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 COMO LER E INTEPRETAR UM RÓTULO DE
RAÇÃO

As rações foram criadas para facilitar a nossa vida como donos de pets na hora de
alimentá-los. Geralmente são embalagens bonitas e coloridas, com fotos lindas de
alimentos frescos, contém palavras chaves como “Saudável, Natural, Balanceada”, além
de existirem tipos de ração com dietas para todas as doenças e distúrbios (Ex: Para cães
obesos, cães alérgicos, com problemas renais, intestinais e etc...).

Mas será que as rações são realmente saudáveis e contém os ingredientes que vem
estampados nas embalagens, ou são apenas distrações para confundir os consumidores
(donos de pets) induzindo a acreditar que estão comprando um produto de real qualidade
para seus Pets, um produto que promete fornecer mais qualidade de vida ou até curar uma
doença ou distúrbio.

Sem contar o processo de fabricação em altíssima temperatura para que as rações possam
estar armazenadas em embalagens por meses nos estoques de distribuidores e petshops,
será que um alimento que dura tanto tempo assim nas prateleiras das lojas de comida para
pets é realmente natural e saudável?

Hoje em dia vemos uma epidemia de problemas em animais como nunca antes, muitos
donos se queixam dos mesmos sintomas como a diabetes, artrites, obesidade, doenças
autoimunes, alergias, dores nas articulações e há uma grande chance de todos eles
estarem relacionados com a dieta.

Por isso é tão importante que os donos de pets se interessem em aprender a ler e
interpretar um rótulo de ração ao invés de comprar apenas pelas embalagens bonitas!

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 AVALIE SEMPRE A QUALIDADE DOS INGREDIENTES

PROTEÍNAS
A proteína é o componente mais importante da dieta de um cão. Esse ingrediente também
é considerado o de maior preço de custo para o fabricante, por isso ele procura formas
alternativas e mais baratas como proteína de soja, ou subprodutos de origem animal.

O primeiro ingrediente deve ser uma farinha de carne ou carne fresca, a espécie animal
que está na origem da fórmula deve ser referida. Deve procurar identificar a origem
proteica: frango, farinha de frango, peru, farinha de peru, cordeiro, farinha de cordeiro,
pato, farinha de pato, carne de vaca, farinha de carne de vaca e etc.

Você poderá encontrar também os subprodutos (Um subproduto é o que resta de um

animal após ser abatido e todas as partes comestíveis terem sido removidas). Estes são
aceitáveis desde que não sejam a principal fonte de proteína animal e a sua origem seja
nomeada. Por exemplo: “subprodutos de carne de vaca/cordeiro/frango”.

O que evitar:

Devemos evitar todos os ingredientes genéricos que não identificam a espécie animal.

Exemplos:

• Carne e subprodutos de carne

• farinha de subproduto de carne
• farinha de carne
• farinha de carne e osso
• farinha de sangue
• peixe e farinha de peixe
• aves e produtos derivados de aves
• farinha de vísceras
• farinha de subproduto de frango
• farinha de fígado
• Qualquer alimento em que o milho é referido como o ingrediente principal,
particularmente se o glúten de milho é também um ingrediente principal e
nenhuma fonte concentrada de proteína de carne é identificada.

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 CARBOIDRATOS

Desconfie de produtos que consistem principalmente de fragmentos e farinhas. Já que as

farinhas são altamente refinadas e mesmo não sendo prejudiciais, contêm nutrientes
menos valiosos e mais hidratos de carbono refinados do que grãos inteiros.

Tenha cuidado com as designações dos ingredientes nos rótulos. Por exemplo, se
encontrar “arroz, farinha de arroz, farelo de arroz”, tudo no mesmo rótulo, isso quer dizer
que o alimento é praticamente constituído só por arroz.

As principais fontes são:

Os cereais e derivados

• Arroz
• Aveia
• Batata
• Cevada
• Milho
• Trigo

As leguminosas:

• Ervilhas
• Feijão
• Grão de bico
• Lentilhas

O que devemos procurar:

• Grãos integrais como o Arroz, Aveia, Cevada, Painço.

• Batata
• Batata-doce
• Ervilhas

O que devemos evitar:

• Fragmentos de derivados de batata ou farelos.

• Grãos não especificados.
• Subprodutos resultantes da fermentação de grãos solúveis.

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 FRUTAS E VEGETAIS

Frutas frescas e vegetais não transformados contribuem com vitaminas, minerais e

fitonutrientes vários. São ingredientes agradáveis, mas não são de todo essenciais.

Se uma marca de alimento contém fontes de alta qualidade de carboidratos, proteínas e

gorduras, mas não frutas ou vegetais, ainda é uma escolha melhor do que uma com
muitas frutas e vegetais.

Frutas e vegetais são um toque agradável, mas não deve ser um fator decisivo na escolha
de uma marca.

ÓLEOS E GORDURAS

Os cães necessitam de certa quantidade de gorduras e óleos na sua dieta, principalmente

para a saúde da pele e pelagem, mas também para o desenvolvimento adequado do
cérebro e outros processos críticos no corpo.

