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Módulo - Aquisição de bens e serviços (SNC-AP)

NCP 10 INVENTÁRIOS
MARIA DA CONCEIÇÃO MARQUES, PHD
MMARQUES@ISCAC.PT

Objetivos
Um aspeto primordial na contabilização dos inventários é a quantia do custo a
reconhecer como ativo e a sua manutenção como tal até que os rendimentos
relacionados sejam reconhecidos. Esta Norma proporciona orientação prática
para a determinação do custo e o seu subsequente reconhecimento como
gasto, incluindo qualquer redução para o valor realizável líquido. Também
proporciona orientação nas fórmulas de custeio que sejam usadas para atribuir
custos aos inventários.

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Objetivos
Os inventários adquiridos (mercadorias e matérias primas), são registados
inicialmente pelo custo, em contas de compras (31), sendo que são
subsequentemente reconhecidos como gastos, aquando da sua venda
(mercadorias) ou do seu consumo (matérias primas).

Objetivos
Como tal o custo do ativo (stock) mantém-se até que os rendimentos
relacionados ocorram (venda ou produção). No caso de venda e de acordo com
o parágrafo 31 da NCP 13 – Rendimento de Transações com Contraprestação, o
rendimento e os gastos que se relacionem com a mesma transação são
reconhecidos simultaneamente (Balanceamento entre rendimentos e gastos).

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Objetivos
Cumpridos os critérios de reconhecimento de venda nos termos da NCP 13
(movimento da conta 71), o gasto da mercadoria vendida é em simultâneo
registado (conta 61).

No caso das matérias-primas em stock, são reconhecidas como gasto aquando


do consumo para a produção e o balanceamento com o rendimento efetua-se
por conta de Variação de Produção (73), a qual é mensurada ao custo dos
fatores.

Definições
Valor realizável líquido - É o preço de venda estimado no decurso normal da
atividade da entidade, menos os custos estimados de acabamento e os custos
estimados necessários para realizar a venda, troca ou distribuição.

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Definições
Justo valor - É o valor realizável líquido e refere-se à quantia líquida que uma
entidade espera realizar com a venda do inventário no decurso normal das
operações. O justo valor reflete a quantia pela qual o mesmo inventário poderia
ser trocado no mercado entre compradores e vendedores conhecedores,
independentes e dispostos a transacionar.

Definições
Custo de reposição corrente

É o custo que a entidade suportaria para adquirir o ativo à data de relato.

O conceito de Valor realizável líquido é aplicável à avaliação de imparidades de inventários para


venda, enquanto o conceito do custo de reposição corrente é aplicável à avaliação de
imparidade de Inventários para consumo.

O conceito de Justo valor reflete uma quantia indicativa de mercado, enquanto o valor realizável
líquido é um valor específico associado a uma entidade.

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Reconhecimento

Reconhecimento
Os inventários nas entidades públicas podem incluir:
o Artigos consumíveis;
o Materiais de manutenção;
o Peças de reserva para equipamentos que não sejam as tratadas em normas
sobre ativos fixos tangíveis;
o Munições;
o Reservas estratégicos (por exemplo, reservas de energia);

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Reconhecimento
o Reservas de moeda não colocada em circulação;

oProdutos de serviços postais detidos para venda (por exemplo, selos);


o Trabalhos em curso, incluindo:
o Materiais para cursos de formação/educação; e
o Prestações de serviços em curso.

o Terrenos e edifícios detidos para venda desde que a entidade tenha por objeto a atividade
imobiliária

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Sistema de Inventário Permanente


Informação Disponível
O saldo da conta de inventários reflete as existências em armazém através do registo dos respetivos
movimentos na contabilidade (compras / mercadorias / custo das mercadorias vendidas)
Procedimento
- Contagens físicas dos inventários
- Identificação dos bens quanto à sua natureza, quantidade e custos unitários globais, por forma a
permitir a verificação, a todo o momento, da correspondência entre as contagens físicas e os
respetivos registo contabilísticos)
Relato mensal
- Balanço
- Demonstração de resultados por naturezas
- Anexo às demonstrações financeiras

