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Projeto – Produtividade em Pesquisa - PQ

CNPq

Projeto de Pesquisa

Confiabilidade de Estruturas de Concreto

Descrição Detalhada

Mauro de Vasconcellos Real


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Documento de Descrição Detalhada

Sumário
Resumo..............................................................................................................03
1. Introdução......................................................................................................04
2.Estado da arte................................................................................................08
2.1 – Trabalhos de outros autores...................................................................08
2.2 - Trabalhos do autor...................................................................................12
3. Objetivos........................................................................................................14
4. Metodologia...................................................................................................14
5. Resultados esperados..................................................................................15
6. Colaboradores...............................................................................................16
7. Cronograma...................................................................................................17
8. Referências bibliográficas...........................................................................17
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Resumo
O projeto de estruturas de concreto consiste na determinação das dimensões dos elementos e
da quantidade e disposição das armaduras, para que não seja atingido um estado limite. A
estrutura não deve atingir nem um estado limite último, que corresponderia à ruína ou ao
colapso; nem um estado limite de serviço, que tornaria inviável a sua utilização. A confiabilidade
de um projeto é a medida da segurança de que um determinado estado limite não será atingido.
O projeto de uma estrutura requer o conhecimento de sua geometria, das propriedades
mecânicas dos materiais e das cargas atuantes. Contudo, existe sempre alguma incerteza sobre
os valores das propriedades dos materiais e sobre as dimensões finais da estrutura, após a sua
construção. Além disso, o valor máximo da carga que atuará sobre a estrutura também não pode
ser previsto com exatidão. Logo, as principais grandezas envolvidas no projeto são, na realidade,
variáveis aleatórias. Uma combinação desfavorável destas variáveis pode levar a estrutura a
atingir um estado limite último ou de serviço. A este evento está associada uma probabilidade,
chamada de probabilidade de falha. A confiabilidade do projeto de uma estrutura é dada pela
probabilidade complementar da probabilidade de falha. A confiabilidade também pode ser medida
através do índice de confiabilidade β. Quanto maior o índice de confiabilidade, menor a
probabilidade de falha. O objetivo principal desta pesquisa é determinar a confiabilidade obtida no
projeto de estruturas de concreto. Em especial será analisada a confiabilidade das
recomendações de projeto da norma brasileira NBR-6118:2014, Projeto de Estruturas de
Concreto. Especificamente, serão estudados os critérios de projeto para lajes, vigas e pilares de
concreto. Este estudo é especialmente necessário agora, pois, após 11 anos em vigor, a norma
NBR-6118:2003, Projeto de Estruturas de Concreto foi revista e atualizada, resultando na NBR-
6118:2014. Embora outras normas internacionais, como o ACI-318 e o Código Modelo FIB-2010,
possuam numerosos estudos sobre a confiabilidade de seus métodos de projeto, não existe
ainda um estudo mais extenso sobre a confiabilidade da nova NBR-6118:2014. A metodologia a
ser empregada consiste, em primeiro lugar, no desenvolvimento de programas de elementos
finitos para a análise não-linear de lajes, vigas e pilares de concreto armado e protendido. Estes
modelos, depois de calibrados com resultados experimentais, servirão para prever o
comportamento destas estruturas e avaliar seu desempenho em serviço e sua carga de ruptura.
Aplicando-se o método de simulação de Monte Carlo, os parâmetros da estrutura são gerados
aleatoriamente, e, através do modelo numérico, é obtida a resposta da estrutura para estas
variáveis. Após a realização de inúmeras simulações, é feita uma análise estatística para se
determinar a probabilidade de falha e o correspondente índice de confiabilidade. No Método de
Monte Carlo com Amostragem por Importância, é introduzida uma ponderação nas variáveis
aleatórias geradas, de forma a acelerar a convergência das simulações, para a determinação da
probabilidade de falha. O Método do Segundo Momento de Primeira Ordem (FOSM) é
empregado quando não se conhece completamente a distribuição de probabilidade dos
parâmetros da estrutura, mas são conhecidos os seus dois primeiros momentos: a média e o
desvio padrão. O Método de Confiabilidade de Primeira Ordem (FORM) é empregado quando as
variáveis aleatórias possuem distribuição normal, ou podem, através de uma transformação
matemática, ser convertidas em uma distribuição normal equivalente. Outras técnicas de
avaliação da confiabilidade como o Método de Confiabilidade de Segunda Ordem (SORM),
Método da Superfície de Resposta (RSM) e Simulações de Monte Carlo com Entropia-Cruzada
também serão estudados quando necessário. Os seguintes resultados são esperados desta
pesquisa: modelos de elementos finitos para representar o comportamento de lajes, vigas e
pilares de concreto armado e protendido; desenvolvimento de ferramentas numéricas para a
avaliação da confiabilidade de estruturas de concreto; avaliação do índice de confiabilidade
atingido no projeto de lajes, vigas e pilares de concreto armado segundo a norma NBR-
6118:2014.
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1. Introdução

