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MODELO DA QUANTIDADE DE ENCOMENDA ECONÓMICA (EOQ)

Suposições do Modelo EOQ:

- Um único item sob sistema de controle de revisão contínua;

- Toda a quantidade encomendada chega ao inventário num ponto no tempo;

- A procura pelo item tem uma taxa constante ou quase constante;

- O lead-time (tempo de espera) é constante;

- Não são permitidas ruturas de stock.

A decisão de quanto encomendar envolve selecionar um pedido que estabeleça um


compromisso entre:

- Manter pequenos inventários e fazer pedidos com frequência;

- Manter grandes inventários e fazer pedidos com pouca frequência.

A primeira provavelmente resultaria em custos de encomenda indesejavelmente altos,


enquanto a segunda alternativa provavelmente resultaria em custos de manutenção de
inventário indesejáveis.

Assim, para alcançar o ponto ótimo entre estas alternativas, é necessário desenvolver um
modelo matemático que estime o custo total: a soma do custo de manutenção do inventário e
o custo da encomenda.

Supondo uma taxa de procura constante, e sendo 𝑄 o tamanho de um pedido, o esboço do nível
de stock é mostrado na figura.

O nível médio de inventário para este período de tempo é de ½ 𝑄. Esta figura mostra o padrão
de inventário durante um ciclo de encomenda de período 𝑇.

Se o nível médio de inventário durante cada padrão for ½ Q, o nível médio de inventário em
qualquer número de ciclos também será ½ Q.

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Assim, o custo de manutenção de inventário pode ser calculado usando o nível médio de
inventário, ou seja, podemos calcular o custo de manutenção de inventário multiplicando o
nível médio de inventário pelo custo de manter uma unidade no inventário para o período
indicado, correspondente a períodos de tempo diferentes.

Custo anual de manutenção de inventário 1⁄ × 𝑄 × 𝐶


2 ℎ

Custo anual de encomenda (𝐷/𝑄) × 𝐶𝑜

Custo total anual 𝑇𝐶 = 1⁄2 × 𝑄 × 𝐶ℎ + (𝐷/𝑄) × 𝐶𝑜

A equação 𝑇𝐶 = 1⁄2 × 𝑄 × 𝐶ℎ + (𝐷/𝑄) × 𝐶𝑜 é a equação geral do custo total anual para


situações de stock onde o modelo EOQ é válido.

O próximo passo é encontrar uma quantidade de encomenda 𝑄 ∗ que minimize o custo total.

2 × 𝐷 × 𝐶𝑜
Quantidade de encomenda económica 𝑄∗ = √
𝐶ℎ

O gráfico que permite encontrar a quantidade de encomenda económica, relacionando o custo


anual de manutenção de inventário, o custo anual de encomenda e o custo anual total é:

𝑄∗

Para sistemas de inventario que usam a suposição da taxa de procura constante e um lead-
time fixo, o ponto de reabastecimento (reorder point) é igual à procura de tempo de espera.

A expressão geral para o cálculo do ponto de reabastecimento é:

Ponto de reabastecimento (r) 𝑟=𝑑×𝑚

𝑑: procura por dia

𝑚: tempo de espera para uma nova encomenda

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O período entre encomendas é denominado de tempo de ciclo. A expressão geral para o
tempo de ciclo (𝑇) é:

𝑁 × 𝑄∗
Tempo de ciclo (T) 𝑇=
𝐷

DESCONTOS DE QUANTIDADE PARA O MODELO EOQ

Considerando o custo de compra por unidade 𝐶, o custo total de compra para uma procura
anual, 𝐷, é 𝐶 × 𝐷.

No modelo EOQ, assumiu-se que a procura 𝐷 e o custo de compra 𝐶 eram constantes. Portanto,
a parte do custo total era fixa e não era afetada pela quantidade encomendada.

No entanto, agora queremos considerar as políticas de stock para situações em que o custo
item depende da quantidade encomendada. Queremos incluir o custo de compra no modelo de
custo total e considerar o seu impacto na quantidade ideal de encomenda.

Os descontos de quantidade ocorrem em vários negócios e indústrias, onde os fornecedores,


oferecem custos unitários mais baixos quando os itens são comprados em grandes lotes ou
quantidades. Este modelo também pode ser aplicado em situações onde se aplicam descontos
de transporte para envio de grandes quantidades.