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Mensuração

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Valor Realizável Líquido


Ações a realizar:
− No final de cada período de relato proceder à esHmaHva do valor realizável líquido e compará-
la com o custo dos inventários;
− No caso do valor realizável líquido ser inferior ao custo, os inventários devem ser reduzidos
para o seu valor realizável líquido;
− Em cada período de relato subsequente é feita uma nova avaliação do valor realizável líquido;
− O ajustamento para o valor realizável líquido pode ser revertido em períodos subsequentes,
mas fica limitado à quantia da redução inicial, de modo a que a nova quantia escriturada seja o
valor mais baixo entre o custo e o valor realizável líquido revisto.

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Mensuração
O custo dos inventários deve incluir todos os custos de compra, custos de transformação e
outros custos suportados para colocar os inventários no seu local e condição atuais.

Os custos de compra de inventários incluem o preço de compra, direitos de importação e


impostos não recuperáveis pela entidade, e custos de transporte, manuseamento e outros
custos diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, de materiais e de
consumíveis. Os descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser
deduzidos para determinar o custo de compra.

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Mensuração
Os custos de transformação incluem os custos diretamente relacionados com as unidades de
produção, tais como mão-de-obra direta.

Incluem também uma imputação sistemática de gastos gerais de produção fixos e variáveis
que sejam suportados para converter matérias-primas em produtos acabados.

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Mensuração
A imputação dos gastos gerais de produção fixos aos custos de transformação é baseada na
capacidade normal das instalações de produção.

A capacidade normal é a produção que se espera atingir, em média, durante um conjunto de


períodos ou de ciclos em circunstâncias normais, tendo em conta a perda de capacidade
resultante da manutenção planeada.

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Mensuração
A quantia de gastos gerais fixos imputada a cada unidade de produção não deve ser
aumentada como consequência de baixa produção ou da existência de instalações ociosas.

Os gastos gerais não imputados devem ser reconhecidos como um gasto no período em que
são suportados.

Em períodos de produção anormalmente alta, a quantia de gastos gerais fixos imputada a cada
unidade de produção deve ser reduzida a fim de que os inventários não sejam mensurados
acima do custo.

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Mensuração
Exemplos de custos excluídos do custo dos inventários e reconhecidos como
gastos no período em que são suportados:
o Quantias anormais de materiais desperdiçados, mão- de-obra ou outros custos
de produção;
o Custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam necessários no
processo de produção antes de uma nova fase de produção;
o Custos gerais administrativos que não contribuam para colocar os inventários
no seu local e condição atuais; e
o Custos de venda.

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Mensuração
De acordo com a NCP 7 – Custos de Empréstimos Obtidos, os custos de
empréstimos podem ser incluídos no custo dos inventários. Tal pode ocorrer
quando o inventário em questão se tratar de um “ativo que se qualifica”. Este
ativo necessita de um período substancial de tempo para ficar disponível para o
uso pretendido ou para venda.

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Mensuração
Uma entidade pode comprar inventários com condições de pagamento
diferido. Se o pagamento for diferido para além das condições normais de
crédito, a diferença entre o equivalente ao preço a dinheiro e o pagamento
total deve ser reconhecida como um juro durante o período de crédito, a menos
que esse juro seja reconhecido na quantia escriturada do bem de acordo com a
NCP 7.

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Mensuração
Nos casos em que os prestadores de serviços tenham inventários, estes devem
ser mensurados pelos custos da respetiva produção. Estes custos consistem
principalmente nos custos de mão-de obra e outros custos com o pessoal
diretamente envolvido na prestação do serviço, incluindo pessoal de
supervisão e gastos gerais imputáveis.

