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Guia do

Planejamento
Financeiro Familiar
Tudo o que você precisa saber para
planejar as conquistas de sua família
Plataforma
Meu Bolso em Dia

Aprenda gratuitamente a se organizar, sair das dívidas


e juntar dinheiro para viver com mais tranquilidade
hoje e no futuro.

Aqui você encontra cursos, vídeos e outros materiais


interativos em uma jornada de aprendizagem
personalizada, com informações e conhecimentos
adequados ao seu perfil e ao seu momento de vida.
Tudo de uma maneira simples e do seu jeito!

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Apresentação
Thomas Edison, o famoso inventor norte-americano,
uma vez disse: “boa sorte é o que acontece quando
a oportunidade encontra o planejamento”. Do ponto
de vista financeiro, esta frase não poderia ser mais
verdadeira. Afinal, um bom planejamento faz a
diferença na hora de aproveitar as oportunidades que
batem à sua porta, fazendo com que se possa chegar
mais longe na realização de seus sonhos.

E é sempre bom lembrar que, quando se sonha junto, é


muito mais fácil transformar desejos em realidade! Por
isso, o planejamento feito em família é tão importante,
e deve ser encarado como uma ferramenta que ajuda
todos a permanecerem unidos, em uma jornada para
superar desafios e concretizar projetos de vida.

Pensando em ajudar você a utilizar esta poderosa


ferramenta da melhor forma possível, elaboramos
este e-book especial sobre o assunto. Nele, você
encontrará tudo o que precisa saber para elaborar
um planejamento financeiro familiar efetivo, que lhe
ajudará a conquistar seus objetivos e os de sua família.

Boa leitura!

Equipe Meu Bolso em Dia | FEBRABAN

3
ÍNDICE

A importância do planejamento
financeiro familiar 05

1. Introdução 05

2. Por que planejar as finanças da família? 07

Realizando o planejamento
financeiro familiar 09

1. Analisar a situação financeira:


quanto dinheiro entra, quanto sai
e para onde vai seu dinheiro? 10

2. Definir um objetivo 18

3. Estabelecer metas 20

4. Traçar o plano de ação 21

5. Conclusão 28

4
A importância
do planejamento
financeiro familiar
1. Introdução
Elaborar um planejamento financeiro familiar significa se organizar
coletivamente em prol de metas que beneficiarão a todos, seja a
curto ou longo prazo. Custear os estudos dos filhos, adquirir um
automóvel, conquistar o imóvel próprio ou embarcar naquelas tão
esperadas férias, tudo fica mais fácil quando a gente se planeja.

Um bom planejamento financeiro vai da análise da situação


financeira atual até a conquista do objetivo almejado, passando
pela elaboração de um orçamento, pela gestão orçamentária e
pelo consumo planejado e consciente. O grande segredo para o
sucesso da estratégia é ir construindo, passo a passo, a saúde
financeira da família e de cada um de seus integrantes.

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A seguir, confira os principais benefícios do planejamento financeiro familiar:

• Transformar sonhos em conquistas: O planejamento é o


caminho que liga o sonho à realização, um passo de cada vez.

• Lidar melhor com imprevistos: Ao se planejar definindo metas,


fica mais fácil perceber quando alguma coisa começa a
acontecer fora do roteiro. Melhorando sua percepção frente
aos imprevistos, você tem mais facilidade para lidar com eles,
e de uma maneira mais eficaz.

• Fazer escolhas melhores: Planejar evita desperdícios e melhora


a sua gestão de tempo. Além disso, permite fazer suas escolhas
de forma mais consciente e alinhada com quem você é e com
o que deseja realizar.

• Contribuir com a educação dos filhos: Realizar o


planejamento financeiro em família é uma maneira de
passar aos seus filhos as crenças e valores que irão ensiná-
los a dar a verdadeira importância ao dinheiro, além de
contribuir para que eles mesmos sejam organizados e
responsáveis quando quiserem atingir suas próprias metas.

• Tranquilizar o corpo e a mente: Um bom planejamento


financeiro familiar possibilita maior tranquilidade naquela
fase da vida na qual você já deu sua contribuição para a
sociedade, fazendo do trabalho após a maturidade uma
escolha, e não uma necessidade.

