10ºano
Roma
(séc. I a.C. a séc. I d.C.)
O Século de Augusto
Roma atingiu a sua época de ouro
PODER ABSOLUTO:
Obtido das instituições políticas de Roma
uma autoridade absoluta, de caráter quase
divino que originou o CULTO IMPERIAL – fator de
propaganda e união do Império (paz e prosperidade)
PLANO MILITAR – reestabeleceu ordem e
disciplina (paz armada), conquistou e pacificou as
províncias
PLANO POLÍTICO – reformou o aparelho
administrativo e reforçou poderes do Imperador
(novos órgãos poder e reduziu os do Senado)
PLANO SOCIAL – estabeleceu a paz social
reordenando a população com base numa
igualdade perante a lei e defender do imposto
pago a possibilidade de ser eleito para postos
políticos
PLANO CULTURAL – protegeu os sábios/
artistas, iniciou o mecenato, patrocinou obras
públicas (estradas, fóruns, bibliotecas, templos)
PLANO RELIGIOSO – restabeleceu a religião
tradicional ligando-a ao culto do imperador
EXPANSÃO DO IMPÉRIO:
poder centralizado, divino e autocrático dos
imperadores
modernidade das leis (sistema jurídico)
raiz do direito ocidental
língua comum oficial (latim)
organização e disciplina militar
cultura eclética
EXPANSÃO DO IMPÉRIO:
Capital de um vasto império, Roma, a urbe
ou a cidade por excelência cresceu como uma
cidade cosmopolitana, modelo administrativo e
civilizacional das cidades do império
História da Cultura e das Artes
As cidades eram como sedes do seu
governo político-militar e fizeram da vida urbana
o mais rápido processo de aculturação da
população
Cidade do séc. VIII a.C. conquistou territórios,
tornou o mediterrâneo no mar romano,
enriqueceu e impos o seu poder a todas as
terras do seu império. Roma tornou se ainda no
modelo administrativo e civilizacional, com as
mesmas instituições e órgãos administrativos
que ela. Os fóruns (praças publicas, centros
cívicos, administrativos, políticos, religiosos,
comerciais) ladeados por templos e basílicas,
senados e outros, tornaram se o centro de
todas as cidades do império, imagem do seu
poder e glória
Também foi copiado o modelo de vida
sociocultural (rápido e profundo processo de
aculturação) – romanização
ROMANIZAÇÃO DA PENÍNSULA IBÉRICA:
Construção de estradas, cidades, estádios,
anfiteatros
Melhoria de casas
Alterou-se o latim
Uso da moeda
Lei e autonomia romana
Estilo de vida
Construção de termas
= melhoria da vida das pessoas
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 10ºano
ORGANIZAÇÃO SOCIAL:
IMPERADOR
SENADO
CAVALEIROS
PLEBE (urbana e rural)
ESCRAVOS
+ ricos, ricos eram cultos, prisoneiros de guerra
Pagam censo imposto que se paga quantia
maior = mais ricos (só não pagavam os
plebeus/plebeias)
Todos os habitantes eram organizados em
função do seu rendimento (escalões)
Mobilidade social = todos tinham poderes
OCTÁVIO CESAR AUGUSTO (Biografia):
= divino, (63 a.C. – 14 d.C.)
Octávio (nome próprio)
César (apelido)
Augusto (recebido
quando imperador)
Tinha todos os poderes
Governou com calma,
mas bem
Tentou não entrar em conflitos
“mãos de ferro, luvas de veludo” - concentra
todos os poderes na sua mão, mas é prudente,
diplomata, inteligente e pacífico
Persuasivo - promete às pessoas
contrapartidas, como cargos importantes para o
apoiarem) e bom estratego
Começou desde cedo a participar na vida
política de Roma
Diplomaticamente afastou rivais e cumpriu as
leis – forma de se impor perante o senado
Paz romana (“paz de augusto”), reformas
administrativas, o desenvolvimento económico,
social cultural, urbanístico contribuíram para que
o senado após a sua morte o divinizasse.
História da Cultura e das Artes
PODER EXECUTIVO – controlo de todos os
grupos sociais através da lei e verificar se é
cumprida
PODER LEGISLATIVO – fazer as leis
PODER MILITAR – precisava de purificar as
regiões
PODER RELIGIOSO – 1º sacerdote – permitiu
cultos locais, adicionavam se deuses de outros
povos
PODER TRIBUNÍCIO – tribunas da plebe – povo
reunia e apresentava + tarde os problemas ao
senado, imperador resolvia-os em nome de todos
(sentiam-se ouvidos)
O SENADO E O CORSUS HONORUM:
“parlamento”
Representavam os cidadãos e faziam as leis,
existiu antes o Imperador que passou a mandar
neles, reuniam-se na mesma para tentar resolver
os problemas gerais, decidiam assuntos da cidade
e faziam com que se aplicassem
Mais velha instituição do estado romano, maior
e único órgão político
Antes dominavam todos os assuntos da vida
política, agora com augusto foram reduzidos o nº
membros e retirados poderes (apenas legislativo
e deliberativo na administração local em Roma,
Itália e províncias pacificadas)
Aprovavam e
faziam as leis para
resolver os
problemas da cidade
Realizavam as
reuniões na cúria,
onde a apalavra, a
retorica ou a arte de bem-falar era a condição
fundamental p sucesso dos oradores, p facilitação
da discussão e p o sentido das deliberações
Com os gregos, os romanos aprenderam a
arte de falar
cargos de honra - Imperador criou os aos
senadores mais ricos para se sentirem
privilegiados e com autoridade e como existiam
mtas cidades p governar, a lei vai dizer oq fazer
em cada uma
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 10ºano História da Cultura e das Artes