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Mensuração
O custo dos inventários de um prestador de serviço não deve incluir as
margens de lucro, nem os gastos gerais não imputáveis que muitas vezes são
incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços.

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Mensuração
Podem ser usadas técnicas para a mensuração do custo de inventários, tais
como o método do custo padrão ou o método de retalho se os valores obtidos
se aproximarem do custo. Os custos padrão tomam em consideração os níveis
normais de materiais e consumíveis, da mão-de-obra, da eficiência e da
utilização da capacidade produtiva e devem ser regularmente revistos e, se
necessário, ajustados à luz das condições atuais.

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Mensuração
O custo dos inventários de bens que não sejam geralmente intermutáveis e de
bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos, deve ser
apurado através da identificação específica dos respetivos custos individuais.

Os custos dos inventários que sejam geralmente intermutáveis, deve ser


apurado usando por regra a fórmula do custo médio ponderado.

Desde que devidamente fundamentado, poderão ser utilizadas outras fórmulas


de custeio dependendo das circunstâncias específicas da entidade.

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Mensuração
O custo dos inventários pode não ser recuperável se:

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Mensuração
A prática de reduzir o custo dos inventários para o valor realizável líquido é
consistente com a perspetiva de que os ativos não devem ser registados por
quantias superiores aos benefícios económicos futuros ou potencial de serviço
esperados da sua venda, troca, distribuição ou uso.

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Mensuração
Se os contratos de venda respeitarem a quantidades inferiores às quantidades
de inventário detidas, o valor realizável líquido do excesso basear-se-á em
preços gerais de venda. Caso existam contratos firmes de venda com
quantidades superiores às quantidades de inventários detidas ou contratos
firmes de compra, a NCP 15 — Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes proporciona orientação sobre o tratamento de provisões ou
passivos contingentes.

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Mensuração
Os materiais e outros consumíveis detidos para uso na produção de inventários
não são reduzidos abaixo do seu custo se for previsível que os produtos
acabados em que eles serão incorporados vão ser vendidos, trocados ou
distribuídos pelo custo ou acima do custo.

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Mensuração
Em cada período de relato subsequente é feita uma nova avaliação do valor
realizável líquido. Quando as circunstâncias que anteriormente resultaram na
redução do valor dos inventários abaixo do seu custo deixarem de existir ou
quando houver uma clara evidência de um aumento no valor realizável líquido
devido à alteração nas circunstâncias económicas, a quantia da redução deve
ser revertida (a reversão é limitada à quantia da redução original) de modo a
que a nova quantia escriturada seja o valor mais baixo entre o custo e o valor
realizável líquido revisto.

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Mensuração
No caso de inventários vendidos, trocados ou distribuídos em que não exista
rendimento associado, o gasto do inventário é reconhecido quando os bens
forem distribuídos ou o respetivo serviço for prestado.

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Mensuração
Alguns inventários podem ser imputados a outras contas do ativo, como por
exemplo, inventários usados como um componente de ativos fixos tangíveis
construídos para a própria entidade. Os inventários imputados desta forma a
um outro ativo são reconhecidos como um gasto ao longo da vida útil desse
ativo.

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Mensuração

§ 41

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Parágrafo 41 - interpretação
§41, NCP 10
“Quando os inventários são vendidos, trocados ou distribuídos, a quantia escriturada desses
inventários deve ser reconhecida como um gasto do período em que o respe vo rendimento é
reconhecido. Se não existir rendimento relacionado, o gasto deve ser reconhecido quando os
bens forem distribuídos ou o respetivo serviço for prestado. A quantia de qualquer abate de
inventários, assim como todas as perdas de inventários, devem ser reconhecidas como um gasto
no período em que ocorra o abate ou a perda. A reversão de qualquer abate de inventários deve
ser reconhecida como uma redução na quantia de inventários reconhecida como gasto do
período em que a reversão ocorre.”