Para calcular a quantidade ideal de encomenda, usamos um procedimento de três etapas:

Etapa 1: Calcular 𝑄 ∗ usando a fórmula EOQ para o custo unitário associado a cada
categoria de desconto;

Etapa 2: Para 𝑄 ∗ pequenos demais para se qualificar para o preço de desconto


presumido, ajustar a quantidade da encomenda para cima até a quantidade do pedido mais
próxima que permitirá que o produto seja adquirido pelo preço presumido.

Se um Q* calculado para um determinado preço for maior que a maior quantidade do pedido
que fornece o desconto específico, esse preço com desconto não precisa ser considerado mais,
pois não leva a uma solução ótima. Quando os descontos por quantidade são considerados, o
custo anual de compra (𝐶 × 𝐷) é incluído no modelo de custo total.

Etapa 3: Para cada uma das quantidades de encomenda resultantes das Etapas 1 e 2,
calcular o custo anual total usando o preço unitário da categoria de desconto apropriada pela
Equação (1). A quantidade de encomenda que produz o custo anual total mínimo é a quantidade
ideal do pedido.

Custo total anual (descontos de quantidade) 𝑇𝐶 = 1⁄2 × 𝑄 × 𝐶ℎ + (𝐷/𝑄) × 𝐶𝑜 + 𝐷 × 𝐶

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MODELO DE PRODUÇÃO ECONÓMICA POR LOTES

Este modelo de decisão de stock é semelhante ao modelo EOQ, pois estamos a determinar
quanto devemos encomendar ou produzir e quando o pedido deve ser feito.

Supomos procura constante. No entanto, em vez de as mercadorias chegarem ao armazém numa


remessa de tamanho 𝑄 ∗ , como assumido no modelo EOQ, assumimos que as unidades são
fornecidas ao inventário a uma taxa constante ao longo de vários dias ou várias semanas (por
exemplo, 10 unidades todos os dias, 50 unidades toda semana).

Em geral, 𝑄 indica a quantidade do lote de produção e tentamos desenvolver um modelo de


stock e de encomenda relacionando o custo total anual em função da quantidade de produção.

Se for assumirmos que a taxa de produção excede a taxa de procura, a cada dia durante o ciclo
de produção, fabricamos mais unidades do que enviamos. Assim, colocamos o excesso de
produção em stock, resultando num aumento gradual do stock durante o período de produção.
Quando o ciclo de produção é concluído, o stock mostra um declínio gradual até que um novo
ciclo de produção seja iniciado.

Assim como no EOQ, temos também 2 custos:

i) o custo de manutenção de stock;

ii) o custo de encomenda.

O custo de manutenção de stock é idêntico à definição no modelo EOQ, a interpretação do


custo de encomenda é ligeiramente diferente.

Numa situação de produção, o custo de encomenda deve ser referido como o custo de
preparação da produção, que inclui horas de mão de obra, material e custos de perdas na
produção incorridos durante a preparação do sistema de produção para operação. É um custo
fixo que ocorre para cada ciclo de produção, independentemente da quantidade de produção.

A quantidade de produção 𝑄 não entra no stock num determinado tempo e, portanto, o nível
de stock nunca atinge um nível de 𝑄 unidades.

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Considerando:

- 𝑑: taxa de procura diária para o produto;

- 𝑝: taxa de produção diária do produto;

- 𝑟: número de dias para a execução da produção;

- 𝑡: duração do ciclo de produção.

Excesso de produção diário 𝑝−𝑑

Stock máximo (𝑝 − 𝑑) × 𝑡 = (1 − 𝑑/𝑝) × 𝑄

Duração do ciclo de produção 𝑡 = 𝑄/𝑝

Stock médio 1⁄ × (1 − 𝑑/𝑝) × 𝑄


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Custo anual de manutenção de inventário 1⁄ × (1 − 𝑑/𝑝) × 𝑄 × 𝐶
2 ℎ

Custo anual de encomenda (𝐷/𝑄) × 𝐶𝑜

Custo total anual 𝑇𝐶 = 1⁄2 × (1 − 𝑑/𝑝) × 𝑄 × 𝐶ℎ + (𝐷/𝑄) × 𝐶𝑜

A razão 𝑑/𝑝 é considerada igual a 𝐷/𝑃 correspondendo a 𝐷 e 𝑃 a procura anual e a produção


anual, respetivamente.

