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DEZ 1994 NBR 10288


Cilindro de aço para gases
comprimidos - Ensaio hidrostático pelo
ABNT-Associação
Brasileira de
método da expansão direta
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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1680
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NORMATÉCNICA Método de ensaio

Origem: Projeto NBR 10288/1993


CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:009.07 - Comissão de Estudo de Cilindro para Gases e Acessórios
NBR 10288 - Direct expansion hydraulic test for compressed gas cylinders -
Method of test
Descriptors: Gas cylinder. Gas. Steel cylinder. Cylinder
Copyright © 1990, Esta Norma substitui a NBR 10288/1988
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas Válida a partir de 30.01.1995
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Cilindro de gás. Gás. Cilindro de aço. Cilindro 7 páginas
Todos os direitos reserva-
dos

SUMÁRIO 2 Documentos complementares


1 Objetivo
2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
3 Definições
4 Aparelhagem NBR 11588 - Vidraria volumétrica de laboratório -
5 Execução do ensaio Métodos de aferição da capacidade e de utilização -
6 Resultados Método de ensaio
ANEXO - Exemplo do ensaio
NBR 11968 - Manômetro - Verificação das caracte-
rísticas - Método de ensaio
1 Objetivo
NBR 12239 - Utilização de manômetro - Procedi-
1.1 Esta Norma prescreve o método de ensaio hidrostático mento
por expansão direta, usado na inspeção de cilindros de
aço, conforme a NBR 12274, para gases comprimidos, NBR 12274 - Inspeção em cilindros de aço, sem cos-
para avaliação de suas condições de entrada ou perma- tura, para gases - Procedimento
nência em serviço.
NBR 12446 - Manômetro - Padronização
Notas: a) Por ser este um método que requer muito preparo
e cuidados para a obtenção de valores confiáveis, so- NBR 12790 - Cilindros de aço especificado, sem cos-
mente é recomendada sua aplicação nos casos em
tura, para armazenamento e transporte de gases a
que não seja possível a aplicação do método da
alta pressão - Especificação
camisa d’água, conforme a NBR 13243.

NBR 13243 - Cilindros de aço para gases comprimi-


b) O Anexo apresenta um exemplo deste ensaio.
dos - Ensaio hidrostático pelo método de camisa
d’água - Método de ensaio
1.2 Esta Norma se aplica aos cilindros de aço com ou
sem costura. 3 Definições

1.3 Esta Norma não se aplica aos cilindros de uso para Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
GLP. de 3.1 a 3.6.
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2 NBR 10288/1994

3.1 Compressibilidade da água 3.5 Expansão total (ET)

Propriedade de a água ser comprimida, pela presença


Acréscimo do volume do cilindro, quando submetido à
de ar dissolvido.
variação da pressão interna, desde a pressão atmosférica
3.2 Expansão elástica (EE) ambiente até a pressão de ensaio.

Diferença entre a expansão total e a expansão perma- 3.6 Pressão de ensaio


nente.

3.3 Expansão permanente (EP) Nível mais alto da pressão a que deve ser submetido o ci-
lindro, sob as condições de ensaio.
Acréscimo do volume do cilindro, medido antes e após o
ensaio. 4 Aparelhagem

3.4 Expansão permanente percentual


4.1 Componentes
Valor percentual da relação entre a expansão permanente
e a expansão total. Conforme a Figura.

Legenda:

A = válvula de baixa pressão


B = válvula de dreno
C = válvula de baixa pressão
D = válvula de alta pressão
E = válvula de alta pressão
F = válvula de alta pressão
G = válvula de alta pressão
H = cilindro
J = bureta graduada
L = reservatório de alta pressão
M = manômetro indicador de 0MPa
a 50 MPa (500 bar)
N = reservatório de água
O = conexão de alta pressão
P = manômetro registrador (op-
cional)
Q = bomba de alta pressão (água)
Figura
4.2 Especificações gerais da aparelhagem c) o pino limitador deve ser removido ou colocado
4.2.1 A tubulação rígida e a tubulação flexível, bem como 12 mm abaixo do ponto zero, de modo que o
os conectores, devem ser capazes de suportar no mínimo ponteiro não vergue ou mude de posição quando
duas vezes a pressão máxima a ser atingida durante o bater contra o pino repetitivamente;
ensaio.
d) o diâmetro do mostrador deve possibilitar a
4.2.2 O manômetro deve proporcionar leitura confiável resolução do manômetro nas proximidades das
nos limites das pressões de ensaio, conforme as pressões de ensaio dos cilindros.
NBR 12446 e NBR 12239, e possuir as seguintes espe-
cificações: Nota: Nas aparelhagens destinadas a ensaiar cilindros, cujas
pressões de ensaio variem entre 30,0 MPa e 33,4 MPa,
a) exatidão de ± 1% da pressão máxima de ensaio a as leituras devem ser feitas com erro máximo de
ser aplicada na aparelhagem, conforme a ± 2,0 MPa, e relacionadas ao padrão de calibração - padrão
NBR 11968; primário.