O que procurar:

Gorduras e óleos claramente identificados:

• Gordura de frango
• Óleo de arenque
• Óleo de canola
• Óleo de girassol
• Óleo de linhaça
• Ômega 6 e Ômega 3 (Altas percentagens, mas uma baixa relação dos dois. Isto é,
para cada cento de Ômega 6, pelo menos 0,13% de Ômega 3 deve estar presente)

O que evitar:

Fontes não identificadas como:

• Gordura animal
• Gordura de aves
• Óleo de peixe
• Óleo vegetal

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 AROMATIZANTES

Alimentos de alta qualidade não precisam de quaisquer aromas, mas os naturais são
inofensivos e podem até acrescentar um pouco de valor nutritivo.

O que procurar: Caldos (carne, frango), fígado de animais especificados.

O que evitar: Todos os produtos altamente processados, ingredientes de origem

desconhecida.

CONSERVANTES

Quanto melhor for a qualidade do ingrediente, menor será o envolvimento do conservante

para atrasar a degradação adicional do produto, tornando antioxidantes naturais como o
extrato de alecrim e a vitamina E muito eficazes.

Qualquer conservante químico não deve ser confiável, alguns deles são até mesmo
proibidos para consumo humano em alguns países devido aos seus efeitos colaterais
discutíveis.

O que procurar:

• Ácido ascórbico
• Ascorbil Palmitato
• Extrato de cravo
• Outras formas de vitamina C
• Rosmaninho
• Tocoferóis mistos (vitamina E)

O que evitar:

• BHA (Hydroxysanisole butilado)

• BHT (hidroxitolueno butilado)
• Etoxiquina
• Metabissulfito de sódio.
• TBHQ (terciária butilhidroquinona)

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 ADOÇANTES

Adoçantes não são recomendados para cães e gatos, mas são geralmente adicionados aos
alimentos de má qualidade para torná-los mais atrativos, caso contrário, os cães
simplesmente se recusariam a comê-los.

Muitos cães ficam viciados em adoçantes, que podem causar ou agravar problemas de
saúde, incluindo infecções de ouvido e diabetes.

O que evitar:

• Açúcar
• Frutose
• Glicirrizina amoniacal
• Glicose
• Melaço de cana
• Propileno glicol
• Sacarose
• Sorbitol
• Xarope de milho em qualquer forma

CORANTES

Os corantes fazem parte do rol de ingredientes desnecessários em comida de cão, uma

vez que os cães não conseguem distinguir tantas cores, além de não se importarem com a
cor da sua alimentação.

Os corantes servem apenas para tornar os produtos mais atraentes para os seres humanos,
por exemplo, esconder a cor cinza de produtos de má qualidade ou variações visíveis de
ingredientes, ou a tentativa de fazer com que uma comida pareça que contém mais carne,
adicionando corante vermelho.

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 SUPLEMENTOS
Todos os alimentos para cães são obrigados a cumprir determinados padrões nutricionais.
Os fabricantes devem adicionar quantidades mínimas determinadas de vitaminas e
minerais.

Como todos os outros ingredientes, estes podem variar em qualidade e na forma como o
corpo os pode absorver. Quaisquer outros suplementos não são uma obrigação, mas
alguns deles acrescentam benefícios consideráveis à saúde.

Certos nutrientes são perdidos ou alterados durante o processamento, mas os fabricantes

de alimentos de qualidade tomam muito cuidado para adicioná-los de volta ao seu
produto depois de ter arrefecido o suficiente.

É importante compreender que suplementos como glucosamina, condroitina e probióticos

geralmente não são incluídos em doses suficientemente expressivas para realmente
proporcionar um efeito terapêutico para as condições particulares da saúde, na quantidade
de alimentação diária. A sua presença pode reduzir a quantidade que você deveria incluir
num suplemento à parte, mas não é um bom critério para escolher um alimento com base
em suplementos adicionais.

O que procurar:

• Fontes naturais de vitamina K (gema de ovo, fígado, aveia, alfafa kelp).

• Minerais quelatos (também rotulados como quelatos, proteinatos, aminoácidos
quelatos ou complexos, complexos polissacarídeos).
• Natural de vitamina E (tocoferol, Tocoferol Natural).
• Non-acidic, versões de vitamina C (rotulados como Ester C, ascorbato de cálcio,
vitamina C estabilizada ou L-ascorbil-2-polifosfato).

O que evitar:

• Menadiona sob qualquer forma (também listado como vitamina K3 ou

"suplemento de vitamina K).
• Sulfato e suplementos de óxido de base mineral, mesmo inofensivos, são mal
absorvidos, portanto praticamente inúteis (por exemplo, óxido de zinco e óxido de
ferro).

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 Exemplo de duas rações consideradas Super Premium

ProPlan Reduced Calorie e a Royal Canin para cães pequenos, mas as dicas
servem para QUALQUER UMA.

PROPLAN

Possui em sua composição alguns ingredientes que deveriam ser evitados em

rações, como:

• BHT (hidroxitolueno butilado)

• Farelo de glúten de milho
• Farinha de subprodutos de frango
• Milho integrado moído
• Símbolo ‘’T’’ de transgênico indicando que possui milho e óleo de soja
transgênicos.

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 ROYAL CANIN

Mesmo afirmando que possui proteínas de altíssima qualidade, possui como fonte de
proteínas, farinhas de vísceras e farinhas de proteína isolada de suínos, que tem
uma qualidade consideravelmente inferior que uma carne fresca.
Ela realmente não possui corantes artificiais, mas apresenta conservantes ruins
como o BHA (Hydroxysanisole butilado) que é um conservante toxico que não
deveria estar na comida nem de humanos nem de animais, e o símbolo T de
transgênico estampada na parte da frente da embalagem.

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