O projeto de estruturas de concreto consiste na determinação das


dimensões das peças e da quantidade e disposição das armaduras, para que
não seja atingido um estado limite. A estrutura não deve atingir nem um estado
limite último, que corresponderia à ruína ou ao colapso; nem um estado limite de
serviço, que tornaria inviável a sua utilização (ARAÚJO, 2014).
O projeto de uma estrutura requer o conhecimento de sua geometria, das
propriedades mecânicas dos materiais e das cargas atuantes. Contudo, existe
sempre alguma incerteza sobre que valores apresentarão as propriedades dos
materiais e quais serão as dimensões finais da estrutura, após a sua
construção. Além disso, o valor máximo da carga, durante a vida útil da
estrutura, não pode ser previsto com exatidão.
Portanto, as principais grandezas envolvidas no projeto são, na realidade,
variáveis aleatórias, que possuem uma determinada distribuição de
probabilidade. Logo, a própria resposta da estrutura a um carregamento será
também uma variável aleatória, conforme ilustrado pela Figura 1.

Figura 1 – Variabilidade da resposta de uma estrutura.

Uma combinação desfavorável destas variáveis pode levar a estrutura a


atingir um estado limite último ou de serviço. A este evento está associada uma
probabilidade, chamada de probabilidade de falha. A Figura 2 ilustra as
distribuições de probabilidade da resistência da estrutura e da carga (ação)
. Na região em preto existe a possibilidade de a carga superar a resistência da
estrutura.
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A confiabilidade de um projeto é a medida probabilística da segurança de


que um determinado estado limite não será atingido (MELCHERS, 1999; ANG e
TANG, 1984).

Figura 2 – Distribuições de probabilidade de S e de R

A medida da confiabilidade do projeto de uma estrutura é dada pela


probabilidade complementar da probabilidade de falha, ou seja,

PC = 1,0 − PF , (1)

onde PC é a probabilidade associada a confiabilidade e PF é a probabilidade de


falha.
A confiabilidade também pode ser medida através do índice de
confiabilidade β . Talvez a definição mais simples de índice de confiabilidade
seja aquela associada à margem de segurança (ANG e TANG, 1984).
Definindo-se a variável aleatória margem de segurança M , como sendo
a diferença entre a resistência R da estrutura e a ação S à qual a estrutura é
submetida, ou seja,
M = R−S, (2)

uma vez fixadas as distribuições de R e de S , é possível determinar a


distribuição da variável M . Sendo µ M a média da margem de segurança, e
σ M o seu desvio padrão, o índice de confiabilidade β será dado por:
µ
β= M . (3)
σM
A probabilidade de falha para uma estrutura será calculada através da
equação:
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PF = Φ(− β ) , (4)

onde Φ é a função distribuição de probabilidade acumulada da variável margem


de segurança padronizada, dada por:
M − µM
m= . (5)
σM

Conclui-se, então, que quanto maior for o índice de confiabilidade de uma


estrutura, em relação a certo estado limite, menor será a sua probabilidade de
falha em relação a este estado limite. Este parâmetro é útil, portanto, para se
poder comparar o nível de segurança atingido no projeto de diversas estruturas
com relação a um determinado estado limite.
A Figura 3 serve para mostrar a relação entre β e a probabilidade de
falha PF , onde m é a margem de segurança padronizada.

Figura 3 – Índice de confiabilidade β

O problema foi exposto acima para o caso simples de apenas duas


variáveis R e S. Porém, a confiabilidade de um sistema de engenharia pode
envolver diversas variáveis. O problema capacidade versus demanda deve
então ser estabelecido de forma mais generalizada. O problema da
confiabilidade pode ser formulado em termos das variáveis básicas de projeto:
(X1,X2,...,Xn).
A performance ou não do sistema pode ser estabelecida na forma de
uma função performance ou função de estado limite, dada na forma:

=g ( X) g=
( X 1 , X 2 ,..., X n ) 0 (6)

Onde: X = (X1,X2,...,Xn) é o vetor de variáveis básicas de estado ou de


projeto, do sistema.
Assim, tem-se três situações possíveis:
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(7)
A função estado limite, g(X)=0, é uma superfície n-dimensional, chamada
superfície de falha, conforme mostrado na Figura 4.

Figura 4 – Superfície de falha g(X)=0, para o caso bidimensional.