LEI ROMANA:
Inicialmente não eram escritas – desigualdade
na aplicação
A excelência das leis romanas distinguia se por
racionalidade e lucidez dos princípios gerais,
pragmatismo, experiência colocada na análise de
situações concretas, complexidade das situações
abrangentes
Direito romano , resultante da recolha e
compilação de várias fontes jurídicas como a lei
das doze tabuas e as leis emanadas do senado e
leis promulgadas pelos imperadores, uniformizou
os procedimentos da justiça e dos tribunais, como
fator de romanização
LATIM:
O ÓCIO:
tempo livre e herança dos gregos
Como n havia postos de trabalhos para todos,
pois se a população tiver abundância de
abastecimento, aumenta, os postos não podem
aumentar, então criaram atividades de ócio
gratuitas, pagas pelo estado
PRIVADAS – destinadas aos mais ricos e cultos
e realizadas nas suas casas (Villas) – gosto pela
leitura, filosofia, música, artes, colecionismo
PUBLICAS – destinadas a população em geral
– termas – honram deuses – jogos (estádios,
corridas de cavalo no circo máximo), teatro
(farsas e comedias), anfiteatro, combates
(coliseus/anfiteatros)

DE CÍCERO/ERUDITO DE "LIMES" ARTE ROMANA

•língua escrita de •língua do povo, Prática , monumental e funcional (preocupada
acordo com todas as falada/oral
regras
com a resolução dos aspetos práticos e técnicos
•construída a partir
•restrito a uma do latim oral de construir) – soluções criativas, inovadoras p
pequena elite de misturada com as responder as necessidades demográficas,
sábios puristas línguas locais económicas, políticas, culturais – utilidade, poder,
força, grandeza, solidez
Deu origem às línguas novilatinas da atualidade
(português, espanhol, francês, romeno, italiano) Arquitetura
Latim puro só existe na forma escrita
Milhões de habitantes – tipos de construção
adaptadas à população/escala do império
O INCÊNDIO DE ROMA (Acontecimento):
(grandioso) para demonstrar o poder do
Ano 64, julho imperador
Grande incêndio, +7 dias Preocupação com a funcionalidade
Devastou palácios, Onde não há pedra, adaptam com o q têm
templos, basílicas, zonas para criar coisas funcionais, utilitárias e resistentes
residências ricas e pobres Sentido pragmático (pratico, simplificado, valor à
Perdas humanas, devido utilidade)
as ruas estreitas e tortuosas , casas de madeira e Cultura eclética
altas que impediam o combate a conflagração Materiais variados e
(fogo – iluminação e aquecimento)
plásticos: começam por
Nero (37-68 d.C.) imperava em Roma, mas a construir com OPUS
população já n tava mto contente com as suas (percussores do cimento e do betão) e
excentridades. Ajudou, mas a população revoltou tradicionais (pedra, tijolo, mármore, madeira)
se, que culpou os cristãos e persegui os e Mais barato que materiais tradicionais
martirizou os
Construção de abobadas cupuladas e paredes
Depois de apaziguada, mandou reconstruir
arredondadas ou em abside
Roma, segundo planos urbanísticos modernos e
Obrigou ao uso de revestimentos que
sumptuosos
disfarçassem o aspeto final
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 10ºano História da Cultura e das Artes

