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APLICAÇÃO DA ANÁLISE DE CONFIABILIDADE NA AVALIAÇÃO

DE DESEMPENHO DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO


REFORÇADAS COM CHAPAS METÁLICAS COLADAS

Gabriela de Athayde Duboc Bahia


João da Costa Pantoja
Nathaly Sarasty Narváez
gabrieladuboc@gmail.com
joao_pantoja@hotmail.com.br
natalysarasty@hotmail.com.br
Faculdade de Tecnologia e Ciências Aplicadas – Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
SEPN 707/907 - Asa Norte, Caixa Postal 70.790-075, DF, Brasília, Brasil

Resumo. Este trabalho avalia aspectos de segurança de uma seção de viga de concreto
armado submetida a um momento fletor máximo com reforço aplicado através da colagem de
chapas metálicas. A segurança relativa aos modos de falha é avaliada com base no cálculo
do índice de confiabilidade β via Método de Monte Carlo. Diferentes variáveis como:
resistência à compressão do concreto, espessura da chapa de aço e porcentagem de carga
permanente em relação à carga total da estrutura são alteradas no problema com a
finalidade de comparar duas metodologias de dimensionamento de reforço com chapas
coladas: o Método de Ari de Paula Adaptado e o Método de Bresson.

Palavras-chave: Reforço com chapas de aço, Análise de confiabilidade, Método de Monte


Carlo.

CILAMCE 2013
Proceedings of the XXXIV Iberian Latin-American Congress on Computational Methods in Engineering
Z.J.G.N Del Prado (Editor), ABMEC, Pirenópolis, GO, Brazil, November 10-13, 2013
CILAMCE 2013 Aplicação da análise de confiabilidade na avaliação de reforço com chapas metálicas coladas

1 INTRODUÇÃO

Os sistemas estruturais devem ser projetados com o intuito de garantir a segurança,


funcionalidade e durabilidade das edificações em todas as suas fases de carregamento até o
horizonte de projeto.
A existência de variáveis cujos valores não são totalmente conhecidos para a realização
dos projetos estruturais, como a determinação das cargas, as propriedades mecânicas dos
materiais, os parâmetros de resistência do solo e as propriedades geométricas estruturais, são
fatores que podem conduzir falhas à estrutura (Lima, E. C. P.; Sagrilo, L. V. S., 2002).
A análise da confiabilidade atrelada ao projeto estrutural permite quantificar as incertezas
contidas na determinação dessas variáveis, ou seja, determinar a probabilidade dessa estrutura
falhar. Além disso, permite obter a sensibilidade em relação às variáveis envolvidas, ou seja,
identificar qual variável de projeto exerce maior influência na probabilidade de falha da
estrutura.
No presente trabalho a análise da confiabilidade será utilizada como ferramenta para
avaliar o desempenho de dois métodos existentes na literatura, sendo um deles adaptado, para
projetos de reforço à flexão com chapas de aço coladas em vigas de concreto armado.
Para a realização dos cálculos de confiabilidade estrutural foi utilizado o método analítico
de Monte Carlo com auxílio do software Mathcad para obtenção dos resultados com base em
segurança.
A metodologia proposta permite que as principais incertezas presentes no projeto
estrutural de vigas paredes sejam incorporadas às formulações propostas por Bresson e Ari de
Paula adaptado ao processo de dimensionamento de reforço à flexão com chapas de aço
coladas em vigas de concreto armado. Isso é essencial para realizar tomadas de decisão a
respeito da segurança estrutural e da viabilidade econômica do projeto.

2 REFORÇO COM CHAPAS DE AÇO COLADAS À ESTRUTURA

O reforço com chapas de aço coladas é uma técnica bastante eficiente quando há
necessidade de aumentar a capacidade resistente do elemento estrutural fletido, indicado
especialmente quando há necessidade de uma medida de emergência ou quando a arquitetura
não permite grandes mudanças nas dimensões das peças (Souza, V. C. M.; Ripper, T., 1998).
A ligação feita entre a chapa de aço e o concreto requer uma preparação das superfícies
para garantir a boa união entre elas. Essa adesão é realizada por colagem com resina epóxi
com elevadas capacidade de aderência e resistência mecânica ou por solda das chapas.