• Promoção do bem-estar e da saúde financeira: O


planejamento financeiro familiar traz como resultados
o bem-estar e a segurança, frutos de uma boa saúde
financeira. Aqui, vale citar o Índice de Saúde Financeira,
criado pela Febraban, que faz um diagnóstico de sua
situação e aponta o que é preciso fazer para melhorá-la,
se necessário. Não deixe de conferir!

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2. Por que planejar as
finanças da família?

Segurança financeira
O planejamento permite construir uma reserva de emergência,
aquela quantia de dinheiro que você guarda para imprevistos.
Isso traz mais tranquilidade e qualidade de vida, pois não é
preciso ficar o tempo todo se preocupando com as incertezas
do futuro. Uma boa maneira de usar o planejamento financeiro
familiar para montar sua reserva é por meio de investimentos.
Confira aqui algumas opções.

Poder de análise e
monitoramento dos gastos
Uma das primeiras etapas do planejamento é a elaboração
do seu orçamento, a partir do qual você consegue saber de
onde vem e para onde está indo seu dinheiro. Com isso, você
melhora sua capacidade de analisar e monitorar a receita e
os gastos da família, encurtando o caminho para a realização
de seus sonhos. Além disso, com a crise econômica e o retorno
da inflação, fazer o orçamento nunca foi tão importante.

7
Ajuda a realizar metas
a médio e longo prazo
Saber exatamente onde queremos chegar é o primeiro passo de
todo planejamento. Depois de entender a situação atual, vocês
definirão metas que desejam realizar, a médio e longo prazo. O
planejamento é essencial para proporcionar o direcionamento
e os passos a serem seguidos para alcançar suas metas.

Identificação de hábitos nocivos


Ao elaborar o orçamento da família e analisar seus ganhos
e gastos, é possível identificar hábitos nocivos como o
desperdício e o consumismo. Um bom planejamento pode
ajudar vocês a lidar com estes hábitos. Por meio de metas de
redução do consumo, por exemplo, é possível se reeducar e
tirar maior proveito de seus rendimentos.

Criação de uma nova cultura


em relação ao dinheiro
Para aproveitar melhor seu dinheiro, também é muito
importante saber como utilizá-lo a seu favor. O planejamento
financeiro familiar possibilita o aprendizado e a aplicação de
conhecimentos práticos de educação financeira para você
e toda sua família, criando uma nova cultura em relação
ao dinheiro e contribuindo para melhorar a gestão de suas
finanças, o que com certeza tornará sua vida mais tranquila e
equilibrada do ponto de vista financeiro.

8
Realizando o
planejamento
financeiro familiar
Vamos arregaçar as mangas para começar a entender alguns
conceitos-chave e práticas para facilitar a aplicação do
planejamento financeiro familiar, passo a passo.

Em linhas gerais, podemos dizer que o planejamento se divide


em quatro grandes etapas: analisar a situação financeira
atual; definir um objetivo; estabelecer metas e traçar um
plano de ação.

1. Analisar a situação financeira atual: O primeiro passo é


compreender como está sua fotografia financeira, ou seja,
fazer um diagnóstico da situação atual. Esta etapa permite
saber se o seu orçamento mensal tem folga, empate ou falta
dinheiro para fechar o mês.

2. Definir um objetivo: O próximo passo é entender exatamente


o que se deseja, quando pretende realizar e qual é o custo
para alcançar o seu objetivo.

3. Estabelecer metas: Uma vez definido o objetivo, o próximo


passo é dividi-lo em metas intermediárias. Mesmo um sonho
que pode parecer impossível torna-se mais tangível, quando
dividido em etapas mais facilmente alcançáveis.

4. Traçar o plano de ação: Assim que você estabelecer as


metas, é hora de definir um plano de ação para alcançá-las.
Aqui, o importante é colocar em prática o que foi definido
anteriormente, passo a passo, sem se desviar do foco do
objetivo principal.

9
01. Analisar a situação
financeira: quanto
dinheiro entra, quanto
sai e para onde vai
seu dinheiro?

Para fazer a análise financeira da família, o primeiro passo é


avaliar como andam os ganhos (a receita) e as despesas da casa.
Comece anotando os ganhos com os quais você e sua família
podem contar e que apresentem constância, como salários,
benefícios concedidos pela empresa (vale alimentação, vale
transporte etc.), auxílios do governo (como o Bolsa Família),
aposentadoria ou pensão etc.