Dada as estimativas do custo de manutenção de inventário, 𝐶ℎ , custo de encomenda, 𝐶𝑜 , taxa


de procura anual, 𝐷, e taxa de produção anual, 𝑃, a quantidade mínima de produção para
cada ciclo de produção é dada por:

2 × 𝐷 × 𝐶𝑜
Quantidade de mínima de produção 𝑄∗ = √
(1 − 𝐷/𝑃) × 𝐶ℎ

MODELO DE INVENTÁRIO DE ESCASSEZ PLANEADA OU ENCOMENDAS ATRASADAS

O modelo específico desenvolvido nesta secção permite o tipo de rutura conhecido como
encomendas em atraso (backorder).

As encomendas em atraso são encomendas que são realizadas e processadas apesar dos
produtos solicitados não se encontrarem em stock no armazém, mas sabendo que o fornecedor
poderá responder com rapidez suficiente para que o produto chegue ao cliente no prazo
estabelecido.

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Supõe-se que quando um cliente faz uma encomenda e descobre que o fornecedor está sem
stock, o cliente não anula a encomenda. Em vez disso, o cliente espera até a próxima remessa
chegar e, em seguida, o pedido é arquivado.

Se 𝑆 indicar o montante em falta ou o número de pedidos pendentes que se acumularam quando


uma nova remessa de tamanho 𝑄 é recebida, então o sistema de stock para o caso da
encomenda pendente tem as seguintes características:

- Com as encomendas pendentes 𝑆 existentes quando uma nova remessa de tamanho 𝑄


chega, os pedidos pendentes 𝑆 serão enviados para os clientes apropriados imediatamente e as
unidades restantes (𝑄 − 𝑆) serão colocadas em inventário;

Stock máximo 𝑄−𝑆

- O ciclo de stock de 𝑇 dias será dividido em duas fases distintas: 𝑡1 dias quando o stock
está disponível e os pedidos são arquivados à medida que ocorrem, e 𝑡2 dias quando há rutura
de stock e todos os pedidos são colocados em espera.

Na figura seguinte temos o nível de inventário para um modelo de inventário com ruturas
planeadas.

Para o modelo de inventário de escassez planeada, encontramos os custos usuais de


manutenção de stock e de encomenda.

Além disso, incorremos diretamente em custos de pedidos pendentes em termos de mão de


obra e custos de entrega especiais associados ao tratamento dos pedidos em atraso.

Como o custo depende de quanto tempo o cliente tem de esperar, é costume expressar todos
os custos de pedidos não atendidos em termos de quanto custa ter uma unidade em atraso por
um determinado período de tempo.

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Este método de cálculo do custo de encomendas em atraso num período de tempo é semelhante
ao método que usamos para calcular o custo de manutenção de stock.

Sendo 𝐶𝑏 o custo para manter uma unidade de uma encomenda em atraso por um ano, os três
principais custos neste modelo de ruturas planeadas pode ser expresso pelas seguintes
expressões:

Custo de manutenção de inventário (𝑄 − 𝑆)2 /(2𝑄) × 𝐶ℎ

Custo de encomenda (𝐷/𝑄) × 𝐶𝑜

Custo de encomendas em atraso 𝑆 2 /(2𝑄) × 𝐶𝑏

Então, o custo total anual (TC) vem:

Custo total anual 𝑇𝐶 = (𝑄 − 𝑆)2 /(2𝑄) × 𝐶ℎ + (𝐷/𝑄) × 𝐶𝑜 + 𝑆 2 /(2𝑄) × 𝐶𝑏

Dados os custos estimados 𝐶ℎ , 𝐶𝑜 e 𝐶𝑏 , e a procura anual 𝐷, conseguimos determinar os


valores de custo mínimo para as decisões de stock:

2 × 𝐷 × 𝐶0 𝐶ℎ + 𝐶𝑏
Quantidade de encomenda mínima 𝑄∗ = √ ×( )
𝐶ℎ 𝐶𝑏

𝐶ℎ
Quantidade mínima de encomendas em atraso 𝑆 ∗ = 𝑄∗ × ( )
𝐶𝑏 + 𝐶ℎ

MODELO DE PRODUÇÃO POR LOTES COM PROCURA DINÂMICA

1. QUANTIDADE POR ORDEM PERIÓDICA

Neste método, a quantidade encomendada é dividida pela procura média de modo a suprir o
intervalo de tempo económico entre encomendas. As encomendas são feitas nestes intervalos
para procuras futuras.