b) resolução ≤ 1% da pressão máxima de ensaio a 4.2.3 A bureta deve ser graduada em cm3 e ter exatidão
ser aplicada na aparelhagem; de ± 1% da expansão total esperada do cilindro ensaiado,
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resultante da aplicação das pressões de ensaio (ver Nota: Pode-se usar água industrial, desde que as condições
NBR 11588). expressas em 5.2.6 sejam satisfeitas.

4.2.4 Quando, além do manômetro indicador, for usado 5.3 Procedimentos preparatórios
um manômetro registrador, este deve ser ajustado com
aquele, após calibração e/ou aferição. 5.3.1 Todas as válvulas devem estar fechadas e o
reservatório N cheio com água.
5 Execução do ensaio
5.3.2 Pesar o cilindro vazio e registrar a sua massa (Mv)
5.1 Princípio do ensaio em kg.

5.3.3 Encher o cilindro com água do reservatório N


O ensaio consiste em encher o cilindro com água até a
(ver 5.2.6).
pressão de ensaio indicada na sua especificação, usando
a aparelhagem especificada em 4, e em tomar os dados
5.3.4 Pesar o cilindro cheio e registrar a sua massa (Mc)
necessários para determinar os valores das expansões
em kg.
total (ET), permanente (EP) e elástica (EE).
5.3.5 Medir a temperatura da água do cilindro (T).
Nota: Deve-se ter certeza que a aparelhagem especificada em
4 está funcionando corretamente, pois pequenos
desajustes podem significar grandes erros nos resultados. 5.3.6 Calcular a massa da água (Ma) do cilindro
despressurizado, pela seguinte equação:
5.2 Condições gerais do ensaio
Ma = Mc - Mv
5.2.1 O manômetro deve ser calibrado a cada 180 dias ou
quando sofrer qualquer dano e, se necessário, aferido 5.4 Procedimentos de montagem
para as pressões de ensaio.
O sistema deve ser montado conforme indicado em 5.4.1
Nota: A aferição e a calibração devem ser feitas por padrão de a 5.4.20.
calibração aferido em balança de peso morto certificada
pelo INMETRO, ou por órgão por ele credenciado, e os 5.4.1 Atarraxar firmemente a tubulação que contém a
documentos de aferição e calibração devem ser arquivados válvula G no cilindro.
para verificação de rastreabilidade.
5.4.2 Conectar o conjunto na aparelhagem, por meio da
5.2.2 O manômetro registrador, quando existir, deve ser conexão O.
calibrado nas mesmas condições previstas em 5.2.1 e,
se necessário, aferido. 5.4.3 Abrir as válvulas A e C, e encher a bureta J até a
metade.
5.2.3 A bureta deve ser aferida, conforme a NBR 11588,
calibrada e certificada pelo fabricante, e o documento de 5.4.4 Fechar a válvula C.
certificação deve estar arquivado para verificação de
rastreabilidade. 5.4.5 Abrir a válvula B, para que o ar entre ela e a cone-
xão J saia. Em seguida, fechar a válvula B.
Nota: A bureta, antes de ser utilizada, deve ser limpa de acordo
com os métodos de limpeza da NBR 11588. 5.4.6 Abrir as válvulas G e D.

5.2.4 A aparelhagem deve ser montada de modo que todo 5.4.7 Dar partida na bomba Q e enchê-la. Encher também
o ar não dissolvido possa ser eliminado, tanto do cilindro toda a tubulação e o reservatório de alta pressão L.
quanto de todo o sistema, antes do ensaio. Quando a água sem bolhas de ar sair pela tubulação no
topo do cilindro, fechar a válvula G.
5.2.5 Quando a geometria da calota ou do fundo do cilindro
tornar difícil a retirada de todo ar não dissolvido, deve ser 5.4.8 Abrir a válvula F e, quando a água sem bolhas de ar
providenciado equipamento adequado para tal. sair pela bureta J, fechar a válvula F.

