoje aprovada permitirá que os Estados-Membros,
especialmente os que se encontram na linha da frente da crise, redirecionem urgentemente recursos para
apoiar os refugiados, continuando simultaneamente a construir uma recuperação resiliente.

Joël Giraud, ministro da Coesão dos Territórios e das Relações com as Comunidades Territoriais,
Presidência francesa

A proposta relativa à Ação de Coesão a favor dos Refugiados na Europa (CARE) modifica dois atos legislativos a fim de prever
alterações excecionais e específicas ao quadro jurídico global 2014-2020 que rege os Fundos Europeus Estruturais e de
Investimento (FEEI) e o Fundo de Auxílio Europeu às Pessoas mais Carenciadas (FEAD).

Introduz também uma maior flexibilidade na reafetação de fundos e alarga, por um exercício contabilístico, o financiamento de
100 % a partir do orçamento da UE destinado aos programas de coesão, uma medida inicialmente introduzida em 2020 para
ajudar na recuperação da COVID-19.

Isto significa que os Estados-Membros poderão acelerar a mobilização de todos os fundos não programados no período de 2014-
2020. Além disso, podem utilizar a parcela de 2022 no valor de 10 mil milhões de euros ao abrigo da iniciativa REACT-EU, um dos
maiores programas de investimento público da UE pós-pandemia.

Alguns dos principais elementos da proposta são os seguintes:

flexibilidade adicional para transferir recursos entre programas ao abrigo do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
e do Fundo Social Europeu de modo a fazer face aos desafios migratórios decorrentes da agressão militar da Rússia;
nova flexibilidade para alterar os programas ao abrigo do Fundo de Auxílio Europeu às Pessoas mais Carenciadas (FEAD);
novas medidas elegíveis para financiamento ao abrigo do CARE com data de início em 24 de fevereiro de 2022, data da
invasão russa;
alargamento ao exercício contabilístico de 2021-2022 do financiamento de 100% a partir do orçamento da UE. A fim de
respeitar os limites máximos de pagamentos em 2022 e 2023, o total dos pagamentos adicionais será limitado a 5 mil
milhões de euros em 2022 e a mil milhões de euros em 2023.

Tendo em conta a urgência do impacto humano e económico do afluxo de refugiados, o Conselho decidiu aprovar o texto da
proposta sem alterações.

Contexto e próximas etapas


Em 8 de março, a Comissão Europeia apresentou uma proposta de Regulamento CARE. A proposta visa aliviar a carga sobre os
orçamentos nacionais e regionais decorrente da pressão migratória sem precedentes, especialmente nas regiões orientais da
UE, resultante da agressão russa não provocada contra a Ucrânia. Tem igualmente em conta o impacto económico alargado da
pandemia de COVID-19 no conjunto da UE.

Na Declaração de Versalhes, adotada na reunião de 10 e 11 de março, os dirigentes da UE apelaram a que, "sem demora, sejam
disponibilizados fundos através da rápida adoção da proposta relativa à Ação de Coesão a favor dos Refugiados na Europa
(CARE) e através da ReactEU".

Na sequência da aprovação de hoje pelo Conselho, o Parlamento Europeu deverá recorrer ao processo de urgência para a
aprovação da proposta. O ato legislativo deverá ser adotado no início de abril e entrará em vigor com efeitos imediatos.

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