Pode, então, ser demonstrado que, para o caso n-dimensional, a


determinação do do índice de confiabilidade β equivale a encontrar a menor
distância entre a superfície de falha, g(X)=0, e a origem do sistema de
coordenadas formado pela variáveis padronizadas xi’, com a restrição de que o
ponto correspondente à menor distância xi’*, satisfaça a função estado limite, ou
seja, g(xi’*)=0 (ANG e TANG, 1984). Esta situação é ilustrada pela Figura 5.

Figura 5 – Índice de confiabilidade β como a menor distância da origem à


superfície de falha.
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Então, objetivo principal desta pesquisa é determinar o índice de


confiabilidade obtido no projeto de estruturas de concreto. Em especial será
analisada a confiabilidade das recomendações de projeto da norma brasileira
NBR-6118:2014: Projeto de Estruturas de Concreto (ABNT, 2014).
Especificamente, serão estudados os critérios de projeto para lajes, vigas e
pilares de concreto armado e protendido.
Este estudo é especialmente necessário agora, pois, após 11 anos em
vigor, a norma NBR-6118:2003, Projeto e Execução de Obras de Concreto
Armado (ABNT, 2003) foi revista e atualizada. A nova norma, NBR-6118:2014,
trouxe significativas alterações nas recomendações de projeto para estruturas
de concreto simples, concreto armado e concreto protendido. Entre estas
recomendações destacam-se os critérios para o projeto de estruturas de
concreto de alta resistência (fck>50MPa).
Embora outras normas internacionais, como o ACI-318 (ACI, 2011) e o
Código Modelo FIB-2010 (FIB, 2012), possuam numerosos estudos sobre a
confiabilidade de seus métodos de projeto; ver, por exemplo, NOWAK e
SZERSZEN (2003); não existe, até o momento, um estudo mais extenso sobre
a confiabilidade da nova NBR-6118:2014.
Deve-se salientar que a nova norma NBR-6118:2014 contém disposições
de projeto extraídas do Código Modelo FIP-2010, da norma americana ACI-318,
e mais alguns preceitos definidos por projetistas e pesquisadores brasileiros.
Embora estes critérios de projeto tenham a sua confiabilidade testada em seus
códigos de origem, a confiabilidade de sua adoção de forma combinada ainda
não foi avaliada.
As recomendações para o projeto de estruturas de concreto de alta
resistência foram inseridas pela primeira vez em uma norma brasileira na NBR-
6118:2014. Embora, devidamente testadas no exterior, a confiabilidade destes
critérios de projeto precisa ser avaliada com a utilização de materiais,
dimensões e cargas usualmente empregados no Brasil.
Somente depois de estabelecidos os índices de confiabilidade para os
critérios de projeto da NBR-6118:2014, será possível comparar o seu nível de
segurança com aqueles alcançados por outras normas. Além disso, por ocasião
de futuras revisões desta norma, será possível avaliar se as modificações
introduzidas levam a uma redução ou a um aumento da confiabilidade.

2.Estado da arte

2.1. Trabalhos de outros autores

Os princípios fundamentais e os principais métodos de solução de problemas de


confiabilidade do projeto de estruturas encontram-se nos livros, já clássicos, de
ANG e TANG (1984), MELCHERS (1999) e DITLEVSEN e MADSEN (1996).
Mais recentemente tem-se os livros de HALDAR e MAHADEVAN (2000);
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AYYUB e McCUEN (2011), NOWAK e COLLINS (2012) e o de EL-REEDY