2.1 Método de Bresson


O dimensionamento é feito no Estádio II na seção solicitada por um momento fletor
composto por duas parcelas, a parcela do momento referente ao peso próprio e cargas
permanentes (MP) e a parcela referente às sobrecargas (MS) (Souza, V. C. M.; Ripper, T.,
1998).
Para o cálculo da espessura da chapa de reforço pelo método de Bresson é feito o
equilíbrio de momentos em relação à fibra mais comprimida, de acordo com a fórmula a

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Bahia, G. A. B., Pantoja, J. C., Narvaéz, N. S.

seguir:

(1)

Sendo:
A, AR – seções das armaduras interna e de reforço, respectivamente;
Z1 – braço de alavanca da armadura interna em relação à fibra mais comprimida;
Z2 – braço de alavanca da armadura de reforço em relação à fibra mais comprimida;
a – distância da fibra mais comprimida à linha neutra;
b – largura da base da viga.
Como:

(2)

Onde:
bR – largura da chapa de reforço;
eR – espessura da chapa de reforço.

Tem-se:

(3)

2.2 Método de Ari de Paula


O dimensionamento realizado por Ari de Paula para o cálculo do reforço em vigas
retangulares de concreto armado foi retirado do livro “Reforço de estruturas de concreto
armado com fibras de carbono – características, dimensionamento e aplicação” do Ari de
Paula, e adaptado para o dimensionamento com a utilização de chapas de aço coladas.
Serão realizados os cálculos dos momentos nos pontos A e B (representados na Figura 1)
para que se obtenha a máxima força para o cálculo do reforço.
Para a determinação das forças resultantes será necessário realizar o equilíbrio das forças
no ponto A e B, representados na Figura 1. Dessa forma, teremos:
Momento em A:

(4)

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Momento em B:

(5)
Sendo:
FS1: Força na armadura superior;
Fc: Força no concreto comprimido;
Fs2: Força na armadura de tração;
Ffc: Força na chapa de reforço.

Figura 1. Momentos de cálculo nos pontos A e B.

Sendo assim tem-se então a força aplicada em A e em B:

(6)

(7)

3 ANÁLISE DE CONFIABILIDADE

A existência de variáveis desconhecidas para o cálculo de um projeto estrutural comprova


que toda estrutura está sujeita a falhas. A determinação dessas variáveis inerentes ao projeto,
como a determinação das cargas, as propriedades mecânicas dos materiais, os parâmetros de
resistência do solo e as propriedades geométricas estruturais, é de essencial importância para
quantificar o grau de segurança envolvido.
Os coeficientes de segurança embutidos nos cálculos acabam impossibilitando a
determinação da probabilidade de falha, uma vez que são utilizados valores genéricos para
todos os tipos de obra sem levar em conta a particularidade de cada caso. Dessa forma, o
conceito da análise de confiabilidade trás por meio da determinação dessas variáveis

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desconhecidas e da retirada dos coeficientes de segurança a possibilidade de encontrar a


probabilidade de falha de uma estrutura, além de determinar a sua sensibilidade em relação às
variáveis, ou seja, identificar qual variável de projeto exerce maior influência nessa
probabilidade.
A confiabilidade permite obter os diversos modos de falha da estrutura por meio do
cálculo da probabilidade de falha (Pf), dessa forma se mostra essencial para uma tomada de
decisão a respeito da segurança estrutural e da viabilidade econômica.
A função de falha g(X), equação do estado limite, e das diversas variáveis de projeto X,
de acordo com a fórmula a seguir (Beck, A. T., 2010):
g(X) = g(X1, X2, ..., Xn) = 0 (8)
O β também chamado de índice de confiabilidade também é considerado um parâmetro
para a determinação da probabilidade de falha de uma estrutura, sendo ele uma medida
geométrica da probabilidade de falha (Beck, A. T, 2010).
Esse índice leva em conta todas as variáveis randômicas do problema e também a
resposta da estrutura devida às ações. O índice de confiabilidade é associado à probabilidade
de falha, apesar de seu relacionamento não ser explícito.

3.1 Método de Monte Carlo


A simulação de Monte Carlo é um método estatístico utilizado na solução de
experimentos aleatórios com uso da geração de amostras e da distribuição das probabilidades
permitindo a observação do desempenho de uma variável de interesse.
Nesse caso, a simulação é utilizada para analisar uma situação de risco. É considerada
apenas uma aproximação, porém quanto maior o número de amostras obtidas melhor o
comportamento estimado.
Primeiramente, no método, é gerada uma amostra aleatória de tamanho N, que na maioria
dos casos é uma amostra ampla para reduzir os valores da probabilidade de falha (Saraiva, J.
M. F., 1997). Após isso são definidas as suas distribuições e feitas simulações para as
variáveis com base na função de densidade de probabilidade. Para cada amostra, a resposta do
sistema é calculada. Um estimador da probabilidade de falha então é calculado por:

