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Intervenção do enfermeiro na pessoa dependente no Autocuidado

Organização unidade equipamentos quarto 4. Coordenadamente, com os dois braços faz força para
elevar a pessoa.
 Abordagem do doente
5. Após sentada, estabilizar pessoa no bordo da cama.
preferencialmente pelo lado
6. Cuidador coloca mãos a envolver e segurar zona
lesado;
cintura, introduzir MI dos cuidados, entre os 2 MI da
pessoa e ajudar a colocar de pé. (trancar joelho, se
 Lado afetado para centro do
necessário).
quarto.
7. Pessoa pode ajudar segurando omoplatas ou cintura
do cuidador (nunca permitir segurar zona cervical).

Produtos de apoio Tendo previamente colocado CR ao lado da cama,


ângulo cerca 30º, ajudar a rodar a pessoa até ela ficar
 Destinam-se a pessoas com deficiência ou
sentada na CR.
incapacidade, aos idosos ou, aos que, de forma
temporária ou definitiva, necessitam de os utilizar. LEVANTE com AJUDA (pelo Lado Lesado)
 Os produtos de apoio são utilizados ou colocados pelo
próprio ou com a ajuda de terceiros (técnicos ou
familiares) tendo como objetivo uma maior
funcionalidade (autonomia)

Autocuidado – usar cadeiras rodas

TRANSFERÊNCIA com AJUDA

Autocuidado transferir-se e andar

LEVANTE sem AJUDA (pelo Lado Lesado) LEVANTE sem AJUDA (pelo lado são)

1. Chegar a pessoa cuidada para o lado para o qual a  CR lado não lesado em ângulo 30º
iremos levantar.
2. Se possível, elevar cabeceira da cama – pessoa fica
quase sentada.
3. Cuidador coloca seu
braço na região omoplata
da pessoa e a outra mão e
braço na zona posterior
do joelho da pessoa.
TRANFERÊNCIA com TÁBUA da CAMA / CR RODAS e vice- levanta a cadeira pelos
versa punhos até que as rodas
grandes estejam
também sobre o passeio
ou degrau.

Nota: A pessoa sentada


pode ajudar, controlando manualmente os movimentos das
rodas grandes.
DEAMBULAÇÃO: CR … DESCER ESCADAS
DEAMBULAÇÃO: Cadeira Rodas…
 Sempre que possível, 2 cuidadores: 1 manobra as
pegas da CR o outro apoia à frente da CR… (segurança)  Utilizar como ÚLTIMA OPÇÃO…

Hipótese A 1. Cuidador aproxima a cadeira do DEAMBULAÇÃO: COLOCAÇÃO do CUIDADOR / TÉCNICO…


bordo do degrau ou do passeio,
1. Inicialmente, de frente para a
inclina ligeiramente a CR para trás
pessoa, o cuidador apoia-o nos
de modo que o peso da pessoa seja
braços.
suportado pelas rodas grandes ao
descer o degrau; 2. Os pés da pessoa ficam entre os

2. Seguida desce, utilizando as pés do cuidador.

rodas grandes para evitar o


3. Cuidador com os seus braços
impacto;
apoia a pessoa, induzindo com os seus braços o movimento
3. A manobra termina quando as
de marcha. …
rodas pequenas estiverem assentes
no chão;  Posteriormente, técnico no lado lesado… e auxiliar de

4. A cabeça da pessoa cuidada deve marcha no membro superior são…

ficar apoiada no peito do cuidador.


Hipótese B 1. Cuidador roda a cadeira para DEAMBULAÇÃO com BENGALA /
ficar de costas para o degrau; CANADIANA
2. Depois desce o degrau e inclina a
 Como efetuar:
cadeira para si, de forma a
aproximar as rodas grandes e 1. Bengala na mão do MS são;
descer o degrau;
2. Avançar, em simultâneo, bengala
3. Quando as rodas pequenas
lateralmente e MI lesado para frente;
estiverem assentes no chão, roda a
cadeira para a direção pretendida. 3. Avança MI são.
Nota: A pessoa sentada pode ajudar, controlando
ALGUNS TIPOS de AUXILIARES MARCHA…
manualmente os movimentos das rodas grandes.
 Bengalas
DEAMBULAÇÃO: CR… SUBIR ESCADAS
 Muleta canadense
Cuidador aproxima a cadeira da beira do degrau ou do  Andadores
passeio, inclina-a ligeiramente para trás, até as rodas
ALTURA AUXILIAR MARCHA PARA DEAMBULAÇÃO
pequenas estarem em cima do degrau ou do passeio,
 Medição altura bengala e muleta canadense: Autocuidado higiene

 Ponta com proteção a 15-20 cm frente do bordo Engloba: autocuidado banho, autocuidado lavar-se,
lateral externo do pé; autocuidado arranjar-se...
 Altura do grande trocânter com ligeira flexão
 Barras de apoio nas paredes
cotovelo (20-30 º) com pessoa calçada.
 Cadeira / banco na banheira / base de chuveiro (calços
DEAMBULAÇÃO com QUADRIPÉ / TRIPÉ de borracha/aderentes)

A) Início (auxiliar de marcha no MS são  Tapetes antiderrapantes (dentro e fora da banheira)


 Chuveiro tipo “telefone”
B) Avança o auxiliar de marcha e desloca o MI afetado
 Temperatura da água (ausência ou diminuição
(branco) até nível da auxiliar marcha;
sensibilidade)
C) Suporta o peso no MI afetado (branco) e no  Escova de cabo comprido
equipamento e desloca o MI são (azul) para os níveis de B.  Enxaguar-se sentado (cadeira de banho)

Nota: AUTOCUIDADO BANHO

 A bengala apresenta apenas um ponto de contacto


com o chão, ao contrário das pirâmides (tripé e
quadripé), de base de apoio mais larga (3 e 4 pés).