(2012).
Uma série de artigos, publicados a partir do ano 2000, trouxeram
contribuições relevantes para o estudo da confiabilidade de estruturas de
concreto.
ARAÚJO (2001) realizou uma análise probabilística de pilares de
concreto armado através do método dos elementos finitos. As propriedades do
concreto foram representadas como campos aleatórios gaussianos
homogêneos. A tensão de escoamento e a posição da armadura, as dimensões
da seção transversal do pilar e carga axial foram consideradas como variáveis
aleatórias. O método de Monte Carlo foi utilizado para obter os valores
esperados e desvios-padrão da carga de ruptura. O método de coeficientes de
segurança parciais foi utilizado para o projeto dos pilares e a segurança
estrutural foi avaliada por meio do índice de confiabilidade, o que foi obtido por
meio de simulações. Os efeitos dos principais parâmetros sobre o índice de
confiabilidade foram investigados. Mostrou-se que o comprimento de correlação
dos campos aleatórios para propriedades do concreto pode ter um efeito
significativo sobre a confiabilidade. Concluiu afirmando que procedimentos
simplificados, que não consideram as variações espaciais das propriedades do
concreto são impróprios para análise de segurança.
Em 2003, NOWAK e SZERSZEN (NOWAK e SZERSZEN,2003;
SZERSZEN e NOWAK, 2003) apresentaram a calibração da norma americana
de projeto de estruturas de concreto ACI-318 em dois trabalhos. No primeiro
artigo, o foco foi centrado no desenvolvimento de modelos de capacidade
resistente. O segundo trabalho tratou da análise de confiabilidade e seleção de
fatores de resistência. Os tipos estruturais considerados neste estudo incluíram
vigas, lajes e pilares. A análise foi
realizada para elementos de concreto armado e protendido.
Uma ampla gama de materiais foi coberta: concreto comum, de alta resistência,
concreto leve, barras de armadura, e dois tipos de cabos de protensão. A
análise de confiabilidade requer o conhecimento dos parâmetros estatísticos
para carga e resistência. Modelos de resistência encontram-se descritos no
primeiro artigo (NOWAK e SZERSZEN,2003). Além dos parâmetros de
materiais determinados com base nos novos resultados de ensaios, os
parâmetros utilizados em estudos anteriores (1970) foram considerados. Os
modelos de carregamento foram baseados nos dados disponíveis na literatura.
Índices de confiabilidade foram calculados usando várias combinações de
carga: a combinação de base de carga permanente e carga variável, e outras
combinações com neve, vento e terremotos para os dois modelos de resistência
considerados (banco de dados mais velho e base de dados de materiais
atualizada). Os valores resultantes do índice de confiabilidade calculados para a
antiga base de dados e modelos de carga de anteriores, e potenciais
consequências de falha, serviram de base para a seleção do índice de
confiabilidade alvo. Para cada tipo de elemento estrutural e cada combinação de
carga, vários valores possíveis do fator de redução de resistência foram
considerados (arredondado para o mais próximo de 0,05). Os valores
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recomendados proporcionaram um ajuste aproximado aos níveis de


confiabilidade alvo.
DINIZ e FRANGOPOL (2003) estudaram a confiabilidade de pilares
esbeltos de concreto de alta resistência, incluindo os efeitos de longo prazo de
cargas de longa duração. Como a maioria das variáveis envolvidas no projeto de
pilares (as propriedades do material, características geométricas, cargas, etc)
são variáveis aleatórias, métodos probabilísticos foram usados na análise. Os
efeitos da resistência à compressão do concreto, da taxa de armadura
longitudinal, excentricidade da carga, e esbeltez na confiabilidade do pilar foram
investigados. Verificou-se que todos esses fatores têm um impacto considerável
sobre a confiabilidade do pilar.
SZERSZEN et al. (2005) realizaram uma análise de confiabilidade de
pilares de concreto armado carregados de forma excêntrica, com base nas
estatísticas atualizadas para as propriedades dos materiais constituintes. Os
parâmetros estatísticos de resistência foram calculados utilizando simulações de
Monte Carlo. Análises de sensibilidade foram realizadas para determinar os
parâmetros de projeto que têm maior influência sobre o índice de confiabilidade.
O fator de redução de resistência necessário foi calculado para um índice de
confiabilidade alvo pré-determinado para atingir o nível aceitável de segurança
estrutural. O fator de redução de resistência para os pilares de concreto armado
foi proposto em um formato conveniente para procedimentos de projeto,
dependendo da deformação no aço e da taxa de armadura.
Nos últimos anos, a aplicação dos conceitos da Teoria da Confiabilidade
na determinação do nível de segurança alcançado no projeto de estruturas de
concreto vem crescendo no Brasil.
DINIZ (2006) apresentou um estudo sobre a confiabilidade estrutural e a
evolução das normas técnicas, destacando a importância da Teoria da
Confiabilidade para a garantia e verificação do nível de segurança das normas
de projeto estrutural.
FERREIRA et al. (2008) procuraram desenvolver limites para o peso de
caminhões que atuam sobre pontes de concreto armado empregando a Teoria
da Confiabilidade. Este trabalho verificou o desempenho das obras-de-arte
especiais sob jurisdição do DER-SP através do índice de confiabilidade β e
obteve equações para a limitação do peso de caminhões de modo a não
comprometer sua integridade estrutural. Foram consideradas as superestruturas
das pontes em concreto armado ou protendido, classes 36 e 45. Os resultados
indicaram restrições à circulação de algumas composições, especialmente ao
rodotrem de 740 kN e 19,8 metros de comprimento. Considerando-se apenas o
estado limite de serviço, as pontes classe 45 apresentaram menores limites de
peso devido à ponderação de ações durante o projeto.
SILVA et al. (2008) estudaram a confiabilidade de tubos de concreto
armado com relação ao estado limite de abertura de fissuras. O estudo mostra
que as formulações da NBR 6118:2003 levam a valores não uniformes para o
índice de confiabilidade, para um mesmo fator de segurança. Isto significa que o
coeficiente de segurança unitário especificado em norma para o estado limite de
fissuração não reflete a incerteza nos parâmetros de resistência do tubo.
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SANTIAGO e BECK (2011) avaliaram a influência da não-conformidade