EXEMPLO:

Uma vez que a encomenda é de 235 unidades, o intervalo de tempo económico é 235/184,2 =
1,3 semanas ou cerca de 1 a 2 semanas.

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Essencialmente, a encomenda satisfaz a procura de 2 semanas. O custo total de encomenda é
de 900€ = 6 × 150€, para um custo total de 1940€.

2. BALANÇO DO PERÍODO PARCIAL

À semelhança com o modelo EOQ, o custo total de encomenda é igual ao custo total de stock
para 𝑄 ∗ . O método balanço do período parcial usa este facto na tentativa de equilibrar esses
custos para a procura dinâmica.

Assumimos que todos os pedidos são múltiplos dos requisitos semanais. Assim, inicialmente
podemos pedir 20 unidades, 40 unidades (para procura de 2 semanas), 70 unidades (para
procura de 3 semanas), e assim por diante. Tentamos pedir o valor para o qual os custos de
manutenção se aproximam do custo de encomenda.

EXEMPLO: Suponha que pedimos 20 unidades, a procura da primeira semana. Como não há
stock final, o custo de manutenção é zero.

Agora, considere encomendar 40 unidades (procura de 2 semanas). O stock final na semana 1 é


20, o que corresponde a um custo de manutenção de 20€. De maneira semelhante, o pedido de
70 unidades resulta em stocks finais de 50 e 30 nas semanas 1 e 2, respetivamente, e um custo
de manutenção de 50 × 1€ + 30 × 1€ = 80€.

Ainda não alcançamos o custo de encomenda de 150€, então consideramos as primeiras 4


semanas de procura. Se considerarmos 110 unidades, o custo de manutenção é 90 × 1€ +
70 × 1€ + 40 × 1€ = 200€. Este é o valor mais próximo do custo de pedido de 150€, portanto,
pedimos 110 unidades inicialmente.

Para determinar o calendário de receitas na semana 5, repetimos este processo, começando


com a procura na semana 5, semana 6, e assim por diante.

3. HEURÍSTICA DE SILVER-MEAL

Este método é semelhante ao método balanço do período parcial, pois consideramos


encomendar a procura de um determinado período e, em seguida, a procura de dois períodos,
e assim por diante.

Neste método, paramos quando o custo médio por período exceder o do período anterior.

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EXEMPLO: primeiro considerando apenas o suficiente para atender a procura na primeira
semana. Não há custo de manutenção, então o custo total é simplesmente o custo do pedido,
150€. Se considerarmos as duas primeiras semanas, o custo total é calculado somando quaisquer
custos de manutenção aos custos de pedido. O custo do pedido é de 150€ + 20€ (custo de
manutenção para 20 unidades) = 170€. O custo médio por semana é de 170€/2 = 85€. Este
valor é menor do que o custo médio ocorrido na primeira semana (150€).

O custo total para encomendar a procura para 3 semanas, ou 70 unidades, é 150€ + 50 × 1€ +


30 × 1€ = 230€. A média é 230€/3 = 76,67€, que é menor do que na semana anterior.

Se encomendarmos 110 unidades, ou a procura para 4 semanas, o custo médio é (150€ +


50 × 1€ + 70 × 1€ + 40 × 1€)/4 = 87,50€.

Este valor agora é maior do que o custo médio para as 3 primeiras semanas, então paramos e
encomendamos 70 unidades, ou a procura para 3 semanas.

Agora, passando para a semana 4, começamos novamente o processo. Se encomendarmos


apenas o necessário para suprir a procura para a semana 4, o custo médio é de 150€. Se
considerarmos a procura para as semanas 4 e 5, o custo médio é de (150€ + 140€)/2 = 145€,
que é menos do que 150€, então continuamos. Encomendando para as semanas 4,5 e 6, obtemos
um custo médio de 336,67€, que é maior do que 145€. Portanto, para a semana 4,
encomendamos a procura das semanas 4 e 5, ou 180 unidades. O custo total é de 1260€.

NÍVEIS DE SERVIÇO E INCERTEZA NA PROCURA

Uma das piores suposições no modelo EOQ é a procura constante.

Em muitos casos, a procura é relativamente constante, mas ainda flutua em torno de um valor
médio. Essa flutuação pode ser frequentemente descrita por uma distribuição de probabilidade.
Os modelos de decisão usados para analisar estes sistemas de inventário são chamados de
Modelos de Procura Probabilísticos.