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Parágrafo 41 - interpretação
Para melhor entendimento do parágrafo, devemos fracioná-lo em quatro partes:
· Parte 1
“Quando os inventários são vendidos, trocados ou distribuídos, a quantia escriturada desses
inventários deve ser reconhecida como um gasto do período em que o respe vo rendimento é
reconhecido.”
No momento da venda ou no abate devemos proceder ao reconhecimento do gasto.
No caso da venda devemos proceder ao seguinte movimento contabilístico:
611/612 a 32/33

No caso de abate ou outro evento que origine a redução dos inventários devemos proceder ao
seguinte movimento contabilístico:
6841/6842/6848 a 382/383/384
382/383/384 a 32/33

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Parágrafo 41 - interpretação
Nota:
Apesar do manual de implementação do SNC-AP (pág. 132) não prever a uHlização da conta
382/383/384, atendo às Notas de Enquadramento ao Plano de Contas Multidimensional,
prevista na Portaria n.o 186/2016, de 14 de julho, esta conta deve ser utilizada pois destina-se a
servir de contrapartida ao registo:
a) De reclassificações de inventários;
b) De quebras, sobras, saídas e entradas por ofertas;
c) De outras variações nas contas de inventários não derivadas de compras, vendas ou
consumos.
Quando se trate de quebras e sobras anormais, a conta será movimentada por contrapartida
das contas 6842 Perdas em inventários — Quebras ou 7842 Ganhos em inventários — Sobras.

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Parágrafo 41 - interpretação
· Parte 2
“Se não existir rendimento relacionado, o gasto deve ser reconhecido quando os bens forem
distribuídos ou o respetivo serviço for prestado”.
O presente parágrafo reporta-se apenas ao momento em que o movimento deve ser objeto de
reconhecimento.
· Parte 3
“A quantia de qualquer abate de inventários, assim como todas as perdas de inventários, devem
ser reconhecidas como um gasto no período em que ocorra o abate ou a perda”.
O presente parágrafo reporta-se igualmente apenas ao momento em que o movimento deve
ser objeto de reconhecimento.

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Parágrafo 41 – interpretação
· Parte 4
“A reversão de qualquer abate de inventários deve ser reconhecida como uma redução na quantia de inventários
reconhecida como gasto do período em que a reversão ocorre.”

O que este parágrafo protagoniza é a realização do reconhecimento da operação através do movimento contrário
ao realizado anteriormente, ou seja, proceder à reposição inicial (total ou parcialmente) como se o valor do
reconhecimento fosse desde o primeiro momento reconhecido pelo montante certo.
No caso de uma venda (por ex. uma devolução) devemos proceder ao seguinte movimento contabilístico:
717 a 611/612
32/33 a 717
No caso de abate ou outro evento que tivesse originado a redução dos inventários devemos proceder ao seguinte
movimento contabilístico:
382/383/384
a 6841/6842/6848
32/33
a 382/383/384

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Contas do PCM
Contas que devem ser analisadas com detalhe:
228 Adiantamentos a fornecedores
31 Compras
310 Inventários estratégicos
311 Mercadorias
3111 Restauração
3112 Livraria, papelaria e artigos institucionais para venda
3113 Medicamentos e outros produtos de higiene e saúde para venda
3114 Terrenos e propriedades
3117 Água
3119 Outras mercadorias

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Contas do PCM
312 Matérias -primas, subsidiárias e de consumo
3121 Matérias –primas
3122 Matérias subsidiárias
3123 Embalagens
3124 Peças e outros materiais de manutenção
3125 Alimentação géneros para confecionar
3129 Outros materiais diversos de consumo
317 Devoluções de compras
318 Descontos e abatimentos em compras

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Contas do PCM
32 Mercadorias
321 Restauração
322 Livraria, papelaria e artigos institucionais para venda
323 Medicamentos e outros produtos de higiene e saúde para venda
324 Terrenos e propriedades
325 Mercadorias em trânsito
326 Mercadorias em poder de terceiros
327 Água
328 Outras mercadorias
329 Perdas por imparidade acumuladas