(9)

onde N é o número de amostras e o estimador I(x) é calculado por:

(10)

O coeficiente de variação do estimador é dado por:


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(11)

4 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

Como forma de realizar uma análise comparativa entre os dois métodos de reforço com
chapas referidos neste trabalho, um exemplo foi utilizado, adaptado do livro Patologia,
recuperação e reforço das estruturas de concreto (Souza, V. C. M.; Ripper, T., 2005) descrito a
seguir:
Uma viga existente de concreto armado deverá ser reforçada para receber carregamentos
que a solicitem com um momento fletor máximo Mref = 22142,86 KN.cm. As características
da viga são fornecidas na Tabela 1 e são representadas na Figura 2.

Figura 2. Dados do problema.

Tabela 1. Propriedades da viga para reforço

Propriedades da viga
h (cm) bw d1 d2 As
(cm) (cm) (cm²)
(cm)

60 25 4 4 8,0

Vale ressaltar que o método de Ari de Paula utilizado para o reforço de vigas de concreto
armado com chapas de aço coladas foi adaptado do livro Reforço de estrutura de concreto
armado com fibras de carbono (Machado, A. P., 2002).
A Tabela 2 apresenta as variáveis envolvidas no problema, assim como, o tipo de
distribuição adotado para a resolução desse exemplo nesse estudo. Vale ressaltar, que foi
escolhida, para todas as variáveis, a distribuição normal a fim de obter um melhor
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entendimento do método de Monte Carlo e do uso da confiabilidade. Dessa forma, a análise


comparativa dos métodos de reforço será simplificada, não retratando um comportamento real
dos métodos de reforço.
Tabela 2. Distribuições probabilísticas utilizadas para o reforço
Variável Básica Símbolo Distribuição Dimensão
Resistência Característica à compressão do concreto fck Normal kN/cm²
Resistência à tração do aço fyk Normal kN/cm²
Área de armadura As Determinítica cm²
Vão Lv Determinística cm
Carregamento Permanente qg Normal kN/cm
Carregamento Acidental qq Normal kN/cm
Espessura da chapa e Determinística cm

5 METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA

Para avaliação da segurança da seção transversal da viga de concreto armado apresentada


anteriormente duas funções de falha foram utilizadas. A primeira baseada no método de
Bresson e outra no método de Ari de Paula. Para os momentos solicitantes foram adotados
valores apresentados em Machado (2002) para uma seção genérica de concreto armado
submetida a flexão e com posterior necessidade de reforço. Para os momentos resistentes
foram consideradas as expressões já descritas nas equações de 2 a 7. Os valores percentuais
entre a carga permanente e acidental foram variados para avaliação do impacto da resposta do
problema a cada modelo adotado. O método de Monte Carlo foi então programado utilizando
o software mathcad cuja geração randômica de cada uma das variáveis aleatórias é feita
automaticamente. Um número de simulação igual a 3.000.000 foi adotado considerando a
obtenção de um índice de confiabilidade na ordem de 4.8. Esse número é compatível com os
recomendados por Beck (2010).
O mesmo problema foi então avaliado através dos dois métodos e tanto uma avaliação da
segurança como uma busca pela ductilidade do modelo foram observadas, segundo algumas
variações propostas, como espessura da chapa de reforço e diferentes valores de resistência à
compressão do concreto.

6 ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Figura 3 apresenta o resultado do aumento na porcentagem de carga permanente em


relação à carga total e seus respectivos aumentos no índice de confiabilidade β.
Vale ressaltar que a confiabilidade na reabilitação estrutural deve satisfazer níveis
considerados aceitáveis, definidos entre os requisitos básicos de um projeto. O nível de
segurança expresso pelo índice de confiabilidade, proposto pelo JCSS (2001), está entre
e , destacados em todas as Figuras apresentadas para melhor visualização.

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74% 83%

Figura 3. Porcentagem de carga permanente em relação à total (α) x índice de confiabilidade (β).

Observa-se na Figura 3 que quanto maior o aumento da porcentagem de carga


permanente com relação à carga total aplicada na estrutura, mais confiável será o reforço, o
que pode ser observado pelo aumento no valor do índice de confiabilidade β. Esse
comportamento é esperado, uma vez que, a carga permanente representada pelo peso próprio
da estrutura apresenta uma menor variabilidade que a carga acidental.
Outra observação importante é a sensibilidade de cada modelo com relação à variação da
porcentagem da carga permanente em relação à total.
O método de Bresson se mostrou muito mais sensível ao aumento de porcentagem que o
método de Ari de Paula levando a maiores valores no índice de confiabilidade β.
Posteriormente procedeu-se uma nova análise com o aumento da resistência à
compressão do concreto, mantendo-se todas as outras variáveis inalteradas, expressa pela
Figura 4.