Depois, liste as despesas, dividindo-as em duas categorias: fixas


e variáveis. As fixas são as que vocês pagam todos os meses
com valor igual ou parecido, como aluguel ou prestação da
casa, mensalidade da escola, financiamentos etc. As despesas
variáveis são aquelas cujos valores sofrem alterações por
diferentes motivos, como compras no mercado, conta de água,
luz, gastos com transporte etc. Em seguida, calcule o total de
receitas menos o total de despesas, para descobrir o saldo
mensal.


Total de receitas - =
total de despesas saldo mensal
(ganhos) (gastos)

10
Se o saldo mensal for positivo, você está com sobra de caixa, ou
seja, seu orçamento tem folga para poupar.

Se o saldo mensal for igual ou parecido com zero, você tem um


empate financeiro, ou seja, seu orçamento está apertado.

Se o saldo mensal for negativo, você está com dívidas, ou seja, o


orçamento não fecha e o dinheiro acaba antes do mês terminar.

Que tal arregaçar as mangas e começar já a mapear seus ganhos


e gastos? A ferramenta a seguir pode ajudar você e sua família a
elaborar seu orçamento mensal.

Preencha esta tabela mensalmente com a renda de sua família


(quanto ela recebe) e todas as despesas (quanto vai sair) e saiba
como fica o seu bolso no final de cada mês.

Renda jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Salário

Salário cônjuge

Salário outros

Aposentadoria

13º salário

Bônus anual

Renda de imóveis

Investimentos

Rendas extras

Vendas de bens

Outros

Total

11
A seguir, preencha com suas despesas. Lembre-se de distribuir os
gastos da fatura do cartão de crédito nas categorias. Exemplo:
Se pagou a gasolina com cartão, inclua esse gasto na categoria
“transporte” e na linha “combustível”.

Despesas
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
com a renda

Imposto de renda

INSS

Tarifa bancária

Outras

Dívidas em atraso
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
ou negociação
Empréstimos pessoais
ou consignados
Financiamentos
atrasados
Juros de cheque
especial

Rotativo do cartão

Empréstimos familiares

Outros

Investimentos jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Previdência

Poupança

Renda fixa

Fundos

Outros

12
Despesas da casa jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Aluguel

Financiamento
imobiliário

IPTU

Condomínio

Conta de água

Conta de luz

Conta de gás

Mensalista/diarista

Conta de internet/
TV a cabo

Conta telefone fixo

Conta de celular

Reformas/consertos

Seguro da casa

Animais de estimação

Outros

Alimentação jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Supermercado

Açougue

Feira

Padaria

Mercearia

Restaurante
do dia a dia

Outros

13
Saúde e proteção jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Convênio Médico

Médico

Dentista

Terapeuta

Medicamentos

Seguro de vida

Outros

Transporte jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Financiamento
do automóvel

Combustível

Lavagens

Licenciamento

Seguro

IPVA

Mecânico

Estacionamento

Multas

Transporte Público

Outros

Educação jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Matrícula

Mensalidade

Material escolar

Uniforme

Perua escolar

Cursos /
Ensino de línguas

Livros

Outros

14
Cuidados pessoais,
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
beleza e bem estar

Higiene pessoal

Barbeiro/cabelereiro

Manicure e depilação

Vestuário

Calçados

Acessórios

Academia

Lavanderia

Outros

Celebrações e
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
compromissos sociais

Buffet festas

Presentes

Aluguel de roupas

Celebrações no
trabalho

Celebrações na igreja

Dízimos e doações

Outros

15
Lazer e viagens jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

Restaurante no fim de
semana

Passeios/bares/baladas

Livraria

Cinema

Netflix

Assinatura
de aplicativos

Viagens

Outros

Total de
despesas do mês

Preencha a última tabela para ter a sua fotografia financeira.

Sua fotografia
financeira
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total

TOTAL
de quanto entra
TOTAL
de quanto sai
SALDO

A elaboração do orçamento doméstico é essencial para um bom


planejamento financeiro familiar, pois assim você descobre para
onde vai o seu dinheiro, onde se pode ou deve economizar e se
dá para guardar algum dinheiro por mês para a realização de
seus objetivos e de sua família. A partir desse orçamento, você
poderá fazer projeções e acompanhamentos das contas da casa.

Se o seu orçamento revelar que a soma dos gastos previstos é


maior do que os ganhos esperados, é preciso fazer ajustes para
adequar a situação. Gastar mais do que se ganha é um erro grave,
que pode levar ao endividamento e a problemas financeiros.

