O documento discute o alto número de abortos realizados no Brasil de forma clandestina. Aponta que pesquisas estimam que uma em cada cinco mulheres até os 40 anos já tenha feito um aborto no país, onde a prática é proibida em quase todos os casos. Também destaca que o tema é tratado como uma questão de saúde pública devido à sua alta incidência.
O documento discute o alto número de abortos realizados no Brasil de forma clandestina. Aponta que pesquisas estimam que uma em cada cinco mulheres até os 40 anos já tenha feito um aborto no país, onde a prática é proibida em quase todos os casos. Também destaca que o tema é tratado como uma questão de saúde pública devido à sua alta incidência.
O documento discute o alto número de abortos realizados no Brasil de forma clandestina. Aponta que pesquisas estimam que uma em cada cinco mulheres até os 40 anos já tenha feito um aborto no país, onde a prática é proibida em quase todos os casos. Também destaca que o tema é tratado como uma questão de saúde pública devido à sua alta incidência.
FAMÍLIAS DO PAÍS ALGUÉM JÁ FEZ UM ABORTO – UMA AVÓ, TIA, PRIMA, MÃE, IRMÃ OU FILHA, AINDA QUE EM SEGREDO. TODOS CONHECEMOS UMA MULHER QUE JÁ FEZ ABORTO”, CONCLUI O LEVANTAMENTO, QUE TRATA O TEMA COMO SAÚDE PÚBLICA. PROPOSTA DE REDAÇÃO A publicação do Ministério da Saúde” 20 anos A partir da leitura dos textos motivadores e com base de Pesquisa Sobre Aborto do Brasil“, de 2009, também nos conhecimentos construídos ao longo de sua traça um perfil de quem interrompe a gravidez no país. formação, redija texto dissertativo-argumentativo em Segundo a pesquisa, são “predominantemente modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o mulheres entre 20 e 29 anos, em união estável, com tema “A ética e moral no que se refere à questão do até oito anos de estudo, trabalhadoras, católicas, com aborto no Brasil contemporâneo”, apresentando pelo menos um filho e usuárias de métodos proposta de intervenção que respeite os direitos contraceptivos, as quais abortam com misoprostol humanos. Selecione, organize e relacione, de forma [remédio abortivo popularmente conhecido como coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de Cytotec]”. seu ponto de vista. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-03/uma-em-cada- cinco-mulheres-fara-um-aborto-ate-os-40-anos-indica-pesquisa Acesso em 01 TEXTO I novembro 2017
A segunda edição da Pesquisa Nacional
de Aborto (PNA), realizada em 2016 pelo Anis Instituto TEXTO II de Bioética e pela Universidade de Brasília (UnB), Falar sobre aborto costuma gerar polêmica, mas os aponta que 20% das mulheres terão feito ao menos números que circundam essa prática tornam o debate um aborto ilegal ao final da vida reprodutiva, ou seja, inevitável. Segundo a OMS, 22 milhões uma em cada cinco mulheres aos 40 anos terá de abortos ocorrem por ano em locais insalubres e sem abortado ao menos uma vez. De acordo com os dados, a estrutura adequada. Estima-se, ainda, que 47 mil em 2015, 417 mil mulheres nas áreas urbanas do mulheres morram todos os anos por complicações Brasil interromperam a gravidez, número que sobe decorrentes do procedimento. para 503 mil se for incluída a zona rural. O tema volta ao debate depois que uma nova ação chegou ao Grupos defensores de direitos das mulheres defendem Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a que, se a prática fosse descriminalizada, tanto a mulher descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestante que decide interromper a gravidez como o gestação, em qualquer situação. terceiro que realiza o procedimento, deixariam de ser penalizados por isso. Algo que traria maior segurança Segundo a pesquisa, a mulher que aborta tem entre 18 jurídica para os envolvidos. e 39 anos, é alfabetizada, de área urbana e de todas as classes socioeconômicas, sendo que a maior parte Já a legalização seria um passo adiante: estabelecer (48%) completou o ensino fundamental e 26% tinham regras para regulamentar a prática, oferecendo ensino superior. Do total, 67% já tinha filhos. A estrutura para que o aborto ocorresse de forma segura, pesquisa aponta ainda que a religião professada não é sem risco de vida para a gestante. impeditivo para o ato, pois 56% dos casos registrados foram praticados por católicas e 25% por protestantes Para a antropóloga Debora Diniz, da Universidade de ou evangélicas. Brasília, a discussão em torno do tema deve frisar que a sua legalização não é sinônimo de banalização. “As mulheres devem saber que recorrer à prática é só em último caso e que elas devem continuar a utilizar preservativos”, nota. Disponível em: https://super.abril.com.br/sociedade/entenda-como-o-aborto-e- tratado-ao-redor-do-mundo/ Acesso em 01 novembro 2017.
TEXTO III
São muitos dilemas que envolvem a questão de aborto
e ética — no Brasil o abortamento é permitido em duas situações: quando a gravidez representa risco de morte para a mãe e nos casos de estupro. Mas apesar das restrições, o número de abortamentos realizados clandestinamente no nosso país é enorme.
Poucas questões em Medicina têm despertado debates
tão acalorados quanto a questão do aborto. Se por um lado há os que defendem a descriminalização do aborto, há aqueles – e são muitos — que se apoiam em argumentos morais, políticos e religiosos para continuar contrários à sua proibição.
No Brasil, está na lei que o abortamento é permitido em
duas situações: quando a gravidez representa risco de morte para a mãe e nos casos de estupro, se a mulher desejar interromper a gravidez. Mais recentemente, os juizes têm deferido favoravelmente os pedidos de interrupção da gravidez dos fetos anencéfalos.
Apesar da polêmica e das restrições, o número de
abortamentos realizados clandestinamente no nosso país é enorme. A julgar apenas pelos índices expressivos de complicações decorrentes de abortamentos realizados em condições precárias nas mulheres atendidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), fica evidente que a atual lei brasileira sobre o assunto não está sendo respeitada. Portanto, é chegada a hora de rediscutir um problema que envolve todos os segmentos sociais.