da resistência à compressão do concreto na confiabilidade de pilares curtos de
concreto armado. Uma consequência da não-conformidade dos concretos é que
a equação teórica de norma, que relaciona a resistência média com o valor
característico especificado em projeto, não pode ser utilizada na análise de
confiabilidade. Utilizando uma equação equivalente, determinada a partir dos
resultados experimentais, verificou-se uma redução significativa da
confiabilidade dos pilares curtos em função da não-conformidade dos concretos.
Estes resultados reforçam a necessidade de um controle rigoroso no
recebimento do concreto, bem como na aplicação das medidas de mitigação no
caso dos concretos não-conformes.
CORELHANO et al. (2012) determinaram a confiabilidade de edifícios
com relação ao estado limite de máximo deslocamento horizontal. A
confiabilidade de três edifícios típicos (de 4, 8 e 12 andares) foi analisada,
utilizando-se os modelos simplificados e a análise não-linear física dita rigorosa.
Os resultados mostraram que o modelo 70/70 (penalização de rigidez pilar/viga)
é menos conservador e mais preciso do que o modelo 80/40. Os resultados
mostraram ainda que os critérios de verificação da norma ABNT NBR-
6118:2003 para estado limite de serviço de deslocamentos horizontais (tendo
em vista fissuração da alvenaria pelas prescrições da ACI 435.3R-68(1984) são
conservadores, e resultam em índices de confiabilidade superiores aqueles
sugeridos no EUROCODE para estados limites de serviço irreversíveis.
RIBEIRO e DINIZ (2013) apresentaram uma contribuição para o
desenvolvimento de recomendações de projeto semiprobabilísticas para vigas
de concreto armadas com PRF. Para este fim, os níveis de segurança implícitos
nas recomendações de projeto de 81 vigas de concreto reforçadas com PRF
projetados de acordo com a norma ACI-440 (2006) foram avaliados. Simulações
de Monte Carlo foram utilizadas no cálculo da probabilidade de falha das vigas
projetadas no que se refere à resistência à flexão. Especial atenção foi dada ao
processo determinístico para o cálculo da resistência de vigas de concreto
armadas com PRF. Foram discutidos os efeitos de vários parâmetros nos níveis
de confiabilidade implícitos.
LIBERATI et al. (2014) analisaram a influência da corrosão da armadura
na capacidade resistente à flexão de vigas de concreto armado empregando a
Teoria da Confiabilidade. Neste trabalho, os procedimentos descritos pela ABNT
NBR-6118:2003 para o dimensionamento de vigas em concreto armado foram
avaliados por meio de análises probabilísticas. O tempo de início da corrosão
das armaduras via penetração de íons cloreto também foi analisado a partir do
cálculo de probabilidades de ocorrência desse estado limite. Por fim, as leis de
Fick e Faraday foram utilizadas para a análise da perda de seção transversal de
armaduras do elemento estrutural em estudo, submetido à penetração de íons
cloreto ao longo do tempo. Para a determinação das probabilidades de falha, o
método de simulação de Monte Carlo foi utilizado. São apresentados alguns
exemplos que mostram a direta influência do fator água/cimento e do ambiente
agressivo ao qual o elemento estrutural está inserido na avaliação final
probabilidade de falha.
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2.2 – Trabalhos do autor

