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Rebello jun/2016
Definição:
Onde: 𝑇(𝑣⃗) = 𝜆. 𝑣⃗
De forma mais simples, isso significa que os autovetores, pertencem a direções que não
sofrem mudança de direção após a uma transformação.
Na engenharia, tais direções são usadas para determinação de novas bases que
produzem melhor tratamento analítico no modelamento de campos vetoriais, veja
𝑣⃗1 = [ 0, 2] → 𝑇(𝑣⃗1 ) = [ 0 , −4 ]
𝑣⃗2 = [ 5, 0] → 𝑇(𝑣⃗2 ) = [ 5 , 0 ]
𝑣⃗3 = [ 2, 1] → 𝑇(𝑣⃗3 ) = [ 2 , −2 ]
Veja que:
Vamos ver agora uma maneira mais racional para determinação dessas direções
especiais numa transformação linear 𝑇: 𝑉 → 𝑉 .
𝑎 𝑏
Dada sua matriz de transformação 𝑨 = [ ] podemos dizer:
𝑐 𝑑
𝑎 𝑏 𝑥 𝑥
Se 𝑇(𝑣⃗ ) = 𝜆. 𝑣⃗ então: [ ] . {𝑦} = 𝜆. {𝑦}
𝑐 𝑑
𝑥
Com o objetivo de evidenciar {𝑦} , precisamos fazer uma manipulação no lado esquerdo
𝑎 𝑏 𝑥 1 0 𝑥
[ ] . {𝑦} = 𝜆. [ ]{ }
𝑐 𝑑 0 1 𝑦
𝑎 𝑏 𝑥 𝜆 0 𝑥
[ ] . {𝑦} = [ ]{ }
𝑐 𝑑 0 𝜆 𝑦
𝑎 𝑏 𝜆 0 𝑥 0
([ ] − [ ] ).{ 𝑦 } = { }
𝑐 𝑑 0 𝜆 0
𝑎−𝜆 𝑏 𝑥 0
[ ].{ 𝑦 } = { } (#)
𝑐 𝑑−𝜆 0
𝑎−𝜆 𝑏
𝑑𝑒𝑡 [ ]=0
𝑐 𝑑−𝜆
1 2 𝑥
Na forma matricial temos, 𝑇(𝑥, 𝑦) = [ ] {𝑦}
3 2
1−𝜆 2
det [ ]=0
3 2−𝜆
(1 − 𝜆)(2 − 𝜆) − 6 = 0
𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 ( polinômio característico )
1−𝜆 2 𝑥 0
[ ].{ 𝑦 } = { }
3 2−𝜆 0
Para: 𝜆1 = 4, temos:
−3 2 𝑥 0
[ ].{ 𝑦 } = { }
3 −2 0
−3𝑥 + 2𝑦 = 0
Formando o sistema : { , a simples soma já indica que se trata de um
3𝑥 − 2𝑦 = 0
sistema indeterminado, ou seja, válido para infinitos valores de (𝑥, 𝑦) desde que atenda
uma das equações como −3𝑥 + 2𝑦 = 0.
3 3
Portanto, a solução é 𝑦 = 2 𝑥 , o auto vetor 𝑣⃗1 = [ 𝑥, 𝑥]
2
2 2 𝑥 0
[ ].{ 𝑦 } = { }
3 3 0
2𝑥 + 2𝑦 = 0 𝑥+𝑦 =0
Formando o sistema : { ou ainda por simplificação {
3𝑥 + 3𝑦 = 0 𝑥+𝑦 =0
Estes vetores representam direções especiais veja pelo campo vetorial gerado no Maple a
partir da transformação
𝑇(𝑥, 𝑦) = [ 𝑥 + 2𝑦, 3𝑥 + 2𝑦 ] .
3
𝜆1 = 4 𝑒 𝑣⃗1 = 𝑘 [ 1 , ]
É comum na literatura a resposta típica: { 2 , k como um escalar.
𝜆2 = −1 𝑒 𝑣⃗2 = 𝑘 [ 1 , −1 ]
Softwares de engenharia costumam ainda usar vetores unitário para expressar os autovetores.
Note que no Scilab, como dado de entrada, foi digitada a matriz de transformação A e em
seguida o comando “spec”. A saída, mostra os autovalores na diagonal principal e os
autovetores, em coluna, também organizados em matriz.
Um exemplo de 𝑇: 𝑅 3 → 𝑅 3 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = [ −𝑥 − 2𝑦 − 4, 𝑥 + 2𝑦 + 𝑧, −𝑥 − 𝑦 ]
−1 −2 −4 𝑥
Na forma matricial: 𝑇(𝑥, 𝑦, 𝑧) = [ 1 2 1 ] {𝑦 }
−1 −1 0 𝑧
−1 − 𝜆 −2 −4 𝑥 0
Logo [ 1 2−𝜆 1 ] {𝑦} = {0}
−1 −1 −𝜆 𝑧 0
−1 − 𝜆 −2 −4
det [ 1 2−𝜆 1 ]=0 Isso garante solução diferente da trivial (𝑥 = 0, 𝑦 = 0 , 𝑧 = 0 )
−1 −1 −𝜆
−𝑥 − 𝑦 − 2𝑧 = 0
Veja que só temos 2 equações úteis: {
𝑥+ 𝑦+ 𝑧=0
−1 − √3 −2 −4 𝑥 0
Para 𝜆2 = √3 [ 1 2 − √3 1 ] { 𝑦 } = {0}
−1 −1 −√3 𝑧 0
(−1 − √3 )𝑥 − 2𝑦 − 4𝑧 = 0
Sistema: { 𝑥 + (2 − √3 )𝑦 + 𝑧 = 0 solução: 𝑥 = (1 − √3 )𝑧 , 𝑦 = −𝑧
−𝑥 − 𝑦 − √3 𝑧 = 0
−1 + √3 −2 −4 𝑥 0
Para 𝜆3 = −√3 [ 1 2 + √3 1 ] { 𝑦 } = {0}
−1 −1 √3 𝑧 0
(−1 + √3 )𝑥 − 2𝑦 − 4𝑧 = 0
Sistema: { 𝑥 + (2 + √3 )𝑦 + 𝑧 = 0 solução: 𝑥 = (1 + √3 )𝑧 , 𝑦 = −𝑧
−𝑥 − 𝑦 + √3 𝑧 = 0
Finalmente temos:
𝜆1 → 𝑣⃗1 = 𝑎[ 1, −1 , 0 ]
𝜆2 → 𝑣⃗2 = 𝑏[ (1 − √3 ), −1 , 1 ]
𝜆3 → 𝑣⃗3 = 𝑐[ (1 + √3 ), −1 , 1 ]
Bom estudo!