3,65

Figura 4. Resistência à compressão do concreto x índice de confiabilidade.

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Observa-se na Figura acima que quanto maior é a resistência do concreto maior será a
confiabilidade da estrutura, expressa pelo índice de confiabilidade β. A variação da resistência
à compressão do concreto demonstrou resultados mais significativos no aumento da
confiabilidade no método de Ari de Paula do que no método de Bresson. Espera-se que se a
partir do momento que a ruptura da estrutura ocorrer devido ao escoamento do aço (ruptura
dúctil) o aumento na resistência à compressão do concreto não levará a um aumento no índice
de confiabilidade. Isso pode ser observado com muito mais clareza no método de Bresson,
que a partir de um aumento no valor de resistência à compressão do concreto apresentou
pouquíssima mudança no aumento do índice de confiabilidade. A formulação empregada no
método de Ari de Paula adaptado não apresentou essa sensibilidade. Isso mostra certa
incoerência na formulação do referido método adaptado.
Após esta análise foi realizado um estudo no modelo com o aumento da espessura da
chapa de aço utilizada para o reforço, Figura 5.

0,33

Figura 5. Gráfico da espessura da chapa de reforço x índice de confiabilidade.

Observa-se na Figura 5 que o aumento da espessura da chapa de reforço levou a um


aumento do índice de confiabilidade. Os resultados foram muito mais significativos no
método de Bresson que no método de Ari de Paula. Isso mostra que a formulação empregada
pelo método de Bresson considera a contribuição do aço de reforço com muito mais
significância que no método de Ari de Paula adaptado.

Dessa forma, com base nas análises apresentadas pode-se concluir que a formulação
utilizada pelo método de Bresson leva a uma ruptura devido ao escoamento do aço, enquanto
a formulação utilizada pelo método de Ari de Paula adaptado levou a uma ruptura devido ao

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esmagamento do concreto. Essa influência para cada um dos métodos é clara uma vez que a
sensibilidade de cada um dos métodos ao aumento do aço e ao aumento da resistência à
compressão do concreto levou a um aumento do índice de confiabilidade correspondente.

Vale ressaltar que os métodos não atingiram em todas as análises o índice de


confiabilidade sugerido pelo JCSS (2001) de 3,3 a 3,8 pois para os dois métodos foram
escolhidos valores de momento fletor iguais para que se pudessem comparar os dois métodos.

Pode-se concluir com o presente estudo que a análise de confiabilidade permite


quantificar as incertezas e o efeito da segurança nas edificações. Dessa forma, a determinação
da probabilidade de falha se torna um parâmetro essencial para uma tomada de decisão a
respeito da segurança estrutural e da viabilidade econômica.
Os resultados encontrados por meio das análises para o método de Bresson se
mostraram satisfatórios, expressando um comportamento esperado com o aumento da
resistência à compressão do concreto, aumento da espessura da chapa de aço e aumento da
porcentagem de carga permanente em relação à carga total da estrutura.
Os resultados obtidos pelo método de Ari de Paula adaptado não se mostraram
satisfatórios, uma vez que o aumento da resistência à compressão de concreto acarretou a um
grande aumento na confiabilidade estrutural. Isso se mostra incoerente, pois chega a certo
ponto que o aumento da resistência à compressão do concreto não ocasionaria no aumento da
confiabilidade porque a estrutura romperia pelo escoamento do aço.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Beck, A. T. (2010) “Confiabilidade Estrutural”, Curso de confiabilidade estrutural, Escola de


Engenharia de São Carlos, USP, SP, 214p.
Lima, E. C. P.; Sagrilo, L. V. S., 2002. Programa de Engenharia Civil. Laboratório de
Confiabilidade, Risco e Análise Aleatória. Fundação COPPETEC COPPE/UFRJ, Rio de
Janeiro, 89p.
Machado, A. P. (2002). Reforço de estrutura de concreto armado com fibras de carbono. São
Paulo, Editora Pini, p. 282.
Saraiva, J. M. F. (1997) “A Utilização de Redes Neurais em Conjunto com o Método de
Monte Carlo na Análise da Confiabilidade de Estruturas”, Doutorado, Engenharia Civil,
COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, 159p.
Souza, V. C. M.; Ripper, T. (1998) “Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de
Concreto”, Editora Pini Ltda, 1a ed., São Paulo, pp. 148-152, pp. 181-208.

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