O interesse do autor pelo tema da confiabilidade teve início com sua tese
de doutorado, em que desenvolveu um modelo para análise probabilística de
estruturas de concreto, sob estado plano de tensão, através do método dos
elementos finitos (REAL, 2000; REAL et al., 2003). Neste trabalho determinou-
se que a variabilidade da resposta de vigas é maior na região em torno da carga
de fissuração. Para as vigas com ruptura por flexão e escoamento da armadura
foram obtidos elevados índices de confiabilidade. Já para os pilares, a
variabilidade da resposta cresce com o aumento da carga e do comportamento
não-linear do concreto comprimido. A confiabilidade obtida para os pilares foi
menor que a das vigas, pois os pilares normalmente rompem por esmagamento
do concreto, material de maior variabilidade que o aço.
Sobre a confiabilidade do projeto de vigas segundo a norma NBR-
6118:2003 foi desenvolvido um estudo por REAL e ARAÚJO (2002). A partir do
estudo realizado, concluiu-se que o projeto usual das vigas de concreto armado
leva a diferentes níveis de segurança quanto aos estados limites de utilização.
Em geral, a confiabilidade relativa ao estado limite de fissuração inaceitável é
bastante alta, não sendo este um estado limite determinante para o projeto. Por
outro lado, a confiabilidade referente ao estado limite de deformações
excessivas é a mais baixa. Isto ocorre porque, em todos os exemplos
estudados, o fator determinante para a escolha da altura da seção transversal
das vigas foi a verificação da flecha.
A confiabilidade de pilares projetados segundo a norma NBR-6118:2003
foi também avaliada por ARAÚJO e REAL (2002).Este estudo mostrou que a
confiabilidade de pilares de concreto armado depende de vários parâmetros,
como o valor de projeto da carga aplicada, a excentricidade de primeira ordem,
o índice de esbeltez, a variabilidade das propriedades do concreto, a
variabilidade das cargas e a duração das mesmas. Em geral, a confiabilidade
aumenta com o crescimento da área de aço obtida no projeto. Os índices de
confiabilidade, β , obtidos para a situação de carga de longa duração foram
menores que os determinados para a carga de curta duração. Isto se deve ao
fato de a NBR-6118:2003 não exigir a inclusão do efeito da fluência no
dimensionamento de pilares com λ ≤ 90 .
REAL et al. (2002) analisaram a confiabilidade do dimensionamento de
seções de concreto armado submetidas à flexo-compressão oblíqua. Neste
trabalho foram elaborados ábacos relacionando o dimensionamento na flexo-
compressão oblíqua de acordo com a NBR-6118:2003 com o índice de
confiabilidade atingido no mesmo.
No que se refere a lajes de concreto armado, em 2003, o autor concluiu a
orientação da dissertação de mestrado em Engenharia Oceânica intitulada:
“Estudo da solução laje de concreto armado sobre base elástica para
pavimentos portuários através do método dos elementos finitos”, elaborada por
Charlei Marcelo Paliga (PALIGA, 2003; PALIGA e REAL, 2005). Nesta
dissertação foi desenvolvido um modelo de elementos finitos para análise não-
linear física e geométrica de lajes de concreto armado sobre uma base elástica
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contínua. Contudo, uma análise de confiabilidade do projeto de lajes de


concreto armado ainda necessita ser feita.
Outro problema importante no que se refere à segurança de estruturas de
concreto armado é o projeto de reforço de vigas com laminados de fibras de
carbono. No Brasil ainda não há uma norma específica da ABNT, para o projeto
deste tipo de reforço. Para que esta norma seja elaborada, é necessário um
estudo da confiabilidade dos diversos critérios de projeto de reforço existentes.
O autor coorientou uma tese de doutorado sobre este assunto junto ao
PPGEC-UFRGS, com o Prof. Dr. Américo Campos Filho. Nesta tese, além de
ser desenvolvido um modelo de elementos finitos para análise de vigas
reforçadas com laminados de fibras de carbono, foi feita uma análise da
confiabilidade das diversas metodologias disponíveis para o projeto de reforço
com laminados de fibra de carbono (PALIGA, 2008).
Entre os trabalhos já realizados sobre a análise probabilística de vigas
reforçadas com laminados de fibra de carbono podem ser citados PALIGA et al.
(2007a e 2007b) e PALIGA et al. (2010). Dentro desta linha de pesquisa
também se originaram os trabalhos de PALIGA et al. (2011); PALIGA et al.
(2012), PALIGA et al. (2013) e PINHEIRO e REAL (2013), todos referentes ao
estudo a confiabilidade de vigas de concreto armado após a realização de
reforço estrutural.
O autor também concluiu a orientação da dissertação de mestrado de
Fábio Costa Magalhães, junto ao Programa de Pós-graduação em Engenharia
Oceânica, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, que trata da Análise
Probabilística do concreto empregado na construção do dique seco do Estaleiro
Rio Grande, na cidade de Rio Grande – RS. Este trabalho teve por objetivo a
determinação das propriedades estatísticas do concreto utilizado em uma
grande obra, para fins de determinação da confiabilidade de estruturas de
concreto (MAGALHÃES e REAL, 2011). Mais recentemente o autor orientou
uma dissertação de mestrado sobre a análise estatística e o estudo da
conformidade do concreto utilizado em obras portuárias (LARROSSA et al.,
2014).
Em 2014, o autor concluiu a coorientação com o Prof. Dr. Luiz Carlos
Pinto da Silva Filho, de uma tese de doutorado sobre o efeito da não-
conformidade do concreto na confiabilidade de pilares de concreto armado,
junto ao PPGEC-UFRGS (MAGALHÃES et al., 2013; MAGALHÃES, 2014;
MAGALHÃES et al., 2015).
Finalmente, encontra-se em andamento a coorientação com o Prof. Dr.
Américo Campos Filho, junto ao PPGEC-UFRGS, de uma dissertação de
mestrado sobre a confiabilidade no projeto de pilares de concreto de alta
resistência, projetados de acordo com as recomendações da NBR-6118:2014.
Estes trabalhos formam a base para o desenvolvimento de futuros
estudos sobre a confiabilidade de estruturas de concreto.
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3. Objetivos
O objetivo principal desta pesquisa é determinar o índice de
confiabilidade obtido no projeto de estruturas de concreto. Em especial será
analisada a confiabilidade das recomendações de projeto da norma brasileira
NBR-6118:2014: Projeto de Estruturas de Concreto (ABNT, 2014).
Especificamente, serão estudados os critérios de projeto para lajes, vigas e
pilares de concreto armado e protendido, tanto para os estados limites últimos
como para os estados limites de serviço.