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Contas do PCM
33 Matérias -primas, subsidiárias e de consumo
331 Matérias -primas
332 Matérias subsidiárias
333 Embalagens
334 Peças e outros materiais de manutenção
335 Alimentação géneros para confecionar
336 Matérias em trânsito
338 Outros materiais diversos de consumo
339 Perdas por imparidade acumuladas

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Contas do PCM
34 Produtos acabados e intermédios
340 Inventários estratégicos
341 Produtos acabados
342 Produtos intermédios
343 Propriedades construídas para venda
344 Publicações para venda

346 Produtos em poder de terceiros

348 Outros produtos acabados e intermédios
349 Perdas por imparidade acumuladas

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Contas do PCM
35 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
351 Subprodutos
352 Desperdícios, resíduos e refugos
...
359 Perdas por imparidade acumuladas
36 Produtos e trabalhos em curso

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Contas do PCM
38 Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos
382 Mercadorias
383 Matérias -primas, subsidiárias e de consumo
384 Produtos acabados e intermédios
385 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
386 Produtos e trabalhos em curso
39 Adiantamentos por conta de compras
228 Adiantamentos a fornecedores

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Contas do PCM
61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
611 Mercadorias
612 Matérias -primas, subsidiárias e de consumo
652 Em inventários
684 Perdas em inventários
6841 Sinistros
6842 Quebras

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Contas do PCM
73 Variações nos inventários da produção
731 Produtos acabados e intermédios
732 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
733 Produtos e trabalhos em curso
76 Reversões
7622 Em inventários

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Contas do PCM
228 Adiantamentos a fornecedores

Regista as entregas feitas pela entidade relativas a fornecimentos (sem preços previamente
fixados) a efetuar por terceiros. Pela receção da fatura, estas verbas serão transferidas para a
conta 221 Fornecedores c/c.

Sobre o registo de adiantamentos a fornecedores com preços previamente fixados, v. nota


explicativa da conta 39 Adiantamentos por conta de compras. Os adiantamentos a
fornecedores correntes constituem situações excecionais e têm de estar previstas
contratualmente.

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Contas do PCM
31 Compras

Devem registar-se nas respetivas contas (310 Inventários estratégicos/311 Mercadorias/312


Matérias-primas, subsidiárias e de consumo/313 Ativos biológicos) os bens adquiridos a
terceiros que, cumulativamente:

a) Sejam, em regra, inventariáveis;

b) Sejam destinados a venda sem qualquer transformação (mercadorias), ou transformação


para

posterior venda (matérias-primas e subsidiárias);

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Contas do PCM
c) Não sejam caracterizáveis como investimentos reconhecidos na Classe 4, nem de consumo
interno para atividades administrativas ou de apoio (registadas na conta 62 Fornecimentos e
serviços externos).

As aquisições de bens para consumo mesmo que inventariáveis, mas não destinados à venda
ou produção de bens ou serviços, são registadas na conta 62 Fornecimentos e serviços
externos, conta 623 Materiais de consumo.

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Contas do PCM
3112 Livraria, papelaria e artigos institucionais para venda

Inclui a aquisição de livros e todo o tipo de papelaria para venda, por exemplo, uma papelaria
de uma escola explorada pela própria instituição.

Inclui também a aquisição de artigos de promoção para venda como, por exemplo, camisolas da
instituição, bonés ou canetas.

As aquisições para consumo são registadas na conta 6235 Material de educação, cultura e
recreio

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Contas do PCM
As aquisições para inventário, nomeadamente livros para bibliotecas, são registados na conta
43043 ou na conta 4334.

As aquisições para oferta, mesmo que armazenáveis, são registadas na conta 6234 Artigos para
oferta e de publicidade e divulgação.