O stock de segurança é simplesmente um stock adicional que é realizado para proteger contra
as flutuações da procura a curto prazo.

A quantidade de stock de segurança está relacionada com o ponto de reabastecimento, que por
sua vez determina a probabilidade de rutura de stock.

Para determinar um ponto de reabastecimento para o qual há uma baixa probabilidade de


rutura de stock é necessário estabelecer uma distribuição de probabilidade para a procura de
tempo de espera, chamada distribuição de procura de tempo de espera e analisar as
probabilidades de rutura de stock.

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Normalmente, a distribuição de procura de tempo de espera é considerada normal, embora
qualquer distribuição de procura seja aceitável.

Dando a distribuição da procura de tempo de espera, podemos determinar como o ponto de


reabastecimento, 𝑟, afeta a probabilidade da falta de stock do item.

Quanto ao problema de quando encomendar, definimos um custo por falta de stock e, em


seguida, tentamos incluir esse custo numa equação de custo total.

Uma abordagem mais prática é pedir à gerência que defina um nível de serviço aceitável, onde
o nível de serviço se refere à probabilidade de a empresa não ter rutura de stock durante o
período de tempo de espera.

Por exemplo, um nível de serviço de 0,95 significa que há uma chance de 95% de que o stock
seja capaz de satisfazer toda a procura que ocorre antes da chegada da próxima remessa. Por
outras palavras, há 0,05 de probabilidade de a empresa experienciar uma rutura de stock
durante o período de tempo de espera.

Para qualquer situação em que uma distribuição de probabilidade normal forneça uma boa
aproximação da procura durante o período de lead-time, a expressão geral para o ponto de
reabastecimento é a seguinte:

𝑟 =𝜇+𝑧×𝜎

onde,

𝑧 = o número de desvios padrão necessários para atingir o nível de serviço aceitável

𝜇 = procura esperada durante o período de lead-time

𝜎 = desvio padrão da procura durante o período de lead-time

Quando a procura é incerta e pode ser expressa apenas em termos probabilísticos, espera-se
um custo total maior.

Os maiores custos ocorrem na forma de maiores custos de manutenção de stock devido ao facto
de que mais stocks devem ser mantidos para evitar ruturas.

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MODELO DE INVENTÁRIO DE PERÍODO ÚNICO

O Modelo de Inventário de Período Único refere-se a situações de stock em que é feita uma
encomenda para um determinado produto. No final do período, o produto esgotou ou há um
excedente de itens não vendidos que serão vendidos por um valor residual.

Este tipo de modelo ocorre em situações envolvem itens sazonais ou perecíveis que não podem
ser mantidos em stock e vendidos em períodos futuros.

Nessas situações, faz-se um pedido de pré-temporada para cada item e, em seguida,


experiencia-se uma rutura de stock ou realiza-se uma liquidação do stock excedente no final
da temporada.

Nenhum item é mantido em stock ou vendido no ano seguinte.

Como encomendamos apenas uma vez para a temporada, a única decisão de stock que devemos
tomar é de quanto produto devemos encomendar no início da temporada.

Obviamente, se a procura fosse conhecida para uma situação de stock de um único período, a
solução seria fácil. Simplesmente pediríamos o valor que sabíamos que seria exigido.

Na maioria dos Modelos de Período Único, a procura exata não é conhecida. As previsões podem
mostrar que a procura pode ter uma grande variedade de valores. Se formos analisar este tipo
de problema de decisão de stock de forma quantitativa, precisaremos de informações sobre
probabilidades associadas às várias possibilidades de procura → um tipo de modelo de procura
probabilístico.

Os custos envolvidos são definidos da seguinte forma:

- 𝐶𝑜 : o custo por unidade ao sobrestimar a procura, este custo representa a perda de


encomendar uma unidade adicional e descobrir que ela não pode ser vendida.

- 𝐶𝑢 : o custo por unidade ao subestimar a procura, este custo representa a perda de


oportunidade de não encomendar uma unidade adicional e descobrir que ela poderia ter sido
vendida.

Pode-se mostrar que a quantidade ótima de encomenda (𝑄 ∗ ) satisfaz a seguinte expressão:

𝐶𝑢
𝑃 (𝑝𝑟𝑜𝑐𝑢𝑟𝑎 ≤ 𝑄 ∗ ) =
𝐶𝑢 + 𝐶𝑜

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