Os objetivos específicos desta pesquisa são:


I – Pesquisa bibliográfica continuada;
II – Desenvolvimento de programas de elementos finitos para análise de lajes,
vigas e pilares de concreto;
III – Aplicação do Método de Monte Carlo na determinação da confiabilidade de
estruturas de concreto;
IV – Estudo da Técnica de Amostragem por Importância para acelerar a
convergência do método de Monte Carlo;
V - Aplicação do Método de Confiabilidade de Primeira Ordem (FORM) no
estudo da confiabilidade de estruturas de concreto;
VI – Estudo de outras técnicas de avaliação da confiabilidade como o Método de
Confiabilidade de Segunda Ordem, Método da Superfície de Resposta e
Simulação de Monte Carlo com Entropia-Cruzada.
VII – Avaliação da confiabilidade de lajes, vigas e pilares de concreto armado e
protendido projetados de acordo com a NBR-6118:2014;
VIII – Comparação da confiabilidade dos critérios de projeto da norma NBR-
6118:2014, com aquela alcançada por outras normas, em especial a norma
americana ACI-318 e o Código Modelo FIB-2010;
IX - Publicação e divulgação dos resultados artigos de congresso e revistas
nacionais e internacionais.

4. Metodologia

A base da pesquisa está no desenvolvimento de programas de elementos


finitos para a análise não-linear de lajes, vigas e pilares de concreto armado e
protendido. Este modelo, depois de calibrado com resultados experimentais,
servirá para prever o comportamento destas estruturas sob carga de serviço e
avaliar a sua carga de ruptura (HINTON e OWEN, 1988; REAL, 2000).
Aplicando-se o Método de Simulação de Monte Carlo, os parâmetros da
estrutura são gerados aleatoriamente, e, através do modelo numérico, é obtida
a resposta da estrutura para estas variáveis. Após a realização de inúmeras
simulações, é feita uma análise estatística para se determinar a probabilidade
de falha e o correspondente índice de confiabilidade (ANG e TANG, 1984,
MELCHERS, 1999).
No Método de Monte Carlo com Amostragem por Importância, é
introduzida uma ponderação nas variáveis aleatórias geradas, de forma a
15

acelerar a convergência das simulações, para a determinação da probabilidade


de falha (RUBINSTEIN e KROESE, 2008).
O Método do Segundo Momento de Primeira Ordem (FOSM) é
empregado quando não se conhece completamente a distribuição de
probabilidade dos parâmetros da estrutura, mas são conhecidos os seus dois
primeiros momentos: a média e o desvio padrão (MELCHERS, 1999).
O Método de Confiabilidade de Primeira Ordem (FORM) é empregado
quando as variáveis aleatórias possuem distribuição normal, ou podem, através
de uma transformação matemática, serem convertidas em uma distribuição
normal equivalente (NOWAK e COLLINS, 2012).
Além dos métodos clássicos descritos acima, é possível empregarem-se
outros métodos para a determinação da confiabilidade de uma estrutura.
O Método de Confiabilidade de Primeira Ordem (FORM) considera a
superfície de resposta como um hiperplano no ponto de falha, desprezando sua
curvatura. O Método de Confiabilidade de Segunda Ordem (SORM) busca a
aperfeiçoar o FORM, introduzindo informações adicionais sobre a curvatura da
superfície de resposta junto ao ponto de falha, incluindo derivadas de segunda
ordem desta função na formulação (HALDAR e MAHADEVAN, 2000).
O Método da Superfície de Resposta consiste em obter uma aproximação
da superfície de falha a partir de uns poucos pontos obtidos através de
simulações, para, a partir daí, estimar o índice de confiabilidade ou a
probabilidade de falha. Este método encontra dificuldades com problemas cuja
superfície de falha seja altamente não-linear ou que seja dependente de muitas
variáveis básicas, exigindo alguns aperfeiçoamentos (ROUSSOULY et al.,
2012).
O Método da Entropia-Cruzada (Cross-Entropy) é uma técnica
relativamente nova de simulação de Monte Carlo, que fornece um procedimento
adaptativo, para se encontrar a forma ótima da distribuição de probabilidade das
variáveis para amostragem por importância. Este método permite acelerar a
convergência do Método de Monte Carlo na estimativa de probabilidade de falha
de eventos raros (RUBINSTEIN e KROESE, 2008).