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Contas do PCM
3113 Medicamentos e outros produtos de higiene e saúde para venda

Inclui a aquisição de produtos de saúde e higiene, destinados a venda, como por exemplo em
farmácias ou parafarmácias do Estado ou vendidos em unidades de saúde e posteriormente
transferidos para a conta 323 Medicamentos e outros produtos de higiene e saúde para venda.

As aquisições para oferta são registadas na conta 6237 Medicamentos e artigos para a saúde e
na conta 6238 Produtos químicos e de laboratórios.

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Contas do PCM
3114 Terrenos e propriedades

Regista a aquisição de terrenos e outras propriedades detidas para venda, a transferir para a
conta 324 Terrenos e propriedades detidos para venda, desde que a entidade tenha por objeto
a atividade imobiliária, conforme NCP 10 - Inventários. Caso contrário, a aquisição é registada
em conta de ativos fixos (contas 4301 ou 431).

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Contas do PCM
3117 Água

Inclui a aquisição de água destinada a venda. Deste modo, esta conta é unicamente utilizada por
entidades que se dedicam à compra e distribuição de água, como sejam empresas municipais
ou serviços municipalizados de água, entre outros.

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Contas do PCM
3124 Peças e outros materiais de manutenção

Engloba as aquisições de peças e outros materiais que alguns serviços, dispondo de oficinas
próprias, utilizam em trabalhos de reparação, conservação e beneficiação, destinados à
manutenção de equipamentos diretamente ligados à produção ou prestação de serviços, como
sejam peças para manutenção de viaturas em serviços públicos de transportes.

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Contas do PCM
Em caso de serem materialmente relevantes e contribuírem para o aumento da vida útil do
bem e da sua capacidade de prestação de serviço, devem ser registados na conta 437 Outros
ativos fixos tangíveis.

Peças e outros materiais para mera conservação e manutenção de outros equipamentos são
registados na conta 6231 Peças, ferramentas e utensílios de desgaste rápido.

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Contas do PCM
32 Mercadorias

Esta conta regista os bens adquiridos pela entidade com destino a venda, desde que não sejam
objeto de transformação posterior de natureza industrial.

Debita-se por contrapartida da conta 311 Mercadorias. Credita-se no momento da venda


(Sistema de Inventário Permanente) ou no final do período (Sistema de Inventário
Intermitente), por contrapartida da conta 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas (conta 611 Mercadorias). É também creditada em caso de devolução ou abatimento
de compras já em armazém (v. nota explicativa às contas 317 e 318).

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Contas do PCM
329, 339, 349 e 359 Perdas por imparidade acumuladas

No âmbito dos inventários, existe uma perda por imparidade quando a quantia escriturada de
um item de inventário é inferior à sua quantia recuperável que, neste caso, corresponde ao
valor realizável líquido.

As perdas por imparidade são registadas a débito nas contas 652 Perdas por imparidade - Em
inventários, e as suas reversões (quando deixarem de existir as situações que originaram as
perdas) são registadas a crédito nas contas 7622 Reversões de perdas por imparidade – Em
inventários, por contrapartida destas contas.

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Contas do PCM
36 Produtos e trabalhos em curso

São os que se encontram em fabricação ou produção, não estando em condições de ser


armazenados ou vendidos.

Devem ser criadas subcontas idênticas à conta 34 Produtos acabados e intermédios (v.
respetivas notas explicativas).

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60

30
Contas do PCM
65 Perdas por imparidade

Esta conta regista as perdas por imparidade a serem reconhecidas no período, relativas a contas
a receber, inventários, investimentos financeiros, propriedades de investimento, ativos fixos
tangíveis, ativos intangíveis e investimentos em curso, em obediência aos requisitos da NCP 9 -
Imparidade de Ativos, NCP 10 - Inventários e NCP 18 - Instrumentos Financeiros.

Debita-se por contrapartida das contas 219, 229, 239, 269, 279, 329, 339, 349, 359, 419, 429,
439, 449 e 459, respeitantes a perdas por imparidade acumuladas. V. notas explicativas a estas
contas.