Nota: Vazamentos que ocorram em torno da vedação da bomba, 5.4.9 Na primeira operação com a aparelhagem, após
das conexões e das válvulas devem ser totalmente longo tempo parada ou no caso em que o(s) manôme-
eliminados, sob pena de invalidar o cálculo da expansão tro(s) M e/ou P tenha(m) sido removido(s), afrouxar o(s)
total (ET) do cilindro. manômetro(s) e purgar todo o ar da tubulação que o(s)
atende(m), antes de fechar a válvula F.
5.2.6 A água do ensaio deve estar à temperatura uniforme,
entre 7°C e 40°C, no reservatório, no cilindro e nas Nota: Após esta operação de purga, reapertar os manômetros
tubulações da aparelhagem, bem como deve estar livre até eliminar os vazamentos.
de sólidos em suspensão ou outros contaminantes, tais
como matéria orgânica e produtos químicos agressivos. 5.4.10 Abrir a válvula E e, quando não houver mais bolhas
de ar na bureta J, fechar a válvula E.
5.2.7 Devido à compressibilidade da água pela presença
de ar dissolvido, o volume deste ar deve ser considerado Nota: Neste ponto, não deixar que a pressão suba além de 80%
nos cálculos (ver 5.5.10). da pressão de ensaio.
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5.4.11 Abrir a válvula G para despressurizar e purgar todo 5.5.6 Despressurizar o cilindro, abrindo a válvula F. A água
o ar pela tubulação no topo do cilindro. deve retornar à bureta J.

5.4.12 Parar a bomba Q e fechar a válvula G. 5.5.7 Ler a indicação (Jy) na bureta J. Ela representa a
expansão permanente (EP) do cilindro .
5.4.13 Repetir a operação de purga de ar, até se ter certeza
5.5.8 Calcular a massa da água adicionada para
de que não há ar nem vazamento no sistema.
pressurizar o cilindro (Mx), dividindo Jx pelo volume
5.4.14 Fechar as válvulas D e A.
específico da água (Ve) à temperatura T, ou seja:

Mx = Jx/Ve (kg)
5.4.15 Abrir as válvulas C e E.
Notas: a) 1 kg de água a 4°C ocupa volume de 1000 cm3,
5.4.16 Dar partida na bomba Q e fazer circular água da Ve = 1000 cm3/kg;
bureta J para o reservatório L, para a válvula E e de volta
à bureta J. b) 1 kg de água a 15°C ocupa volume de 999 cm3,
Ve = 999 cm3/kg;
5.4.17 Parar a bomba Q c) 1 kg de água a 25°C ocupa volume de 997 cm3,,
Ve = 997 cm3 /kg.
5.4.18 Fechar a válvula E.
5.5.9 Calcular a massa total (Mt) da água do cilindro à
5.4.19 Abrir as válvulas A e B, encher a bureta J e ajustar pressão de ensaio, pela seguinte equação:
o nível a zero.
Mt = Ma + Mx (kg)
5.4.20 Fechar as válvulas A e B, com água ao nível zero.
5.5.10 Determinar a parcela (Va) do volume de água
Neste ponto, o cilindro e todo o sistema estão cheios com
introduzida no cilindro devido à compressibilidade da
água, sem ar e prontos para o ensaio. A válvula C deve
água, pela seguinte equação:
estar aberta e as outras fechadas.