5. Resultados esperados

Com esta metodologia, os seguintes resultados são esperados nesta


pesquisa:

• Modelos de elementos finitos para representar o comportamento de


lajes, vigas e pilares de concreto armado.
• O desenvolvimento de ferramentas numéricas para a avaliação da
confiabilidade de estruturas de concreto.
• A determinação do índice de confiabilidade atingido no projeto de lajes
de concreto armado e protendido, de acordo com a norma NBR-
6118:2014, para o estado limite último e para o estado limite de
serviço.
16

• A avaliação do índice de confiabilidade obtido no projeto de vigas de


concreto armado e protendido, conforme a norma NBR-6118:2014,
para o estado limite último, e para o estado limite de serviço.
• A aferição do índice de confiabilidade alcançado no projeto de pilares
de concreto armado segundo a norma NBR-6118:2014, para os
estados limites últimos de ruína e de instabilidade do equilíbrio.
• Orientação de trabalhos de iniciação científica no curso de Engenharia
Civil, da Universidade Federal do Rio Grande, FURG, sobre
confiabilidade estrutural, onde o autor atua como professor.
• Orientação de dissertações de mestrado sobre confiabilidade
estrutural no Programa de Pós-graduação em Engenharia Oceânica,
da FURG, onde o autor atua como professor da disciplina
Confiabilidade em Engenharia Oceânica, e como orientador de
dissertações.
• Orientação de dissertações de mestrado sobre confiabilidade
estrutural no Programa de Pós-graduação em Modelagem
Computacional, da FURG, onde o autor atua como professor da
disciplina Mecânica dos Sólidos Computacional, e como orientador de
dissertações.
• Coorientação de dissertações de mestrado e de doutorado junto ao
Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
• Publicação de artigos em revistas e congressos nacionais e
internacionais.

6. Colaboradores

• Prof. Dr. Américo Campos Filho – PPGEC-URGS


• Profa. Dra. Sofia Maria Carrato Diniz – PPGEC-UFMG
• Prof. Dr. José Milton de Araújo – EE- FURG
• Prof. Dr. Luis Carlos Pinto da Silva Filho – PPGEC-UFRGS
• Prof. Dr. Daniel Domingues Loriggio – PPGEC-UFSC
• Prof. Dr. Charlei Marcelo Paliga – FAURB-UFPEL
• Prof. MSc. Márcio Wrague Moura – EE-FURG – Doutorando – PPGEC-
UFSC
17

7. Cronograma

I – Pesquisa bibliográfica continuada;


II – Desenvolvimento de programas de elementos finitos para análise de
lajes, vigas e pilares de concreto;
III – Aplicação do Método de Monte Carlo na determinação da
confiabilidade de estruturas de concreto;
IV – Estudo da técnica de amostragem por importância para acelerar a
convergência do método de Monte Carlo;
V – Aplicação do Método de Confiabilidade de Primeira Ordem no estudo
da confiabilidade de estruturas de concreto;
VI – Estudo de outras técnicas de avaliação da confiabilidade como o
Método de Confiabilidade de Segunda Ordem, Método da Superfície de
Resposta e Simulação de Monte Carlo com Entropia-Cruzada.
VII – Avaliação da confiabilidade de lajes, vigas e pilares de concreto
armado projetados de acordo com a NBR-6118:2014;
VIII – Comparação da confiabilidade dos critérios de projeto da norma
NBR-6118:2014, com aquela alcançada por outras normas, em especial a
norma americana ACI-318 e o Código Modelo FIB-2010;
IX - Publicação e divulgação dos resultados.

OBJE- 1o ANO 2o ANO 3o ANO


TIVO 1 trim 2 trim 3 trim 4 trim 1 trim 2 trim 3 trim 4 trim 1 trim 2 trim 3otrim 4otrim
o o o o o o o o o o

I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX

8. Referências

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