16
Por falar em problemas financeiros, eles nem sempre estão
relacionados à falta de dinheiro ou baixa renda. Algumas vezes
surgem por conta de gastos excessivos, independente do padrão
de vida das pessoas. Por isso, não é incomum ganhar bem e ter
problemas com dinheiro.

Por outro lado, há pessoas que, apesar de ganharem pouco,


conseguem manter a situação equilibrada, e até mesmo juntar
dinheiro para a realização de seus objetivos. A diferença entre
um caso e outro costuma ser a capacidade de manter o controle
sobre as despesas, respeitando o padrão de vida de sua família.

O Meu Bolso em Dia conta com planilhas gratuitas para auxiliar


você e sua família com o controle orçamentário. As planilhas
fazem todos os cálculos necessários, basta inserir as entradas
de dinheiro e as despesas para ter uma fotografia mensal e
anual do seu orçamento. Não deixe de conferir!

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02. Definir um objetivo
Uma vez feita a fotografia financeira familiar, é a hora de definir
o objetivo da família, que dependerá do saldo encontrado.

Se o saldo do orçamento de sua família for negativo, ou seja,


se vocês gastam mais do que ganham, o primeiro objetivo é
equilibrá-lo. Os esforços da família devem ser direcionados
para fazer com que o valor das despesas seja igual ou menor
que o valor da receita. Isso vai fazer com que, em um segundo
momento, você possa alcançar um saldo positivo no orçamento,
no qual sobre dinheiro no fim do mês e você possa buscar outros
objetivos.

Se o saldo do orçamento da família estiver empatado, é


fundamental estabelecer o objetivo de conseguir fôlego
financeiro, ou seja, alguma sobra de dinheiro para iniciar sua
reserva de emergências. Com ela, sua família ficará mais
protegida dos imprevistos e gastos inesperados e evitará entrar
em dívidas.

Se o saldo do orçamento for positivo, além da reserva de


emergências, a família estará livre para estabelecer outros
objetivos, como estudos, viagens, bens e construção de reserva
para aposentadoria.

Neste momento, vale a pena priorizar, definindo os objetivos


de curto (até seis meses), médio (de seis meses a dois anos) e
longo prazo (acima de dois anos).

Colocar os objetivos em uma linha do tempo pode ser um ótimo


exercício para fazer junto com a família. Veja a seguir uma
ferramenta para ajudar vocês a se planejarem.

18
Objetivos de curto prazo Objetivos de médio prazo Objetivos de longo prazo
(até 6 meses) (de 6 meses a 2 anos) (acima de 2 anos)

Ao definir os objetivos e os prazos de realização, seguiremos


para as próximas etapas do planejamento financeiro.

19
03. Estabelecer metas
Esta etapa envolve quebrar os objetivos em metas mensais,
para entender o que é necessário fazer a cada mês para chegar
lá. Se alguém precisa, por exemplo, juntar R$ 600,00 em seis
meses para pagar uma dívida, basta dividir esse valor por 6 para
descobrir que precisa poupar R$ 100,00 por mês para realizar
sua conquista.

A tabela a seguir pode ajudar você e sua família a organizar essas


informações e estabelecerem, juntos, suas metas financeiras.

Objetivo Valor total Prazo (meses) Meta mensal ($)

 Pagar uma dívida R$ 600,00 6 R$ 100,00


       
       
       
       
       
       
       
       
Total      

20
04. Traçar o
plano de ação

Definir objetivos e estabelecer metas é fundamental, mas as


conquistas não se realizam sozinhas. É preciso traçar um plano,
com ações práticas para chegar lá.

A seguir, sugerimos algumas ideias que podem ajudar a realizar


seus objetivos, como equilibrar as contas, fazer sua reserva de
emergências e realizar seus sonhos.

21
Objetivo 1:
Equilibrar as contas
Uma das principais causas do saldo negativo no orçamento
são as dívidas. Mesmo que haja um empate entre o quanto sua
família ganha e gasta mensalmente, se vocês tiverem dívidas,
uma boa fatia da renda será consumida por elas, fazendo com
que, após os cálculos finais, você perceba que está fechando o
mês no vermelho.