61

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Contas do PCM
684 Perdas em inventários

Regista, por contrapartida da correspondente conta da Classe 3, as diminuições em inventários,


que se verificarem no período, nomeadamente resultantes de sinistros, quebras e perdas por
alteração do critério de mensuração.

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31
Contas do PCM
73 Variações nos inventários da produção

Regista a diferença entre os inventários no fim e no início do período dos produtos acabados e
intermédios, dos subprodutos, resíduos e refugos e dos produtos e trabalhos em curso,
valorizados pelo método de custeio de produção, nos termos da NCP 10 - Inventários.

No caso de ser adotado o sistema de inventário permanente considera-se conveniente


subdividir cada uma das suas contas divisionárias em rubricas de "Produção" e de "Custo das
vendas", as quais serão movimentadas por contrapartida das respetivas contas da classe 3.

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63

Contas do PCM
As variações podem ser positivas (creditando-se a conta, por contrapartida do conta da classe
3) ou negativas (debitando-se a conta, por contrapartida do conta da classe 3).

76 Reversões

Regista-se nesta conta o desreconhecimento (anulação ou diminuição) de depreciações,


amortizações, perdas por imparidade e provisões, creditando-se por contrapartida dessas
contas.

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64

32
Movimentação
O registo das operações de inventários nas contas adequadas da classe 3 (à exceção das contas
de compras, perdas por imparidade e adiantamentos) representa a movimentação em armazém
para um determinado período em observância da seguinte regra:

Existências Existências
Entradas Saídas +
iniciais Finais

No sistema de inventário permanente, a informação decorrente das contagens em armazém,


deve corresponder aos registos contabilísticos que lhe respeitam.

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65

Divulgações
As entidades devem divulgar os elementos referenciados no Modelo de notas explicativas
contido na NCP 1 - Estrutura e Conteúdo das Demonstrações Financeiras:
(a) As políticas contabilísticas adotadas na mensuração de inventários, incluindo a(s) fórmula(s) de custeio
usada(s);
(b) A quantia total registada de inventários e a quantia escriturada por classificações apropriadas à entidade;
(c) A quantia de inventários registada pelo justo valor menos custos de vender;
(d) A quantia de inventários reconhecida como gasto durante o período;
(e) A quantia de qualquer redução de inventários reconhecida como um gasto do período;
(f) A quantia da reversão de qualquer redução que seja reconhecida na demonstração dos resultados do período;
(g) As circunstâncias ou acontecimentos que levaram à reversão de uma redução de inventários;
(h) A quantia escriturada de inventários dados como penhor de garantia a passivos.

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Exemplo 1
Custo médio ponderado
O Município D’ Avintes adquiriu durante o ano N “tubo PVC p/Drenagem 10 cm” para utilizar em
duas obras de administração direta. Não existia qualquer stock inicial deste tubo.
Compra:
• 15/02/N - Comprou 1.400 metros a 5,10 € / metro
• 20/10/N - Comprou 600 metros a 6,20 € / metro
Saída de armazém:
• 02/03/N – Utilizou 1.200 metros para uma obra de saneamento
• 11/11/N – Utilizou 320 metros para outra obra de saneamento

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Resolução

Custo médio ponderado = (200*5,1) + (600*6,2)/(200+600)


= 1020+3720/800 = 5,925

68

68

34
Exemplo 2
Determinada entidade pública adquire sacos de cimento para utilização em obras de administração
direta.

Entretanto e em face do stock excessivo pretende vender uma quantidade significativa em N+1.

O VRL expectável é de 300 mil euros.

O custo de aquisição foi de 280 mil euros.

Os custos estimados em 31/12/N a suportar com a venda (transporte + seguro) é de 30 mil euros.

Em 31/12/N deve-se efetuar algum reconhecimento contabilístico de imparidades?

69

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Resolução

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70

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Muito Obrigado

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