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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS - UNIGOIÁS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Nilvânia Rodrigues da Silva


Gabriella almeida Branquiel

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Goiânia -
GO 2022
Nilvânia Rodrigues da Silva

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Trabalho apresentado na disciplina de


Administração Estratégica e
Sustentável para composição de nota.

Professora Vivian Azevedo.

Goiânia -
GO 2022
INTRODUÇÃO

A questão ambiental está cada dia mais sendo evidenciada e trabalhada nas escolas,
Universidades, Empresas e demais ramos da Sociedade. A discussão sobre gestão ambiental,
responsabilidade social e sustentabilidade não é recente e tem ganhado espaço e força nos
últimos anos, a partir das exigências de uma sociedade contemporânea, atenta a novos padrões
de produção e consumo.
Alinhado as expectativas e anseios dessa sociedade contemporânea é que nossa
empresa busca, a partir desse documento, instaurar um processo de implementação de um
plano de gestão ambiental para cumprir seu papel social.
A Cães&Cia Pet Shop está há mais de 14 anos no mercado da cidade de Aparecida de
Goiânia, proporcionando aos nossos clientes o melhor em serviços e produtos de Pet Shop
transmitindo qualidade e confiança através do amor que temos pelos bichinhos para todos que
sentem necessidade de cuidar dos seus pets, nos permitindo cuidar deles com dedicação e
carinho. Oferece desde os produtos básicos para alimentação de uma grande variedade de
animais até o serviço de medicamentos e banho e tosa. Atualmente a loja funciona de segunda
a sábado das 7hs às 19:30hs.
O planejamento de um Sistema de Gestão de Ambiental é a base que norteará todas as
ações de gerenciamento das questões ambientais. A primeira etapa para a implantação do
Sistema de Gestão Ambiental é o compromisso ambiental da direção, onde se verifica que a
empresa realmente tem a intenção de adotar tal sistema e efetivá-lo. Confirmado tal
compromisso, a próxima fase será a revisão das atuais práticas ambientais da Cães&Cia Pet
Shop. Na sequência, a terceira fase será o estabelecimento de um plano de ação, seguido da
quarta fase onde serão avaliados os aspectos e riscos ambientais e, por fim, a quinta fase
contempla o estabelecimento da política ambiental.
O PGA atua como ferramenta para estabelecer práticas e procedimentos com vista à
mitigação dos impactos ambientais resultantes dos aspectos ambientais correlacionados ao
desenvolvimento dos processos produtivos da empresa, visando contribuir também para a
formação dos seus colaboradores como pessoas conscientes relativamente às questões
ambientais.
Assim, nossa empresa se compromete com a Melhoria Continua e a Prevenção da
Poluição. A fim de que gerações futuras possam usufrui-las do mesmo modo que nós hoje. E
também se compromete a atender aos requisitos ambientais aplicáveis, tanto de legislação
ambiental como os subscritos por nossa empresa.
1 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O diagnóstico foi realizado através de entrevista aberta com os dois sócios da empresa
e visita presencial no dia 29/11/2022.
Inicialmente, os serviços oferecidos pela empresa foram: medicamentos que abrangem
as clínicas de pequenos e grandes animais; mix de produtos composto por rações para: aves,
bovinos, cães, coelhos, equinos, gatos, peixes e suínos; atendimento clínico veterinário; banho
e tosa de cães; aplicação e venda de vacinas; comercialização de produtos veterinários e
acessórios para animais domésticos.
Atualmente a função do sócio X é de realizar compras, vendas, marcação de preço,
controle de estoque e atendimento ao cliente, uma vez que sua formação é de médico
veterinário. O sócio Y por sua vez, cuida da parte administrativa, atendimento ao cliente e
caixa. A empresa conta com duas funcionárias responsáveis pelo banho e tosa, dois
funcionários entregadores e um vendedor.
A empresa ainda não possui o gerenciamento correto dos resíduos. O lixo é todo
acondicionado em uma caçamba fechada adequada sendo enviado para o recolhimento da
coleta convencional realizada todos os dias durante a noite pela prefeitura municipal de
Aparecida de Goiânia. Não há nenhum tipo de programa para redução, reuso, aproveitamento
ou reciclagem de resíduos.
O saco de ração da venda a granel é doado para a vizinhança para colocar lixo e os
sacos de milho vazios são devolvidos aos fornecedores. Saco de milho volta para o
fornecedor. Porém, o descarte de produtos do banho e tosa, como embalagens de produtos, é
feito normalmente no lixo comum, bem como pêlo e fezes dos animais.
Quanto à área de saúde, os medicamentos vencidos são doados para ONG’s e os
resíduos de vacinas e itens são condicionados em locais separados, um recipiente especifico
dentro do estoque e bem sinalizado, sendo posteriormente recolhidos por uma empresa
especializada no descarte desses materiais. Não há produtos/resíduos perigosos.
Referente às emissões atmosféricas não existe nenhum tipo de controle já que no seu
ramo de atividade a única forma de emissão é a da motocicleta. O estabelecimento possui uma
moto para entregas ela é levada para manutenção mensalmente.
A atividade realizada pela empresa não produz nenhum tipo de ruido, vibração ou odor
que possam atingir a comunidade. O estabelecimento possui acessibilidade, estacionamento
próprio, não prejudicando a população no entorno.
Não há nenhum programa de controle ou racionalização do consumo de água e
energia, porém, está dentro do planejamento dos sócios o investimento em painéis de energia
solar para 2024.
Diante desse relatório verificou-se as seguintes situações problemáticas que deverão
ser priorizadas no plano de ação:
 Gestão de resíduos do banho e tosa;
 Consumo de água e energia;
 Projetos de educação ambiental;
 Implantação de programas preventivos de impactos ambientais.
2 MAPEAMENTO DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA

