Você está na página 1de 6

REDAÇÃO 1

Texto I

 Desastres naturais: a importância da prevenção e da gestão de riscos

 É possível evitar os efeitos trágicos de desastres naturais decorrentes das chuvas,


mas para isso, são necessários planos de prevenção e de gestão de riscos, além da
intensificação da fiscalização. A afirmação pode até parecer óbvia, no entanto, faz
muito sentido, quando os brasileiros ainda tentam se recuperar do choque
provocado pelos deslizamentos ocorridos na serra fluminense, no mês de janeiro.
Até agora, foram registrados cerca de 900 mortos e mais de 400 desaparecidos. Por
outro lado, regiões metropolitanas, como a de São Paulo – entra verão, sai verão -,
viram manchete por conta das enchentes. O que fazer diante desse quadro? Para
especialistas reunidos na Fecomercio, recentemente, a solução passa principalmente
pela mudança de cultura nos processos de urbanização no país.

Os efeitos das mudanças climáticas foram apresentadas pelo físico José


Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio, como um
fator relevante a ser considerado, no contexto dos incidentes decorrentes das
chuvas.

“O clima é variável. A Ciência nos diz que a atmosfera está esquentando. Ela é
composta por 78,10% de nitrogênio e um pouco mais de 20% de oxigênio, mas a
questão está nos 1% restantes. A vida seria impossível na Terra, se não houvesse o
colchão formado por esses gases em pequena porcentagem, como o CO2 (0,04%),
produzido principalmente pelo combustível fóssil. No entanto, ele deixa a luz entrar,
mas não a deixa sair, pois não é um bom condutor térmico”, diz.

Para Goldemberg, no caso específico de São Paulo, a explicação para o aumento dos
eventos climáticos, está na formação das nuvens sobre os oceanos, que chegam ao
planalto e acarretam as chuvas. “Como a temperatura do mar está aumentando,
existe maior quantidade de vapor. São Paulo ao ser uma selva de pedra, com
asfaltamento excessivo, apresenta maior temperatura. Em condições normais, as
nuvens passariam e não haveria a intensidade das precipitações”. Quanto à serra
fluminense, ele comenta que a grande quantidade de chuva está relacionada às
correntes provenientes da região amazônica.

http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2016/01/
monitorar-e-prevenir-para-nao-ter-que-remediar-como-na-lama-de-mariana.html

Texto II
http://
www2.camara.leg.br/camaranoticias/imagens/imgNoticiaUpload1363965923206.jpg
 

Texto III

Monitorar e prevenir – para não ter que remediar como na lama de Mariana no mar
O ano de 2016 começou com a notícia da possível chegada da lama da tragédia de
Mariana, em Minas Gerais, ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos e a Área de
Proteção Ambiental da Ponta da Baleia/Abrolhos, na Bahia. A lama tóxica, com
resíduos da atividade de mineração da empresa Samarco, percorreu, desde o
acidente, em 5 de novembro de 2015, cerca de 650 km do rio Doce até chegar ao
Estado do Espírito Santo e atingir o mar. Dali para frente, os impactos ao meio
ambiente se tornariam ainda maiores e imensuráveis, era só questão de tempo.

O arquipélago de Abrolhos é uma das joias da biodiversidade brasileira: berçário de


baleias Jubarte, maior área de recifes de corais do oceano Atlântico Sul e uma das
regiões que produzem mais peixes de todo o Nordeste brasileiro, sendo responsável
pelo sustento de aproximadamente 20 mil famílias de pescadores artesanais. A
região ainda é considerada importante para o turismo de mergulho, visualização da
vida marinha e a observação de baleias, atividades que geram renda para mais de 80
mil pessoas. Entretanto, apesar dos indícios de que a lama poderia chegar a
Abrolhos, não houve prevenção nem monitoramento suficientes.

O impacto ao Banco dos Abrolhos – que inclui toda a extensão da costa sul da Bahia
e norte do Espírito Santo – já é uma realidade e a lama também afetou outras
Unidades de Conservação marinhas e costeiras. A Reserva Biológica de Comboios
foi a mais impactada até agora, mas há ainda outras quatro sob análise, segundo
informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio). São elas: Área de Proteção Ambiental Costa das Algas; Reserva
Extrativista de Cassurubá, Reserva Extrativista de Corumbau e a Reserva de Vida
Silvestre de Santa Cruz, a única Unidade de Conservação federal dessa categoria na
zona marinha. A região ainda inclui um mosaico de ambientes marinhos com
diferentes tipos de habitats sensíveis e importantes para a conservação, como os
manguezais, praias e restingas.

O “corre-corre” após conhecimento da ameaça foi grande. Coleta de água e


sedimento para análises, especulações sobre o tamanho do impacto, aumento de
multas para a empresa, governo chamando especialistas e caça aos culpados. Um
grande jogo do empurra-empurra.
Duas lições deveriam ser aprendidas: 1 – a necessidade de exigir um monitoramento
contínuo e de longo prazo das regiões que podem ser afetadas ou impactadas por
determinados tipos de empreendimento; 2 – a importância de um processo
criterioso de licenciamento ambiental que considere não só a área afetada em si,
mas também a avaliação no contexto regional e de um plano de emergência que
sejam realistas, factíveis e eficientes.

Qualquer que seja o impacto da lama da mineradora, o governo deverá garantir que
todo o recurso de multa a ser pago pela Samarco seja destinado à reparação dos
danos ao meio ambiente, aos prejuízos sociais e econômicos das comunidades locais
e à garantia de um monitoramento contínuo e de longo prazo em toda a região. Isto
é o mínimo que se deve assegurar em um acidente dessa proporção, em uma área
com biodiversidade tão sensível e numa região da qual tantos pescadores e
comunidades dependem para sobreviver.

http://planetasustentavel.abril.com.br/404.shtml

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos


construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em
modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Prevenção contra
desastres ambientais no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite
os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

 Instruções

– O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

– A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e


receberá nota zero.

– A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-


argumentativo receberá nota zero.
– A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos
humanos receberá nota zero.

– A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número
de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Você também pode gostar