VANTAGENS: ORDENS ARQUITETÓNICAS:

construir em todos os locais (modelo construção) DÓRICA – capitel forma taça, colunas sóbrias,
espaço interior amplo sem base, fuste robusto e caneluras, género
acústica masculino
luz zenital (cúpula aberta) – vertical e natural JÓNICA – capitel com volutas, colunas leves e
graciosas, base mais larga que fuste, fuste fino e
caneluras, género feminino
TÉCNICAS:
CORÍNTIA – capitel + alto e com folhas de
Cofragem – “caixa” ou molde
acanto, fuste com caneluras, base mais estreita
usada para colocar o opus e criar
TOSCANA – inspiração na dórica, base e
lhe forma
capitel simples. Fuste liso
Terraplenagem – abandonam o sistema trílico
COMPÓSITA – inspirado jónica e coríntia,
e aparece a utilização dos alicerces para analisar
e nivelar o terreno colunas e folhas de acanto, fuste com caneluras
Embasamento
Grampos de metal
Cimbres – molde de
madeira das aduelas
Exagero da decoração – ordens gregas
modificando proporções e formas – toscana e
compósita

SISTEMAS CONTRUTIVOS: ARQUITETURA RELIGIOSA

Permitiram criar novos modelos de edifícios,
Devido à sua função, eram os mais
diversificar as plantas, projetar compartimentos e
importantes da cidade
articular melhor os espaços interiores
ARCOS – desenhado igual a
TEMPLOS:
½ circunferência (arco romano
Plantas retangulares ou
ou arco de volta perfeita)
ABOBADAS – circulares
Uma cella fechada
meio dos arcos (pelo menos 2)
sendo uma cobertura só possível Construído sobre um Podium
ser vista no interior de edifícios, Falsamente períptero sem peristilo (colunas
ao contrário com forma de U laterais adossadas às paredes exteriores)
fazia de canalização de água Colunas ornamentais – decoração
CÚPULAS – tipo de
cobertura que PANTEÃO DE ROMA:
geometricamente Origem grega
corresponde a meia
Circular
esfera ou calote
ARCADAS – conjunto de colunas unidas óculo
superiormente por arcos Cúpula em
– construção em altura forma de calote
– junção do arco Pintado de
romano e do azul e amarelo
entablamento grego para representar o céu (aurora boreal)
Pórtico retangular

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 10ºano História da Cultura e das Artes

ARAS/ALTARES: ANFITEATROS:
pequenas construções mais populares, devido a realização dos jogos
em que se realizam circenses”
sacrifícios ou oferendas aos planta circular/elíptica,
deuses descobertos, 3/4andares
forma de mesa msm técnica q teatros

SANTUÁRIOS: ESTÁDIOS-HIPÓDROMOS (CIRCOS):

grandiosos, ligados ao anfiteatro, p
construídos deuses, monstros p contar
por anfiteatros, voltas das “corridas de cavalo”,
rodeados por arena em areia, tribuna
arcadas, atras imperial na ponta da bancada
havia templos
alojamento para sacerdotes TERMAS (BALNEÁRIOS PÚBLICOS):
destinados a
ARQUITETURA PÚBLICA grande nº pessoas,
Pretendiam facilitar a ligação locais de encontro e
/ transporte e abastecimento convívio social, ambos
água (estradas, pontes, sexos, mas locais
aquedutos) separados
tinham piscinas diversas p estimular a
BASÍLICAS: circulação sanguínea (água quente caldário, água
grandes salas fria frigidário, água tépida tepidário, ar livre
retangulares divididas natatio), vestiários, saunas, ginásios, espaços
em 3/5 naves verdes ao ar livre com basílicas
cobertas com
abobadas berço ou ARQUITETURA COMEMORATIVA
aresta, pórtico com Comemoraram vitórias das batalhas
arcadas nas fachadas
multifuncionais (albergavam tribunais, parte de COLUNAS (Caso Prático):
tremas, mercados, palácios imperiais) altas e esculpidas
Trajano (113 d.C.) friso
TEATROS:
esculpido com 200m,
seguiram os gregos, técnicas diferentes, 2500 figuras (campanhas
sistemas de abobadas que sustentavam as de Trajano na dácia),
bancadas e permitiam ser construídos em sepultado la com a sua
qualquer lugar (cávea ligada a parte do palco mulher (deixar marca do
fechando o seu reinado), registo da
recinto) vitoria p gerações futuras
a
decoração ARCOS DE TRIUNFO:
exterior representavam 1/3
imitava a fórnices (vãos)
das escultura em relevo
basílicas

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 10ºano História da Cultura e das Artes