MAPEAMENTO DAS ATIVIDADES DO CICLO DE VIDA

Atividades Produção Transporte Compra/venda Uso Descarte

Produtos Não Moto Exposição Pronto Lixo Comum


aplicáve e para
l Marketing consum
o
Banho e tosa Prestação Moto Exposição Prestaçã Lixo Comum
de e o de
serviço Marketing serviço
Entrega Não Moto Exposição Pront Não
aplicáve e o aplicáve
l Marketing para l
consumo
Medicamentos Não Moto Exposição Pront Doação
aplicáve e o
l Marketing para
consumo
Vacinas Não Moto Exposição Pronto Empresa
aplicáve e para Terceirizad
l Marketing consum a
o
Atendimento Prestação Não Não aplicável Prestaçã Não
de Aplicáve o de aplicáve
serviço l serviço l
Resíduos Lixo Caminhã Não aplicável Não Lixo Comum
o de aplicáve
lixo l
MAPEAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS

Impactos Impactos sociais


ambientais
Etapa Atividade Matéria Emissõe Uso de Colaborador Comunida
s- s, recurs es de do
primas resíduos os Entorno
utilizad e
as rejeitos
Matérias- Produtos X
primas
Produção Banho e tosa X X

Transporte Entrega X X X

Compra/ven Medicament X X
da os
Uso Vacinas X X

Descarte Atendimento X X X

CLASSIFICAÇÃO DOS IMPACTOS

Impacto Negativo Positivo Importância

1 2 3 4 5
Resíduos (-) X
Transporte (-) X
Consumo de água e energia (-) X
Operacional (+) X
3 REQUISITOS LEGAIS