DEAMBULAÇÃO com ANDADOR/ Andarilho s/ Rodas

A) Posição inicial

B) Deslocar o andarilho para a frente;

C) Dar passo em frente com o MI afetado (branco);


Transferência banheira: entrada e saída
D) A seguir dar com o MI saudável (azul), não ultrapassando
a base do andarilho.

AUTOCUIDADO LAVAR-SE
SUBIR / DESCER ESCADAS

AUTOCUIDADO ARRANJAR-SE
 Barbear-se com máquina (evitar risco de lesar pele)
 Pentear-se com:
 escova / pente de cabo comprido
 escova com pega
 Estimular a cuidar da aparência (cabelo, perfume, etc.)
Reforço da autoimagem / autoestima

TÉCNICA VESTIR / DESPIR CASACO FECHADO

Autocuidado vestuário
TÉCNICA VESTIR / DESPIR CASACO ABERTO
Engloba: vestir-se e despir-se…

TÉCNICA VESTIR / DESPIR CALÇAS (DTE COM EQUILÍBRIO) TÉCNICA VESTIR / DESPIR SOUTIEN

TÉCNICA CALÇAR / TÉCNICA DESLAÇAR MEIAS VESTIR /


TÉCNICA VESTIR / DESPIR CALÇAS (DTE SEM EQUILÍBRIO)
DESPIR CUECA
 Alimentos moles (espessantes)
 Posicionamento sentado (se não houver
contraindicação…)
 Alimentação pela boca - pequenas quantidades (5-
10 ml várias vezes/dia)
 Estimulação do lado afetado da boca (massagem
bilateral da face)

B) Alteração coordenação mão-boca


 Treino coordenação
 Atacadores: elásticos; * em espiral  Engrossamento cabo
 Incentivar ao treino de:
 calçar / descalçar
 colocar atacadores
 Sapatos:
 resistentes /
indeformáveis /
confortáveis (risco de
unhas encravadas)
 de atacadores em vez
de luva
 com elásticos laterais /
velcro (ténis) Autocuidado ir ao sanitário
 com o salto largo (4 a 5 cm)
A) Eliminação vesical:
 Importância do controle do débito urinário
 Ocorrência de retenção / incontinência / noctúria

Boa sustentabilidade e estabilidade  Dificuldades na comunicação


 Estado confusional
 Primeiros dias – possibilidade de algaliação  MEDIDA
Autocuidado comer e autocuidado beber DE CARÁTER PROVISÓRIO!!!
 À medida que os reflexos periféricos retornam e a
A) Alteração da capacidade de
espasticidade aparece (3ª a 4ª semana) torna-se
mastigação/deglutição
comum situações de:
 Disfagia para sólidos ou líquidos
 Incontinência urinária…
 Condicionam a alimentação nos primeiros dias
 Incontinência de urgência...
 alimentação parentérica (rigor nos volumes
 Idas ao WC / Urinol / Dispositivo urinário / Fralda…
entrados/saídos)
 Bexiga neurogénica… lesão 1º neurónio motor…
 alimentação por SNG (cuidados inerentes)
B) ELIMINAÇÃO INTESTINAL:
 À medida que o reflexo de deglutição vai sendo
 Lentificação do peristaltismo intestinal
recuperado…
 Pesquisa do reflexo de deglutição (pequenas  Obstipação / Fecalomas

colheres de água)  Fundamental a prevenção:


 hidratação
 alimentação rica em fibras
 medicação (diária/dias alternados)
 emolientes, enemas (laxantes provocam > esforço)
 acerto com hábitos anteriores...
 Incontinência intestinal …
 Intestino neurogénico… lesão 1º neurónio motor…

Preparação do regresso a casa

 A preparação do regresso deve ser iniciada o mais


precocemente possível, no hospital…
 Grandes desafios se colocam ao doente e família ou
cuidador no regresso a casa, atendendo a que a fase
aguda dos cuidados é breve (as altas são, cada vez
mais, precoces)…
 Essa preparação deve ter como referências as
ENSINO TÉCNICA ROTAÇÃO NO SANITÁRIO
necessidades do doente, as capacidades da família e os
recursos da comunidade para apoio…
 O envolvimento da família/cuidador informal nos
cuidados diários ao doente pode contribuir para que
aquela fique com uma ideia mais realista das
necessidades do doente, em termos de assistência e da
capacidade para prestar apoio no domicílio.
 O enfermeiro, bem como os outros técnicos (equipa
multidisciplinar), têm papel fundamental na
continuidade de cuidados no domicílio… -Barreiras

Outros autocuidados arquitetónicas no domicílio e comunidade…

LEVANTE PRECOCE

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