O primeiro passo para começar a lidar com o endividamento é


saber exatamente o quanto se deve. Depois de feitos os cálculos,
é fundamental conversar com a família. Exponha a situação e
peça para que todos contribuam com a busca por soluções. Elas
podem envolver o corte ou redução de gastos, ou ainda a venda
de algum bem, como um automóvel, por exemplo.

Posteriormente, é necessário definir uma estratégia de


pagamento, priorizando as dívidas que têm juros mais altos,
como o cheque especial e o cartão de crédito. Por fim, quando
souber exatamente o quanto pode pagar, procure seus credores
para negociar. Muitas empresas oferecem descontos e condições
especiais de pagamento.

Outra opção é acessar o site consumidor.gov.br, criado pela


Senacon junto com os Procons, que conta com a participação
de mais de 160 instituições financeiras, para facilitar o contato
direto entre devedores e credores. É preciso, contudo, que a
empresa seja cadastrada no serviço. O importante é saber que
você não está sozinho, e pode sempre buscar apoio para sair
das dívidas.

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Priorizar e organizar os gastos
Caso sua família não esteja endividada, mas ainda sim tenha
dificuldades para equilibrar ganhos e gastos, é importante
definir um orçamento que seja compatível com o padrão de
vida familiar e buscar segui-lo, com o auxílio de algumas
técnicas e ferramentas.

Além da utilização de planilhas, que auxiliam no controle


orçamentário, algo que pode te ajudar muito é seguir a Regra
50-15-35. Ela consiste, basicamente, na divisão da renda
mensal em três categorias diferentes: gastos essenciais,
objetivos financeiros e estilo de vida.

Seguindo a regra, até 50% de sua renda pode ser destinada


para gastos essenciais, despesas fixas como aluguel, contas
de água e luz etc. Sendo estes gastos menores que isso, você
pode remanejar o restante nas outras categorias. Caso suas
despesas básicas excedam 50% da sua renda, isso pode ser
um sinal de que você precisa reavaliar o padrão de vida de
sua família.

15% de sua renda deve ser destinada para seus objetivos


financeiros. Se houver dívidas, esse percentual deve ser
destinado para as parcelas da negociação. Se não houver
dívidas, esse percentual pode ser utilizado para economizar,
a fim de alcançar os objetivos definidos no planejamento
familiar.

Por fim, os 35% restantes são voltados para gastos


relacionados ao seu estilo de vida. Isso inclui, por exemplo,
compras e lazer. Vale ressaltar que, idealmente, essas
despesas devem vir depois de quitar as dívidas e lidar com
as prioridades financeiras mensais de sua família, ou seja:
quando as duas primeiras categorias estiverem “resolvidas”.
Isso evita que você cometa algum deslize e gaste mais do
que deveria com o estilo de vida de sua família.

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Objetivo 2:
Formar a reserva de emergência
Mesmo que seu orçamento esteja equilibrado, e até mesmo com
sobra, suas contas estejam em dia e você não tenha dívidas,
uma coisa é certa: imprevistos acontecem! Problemas de
saúde, reformas emergenciais na casa, manutenção do carro e
desemprego na família...

Todas estas possibilidades existem e devem ser consideradas.


Por isso, precisam estar incluídas em um bom planejamento
financeiro familiar, garantindo que haja dinheiro suficiente para
não entrar em dívidas quando o inesperado acontecer.

Mas como se preparar para um imprevisto se não há como saber


qual será, de fato, o valor necessário para enfrentar uma situação
emergencial? A dica é calcular o valor necessário para pagar
suas despesas mensais fixas, e então guardar uma quantia que
varie entre três e seis vezes o valor calculado.

Dessa maneira, diante do aperto, você terá uma reserva


de emergência para poder lidar com a situação com mais
tranquilidade — e sem a necessidade de recorrer a empréstimos.

Embora pareça óbvia a importância de se ter uma reserva para


emergências, muitas famílias têm dificuldade de guardar uma
parte de sua receita para tal finalidade, pois acreditam que a
renda que recebem é suficiente apenas para manter o padrão
de vida familiar, e nunca sobra dinheiro para guardar.

Entretanto, é preciso que haja uma mudança de mentalidade:


receber a renda, poupar para sustos e eventualidades, e então
fazer o padrão de vida familiar se encaixar no que sobra. Dessa
maneira, sempre haverá dinheiro para guardar no fim do mês.