5.5 Procedimento de execução  0,68 x P 


Va = Mt x P  K - 
 104 
5.5.1 Abrir a válvula D, fazer funcionar a bomba Q até que
a pressão chegue ao nível próximo de 75% da pressão Onde:
final de ensaio, não se permitindo que a pressão atinja
90% daquela pressão. a = parcela do volume de água introduzida no
cilindro devido à compressibilidade da água
5.5.2 Parar a bomba Q e verificar vazamentos. Caso estes
Mt= massa total da água do cilindro durante o ensaio
ocorram, despressurizar, eliminar os vazamentos e repetir
a operação até esta etapa. Caso não ocorram P = pressão de ensaio lida no manômetro durante
vazamentos, fazer funcionar novamente a bomba Q e os 30 s mencionados em 5.5.4
deixar que a pressão atinja a pressão de ensaio.
K = fator que depende da temperatura da água, con-
5.5.3 Fechar a válvula D e parar a bomba Q imedia- forme a Tabela
tamente.
5.5.11 Calcular a expansão total (ET) do cilindro pela
5.5.4 Abrir a válvula E. A água comprimida na bomba e na seguinte equação:
aparelhagem até a válvula D deve retornar à bureta J.
Enquanto isto, a pressão do ensaio no cilindro deve ser ET = Jx - Va
mantida pelo menos por 30 s, de modo que fique 5.5.12 Calcular a expansão elástica (EE) pela seguinte
assegurada a completa expansão do cilindro. Caso o equação:
manômetro indique queda na pressão, a pressão de
ensaio deve ser recomposta por novo acionamento da EE = ET - EP
bomba Q e por manobra na válvula D, até que a pressão
de ensaio se mantenha por pelo menos 30 s. 5.5.13 Calcular a expansão permanente percentual, dividindo
a expansão permanente (EP) pela expansão total (ET), ou
5.5.5 Quando o cilindro submetido ao ensaio tiver seja:
completado a expansão, ainda com a válvula D fechada,
ler a indicação na bureta J. Esta leitura (Jx) representa a EP
EP% = x 100
quantidade total de água que entrou no cilindro para ET
pressurizá-lo até a pressão de ensaio e é igual à expansão
total (ET), mais uma parcela de volume (Va), devido à 6 Resultados
compressibilidade da água à pressão de ensaio, ou seja:
6.1 Aceitação e rejeição
Jx = ET + Va
6.1.1 Todo cilindro submetido ao ensaio hidrostático deve
Nota: Caso ocorra falha na aparelhagem durante a execução do ser aceito, se a expansão permanente calculada for
ensaio, depois do cilindro pressurizado, o ensaio deve ser menor ou igual a 10%, isto é:
repetido com pressão superior a 10% ou 0,7 MPa, o que
for menor. EP% ≤ 10%
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Tabela - Valores do fator K

Temperatura K Temperatura K Temperatura K


(°C) (°C) (°C)

6 0,04915 13 0,04759 20 0,04654


7 0,04886 14 0,04742 21 0,04643
8 0,04860 15 0,04725 22 0,04633
9 0,04834 16 0,04710 23 0,04623
10 0,04812 17 0,04695 24 0,04613
11 0,04792 18 0,04680 25 0,04604
12 0,04775 19 0,04668 26 0,04594

6.1.2 Todo cilindro submetido ao ensaio hidrostático deve assim como o sinete da empresa responsável pela
ser rejeitado, se a expansão elástica obtida no ensaio for inspeção.
igual ou maior que a indicada pelo fabricante.
6.2.2 Todas as marcas estampadas devem ter altura
6.2 Marcação
mínima de 6mm, exceto se comprovada falta de espaço.
6.2.1 Todo cilindro aprovado no ensaio hidrostático deve
ter marcado, em sua calota, o mês e o ano do ensaio,

/ANEXO
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ANEXO - Exemplo do ensaio

A-1 Massa do cilindro vazio: Mv = 1236 kg. A-9 Massa total da água do cilindro pressurizado:
Mt = Mx + Ma
A-2 Temperatura da água do cilindro: 18°C.

A-3 Massa do cilindro cheio: Mc = 2249 kg. Mt = 15,25 + 1013 = 1028,25 kg


A-10 A Tabela indica o valor de K para 18°C como sendo
A-4 Massa da água do cilindro despressurizado: 0,04680, que levado à equação apresentada em 5.5.10
fornece:
Ma = Mc - Mv
 0,68 x 33,3 
Ma = 2249 - 1236 = 1013 kg Va = 1028,25 x 33,3  0,04680 -  = 1525 cm3
 104 

A-5 Pressão de serviço: 20 MPa; pressão de ensaio: A-11 Cálculo da expansão total (ET):
33,3 MPa (ver NBR 12790).
ET = Jx - Va
A-6 Quantidade de água que entra no cilindro até a ET = 15230 - 1525 = 13705 cm3
pressão de 33,3 MPa, mantida durante 30 s, lida na bureta:
A-12 Cálculo da expansão elástica (EE):
Jx = ET + Va = 15230 cm3 EE = ET - EP

A-7 Leitura do valor Jy, que representa a expansão EE = 13705 - 285 = 13420 cm3
permanente (EP).
A-13 Cálculo da expansão permanente percentual :
EP = 285 cm3 EP
EP% = x 100
ET
A-8 Massa da água adicionada para pressurizar o cilindro:
285
Mx = Jx/999 = 15,25 kg EP% = x 100 = 2,08%
13705

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