ARQUITETURA PRIVADA (casas) Escultura

DOMUS: INFLUÊNCIAS:
habitações unifamiliares de ETRUSCAS - retrato túmulos, gosto detalhe
dimensões generosas, situadas GREGAS - clássicas e helenísticas
na cidade, baixas, ½ pisos
½ pátios interiores GENEROS:
VILLA OU VILLAE: RETRATOS – imagens reais
habitações unifamiliares, construídas dentro de que evidenciam carater +
psicológico, traços distintivos +
grandes propriedades rurais
únicos, marcas do tempo e
rodeadas de jardins, albergavam os criados
sofrimento humanos, função
INSULAE: religiosa do culto dos
construções urbanas antepassados e praticas
funerárias
c/ vários pisos, cada
ESTATUAS-EQUESTRES
andar várias habitações
(cenáculo) (RETRATOS-ESTATUAS) – dos
destinados ao imperadores passaram a
exercer papel político e
comércio (piso térreo) e
propagandístico levando a
habitações das classes
imagem do poder a todas as
populares, ½ andar opus
partes do império,
e resto madeira p
pedra/bronze, reflexo poder
construção + rápida e barata, 1º andar eram as
imperial e elemento de
famílias c/ + poder económico c/ água canalizada
unificação território
e esgotos, cozinha e lareira, mas como eram
mtas famílias criaram pqns fogareiros c/ divisórias
de madeira q levavam a incêndios

Urbanismo
CARACTERÍSTICAS:
Torno de uma praça publica (fórum) e a volta RELEVO – subordinado a
existiam cúria, templos basílicas arquitetura, fins narrativos,
Arredores existiam teatros, bibliotecas, comemorativos e históricos,
termas, arcos triunfo decorativo dos edifícios (aras,
Traçado em frisos, tímpanos, sarcófagos,
reticula arcos de triunfo, colunas)
2 vias principais:
CARACTERÍSTICAS:
CARDO N-S e
Reproduz fielmente o modelo
DECUMANO E-O
Realismo absoluto, reproduz todas rugas
PREOCUPAÇÕES URBANÍSTICAS: verrugas flacidez, análise impiedosa e minuciosa
Construção vias de comunicação Fixa dureza expressão - psicológicas e
Criação de sistemas de esgotos e intelectuais, acentuando carater fotográfico
Proporção e cânones
abastecimentos de águas – aquedutos
Prevenção de incêndios Profundidade, diferentes tipos de relevo – alto,
Uniformização progressiva dos hábitos de vida medio, baixo e esmagado – obtendo perspetiva
e construção espacial
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Pintura
Forma de revestimento do opus

1º estilo
PINTURA MÓVEL (QUADRO)
• pintura normalmente sobre madeira, técnicas
da Encáustica* ou Têmpera*

PINTURA MURAL
• reveste paredes, tetos, abobadas, cúpulas.
Contruída em opus, técnicas a fresco ou 2º ESTILO OU ARQUITETÓNICO
encaustica
Séc. I a.C.
MOSAICO 3 faixas horizontais
• forma de revestimento à base de tesselas*, Elementos arquitetónicos q
mais pequenos = mais minuciosos
emolduram painéis com cenas
mitológicas ou religiosas
Paisagens naturais – janela
simuladas, edifícios romanos
Efeito ilusório, recuo ou
afundamento da parede –
perspetiva arquitetónica
INFLUÊNCIAS: 3º ESTILO OU ORNAMENTAL OU DE
PAREDES REAIS
ETRUSCAS – pintavam paredes túmulos e casa
Séc. I a.C.
EGÍPCIAS – arte do retrato
Pintadas com 1 só cor preto
GREGAS – imitar mármores de diversas cores,
ou vermelho
romanos adicionaram à influência, sentido pratico, Sobre o fundo pormenores
documental e realista
arquitetónicos pequenos
TEMAS: Cenas pintadas são
PINTURA TRIUNFAL – cena históricas assemelhadas a quadros
MIOLÓGICOS – mistérios e vida dos deuses pendurados na parede
PAISAGENS – carater bucólico ˟ 3 faixas
NATUREZAS-MORTAS – objetos inanimados 4º ESTILO OU CENOGRÁFICO OU
CENAS DE GÉNERO - quotidiano e festas ILUSIONISTA
Séc. I a.C.
RETRATOS – madeira, metal, fresco, encaustica
Aspeto de todos e reforça o teatral
OS FRESCOS DE POMPEIA (Caso Prático): Elementos arquitetónicos fingidos em trompe
cores vivas e perspetiva, vulcão vesúvio l’oeil
Ilusões da realidade
1º ESTILO OU DE INCRUSTAÇÃO OU
ESTRUTURAL Cenas decorativas
séc. II a.C. mitológicas/irreais ou
3 faixas horizontais uma só cor religiosas
Baseadas em outros
Vermelho, azul, amarelo, preto
elementos
Falsos elementos arquitetónicos Cores vibrantes e
Motivos geométricos contrastantes
˟ 3 faixas