A abordagem que sustenta um nosso plano é fundamentada pela NBR ISO 14001:2015
e baseada no conceito PDCA (Planejamento-Execução-Analisar-Agir). Este, portanto, fornece
um processo interativo utilizado pelas organizações para alcançar a melhoria contínua. O ciclo
PDCA pode ser aplicado a um sistema de gestão ambiental e a cada um dos seus elementos
individuais.
Empresários do setor devem orientar toda sua equipe para evitar o descarte
inadequado. É necessário atentar-se à legislação que regulamenta o controle do impacto
ambiental causado pela disposição inadequada de resíduos sólidos. Por exemplo, a lei nº
12.305, de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS.
Duas resoluções estabelecem critérios para a destinação correta das embalagens de
produtos veterinários: a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) nº
358/2005 e a RDC nº 306/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A
norma determina que cada empresa é exclusivamente responsável pelos seus resíduos e se
comprometa a classifica-los, a quantificá-los e a destiná-los corretamente.
A Comissão de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina
Veterinária (CNSPV/CFMV) explica que os estabelecimentos veterinários estão obrigados a
ter um plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS). Nele, os resíduos
são segregados segundo as características físicas, químicas, biológicas, estado físico e riscos
envolvidos.
Conforme as orientações da referida norma, a política ambiental da empresa deverá
cumprir três compromissos básicos que versam sobre a proteção do meio ambiente, o
cumprimento integral das legislações ambientais e a melhoria contínua dos processos.
4 OBJETIVOS

O presente plano de gestão tem como objetivos:


 Promover o desenvolvimento sustentável, protegendo o meio ambiente através
da prevenção da poluição, administrando os impactos ambientais de forma a torná-los
compatíveis com a preservação das condições necessárias à vida;
 Atender à legislação ambiental vigente aplicável e demais requisitos subscritos
pela organização;
 Promover a melhoria contínua em meio ambiente através de sistema de gestão
estruturado que controla e avalia as atividades, produtos e serviços, bem como estabelece e
revisa seus objetivos e metas ambientais;
 Garantir transparência nas atividades e ações da empresa, disponibilizando às
partes interessadas informações sobre seu desempenho em meio ambiente;
 Praticar a reciclagem e o reuso das águas, contribuindo com a redução dos
impactos ambientais através do uso racional dos recursos naturais;
 Promover a conscientização e o envolvimento de seus colaboradores, para que
atuem de forma responsável e ambientalmente correta.
5 PLANO DE AÇÃO

Nossa empresa se compromete com a Melhoria Continua e a Prevenção da Poluição. A


fim de que gerações futuras possam usufrui-las do mesmo modo que nós hoje. E também se
compromete a atender aos requisitos ambientais aplicáveis, tanto de legislação ambiental
como os subscritos por nossa empresa. Para tal, se compromete com o seguinte plano de ação.

Objetivo: Destinação correta dos resíduos

Observaçõe
Ação/ Itens Responsável Cronograma Recursos financeiros necessários
s

Investimento em equipamentos, sacos


plásticos e recipientes adequados para
acondicionamento correto dos
Descarte Sócios 2 meses resíduos do banho e tosa.

De acordo com a CNSPV/CFMV, os resíduos devem ser acondicionados em sacos


plásticos, impermeáveis, resistentes à ruptura e vazamento, com identificação de seu
conteúdo, diferindo-se apenas em suas cores. Eles são divididos nos seguintes grupos:
A) Infectantes: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que
apresentam risco de infecção.
Exemplos: fluidos orgânicos e resíduos decorrentes do setor de banho e tosa, como
pelos e unhas.
Acondicionamento: Sacos plásticos de cor branca leitosa ou recipiente rígido e
estanque, compatível com as características do produto descartado.
B) Químicos: Resíduos que contenham substâncias químicas que podem apresentar
risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características e graus de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Exemplos: Alguns remédios, antissépticos, vacinas, xampus para cães, entre outros.
Acondicionamento: Sacos plásticos de cor laranja ou recipiente rígido e estanque,
compatível com as características do produto descartado.
Até a eliminação, os sacos precisam ser armazenados de maneira segura, em locais
cobertos. A orientação é que a coleta de tais resíduos seja diária, ou, se preciso mais de uma
vez ao dia ou de acordo com o PGRSS (Plano de gerenciamento de Resíduos de Serviços de
Saúde).