24
Por isso, se você gasta exatamente a mesma quantia que ganha, o
ideal é conversar com sua família para que todo mundo colabore
na hora de economizar. Muitas vezes há gastos invisíveis que
comprometem uma parcela do orçamento sem que você perceba,
e eles são os primeiros que devem ser cortados.

Uma boa ideia é tentar reduzir 10% das despesas mensais:


começando assim, com uma quantia baixa, é muito provável que
com o tempo, se necessário, vocês consigam economizar cada
vez mais e mais.

Assim que organizar seu orçamento e reduzir os gastos


desnecessários, a tendência é que o dinheiro comece a sobrar.
Para evitar que você acabe gastando com o que não precisa, a
dica é fazer uma poupança programada junto com seu banco,
para guardar um valor mensal de forma automática.

Com o tempo, você terá conseguido juntar sua reserva e sua


família ficará mais protegida de imprevistos. Saiba como fazer
um investimento programado.

25
Objetivo 3:
Aumentar o patrimônio
e realizar sonhos

Como investir seu dinheiro


Uma vez que o seu orçamento estiver equilibrado, é hora de
realizar sonhos!

E a melhor maneira de fazer isso é poupando e aplicando em


investimentos. Qualquer valor poupado no presente e investido
durante um ou dois anos pode fazer uma diferença significativa
para alcançar os objetivos definidos em seu planejamento
financeiro familiar.

Antes de começar a investir, é preciso entender um pouco mais


sobre os diferentes investimentos, para que você escolha uma
opção que atenda a suas necessidades. Por isso, é importante que
você conheça as três características principais dos investimentos:
liquidez, risco e rentabilidade.

A liquidez refere-se à capacidade de um investimento ser


transformado em dinheiro, a qualquer momento e por um
preço justo. Quanto maior a liquidez de um investimento, mais
facilmente você consegue sacar o valor correspondente, e sem
perder dinheiro com isso.

O risco define a probabilidade de ocorrência de perdas. Quanto


mais arriscado for o investimento, mais fácil fica perder dinheiro
com ele. Apesar dos investimentos de baixo risco serem os mais
indicados, é interessante reparar que os de maior risco são os
que apresentam os maiores potenciais de ganho.

26
A rentabilidade é o retorno, ou seja, a remuneração do
investimento Em geral, quanto mais rentável é o investimento,
maior o risco. Em outras palavras, o que você ganha em
segurança você perde em rentabilidade, e vice-versa.

Agora que você já sabe as principais características dos


investimentos, é hora de saber mais sobre as duas modalidades
disponíveis para quem quer investir:

• Renda fixa: são investimentos que pagam, em períodos


previamente definidos, a remuneração correspondente a
determinada taxa de juros. A taxa pode ser definida no momento
do investimento (prefixada) ou calculada no momento do
resgate (pós-fixada). Estes cálculos são feitos com base na
variação de um indexador previamente definido, acrescido ou
não de uma taxa de juros. Os principais investimentos nessa
modalidade são: Tesouro Direto, Fundo DI, CDB (Certificado de
Depósito Bancário) e Poupança.

• Renda variável: são investimentos nos quais a remuneração


não pode ser definida ou prevista no momento da aplicação.
Eles envolvem riscos maiores, pois sua rentabilidade é
incerta. Entretanto, apresentam maior potencial de ganho. Os
principais investimentos nessa modalidade são: Ações, Fundos
Imobiliários (FIIs) e Fundos de Investimento.

27
Conclusão
Neste E-book, aprendemos mais sobre o planejamento financeiro
familiar, sua importância para a realização dos seus objetivos
e de sua família, além de trazer dicas de como organizá-lo de
maneira eficiente.

Entendemos melhor o passo a passo para a construção de um


orçamento familiar e aprendemos como usá-lo para fazer uma
boa gestão orçamentária. Conferimos ideias para conseguir
equilibrar as finanças da casa, criar uma reserva de emergência
para possíveis eventualidades e investir dinheiro para realizar
seus sonhos.

Esperamos ter lhe ajudado a desenvolver uma maior consciência


da importância de se fazer um planejamento financeiro familiar,
apresentando a você e sua família ferramentas para colocá-lo
em prática.

Por fim, convidamos você a compartilhar este guia, ajudando


outras pessoas que também buscam compreender mais sobre o
assunto.

28
@meubolsoemdia

www.meubolsoemdia.com.br

realização

29

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