Objetivo: Coleta por empresa terceirizada

Ação/ Itens Responsável Cronograma Recursos financeiros necessários Observações

Contratação Sócios 2 meses Mensalidade para coleta e


de empresa descarte correto por uma
terceirizada empresa terceirizada
especializada

O lixo se despede do pet shop por meio de uma empresa terceirizada. A frequência do
recolhimento varia conforme a quantidade produzida pela loja, que pagará de acordo com o
peso do lixo recolhido. Ele precisa de tratamento (autoclave ou incineração) antes de ser,
finalmente, eliminado.
O intuito é acabar com os microrganismos nocivos ao meio ambiente. Tanto o
tratamento como a disposição final é de responsabilidade das empresas especializadas que
prestam serviço ao pet shop.

Objetivo: Diminuição do consumo de água e energia

Ação/ Itens Responsável Cronograma Recursos financeiros necessários Observações

Implantação Sócios e 12 Investimento em materiais eApesar se de


r
meses
de projetos colaboradores equipamentos para a implantação responsabilidad
para dos projetos sugeridos abaixo. e dos sócios a
diminuição do implantação,
consumo de será d
e
água e energia responsabilidad
e do
s
colaboradores a
manutenção e
bom andamento
dos mesmos.

Para inovar, é preciso criatividade e consciência das prioridades a serem adotadas pelo
empreendimento. Desse modo, o segmento de pet shops pode colocar em prática dicas
sustentáveis que incorporem a mudança de comportamento em benefício dos serviços
prestados aos animais. Como por exemplo:
 Utilizar duchas econômicas;
 Utilizar produtos biodegradáveis;
 Captar e reutilizar água da chuva;
 Empregar produtos perecíveis;
 Planejar e gerenciar a logística;
 Instalar aquecimento solar;
 Aproveitar a iluminação natural;
 Padronizar o uso de materiais, a exemplo dos dosadores de produtos como xampu e
sabonete.

Objetivo: Reciclagem

Ação/ Itens Responsável Cronograma Recursos financeiros necessários Observações

Separação de Sócios e 2 meses Investimento em equipamentos Os sócios


todos os colaboradores para acondicionamento dosdeverão
resíduos para resíduos destinados à coleta providenciar os
o seletiva
descarte equipamentos
correto na necessários e os
coleta seletiva colabores
devem trabalhar
no descarte
correto dos
itens.
Implantação Sócios 2 meses Não necessita Educação
de programas socioambiental
educativos com indicação
para os de medidas
colaboradores mitigadoras e
preventivas

Como a Prefeitura Municipal disponibiliza a coleta seletiva, a empresa deverá investir


em recursos para a separação e destinação correta dos resíduos como vidro, metal e papel,
para que seja executada a coleta enviando para posterior reciclagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sugeriu-se que a empresa realizasse a implantação do PGRSS, respeitando às normas e


legislações vigentes. Para as etapas de coleta e transporte foi sugerida a contratação de
empresas terceirizadas, para que os resíduos recebam a destinação final e o tratamento
adequados. A empresa e equipe mostraram-se abertas e acessíveis às adequações e projetos
sugeridos.
Com essas sugestões e a implantação do PGRSS, a gestão dos resíduos sólidos de
saúde passará a ser realizada com base nas normas e legislações vigentes, evitando possíveis
acidentes de risco biológico, propagação de doenças, riscos ao meio ambiente, aos
trabalhadores de serviços de saúde e à comunidade em geral.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANVISA. Resolução RDC n. 306/04. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o


gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, 2004. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/10d6dd00474597439fb6df3fbc4c6735/RDC+N
%C2%BA+ 306,+DE+7+DE+DEZEMBRO+DE+2004.pdf?MOD=AJPERES Acesso em: 30
nov 2022.

BRASIL. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001: Sistemas da
Gestão Ambiental - Requisitos com Orientações para Uso. Rio de Janeiro. ABNT, 2015.

BRASIL. Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 ago. 2010.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2010/Lei/L12305.htm.
Acesso em: 30 nov 2022.

BRASIL. Resolução CONAMA 358/2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final


dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, 29 abril. 2005.
Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?
codlegi=462 Acesso em: 30 nov 2022.

BRASILIA. Conselho Regional de Medicina Veterinária. Resíduos sólidos. Rev CFMV.


PR. 2010; VIII(32):18.

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